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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Estudo mostra que 33% dos funcionários brasileiros têm algum tipo de transtorno menta

 

A saúde mental é um tema que vem ganhando cada vez mais espaço nas discussões sobre o bem-estar dos funcionários brasileiros. Transtornos mentais como a ansiedade e a depressão são as principais causas de afastamento do trabalho no país, segundo dados do INSS.

 

A saúde mental está cada vez mais presente nas políticas internas de muitas empresas, e isso se deve a uma preocupante estatística: de acordo com o estudo "Um olhar aprofundado sobre a saúde mental nas organizações brasileiras", realizado pela Vittude neste ano, 33% dos colaboradores avaliados apresentam algum tipo de transtorno mental em nível severo ou extremamente severo. Esses dados evidenciam a necessidade de as empresas adotarem medidas para promover a saúde mental dos funcionários, garantindo que eles se sintam acolhidos e apoiados.

 

O estudo avaliou a saúde mental de mais de 25 mil trabalhadores de 22 organizações de diferentes portes e setores. Entre as patologias analisadas, destacam-se a ansiedade, depressão e estresse. Os resultados apontam que 14% dos entrevistados apresentam níveis severos ou extremamente severos de ansiedade, enquanto 9% foram diagnosticados com depressão e outros 9% com quadros de estresse crônico. A aplicação de escalas psicométricas permitiu a obtenção desses dados alarmantes, que reforçam a necessidade de as empresas investirem em programas de saúde mental para seus colaboradores.

 

A especialista em gestão de carreira, CEO e terapeuta, Madalena Feliciano, destaca que garantir a saúde mental e física dos colaboradores é fundamental para a produtividade e o sucesso da empresa. Quando a empresa oferece suporte à saúde dos funcionários, ambos os lados saem ganhando: os colaboradores se sentem mais valorizados e motivados, e a organização pode contar com uma equipe mais engajada e produtiva.

 

O que pode afetar a saúde mental no ambiente corporativo?

 

Há diversos fatores podem afetar a saúde mental dos funcionários no ambiente corporativo, desde cargas de trabalho excessivas até relações interpessoais negativas que geram angústia emocional. Para lidar com esses fatores, é necessário investir na construção de uma cultura de prevenção que proteja e ampare os funcionários com ações eficazes e empáticas. Um estudo da Universidade de Harvard aponta que a qualidade dos relacionamentos, tanto no trabalho quanto em casa, é o fator que mais impacta a saúde mental dos funcionários. 

Pesquisas realizadas pela Universidade Roosevelt e pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts também destacam a importância dos relacionamentos no ambiente de trabalho. Enquanto 80% dos líderes reconhecem o trabalho de suas equipes, apenas 20% dos liderados afirmam que são reconhecidos. Além disso, um ambiente de trabalho tóxico pode ser dez vezes mais forte em promover o turnover (taxa de rotatividade de funcionários) do que a insatisfação com os salários. Sendo assim, entende-se que os relacionamentos são a raiz do problema quando se trata da saúde mental dos funcionários no ambiente corporativo.

A seguir, Madalena Feliciano apresenta algumas estratégias que as empresas podem adotar para promover a saúde mental dos seus funcionários:

 

1. Oferecer serviços de apoio social e emocional

 

Muitas empresas estão investindo em serviços de apoio social e emocional para ajudar os funcionários a lidar com questões emocionais e pessoais. Esses serviços podem incluir consultas com psicólogos e assistentes sociais, grupos de apoio e programas de mindfulness. É importante que os funcionários se sintam apoiados e acolhidos em momentos de vulnerabilidade.

 

2. Promover o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal

 

Muitas vezes, a pressão do trabalho pode afetar a vida pessoal dos funcionários, causando estresse e desequilíbrio emocional. As empresas podem adotar políticas que promovam o equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, como horários flexíveis, home office e períodos sabáticos. É importante que os funcionários tenham tempo para cuidar de si mesmos e das suas famílias.

 

3. Investir em capacitação e treinamento de líderes

 

Os líderes desempenham um papel fundamental na promoção da saúde mental dos funcionários. Por isso, é importante que as empresas invistam em capacitação e treinamento dos seus líderes, para que eles saibam como lidar com questões emocionais e promover um ambiente de trabalho saudável e positivo. Os líderes também devem estar atentos à segurança psicológica da equipe, garantindo que todos se sintam seguros e acolhidos no ambiente de trabalho.

 

4. Criar um ambiente de trabalho positivo

 

Um ambiente de trabalho positivo pode ajudar a promover a saúde mental dos funcionários. As empresas podem adotar políticas que incentivem a colaboração, o respeito e a valorização dos funcionários. Além disso, é importante que os funcionários se sintam reconhecidos e valorizados pelo trabalho que realizam.

 

5. Incentivar a prática de atividades físicas e de lazer

 

A prática de atividades físicas e de lazer pode ajudar a promover a saúde mental dos funcionários. As empresas podem incentivar a prática de atividades físicas, como ginástica laboral e grupos de corrida. Além disso, é importante que os funcionários tenham tempo para atividades de lazer, como hobbies e viagens.

 

“A saúde mental dos funcionários é fundamental para a qualidade de vida e o sucesso profissional. As empresas que investem em saúde mental estão demonstrando um compromisso com o bem-estar dos seus colaboradores e criando uma cultura organizacional positiva. É importante que as empresas adotem medidas para promover a saúde mental dos seus funcionários, garantindo que eles se sintam apoiados, valorizados e saudáveis”. Finaliza Madalena Feliciano.

  

Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


Brasil é o segundo do mundo com maior índice de jovens "nem-nem"

 Segundo dados do OCDE, 36% dos brasileiros, com idades entre 18 e 24 anos, não trabalham e nem estudam

 

O número de jovens que não trabalham e nem estudam é alto no Brasil. Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), de 2022, 36% das pessoas entre 18 e 24 anos estão nessa condição, colocando o país em segundo lugar no ranking mundial, atrás apenas da África do Sul nesta categoria. 

