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quarta-feira, 10 de maio de 2023

5 perguntas para fazer antes de tomar uma decisão

Em livro publicado pela Editora Hábito, Andy Stanley - escritor e pastor estadunidense - divide "manual" das boas escolhas

 

Como não fazer escolhas ruins? Quanto mais algo é importante, mais difícil se torna a resolução. Mas, nem tudo está perdido. De acordo com o especialista em liderança Andy Stanley, boas perguntas levam a melhores decisões. É a partir dessa premissa que o autor best-seller lança Melhores Decisões, Menos Arrependimentos, uma publicação pela Editora Hábito.

Conhecido por suas habilidades de comunicação e por abordar temas difíceis de forma clara e prática, usando exemplos do cotidiano, nesta obra, Andy Stanley compartilha cinco perguntas revolucionárias para se fazer sempre antes decidir algo; são questionamentos para ajudar nas finanças, nos relacionamentos, na carreira e muito mais.

Quais as 5 perguntas que ajudam a determinar o próximo passo?

1) Integridade: estou sendo realmente honesto comigo mesmo?
2) Legado: que história quero contar?
3) Consciência: há alguma tensão que mereça a minha atenção?
4) Maturidade: qual é a coisa mais sensata a ser feita?
5) Relacionamento: o que o amor exige de mim?

Embora ninguém planeje complicar a própria vida ao tomar decisões ruins, muitas pessoas não sabem como escolher o certo. Por isso, em Melhores Decisões, Menos ArrependimentosAndy Stanley revela que as respostas dadas para estes questionamentos apontam a direção e a qualidade de vida necessárias para fazer boas escolhas.   

“Ao mesmo tempo que não há nada que possa ser feito sobre as decisões que você escolheria voltar no passado para desfazer, lembre-se disso: os seus arrependimentos são apenas parte da sua história. Não precisam ser a história. O seu passado deve ser uma lembrança, mas não é ele que o define”, escreve Andy Stanley.

Melhores Decisões, Menos Arrependimentos, portanto, trata-se de uma obra a qual o autor ensina que, se as questões apontadas por ele forem respondidas de forma honesta, vão ajudar aqueles que desejam trilhar o caminho para o sucesso em todas as áreas da vida.

Divulgação | Editora Hábito
Ficha técnica:

Título:
 Melhores Decisões, Menos Arrependimentos
Autor: Andy Stanley
Editora: Hábito
ISBN: 978-65-84795-15-0
Páginas: 192
Formato: 14 x 21 cm
Preço: R$ 49,90
Link de venda: Amazon

Sobre o autor: Andy Stanley é graduado em jornalismo pela Georgia State University e mestre pelo Seminário Teológico de Dallas. Autor de vários best-sellers, entre eles Comunicação que transformaVisão: força motriz da organização e Como ser rico, publicados por Editora Vida. Comunicador de sucesso, Andy tem mais de 10,5 milhões de mensagens propagadas por meio de podcasts e vídeos no YouTube.

Instagram: @andy_stanley 

Editora Hábito
Instagram: @editorahabito

 

Campanhas com IA aumentam previsibilidade de vendas e maior assertividade no público-alvo

Por meio de estratégias e análise de dados, consultoria de performance digital aposta em IA para sucesso de campanhas


 

Em abril, a Forbes lançou a lista das 50 empresas privadas mais promissoras que utilizam Inteligência Artificial. O tema ganhou notoriedade nos últimos meses com o lançamento do ChatGPT e outros softwares de geradores de imagens. Coletivamente, as empresas da lista de 2023 receberam um financiamento coletivo de US$ 27,2 bilhões

 

Nessa crescente, a Inteligência Artificial passa a ser utilizada em diversos setores e iniciativas. Um deles é o de campanhas de performance digital para as marcas. “Com estratégias personalizadas e melhora na assertividade do público-alvo por meio da IA, há um ganho operacional e estratégico para marcas de todos os setores”, comenta Gustavo Franco, Country Manager da Labelium, consultoria de performance digital para empresas de luxo, turismo, moda e beleza.


“Frequentemente nos perguntam como entendemos a aplicação da AI dentro do contexto do marketing digital, se temos algum receio dela impactar em nossa oferta. A verdade é que a IA só traz ainda mais necessidade de parceiros inteligentes e criativos para a mesa. O uso da inteligência, de forma estratégica, está no que se pede a ela - input - e esse input de qualidade só pode vir de especialistas.”, pontua Franco.


Sendo assim, com estratégia e análise de dados como base, as campanhas precisam ser segmentadas quanto a objetivos e públicos-alvos para que tenham sucesso. E, além disso, precisam ser frequentemente remetidas a observação de taxa de acerto e vendas, dessa forma, a inteligência e as estratégias podem se aprimorar cada vez mais.

 

A inteligência artificial atrelada à análise de dados também possibilita a definição, de maneira clara, de quais canais serão utilizados em cada oportunidade. A especialização nos canais é chave e com uma jornada de compra cada vez mais fragmentada, irão surgir profissionais altamente especializados nas competências de search, social, vídeo, programática, etc. 

