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sexta-feira, 10 de março de 2023

Transplante de rim é uma nova chance para quem sofre de insuficiência renal crônica

Procedimento de alta complexidade é corrida contra o tempo e oferece vida nova para milhares de pessoas 

 

Um dos procedimentos que podem dar uma nova chance para quem sofre de insuficiência renal crônica é o transplante de rim. O procedimento é o mais comum entre os transplantes de órgãos vitais no Brasil. De acordo com dados do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), mais de 5,3 mil transplantes renais foram realizados no país entre janeiro e dezembro de 2022. O procedimento de alta complexidade é considerado essencial para milhares de pessoas que sofrem de insuficiência renal crônica, uma condição que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. A gravidade da doença resultou na escolha do dia 9 de março como o Dia Mundial do Rim, a fim de chamar a atenção para o assunto.

 

A insuficiência renal é uma doença crônica que se desenvolve gradualmente e pode ser causada por várias razões, incluindo diabetes, hipertensão, doença renal policística, dentre outras.

 

"O transplante de rim é a terapia mais indicada para pacientes que sofrem de insuficiência renal crônica, pois o novo rim substitui a função do órgão doente. O procedimento oferece várias vantagens em relação à diálise, que é a terapia de substituição renal mais comum. Em primeiro lugar, os pacientes que passam por um transplante têm uma melhor qualidade de vida em comparação com aqueles que estão em diálise", explica Carlos Marmanillo, chefe do Serviço de Transplante Renal do Hospital Angelina Caron.


 

Demanda maior que a doação

 

Mesmo com os avanços da medicina, milhares de pessoas ainda precisam de transplante de rim e a demanda de doentes por um novo órgão é muito maior do que a oferta. O médico reforça que o número de doadores de órgãos no Brasil, apesar das boas taxas de alguns estados como o Paraná, é insuficiente para atender à necessidade, o que exige investimento público e da sociedade em prevenção e conscientização. 

 

"Temos a Central de Transplantes do Paraná como um exemplo bem-sucedido na conscientização para a doação de órgãos, além de alta taxa de sucesso nos transplantes. Aumentar a taxa de doação de órgãos significa reduzir o tempo de espera dos pacientes que aguardam por um transplante renal."


 

850 milhões de pessoas sofrem de alguma doença renal

 

No cenário mundial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que cerca de 850 milhões de pessoas sofram de alguma doença renal. Segundo a entidade, a taxa de doação de órgãos varia significativamente em todo o mundo, e muitos países enfrentam desafios semelhantes ao Brasil em relação à falta de doadores. 

 

No Brasil, a taxa de doação de órgãos tem aumentado gradualmente nos últimos anos, e o país tem feito esforços significativos para melhorar a disponibilidade de órgãos doados. "Mas ainda há muito a ser feito para garantir que todos os pacientes que precisam de um transplante renal possam receber um órgão a tempo", comenta Marmanillo.


 

Consumo excessivo de bebidas alcoólicas é uma das principais causas

 

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas é uma das principais causas de insuficiência renal crônica. O álcool é metabolizado pelos rins e o consumo excessivo de álcool pode levar à inflamação e à formação de cicatrizes, o que prejudica a função renal.

 

Além disso, o consumo excessivo de álcool também pode aumentar a pressão arterial, interferir na absorção de medicamentos usados para tratar doenças renais, levando à complicações.

 

"A prevenção de doenças renais passa por limitar o consumo de bebidas alcoólicas e adotar um estilo de vida saudável. Além disso, é importante lembrar que, mesmo que uma pessoa não tenha problemas renais, o consumo excessivo de álcool pode causar danos irreversíveis a vários órgãos e sistemas do corpo, incluindo o fígado, o coração e o cérebro", reforça.


 

Quatro transplantes de rins em 24h

 

A doação insuficiente de órgãos para o grande número de candidatos a transplante não é o único problema do Brasil. Poucos hospitais estão capacitados para fazer esse tipo de procedimento de alta complexidade. Segundo dados da Central de Transplantes do Paraná, que divulga anualmente o compilado estadual, o Hospital Angelina Caron (HAC) realizou mais de um quarto de todos os procedimentos feitos no estado no ano passado. Foram 119 transplantes em 12 meses.  

