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sexta-feira, 17 de março de 2023

Não passei no vestibular e agora? Confira dicas de professores do Brasil para superar as dificuldades e conquistar a vaga na faculdade dos sonhos

Profissionais reforçam a importância do planejamento e de não se comparar


Conquistar uma vaga na faculdade dos sonhos é um grande desafio. Muita concorrência e poucas vagas. E, por isso, muitos estudantes precisam tentar mais de uma vez. Conversamos com professores de colégios e cursos do Rio de Janeiro e São Paulo e reunimos diversas dicas para quem quer superar as dificuldades, recomeçar e conquistar não só uma vaga, como os primeiros lugares. Confira!


 

Retomar o fôlego e recomeçar

 

No Rio de Janeiro, Helton da Conceição Moreira, diretor do PB Colégio e Curso, que tem unidades na Tijuca e em Niterói, aposta na importância do processo para a retomada e na perseverança como chave para o êxito.

 

“A aprovação em vestibulares concorridos é uma jornada. Quanto mais se estuda e se prepara, mais próximo estará da aprovação. Só não passa quem desiste. O caminho é retomar o fôlego para recomeçar”, afirma o diretor que reforça a necessidade de colocar a mão na massa na hora do estudo: “Em geral, a disciplina e constância são os fatores mais determinantes. Ler a teoria não é suficiente, é preciso fazer muitos exercícios, alguns simulados e não deixar as dúvidas acumularem”.

 

No Colégio Leonardo da Vinci, de São Paulo, os coordenadores acreditam na metodologia da instituição que tem como base a disciplina e constância.

“Como tudo na vida estudar é um ato que todos nós desenvolvemos e aperfeiçoamos ao longo da existência. É comum tentarmos aproveitar as melhores ideias quando estamos assistindo uma entrevista, documentário, música, filme etc. Mas estudar para enfrentar uma prova de VESTIBULAR exige um planejamento, além de foco e muita disciplina. E isso pode ser estimulado”.

 

Em Campos dos Goytacazes, Douglas de Jesus, diretor do Colégio Centro de Estudos, também destaca a necessidade de disciplina para quem quer ter um bom resultado. “A preparação precisa ser muito esclarecida, ela é longa, lenta e gradual. Por isso, é muito importante que o aluno, desde cedo, adeque um pouco do seu tempo para estudar”.


 

Como lidar com a frustração?

 

Também do Colégio Centro de Estudos, a psicopedagoga Paula Joia diz que um dos desafios ao não encontrar o seu nome na lista de aprovados é lidar com a frustração.

 

“Inúmeras são as perguntas que passam pela cabeça quando nos deparamos com a realidade de não ter sido aprovado no vestibular. Como lidar com esse sentimento inevitável de frustração? Tenha pensamento positivo, mantenha uma rotina de estudos saudável, seja paciente e realista, pratique atividade física moderada regularmente. E lembre-se: jamais duvide de si mesmo, você é capaz. Continue se esforçando que a aprovação certamente virá”.

 

Assim como Paula, Helton do PB Colégio e Curso, também lista o que fazer e o que não fazer no momento de frustração:

 

“O que fazer: levantar a cabeça, avaliar o que pode ser melhorado e se preparar para recomeçar;

O que não fazer: comparar seu desempenho com o de outras pessoas. Cada um tem seu próprio tempo”.


 

Hora de se organizar e retomar a jornada!

 

Volmar Souza, Diretor Pedagógico do Colégio Marília Mattoso, de Niterói, faz coro aos colegas e cita os pilares da preparação para as provas:

 

“A preparação em alto nível está baseada em alguns pontos que precisam ser muito prezados. Ninguém pode ir para uma prova sem desenvolver algumas habilidades como: o aluno precisa estar preparado psicologicamente, fisicamente e intelectualmente para a prova. O aluno precisa se manter equilibrado, o estudo não pode ser ofensivo a sua integridade psicológica. Você precisa estudar, dar o seu gás máximo no momento do estudo, para que no momento de lazer e descanso, você consiga fazer isso sem culpa”, explica o profissional que complementa:

 

“Chegamos na integridade física. Independente do esporte que você pratica, quando chega próximo as provas, é preciso preservar o físico. As provas duram mais de 4 horas, não tem como fazer a prova com dor, se recuperando de lesão, você precisa estar confortável. E o terceiro pilar é o preparo intelectual. Só que se você preparar o seu psicológico, o seu intelectual estará bem preparado. Você terá estudado em paz”, enumera Volmar Souza.


 

Os profissionais reuniram algumas dicas para quem quer se preparar para as provas desde já:

 

1. Tenha um planejamento de estudo. Organize um cronograma desde o início do ano para poder estudar com metas claras e assim alcançar os melhores resultados;

2. Dedique mais tempo com as disciplinas que você considera mais desafiadoras e difíceis de assimilar. Acertar mais questões nessas áreas de conhecimento elevará seu rendimento;

3. Esteja sempre atualizado(a)! Se informe diariamente com os principais jornais e periódicos Nacionais e Internacionais;

4. Realize SIMULADOS! Você deve treinar com questões de provas anteriores. Isso deve se tornar um hábito;

5. Desenvolva seu processo de escrita. Faça redações semanalmente. Peça para seu professor corrigir. Essa prática irá lhe ajudar a produzir textos coesos, coerentes e pertinentes.

