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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Tinta de parede para clarear os dentes? Especialistas condenam a prática e alertam para os riscos

Está circulando um vídeo em que um rapaz utiliza supostamente tinta de parede branca para clarear os dentes. Essa prática ganhou tração nas redes sociais recentemente, mas especialistas de saúde e em saúde bucal estão condenando essa ação, alertando para uma série de agressões à saúde que ela pode causar. O rapaz, cujo nome não foi divulgado, expôs seu organismo a altas taxas de toxicidade, o que pode ter um impacto persistente em diversos sistemas vitais. 

Os riscos associados a essa prática são inúmeros e enormes. Primeiramente, é importante destacar que um produto destinado à pintura de paredes não é adequado para o consumo humano. Corantes presentes em tintas frequentemente utilizam metais pesados, que podem ser contaminantes. A principal preocupação está relacionada à intoxicação por chumbo, um problema sério na indústria de tintas e amplamente estudado. A intoxicação por chumbo pode causar problemas ósseos, sanguíneos, renais e afetar o sistema nervoso. 

A cirurgiã-dentista e especialista em saúde bucal, Dra. Bruna Conde, comenta que, no entanto, as complicações para a saúde não param por aí. A acidez da tinta pode danificar a mucosa da boca, levando a problemas adicionais. Por fim, há outra questão extremamente preocupante: os solventes presentes nesse tipo de material. 

As tintas a óleo utilizam solventes orgânicos, que são tóxicos para as pessoas. Durante a aplicação, esses solventes exalam vapores que são inalados e rapidamente absorvidos pelo organismo. O consumo desse tipo de solvente pode ter efeitos nocivos no curto prazo, como afetar o sistema nervoso central e até levar a um coma. No longo prazo, podem ocorrer problemas sanguíneos e até mesmo leucemias. 

Agora que entendemos os perigos e os riscos associados ao uso de tinta de parede para clarear os dentes, é importante abordar como realizar o clareamento de forma segura e eficaz. Para isso, é essencial buscar o auxílio de um dentista de confiança. A seguir, a dentista Bruna Conde fornece informações detalhadas sobre como realizar o clareamento dental de maneira segura e sob a supervisão adequada:

 

1. Consulte um dentista: Antes de iniciar qualquer procedimento de clareamento dental, é fundamental agendar uma consulta com um dentista. O profissional irá avaliar a saúde dos seus dentes, identificar possíveis problemas bucais e determinar se você é um candidato adequado para o clareamento. Além disso, o dentista poderá oferecer orientações personalizadas com base nas características dos seus dentes.

 

2. Opções de clareamento dental: Existem duas opções comuns de clareamento dental: o clareamento realizado em consultório e o clareamento caseiro. 

    - Clareamento em consultório: Nesse método, um gel clareador mais concentrado é aplicado nos dentes pelo dentista, que utiliza técnicas especiais para potencializar os resultados. Geralmente, são necessárias algumas sessões para alcançar o tom desejado. 

    - Clareamento caseiro: Nesse caso, o dentista fornecerá uma moldeira personalizada e um gel clareador com menor concentração de agente clareador. Você deverá aplicar o gel na moldeira e utilizá-la em casa por um período determinado pelo dentista. Esse método é mais gradual e pode levar algumas semanas para obter o resultado desejado.

 

3. Evite tratamentos não supervisionados: É importante evitar tratamentos de clareamento dental não supervisionados, como produtos vendidos sem prescrição ou métodos caseiros duvidosos encontrados na internet. Esses produtos podem não ser seguros e podem causar danos aos dentes e à saúde bucal.

 

4. Cuide da higiene bucal: “Além do clareamento dental, é essencial manter uma boa higiene bucal para garantir a saúde e longevidade do clareamento dentário.  Também é recomendado fazer visitas regulares ao dentista para limpezas e exames de rotina”. Indica a especialista Bruna Conde.

 

5. Evite o excesso de alimentos e bebidas que mancham os dentes: Certos alimentos e bebidas, como café, chá, vinho tinto e refrigerantes, podem manchar os dentes. Utilize com moderação e enxágue a boca com água após consumi-los. 

“Lembrando que o clareamento dental deve ser realizado com supervisão profissional para garantir a segurança e eficácia do procedimento. Não comprometa sua saúde com práticas arriscadas e siga as recomendações do seu dentista para obter um sorriso mais branco de forma saudável”. Finaliza a Dra. Bruna Conde.

 


Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista.
CRO SP 102038

 

Dislipidemia: você sabe o que é? Saiba como prevenir com a dieta do coração

 Especialistas explicam a importância da alimentação saudável e listam os alimentos que devemos consumir para prevenção.


