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terça-feira, 14 de março de 2023

Os perigos das dietas restritivas: como elas afetam sua saúde a longo prazo

As dietas restritivas são aquelas que excluem determinados alimentos ou grupos alimentares da dieta com o objetivo de emagrecer rapidamente. Essas dietas podem parecer uma solução fácil para quem quer perder peso, mas a longo prazo, trazem sérios riscos para a saúde.

 

O médico nutrólogo Dr. Ronan Araujo, maior referência em emagrecimento no Brasil, explica que o primeiro risco é a carência de nutrientes importantes para o bom funcionamento do corpo. Quando se restringe a ingestão de alimentos, é possível que o organismo não esteja recebendo todos os nutrientes necessários para manter a saúde em dia. Esse desequilíbrio nutricional pode levar a problemas de saúde, como anemia, fraqueza muscular, queda de cabelo, entre outros.

 

Outro risco das dietas restritivas é a perda de massa muscular. Ao reduzir drasticamente a ingestão de calorias e nutrientes, o corpo entra em um estado de privação e começa a utilizar as reservas de energia, incluindo a massa muscular. Isso pode levar a perda de força e resistência, além de dificultar a manutenção do peso após a dieta.

 

“A perda de massa muscular também pode afetar o metabolismo, tornando mais difícil a queima de calorias e o controle de peso. Isso porque o tecido muscular é responsável por um gasto energético maior do que o tecido adiposo, ou seja, quanto menor a massa muscular, menor será o gasto calórico em repouso.” esclarece o médico Dr. Ronan Araujo.

 

Além dos riscos para a saúde, as dietas restritivas também podem causar transtornos alimentares, como a anorexia nervosa e a bulimia. Esses transtornos podem trazer sérios riscos para a saúde física e mental e precisam de tratamento adequado.

O médico nutrólogo comenta também que essas dietas são difíceis de sustentar a longo prazo e, muitas vezes, após o fim da dieta, o peso volta novamente. Isso ocorre porque as dietas restritivas geralmente envolvem a restrição calórica ou de nutrientes, o que pode levar a uma perda de peso rápida e significativa no curto prazo.

 

No entanto, essa perda de peso pode ser insustentável, pois muitas vezes as pessoas voltam aos seus hábitos alimentares anteriores, que geralmente são pouco saudáveis e levam a um aumento de peso até maior que no início da dieta, gerando o efeito sanfona, que pode ser muito perigoso.

 

Uma alternativa mais saudável para quem quer emagrecer é adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma alimentação equilibrada e a prática regular de atividades físicas. A alimentação deve ser rica em nutrientes, incluindo carboidratos, proteínas, gorduras saudáveis, vitaminas e minerais, e deve ser adaptada às necessidades individuais de cada pessoa.

 

Outra alternativa é a reeducação alimentar, que consiste em aprender a fazer escolhas alimentares mais saudáveis e equilibradas, sem restrições ou proibições. A reeducação alimentar leva tempo e dedicação, mas é uma forma mais sustentável e saudável de emagrecer e manter um estilo de vida saudável a longo prazo.

 

“Você deve ter em mente que não é a quantidade que você come, mas sim a qualidade do alimento. As dietas restritivas não são uma solução saudável ou sustentável para emagrecer. A reeducação alimentar e de estilo de vida podem ser uma forma de aprender a fazer escolhas alimentares mais saudáveis sem restrições ou proibições e o acompanhamento de um profissional qualificado é essencial para te ajudar nesse processo.” Finaliza o Dr. Ronan Araujo.

 

Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.


Obesidade é um dos problemas de saúde mais graves, segundo OMS

Mais de 1 bilhão de pessoas no mundo estão obesas, sendo que mais de 30% delas são crianças ou adolescente

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) vê a obesidade como um dos problemas de saúde mais graves que existem atualmente. Segundo dados publicados pela entidade, mais de 1 bilhão de pessoas no mundo estão obesas, sendo que mais de 30% delas são crianças ou adolescentes. Estimativa é de que 2,3 bilhões de adultos estarão acima do peso até 2025.


“A obesidade é uma doença crônica que muitas vezes não é tratada como tal. A gente acha que é simplesmente uma condição, mas é mais do que isso, é uma doença extremamente preocupante”, diz Maria Teresa Luis Luis, pediatra nutróloga credenciada Omint. Ainda de acordo com a médica, a obesidade é uma doença multifatorial, que pode ter colaboração genética ou estar relacionada ao estilo de vida.


Em 2022, de janeiro a outubro, o Sistema Único de Saúde (SUS) acompanhou mais de 4,4 milhões de adolescentes entre 10 e 19 anos de idade e, desses, quase 1,4 milhão foram diagnosticados com sobrepeso, obesidade ou obesidade grave. Os dados são do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde.

Consumo excessivo de açúcar, gordura saturada, alimentos processados e ultraprocessados, anúncios de alimentos não saudáveis direcionados a crianças e adolescentes e a falta de exercícios são alguns dos fatores que preocupam os médicos. “Essa geração está cada vez mais focada nas telas de celular, computador e televisão ao invés de se mover, brincar e correr. Muitos estudos mostram que o sedentarismo tem relação com a obesidade”, comenta a médica.

 

O segredo é a prevenção

 

Para a OMS, a chave para prevenir a obesidade é agir cedo, idealmente antes mesmo de o bebê ser concebido. Diante disso, uma boa nutrição na gravidez, seguida de amamentação exclusiva até os seis meses de idade e continuada até dois anos ou mais, é um excelente início nutricional para todos os bebês e crianças pequenas.


Embora ter uma alimentação saudável seja muito importante para prevenir a obesidade na infância e na adolescência, essa é uma questão que vale para a família inteira. “Antes de qualquer coisa, a gente tem de educar pelo exemplo, por isso não dá para dissociar a família desse processo, já que a alimentação é um aprendizado para a vida”, explica Maria Teresa.


A médica garante que crianças e adolescentes obesos serão, muito provavelmente, adultos obesos com sérios riscos de sofrer consequências psicológicas, cardiovasculares, endócrinas e reprodutivas. “Incentivar a prática de exercícios físicos por, pelo menos, 60 minutos por dia, contribuir com um sono saudável e limitar o uso de eletrônicos são apenas algumas dicas de como podemos proteger nossos jovens”, finaliza.