 

Durante o período que antecedem as provas, não só os alunos ficam ansiosos, familiares se encontram sem saber direito como apoiar e lidar com os sentimentos dos jovens. Por isso, os professores incluíram algumas dicas para ajudar pais e familiares nesse processo!

 

1. É momento de dar apoio e incentivo. Seja o principal motivador de seus filhos;

2. Lembre-se que a realização do sonho deve ser de seu filho(a) e não o seu. Não é você que deve decidir o futuro que ele(a) irá seguir. Há muitos médicos e advogados frustrados no mercado de trabalho, pois decidiram seguir o sonho de seus pais e não o próprio;

3. Entenda que é um momento difícil aos jovens. Há cobranças familiares que se tornam um fardo pesado nessa fase. Então, evite comentários depreciativos. Acredite no potencial de seu filho(a);

4. A pandemia de COVID-19 e o confinamento por quase dois anos fragilizou emocionalmente e psicologicamente num nível ainda maior os jovens. Dessa forma, tente ser mais próximo de seu filho(a) nesse momento. Seja aquele pai/mãe que dialoga mostrando carinho e compreensão.


 

Em Santos, litoral de São Paulo, o Colégio Novo Tempo incentiva que seus alunos não se comparem e construam uma boa rede de apoio como forma de controlar a ansiedade. Confira as dicas da Barbara Dias, Coordenadora Pedagógica do Ensino Médio da Instituição!

 

1.      Mantenha-se ativo;

2.      Não esqueça seu momento de lazer;

3.      Priorize seu descanso e um sono de qualidade;

4.      Construa uma rede de apoio de amigos e familiares;

5.      Enriqueça-se culturalmente;

6.      Não se compare;

7.      Eleja suas prioridades, objetivos e limitações.

 

Dicas anotadas é hora de executá-las e brilhar nas provas!


Mieloma múltiplo: cinco fatos que você precisa saber sobre esse tipo de câncer hematológico

Com sintomas comuns como dores nos ossos e cansaço, diagnóstico tardio reflete desconhecimento de pacientes e de profissionais da saúde;

Março, mês de conscientização sobre o mieloma múltiplo, concentra iniciativas para informar a população

 

Segundo tipo de câncer sanguíneo mais frequente no mundo, o mieloma múltiplo ainda é uma doença bastante desconhecida da maioria das pessoas. Para ajudar a mudar esse cenário, a Fundação Internacional do Mieloma (IMF) estabeleceu, desde 2009, março como o mês de ação do mieloma múltiplo. “É um marco importante e uma oportunidade para disseminar informações relevantes e educativas com o objetivo de chamar a atenção para a doença e alertar sobre os sintomas e a importância do diagnóstico precoce”, explica Dr. Angelo Maiolino, Professor de Hematologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

O mieloma múltiplo é um tipo de câncer no sangue ainda incurável e que afeta alguns glóbulos brancos, os plasmócitos, células encontradas na medula óssea[1]. Quando danificadas, essas células plasmáticas se espalham rapidamente e substituem as células normais da medula óssea por células tumorais. Considerada uma doença do idoso, uma vez que mais de 90% dos casos ocorrem após os 50 anos, a idade média do diagnóstico no Brasil é de 63 anos[2].

Embora alguns pacientes com mieloma múltiplo não apresentem sintomas iniciais, mesmo após o diagnóstico, a maioria das pessoas acometidas detecta a doença devido a manifestações como fratura nos ossos, baixa contagem de glóbulos vermelhos, cansaço, altos níveis de cálcio, problemas renais ou infecções.[3] Mas, além dos sintomas, existem outras informações importantes a respeito do mieloma múltiplo que devem ser do conhecimento de todos, de profissionais de saúde a público leigo. Confira abaixo os cinco principais fatos sobre a doença que você deve saber:


  1. Sintomas semelhantes aos de outras doenças atrasam o diagnóstico

Uma das principais características do mieloma múltiplo é que as células cancerosas vão se se fixando nos ossos, o que causa dores e fraturas ósseas espontâneas, ou seja, sem um trauma físico que as justifique, o que leva muitos pacientes a se consultarem com outros especialistas, que tratam o sintoma isoladamente, retardando a detecção da doença.1 “Existem várias histórias de pessoas que são diagnosticadas com osteoporose, por exemplo, e ficam meses e meses fazendo um tratamento inadequado ou insuficiente, que não atua na causa do problema”, explica Angelo Maiolino. Por isso é muito importante que o médico de outra especialidade investigue mais profundamente o que pode ter levado esse paciente a apresentar tal quadro e, a partir dos resultados de exames mais específicos, encaminhe-o ao hematologista (que é o especialista para doenças do sangue) o mais breve possível. Além das dores ósseas, os pacientes podem apresentar cansaço extremo, fraqueza, palidez, perda de peso, mau funcionamento dos rins, inchaço nas pernas, sede exagerada, perda de apetite e infecções constantes.3

 