O dia 8 de agosto celebra o Dia Nacional de Combate ao Colesterol, e a dislipidemia é uma doença relacionada com o índice alto de colesterol. Você sabia que é possível preveni-la com uma dieta saudável? Neste texto explicamos para você, confira:

 

O que é Dislipidemia? 

Francisco Tostes (@doutortostes), médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), explica que a dislipidemia refere-se a níveis em desordem, de um ou mais tipos de lipídios (gordura) no sangue. 

Aposto que já deve ter escutado algo sobre “colesterol alto”, mas sabe o que isso significa? 

Seu sangue contém três tipos principais de lipídios: 

·         Lipoproteína de alta densidade (HDL);

·         Lipoproteína de baixa densidade (LDL);

·         Triglicerídeos.

 

Se você tem dislipidemia, geralmente significa que seus níveis de LDL ou triglicerídeos estão muito altos. Também pode significar que seus níveis de HDL estão muito baixos.

 

Talvez você nunca tenha escutado algo sobre HDL e LDL, mas certamente já ouviu sobre colesterol “bom” e colesterol “ruim”.

 

O colesterol LDL é considerado o tipo “ruim” de colesterol. Isso porque ele pode se acumular e formar aglomerados ou placas nas paredes de suas artérias. Demasiada placa nas artérias do seu coração pode causar um ataque cardíaco.

 

O HDL é o colesterol “bom” porque ajuda a remover o LDL do sangue.

 

Os triglicerídeos vêm das calorias que você come, mas não queimam imediatamente. Os triglicerídeos são armazenados nas células de gordura, eles são liberados como energia quando você precisa deles. No entanto, se você comer mais calorias do que queima, poderá obter um acúmulo de triglicerídeos.

Níveis elevados de LDL e triglicerídeos colocam você em maior risco de ataque cardíaco e derrame. Baixos níveis de colesterol HDL estão ligados a maiores riscos de doenças cardíacas. 


 

Existe dislipidemia genética? 

 

Alexandre Lucidi (@alucidi) - Médico Geneticista, com especialização em neurologia, explica que existem formas familiares: a chamada hipercolesterolemia familiar.

 

A hipercolesterolemia familiar é uma doença autossômica dominante caracterizada pelo aumento de de lipoproteínas de cadeias leves (LDL) colesterol e ocorre com uma prevalência de 1 em 250 indivíduos no mundo.

 

Entretanto, apesar de ser uma doença comum, são encontradas referências que relatam diagnóstico que varia de 1 a 10%. Os motivos associados a estes números podem estar associados a necessidade de mais políticas para o diagnóstico e limitações no diagnóstico clínico e molecular.

 

Internacionalmente, não há critérios diagnósticos para a dislipidemia familiar e são utilizados sets ou grupos de critérios: Simon Broome criteria, Dutch Lipid Clinic Network, and Make Early Diagnosis to Prevent Early Death e o diagnóstico é realizado utilizando, por exemplo as concentrações de colesterol plasmáticas, xantomas tendinosos, o diagnóstico molecular e a história familiar.

 

A maior parte dos pacientes com hipercolesterolemia familiar possuem uma variante nos genes LDLR, APOB ou PCSK9. Nem todos os pacientes com diagnóstico clínico possuem possuem variantes associadas a hipercolesterolemia familiar, entretanto os pacientes identificados com variantes patogênicas apresentam maior chance de desenvolver doença coronariana quando comparados os sem a variante. 

 

Portanto, o diagnóstico molecular é útil para a confirmação diagnóstica, para informação quanto ao risco de doença coronariana e aconselhamento genético familiar.

 

O aconselhamento genético deve ocorrer pré e pós teste e todo paciente com suspeita de hipercolesterolemia familiar deve ser referenciado ao médico geneticista. Nesta consulta também poderão ser avaliadas outras possibilidades diagnósticas formas familiares mais raras como, as relacionadas ao gene LDLRAP1.

 

No mundo aproximadamente 200 mil pessoas vão ao óbito por causas cardíacas relacionadas à doença, os quais poderiam ser evitados com tratamentos apropriados. 

 

Caso a hipercolesterolemia familiar não for tratada, os heterozigotos desenvolvem doença ateroesclerótica antes dos 55 anos e homozigotos muito cedo, com óbito que pode ocorrer antes dos 20 anos de idade. 

 

No entanto, quando o diagnóstico é realizado e o tratamento realizado, a história natural da doença pode ser modificada.


 

Sintomas

 

A cardiologista Mariana James, do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), explica que na maior parte dos casos, as dislipidemias são assintomáticas, só sendo diagnosticadas já em estágio avançado. Por essa razão, pessoas que se encontram em grupos de risco, como os citados nos tipos primário e secundário, devem realizar os exames de rotina.