 

Omint


PROADI-SUS recruta voluntários para pesquisas nacionais sobre HPV e hipercolesterolemia familiar

Conduzidos pelo Hcor, os projetos são realizados com o objetivo de embasar políticas públicas e apoiar um melhor atendimento no SUS

 

O Hcor está recrutando 150 voluntários em todo o país para participação em dois estudos voltados ao Papilomavírus Humano (HPV) e à hipercolesterolemia familiar (HF). Por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, os projetos "AddChemo-CC Trial" e "DICA-HF" vão analisar, respectivamente, a eficácia de sessões extras de quimioterapia para pacientes com diagnóstico de câncer de colo do útero com confirmação de resistência da doença após o tratamento padrão; e a combinação de suplementos de fitosterol e óleo de krill com uma adaptação da Alimentação Cardioprotetora Brasileira para pacientes diagnosticados com HF, uma doença subdiagnosticada até mesmo em países desenvolvidos.

A médica oncologista Dra. Michelle Samora, pesquisadora principal do estudo AddChemo-CC Trial, explica que o projeto acompanhará até 50 mulheres, acima de 18 anos, positivadas para HPV 16 ou 18 com potencial para desenvolvimento de câncer atendidas em centros públicos de referência localizados nos municípios de São Paulo, Jales (SP), Campinas (SP), Muriaé (MG), Brasília (DF) e Joinville (SC). A equipe do Hcor acompanhará estas pacientes, além das equipes das unidades participantes, durante o tratamento padrão por telemedicina.

"Um mês depois, estas pacientes serão novamente convocadas para realizar uma biópsia líquida do tecido tumoral, por meio de um biomarcador disponível no Brasil unicamente pelo Instituto de Medicina Tropical (IMT), para identificar a persistência do DNA viral. Em caso positivo, a paciente passa por mais seis sessões de quimioterapia para evitar recidiva. O objetivo do estudo é confirmar se a biópsia líquida é útil para mostrar esses casos passíveis de tratamento extra, além de embasar a implementação de um equipamento inédito, com custo-benefício comprovado, para aumentar a taxa de sobrevida destes pacientes", afirma.

Já a nutricionista Dra. Aline Marcadenti, pesquisadora principal do projeto DICA-HF, comenta que o estudo vai recrutar até 100 pacientes, acima de 20 anos de idade com diagnóstico provável ou definitivo de HF, atendidos em 15 centros de pesquisa participantes nos estados de Goiás, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Rio De Janeiro, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Ainda de acordo com Marcadenti, a iniciativa é derivada do projeto DICA Br - Alimentação Cardioprotetora Brasileira, uma abordagem dietética que visa proteger o coração e prevenir doenças cardíacas também desenvolvida pelo Hcor no âmbito do PROADI-SUS e reconhecida pelo Ministério da Saúde por ser uma proposta de alimentação saudável, acessível e baseada em diretrizes nutricionais para controle de fatores de risco cardiovascular.

"Os pacientes receberão os suplementos e deverão seguir as orientações alimentares conforme previsto em uma cartilha que será distribuída a cada um, devendo seguir a rotina durante quatro meses, sendo que serão realizadas visitas de monitoramento aos 40, 80 e 120 dias após o início do tratamento", esclarece.


Sobre o PROADI-SUS 

O Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, PROADI-SUS, foi criado em 2009 com o propósito de apoiar e aprimorar o SUS por meio de projetos de capacitação de recursos humanos, pesquisa, avaliação e incorporação de tecnologias, gestão e assistência especializada demandados pelo Ministério da Saúde. Hoje, o programa reúne seis hospitais sem fins lucrativos que são referência em qualidade médico-assistencial e gestão: Hospital Alemão Oswaldo Cruz, BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, HCor, Hospital Israelita Albert Einstein, Hospital Moinhos de Vento e Hospital Sírio-Libanês. Os recursos do PROADI-SUS advém da imunidade fiscal dos hospitais participantes. Os projetos levam à população a expertise dos hospitais em iniciativas que atendem necessidades do SUS. Entre os principais benefícios do PROADI-SUS, destacam-se a redução de filas de espera; qualificação de profissionais; pesquisas do interesse da saúde pública para necessidades atuais da população brasileira; gestão do cuidado apoiada por inteligência artificial e melhoria da gestão de hospitais públicos e filantrópicos em todo o Brasil. Para mais informações sobre o Programa e projetos vigentes no atual triênio, acesse o portal PROADI-SUS.


Às vezes pode não ser só uma cólica e sim, endometriose

13 de março é o Dia Nacional de Luta contra a Endometriose. A doença afeta 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva e é tema da campanha Março Amarelo

 

Por ocasião do Dia Nacional de Luta contra a Endometriose, 13 de março, instituído em 2022, pela Lei 14.324, que também passou a ser a Semana Nacional de Educação Preventiva e de Enfrentamento à Endometriose, além do mês da campanha Março Amarelo, a Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) destaca a importância do cuidado com a saúde das mulheres e, particularmente, com essa doença. Recentemente, presenciamos diversas notícias de celebridades que relataram a dificuldade que tiveram com o diagnóstico de endometriose.

O tema ganhou espaço, inicialmente, no ano passado, quando a cantora Anitta revelou pelas redes sociais o seu diagnóstico e divulgou a cirurgia que fez para amenizar os efeitos da doença em seu corpo. Além dela, personalidades como as apresentadoras Patrícia Poeta, Giovanna Ewbank, a atriz Larissa Manoela e a cantora Wanessa também já compartilharam suas experiências convivendo e tratando da endometriose.

“Apesar de ser uma doença benigna, a endometriose traz diversas consequências incapacitantes e está associada a uma causa importante de sofrimento nas mulheres”, aponta Dra. Karla Kabbach, ginecopatologista associada à SBP.

No geral, dentre os principais sintomas, podemos elencar dor pélvica antes ou durante o período menstrual, dor durante ou depois de relações sexuais e alterações para urinar ou evacuar, principalmente durante o período menstrual. “Nós observamos diversas mulheres que não tem esse diagnóstico e sofrem muitas dores no periodo menstrual e em relações sexuais”, diz a Dra. Karla.