 

A consultoria cita um case de uma grande marca do segmento de luxo em que já está aplicando IA em duas frentes: criação de variações de anúncios e campanhas inteligentes de parceiros como Google e Meta. Os resultados vieram em duas frentes: ganho de eficiência, sobretudo na criação de variação de criativos com uso do ChatGPT e aumento de vendas, já que as campanhas inteligentes conseguem atingir um possível comprador com muito mais eficácia do que campanhas convencionais. 

 

Na criação de anúncios, o ChatGPT auxilia na variação de textos, respeitando inputs como tom de voz, quantidade de caracteres e call to action. Quanto às campanhas inteligentes, formatos dos parceiros que fazem uso de variadas peças e combinam elementos de comportamento emitidos pelos usuários é a chave do sucesso. Importante, no entanto, fornecer inputs as campanhas. “Muitas vezes a máquina irá priorizar o menor custo de aquisição, por exemplo, mas nem sempre isso está alinhado à estratégia de marca: muitas vezes o negócio precisa priorizar uma categoria que não necessariamente é a que se vende pelo menor investimento”, aponta Franco.

 


Labelium

 

Em janeiro, empresas inadimplentes priorizaram o pagamento de dívidas básicas, revela Serasa Experian

Total foi de 47% das dívidas atrasadas quitadas em até 60 dias do vencimento, com destaque para a região Nordeste com a maior taxa de pagamentos

 

Em janeiro, as empresas brasileiras regularizaram 47% das dívidas inadimplentes em até 60 dias de negativação. De acordo com o Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian, foi o setor “Utilities”, que contempla contas básicas como gás, energia e água, que obteve o maior nível de contas pagas, marcando 56,8%. Já o segmento “Outros”, composto por credores que atuam na indústria, agronegócio e no terceiro setor, ficou em segundo lugar com 56,6% dos débitos vencidos sanados. Veja os dados gerais e por setor da dívida completos nos gráficos abaixo:


“Para que compromissos financeiros como financiamentos e com fornecedores sejam sanados, os empreendedores precisam primeiro honrar com as contas que garantem o funcionamento mínimo do seu negócio para continuarem atuando”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi.

 

Nordeste liderou na recuperação de dívidas inadimplidas em janeiro

 

O ranking das regiões na recuperação de dívidas em até 60 dias de negativação mostrou que o Nordeste liderou com o maior percentual em janeiro (53%), o Norte veio em seguida com 52,8%, depois o Centro-Oeste (50,8%), o Sul (48,4%) e o Sudeste (42,2%). Confira no gráfico a seguir os percentuais de pagamentos por Unidade Federativa (UF):



A taxa de pagamento das contas vencidas em até 30 dias foi de 59,7%, 43,8% foi daquelas com 60 dias, 31,3% das com atraso de 90 dias e 22,4% dos débitos com mais de 180 dias. Dívidas atrasadas com até um ano receberam 20,4% de pagamentos e 5,9% foi a taxa das dívidas acima deste prazo.

 

Serasa Experian ajuda empreendedores contra a inadimplência

 

Um dos principais motivos para as empresas terem dificuldade em pagar suas dívidas é por sofrerem inadimplência de seus próprios clientes. Por isso, a ferramenta da Serasa Experian de Recuperação de Dívidas dos clientes possui todo um aparato de cobrança, negativação e ganho de eficiência com mais agilidade. Tudo isso respaldado pela base nacional de negativados da Serasa Experian e que preza pelo bom relacionamento entre empresas e consumidores. Mais informações estão disponíveis na página oficial da Serasa Experian.

 

Metodologia

Indicador de Recuperação de Crédito da Serasa Experian considera o número de dívidas incluídas no sistema de inadimplência em cada mês específico. A medida de até 60 dias para quitação dos compromissos financeiros deste indicador foi selecionada por refletir a régua comum utilizada pelas soluções de cobrança, mas esse tempo pode variar de acordo com cada credor. Além disso, a série histórica do índice ainda é curta, com dados retroativos desde 2017, dessa forma, não é possível afirmar períodos de sazonalidade, uma vez que seria necessário contar com no mínimo 05 anos de observação para fazer essa análise.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br



terça-feira, 9 de maio de 2023

Pfizer e Thermo Fisher firmam parceria científica para expandir o acesso local a testes de sequenciamento de nova geração a pacientes com câncer em mercados Internacionais

 A expansão do acesso local pode fornecer resultados mais rápidos aos pacientes e ao mesmo tempo potencialmente melhorar esses resultados 

O acordo visa permitir maior alcance a recursos locais em exames avançados para câncer de mama e pulmão em mais de 30 países, onde o acesso a tais testes genômicos a preços acessíveis é insuficiente ou não está disponível 