 

Em um nível avançado, a dislipidemia pode se manifestar como acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, insuficiência vascular periférica, arteriosclerose, angina, entre outros problemas do sistema cardiovascular.

 

No entanto, a dislipidemia pode levar a doenças cardiovasculares, que podem ser sintomáticas. Níveis elevados de colesterol LDL estão associados à doença arterial coronariana (CAD), que é o bloqueio nas artérias do coração, e à doença arterial periférica (DAP), que é o bloqueio nas artérias das pernas. CAD pode levar a dor no peito e, eventualmente, um ataque cardíaco. O principal sintoma da DAP é a dor nas pernas ao caminhar.


 

Vários comportamentos podem levar à dislipidemia, eles incluem:

 

·         Fumar cigarro; 

·         Obesidade e estilo de vida sedentário;

·         Consumo de alimentos ricos em gordura saturada e gordura trans.

 

O consumo excessivo de álcool também pode contribuir para níveis mais elevados de triglicérides.


 

A importância da alimentação saudável para o controle da dislipidemia

 

De acordo com a nutricionista Fabiana Albuquerque da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), mudanças no estilo de vida podem ajudá-lo a controlar seus níveis de colesterol e triglicerídeos. O primeiro passo é mudar sua dieta. As mudanças devem incluir consumir menos gordura saturada, açúcar refinado, farinhas refinadas e álcool. Adicionar mais frutas, vegetais, proteínas magras, grãos integrais e gorduras insaturadas (consideradas gorduras boas) à sua dieta pode ajudar a diminuir em 10%. 

 

Sendo assim, a alimentação saudável e atividade física regular favorecem o aumento de HDL. Quando a alimentação é rica em gordura de origem animal, o LDL fica acumulado no sangue, podendo depositar-se no interior dos vasos sanguíneos, prejudicando a circulação e aumentando o risco de doenças cardiovasculares.    

          

 

Lista de alimentos que devem ser consumidos para a prevenção

 

Fabiana argumenta que a nutrição funcional pode ser uma grande aliada no combate, na prevenção das dislipidemias e na promoção da saúde e do bem-estar. Uma dieta equilibrada, variada, saudável com adição de alimentos funcionais torna-se fundamental para pessoas com perfil lipídico alterado. 

Estes são alguns dos alimentos que auxiliam na prevenção e no combate à dislipidemia: 

 

Frutas vermelhas e uva - ricos em antocianinas e compostos fenólicos que são altamente antioxidantes;

 

Abacate e azeite extra-virgem - ricos em gorduras monoinsaturadas, importantes para saúde cardiovascular;

 

Aveia - rica em fibras solúveis (beta glucanas), que, por não serem absorvíveis, ajudam a "varrer" o colesterol para fora do corpo;

 

Linhaça - fibra rica em ômega 3;

 

Peixes como salmão, atum, sardinha e anchova - ricos em ômega 3;

 

Chocolate amargo (cuidado com quantidade, ideal 20g ao dia) - ricos em flavonóides, especialmente a epicatequina;

 

Podemos também incluir alguns chás antioxidantes, como por exemplo, o chá verde, que é riquíssimo em polifenóis, incluindo grandes quantidades de uma catequina chamada EGCG (antioxidante natural que ajuda a prevenir danos nas células).

 

 


FONTES:

Francisco Tostes (@doutortostes), médico atuante em endocrinologia e sócio do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). O médico endocrinologista e sócio da Nutrindo Ideais, maior clínica multidisciplinar do Brasil, Dr. Francisco Tostes (@doutortostes) é graduado há mais de 14 anos em medicina pela Faculdade Souza Marques e tem como foco de atuação a melhora na qualidade de vida de seus pacientes, seja através da prevenção ou empregando o que há de melhor no tratamento de doenças e outros problemas.

Alexandre Lucidi (@alucidi) - médico geneticista, com especialização em neurologia. Com atuação em Neurogenética e Neuroimunologia, é graduado em Medicina pela Universidade Estácio de Sá (UNESA), tem Residência Médica em Genética Médica pelo Instituto Nacional da Saúde da Criança, da Mulher e do Adolescente Fernandes Figueira, Fiocruz (IFF/Fiocruz) e Especialização em Neurologia pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro. É mestrando do Programa de Pós Graduação em Neurologia da UNIRIO/HUGG e participa de estudos fase 3 na mesma instituição. É integrante da equipe de Neurologistas do Hospital Copa D’Or/ Rede D’Or São Luiz e voluntário em ações de conscientização sobre a esclerose múltipla na Associação de Pacientes do Estado do Rio de Janeiro.