Assim, muitas mulheres com endometriose acreditam, como Anitta contou acreditar por anos, que as dores que sentem são normais. É um dos fatores que dificulta o diagnóstico, assim como o de que há também mulheres com a doença e sem qualquer sintoma. Na dúvida, em caso de dores durante ou após as relações sexuais, relate a seu ginecologista. Ele poderá pedir novos exames até que um médico patologista confirme o diagnóstico.

"A confirmação diagnóstica de endometriose se dá através da análise microscópica de peças cirúrgicas operadas pelo ginecologista, em caso de suspeita da doença”, diz a Dra. Karla Kabbach. “Deve-se identificar histologicamente a presença de tecido endometrial (glândulas e/ou estroma) em localização não habitual, ou seja, fora do útero. Dessa forma, somente o patologista, médico especialista treinado para realizar diagnóstico histológico, consegue dar um laudo definitivo sobre a doença e também de condições neoplásicas associadas à ela", conclui Dra. Karla.

De acordo com o Ministério da Saúde, a estimativa é de que uma a cada 10 mulheres em idade reprodutiva sofrem com os sintomas da doença e desconhecem a sua existência. Em 2021, mais de 26,4 mil atendimentos foram feitos no Sistema Único de Saúde (SUS), e oito mil internações registradas na rede pública de saúde.

A endometriose é uma condição na qual o endométrio, mucosa que reveste a parede interna do útero, cresce em outras regiões do corpo. Todos os meses, o endométrio fica mais espesso para que um óvulo fecundado possa se implantar nele. Quando não há gravidez, esse endométrio que aumentou descama e é expelido na menstruação.

Quando a mulher sofre de endometriose, algumas dessas células do endométrio, ao invés de serem expelidas, migram no sentido oposto e caem nos ovários ou na cavidade abdominal, onde voltam a se multiplicar e a sangrar. Assim, as células do endométrio também podem se espalhar e crescer em outras partes do corpo, como no intestino, no reto, na bexiga, no peritônio e até mesmo em órgãos distantes, como o pulmão e o cérebro.


Endometriose e gravidez

A endometriose e a gravidez são duas coisas que estão intimamente relacionadas. Essa doença também é uma das principais causas de infertilidade feminina, afetando o sonho de muitas mulheres de ser mãe. Quando as células endometriais começam a crescer em órgãos importantes para a concepção, como nas trompas e nos ovários, o processo inflamatório decorrente da doença resulta na criação de aderências e cicatrizes nesses locais.

Como consequência do crescimento de tecido cicatricial, mudanças anatômicas ocorrem, as quais impedem o funcionamento das trompas, onde ocorre a fecundação. Nos ovários, a qualidade do óvulo e a ovulação também são prejudicadas.

Para as mulheres com endometriose que conseguiram engravidar, há um risco maior de gravidez ectópica e aborto espontâneo. Após as 24 semanas de gestação, essas mulheres também apresentam mais chances de sofrer complicações, como hemorragias e parto prematuro.

Por esse motivo, essas gestantes devem ser acompanhadas durante toda a gravidez. Procure seu médico para receber as recomendações adequadas e o melhor tratamento para o seu caso. Assim, é possível ter o total controle sobre a situação e uma gestação mais segura.

 

Sociedade Brasileira de Patologia (SBP)


Março verde conscientiza sobre Neuromielite Óptica, doença autoimune rara

Patologia costuma causar cegueira, paralisia e incontinência, atualmente atinge entre 3 e 7 mil brasileiros

 

A informação vive uma nova era. Com o uso dos dispositivos móveis, as notícias chegam cada vez mais rápido. Entretanto, ainda existem diversos temas que precisam ser disseminados, e este é o caso da Neuromielite Óptica (NMO), uma doença autoimune rara que afeta o sistema nervoso central e, na maioria das vezes, causa danos irreversíveis à visão. 

Mesmo que seja pouco falada, a NMO atinge entre 3 e 7 mil brasileiros. Tatiane Sobral, de 29 anos, é uma entre milhares. Moradora de Santos, convive com a doença há 10 anos.

“Em 2013 não tinha muitas informações e eu nunca tinha escutado falar sobre a Neuromielite Óptica, fui pega totalmente de surpresa. Ninguém da minha família tem, e eu fui a premiada”, conta Tatiane.

O primeiro sintoma apareceu em outubro de 2012. Uma dor forte no olho direito que persistiu durante quatro dias. Quando completou cinco dias, Tatiane acordou sem enxergar.

Após isso, foram diversos dias no hospital, tentando encontrar uma resposta a seu problema. “Eu fui ao pronto-socorro e eles me internaram, mas, até então, não sabiam o que eu tinha. Fiz ressonância e no resultado do exame apareceu que estava com um edema no nervo optico”, explica.

Com o uso de corticoides e pulsoterapia (procedimento feito através de medicação endovenosa, onde administram altas doses de medicamento por curtos períodos de tempo), a visão voltou, mas um mês depois a cegueira no olho direito tinha retornado.

Foi preciso mais visitas ao hospital e outras baterias de exames, para chegar em janeiro de 2013, quando Tatiane, já cega das duas vistas, passou por uma neurologista que descobriu a Neuromielite Óptica.

Segundo a doutora Andréa Anacleto, médica neurologista e professora do curso de Medicina da Unimes, o diagnóstico é baseado em uma combinação de sintomas clínicos, exame neurológico e exames de imagem.

“Para diagnosticar a doença normalmente é realizado exames como ressonância magnética da medula espinhal e do cérebro, bem como testes sorológicos para detectar a presença de anticorpos contra a proteína aquaporina-4 (AQP4-IgG), que são encontrados em cerca de 70% dos pacientes com NMO”, explica a doutora.

A visão não foi a única área afetada. Mesmo após o diagnóstico, houve crises em que Tatiane chegou a ficar sem andar e isso não mudou quando o tratamento foi iniciado.

“A minha última crise foi em 2019, quando eu fui levantar e caí. Depois disso fiquei sem conseguir andar. Foi quase um ano acamada e usando cadeira de rodas”, relembra Tatiane.