Pfizer e Thermo Fisher Scientific Inc. (NYSE: TMO) anunciaram hoje um acordo de colaboração para ajudar a aumentar o acesso local a exames de sequenciamento de nova geração (NGS) para pacientes com câncer de pulmão e mama em mais de 30 países na América Latina, África, Oriente Médio e Ásia, onde testes genômicos avançados eram anteriormente limitados ou indisponíveis. O acesso a exames locais de NGS pode ajudar a fornecer uma análise mais rápida dos genes associados, capacitando os profissionais de saúde a selecionar a terapia certa para cada paciente, individualmente.[1]

O câncer é uma das principais causas de morte em todo o mundo, tendo sido responsável por quase 10 milhões de óbitos em 2020, ou cerca de uma em cada seis mortes. Os tumores de mama e pulmão são os principais tipos de câncer diagnosticados e respondem por quase 4,5 milhões de mortes em todo o mundo. Até 2040, a expectativa é de que o ônus global do câncer chegue a 27,5 milhões de novos casos e a 16,3 milhões de mortes decorrentes da doença.

A partir do acordo, a Thermo Fisher identificará os laboratórios locais que usarão a tecnologia NGS da empresa e garantirá que eles tenham a infraestrutura necessária, equipes treinadas e medidas de controle de qualidade para atender aos padrões da indústria em serviços de testes de NGS para câncer de mama e pulmão. A Pfizer atuará em maneiras de permitir o acesso viável dos pacientes aos testes de NGS para esses tipos de câncer e trabalhará para elevar a conscientização dos profissionais de saúde sobre os benefícios dos exames avançados. As duas empresas continuarão avaliando oportunidades de expansão geográfica da iniciativa e de testes para outros tipos de câncer. [2]-[3]

“Qualquer pessoa que enfrenta um diagnóstico de câncer deveria ter acesso a testes de ponta que possam ser usados para elaborar um plano de tratamento adequado e otimizado, além de se informar melhor sobre seus cuidados. Atualmente, pretendemos levar o teste rápido de NGS para mais laboratórios descentralizados, que estejam mais perto de onde os pacientes realmente são tratados", disse Gianluca Pettiti, vice-presidente executivo da Thermo Fisher Scientific. “Estamos dando um passo à frente para fornecer informações precisas para pacientes carentes, a fim de que possam ter um caminho mais personalizado em cuidados, independentemente de onde estejam no mundo.”

“Quanto mais entendermos a complexa ciência por trás do câncer, melhor poderemos tratá-lo. Nossa experiência nos ensinou que o câncer nem sempre pode ser tratado de forma ampla e, muitas vezes, requer uma abordagem individualizada com base nas características precisas da doença”, disse Nick Lagunowich, presidente global de mercados emergentes da Pfizer. “Em várias partes do mundo, o acesso ao sequenciamento de nova geração pode ser limitado ou inacessível para pacientes com câncer. Esse programa visa aprimorar essa jornada de tratamento desses pacientes e colaborar para aumentar suas chances de melhores resultados”.

Análises de gene único têm sido historicamente usadas para combinar os pacientes com terapias-alvo apropriadas. No entanto, este pode ser um processo demorado se forem necessários testes sequenciais e pode não haver tecido suficiente para executar todos os exames – o que pode exigir de procedimentos adicionais de biópsia. À medida que terapias-alvo mais direcionadas vão sendo disponibilizadas e que podem ser combinadas por meio de um conjunto mais amplo de marcadores genômicos, o sequenciamento de nova geração está substituindo rapidamente os testes sequenciais de biomarcadores únicos.

Ao rastrear um único tecido tumoral ou amostra de sangue para múltiplos biomarcadores simultaneamente, o NGS pode fornecer às equipes clínicas insights genômicos rápidos e úteis para ajudar a justificar decisões de tratamento oncológico de precisão para pacientes elegíveis.[4] Ao rastrear um único tecido tumoral ou amostra de sangue para vários biomarcadores simultaneamente, o NGS pode fornecer às equipes clínicas informações genômicas rápidas e acionáveis ​​para ajudar a informar decisões de tratamento oncológico de precisão para pacientes elegíveis4.

Um estudo observacional retrospectivo de dados de mundo real analisou pacientes recém-diagnosticados com câncer de pulmão de células não pequenas em estágio IV e revelou que desfechos como sobrevida aparente e tempo até o próximo tratamento eram significativamente comprometidos quando mutações acionáveis eram identificadas depois do início do tratamento sistêmico (p.ex., quimioterapia e imunoterapia). No entanto, quando o tratamento era iniciado com base em resultados moleculares, os pacientes apresentavam melhores resultados em comparação aos pacientes tratados antes de serem obtidos resultados moleculares, corroborando a necessidade de testes moleculares rápidos para decisões de tratamento mais bem informadas.[5]

 


Pfizer
www.Pfizer.com
Facebook.com/Pfizer


Thermo Fisher Scientific Inc.
www.thermofisher.com



Referências:
[1] Véronique Hofman, et al. (2022) JTO 2022: 100457
[2] Cancer (who.int)
[3] Global Cancer Facts & Figures | American Cancer Society
[4] Lemmon, CA et al. (2023) JCO Precision Oncology 2023 :7
[5] Smith RE et al. (2022) J Clin Oncol. 40(16_suppl):1530