Em uma das fases mais agudas da pandemia da Covid-19, o HAC fez nada menos do que quatro transplantes de rim em apenas 24 horas. O médico João Nicoluzzi, coordenador da Central de Transplantes do HAC, observa que, além de corpo médico preparado, existe uma logística complexa envolvida nesse processo. “Seguramente, poucos hospitais no país possuem salas e logística disponíveis para realizar tantos procedimentos em um mesmo dia”, pontua.

 

 Hospital Angelina Caron

 

Como saber se a mulher está sendo vítima de stalking?

O que disseram o jurista João Henrique Tristão e a psicóloga Rachel Campos sobre o crime de perseguição que ainda é subnotificado pela falta de conhecimento das vítimas

Segundo o levantamento inédito do ISP Instituto de Segurança Pública -RJ, 604 mulheres registraram o crime em uma delegacia de polícia Psicológica no Estado do Rio de Janeiro, embora este recorte seja apenas do RJ em um dos estados que é cartão postal,imaginem como seria a contabilização nos 26 estados do País?

É cada vez mais alarmante o número de mulheres que sofrem violência por parte de homens, em muitos casos são de parceiros, companheiros, esposos,namorados entre outros. Todos os dias os noticiários repercutem crimes de feminicídio ou conhecemos mulheres que são ou foram vítimas de violência de gênero. Mas existe um tipo de crime que ainda é pouco divulgado e precisa ser esclarecido para a sociedade porque em muitos casos, é possível evitar que vidas de mulheres sejam ceifadas e os agressores punidos, se as vítimas denunciarem. Matérias jornalísticas com este tema são importantes para que não aconteçam subnotificações, afinal muitas mulheres devem ser vítimas do crime de stalking e não têm o conhecimento do ato e com isso não denunciam.

O que nos chama atenção é a violência psicológica, que foi destaque no levantamento inédito feito pelo ISP RJ chamado Dossiê Mulher que mostrou que 604 mulheres registraram o crime em uma delegacia de polícia no Estado do Rio de Janeiro e pela primeira vez divulgou dados sobre violência psicológica.

São do gênero, conhecidos como stalking, que é o ato de perseguir alguém incessantemente, independente do meio utilizado, podendo causar ameaça à integridade física ou psicológica, além de invadir sua esfera de liberdade ou privacidade.

Entrevistamos o advogado criminalista João Henrique Tristão que é membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais para explicar sobre o crime de perseguição que ainda é pouco divulgado, o jurista comentou sobre os dados da 17ª edição do Dossiê Mulher 2022 divulgado no último dia 8, pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) RJ como mencionamos acima, que é o ato de perseguir alguém incessantemente, independente do meio utilizado, podendo causar ameaça à integridade física ou psicológica, além de invadir sua esfera de liberdade ou privacidade.

O crime é stalking a lei 14.132/21 que entrou em vigor em 1º de abril de 2021, sendo introduzida como parte Especial do Código Penal o crime de perseguição, também conhecido como stalking que é uma perseguição incessante, uma palavra de origem inglesa do verbo stalk, traduzindo refere a caça ou perseguidor. O Crime tem pena de 6 meses a 2 anos

Para o advogado criminalista João Henrique Tristão, o agente tem que ameaçar a integridade física e/ou psicológica, restringindo a liberdade ou perturbando a esfera de privacidade da vítima.Tem que sair da esfera do galanteador. É algo além…É uma conduta mais violenta, que pode acarretar danos psicológicos e emocionais. Posso listar alguns exemplos para as mulheres ficarem atentas as táticas e comportamentos de perseguidores: ligações e envio de mensagens insistentes importunando, o perseguidor percorre os locais que a vítima frequenta de maneira incômoda várias vezes embora a mulher tenha pedido um pouco de sossego e distanciamento,estes exemplos configuram o crime de stalking e as perseguições via internet são cyberstalking.

Existem relatos de mulheres que foram rastreadas por GPS e os perseguidores colocaram programas espiões nos computadores da vítima e hackearam, neste caso configura outro tipo de crime que é a lei Carolina Dieckmann que está no artigo 154-A do código penal , descreve o delito de invasão de dispositivo informático. O crime consiste no ato de invadir computador ou dispositivo semelhante de outra pessoa, modificar ou apagar informações ou ter acesso a dados privados no intuito de obter vantagem, causando prejuízo aos proprietários, acrescentou João Henrique Tristão.