Causas e tratamentos

A NMO além da cegueira, pode causar paralisia, incontinência e outras complicações. Entretanto, com o tratamento adequado, o paciente consegue melhorar a qualidade de vida.

“A NMO é uma doença adquirida, ou seja, a pessoa não nasce com ela. Embora a causa exata da doença seja desconhecida, sabe-se que é uma condição autoimune em que o sistema imunológico ataca erroneamente as células do corpo, incluindo as células nervosas da medula espinhal e do nervo óptico”, esclarece a doutora Andréa.

O tratamento geralmente envolve o uso de medicamentos imunossupressores, como corticosteroides e imunomoduladores, para reduzir a inflamação e a atividade do sistema imunológico.

Além disso, o tratamento inclui também a reabilitação neurológica para ajudar a pessoa a lidar com as sequelas da doença, como a fraqueza muscular, a fadiga e os problemas de visão.

“É importante ressaltar que o tratamento deve ser individualizado, baseado nas características clínicas do paciente e na evolução da doença”, enfatiza a especialista.

Hoje, com o acompanhamento médico, Tatiane consegue ter uma vida mais tranquila e até faz parte de diversas bandas tocando instrumentos de sopro, como o trompete. O amor pela música nasceu após o diagnóstico, quando começou a frequentar grupos de deficientes visuais e foi apresentada à banda.

“É muito importante os esclarecimentos sobre essa doença e acompanhamento médico. Assim, todos os afetados pela NMO podem continuar apaixonados pela vida assim como eu, que encontrei na música uma grande força para viver”, finaliza.

 

Doutora Andréa Anacleto - Médica Neurologista formada pela Universidade de Santos (Unimes), Mestre em Clínica Médica pelo Centro Universitário Lusíadas e Doutora em Ciências pela USP. Atua como professora de Neurologia na Unimes e coordena o ambulatório de Esclerose Múltipla da mesma universidade.


Cerca de 2,5 milhões de pessoas podem ter glaucoma no Brasil

A estimativa é da Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG)

 

De acordo com dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Glaucoma (SBG), cerca de 2,5 milhões de brasileiros com mais de 40 anos podem sofrer com a doença crônica. O problema na visão, causado pelo aumento da pressão ocular, é silencioso e pode levar à cegueira. 

 

A oftalmologista Nubia Vanessa, do CBV-Hospital de Olhos, alerta que a doença começa afetando o campo visual periférico da visão e pode levar alguns  anos para o paciente ter algum sintoma. “É um problema ocular irreversível, mas que tem controle com  tratamento, se descoberto logo no início. Por isso, é muito importante o acompanhamento com um especialista”, afirma. 

 

Segundo a médica, a doença é uma das principais causas de cegueira em pessoas com mais de 60 anos.  A especialista em glaucoma também ressalta alguns fatores de risco para a condição, que são: histórico familiar, pessoas acima de 40 anos, alta miopia, diabetes, algum tipo de trauma ocular e raça negra.

 

A oftalmologista ressalta a importância de consultar um especialista para o diagnóstico na fase inicial. “É imprescindível visitar o oftalmologista anualmente para fazer os exames de rotina, e detectar casos suspeitos, casos iniciais para diagnóstico inicial e realizar os exames de controle. O tratamento e retornos são individuais e de acordo com a necessidade de cada caso. O glaucoma, quando  já está avançado, pode levar à cegueira irreversível”, frisa a médica do CBV-Hospital de Olhos. Ainda segundo ela, a doença pode ser tratada com colírios e em alguns casos é necessária uma intervenção cirúrgica para baixar a pressão ocular.   



Ronco é o menor dos problemas de quem desenvolve apneia obstrutiva

Entenda a importância de diagnosticar a questão e realizar o tratamento adequado

 

Uma nova campanha circula nos Estados Unidos, com o objetivo de conscientizar que a apneia do sono é “Mais Do Que Um Ronco” — nome dado ao projeto colaborativo idealizado pela Academia Americana de Medicina do Sono.

A importância desse tipo de ação é incentivar aqueles que têm o problema a buscarem tratamento, evitando assim complicações maiores. “Cuidar dessa questão de saúde é importante, já que a apneia obstrutiva e a sonolência diurna excessiva podem ter implicações sérias para o paciente. Acredita-se que atuem como um fator de risco para outras condições, como doenças cardiovasculares, endócrino metabólicas e neurodegenerativas”, explica Gleison Guimarães, médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).

Com consequências alarmantes, a apneia obstrutiva do sono chega a afetar quase 30 milhões de pessoas adultas somente nos Estados Unidos, sendo que 80% dos casos não são diagnosticados, custando ao país mais de US$ 149 bilhões por ano em gastos de assistência médica, além de uma perda de produtividade nas empresas, acidentes de trabalho e de veículos.

“Quando alguém não dorme o suficiente ou de forma adequada, é comum que no dia seguinte essa pessoa esteja em um estado maior de fadiga, principalmente porque não houve o descanso necessário e o corpo ainda precisa se recuperar. Com isso, esse indivíduo não tem a mesma capacidade de executar suas atividades pessoais e profissionais, podendo cometer erros que não cometeria se estivesse completamente descansado. Por outro lado, uma noite de sono reparadora é primordial para elevar o rendimento de qualquer pessoa, melhorando a produtividade e os resultados apresentados", completa o especialista.

Os principais sinais de alerta de que uma pessoa está passando pelo problema são o ronco e a sonolência diurna excessiva, aumentando riscos de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e até depressão. Por isso, ao primeiro sintoma, é preciso conversar com seu médico, para avaliar a necessidade de testes diagnósticos e indicação do melhor tratamento.

Nesse contexto, existem diferentes possibilidades para tratar a apneia obstrutiva. Uma delas é o uso do aparelho de CPAP, pressão positiva nas vias aéreas, que faz uso de níveis de pressão de ar fornecidos por uma máscara e que mantém a via aérea aberta durante o uso. Além dela, aparelhos orais, cirurgia, perda de peso e outras terapias podem auxiliar. "Distúrbios neurológicos, cansaço, sonolência, irritabilidade, ansiedade, depressão, problemas sexuais e estresse são sintomas comuns de noites mal dormidas ou a falta de um sono adequado, o que aumenta o risco de erros e acidentes nos mais diversos locais de trabalho", conta Dr. Gleison.