A expressão "geração nem-nem" ganhou destaque nos últimos anos para descrever esse grupo de jovens, que enfrenta dificuldades em se inserir no mercado de trabalho e não conseguem prosseguir com seus estudos. Para o Mentor de Empresário, André Minucci, o número elevado se justifica por algumas características da sociedade brasileira. 

“A medida que houve um crescimento da exigência de formação e experiência, o mercado de trabalho tornou-se mais restrito para aqueles que não têm uma educação formal completa ou qualificação adicional. Também há falhas no sistema educacional e a ausência de mecanismos de incentivo, o que leva à desistência dos estudos ou à formação precária em boa parte da população”, analisa Minucci.

O mentor de empresários também diz que existe uma competição acirrada por vagas trabalho. Além disso, Minucci comenta a presença de dois tópicos importantes na geração nem-nem:

Crise econômica e social: as crises enfrentadas pelo Brasil desde o final dos anos 90 tiveram impacto significativo na perspectiva desses jovens. A instabilidade econômica e a insatisfação profissional são fatores que contribuíram para a falta de perspectiva.

·       Dependência financeira e residencial: houve um aumento no número de jovens que são financeiramente dependentes de suas famílias e residem com seus parentes, o que pode dificultar a busca por independência e inserção no mercado de trabalho.

Medidas para enfrentar o desafio

 

Um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) afirma que 73% da geração nem-nem é formada por mulheres, tendo a gravidez precoce como principal causa. Os dados da pesquisa também mostram que o Brasil tem 3 milhões de pessoas desocupadas, que estão procurando emprego há mais de dois anos, e cerca de 5 milhões de desalentados — quem desistiu de procurar trabalho. Segundo o Ipea, metade deles não completou o ensino fundamental, 25% estão na faixa etária de 18 a 24 anos.

 

“Os números confirmam a necessidade de políticas públicas para ajudar os jovens a se profissionalizarem e ingressarem no mercado de trabalho. As consequências da geração nem-nem vão além do desemprego, incluem o aumento da diferença da desigualdade social e afetam os problemas com a saúde mental. Muitos jovens se sentem pressionados a conseguirem uma formação e um trabalho cada vez mais cedo, o que os afetam psicologicamente”, diz Minucci.

 

O Mentor aponta que a geração nem-nem representa um desafio para a sociedade e o país como um todo. Para superar essa realidade, ele propõe a adoção de algumas medidas:

 

Investir na educação e qualificação profissional: é essencial fortalecer o sistema educacional e oferecer oportunidades de capacitação profissional, para que os jovens adquiram habilidades relevantes para o mercado de trabalho atual.

 

·       Incentivar o empreendedorismo: estimular o empreendedorismo pode ser uma alternativa para que jovens encontrem formas criativas de se inserir no mercado. 

·       Invista no aprimoramento da comunicação: uma alternativa essencial para os jovens se prepararem para o mercado de trabalho é desenvolver habilidades de comunicação para estabelecer conexões durante o momento crucial das entrevistas. Nesse contexto, um treinamento de comunicação é uma dica valiosa, pois os ajudará a aperfeiçoar suas capacidades de expressão, escuta ativa e empatia, proporcionando maior confiança e assertividade, fatores determinantes para alcançar sucesso nas oportunidades profissionais. 

·   Promover ações de inclusão social: políticas públicas que visem a inclusão social e a redução das desigualdades podem ajudar a abrir novas possibilidades para os jovens da geração nem-nem. 

·       Investir na saúde mental: por não conseguir concluir os estudos ou não achar emprego, é natural vir o desanimo e a pressão social. É importante buscar ajuda de psicólogos para orientar e ajudar em um momento que as oportunidades parecem escassas. 

·  Promover a busca por proposito: no cenário atual é necessário desenvolver uma geração de pensadores autônimos e criativos. Por isso, é importante ter uma educação mais prática e experimental. Viver novas experiências ajuda a se redescobrir e encontrar animo e um novo objetivo.

 

“A geração nem-nem não deve ser vista como um grupo desmotivado ou acomodado, mas sim como uma parcela da população que enfrenta desafios específicos. Investir em sua capacitação e oportunidades pode ser um caminho para transformar essas dificuldades em perspectivas de futuro promissor”, enfatiza Minucci.


Mais acesso ao Ensino Médio Técnico: Senac São Paulo passa a oferecer 50% de vagas para bolsistas, em mais unidades e com novos cursos

 Das mais de 3 mil vagas, metade será 100% gratuita a estudantes com renda familiar individual de até dois salários mínimos. Além disso, instituição expande rede e inaugura títulos em Marketing e Ciências de Dados

 

No próximo dia 7 de agosto, o Senac São Paulo abre as inscrições para quem deseja cursar o Ensino Médio Técnico na instituição. Das novidades para o próximo ano, estão a ampliação de vagas para bolsas de estudos 100% gratuitas, com material didático incluso, e o lançamento de dois novos títulos integrados ao nível de ensino: Ensino Médio Técnico em Marketing e Ensino Médio Técnico em Ciências de Dados – para estas opções, a abertura acontecerá em 4 de setembro.    

Das mais de 3 mil matrículas disponibilizadas em todo o Estado de São Paulo, metade delas - mais de 1,5 mil - serão destinadas via Programa Senac de Gratuidade. São 1.962 mil vagas para Capital (981 bolsas) e Grande São Paulo, 1.134 para unidades do interior e litoral (567 bolsas). Para ter acesso às oportunidades gratuitas os jovens devem cumprir os seguintes pré-requisitos: 

- Comprovar renda familiar mensal por pessoa de até dois salários mínimos federais;

- Fazer sua inscrição em 7 de agosto (ou 4 de setembro, a depender do curso escolhido), ao meio-dia, pelo site Ensino Médio Técnico, pois as inscrições são por ordem de chegada em uma fila de espera virtual;

- Entregar os documentos solicitados pela unidade relativa à vaga dentro do prazo estipulado.