Maio cinza: 15% a 25% das metástases são no cérebro e SBRT alerta para gargalos no acesso ao tratamento

Radioterapia é indicada para tratar tumores primários e metástases no cérebro
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Originados no cérebro ou como metástases de tumores surgidos na mama ou pulmão, por exemplo, os tumores cerebrais recebem indicação de radioterapia principalmente em casos não operáveis. No mês de conscientização sobre a doença (maio cinza) a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) alerta para a escassez de acesso ao tratamento no SUS

 

No maio cinza, mês de conscientização sobre o câncer no cérebro, a Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT), ressalta os avanços dos tumores primários (originados no cérebro) e metastáticos (quando atingem o cérebro após terem surgido em outros órgãos, principalmente câncer de mama, pulmão e melanoma). Quando considerados todos os cânceres, os tumores cerebrais representam apenas 2% a 3% dos casos, mas respondem, segundo estudo de revisão, por cerca de 15% a 25% das metástases, que é o estágio mais agressivo da doença. Além disso, os tumores sólidos mais comuns na infância são os do sistema nervoso central (SNC).

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam também que cerca de 4% das mortes por câncer no Brasil são de pacientes com tumor no cérebro. Em muitos casos, o óbito é decorrente da falta de acesso ao tratamento. Considerando todos os tipos de câncer, a SBRT calcula que, entre janeiro de 2008 e dezembro de 2022, 1,1 milhão de pessoas diagnosticadas não conseguiram radioterapia pelo Sistema Único de Saúde (SUS), uma média de 73 mil pessoas não tratadas por ano neste período de 15 anos. Isso, segundo a SBRT, foi causa direta de 110 mil mortes.

De acordo com o médico radio-oncologista Paulo Lazaro de Moraes, membro da Sociedade Brasileira de Radioterapia (SBRT) e titular da Radioterapia dos Hospitais BP e BP Mirante–Oncoclínicas, a radioterapia em tumores cerebrais é feita em sessões diárias que duram aproximadamente 15 minutos, a fim de cessar o crescimento local das células do tumor “Ela é muito utilizada para tratamentos em que a cirurgia não pode ser realizada devido às complicações inerentes ao procedimento”, explica Moraes.

Segundo o especialista, as doses de radiação no cérebro são determinadas a partir de padrões de segurança em que os benefícios sejam mais efetivos que os riscos de sequela. “Esses padrões vêm de estudos científicos que avaliam a dose necessária para controle de cada tipo de tumor cerebral. Normalmente, nas lesões primárias de sistema nervoso central, as aplicações são diárias, com duração de aproximadamente cinco a seis semanas”, conta.

Para tumores cerebrais mais avançados, a radioterapia é usada para controlar o crescimento do tumor e aliviar os sintomas. Ela também pode ser usada de forma isolada ou em combinação com outras terapias, como neurocirurgia ou quimioterapia. A administração da radioterapia é planejada conforme o tipo e estágio do câncer, localização do tumor e outras condições médicas do paciente.

A radioterapia externa é habitualmente realizada em uma aparelho chamado acelerador linear, e o tratamento é feito com radiação ionizante (Raios-x) com o paciente deitado. “Para garantir que a dose seja entregue de maneira eficiente e cuidadosa, utiliza-se uma máscara facial termoplástica para que não haja movimentação durante a sessão”, relata o médico.

Na radioterapia interna, também nomeada braquiterapia, o tumor recebe doses de radiação a uma distância curta, por meio do implante de fontes de radiação diretamente no tecido cerebral. A utilização de métodos atualizados a partir das descobertas científicas são chave para o sucesso do tratamento. “O planejamento da radioterapia ocorre a partir da consulta médica para avaliação do número de aplicações, além de exames de tomografia e ressonância magnética de crânio, para definição do volume que receberá radiação”, informa Moraes. 

No mundo, os cânceres no cérebro/sistema nervoso central (SNC) ocupam a 19ª posição entre todos os tipos, tendo 308 mil casos diagnosticados em 2020, conforme a Organização Mundial de Saúde. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que houve, em 2022, cerca de 11,5 mil novos casos de câncer no sistema nervoso central.


Sinais e sintomas gerais causados por tumores cerebrais podem incluir:

- Dor de cabeça ou pressão na cabeça que piora pela manhã.
- Dores de cabeça que acontecem com mais frequência e parecem mais graves.
- Dores de cabeça que às vezes são descritas como dores de cabeça tensionais ou enxaquecas.
- Náusea ou vômito.
- Problemas oculares: visão embaçada, visão dupla ou perda de visão nas laterais da visão.
- Perda de sensibilidade ou movimento em um braço ou perna.
- Problemas com equilíbrio.
- Problemas de fala.
- Sentindo-se muito cansado.
- Confusão em assuntos cotidianos.
- Problemas de memória.
- Tendo problemas para seguir comandos simples.
- Mudanças de personalidade ou comportamento.
- Convulsões, especialmente se não houver histórico de convulsões.
- Problemas de audição.
- Tontura ou sensação de que o mundo está girando, também chamado de vertigem.
- Sentir muita fome e ganhar peso

São sintomas inespecíficos, que podem ser confundidos com os de outras doenças. Na presença de sintomas, importante consultar um médico. Dependendo do caso, poderão ser solicitados exames neurológicos, tomografia computadorizada, ressonância magnética, e PET-Scan do cérebro e ser colhida uma amostra para biópsia.