Mariana James - cardiologista do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais). Graduada em Medicina pela Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Cardiologista com residência médica no Hospital Naval Marcílio Dias e pós-graduação em Cardiologia pelo Instituto de Pós-Graduação Médica do Rio de Janeiro, serviço do Prof Stans Murad. Ecocardiografista pelo Ecor, serviço do Prof Morcef. Formação em Medicina Integrativa pela FAPES. CRM 5266901-6.

Fabiana Albuquerque - nutricionista da equipe Nutrindo Ideais (@nutrindoideais) e especialista em nutrição esportiva e funcional pela Vp. CRN 13101170.





REFERÊNCIAS:

INSEGURANÇA ALIMENTAR (FIS) E DISLIPIDEMIA -
https://www.physiciansweekly.com/food-insecurity-fis-and-dyslipidemia

13 ALIMENTOS PARA BAIXAR O COLESTEROL PARA ADICIONAR À SUA DIETA -
https://www.healthline.com/nutrition/13-foods-that-lower-cholesterol-levels

O QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE HIPERLIPIDEMIA COMBINADA FAMILIAR - https://www.healthline.com/health/mixed-hyperlipidemia

AJUFO, Ezimamaka et al. A randomized controlled trial of genetic testing and cascade screening in familial hypercholesterolemia. Genetics in Medicine, 26 May 2021. Available from: https://doi.org/10.1038/s41436-021-01192-z. Accessed: 15 Sept. 2022.

BALDRY, Emma et al. Outcomes from a pilot genetic counseling intervention using motivational interviewing and the extended parallel process model to increase cascade cholesterol screening. Journal of Genetic Counseling, 14 July 2021. Available from: https://doi.org/10.1002/jgc4.1466. Accessed: 15 Sept. 2022.

BALDRY, Emma et al. Outcomes from a pilot genetic counseling intervention using motivational interviewing and the extended parallel process model to increase cascade cholesterol screening. Journal of Genetic Counseling, 14 July 2021. Available from: https://doi.org/10.1002/jgc4.1466. Accessed: 15 Sept. 2022.

IZAR, Maria Cristina de Oliveira et al. Atualização da Diretriz Brasileira de Hipercolesterolemia Familiar – 2021. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 27 Sept. 2021. Available from: https://doi.org/10.36660/abc.20210788. Accessed: 15 Sept. 2022.

POLANSKI, Amanda. A scoping review of interventions increasing screening and diagnosis of familial hypercholesterolemia. Genetics in Medicine, vol. 24, no. 09, 17 June 2022. Available from:
https://doi.org/10.1016/j.gim.2022.05.012. Accessed: 15 Sept. 2022.

 


Tratamento de câncer de mama pode impactar saúde óssea

Pacientes precisam de níveis de vitamina D acima de 30ng/mL 

 

“O tratamento contra o câncer de mama, seja com quimioterapia, uso de inibidores de aromatase ou análogos de GNRH, acaba impactando o tecido ósseo e, por isso, vale alertar as mulheres que estejam nesta situação para a importância da avaliação óssea antes, durante e depois do tratamento contra recidiva do câncer”, alerta Dr. Marcelo Steiner, ginecologista da diretoria da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO).

 

Existem vários tipos de câncer de mama (CA) e o tratamento depende de cada caso e se o carcinoma tem receptor para hormônio ou não, pois isso implica a forma de tratamento.

 

Quando o CA tem receptor para os hormônios estrogênio e progesterona, uma estratégia terapêutica é bloquear a produção hormonal e diminuir sua atuação no tecido mamário. “Esse bloqueio serve para fazer uma prevenção secundária da doença. Se a paciente está em fase reprodutiva, os medicamentos chamados de agonista de GnRH, tem essa capacidade de bloquear a função ovariana, que também servem para diminuir o comprometimento do ovário e a toxicidade da quimioterapia. Entretanto, ele tem bastante impacto no tecido ósseo, pois haverá a supressão potente e aguda da produção de estrogênio, muito maior do que acontece na menopausa fisiológica, aumentando o risco de uma taxa de perda de massa óssea bem alta”, alerta Dr. Steiner.

 

A quimioterapia, por si só, independentemente de ser no período reprodutivo ou na pós-menopausa, pode levar a uma taxa de perda de massa óssea considerável, e isso deve ser considerado especialmente nas mulheres mais jovens, pois esse tipo de tratamento tem alta toxicidade para os ossos.

 

Para essas pacientes menopausadas e que estão em tratamento para CA, uma das estratégias para prevenção secundária é o uso do tamoxifeno ou de inibidores de aromatase, as 2 opções principais.