A iniciativa da instituição está alinhada ao desejo e necessidade das juventudes em terem mais oportunidades de concluírem a formação básica já com uma formação profissional, conforme indica o estudo do instituto Itaú Educação e Trabalho, publicado recentemente. A pesquisa aponta ainda as melhores chances de empregabilidade e até mesmo impacto no Produto Interno Bruto (PIB) do país, em um acréscimo de até 2,32%.

 Preocupado com a capilaridade do Ensino Médio Técnico no Estado, novas unidades passarão a contar com Ensino Médio Técnico, como Taboão da Serra, Guarulhos (Rua Luíz Faccini, 132 - Centro), Santo André, Limeira e Araraquara. 

“Contribuir para a democratização e o acesso à educação de excelência é a nossa razão de ser e é importante perceber como o Senac São Paulo está alinhado às demandas dos jovens que ingressam nesta última etapa da educação básica, tão essencial para a formação cidadã e a inserção no mundo do trabalho”, afirma Melina Sanjar, gerente de Desenvolvimento do Senac São Paulo. 

A formação técnica e profissional integra o Ensino Médio Técnico oferecido pelo Senac São Paulo, por meio de, agora, seis títulos que o estudante pode escolher de acordo com a sua preferência ou disponibilidade pela região onde vive. São eles: Ensino Médio Técnico em Administração, Informática, Internet das Coisas (IoT), Multimídia, e os recém-lançados em Ciências de Dados e em Marketing.

 

Carreiras para o Ensino Médio Técnico em Marketing e em Ciências de Dados

A escolha pelo lançamento dos novos títulos dentro do portfólio do Senac São Paulo a partir do próximo ano são frutos de estudos de mercado e oportunidades dentro do mundo do trabalho. 

Para quem optar pelo Ensino Médio Técnico em Marketing, que trará um foco maior ao mundo digital, terá a chance de se preparar para aplicar estratégias e técnicas para promover marcas, produtos ou serviços na internet, articulando conhecimentos de marketing, ferramentas e plataformas digitais, criação de conteúdo, análise de dados e habilidades de comunicação. Pode atuar em agências, departamentos de marketing, startups, consultorias e empresas de mídias digitais. 

Empresas reconhecem a facilidade no uso das redes sociais de candidatos, o que favorece a inserção de jovens no mercado. A pesquisa "O futuro do mundo do trabalho para as juventudes brasileiras", da FIRJAN (2022), aponta para um saldo positivo de mais de 65 mil vagas (BR) para cargos não-gerenciais no setor de marketing. 

O Ensino Médio Técnico em Marketing estará disponível nas unidades Lapa Scipião (Rua Scipião, 67 – Lapa) e Nações Unidas (Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 – Santo Amaro), na Capital. 

Já para aqueles que decidirem ingressar no Ensino Médio Técnico em Ciências de Dados poderão atuar no processo de coleta, gestão, análise, visualização e interpretação de grandes conjuntos de dados. Esse profissional pode atuar em empresas de pequeno, médio e grande porte, assim como em escolas e restaurantes, buscando oferecer soluções inteligentes para lidar com grandes quantidades de dados. 

Uma pesquisa da entidade Gallup a partir do Fórum de Negócios de Educação Superior (2021), sugere que 69% dos empregadores esperam dar preferência a candidatos com habilidades de análise e ciências de dados; 23% das faculdades e universidades esperam formar alunos com essas habilidades nos próximos anos, e que empresas querem contratar agora para que possam capitalizar dados, com postagens para posições de ciências de dados, que devem chegar a R$ 2,72 milhões. 

As turmas para o título em Ciências de Dados estarão disponíveis nas unidades Nações Unidas (Avenida Engenheiro Eusébio Stevaux, 823 – Santo Amaro), na Capital, e São José do Rio Preto (Rua Jorge Tibiriçá, 3518 – Santa Cruz), no interior do estado.

 

O ensino técnico e as maiores chances no mundo do trabalho

Formada em dezembro de 2022 no Ensino Médio Técnico em Informática pelo Senac São Paulo, Nathalia de Sousa Martins, de 18 anos, conseguiu seu primeiro emprego logo após a conclusão do curso. Atualmente ela atua como Jovem Aprendiz na área de e-commerce no Grupo Pão de Açúcar e já recebeu proposta de efetivação no cargo após o período de aprendizagem. “Ter a oportunidade de cursar o Técnico em Informática junto ao ensino médio me abriu portas e de fato facilitou minha entrada no mercado. Além dos conhecimentos voltados à área que escolhi, entendo que se trata de uma formação que desenvolve habilidades socioemocionais importantes para o cotidiano e percebo que esses fatores me diferenciam”, avalia a ex-estudante, que já está na universidade. 

A declaração de Nathalia vai ao encontro de uma pesquisa realizada pelo próprio Departamento Nacional do Senac, que constatou um índice de empregabilidade em mais de 70% entre alunos e ex-alunos, no prazo de até um ano após a formatura, para quem aposta no ensino técnico como forma de trilhar a carreira profissional.

 

Serviço: Matrículas Ensino Médio Técnico do Senac São Paulo 2024

Quando: 7 de agosto, a partir do meio-dia (para os cursos em Ciências de Dados e Marketing, as inscrições iniciam em 4 de setembro, também ao meio-dia).   

Como: pelo site do Senac São Paulo

Inscrições por meio de fila virtual


5 aspectos para se preocupar no transporte marítimo

Os incêndios em navios continuam sendo um dos maiores problemas de segurança no setor marítimo, como demonstra o significativo aumento significativo de incidentes recentes, incluindo o do Fremantle Highway, um navio de transporte de automóveis que, há alguns dias, pegou fogo na costa holandesa, com milhares de veículos a bordo, em rota da Alemanha para o Egito.   

Conforme o relatório Safety and Shipping Review 2023 da Allianz, incêndios foram a segunda causa mais frequente de sinistros em navios no ano passado, ficando atrás apenas dos naufrágios, com oito navios perdidos e mais de 200 incidentes notificados.    