 

Sociedade Brasileira de Radioterapia - SBRT
https://sbradioterapia.com.br/

Vacinas são a principal forma de proteção durante o inverno

Dados apontam que cerca de 3 milhões de mortes são evitadas devido à vacinação


Uma das principais formas de combater doenças é a vacinação, seja em períodos de enfrentamento de epidemias, seja durante a rotina do dia a dia. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 2 a 3 milhões de mortes são evitadas ao ano em todo o mundo devido à vacinação. Porém, nem sempre a informação correta consegue ultrapassar a barreira da desinformação e muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre os tipos de vacinas e quando é o momento ideal de tomá-las.

Para a enfermeira especialista em vacinação da Clínica Vacinne, Kátia Oliveira, as vacinas são fundamentais para manter o nosso sistema imunológico preparado para combater vírus e bactérias que desencadeiam infecções e doenças perigosas e muitas vezes terminais. “A composição das vacinas são feitas de forma a combater um determinado vírus ou bactérias, podendo ser nas versões inativas ou altamente enfraquecidas destes vírus ou bactérias. Desta maneira o organismo produz anticorpos contra o invasor, criando assim uma memória imunológica que protege o nosso corpo”, explica.

 

Calendário vacinal

Vacinas são uma medida de proteção coletiva e saúde social, não apenas uma questão individual, sendo assim é importante que toda a população tenha consciência sobre a importância da manutenção do calendário vacinal. “Se uma pessoa não toma a vacina, ela pode transmitir a doença para diversos outros indivíduos saudáveis, afetando toda a população. Já uma pessoa vacinada não irá desenvolver a doença, ou desenvolver de uma forma mais fraca, e pode quebrar o ciclo de contágio. Sendo assim, independente da época do ano, é fundamental estar atento ao calendário de vacinação individual, pois cada pessoa tem um processo de vacinação”, explica Kátia.

A especialista também conta que existem as vacinas de rotina e as vacinas de campanha, sendo importante entender a diferença entre elas para que ocorra a correta imunização. “Vacinas de rotina são indicadas por faixa etária e público, como, por exemplo, a rotina de vacinação de crianças desde o nascimento até os 5 anos. Já as vacinas de campanha são pontuais e visam a imunização contra doenças específicas, num período determinado, com objetivo de combater doenças que podem trazer problemas graves a um tipo de público, como poliomielite para crianças e a vacinação contra gripe para idosos”, conta a especialista.

 

Chegada do inverno

Com a chegada do inverno é importante estar atento à aplicação de vacinas que protegem contra vírus e bactérias característicos deste período, já que nesta época do ano é mais comum a ocorrência de doenças respiratórias como alergias, resfriados, gripes, meningite e pneumonia. “Durante o inverno, a tendência é que haja uma propagação maior de doenças virais e bacterianas devido ao frio, pelas aglomerações em espaços fechados e a falta de medidas básicas de higiene, como lavar as mãos, manter ambientes arejados e evitar compartilhar talheres e copos. Durante essa época é fundamental a aplicação das vacinas, que são a forma mais eficaz de prevenção”, explica Kátia.

 

Vacinas que devem ser tomadas no inverno:

 

Influenza (gripe)

Doença altamente contagiosa, causada por um vírus comum que pode afetar a todos independente da idade e causar complicações. Segundo a OMS a cada ano, a gripe é responsável por mais de 500.000 mortes ao redor do mundo devido às suas complicações como a pneumonia. A vacinação quadrivalente previne contra quatro tipos de vírus da gripe. Pode ser aplicada em qualquer pessoa a partir dos 6 meses.

 

Pneumocócica 13

Diferente da gripe, que é uma doença aguda causada por vírus que acomete as vias aéreas superiores, a pneumonia, se caracteriza pela infecção do trato respiratório, podendo se espalhar para o sangue e se alojar nos pulmões. Apesar de serem doenças diferentes, a pneumonia é a complicação mais frequente da gripe.

Pessoas com o sistema imune debilitado, tabagismo, doenças crônicas, respiratórias, cardíacas, doenças associadas ao diabetes e idosos têm mais riscos de contrair pneumonia.

 

Meningite ACWY e Meningite B

A doença meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, manifesta-se mais frequentemente como meningite ou sepse. Tem caráter rapidamente progressivo como potencial de sequelas e letalidade.