Além disso, as doenças cardiovasculares são uma consequência importante das noites mal dormidas, além de contabilizarem a principal causa de mortes no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Para evitá-las, existe uma série de ações recomendadas pelos médicos e ressaltadas pelas diretrizes da American Heart Association em uma lista chamada Life´s Essential 7. Até pouco tempo atrás, esses pilares eram sete: parar de fumar, comer melhor, se manter ativo, controlar o peso e a pressão arterial, controlar o colesterol e diminuir o açúcar no sangue. Em junho deste ano, porém, a lista ganhou o item “qualidade do sono”.

 

Gleison Guimarães - É médico especialista em Pneumologia pela UFRJ e pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), especialista em Medicina do Sono pela Associação Brasileira de Medicina do Sono (ABMS) e também em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB). Possui certificado de atuação em Medicina do Sono pela SBPT/AMB/CFM, Mestre em Clínica Médica/Pneumologia pela UFRJ, membro da American Academy of Sleep Medicine (AASM) e da European Respiratory Society (ERS). É também diretor do Instituto do Sono de Macaé (SONNO) e da Clinicar – Clínicas e Vacinas, membro efetivo do Departamento de Sono da SBPT. Atuou como coordenador de Políticas Públicas sobre Drogas no município de Macaé (2013) e pela Fundação Educacional de Macaé (Funemac), gestora da Cidade Universitária (FeMASS, UFF, UFRJ e UERJ) até 2016. Professor assistente de Pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro – Campus Macaé. Para mais informações, acesse https://drgleisonguimaraes.com.br/ ou pelo Instagram @dr.gleisonguimaraes e no Twitter @drgleisonpneumo.


Como prevenir pernas e pés inchados durante a gestação?

Cirurgião vascular dá seis dicas que podem aliviar o sintoma

 

O corpo da mulher passa por inúmeras alterações durante a gestação e essas mudanças podem afetar a saúde da futura mamãe. Entre os problemas mais comuns está o inchaço das pernas e dos pés, que podem aumentar na reta final da gravidez e nos dias marcados por altas temperaturas.

Tudo começa com aquela sensação de peso nas pernas e logo aparece o inchaço que está associado ao aumento na quantidade de sangue e líquidos no organismo, afetando o sistema circulatório. Além disso, a gestante está mais predisposta à retenção de líquido.

“Com a proximidade do nascimento do bebê, o útero já está bem maior e comprime ainda mais a veia cava inferior, que é a responsável por transportar o sangue do abdômen, da pelve e dos membros inferiores para o átrio direito do coração. Com isso, a tendência é que o inchaço piore afetando pés e pernas”, explicou o Dr. Márcio Steinbruch, cirurgião vascular e membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular.

Além disso, o especialista também ressalta que as altas temperaturas podem afetar o funcionamento dos vasos linfáticos, que são responsáveis pela drenagem do excesso de líquido nos tecidos.

“Desde que o inchaço seja somente nos membros inferiores e que atinja da mesma forma os dois pés e as duas pernas, a gestante não precisa se preocupar. Agora, se apenas um dos membros aumenta de tamanho ou se após uma noite de descanso os membros não desincham é indicado procurar um especialista, pois pode ser um sinal de trombose ou hipertensão”, alertou o cirurgião vascular.

Infelizmente não é possível evitar o inchaço durante a gestação, mas a boa notícia é que pequenas mudanças de hábitos, especialmente durante o verão, podem ajudar a reduzir o inchaço nas pernas e pés. Confira abaixo as dicas do Dr. Márcio Steinbruch.

1- Aumente o consumo de líquidos: a hidratação, com água, água de coco e sucos naturais, é fundamental para desintoxicar e eliminar as toxinas, porque irá estimular a troca de líquidos no corpo; membros inferiores.

2- Pratique atividades físicas: reservar alguns minutos diários para fazer exercícios, como caminhadas, que fortalecerá a musculatura da panturrilha, melhorando de maneira considerável a circulação sanguínea pelo corpo. A hidroginástica também é uma boa opção. Porém, antes de iniciar qualquer atividade, consulte o seu obstetra.

3- Mantenha uma alimentação balanceada: optar por refeições equilibradas, com alimentos leves e ingestão de mais frutas e legumes, pode ajudar na eliminação de líquidos. Há opções diuréticas que também podem ser aliadas, como: kiwi, alface, melancia, melão, capim-cidreira, água de coco e pera;

4- Faça massagem ou drenagem linfática: elas contribuem com o retorno venoso e, assim, diminuir o inchaço;

5- Evite passar longos períodos na mesma posição: se você trabalha em pé ou sentado, intercale momentos a cada uma hora para dar alguns passos.

6 – Use roupas e sapatos confortáveis: evite peças e sapatos apertados e que limitem os movimentos. Faça a opção por tecidos leves, sem elásticos e soltinhos. Já os melhores sapatos são as rasteirinhas e chinelos. Salto alto deve ser evitado.

O especialista também indica que é preciso ficar atento após o parto e se o inchaço persistir depois de 30 dias, é fundamental procurar um especialista para investigar as causas desses desconfortos.

  

Dr. Márcio Steinbruch – formado pela Universidade de São Paulo (USP), é médico com especialização em cirurgia vascular pelo Hospital das Clínicas da FMUSP, além disso, possui título de especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular e é membro TITULAR da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Curta as redes sociais do médico: Instagram: @livredevarizes e Facebook.com/marcio.steinbruch e acesse o site: www.livredevarizes.com.br/.


Exercício físico e testosterona: Qual a relação?

Fonte - Internet
Bruno Viotti, profissional de educação física explica como a prática de atividade física estimula a produção desse hormônio


Quem pratica exercício físico com o objetivo de ganhar massa muscular costuma conhecer bem a importância de manter a produção de testosterona a todo vapor no organismo. Alguns tipos de treinos que geram uma produção maior de testosterona são os de alta intensidade, explosão e musculação, principalmente aqueles que envolvem grandes grupamentos musculares e uma intensidade considerável. 