  1. Exames de sangue simples podem ajudar no diagnóstico

Segundo pesquisadores, o Brasil pode registrar aproximadamente 7.600 novos casos de mieloma múltiplo por ano.[4] No entanto, a doença é desconhecida mesmo entre os profissionais de saúde. Mas há exames simples, de rotina, minimamente invasivos que podem revelar os indícios da doença. “Baixa contagem de glóbulos vermelhos (anemia), ou ainda o nível elevado de creatinina no sangue, por exemplo, são sinais de algumas doenças, entre elas o mieloma múltiplo, que são facilmente identificados por meio de um exame de sangue”, ressalta o médico. A eletroforese de proteínas séricas, por exemplo, é um exame de baixo custo que mede a quantidade total de imunoglobulinas no sangue e consegue diagnosticar qualquer imunoglobulina anormal, podendo ser o primeiro passo para identificar a doença.[5] “Por isso é importante que o paciente mantenha uma rotina de exames e o médico esteja atento às alterações, para agilizar o encaminhamento ao médico especializado, facilitando o diagnóstico”, completa Maiolino.

 

  1. Acesso ao tratamento apresenta diferenças importantes entre os pacientes do SUS e do mercado privado

Um estudo recente[6] apontou que os pacientes brasileiros com câncer atendidos pelo SUS apresentaram, em alguns casos, duas vezes mais propensão de morrer em decorrência da doença do que os pacientes atendidos no sistema privado. Entre os tipos de câncer avaliados, a maior discrepância de expectativa de vida foi observada justamente entre os pacientes de mieloma múltiplo. “Em 2022 a DDT (Diretriz Diagnóstica de Tratamento) da doença foi atualizada após sete anos. Apesar de significar um passo importante no protocolo que direciona o cuidado com o mieloma múltiplo no Brasil, ainda há uma diferença gritante entre as terapias disponíveis nos mercados público e particular”, afirma Christel Arce, diretora de acesso da Janssen Brasil. Atualmente o país conta com 14 medicamentos aprovados pela ANVISA para tratar os diferentes perfis de pacientes e fases do Mieloma Múltiplo. Na rede de saúde pública, apenas 5 opções estão disponíveis, sendo 3 delas regimes amplos de quimioterapia. Já os usuários de planos de saúde têm acesso a outras 5 opções de tratamentos, incluindo as tecnologias mais modernas aprovadas nos últimos cinco anos, como anticorpos monoclonais, inibidores de proteassoma e agentes imunomoduladores de última geração, que comprovadamente proporcionam avanços significativos em tempo e qualidade de vida

 

  1. Medicina de precisão e novas tecnologias

“Embora ainda não exista cura para o mieloma múltiplo, nos últimos anos muitos estudos resultaram em tecnologias avançadas, cujas terapias apresentam alto potencial de controlar a doença e aumentar a sobrevida dos pacientes, mesmo aqueles em linhas tardias de tratamento, com qualidade. Nesse sentido, a medicina de precisão desponta como uma visão de vanguarda para tratar esses pacientes, a medida em que, por meio de uma investigação genética profunda das malignidades, consegue proporcionar o direcionamento terapêutico mais assertivo para as características específicas da doença em cada perfil de paciente”, explica o Dr. Angelo Maiolino. Um avanço importante nesse campo são os anticorpos biespecíficos, que, como o próprio nome sugere, são capazes de se conectar simultaneamente a dois alvos celulares diferentes[7]. Dessa forma, reconhecem as células tumorais e exercem o papel de uma ponte entre elas e as células de defesa do organismo, fazendo com que essas últimas atuem para atacar as que estão acometidas por malignidade. Além disso, eles podem agir bloqueando a ligação com receptores, evitando o crescimento e a progressão tumoral.[8] “Por terem a capacidade de se ligar a dois alvos diferentes em células distintas, os anticorpos biespecíficos abrem uma nova gama de possibilidades nos tratamentos oncológicos, inclusive no caso dos cânceres hematológicos, como o mieloma múltiplo”, afirma o especialista.

 

  1. Combinação de drogas com mecanismos de ação distintos aumenta as chances de sucesso do tratamento

Como é comum em outros tipos de câncer, a combinação de terapias diversas é essencial no tratamento da doença. Atualmente, a terapia tripla com junção dos Imunomodulares (IMIDs), Inibidores de Proteassoma (IPs) e Anticorpos Monoconais Anti-CD38 (MoAbs) -- --representa o esquema mais moderno e eficaz para tratar o mieloma[9]. “Estudos demonstram que a terapia tripla favorece fortemente melhores taxas de resposta e sobrevida versus os regimes duplos nos pacientes recidivados/refratários. Por isso, essas três classes são fundamentais para o tratamento da doença recém diagnosticada e/ou para pacientes recidivados/refratários”, esclarece Maiolino, ressaltando que os principais protocolos internacionais recomendam como regimes preferenciais essas combinações baseadas em três classes terapêuticas distintas.[10] 

Para o médico, estudos e pesquisas estão em constante evolução na busca pelas melhores soluções para tratar todas as doenças, sobretudo as mais graves, como o mieloma múltiplo, mas é importante que o paciente seja diagnosticado cedo, para receber os tratamentos adequados desde o início, o que aumenta as chances de sucesso. “Vale a pena se informar e entender sobre a doença, para detectá-la logo, pois, como vimos, atualmente há um leque de opções terapêuticas avançadas que podem controlar o mieloma múltiplo, mantendo ou até devolvendo a qualidade de vida do paciente”, conclui.