 

Diagnóstico pode demorar até 15 anos: conheça o angioedema hereditário

    Anticoncepcional que contêm estrógeno pode provocar as crises

Traumas, estresse e mudanças bruscas de temperatura também podem desencadear o angioedema hereditário

·                                                        16/05 – Dia Mundial do Angioedema Hereditário

 

O angioedema hereditário é uma doença rara e ocorre em 1 a cada 50.000 indivíduos. Pode demorar até 15 anos para ser diagnosticada, isso porque ela é pouco conhecida entre os médicos. “É muito importante diferenciar de alergias”, alerta a Dra. Anete Grumach, Coordenadora do Departamento Científico de Erros Inatos da Imunidade da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

“As crises de angioedema hereditário podem ser desencadeadas por pequenos traumas, estresse, infecções, mudanças bruscas de temperatura, estrógeno e até tratamentos dentários. O inchaço pode ocorrer na região do trauma, mas também em outras partes do corpo. Pode até causar dores abdominais por inchaço das alças intestinais”, conta Dra. Anete.

 

Mulheres com angioedema hereditário não podem fazer uso de anticoncepcional que contenha estrógeno, já que o hormônio pode desencadear as crises. “O estrógeno atua nos sistemas controlados pelo inibidor de C1, resultando em aumento de bradicinina”, explica a especialista da ASBAI.

 

O angioedema hereditário é uma doença associada à deficiência do inibidor de C1 esterase, "substância" que controla vários sistemas do organismo. A falta dele causa aumento da bradicinina e, como consequência, aumento da permeabilidade do endotélio com extravasamento de líquido.

 

Com o extravasamento de líquidos ocorrem os inchaços, que acometem o tecido subcutâneo, o abdômen e as vias aéreas superiores, podendo causar asfixia. Embora a doença possa ser identificada facilmente pela dosagem do inibidor de C1 ou pela avaliação da função do inibidor de C1, ainda é subdiagnosticada devido à falta de conhecimento de muitos médicos.

 

Tratamento - Com o diagnóstico correto, há o tratamento específico para as crises e, se forem frequentes, pode-se utilizar medicamentos preventivos. Dra. Anete conta que, no momento, o Sistema Único de Saúde – SUS - fornece apenas o danazol, um hormônio masculino atenuado, que causa aumento nos níveis do inibidor de C1. Com a comprovação do diagnóstico, o hormônio deve ser solicitado por impresso específico para medicamentos de alto custo. Entretanto, outros tratamentos foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) e há, ainda, mais recursos para o controle clínico em desenvolvimento.

A falta do tratamento resulta em piora na qualidade de vida do paciente. Ainda, pode resultar em riscos relacionados às crises de inchaço. No abdome, as crises podem ser confundidas com apendicite ou outras causas de abdome agudo. Nas vias aéreas, pode causar obstrução alta e asfixia. Assim, o diagnóstico e tratamento incorretos podem resultar em complicações e riscos ao paciente”, finaliza Dra. Anete.


ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Mais de 14 milhões de brasileiros não possuem dentes, saiba o motivo e o que fazer para evita

A importância da saúde bucal para a qualidade de vida e bem-estar geral é indiscutível. Dados da Pesquisa Nacional de Saúde, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada em 2020, destacam que 34 milhões de brasileiros adultos (acima dos 18 anos) perderam 13 ou mais dentes. Outros 14 milhões vivem sem nenhum, após perdas ao longo da vida. Esses dados são alarmantes e colocam em evidência a necessidade de cuidados com a saúde bucal para evitar a perda de dentes. 

A prevalência de problemas odontológicos, como as cáries e outras doenças periodontais, é uma das principais causas da perda de dentes. Dados do Ministério da Saúde indicam que a cárie é a doença bucal mais comum no Brasil, afetando cerca de 80% da população. “A doença periodontal, que atinge as gengivas e estruturas de suporte dos dentes, é outra causa importante de perda dentária. A periodontite, estágio avançado da doença periodontal, pode levar à perda de dentes e está associada a outras condições de saúde, como diabetes e doenças cardíacas.” explica a cirurgiã-dentista e especialista em periodontia Dra. Bruna Conde.

 

As perdas dentárias também aumentam ao longo da vida pelos efeitos cumulativos de doenças bucais. A falta de cuidados preventivos e a manutenção de hábitos de higiene bucal inadequados podem levar à perda de dentes ao longo do tempo. A perda dentária pode afetar a autoestima, a mastigação, a fala e a saúde geral do indivíduo.


Dados do Instituto do Coração (Incor) mostram que cerca de 45% das doenças cardíacas e 36% das mortes por problemas cardíacos podem ter origem nos dentes. A doença periodontal pode estar associada à aterosclerose, condição que provoca um estreitamento das veias e artérias e pode levar a infarto e Acidente Vascular Cerebral (AVC). Uma possível explicação para isso é que a má higiene bucal e acúmulo de bacterias periodontopatogênicas pode levar ao contato delas com o sangue e piorar uma já existente doença coronariana. 

 

Além disso, a perda dentária pode estar relacionada a outras condições de saúde, como a osteoporose, que prejudica a densidade óssea e pode levar à perda de dentes. A falta de dentes também pode afetar a alimentação e a nutrição, uma vez que pode ser difícil mastigar alimentos mais duros ou fibrosos.