Bruno Viotti, profissional de educação física e pós graduado em bodybuilding coach explica que o hormônio tem ação anabólica e estimula a reconstrução do tecido muscular exigido durante o exercício, o que favorece o aumento de força e a hipertrofia. Além de aumentar a libido e a energia. “Mas para que estes exercícios possam ter efeito de ajudar no aumento da produção de testosterona, é necessário manter o peso adequado, dormir bem e ingerir quantidades adequadas de vitaminas e minerais”, completa.  

Ainda que certos tipos de exercícios aumentem a produção de alguns hormônios, é fundamental que eles estejam orientados por um profissional de educação física. “Fazer mais séries do que ideal, pegar mais peso do que o necessário ou não dar o tempo certo para os músculos descansarem entre os dias de treinamento pode gerar um grande estresse no organismo e acabar trazendo efeito contrário”, frisa o bodybuilding coach. 

 

Exercícios para aumentar a testosterona

 

·         Musculação;

·         HIIT;

·         Crossfit;

·         Funcional;

·         Esportes de alta intensidade;

 

Além disso, é importante também estar atento à alimentação, incluindo vitamina D, zinco, magnésio e arginina, procurando evitar dietas de restrição calórica e o consumo de bebidas alcoólicas. “Manter o peso equilibrado também é uma forma de aumentar os níveis, pois o excesso de gordura no corpo pode transformar a testosterona em estrogênio”, afirma Viotti.

 

Outro fator que faz com que a testosterona possa ser formada adequadamente, é o sono. Porque é durante o  tempo que as pessoas dormem, que o cérebro pode produzir os hormônios necessários, e faz a regulação dos que podem estar a mais, como o cortisol, que prejudica a formação e aumento da concentração de testosterona no sangue.

 

Fonte: Bruno Viotti, profissional de educação física e pós graduado em bodybuilding coach. @bruno_viotti.


"Estresse se torna problema quando é experimentado de maneira constante", diz médica especializada em saúde mental

Dra. Tamires explica que a pessoa que vive estressada tende a desenvolver problemas físicos, emocionais, psicológicos, cognitivos e comportamentais


Apesar da conotação negativa que adquiriu nos tempos atuais, o estresse é uma resposta fisiológica comportamental normal do ser humano a um determinado evento que o faz sentir-se ameaçado ou com medo. Diversas situações podem ocasionar estresse, tais como problemas de relacionamento; problemas financeiros; sobrecarga de trabalho e chefe hostil; mudanças e nova rotina; incertezas, angústias e até má alimentação, sono insuficiente e dores.

A médica especializada em saúde mental, com foco em ansiedade e depressão, Dra. Tamires Cruz, explica que o estresse se torna um problema quando é experimentado com constância por uma pessoa, em sua rotina, o que não raramente acarreta sintomas físicos, emocionais e psicológicos, comportamentais e cognitivos.

Entre os sintomas psicológicos do estresse, a médica especializada em saúde mental destaca a baixa autoestima. “Isso pode acontecer principalmente se o indivíduo tem a impressão de que as pessoas ao seu redor têm sucesso em suas carreiras e ele não. Por isso começa a sentir-se muito negativo sobre a vida, e acaba por perder o interesse em seus sonhos ou na busca deles”, diz. Nesse sentido, de acordo com dra. Tamires, o estresse pode levar à depressão, um de seus efeitos mais graves.

Sobre os sintomas emocionais, a médica especializada em saúde mental afirma que pessoas muito estressadas ficam mais suscetíveis a oscilações de humor, com irritações constantes e também se sentem agitadas e não relaxadas. “Costumam ainda acreditar serem solitárias, mesmo que não sejam, tornando-se assim deprimidas e infelizes”, comenta. 

No que se refere aos efeitos nocivos causados pelo estresse na cognição humana, o mais comum deles, segundo dra. Tamires é a perda de memória, que pode ser temporária ou de longo prazo. “Outro efeito comum é a incapacidade de concentração, que pode prejudicar muito o desempenho em todas as áreas da vida”, comenta. Além disso, ressalta a médica especializada em saúde mental, é comum que estresse baixe o desejo sexual, diminuindo todas as formas de intimidade.

Aumento ou diminuição de apetite, insônia ou excesso de sono, isolamento social, desinteresse nas responsabilidades do trabalho ou mesmo na casa são alguns dos principais sintomas comportamentais causados pelo estresse. Outros recorrentes, de acordo com dra. Tamires, são: adoção de hábitos nocivos à saúde, como ingerir bebidas alcóolicas e fumar (estratégias de escape); tomada de decisões irracionais, como comprar um carro quando se tem problemas financeiros; e tornar-se violento.

Quando os níveis de estresse ficam fora de controle eles podem causar diversos prejuízos à saúde física, entre os quais: dores agudas ou crônicas, na área do peito, da cabeça e da barriga e problemas digestivos, como prisão de ventre, constipação e diarreia. “Doenças cardíacas também podem derivar do estresse, assim como a obesidade”, destaca a médica especializada em saúde mental. Além disso, segundo dra. Tamires, o estresse também pode acarretar hipertensão arterial e doenças na pele, como acne.

Diante de um problema com implicações variadas e graves, o estresse precisa ser manejado da melhor maneira possível. “O estresse impede o indivíduo de desfrutar a vida e atingir seus objetivos. Tomar medidas para eliminá-lo é o primeiro passo para viver a vida de maneira mais gratificante”, afirma dra. Tamires. Desse modo, segundo ela, a primeira medida a se tomar é a descobrir o problema. “A pessoa deve tentar encontrar quando a tensão começou, pois isso irá permitir a ela identificar a causa do estresse e combatê-la”, afirma.

Outro passo importante no alívio do estresse, segundo a médica especialista em saúde mental, é deixar alguém saber pelo que você está passando. “Simplesmente conversar com uma pessoa em que confia, às vezes só para desabafar”, diz. Aprender a gerir o tempo também é uma boa estratégia para se livrar do estresse. “Às vezes podemos ter uma carga de trabalho gerenciável que se torna insuportável devido à má administração do tempo. Assim, podemos encontrar algum alívio do estresse por simplesmente aprendermos a planejar bem o tempo”, comenta dra. Tamires.