  



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[1] Rajkumar SV. Multiple myeloma:2020 update on diagnosis, risk-stratification and management. Am J Hematol. 2020 ; 95(5):548-5672020 ; 95(5):548-567. NCBI
[2]Brasil, Observatório de Oncologia. Disponível em: Link Acesso em fevereiro/2023
[3] Chim CS, et al. Management of relapsed and refractory multiple myeloma: novel agents, antibodies, immunotherapies and beyond . Leukemia .2018 ; 32 (2) : 252-262.
[4][ENTREVISTA] Presidente da ABRALE discute cenário do Mieloma Múltiplo no Brasil. Oncoguia. 15. 09. 2015. Disponível em Link
[5]INSTITUTO ONCOGUIA. Disponível em Link). Acesso fevereiro/2023
[6]ASCO, American Society Clinical of Oncology. Overall cancer survival inequalities in the state of São Paulo: A comparison between public and private systems. Disponível em: Link. Acesso Fevereiro/2023.
[7]Medical Life Scienses -- NEWS. Disponível em: LinkAcesso em Fevereiro/2023
[8]Dana-Farber Cancer Institute. Disponível em: LinkAcesso em Fevereiro/2023
[9] Costa LJ, Hungria V, Mohty M, Mateos M-V. How I treat triple-class refractory multiple myeloma. Br J Haematol. 2022 ;198 :244 -- 256 . doi :10 .1111 / bjh .18185
[10]Dimopoulos, M.A., et al. Multiple myeloma: EHA-ESMO Clinical Practice Guidelines for diagnosis, treatment and follow-up. Annals of Oncology, VOLUME 32, ISSUE 3, P309-322, MARCH 01, 2021 doi. org / 10.10 16 / j . annonc . 2020 . 11 . 0 14


Para incentivar descarte correto de refrigeradores, Fast Shop e Electrolux anunciam parceria de coleta responsável

O descarte irregular de lixo eletrônico cresceu 49% na América Latina nos últimos dez anos. O Programa “De Volta ao Ciclo” desenvolve ação para mudar essa realidade.

 

Por mais que a preservação ambiental seja uma pauta frequente, ainda hoje, segundo pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), apenas 3% do lixo eletrônico, que inclui a linha branca, como refrigeradores, é descartado de forma correta. Um levantamento da USP (Universidade de São Paulo) de 2022, mostrou que na última década, na América Latina, o descarte irregular de lixo eletrônico cresceu 49%. Anualmente, mais de dois milhões de toneladas de resíduos eletrônicos são gerados somente no Brasil.

Para mudar essa realidade, a Fast Shop e a Electrolux se uniram e ampliaram o programa de reciclagem “De Volta ao Ciclo”, que agora recolherá itens de grande porte de qualquer marca. O objetivo principal dessa parceria é dar destino correto aos eletrodomésticos antigos e, também, educar cada vez mais as pessoas quanto à importância do descarte correto desses produtos.

“Nossos esforços são focados para desenvolver cada vez mais ações e práticas sustentáveis, um pilar central de nossos negócios, em total alinhamento com as necessidades globais. Queremos conscientizar cada vez mais a sociedade sobre o descarte ambientalmente adequado, promovendo a mudança de comportamento e o aumento significativo do volume de coleta de resíduos eletrônicos”, afirma Eduardo Salem, diretor geral de operações da Fast Shop.

De acordo com João Zeni, diretor de Sustentabilidade da Electrolux América Latina, é essencial que as pessoas saibam os benefícios de um descarte correto. “A iniciativa traz benefícios relevantes ao consumidor e ao meio ambiente, além de uma experiência de excelência e facilidade para quem compra um novo eletrodoméstico. Na Electrolux, entendemos a importância do avanço nas ações que fomentam a economia circular, ou seja, que contribuem, entre outras questões, para que possamos trazer os equipamentos usados para reciclagem e, assim, voltem a ser matéria-prima para novos produtos. Esta parceria com a Fast Shop é uma demonstração clara de avanço neste sentido”, destaca o executivo. 


Como funciona?

Os consumidores que comprarem refrigeradores da Electrolux em uma das lojas físicas da Fast Shop terão a possibilidade de descartar o equipamento antigo de qualquer marca sem custos. Basta fazer o agendamento da coleta do produto. Inicialmente, a ação será aplicada nos estados de São Paulo e do Rio de Janeiro.

Como incentivo, as marcas criaram ainda uma ação exclusiva para produtos com alta eficiência energética, na qual os modelos Electrolux Multidoor terão um bônus de R 250 de desconto sobre o valor de etiqueta, além de incentivarem a redução no consumo de energia.