 

Bruna Conde comenta que é fundamental que os cuidados com a saúde bucal sejam incorporados ao cotidiano das pessoas para prevenir a perda de dentes e outras doenças bucais. A higiene bucal adequada, que inclui escovação dos dentes, uso do fio dental e higiene da língua é essencial para manter a saúde bucal. Além disso, é importante visitar regularmente o dentista capacitado para avaliar a saúde dos dentes e receber tratamentos preventivos para manter a saúde bucal. 

“A prevenção é a melhor forma de evitar a perda de dentes e outras doenças bucais. É importante que as pessoas estejam cientes dos riscos associados à falta de cuidados com a saúde bucal e tomem medidas para manter a saúde dos dentes e gengivas. Muitos problemas bucais iniciam assintomáticos. Quando se procura ajuda o problema está instalada há muito tempo causando problemas ainda maiores. E hoje em dia é possível envelhecer com todos os dentes naturais na boca.” Finaliza a Dra. Bruna Conde.

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã-Dentista
CRO SP 102038


Saiba o que caracteriza violência obstétrica durante o parto

Manobra de Kristeller, usada em parto induzido que terminou com a trágica morte de um bebê em Belo Horizonte, é considerada uma violência obstétrica

 

A Polícia Civil de Minas Gerais investiga a morte de um bebê durante o parto no dia 1º de maio, no Hospital das Clínicas, em Belo Horizonte. O caso ganhou repercussão nacional porque o bebê morreu após um parto induzido que contou com a chamada manobra de Kristeller (quando o profissional de saúde pressiona a barriga da gestante para forçar a saída do bebê). “É uma manobra proscrita, que não é mais aceita como prática médica porque estudos científicos robustos já demonstraram que ela é muito prejudicial tanto para a mãe quanto para o bebê. Então, quando ela é usada é uma violência obstétrica”, explica o advogado especialista em Direito Médico Idalvo Matos, do escritório BMF Advogados.

O advogado conta que é um direito da mulher decidir como quer dar à luz. Se a gestante manifestar, por exemplo, a vontade de se submeter a uma cesárea, precisa ser ouvida. Isso, claro, desde que o tipo de parto escolhido não incorra em riscos à mãe e bebê. “O médico precisa ter uma justificativa clínica para negar a vontade da gestante. Isso geralmente acontece em casos de urgência e emergência médicas, quando a vida da paciente ou do bebê correm risco e é preciso agir rápido. Ainda assim, essa justificativa precisa constar no prontuário médico e isso dá uma garantia tanto para o profissional, quanto para a mãe", explica.

Manobra de Kristeller é considerada uma violência obstétrica 
Gestantes têm direito de decidir como será o parto \ Freepik

Plano de parto

Matos reforça que as escolhas da mulher devem constar no chamado plano de parto, que é definido em conjunto entre a mãe e o obstetra durante o pré-natal. “O médico precisa informar a mãe sobre os benefícios e riscos apresentados por cada tipo de parto para que a mulher tome sua decisão. E essa decisão precisa ser respeitada, por isso a parturiente tem direito a um acompanhante durante o parto e por isso é tão importante fazer o pré-natal”, comenta.

Se, por qualquer motivo, o plano de parto não for feito, a mulher ainda pode manifestar sua vontade em um termo. “A paciente pode fazer um termo e manifestar sua objeção a determinadas práticas, como a manobra de Kristeller e a episiotomia (corte no períneo para facilitar a nascimento do bebê), ambas consideradas violências obstétricas”, observa Matos.

Definição

Segundo o especialista, a violência obstétrica é todo ato que que cause dor, dano ou sofrimento desnecessário à mulher durante o pré-natal, parto ou puerpério. O conceito vai além das agressões físicas e humilhações, e inclui, além da manobra de Kristeller e episiotomia, a “recusa em permitir a presença de um acompanhante; negar anestesia; realizar procedimentos como o fórceps sem autorização da mulher; deixar de dar informações importantes. Todas essas práticas podem ser punidas pelo judiciário”, acrescenta o especialista.

No final do ano passado, a Justiça condenou um hospital de São Paulo a indenizar uma mulher após se recusar a fazer uma cesariana. No caso recente, em Minas Gerais, a advogada da família conta que a mulher pediu a realização da cesárea, mas a equipe do hospital resolveu induzir o parto. “A solução para evitar a violência obstétrica passa pela informação. Tanto para que os médicos evitem essas práticas, quanto para que as pacientes tenham noção dos seus direitos”, diz o advogado.

Legislação

Apesar de não haver uma legislação específica sobre o tema, magistrados que condenaram hospitais por violência obstétrica costumam se basear na Constituição Federal e no Código Civil. “O sequestro da autonomia da mulher pelos profissionais da saúde, por exemplo, contraria o princípio da proteção à dignidade da pessoa humana. A Constituição Federal também prevê que ninguém será submetido a tortura, tratamento desumano ou degradante. E o artigo 15 do Código Civil determina que ninguém pode ser constrangido a submeter-se, com risco de vida, a tratamento médico ou a intervenção cirúrgica”, completa o advogado.