Já ignorar o estresse é o primeiro passo para não o controlar. Dessa forma, conforme a médica especialista em saúde mental, deve-se prestar atenção nos sinais que o corpo dá e nas mudanças de comportamento. Ao aprender a perceber os sinais de estresse e identificar suas causas, o indivíduo deve procurar evitar as situações estressantes. “Se a pessoa sabe que certos eventos, locais ou até mesmo pessoas a deixam tensas, ela deve evitá-los”, afirma.

A causa do estresse, muitas vezes, se encontra no excesso de tarefas que as pessoas buscam cumprir em sua rotina diária. Nesse sentido, de acordo com dra. Tamires, conhecer as próprias limitações e estabelecer metas realistas são duas ótimas forma de evitar a frustração e o estresse de “dar um passo maior que a perna”. Evitar ser multitarefa e contar com o apoio de outros também é uma boa saída para conseguir cumprir suas responsabilidades mais tranquilamente. Na correria do dia a dia, para mitigar o cansaço e o estresse, é imprescindível, segundo a médica especializada em saúde mental, estabelecer pausas e aprender a relaxar

Mudanças no estilo de vida também são capazes de diminuir os efeitos do estresse do dia a dia no corpo físico e mental do indivíduo. Assim, a médica especializada em saúde mental, recomenda a prática exercícios físicos, dieta baseada em alimentos saudáveis, higiene do sono, práticas de  relaxamento, meditação e yoga. Do mesmo modo, adotar comportamentos mais positivos ajudam a aliviar o estresse. Desse modo, dra. Tamires sugere ter bom senso de humor; ser altruísta, oferecendo ajuda aos outros sempre que possível. socializar e evitar o isolamento; ter pensamentos positivos, em suma, ser feliz.   

Por fim, a médica especializada em saúde mental, aconselha que a pessoa estressada não hesite nunca em buscar ajuda profissional, principalmente se estiver se sentindo desta maneira por muito tempo. “Nunca é bom ficar guardar seus sentimentos ou emoções negativas apenas para si mesma, pois isso só gera mais estresse. Obter ajuda profissional pode ajudá-la a encontrar a libertação e voltar a viver a vida normalmente”, afirma.

 

Dra. Tamires Cruz, graduada em Medicina (FMJ) e graduada e pós-graduada em Gestão e Administração Hospitalar (Estácio). Pós-graduação em Docência (Estácio), Especialização em Cuidados Paliativos (Instituto Paliar) e Saúde Mental (Estácio) com foco em Ansiedade e Depressão.  Mestre e Doutoranda em Saúde Pública (Faculdade de Medicina - ABC/SP. Concluindo redidência em psiquiatria. Criadora do Método Saúde de Gigantes, metodologia que já ajudou centenas de pessoas no controle da ansiedade e tratamento da depressão, sem uso de remédios. Autora do Livro: Seja (im)perfeito, Editora Gente


Dia mundial do sono alerta sobre a importância de dormir bem

Pesquisa mostra que mais de 65% dos brasileiros dormem mal e podem ter problemas de saúde relacionados ao tema


Os brasileiros estão dormindo cada vez pior, é o que aponta o estudo realizado pela USP e pela Unifesp em 2022, que mostrou que 65,5% da população do país têm algum tipo de problema relacionado ao sono. A pesquisa também aponta que as mulheres sofrem mais com o problema, assim como pessoas viciadas em celular e redes sociais.

Em busca de conscientizar a população sobre a importância do sono de qualidade, é celebrado, no dia 17 de março, o Dia Mundial do Sono, data de grande relevância para o tema, segundo a médica otorrinolaringologista e especialista em saúde da família, Caroline Beal. “Dormir bem é fundamental para a reparação do organismo humano, sendo que algumas pessoas, por vezes, nem percebem o quanto isso as afeta. É muito relevante trazer esse tema para próximo da população brasileira”, explica a médica.

Caroline afirma que os distúrbios de sono mais comuns são a insônia, a apneia obstrutiva do sono, a síndrome das pernas inquietas, narcolepsia  e o sono insuficiente e com atrasos de fases.  “É muito importante identificar as razões da má qualidade do sono, que podem ser diversas, indicando fatores relacionados à saúde como a apneia e a narcolepsia, questões sociais como dormir ao lado de uma pessoa que ronca ou em lugares com muito barulho, ou mesmo depressão e ansiedade. Identificando o problema fica mais fácil buscar uma solução”, conta a médica.

Entre os motivos para distúrbios de sono, a apneia obstrutiva do sono é indicada como uma das razões mais graves, já que, segundo estimativas, ela atinge mais de 900 milhões de pessoas no mundo, levando ao desenvolvimento de diversas outras doenças. “A apnéia obstrutiva do sono é uma condição onde ocorre a interrupção da respiração por alguns segundos, levando a pessoa a acordar diversas vezes ao longo da noite. Ela é considerada grave, pois pode ajudar no desenvolvimento de outras doenças como hipertensão, doenças cardíacas, diabetes tipo 2, depressão, ansiedade e cansaço diurno”, afirma Caroline.

Caroline indica que algumas mudanças comportamentais podem ajudar com os distúrbios do sono,  como dormir de lado, a adoção de hábitos alimentares saudáveis principalmente à noite, perda de peso e evitar tomar café em excesso. “Cuidar da higiene do sono também é muito importante, inserindo hábitos como apagar as luzes, reduzir o consumo de alimentos à noite, evitar a exposição às telas antes de dormir e reduzir os ruídos. Com isso, o corpo e a cabeça se preparam para relaxar”. 