Descarte sustentável de produtos

Criado em 2012 pela Fast Shop, o “De Volta ao Ciclo” incentiva e conscientiza a população sobre a importância do descarte ambientalmente adequado de eletrodomésticos. Em 2022, foram coletadas quatro toneladas de resíduos eletrônicos. 

Nesta parceria, a Fast Shop vai atuar no recolhimento, armazenamento e direcionamento para as recicladoras parceiras da Electrolux, devidamente homologadas pela ABREE (Associação Brasileira de Reciclagem de Eletroeletrônicos e Eletrodomésticos). Para conhecer mais sobre o programa acesse: Link.


Vale saber

Eletrodomésticos são produzidos com matérias-primas duráveis, e o descarte incorreto pode ser altamente poluente para o planeta. Jogar fora um equipamento, por exemplo, em um terreno baldio ou um aterro despreparado para receber lixo eletrônico impacta o ecossistema local em razão do seu porte e sua composição que possui materiais como metal e plástico, entre outros.


Serviço de Coleta e Descarte Consciente

A Electrolux também tem um programa próprio de logística reversa. Trata-se do Serviço de Coleta e Descarte Consciente, que foi lançado em 2022. Na compra de um novo produto, a empresa ajuda o consumidor a descartar seu equipamento de grande porte antigo, de qualquer marca, que é coletado e enviado para recicladoras parceiras e retornam para a indústria. Assim como essa parceria com a Fast Shop, o objetivo é contribuir para a reciclagem de aparelhos garantindo que os materiais úteis sejam recuperados e tratados de maneira correta.

Desde então, os quase três mil produtos coletados geraram 90 toneladas de materiais e fizeram com que a empresa deixasse de emitir 45 toneladas de CO2 em transportes, já que o caminhão que envia o novo produto para a casa do consumidor é o mesmo que volta com o produto antigo, substituindo a utilização de outros veículos que iriam fazer essa atividade. No final de 2022, a Electrolux expandiu a iniciativa para compras realizadas em mais de 85% do território brasileiro e busca uma ampliação para todo o território nacional.

A iniciativa foi reconhecida neste ano com o Prêmio Eco 2022, realizado pela Amcham-Brasil, o que mostra a importância do projeto em contribuir para que mais pessoas tenham uma vida melhor em um futuro mais sustentável. Com esse serviço, a Electrolux trabalha em mais uma frente de logística reversa, além de ser membro-fundador da ABREE, que trabalha junto a outros membros do setor para capilarizar ainda mais o alcance de coleta, ampliando seu canal de educação junto aos consumidores e disponibilizando mais de quatro mil pontos de coleta pelo Brasil. 



Fast Shop

Grupo Electrolux
https://www.electroluxgroup.com/en/.


Ansiedade e estresse são os assuntos que mais levam a procura por terapia, segundo pesquisa da orienteme

 No levantamento foram analisados por volta de 40 mil usuários

Ansiedade, estresse, autoestima, autoconhecimento e relacionamento foram os cinco temas mais procurados para tratamento psicológico em 2021 e 2022, segundo um levantamento da orienteme, plataforma que oferece saúde psicológica, nutricional e física aos colaboradores de empresas. 

A Healthtech realizou um levantamento sobre os temas mais procurados pelos usuários da plataforma no momento do cadastro para psicoterapia. Os dados gerais dizem respeito à análise completa dos 12 meses de cada ano. As pessoas podem escolher suas prioridades dentro de 60 temas no total e, além dos citados acima, tristeza, trabalho, conflitos familiares, procrastinação e trauma também aparecem em seguida na lista. 

Entre os quase 40 mil usuários envolvidos na pesquisa, 26 mil relataram que foram atrás de terapia por conta de ansiedade, já quase 18 mil por causa de estresse e 15 mil por autoestima. 

Outro dado importante é que quase 90% dos usuários declararam que houve um efeito positivo para a saúde, qualidade de vida e produtividade com o acompanhamento psicológico. 

“A psicoterapia online vem ganhando espaço no mundo e no Brasil já há alguns anos e tenho certeza de que veio para ficar. Os resultados da terapia online são os mesmos da presencial e comprovados cientificamente de que são extremamente positivos”, explica Renata, Head de Psicologia da orienteme. 

Durante o levantamento, outro dado também chamou a atenção. O mês com maior cadastro de pessoas com o interesse em tratar ansiedade foi maio de 2021, quando os eventos presenciais estavam voltando, o que pode indicar um reflexo da sociedade, que estava incerta sobre a volta da vida como “normal” e, portanto, se viu numa situação que gerou ansiedade. 