Abaixo, os especialistas da Allianz Commercial, marca que combina a Allianz Global Corporate & Specialty (AGCS) e os negócios de seguros para grandes e médias empresas das entidades locais da Allianz, apontam quais os principais pontos que devem ser levados em consideração na contratação do seguro marítimo:   


1 - A evolução dos sinistros marítimos: embora tenham diminuído 65% na última década (38 navios em 2022, em comparação com mais de 100 em 2013), infelizmente, os incidentes de incêndios não acompanharam essa redução. Continuamos a testemunhar sinistros que afetam, por exemplo, grandes porta-contentores, porta-veículos e navios roll-on/roll-off. Apenas em 2022, foram registrados mais de 200 incêndios, o número mais alto da última década. O fogo também representa a causa mais cara de perdas, representando 18% do valor de 250 mil reclamações analisadas no relatório Safety and Shipping Review 2023. 

  

2 - A causa do incêndio: incêndios em grandes navios geralmente começam com uma carga combustível, que se propaga rapidamente. Além disso, o tamanho e o design dos grandes navios tornam a detecção e o combate ao fogo mais difíceis. Uma vez que a tripulação é obrigada a abandonar o navio, a resposta de emergência e as operações de salvamento se tornam mais complexas e dispendiosas, aumentando o risco de um sinistro maior ou total. Os incêndios precisam ser contidos rapidamente, mas podem levar várias horas para chegar ao foco do fogo. É importante considerar que a maioria dos navios precisa de proteção e capacidade de combate a incêndios, assim como sistemas de detecção adequados para lidar com esses incidentes no mar, o que tem se tornado mais difícil devido o aumento do tamanho dos navios, pois sua capacidade de transporte de containers duplicou nos últimos 20 anos. 

  

3 - Declaração incorreta da carga: os sistemas de notificação do setor atribuem cerca de 25% de todos os incidentes graves a bordo de porta-containers a uma declaração incorreta de mercadorias perigosas, como produtos químicos, baterias e carvão vegetal, embora muitos acreditem que esses números sejam maiores. Não declarar, documentar e embalar corretamente a carga perigosa pode contribuir para os incêndios ou dificultar as operações de extinção. 

  

4 - Rotulagem da carga: rotular uma carga como perigosa é mais caro. Portanto, algumas empresas tentam contornar esse procedimento rotulando fogos de artifício como brinquedos, ou baterias de íons de lítio como peças de computador. Essas baterias podem ser transportadas a bordo de navios como carga ou como parte do equipamento de veículos elétricos aos quais fornecem energia. A maioria é transportada com segurança, mas em ambos os casos, há risco de incêndio, cujas principais causas são fabricação deficiente ou dispositivos danificados, sobrecargas e curtos-circuitos. Essas baterias são importantes fontes de energia e não pegam fogo, necessariamente, com mais frequência do que outros produtos, mas, quando inflamam, são mais difíceis de serem controladas, pois podem queimar mais rapidamente e reacender espontaneamente horas ou até dias depois de terem sido apagadas. 

  

5 - Estado da carga: no caso das baterias de íons de lítio, conforme esse relatório da Allianz, que detalha uma série de recomendações para o seu transporte, o estado delas é um fator importante para a segurança e deve situar-se entre 30% (a cifra ideal) e 50%. Tanto as companhias de navegação como os transportadores devem assegurar-se disto. Os transportadores também devem solicitar aos fabricantes a certificação adequada, como o resumo dos testes, antes de transportá-las, uma vez que a fabricação defeituosa é uma das principais causas de incêndios nesse tipo de baterias. Além disso, é relevante garantir que o pessoal e a tripulação recebam a formação adequada e tenham acesso a equipamentos de extinção de incêndios apropriados, melhorar os sistemas de detecção precoce e elaborar planos de controle de riscos e emergências. 

  

É provável que os riscos de incêndio de baterias de íons de lítio diminuam com o tempo, à medida que fabricantes, transportadores e reguladores abordem os desafios atuais. Enquanto isso, a atenção deve se concentrar em medidas preventivas que ajudem a mitigar o perigo. 

   

Allianz Comercial

 

Oportunidades e desafios com o uso da inteligência artificial na área da saúde

 A tecnologia otimiza algumas tarefas, mas não deve substituir o trabalho humano

 

Com o avanço de tecnologias como reconhecimento facial, aplicativos de rotas de trânsito, análise de comportamento do consumidor, ChatGPT, criou-se a ideia de que a Inteligência Artificial (IA) é capaz de resolver qualquer problema e irá acabar com diversas profissões, substituindo humanos por robôs. Mas há limitações e desafios para chegar ao modelo ideal de utilização, especialmente no setor de saúde. 

A IA consiste basicamente na utilização de recursos tecnológicos, como os softwares de gestão ou os dispositivos de IoT, para otimizar tarefas simulando habilidades cognitivas do cérebro humano. A ideia é que as ferramentas inteligentes atuem de modo racional para facilitar o dia a dia das pessoas. 

Na saúde, essa tecnologia contribui com atendimentos e diagnósticos mais rápidos e precisos, reduzindo custos e melhorando a experiência de pacientes e de profissionais. Com melhores recursos de monitoramento e diagnóstico, a inteligência artificial pode influenciar drasticamente a saúde. Ao melhorar as operações de instalações de saúde e organizações médicas, a IA pode reduzir os custos operacionais e economizar dinheiro. Especialmente, a IA pode ser fundamental em regiões com recursos e infraestrutura limitados. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vê a Inteligência Artificial como grande promessa para melhorar a prestação de serviços de saúde em todo o mundo, podendo ser utilizada para melhorar a velocidade e a precisão do diagnóstico e da triagem de doenças, auxiliar no atendimento clínico e fortalecer a pesquisa em saúde, bem como o desenvolvimento de medicamentos. Também pode apoiar diversas ações de saúde pública, como vigilância de doenças e gestão de sistemas. 

Os benefícios da inteligência artificial na saúde reforçam a importância de incluir cada vez mais tecnologia no dia a dia da área. Alguns dos principais benefícios são: diagnósticos efetivos e velocidade no tratamento; softwares de gestão em saúde mais precisos; análise inteligente de sintomas; notificações instantâneas de emergências; participação de robôs e assistentes virtuais em cirurgias; organização e histórico de dados; diminuição da sobrecarga dos profissionais; detecção de fraudes e gestão de suprimentos. 