Tristão faz um alerta: Estamos março no mês de comemoração as mulheres, é um alerta para a sociedade, os crimes de stalking é mais frequente do que imagina-se, informações sobre os direitos é fundamental, é necessário denunciar, seria interessante contratar um advogado ou defensoria pública e juntar provas da conduta do agente como: testemunhas, mensagens, e-mails, print screen etc, os direitos das mulheres precisam ser respeitados.

Perguntamos para o jurista João Henrique Tristão sobre se disseminação de boatos maldosos se enquadra no crime de stalking:

“Seria outra conduta delituosa, já entra no crime de difamação, contra honra que é diferente, se houver vulnerabilidade e violência de gênero, pode ser uma difamação com a incidência da Lei Maria da Penha.

Na visão da psicóloga Rachel Campos, Infelizmente a violência psicológica por meio de perseguição obsessiva pela parte que não aceita o não de uma relação, torna-se cada vez mais habitual. Persistir, seguir e importunar é sim violentar a tranquilidade e privacidade do outro. Concebendo danos emocionais e prejuízos à saúde mental e, incapacitado a vítima de sua vida diária lhe trazendo patologias crônicas como: depressão, ansiedade, estresse pós traumático, fobia social entre outros.

Nos dias atuais onde a vida virtual é muito mais veloz que a real, um grande ciclone que nos impõe padrões de funcionamento e auto defesas como um grande tribunal virtual.

O mundo digital torna cada vez mais severo o prejuízo psicológico às mulheres vítimas de ações abusivas. Muitas "armas" com imagens e vídeos são usados como poder de barganha de negociação, violando as vontades e desejos do momento presente. Encerrou a psicóloga Rachel Campos.

  

João Henrique Tristão - OAB/RJ 179.996 - Especialista

 

O que o metaverso reserva para crianças e jovens?

Lançado na década de 1960 e relançado em 1980, o desenho Os Jetsons trazia inúmeras tecnologias que, na época, julgávamos impossíveis de serem reproduzidas. A animação, que mostrava a vida em família de um casal, seus dois filhos, um cachorro e uma robô, se passava em 2062, mas nós, ainda em 2022, já usufruímos de muitas daquelas tecnologias que pareciam tão distantes.

Uma dessas grandes descobertas ainda caminha no campo da curiosidade e exploração tanto para adultos quanto para crianças. O novo ambiente — ou podemos chamar de mundo virtual — traz diversas oportunidades para o desenvolvimento e, por que não, para a educação infantil. Tal tecnologia promete possibilitar grandes avanços para nossas crianças e jovens, pois explicar conceitos abstratos pode se tornar muito mais fácil com o metaverso.

Passeios virtuais para mostrar planícies em uma aula de geografia, visitas em cidades históricas ou dentro das pirâmides do Egito, nas aulas de história, ou até mesmo visitar bibliotecas para estudar um pouco mais sobre literatura, são algumas das infinitas possibilidades que podem ser vivenciadas praticamente in loco e com uma experiência quase real entre alunos e professores.

Em alguns ambientes educacionais, essa ideia começa a ser colocada em prática e com boa aceitação, oferecendo novas possibilidades e experiências para estudantes, professores, gestores educacionais e famílias. Uma das formas de exploração desse metaverso será com as aulas especiais ou espaços ambientados para estudos de literatura, por exemplo, onde os livros poderão ser apresentados como um jogo diferente; ou ainda salas para seminários, palestras e outros momentos educacionais interativos.

A iniciativa pioneira visa recuperar a sensação interativa de uma sala de aula e resgata o propósito da escola, por ser um ambiente completamente voltado à educação. Além disso, a própria estética da experiência imersiva remete aos games, que tantas vezes competem pela atenção de crianças e adolescentes, facilitando assim a adesão e permanência dos jovens que, passando mais tempo na plataforma, acabam expostos ao conteúdo educacional com curadoria pedagógica por mais horas no dia.

Outra grande vantagem está na socialização — uma das atuais preocupações de pais com filhos que passam muito tempo nos computadores e videogames. No metaverso, a ideia é que as interações sejam muito mais dinâmicas, por meio de avatares personalizados e em mundos virtuais tecnicamente seguros e controlados, que podem se tornar ambientes saudáveis para estimular a criatividade e a convivência em sociedade. A ideia é oferecer experiências interativas e gamificadas no segmento educacional brasileiro de forma aberta e gratuita.