Diabetes, hipotireoidismo e ganho de peso: endocrinologista explica como a gestante pode se preparar e prevenir algumas complicações


A gestação é um momento especial e de redobrar a atenção com a saúde. Isso porque algumas doenças como hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes e o ganho de peso em excesso podem trazem complicações não só para a mãe, mas para o bebê também. 

Abaixo, a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato explica os riscos embutidos em cada uma dessas patologias na gestação, mas conforta: “Com o acompanhamento do obstetra e do endocrinologista, a gestação pode ser saudável e tranquila”.

 

·       O diabetes é um impedimento para engravidar?

Não, mas é preciso manter o tratamento e controle da doença para que mãe e bebê permaneçam saudáveis. Gravidez com diabetes mal controlado eleva as chances de malformação fetal, complicação gestacional e neonatal e aborto. Bebês nascidos de mães com diabetes mellitus mal controlado correm o risco de uma variedade de desfechos adversos: hipertensão gestacional (14,6%), parto prematuro (10,9%), recém-nascidos pequenos para a idade gestacional (6,5%) e internações em unidade de terapia intensiva (UTI). Ainda pode ocorrer aumento do índice de cesarianas e distócia por macrossomia.

 

·       Os hormônios se alteram na gestação. Como o diabetes se comporta nesse caso?

As alterações hormonais (aumentos de lactogênio placentário, estrogênio, progesterona) induzem resistência à insulina durante a gravidez e podem revelar defeitos latentes das células beta em mulheres com predisposição. Em geral, o controle glicêmico deve ser mais rigoroso, mas esses detalhes variam para o tipo de diabetes que estamos tratando, seja ela pré-gestacional, tipo 1, 2 ou diabetes gestacional

 

·       E mulher com hipotireoidismo, quais os riscos durante a gestação?

Os hormônios produzidos pela glândula tireoide são essenciais para a saúde da mãe e do bebê. Durante a gravidez a tireoide passa a ser ainda mais exigida, pois precisa dar conta do metabolismo da gestante e da criança. Os níveis adequados de hormônios tireoidianos são essenciais para que o desenvolvimento neurológico do feto ocorra normalmente. A tireoide do bebê só começa a ser formada a partir da 20ª semana de gestação, até lá, todo hormônio tireoidiano que o bebê precisa para se desenvolver é de origem materna.

 

A deficiência dos hormônios tireoidianos durante a gravidez pode levar a diversos problemas de saúde tanto para mãe, como o aumento da pressão arterial, abortos e partos prematuros, quanto para o bebê, como problemas mentais, déficit cognitivo e aparecimento de bócio.

 

·       E quanto aos problemas da tireoide na gestação?

Antes mesmo de engravidar, a orientação é investigar se a tireoide está produzindo hormônio adequadamente, já que tanto o hipotireoidismo quanto o hipertireoidismo podem ser fatores para infertilidade.

 

Comprovada a gestação, é preciso avaliar a função tireoidiana através da dosagem do TSH. Se detectada alteração, o tratamento deve ser prontamente iniciado. Para as mulheres que já têm doença tireoidiana, é essencial que esta esteja bem controlada já no planejamento da gravidez. 

 

·       Como deve ser o tratamento do hipotireoidismo durante a gestação?

É preciso alterar a dosagem hormonal desde o início, já que as necessidades variam durante a gestação, e o monitoramento dessa dose deve ser muito frequente. O hormônio tireoidiano (levotiroxina) é seguro para ser usado tanto na gestação como na fase de amamentação, não fazendo mal ao bebê.

 

·       O ganho de peso é outro fator importante nessa fase da mulher. Qual o limite considerado ideal na gestação?

Mulheres que apresentavam baixo índice de massa corpórea (IMC) antes de engravidar, podem ter um ganho de peso entre 12k e 18 k. Já aquelas com o IMC adequado entre 11k e 16k. Mulheres com sobrepeso antes da gestação, podem ficar entre 7k e 11k, e quelas com obesidade na faixa de 5k a 9k.

 

·       Quais os riscos do ganho de peso além do considerado normal na gestação?

O ganho de peso excessivo pode trazer diversos problemas para a mãe e para o bebê, como pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, parto prematuro, além de aumentar o risco de cesariana e dificuldades no parto normal. 

 

·       Qual a recomendação para não ter excesso de ganho de peso na gravidez?

É muito importante manter uma alimentação saudável e equilibrada, rica em nutrientes essenciais para a saúde da mãe e do bebê. Aquele ditado “preciso comer por dois” é uma grande fake news. Além disso, é importante praticar atividades físicas adaptadas para gestantes, com acompanhamento de um profissional de educação física e com o monitoramento do obstetra. 

Ressalto ainda que cada gestação é única e pode atender necessidades específicas, por isso é fundamental que a gestante faça acompanhamento médico regular e siga as orientações dos especialistas que fazem o acompanhamento. 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
https://endocrino.com/ e www.amato.com.br
https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/


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