No entanto, assim como não é possível confiar em escrever um artigo pelo ChatGPT sem fazer um refinamento, a comunidade médica ainda desconfia da IA, que não a vê como uma tecnologia segura, já que a qualidade das informações que alimenta os algoritmos médicos é definidora da qualidade e segurança dos resultados e sua eficiência ainda precisa ser validada. Ao trabalhar com a inteligência artificial, os processos clínicos ficam mais acurados e rigorosos, o que é imprescindível para um setor que não permite erros ou negligências. Mas, tal qual como buscar informações para escrever um artigo que depois é finalizado por um profissional humano, pode ser meio caminho andado para indicar soluções médicas. 

Para limitar os riscos e maximizar as oportunidades do uso da IA para a saúde, a OMS divulgou diretrizes quanto ao uso ético dessa tecnologia, que devem guiar o trabalho dos profissionais. 

Seis pontos destacados pela OMS:

1.    O controle de sistemas de saúde e a tomada de decisões devem ser tomadas por humanos, e não inteiramente por inteligência artificial;

2.    Desenvolvedores responsáveis pela tecnologia implantada devem monitorar e garantir o pleno funcionamento de todas as ferramentas, além de atender todas as normas de segurança;

3.    Desenvolvedores também são responsáveis por publicar os dados e informações quanto ao desenvolvimento dos produtos e como devem ser manuseados, garantindo a transparência em todas as etapas;

4.    Sistemas de saúde que adotam a IA devem garantir o treinamento e capacitação dos profissionais responsáveis pelas ferramentas;

5.    As tecnologias utilizadas devem respeitar e serem treinadas com uma base de dados com diversas nacionalidades, gêneros e raças, com o objetivo de promover a diversidade e evitar algoritmos “viciados”;

6.    As ferramentas de IA devem ser continuamente avaliadas com base em sua performance, para que caso haja algum tipo de problema, seja rapidamente identificado e devidamente corrigido.

É certo que a IA pode automatizar algumas tarefas, mas é muito difícil que substitua o trabalho humano, pois os profissionais desempenham um papel fundamental na interpretação dos resultados gerados pelos algoritmos de IA e trazem habilidades e conhecimentos únicos ao cuidado dos pacientes. 

Espécie de alívio em meio a esse mundo em ebulição, ainda existem coisas que a inteligência artificial não consegue fazer, notadamente as tarefas que envolvem qualidades exclusivamente humanas, como a inteligência emocional e o pensamento criativo.

  

Christianne Piola - superintendente Comercial da Galcorr Corretora de Seguros. Executiva com mais de 15 anos de experiência no mercado de seguros. Formada em Administração, possui MBA em Marketing e diversos cursos de especialização e gestão. É membro da Sou Segura, associação que reúne executivas do setor.


ViaQuatro e ViaMobilidade promovem campanha de vacinação contra Covid-19 e Influenza

Os atendimentos para imunização ocorrem nas estações Santo Amaro, Pinheiros e Butantã até esta sexta-feira (4)


Três estações de metrô e trens metropolitanos, operados respectivamente pela ViaQuatro e ViaMobilidade, recebem nesta semana, das 10h às 16h, a campanha de vacinação contra a Covid-19 e Influenza, em parceria com a Prefeitura de São Paulo. As atividades se concentram nas estações Pinheiros e Santo Amaro, da Linha 9-Esmeralda, e Butantã da Linha 4-Amarela.

 

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a estratégia visa ampliar a cobertura vacinal da população. Quem tiver interesse em receber a imunização deverá mostrar um documento com foto à equipe de saúde. Os atendimentos estarão disponíveis para crianças a partir de três anos e adultos de todas as idades.

 

Na Estação Butantã, da Linha 4-Amarela, os agentes de Saúde estarão a postos no corredor de saída para o acesso à Rua Bianor. Nas estações Pinheiros e Santo Amaro, da Linha 9-Esmeralda, as equipes estarão posicionadas nas áreas de transferência para as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, respectivamente. 

 

Para Covid-19, os agentes de saúde verificarão a carteira de vacinação e podem aplicar a bivalente, caso a pessoa atendida já conte com duas doses aplicadas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, entre os adultos de 18 a 59 anos, a cobertura da dose de reforço da vacina bivalente está em cerca de 20%. 

 

Serviço: Campanha de Vacinação

Quando: 3 e 4 de agosto

Horário: das 10h às 16h

Estações: Butantã (Linha 4-Amarela), Pinheiros e Santo Amaro (Linha 9-Esmeralda)


quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Número de casos de demência cresce no Brasil

Diagnóstico precoce ajuda a combater progressão rápida da doença; projeção nacional é de que os casos cheguem a 5,5 milhões até 2050

 

Demência é um termo usado para representar um grupo de doenças em que o indivíduo perde gradativamente a cognição e a capacidade de realizar atividades diárias, desde o planejamento até a execução de uma tarefa simples, o que torna difícil manter uma vida independente. Segundo o médico Fernando Freua, neurologista da BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, um dos principais hubs de saúde de excelência do Brasil, o diagnóstico precoce é fundamental para eleger o melhor tratamento e garantir mais qualidade de vida para quem enfrenta essa condição. 

Um artigo publicado na revista científica Journal of Gerontology¹, por duas pesquisadoras da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), aponta que ao menos 1,76 milhão de brasileiros com mais de 60 anos vivem com alguma forma de demência, sendo que de 40% a 60% desses casos são de Alzheimer. O total de diagnósticos em 2019 foi cerca de 20% maior do que o de quatro anos antes, quando se estimava haver 1,48 milhão de pessoas com demência no Brasil. E esse número deve continuar crescendo, podendo chegar a 2,78 milhões no final desta década e a 5,5 milhões em 2050. 