Minecraft e Roblox_ são exemplos de jogos que já organizam momentos de educação e entretenimento entre os jovens fora do ambiente educacional. Porém, é preciso sim ficar atento. Os riscos de violação dos direitos das crianças são muito elevados e alguns especialistas ainda temem os efeitos do metaverso sobre os pequenos. É importante lembrar que o espaço on-line é propício para crimes, inclusive contra crianças. Por isso, o acompanhamento da escola e dos pais segue sendo indispensável nesses casos.

No ano passado, a Organização das Nações Unidas (ONU) incluiu a privacidade, proteção, educação e diversão no mundo digital como direitos das crianças. Ou seja, é preciso acompanhar a evolução virtual para garantir que elas estejam protegidas e seguras. Esse é um terreno ainda muito novo, que promete uma gama incrível de oportunidades, mas ainda necessita de cuidados especiais.

 

Roberta Perazzo Campanini - diretora adjunta de Marketing, Produtos e Experiência do Cliente da FTD Educação do Grupo Marista

 

Onde há poder, há homens. Onde há poder, o neutro tem gênero e é masculino", denuncia jurista do CEUB

Especialista defende a urgência de medidas aceleradoras para alcançar a igualdade de gênero na sociedade, nos parlamentos, nos ambientes público e privado


“Não existe neutralidade social. O neutro é masculino. Sempre que você pensar no padrão, no homem comum, no senso comum, no neutro, é um padrão masculino”. A partir desta reflexão, Christine Peter, professora de Direito Constitucional do Centro Universitário de Brasília (CEUB), aborda o constitucionalismo feminista, corrente de pensamento que busca analisar as normas jurídicas a partir da perspectiva de gênero, questionando as hierarquias e as assimetrias que são reproduzidas pelo sistema jurídico.

De acordo com a jurista, o constitucionalismo feminista se mostra como instrumento para a promoção dos direitos das mulheres e para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “O Artigo. 5º - Inciso I da Constituição Federal diz que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações. Esse é o primeiro dos direitos fundamentais enunciados na perspectiva individual e coletiva e foi fruto de muitas lutas. Tudo que diz respeito à igualdade de gênero é fruto de muita luta, de muito trabalho, de muita conversa, de muito diálogo, de muitos acordos no ambiente da política”, considera Christine Peter.

Como exemplo, a professora relata suas experiências de vida como mulher em um ambiente masculino e como demorou para compreender que o Direito Constitucional é uma área masculina por natureza, onde as relações são assimétricas e as vantagens pendem para o sexo masculino. “Onde há poder, há homens. Onde há poder o neutro tem gênero e é masculino”, enfatiza.

A partir da perspectiva daqueles que foram excluídos desde a gênese do poder aplicado no estado de direito, a professora cita decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a tributação de pensões, que afetou principalmente mulheres, já que são elas que assumem a maior parte dos cuidados com os filhos e, consequentemente, recebem a pensão alimentícia dos pais. “Isso mostra como as questões de gênero devem ser consideradas em todas as áreas do Direito, incluindo a tributária, para que a justiça seja efetiva para todos os gêneros”.

Christine aponta que apesar de algumas políticas afirmativas reservarem 20% a 30%, a realidade mostra que as mulheres ocupam pouco mais de 10% dos lugares de poder. Os desejáveis 50% só se concretizam quando o critério de escolha é meritocrático.”O direito das mulheres à educação é um exemplo disso, tendo sido conquistado com muita luta ao lado do direito ao voto. A naturalização da igualdade de oportunidades para as mulheres ainda é um processo em andamento, que requer uma mudança de mentalidade na sociedade”, destaca a professora do CEUB.

A jurista também defende a urgência da representatividade política das mulheres e a necessidade de medidas aceleradoras, como as cotas, para alcançar a igualdade de gênero nos parlamentos. Para Peter, a cota é um instrumento para garantir a presença feminina em espaços historicamente ocupados pelos homens, sendo a representatividade política uma das muitas formas de combater o patriarcado que limita a participação das mulheres em diferentes esferas da sociedade.