 

Indícios de problemas com o sono

Caroline reforça sobre a importância de consultar um médico especializado em distúrbios do sono para que seja possível identificar assertivamente o problema, porém a médica dá algumas dicas de quando o alerta deve ser ligado:

 

  • Dificuldade em pegar no sono ou dormir a noite inteira: esses são sinais clássicos de insônia, algo definido pela Classificação Internacional de Distúrbios do Sono como uma dificuldade repetida de início, duração, consolidação ou qualidade de sono.
  • Hipersonia: dormir demais também é um indicativo de distúrbio de sono, então caso a pessoa perceba que há a incidência de sono extra, com frequência e sem explicação, também é importante consultar um médico.
  • Sonolência diurna em excesso: pode ser indicativo de Narcolepsia, apnéia obstrutiva do sono ou Síndrome de Kleine-Levin, onde a pessoa pode dormir por até 22 horas seguidas e mesmo assim continuar com sono, podendo inclusive dormir sem perceber ao longo do dia e em situações como ao dirigir o carro.
  • Ronco frequente e alto: pode ser sinal de apneia obstrutiva do sono ou pode ter relação com consumo de álcool, tabaco, cafeína, obesidade, algum tipo de alergia ou mesmo com a posição de dormir. Lembrando que nem todas as pessoas que roncam têm apnéia, mas todos que têm apneia roncam.
  • Movimentação em excesso das pernas e braços: conhecida como a Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é caracterizada pela vontade incontrolável e involuntária de mexer as pernas e os braços na cama. Pode vir acompanhada de sensações de formigamento, queimação e fisgadas, que atrapalham a qualidade do sono. 
  • Depressão e ansiedade: ter dificuldade para dormir ou ter vontade de dormir em excesso podem ser indícios de distúrbios psicológicos, assim como a falta de sono pode desencadear depressão e ansiedade. 
  • Problemas de saúde sem origem identificável: o sono faz parte do tripé da saúde, junto com a alimentação e a prática de exercícios físicos, sendo assim, a falta dele pode desencadear problemas de saúde que não apresentem uma origem específica e vice e versa. 
  • Falta de memória: esse é um indicativo clássico, já que o sono tem relação com a consolidação das memórias no nosso cérebro. Pessoas que dormem pouco ou mal, certamente irão apresentar problemas na memorização.

Uso indiscriminado de suplementos vitamínicos traz riscos à saúde

Embora seja um hábito comum, o consumo de suplementos sem orientação médica é mais perigoso do que muitos supõem. Boa alimentação é alternativa para manter índices de nutrientes estáveis

 

Você certamente já se deparou em alguma prateleira de farmácia com um ou mais produtos oferecendo suplementação vitamínica completa. Embora tais produtos possam ser adquiridos de forma livre, sem receita, e sejam recomendados em muitos casos, há quem ignore ou não conheça os riscos de consumir este tipo de suplementação sem a orientação de um nutrólogo, nutricionista, ou outro profissional da área da saúde habilitado para isso. Mesmo que o uso de suplementação vitamínica seja, sim, recomendado em muitos casos, o consumo em excesso de certos nutrientes pode ser nocivo para o organismo. Tomar as medidas adequadas para diagnosticar quais as substâncias devem ser repostas no organismo de cada indivíduo é um cuidado fundamental.

Uma pesquisa recente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais (Abiad), revelou que 59% dos lares brasileiros possuem algum integrante que faz uso de suplementos. Embora a prática possa ser vista como positiva na medida em que o uso de complexos vitamínicos é benéfica para indivíduos com algum tipo de necessidade nutricional específica, em muitos casos o uso desta suplementação é feito sem a orientação de um especialista.

A nutróloga credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Bianca Ohde Dalledone (CRM 36.125), explica como o uso de suplementos vitamínicos sem a orientação de um profissional da área pode trazer riscos à saúde,  como reações alérgicas e toxicidade: “Assim como a deficiência de micronutrientes (vitaminas e minerais) faz mal, o excesso deles também pode ser muito prejudicial ao organismo. Tal conduta pode gerar uma perda do equilíbrio necessário ao seu bom funcionamento, gerando diversos efeitos colaterais dependendo de qual vitamina e/ou mineral está em quantidade maior do que a ideal”, explica. Ainda segundo Bianca, de maneira geral, o uso de suplementações realmente só se faz necessária a partir de um diagnóstico laboratorial que comprove que indivíduo tem alguma deficiência de micronutrientes diagnosticada. Ela também pode ser especialmente importante em fases específicas da vida de pacientes, como no período gestacional, em recém-nascidos, crianças, e para o tratamento de determinadas doenças crônicas que demandam maiores quantidades específicas de certos nutrientes.

Entidades do setor farmacêutico registraram um aumento da procura e do consumo de suplementações vitamínicas desde o início da pandemia de COVID 19, em 2020. Preocupadas em estarem isoladas e praticando menos atividades físicas do que o ideal, muitas pessoas apelaram para o uso destes produtos, um hábito que se mantém até hoje, mesmo que a iniciativa em muitos casos não tenha sido sugerida por um profissional da área da saúde. Segundo a ABIAD, o consumo de suplementos cresceu 10% no Brasil nos últimos cinco anos.


Suplementação ao natural

Embora existam casos de pessoas que se beneficiam do uso de complexos vitamínicos suplementares, no geral algumas medidas relativamente simples são mais do que suficientes para manter um indivíduo saudável dentro de taxas aceitáveis dos principais micronutrientes em seu organismo. Bianca explica como uma alimentação balanceada é a chave para isso: “Uma composição alimentar ideal é aquela que consegue reunir todos os grupos dos macronutrientes, e, consequentemente, obter a maior variedade das vitaminas e minerais necessários ao organismo: proteínas, sejam de origem animal ou vegetal, gorduras de boa qualidade, como as oleaginosas, queijos, iogurte e azeite de oliva, e carboidratos e fibras, como as frutas, verduras, legumes, grãos e leguminosas” afirma a nutróloga.

Ainda segundo a profissional, é importante que pessoas que suspeitam de ter algum tipo de déficit vitamínico procurem um profissional que trabalha diretamente com a área de nutrição e/ou de controle de doenças crônicas que demandam uma boa alimentação como parte importante do tratamento, tais como nutrólogos, endócrinos, gastroenterologistas, ginecologistas e nutricionistas. Ela ainda reforça a necessidade de que pessoas façam exames de rotina periódicos a fim de diagnosticar e tratar eventuais problemas: “Todos nós deveríamos fazer um acompanhamento de rotina com esses profissionais, pois a correção de deficiências nutricionais é uma importante forma de prevenção de futuras doenças. Esses cuidados são especialmente importantes para pessoas com comorbidades crônicas, gestantes e crianças”, conclui Bianca.

 


Paraná Clínicas
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