 

“O uso do tamoxifeno, um inibidor seletivo do receptor de estrogênio, pode trazer perda de massa óssea na mulher no período reprodutivo embora esse impacto seja menor do que outros medicamentos”, explica o ginecologista da diretoria da ABRASSO.

 

Já na mulher pós-menopausa, ele conta que o tamoxifeno acaba tendo uma atuação protetora da massa óssea que, em razão da menopausa, já não tem mais estrogênio.

A mulher que usa inibidor de aromatase tem maior risco de perda de massa óssea, pois esse medicamento suprime qualquer produção periférica de estrogênio e isso acaba repercutindo nos ossos. “Essas mulheres precisam de um acompanhamento especial para saber se devemos fazer um tratamento para evitar perda maior de massa óssea e/ou até fraturas”, alerta Dr. Steiner.

 

“Apesar dos impactos gerados na saúde óssea, é preciso enfatizar a importância do tratamento contra o câncer de mama, respeitando o uso dos medicamentos indicados e consultas de acompanhamento. E sobre a saúde óssea, orientar sobre o exercício físico, a nutrição, consumo proteico e de cálcio adequados, níveis de vitamina D acima de 30ng/mL, ou seja, tudo que é necessário para a manutenção da saúde dos ossos”, explica o ginecologista.

 

As mulheres na pós-menopausa que apresentem algum risco de osteoporose e estão em tratamento contra o CA, por exemplo como inibidor de aromatase, pode-se administrar medicamentos antifratura, como os bisfosfonatos (ácido zoledrônico) para que haja uma menor perda de massa óssea e risco de fratura. Isso vale para mulheres no período reprodutivo. Se supressão ovariana impactar sobremaneira a massa óssea, pode-se ponderar o uso de medicamento antifratura.

 

Já o tratamento com radioterapia, no que tange a saúde óssea, não costuma ser tão impactante.

 

 

ABRASSO - Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo
https://www.instagram.com/abrassonacional/
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https://www.youtube.com/@ABRASSO
Podcast (Spotify): https://bit.ly/3ZGGbQc

 

Mulheres idosas têm menos acesso ao diagnóstico de câncer de mama

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Levantamento inédito da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) revela a situação desigual no Brasil no rastreamento da doença para mulheres de 70 anos ou mais

 

Estudo inédito, realizado pela Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) em conjunto com a Universidade Federal de Goiás (UFG), revela que a redução do rastreamento para câncer de mama no Sistema Único de Saúde (SUS) entre mulheres com 70 anos de idade ou mais vem contribuindo para elevar o número de casos graves da doença no País. De acordo com o mastologista Ruffo Freitas-Junior, assessor especial da SBM, a situação torna-se ainda mais preocupante, diante da perspectiva de envelhecimento da população. Entre 2010 e 2020, o grupo de brasileiras com 70 anos ou mais aumentou 44%. Para as próximas duas décadas, o IBGE projeta crescimento de 113% neste segmento da população. “É um panorama que, sem dúvida, merece discussões e revisões das políticas públicas que vigoram no Brasil”, afirma o especialista.

O artigo “Rastreamento e diagnóstico do câncer de mama em mulheres idosas no Brasil: por que é hora de reconsiderar as recomendações”, publicado no dia 2 de agosto, na revista Frontiers, aborda um tema controverso e de pouca visibilidade. O estudo, que abrange todas as regiões do País, foi realizado entre 2013 e 2019 e contrapõe brasileiras com 70 anos ou mais e mulheres entre 50 e 69 anos. No levantamento, foram consideradas informações do SUS e uma base secundária de dados obtidos no DataSUS, no Painel Brasil de Oncologia, na Agência Nacional de Saúde Suplementar, no Atlas On-line de Mortalidade e no IBGE.

Autor do estudo, juntamente com Aline Ferreira Bandeira Melo Rocha, Leonardo Ribeiro Soares e Glaber Luiz Rocha Ferreira, Ruffo Freitas-Junior destaca no período avaliado pela pesquisa uma diminuição na cobertura estimada de rastreamento de câncer de mama para mulheres com 70 anos ou mais. “A queda foi de 13,3% para 10,8%”, indica. O especialista ressalta que os anos 2020 e 2021, os mais críticos da pandemia de Covid-19, foram excluídos da pesquisa por representarem estatísticas específicas.

“Com menor rastreamento, constatamos que os casos de câncer de mama nos estágios III e IV, os mais graves da doença, aumentaram 44,3% no grupo com 70 anos ou mais em relação às mulheres entre 50 e 69 anos (40,8%)”, pontua o mastologista.