Segundo Freua, as demências de caráter neurodegenerativo, como o Alzheimer, possuem os mesmos fatores de risco das doenças cardiovasculares: alimentação desbalanceada, colesterol, glicemia e hipertensão mal controlados, sedentarismo e idade avançada. "A demência pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas o Alzheimer é mais comum na terceira idade, quando os fatores genéticos podem contribuir para o desenvolvimento da doença”, conta o médico.

  

Diagnóstico e tratamento 

Os sintomas da doença podem variar bastante, mas existem alguns sinais de alerta que merecem atenção. “No início, o paciente com Alzheimer apresenta lapsos de memória recente que prejudicam o dia a dia, trazendo dificuldade de aprendizado e de tomada de decisões, perda de interesse nas atividades que antes eram prazerosas e mudanças de humor. Nesse estágio inicial é muito importante buscar um diagnóstico", afirma o especialista.  

Infelizmente, não há nenhum tratamento que seja capaz de reverter completamente o quadro da doença, mas quando diagnosticada precocemente, é possível retardar o seu avanço. “Quando antes for descoberta, maiores serão as chances de controlar os sintomas, proporcionando uma melhor qualidade de vida para o paciente”, diz o médico da BP. Além do tratamento medicamentoso, existem algumas atividades que também podem trazer benefícios para o paciente, como musicoterapia, psicoterapia, terapia ocupacional, fisioterapia e atividades físicas leves.

 

Beneficência Portuguesa de São Paulo


Efeitos do colesterol alto no sistema circulatório são nocivos à saúde

Adotar um estilo de vida saudável e seguir orientações médicas são passos fundamentais para manter o colesterol sob controle

 

O Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, celebrado anualmente em 8 de agosto, destaca a importância de conscientizar a população sobre os riscos associados  à esta patologia crônica e suas consequências para o sistema circulatório e à saúde vascular. O colesterol elevado, especialmente em sua fração LDL, tem sido associado ao acelerado processo de formação de placas ateroscleróticas nas artérias, aumentando significativamente o risco de eventos cardiovasculares graves, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e trombose arterial.

Os principais fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento de problemas circulatórios relacionados ao colesterol alto são o diabetes mellitus e o tabagismo. Em conjunto com a elevação do colesterol, essas condições determinam um incremento na formação de placas ateroscleróticas nas artérias, levando a um processo inflamatório crônico que perpetua o problema.

Conforme explica o cirurgião vascular e membro da diretoria da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Marcus Vinicius Martins Cury, a doença aterosclerótica é sistêmica e as manifestações variam de acordo com a localização e o grau das placas formadas. “Nas artérias coronárias, pode ocorrer a angina e o infarto agudo do miocárdio. Já nos membros inferiores, o estreitamento progressivo das artérias pode resultar em claudicação intermitente, uma dor nas pernas induzida pela caminhada, e, a longo prazo, levar a lesões nos pés de difícil cicatrização, aumentando o risco de amputações. Em outras regiões, como nas artérias carótidas, a formação de placas é um fator de risco significativo para o acidente vascular cerebral (AVC)”.

A adoção de medidas saudáveis é fundamental para controlar o colesterol e melhorar a saúde circulatória. “Cessar o tabagismo é essencial para diminuir a progressão da placa aterosclerótica. Além disso, manter uma alimentação equilibrada, com baixo teor de gorduras saturadas e uso de ‘boas gorduras’, como ômega-3, é recomendada. O controle do excesso de peso e a prática regular de exercícios físicos também desempenham um papel importante na prevenção e controle do colesterol”, orienta o cirurgião vascular.

O diagnóstico de problemas circulatórios relacionados ao colesterol alto deve ser realizado por um médico especialista, que avaliará o quadro clínico do paciente. Dentre os exames comumente utilizados estão a medida do índice tornozelo-braço (ITB) e a ultrassonografia doppler para avaliação das artérias dos membros inferiores e das carótidas.

O tratamento para problemas circulatórios causados pelo colesterol alto pode variar de acordo com a gravidade do caso e a localização da disfunção vascular. Inicialmente, o controle do colesterol pode ser realizado por meio de medicamentos, visando diminuir a progressão da placa aterosclerótica. Em casos mais avançados, procedimentos cirúrgicos podem ser necessários para tratar complicações decorrentes da formação dessas placas. Se o colesterol alto não for tratado adequadamente, podem ocorrer complicações em longo prazo, além do o AVC,  o infarto do miocárdio e isquemia crítica de membros inferiores.

Embora a ocorrência de complicações cardiovasculares em pacientes jovens com colesterol alto seja menos frequente, é importante destacar que quando associado a outros fatores de risco, como má alimentação, tabagismo, diabetes mellitus e histórico familiar, a manifestação da doença pode ocorrer de forma mais precoce.  O Dr. Marcus afirma que “é essencial que os jovens adotem bons costumes, os quais incluem uma alimentação equilibrada, a prática regular de atividades físicas e evitar o tabagismo para fugir de futuras complicações”.

“O Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol serve como um lembrete importante de que a prevenção é a chave para uma vida saudável e para a preservação da saúde do sistema circulatório. Adotar um estilo de vida saudável, buscar acompanhamento médico regular e seguir as orientações do profissional de saúde são passos fundamentais para manter o colesterol sob controle e garantir uma boa saúde vascular”, enfatiza Dr. Marcus.

O presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo, Dr. Fabio Rossi, reforça que o acúmulo de gordura prejudica o fluxo sanguíneo e coloca a saúde vascular em risco.  “A única maneira de saber os níveis de colesterol é por meio de exames de sangue, tornando essencial a detecção precoce. Esperar pelos sinais e sintomas isquêmicos pode indicar um estágio avançado, especialmente porque essa doença é silenciosa e pode ser descoberta apenas quando já é tarde demais para reverter o quadro, tornando a prevenção ainda mais crítica. Não subestime a importância de cuidar da sua saúde vascular, pois a prevenção é a melhor forma de evitar problemas sérios no futuro”, alerta o Dr. Fabio.

A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para toda a população. Para outras informações acesse o site e siga as redes sociais da Sociedade (Facebook e Instagram).