“Com a pandemia, tivemos realmente uma grande procura pelos atendimentos psicológicos, pois as questões emocionais, tais como: ansiedade, estresse, depressão, conflitos familiares, problemas de relacionamento, etc, se potencializaram em virtude de toda situação vivenciada. Após o término do isolamento, as pessoas continuaram a utilizar a terapia online justamente porque puderam ter um saldo muito positivo desta experiência”, finaliza Renata.


orienteme
portal corporativo


O que fazer em caso de erro médico em uma cirurgia plástica? Advogada explica

Janina Ricardo,  que atua no mercado de Beleza e Estética há seis anos, diz que o médico que agir com imprudência, negligência ou imperícia deve ser responsabilizado civil e penalmente 

 

É bem comum lermos notícias sobre cirurgias plásticas mal-sucedidas. Nesta semana, a pensionista Lindama Benjamin de Oliveira, de 59 anos, morreu após passar por uma lipoescultura com enxerto no glúteo. A família acusa o cirurgião plástico Heriberto Ivan Arias Camach e o Hospital Viteé Cirurgia Plástica e Estética de negligência e demora no atendimento após as complicações cirúrgicas. O médico nega e diz que atendeu a mulher com todas as técnicas possíveis. A advogada Janina Ricardo, que atua no mercado de Beleza e Estética há seis anos, explica o que é considerado erro médico em uma  cirurgia plástica. 

"Será erro médico quando o profissional agir com imprudência, negligência ou imperícia. Será negligente o profissional que abandona o dever de cuidado. Ele deixa de empregar a cautela necessária ao executar o procedimento estético. Um exemplo de negligência é fazer o procedimento em local inadequado ou não autorizado. Será imprudente o profissional que faz o procedimento estético em uma pessoa cujo histórico médico não permitiria a sua execução. Por exemplo, uma cliente com hábito de tabagismo e com problema vascular, uma cirurgia estética jamais deverá ser realizada. Agirá com imperícia o profissional que não tem formação técnica e científica para executar aquele procedimento estético.

Um exemplo de imperícia são médicos que não fizeram residência em cirurgia plástica executarem essas cirurgias. Nesses casos, sempre haverá a responsabilidade civil e penal de quem prestou o serviço", explica.  

A advogada diz que o médico que age com negligência, imprudência ou imperícia pode ser punido tanto civil quanto criminalmente. "E a vítima do erro médico deve buscar a reparação mas duas esferas (cível e penal), na primeira para ser indenizada pelo dano sofrido, sejam materiais, sejam Morais. E a segunda para impedir que esse profissional cause danos a outras pessoas", completa.  

O médico ou a clínica deverá indenizar o paciente caso seja provado na Justiça o erro. "Quando for buscar reparação, a vítima do erro médico, poderá requerer o ressarcimento do que pagou no procedimento, dos tratamentos que realizou para reparar o dano, os custos com remédios, entre outros", aconselha.  

Ela diz que não é apenas a vítima que pode denunciar. "Qualquer pessoa que tenha conhecimento do fato (erro médico) pode requerer a abertura de um procedimento investigativo tanto na delegacia quanto no conselho de medicina. A denúncia pode ser feita em uma delegacia especializada na relação de consumo, no conselho de medicina ou na delegacia de homicídios em caso de falecimento da vítima".

Em caso de morte, a família deve tomar as medidas cabíveis imediatamente. "A família deve procurar imediatamente uma assessoria jurídica especializada para que os oriente na tomada das medidas judiciais cíveis e penais", finaliza.

 

Recuperação de floresta tropical compensa 26% de emissões de carbono provocadas por desmate e degradação

Estoque de carbono modelado em 2018 em florestas em recuperação (degradadas e secundárias) nas três regiões: (a) Amazônia, (b) Bornéu, e (c) Congo (crédito: Heinrich et al./Nature)

 

Pesquisa publicada nesta quarta-feira (15/03) na revista Nature traz uma nova metodologia que permite calcular ao longo do tempo a capacidade de absorção de carbono de áreas em regeneração de florestas tropicais, podendo contribuir na discussão de planos de mitigação de efeitos das mudanças climáticas e de pagamentos por serviços ambientais.

Liderado por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e da Universidade de Bristol (Reino Unido), o estudo é o primeiro deste tipo realizado em larga escala com o uso de sensoriamento remoto. Os dados de satélite, obtidos entre 1984 e 2018, permitem não só monitorar o crescimento das florestas secundárias como entender a distribuição etária dessa vegetação ao longo dos trópicos.

Com base na idade, foi possível construir curvas de crescimento, que levam em consideração variações de clima, condições ambientais e distúrbios provocados pelo homem (como queimadas e extração seletiva de madeira) e possibilitam quantificar a capacidade de absorção de carbono das florestas secundárias – áreas totalmente desmatadas, onde a vegetação nativa já foi toda removida.

De acordo com o trabalho, as regiões em recuperação nas três maiores florestas tropicais do mundo – a amazônica (América do Sul), a do Congo (África central) e a de Bornéu (Sudeste Asiático) – estão removendo pelo menos 107 milhões de toneladas de carbono da atmosfera por ano, tendo acumulado até 2018 3,56 bilhões de toneladas.

Esse total acumulado é suficiente para compensar 26% – pouco mais de um quarto – das emissões brutas de carbono provocadas pelo desmatamento global (10,52 bilhões de toneladas) e pela degradação gerada por ação humana (2,91 bilhões de toneladas), principalmente fogo e corte seletivo de madeira, na maioria das vezes ilegal.

“Os resultados da pesquisa têm importância tanto para os inventários nacionais de emissão de carbono apresentados às Nações Unidas como para o grande potencial do Brasil de atrair recursos financeiros por meio de investimentos em áreas de gestão e pagamento por serviços ambientais”, explica à Agência FAPESP o chefe da Divisão de Observação da Terra e Geoinformática (DIOTG) do Inpe, Luiz Eduardo Oliveira e Cruz de Aragão, coautor do artigo.