De acordo com o IBGE, em 2013, a população do Brasil com 70 anos ou mais era formada por 5.978.034 mulheres e aumentou para 7.515.477 em 2019. O número de mamografias aprovadas para pagamento em 2013 e 2019 foi de 296.116 e 274.957, respectivamente, com custo anual total de R$ 12.452.213,50 e R$ 11.390.947,23. “Isso representa uma redução de 7,14% nos exames custeados pelo SUS”, afirma Freitas-Junior.

Os reflexos da diminuição de investimentos são perceptíveis. No período analisado pelo estudo, houve 35.099 mortes por câncer de mama na faixa etária acima de 70 anos. Desse total, 4.179 ocorreram em 2013 e 5.857, em 2019, um aumento de 40,15%. Na faixa de 50 a 69 anos, foram 51.654 óbitos, com 6.565 mortes em 2013 e 8.291, em 2019, crescimento de 26,29%. Proporcionalmente, destaca o especialista da SBM, o número de mortes para o grupo acima de 70 anos foi maior em relação às mulheres entre 50 e 69 anos.

A maioria dos programas de rastreamento em todo o mundo oferece exames de mamografia para mulheres de 40 a 50 anos até 69-74 anos de idade, independentemente do estado físico das pacientes. “No Canadá, na Alemanha e Noruega, os estágios I e II são mais comuns que os estágios avançados III e IV observados no Brasil.” Clinicamente, mulheres mais velhas tendem a apresentar tumores maiores e envolvimento de linfonodos, “provavelmente pelo diagnóstico tardio”, pontua Freitas-Junior.

As diretrizes do Ministério da Saúde para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil desencorajam a mamografia de rotina para mulheres com 70 anos ou mais. “Por outro lado, a SBM, o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia recomendam a mamografia anual para mulheres de 40 a 74 anos”, ressalta. O rastreamento, completa o especialista, também é indicado para pacientes com 75 anos ou mais com expectativa de vida de pelo menos 7 anos restantes.

Embora o estudo tenha sido realizado no contexto de uma faixa etária, Freitas-Junior avalia que a idade por si só não deve nortear o diagnóstico e o tratamento de mulheres idosas com câncer de mama. “Todas as decisões devem levar em consideração a idade fisiológica, a expectativa de vida estimada, os riscos e benefícios e a tolerância ao tratamento”, pontua.

No âmbito das políticas públicas, segundo o especialista, é fundamental buscar a equidade entre as diferentes regiões do País para que todas as mulheres idosas tenham a oportunidade de realizar o rastreamento e o tratamento para o câncer de mama. “Basear a decisão de interromper o rastreamento da doença pela idade cronológica é insuficiente para lidar com a multimensionalidade do envelhecimento em um país tão plural quanto o Brasil”, finaliza Ruffo Freitas-Junior.

 

Consumo de álcool durante a menopausa pode aumentar o risco de doenças graves

 

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Durante esse período, o risco de doença cardíaca, o AVC e a osteoporose aumenta

 

O consumo de álcool com moderação é o segredo para a boa saúde, especialmente para as mulheres que estão tentando minimizar os sintomas da menopausa, de acordo com a especialista em saúde da mulher da Mayo Clinic. O consumo de álcool durante a menopausa pode piorar os sintomas e aumentar o risco de doenças graves, como doença cardíaca e osteoporose, afirma a Dra. Juliana Kling, diretora assistente do Centro de Saúde da Mulher da Mayo Clinic no Arizona.

Uma das maiores reclamações das mulheres durante a menopausa são os sintomas vasomotores, mais comumente conhecidos como ondas de calor e transpiração noturna. Cerca de 80 por cento das mulheres têm ondas de calor e transpiração noturna, e para 30 por cento delas, os sintomas serão severos. As ondas de calor ocorrem devido a uma alteração da zona termorreguladora do corpo. A Dra. Kling afirma que o álcool pode intensificar os sintomas.

“Muitas mulheres descreverão as ondas de calor como se fossem uma ardência que percorre o corpo e que parece ter sido gerada no peito”, explica a Dra. Kling. “Elas estão associadas com o suor e podem ser extremamente incômodas durante o dia, mas também à noite durante o sono.”Os problemas do sono estão comumente associados com a menopausa. O álcool pode dificultar uma boa noite de sono para algumas pessoas, diz a Dra. Kling.

“Ainda que muitas pessoas pensem que uma taça de vinho possa ser boa para provocar o sono, isso apenas atrapalha a qualidade do sono”, diz a Dra. Kling. “É preciso ficar atento com isso e talvez reduzir ou mesmo eliminar o consumo de álcool antes de ir dormir.”

Durante os anos da menopausa, o risco de certas doenças graves aumenta. Entre elas podemos citar a doença cardíaca, o AVC e a osteoporose. O álcool pode tornar mais difícil manter um peso saudável, o que pode aumentar o risco de certas condições de saúde.