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP
www.sbacvsp.com.br


Um perigo silencioso chamado Hepatite B: 6 em cada 10 brasileiros não sabem que estão infectados; saiba os sintoma

A hepatite B é uma infecção viral do fígado que pode ter consequências graves e, em alguns casos, fatais. Muitas pessoas podem ser portadoras assintomáticas da doença e não saberem que estão infectadas. Segundo dados do Ministério da Saúde no relatório Hepatites Virais 2023, mais de 276 mil pessoas foram diagnosticadas com hepatite B no Brasil, mas estima-se que um milhão de pessoas estejam infectadas com o vírus no país. O que representa um quadro de seis em cada dez brasileiros infectados sem saber que precisam buscar tratamento médico para a doença.

“É importante destacar a importância da vacinação contra a hepatite B como forma de prevenção da doença. A vacina é altamente eficaz e segura e é recomendada para todas as pessoas, especialmente aquelas com maior risco de contrair a doença”. Afirma o médico e diretor técnico da Salus Imunizações, Dr. Marco César Roque.

Além da vacinação, existem outras medidas de prevenção que podem ajudar a reduzir o risco de contrair a hepatite B. Práticas sexuais seguras, não compartilhamento de agulhas ou outros equipamentos de injeção, triagem de sangue para transfusões e cuidados no manuseio de materiais cortantes em ambientes de saúde são algumas das medidas recomendadas.

“Vale ressaltar que a hepatite B pode ser assintomática por muitos anos e que a detecção precoce da doença é fundamental para prevenir a progressão para estágios mais graves, como cirrose e câncer de fígado. Por isso, é importante que as pessoas em risco de contrair a doença façam testes de detecção regularmente”. Destaca o Dr. Marco César Roque.

Na maioria das vezes, os sintomas somente se apresentam nas décadas seguintes à infecção, o que torna mais difícil detectar a doença. No entanto, quando os sintomas aparecem, eles podem incluir:


• Cansaço: fadiga extrema e falta de energia

• Tontura: sensação de que o ambiente está girando ou que a pessoa está prestes a desmaiar

• Dor abdominal: desconforto ou dor na região do abdômen

• Pele e olhos amarelados: icterícia, que é um amarelamento da pele e dos olhos devido ao acúmulo de bilirrubina no corpo

• Enjoo: sensação de náusea ou mal-estar abdominal

• Vômitos: expulsão do conteúdo do estômago pela boca

• Febre: elevação da temperatura corporal acima do normal


O tratamento para a hepatite B pode incluir o uso de medicamentos antivirais que ajudam a reduzir a quantidade de vírus no corpo e a diminuir a inflamação no fígado. O tratamento também pode incluir o uso de imunomoduladores para ajudar o sistema imunológico a combater o vírus.

A hepatite B é uma das principais causas de câncer de fígado em todo o mundo. É importante que as pessoas com hepatite B crônica recebam acompanhamento médico regular e sigam as recomendações de tratamento para reduzir o risco de complicações graves.

“A vacina é uma das maiores conquistas da medicina moderna e é uma forma segura e eficaz de proteger a saúde das pessoas. Não deixe de se vacinar e de incentivar as pessoas ao seu redor a fazerem o mesmo. Juntos, podemos ajudar a prevenir a disseminação da hepatite B e proteger a saúde da população”. Finaliza o Dr. Marco César Roque.



Mais Sobre Marco César Roque - Diretor Técnico da Clínica de Vacinas Salus Imunizações. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos com residência em Neurologia Pediátrica pelo Hospital do Servidor Público Estadual- IAMSPE, responsável pelo setor de Neurologia Pediátrica do Grupo Santa Joana. Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil, é preceptor do programa de Residência Médica do Hospital Municipal Infantil Menino Jesus -PMSP.

Plataforma online identifica risco de doença renal crônica entre pessoas com diabetes tipo 2; saiba mais

Cuidando dos Rins realiza triagem gratuita em apoio à detecção precoce de complicação do diabetes

 

A AstraZeneca, biofarmacêutica global, em parceria com a Gendius, empresa de dados e insights em saúde focada em doenças metabólicas, lança a plataforma online, gratuita e em português Cuidando dos Rins para pacientes com DM2 com risco potencial de desenvolver doença renal crônica (DRC). Dois em cada cinco pacientes no mundo com diabetes mellitus tipo 2 (DM2) irão desenvolver DRC[1], enfermidade que pode levar à perda progressiva, e até mesmo irreversível, do funcionamento dos rins.

Por meio do preenchimento de um questionário rápido de cinco perguntas, sem a necessidade de cadastro, o algoritmo calcula o risco aumentado para o desenvolvimento de doença renal crônica. Ao final, o paciente recebe recomendações, como, por exemplo, se deve se consultar com um médico especialista, é direcionado para o SAC da AstraZeneca e para a ADJ, associação de pacientes com diabetes. É importante ressaltar que essa ferramenta não substitui o diagnóstico e que, em caso de dúvidas, um médico deverá ser consultado.

A doença renal crônica é uma das complicações do diabetes, que ao acumular açúcar no sangue de forma excessiva, causado pela descompensação glicêmica, pode comprometer o funcionamento dos rins, fazendo com que o órgão perca a capacidade de filtrar o sangue[2]. “O rastreio da complicação deve ser realizado periodicamente, já que a doença renal crônica, na maioria das vezes, é assintomática nos estágios iniciais. A ferramenta Cuidando dos Rins veio para auxiliar a jornada de pessoas com diabetes, para que, a partir do risco identificado pela plataforma, a equipe médica possa realizar o controle renal do paciente, por meio de exames de urina e sangue para controle ou confirmação diagnóstica3”, comenta Fernanda Ronco, líder médica de área terapêutica da AstraZeneca.

A prevalência do diabetes no Brasil é de mais de 15,7 milhões de pessoas[3], segundo dados da Federação Internacional do Diabetes (IDF), sendo que cerca de 90% dos casos são do tipo 23, que está associada a fatores externos e de estilo de vida, como histórico familiar, sobrepeso, sedentarismo, e maus hábitos alimentares3. Sem adesão ao tratamento e controle da doença, a longo prazo, a pessoa pode apresentar complicações, como a doença renal crônica.