Aragão se refere ao programa de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD+), um incentivo desenvolvido no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) para compensar financeiramente países em desenvolvimento por resultados em programas de redução de emissões de gases de efeito estufa originados do desmatamento e da degradação das florestas.

O programa considera o papel da conservação e do aumento de estoques de carbono florestal, além do manejo sustentável de florestas. Os inventários nacionais são relatórios publicados pelos países e enviados à UNFCCC com dados e um panorama das ações para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

“Nosso estudo fornece as primeiras estimativas pantropicais de absorção de carbono acima do solo em florestas em recuperação de degradação e desmatamento. Embora continue sendo prioridade proteger as florestas tropicais antigas, demonstramos o valor de gerenciar de forma sustentável as áreas que podem se recuperar de ações humanas”, afirmou à assessoria da Universidade de Bristol a pesquisadora Viola Heinrich, primeira autora do artigo e orientanda de Aragão.


Potencial

Segundo a pesquisa, até 2018, cerca de 35% das áreas degradadas das três florestas tropicais também haviam sido desmatadas. Os pesquisadores calculam que, se elas tivessem sido preservadas armazenariam 5,89 bilhões de toneladas de carbono, o que seria suficiente para contrabalançar 48% das emissões brutas derivadas da perda da floresta (12,34 bilhões de toneladas).

São consideradas florestas degradadas as áreas que sofreram algum tipo de dano, seja por fogo ou corte seletivo, por exemplo, e perderam parcialmente seu estoque de carbono. Nas regiões desmatadas, toda a vegetação original foi retirada, podendo ter mudança do uso do solo para pastagens ou agricultura e altas taxas de emissão de gases.

“Com a metodologia que apresentamos na pesquisa, é possível avaliar, por exemplo, se houve queda no potencial de recuperação de biomassa de uma área atingida pelo fogo. Isso pode contribuir com o mercado de carbono para que um investidor avalie o potencial de regeneração de uma determinada área. De qualquer maneira, quanto mais preservar a floresta em pé, melhor”, diz à Agência FAPESP Ricardo Dal’Agnol, um dos autores do artigo, que atualmente é pesquisador no Instituto Ambiental e de Sustentabilidade da Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA) e no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial norte-americana).

Antes, Dal’Agnol integrou a DIOTG/Inpe, quando teve apoio da FAPESP por meio de uma bolsa de pós-doutorado.

A FAPESP também apoiou o estudo publicado na Nature por meio de bolsas de pós-doutorado no Brasil e no exterior concedidas ao pesquisador do Inpe Henrique Luis Godinho Cassol.

Pelas estimativas dos autores, conservar a recuperação de áreas degradadas e das florestas secundárias pode ter um potencial futuro de sumidouro de carbono de 53milhões de toneladas por ano nas principais regiões tropicais estudadas.

“Focar na proteção e restauração de florestas tropicais secundárias e degradadas é uma solução eficiente para a construção de mecanismos robustos para desenvolvimento sustentável dos países tropicais. Isso agrega valor monetário para os serviços ambientais fornecidos pelas florestas, beneficiando de forma econômica e socialmente as populações locais”, completa Aragão.

No entanto, o grupo destaca que os esforços para proteger as florestas secundárias e degradadas não podem ocorrer à custa da conservação das áreas nativas (primárias), que continuam sendo as mais rentáveis estratégias de mitigação climática.

Sumidouros

As florestas tropicais são um dos ecossistemas mais importantes para mitigar as mudanças climáticas, juntamente com oceanos e solos. Consideradas sumidouros de carbono, as florestas funcionam como uma espécie de “via de mão dupla” – enquanto crescem e se mantêm absorvem carbono e quando degradadas ou desmatadas liberam gases de efeito estufa.

Com o objetivo de evitar que a atmosfera global aqueça mais que 2 oC, preferencialmente não ultrapassando 1,5 oC em relação ao período pré-industrial, as emissões de carbono teriam de cair pelo menos 45% até 2030 e chegar a zero em 2050. No entanto, a trajetória ainda é de crescimento no mundo, como mostrou o relatório Emissões de CO2 em 2022, da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês).

O documento, que traz um panorama da poluição climática gerada pelo setor de energia com foco no CO2 resultante da queima de combustíveis fósseis, revelou aumento de 0,9% (321 milhões de toneladas) em 2022, atingindo novo recorde de mais de 36,8 bilhões de toneladas emitidas.

No Brasil, as emissões de gases de efeito estufa tiveram em 2021 (último dado divulgado) a maior alta em quase duas décadas. Relatório do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Observatório do Clima mostra que o país emitiu 2,42 bilhões de toneladas brutas de CO2 – alta de 12,2% em relação a 2020. A principal fonte de emissão foi o desmatamento, principalmente da Amazônia, seguido pela agropecuária.