“Muitos de nós não reconhecemos as associações entre o álcool e os resultados prejudiciais para a saúde, como o risco de câncer de mama, bem como a associação entre o álcool e o risco mais elevado de câncer de mama”, explica a Dra. Kling. “Além disso, existem condições como o aumento de câncer colorretal. Diante disso, as pessoas poderão considerar minimizar ou evitar o consumo de álcool.”

As taxas de consumo de álcool entre as mulheres variam ao redor do mundo, de acordo com os dados da Organização Mundial da Saúde.

A Dra. Kling recomenda para as mulheres em menopausa limitar o consumo de álcool a uma dose por dia. Também é preciso levar em conta que diferentes tipos de cervejas, vinhos ou licores podem ter teor alcóolico significativamente variados. A Dra. Kling recomenda observar esse detalhe para garantir o consumo da dose adequada.

Além de limitar ou eliminar o consumo de álcool, a Dra. Kling também recomenda a prática regular de exercícios físicos, manter um peso saudável, ingerir uma dieta balanceada repleta de frutas e vegetais e não fumar.

“Esses hábitos de estilo de vida saudável representam o que há de melhor em termos de ajuda durante a transição da menopausa”, explica a Dra. Kling.

 

Mayo Clinic 


O ator Sidney Sampaio tomou medicação para dormir sem orientação médica antes de se jogar do 5º andar de um hotel

Divulgação
A Associação Brasileira do Sono faz um alerta sobre a automedicação para tratar insônia e os riscos à saúde

 

Na sexta-feira (4), o ator Sidney Sampaio caiu do 5º andar de um hotel na Zona Sul do Rio de Janeiro e precisou ser hospitalizado. O ator sofreu algumas fraturas com a queda e se recupera bem em casa. Juliana Gama, ex-companheira de Sidney Sampaio, usou as redes sociais para explicar o que motivou o surto do ator, que destruiu um quarto do hotel em Copacabana e se jogou da janela do edifício. "Devido a privação de sono por conta da rotina pesada de trabalho, tomou medicação para dormir sem orientação médica. O que muitas pessoas fazem de forma errada", explicou a psicóloga.

Médicos alertam: 35% das pessoas q

ue têm insônia no Brasil fazem automedicação

O Zolpidem, por exemplo, um remédio controlado que trata insônia, está ganhando fama nas redes sociais. O uso indiscriminado, e sem orientação médica, é um risco à saúde. Pacientes relataram alucinações depois de tomar a medicação. O Zolpidem só pode ser comprado com receita, que fica retida na farmácia. A Associação Brasileira do Sono (ABS) emitiu um alerta sobre as reações adversas que o uso inadequado do medicamento Zolpidem pode provocar.

Os especialistas da ABS estão a disposição para falar sobre o assunto. 

 

NOTA OFICIAL DA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DO SONO

E ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE MEDICINA DO SONO SOBRE O TRATAMENTO DA INSÔNIA COM O ZOLPIDEM


A Associação Brasileira do Sono (ABS) e a Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) vêm a público se pronunciar sobre os frequentes e atuais relatos do abuso de zolpidem, efeitos adversos e o uso sem acompanhamento profissional. A insônia é um transtorno do sono comum na população mundial e no Brasil. O tratamento da insônia é baseado em medidas comportamentais, terapia psicológica e o uso de medicação quando indicado. A insônia crônica não tratada pode promover diversas complicações sobre a qualidade de vida, memória, complicações metabólicas e cardiovasculares, etc. Portanto, a ABS e ABMS reconhecem os riscos da insônia e recomendam o tratamento apropriado.

O tratamento considerado de escolha para a insônia é a Terapia Cognitivo Comportamental. O tratamento com medicamentos poderá ser associado à terapia cognitivo comportamental e quando for a primeira escolha, a associação do tratamento psicológi- co deve ser considerada. Dentre as opções terapêuticas, o Zolpidem é indicado para o tratamento da insônia inicial e de manutenção.

O Zolpidem é recomendado para o tratamento da insônia inicial e de manutenção a curto prazo (recomendação usual da bula: <4 semanas). No Brasil dispomos de diferentes tipos de apresentação como de liberação imediata (5 e 10 mg) sendo também disponíveis também para uso sublingual e de liberação controlada de 6,25 e 12,5 mg. O Zolpidem apresenta início de ação rápido (até 30 minutos após a ingestão) e meia vida curta (aproximadamente 2,4 horas para a liberação imediata e até 6 horas para a liberação controlada). A apresentação sublingual apresenta início do efeito de ação mais rápido em comparação às apresentações de liberação imediata. As apresentações de liberação imediata sublingual são utilizadas para o tratamento da insônia inicial e as apresentações de liberação controlada auxiliam no início e manutenção do sono.