Hoje, cerca de 12 milhões de pessoas convivem com a doença renal crônica, entretanto, apenas 20% dos pacientes em estágio 3 são diagnosticados1, devido à falta de rastreio e ausência de sintomas. Apesar dos dados, a conscientização de pacientes com diabetes sobre as possíveis complicações e a adesão ao tratamento podem proporcionar ao paciente o controle da doença e uma melhor qualidade de vida[4]. Além disso, é fundamental conversar com um médico para o rastreio, por meio do controle renal em caso de maiores chances de desenvolver a condição[5].

Para realizar a triagem, acesse http://www.paciente.cuidandodosrins.com.br/

 



AstraZeneca
www.astrazeneca.com.br
Instagram @astrazenecabr.



[1] NIDDK USRDS. 2022 Anual Dat Report. Disponível em: https://https://adr.usrds.org/2020/chronic-kidney-disease/1-ckd-in-the-general-populationadr.usrds.org/2020/chronic-kidney-disease/1-ckd-in-the-general-population. Acesso em 03 de julho de 2023.

[2] Associação Brasileira dos Centros de Diálise e Transplante (ABCDT). Disponível em: https://www.abcdt.org.br/2022/06/qual-a-relacao-entre-diabetes-e-doenca-renal-cronica/#:~:text=O%20diabetes%20mellitus%20%C3%A9%20a,evolu%C3%A7%C3%A3o%20da%20doen%C3%A7a%20renal%20cr%C3%B4nica. Acesso em 03 de julho de 2023.

[3] Federação Internacional de Diabetes (IDF). Atlas 2021. Disponível em: https://diabetesatlas.org/idfawp/resource-files/2021/07/IDF_Atlas_10th_Edition_2021.pdf. Acesso em 03 de julho de 2023.

[4] Ministério da Saúde. Diabetes (Mellitus). Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/d/diabetes. Acesso em 03 de julho de 2023.

[5] Ministério da Saúde. Dia Mundial do Rim 2019: Saúde dos Rins Para Todos. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/14-3-dia-mundial-do-rim-2019-saude-dos-rins-para-todos/. Acesso em 03 de julho de 2023.


04 de agosto: Dia Nacional da Campanha Educativa de Combate ao Câncer e Dia do "eu também estou com você"


As datas chamativas e comemorativas que se relacionam ao diagnóstico e tratamento do câncer percorrem o ano todo. Em algumas delas o ponto alto é a prevenção, ou o impacto do diagnóstico precoce. Em outras, a ênfase está no acolhimento ao paciente e, não raramente, tem se mencionado nas mídias o “combate científico”, mais pronunciado com as discussões acerca de novas terapias e descobertas promissoras.

É mesmo verdadeiro que uma doença complexa como o câncer demande de muitas atenções e ações. Em partes, o que vemos veiculado é a forma como conseguimos nos organizar enquanto sociedade para enfrentar essa condição tão desafiadora. Considero cada pontinha de ação pensada em qualquer parte do mundo como muito valiosa.

Mas e o que eu vejo enquanto médica que trata pacientes com câncer?

Eu vejo pessoas que tem toda a sua perspectiva de vida mudada, seja com o diagnóstico de doença inicial ou em fase avançada, com desafios muito intensos de diversas ordens.

Eu vejo mães que adoecem e seguem cuidando de seus filhos, carregando suas angústias e efeitos colaterais com elas. Vejo pacientes que colocam o medo numa gaveta a ser aberta um dia, e se enchem de sacolas de exames, que são mesmo, na maioria das vezes, tão necessários para que nós médicos consigamos propor um bom plano terapêutico. Vestem a coragem que tem para ouvir o que pode ser feito, o que quase sempre é algo que impactará suas vidas para sempre.

Ao prescrever os remédios contra o câncer jamais me esqueço dos cientistas que se debruçam em bancadas para descobrir uma possível cura, ou um tratamento que faça um semelhante viver mais longamente ou viver melhor.

E ao falar dos remédios que tratam o câncer também se faz necessário lembrar que a complexidade da doença e dos tratamentos extravasa para a discussão de fontes de pagamento, fontes regulatórias e acesso, já que os custos estão cada vez mais onerosos.

E nesse enfrentamento todo, o que cada um de nós pode fazer que ajude a prosperar o bem, a calma e o acalento de quem adoece?

É necessário estar junto. Estar presente na hora que o familiar, ou o amigo adoecido recebe uma notícia difícil. Estar lá ,onde outro corpo carece de um abraço, de companhia ou mesmo de distração. Agendar os tantos exames que chegam a se emaranhar. Segurar a mão. Enxugar lágrimas. Ligar uma música. Levar os filhos para passear. Propor uma massagem. Achar um centro de pesquisa promissor.

Sendo conhecedora das estatísticas do câncer, é certo que existe alguém que você conheça que está enfrentando um adoecimento ameaçador. Esteja com essa pessoa. E nos dias de hoje nem é necessário estar perto para estar junto, temos a tecnologia nos aproximando e facilitando nosso convívio. Existem inúmeras formas de ser apoio.

No enfrentamento do câncer, o cientista continuará seu lindo trabalho com novas descobertas, os profissionais de saúde seguirão buscando trazer a cura ou alívio, os órgãos regulatórios devem assegurar o acesso ao que há de melhor, e, não menos importante, que você possa ser apoio para alguém. Que esteja presente onde presença também é uma forma de cura. 



Vivian Castro Antunes de Vasconcelos - formada em Oncologia Clínica pela Unicamp. É oncologista do Caism/Unicamp, mestre pela FCM-Unicamp, doutoranda na FCM-Unicamp e membro titular da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e da Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO). Vivian é sócia do Grupo SOnHe – Oncologia e Hematologia e atua na oncologia do Radium – Instituto de Oncologia, do CAISM e do Hospital Madre Theodora.


Grupo SOnHe - Oncologia e Hematologia
www.sonhe.med.br


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