Em março de 2021, o grupo de cientistas já havia publicado na revista Nature Communications um estudo mostrando que a manutenção da área de floresta secundária na Amazônia tem o potencial de acumular 19 milhões de toneladas de carbono por ano até 2030, contribuindo com 5,5% para a meta de redução de emissões líquidas do Brasil até lá. Se fossem evitados incêndios e o desmatamento repetido, o estoque de carbono da floresta secundária amazônica poderia ser 8% maior.

O artigo The carbon sink of secondary and degraded humid tropical forests pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41586-022-05679-w.
  
 


Luciana Constantino
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/recuperacao-de-floresta-tropical-compensa-26-de-emissoes-de-carbono-provocadas-por-desmate-e-degradacao/40909/

Dia do consumidor é todo dia! Todo dia é dia de encantar!

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Não podemos mais enxergar o cliente apenas como alguém que precisa de um produto que eu tenho e que vai ser trocado por um determinado valor. Na verdade, é alguém que escolheu minha loja para realizar um sonho ou um desejo

 

A essência do comércio é o relacionamento, especialmente quando é presencial. E essa relação se dá entre quem vende e quem compra, ou seja, o (a) cliente. E esse (a) é a figura mais importante, nosso bem mais precioso. Sem cliente, não tem comércio. Por isso, de nada vale termos as melhores tecnologias, os melhores produtos e lojas inovadoras se o nosso foco não for o (a) cliente.

E é sobre essa importância, sobre esse papel fundamental que quero convidar você a refletir. O quanto estamos planejando nosso negócio, treinando colaboradores e preparando o ambiente para receber essa pessoa tão importante, o (a) cliente? E, vou mais além, de uma forma em que o (a) faça querer sempre voltar?

Tenho ouvido muito a respeito da experiência do (da) cliente. Vejo essa experiência como um conjunto de ações e com muitas interfaces. Algumas mais relacionadas ao comércio presencial, e outras, como os meios de pagamentos, de igual importância também nos e-commerces. Afinal, a experiência pode começar na loja e terminar no site ou vice-versa.

Falando em lojas físicas, a experiência começa já na apresentação do ambiente, que deve ser, no mínimo, limpo e organizado. E ela continua na maneira como você expõe e precifica as mercadorias, pela acessibilidade que você oferece a quem tem problemas de mobilidade, pela qualidade dos produtos ou serviços, formas de pagamento e, principalmente, pelo atendimento. Desde o momento em que o (a) cliente entra na loja até a sua saída, esse encantamento requer muito trabalho, dedicação, treinamento e empatia.

E aqui não devemos confundir empatia com simpatia. Ser simpático (a) não garante que as reais necessidades do (da) cliente foram ouvidas e compreendidas. Devemos praticar a escuta ativa, isto é, ouvir e realmente entender o que está sendo dito. Isso é empatia. Para isso é preciso ter foco: foco no (na) cliente, nas suas necessidades, nos desejos que estão sendo depositados, por exemplo, na aquisição de um produto. Um aspirador robô é mais do que um eletrodoméstico que tira a sujeira, ele representa liberdade, praticidade e ganho de tempo.

Mais uma provocação ou convite à reflexão: em meio à tanta inovação, será que boas experiências só podem ser vividas em grandes lojas? E o pequeno varejo, aquele comerciante de bairro, que tem poucos recursos. Como ele pode encantar seu cliente?

A experiência que faz o (a) cliente voltar não depende apenas de grandes investimentos. Muitas vezes uma ação simples pode fazer toda a diferença. Comércios de bairro são muito frequentados pelos 60+ e muitos+. Para esse público faz grande diferença que as prateleiras não sejam baixas ou altas demais, que as etiquetas sejam legíveis. Uma cadeira ou banco também caem bem. Mas ele também é frequentado pela garotada tecnológica, então procure oferecer os mais diversos meios de pagamentos digitais. Mas volto a reforçar que tudo isso deve ser embalado por um atendimento primoroso. É nesse contato que o relacionamento se completa, evolui e fideliza.

Não podemos mais enxergar o (a) cliente apenas como alguém que precisa de um produto que eu tenho e que vai ser trocado por um determinado valor. Na verdade, é alguém que escolheu minha loja ou o meu site para realizar um sonho ou um desejo. O desejo pode ser comprar os melhores tomates para fazer uma deliciosa macarronada para alguém especial. Quem sabe, uma TV de última geração para assistir aos jogos do time preferido com os filhos. Então, nós, vendedores, temos o privilégio de fazer que a realização desses sonhos e desejos seja a melhor possível, inesquecível.

Falamos acima sobre empatia, que para muitos é se colocar no lugar do outro. O conceito é muito mais amplo. Porém, aqui vale a primeira definição. Afinal, todo mundo é consumidor, é cliente de alguém! Pense nas suas experiências, no que afasta e no que encanta você quando está no papel de consumidor! Pratique a escuta ativa, o respeito, conheça melhor sua clientela, seja realizador (a) de sonhos! Afinal, todo dia é Dia do Consumidor! 



Roseli Garcia - Vice-presidente e coordenadora do Conselho do Varejo da ACSP

Fonte: https://dcomercio.com.br/publicacao/s/dia-do-consumidor-e-todo-dia-todo-dia-e-dia-de-encantar


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