O Zolpidem foi o primeiro e mais antigo hipnótico agonista do receptor GABA- A estudado desde 1970 e cuja ação terapêutica é amplamente conhecida e reconhecida por estudos clínicos e populacionais, entretanto o tempo prolongado de uso nestes estudos não foram superiores a 12 meses. Os principais efeitos adversos descritos são sonolência, tontura, cefaléia, sintomas gastrointestinais, tontura, confusão mental, amnésia anterógrada, alucinações e parassonias. Perante o risco dos possíveis efeitos adversos, em 2019 o órgão regulatório americano FDA recomendou o uso de dosagens menores para idosos, mulheres além de alertar sobre o risco de comportamentos anormais em uso de tais fármacos, o risco da associação com o uso de bebidas alcoólicas e que este risco deveria ser moni- torado durante o tratamento e alertado em bula.

 

A ABS e ABMS listam as recomendações para o uso e controle de tratamento da insônia com o Zolpidem:

1• Ao iniciar o tratamento da insônia com o Zolpidem é fundamental fornecer o adequado esclarecimento ao paciente com insônia e, quando indicado aos seus familiares. São fundamentais as recomendações sobre o horário de uso da medicação Zolpidem, inclusive que a mesma deve ser utilizada imediatamente antes do horário estabelecido para dormir e ao deitar. Hábitos de higiene do sono devem ser reforçados na primeira avaliação e durante as consultas de acompanhamento do tratamento. O paciente deve ser consultado sobre expectativas em relação ao tratamento e informado sobre custos, possíveis efeitos adversos e a importância do acompanhamento durante o período de uso da medicação.

2• Atribui-se ao médico a avaliação detalhada sobre a presença de comorbidades médicas e psiquiátricas. A escolha do tratamento farmacológico também deverá se apoiar no tipo de insônia, na presença de doenças associadas e o uso de fármacos que possam interagir com o Zolpidem e potencializar efeitos adversos entre eles como sedação, quedas e depressão respiratória. As entidades desaconselham o uso de medicamentos para o tratamento da insônia sem a indicação médica e acompanhamento adequado.

3• Atribui-se ao médico prescritor identificar antecedentes psiquiátricos e comportamentais que possam aumentar o risco de abuso de hipnóticos como uso indevido de substâncias psicoativas, dependência química ou de outras substâncias e antecedentes de abuso de medicamentos.

O uso inapropriado da medicação, isto é, doses além das recomendadas assim como o uso fora do período estabelecido para dormir aumentam o risco de dependência, tolerân- cia e conseqüências graves como ferimentos, atividades motoras complexas como dirigir automóveis, uso de celular, alimentação noturna, alucinações causando danos físicos como ferimentos, quedas e acidentes, danos morais, financeiros e risco de vida.

Os riscos dos efeitos indesejáveis graves são potencializados nas dosagens elevadas do Zolpidem, isto é, acima das recomendadas de 5 a 10 mg, nas repetições do uso da medi- cação ao longo da noite assim como na associação do uso do Zolpidem à ingestão de bebida alcoólica e outros sedativos.

Sobre a Associação Brasileira do Sono

Fundada em Agosto de 1985 com o nome Sociedade Brasileira do Sono, a instituição congrega todos os profissionais brasileiros que estudam sono, incluindo desde áreas experimentais básicas, Biólogos, Técnicos de Polissonografia, Fisioterapeutas, Fonoaudiólogos, Psicólogos, Odontologistas e Médicos. A associação é fundamentalmente desde sua origem multidisciplinar e a lista de especialistas que participam da sociedade não para de crescer.

Com o passar dos anos a sociedade se adaptou aos desafios e, desde 2005, passou a se chamar Associação Brasileira do Sono (ABS). Agrega também sob o mesmo teto e com direção compartilhada as sociedades co-irmãs: Associação Brasileira de Odontologia do Sono (ABROS) e Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS), ambas criadas para atender necessidades específicas de dentistas e médicos.

A ABS é reconhecida mundialmente. A associação promove inúmeras atividades, incluindo cursos, reuniões com a sociedade civil e com os gestores de políticas públicas, além de promover diálogo constante com a sociedade sobre os mais diversos temas relacionados ao sono. A Associação Brasileira do Sono é responsável também pelo periódico cientifico Sleep Science, revista publicada em inglês com reconhecimento mundial, recebendo artigos científicos originais de todas as partes do planeta.

As regionais do sono estão presentes em 22 estados do Brasil.


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