A partir do exemplo de sua vida como mulher, profissional e mãe, Christine reafirma que todos os complicadores socioeconômicos, sociais, políticos mostram que a condição feminina é realmente um elemento que precisa ser percebido. “A primeira consciência que precisamos ter é que é preciso olhar para as mulheres com empatia, porque é uma condição diferenciada”, considera.

 

Marília, em SP, recebe o título de "município mais careiro" quando o assunto são os preços de frutas, verduras e legumes

Pixabay
Nova pesquisa da Price Survey mostra que produtos que mais sofreram oscilações de valores foram as bananas nanica e prata e a abobrinha italiana


Uma nova pesquisa da Price Survey, empresa mineira considerada a “Uber das pesquisas de mercado”, registrou variações acima de 55% nos preços de frutas, verduras e legumes no Brasil em diversas localidades do país.

Foram avaliados três estados, com um total de oito cidades: Fortaleza e Eusébio, no Ceará; Rio de Janeiro/RJ; e Bauru, Itapetinga, Jundiaí, Marília e Orlândia, em São Paulo. A pesquisa foi realizada entre abril de 2022 e janeiro de 2023 e registrou um grande disparate de preços: enquanto consumidores paulistas pagam R$ 7,79 pelo quilo da banana nanica, por exemplo, os cearenses desembolsam R$ 3,24 pelo mesmo produto.

Segundo o levantamento, o Ceará foi o estado com os melhores preços para o bolso do consumidor, em detrimento do restante do país. Comprar frutas, verduras e legumes por lá saiu 30,15% mais em conta do que nos demais municípios avaliados, sendo que Eusébio foi a cidade mais barata, com uma média dos produtos na faixa de R$ 5,77.

Por sua vez, em Marília/SP, quem gosta de comer frutas e verduras tem que andar com o bolso preparado, afinal, o município recebeu o título de “mais careiro” nesses alimentos, com uma média de R$ 11,95 nos itens de hortifruti. Em geral, em todas as cidades de São Paulo observadas houve uma variação de 5% nos preços finais ao consumidor.

Os produtos que apresentaram variações de preço acima de 55%, no quilo, entre os três estados pesquisados foram: abobrinha italiana (61,40%); banana nanica (58,41%); e banana prata (57,85%). No caso da abobrinha italiana, no estado de São Paulo, ela estava sendo comercializada por R$ 5,16; no Rio de Janeiro, R$ 4,99; e, no Ceará, por R$ 1,99.

Em São Paulo, os consumidores de banana nanica tinham que pagar R$ 7,79 pelo quilo da fruta, sendo que no Ceará o valor era de R$ 3,24. No Rio, de R$ 7,22. Por fim, no caso da banana prata, enquanto os cearenses desembolsavam R$ 3,99, os paulistas tinham que pagar R$ 9,47; e, os cariocas, R$ 9,44.

Os produtos pesquisados pela Price Survey, no levantamento, foram: abacate; abacaxi pérola; abóbora leite; abobrinha italiana; alface americana e crespa; alho; ameixa importada; banana nanica e prata; batata branca, comum e doce rosada; berinjela; caqui importado e ramaforte; cebola; cebolinha; cenoura; chuchu; coco verde; coentro maço; goma fresca pinheiro; kiwi importado gold e kiwi importado a granel; laranja importada; pera; limão tahiti; maçã fuji; maçã gala; maçã red importada; mamão formosa e papaya; manga palmer nacional e tommy; maracujá azedo; massa tapioca Da Terrinha; melancia; melão amarelo nacional e amarelo rei; morango bandeja 250g; ovo branco grande com 20 unidades; e ovo caipira vermelho com 10 unidades.

A Price Survey realiza com frequência pesquisas que servem como diagnóstico para o mercado. Na visão de Flávio Adriano de Barros, gerente executivo da Rede Pérola Supermercados, esse trabalho é muito importante tanto para quem compra quanto para quem vende, já que, com esse tipo de ação, é possível promover uma melhor imagem na percepção de preço. “Consolidando cada vez mais essa experiência, atendemos uma necessidade do público ante um cenário econômico incerto e uma renda com menos poder de compra”.

Ele conta que, para a Rede Pérola, o aplicativo ajuda na tomada de decisões dos preços. “A ferramenta é uma parceira estratégica de ampliação de nosso share [fatia de mercado] e nas decisões de princing [precificação]. Munidos de dados, melhoramos margem, rentabilidade, gestão de mix e nos posicionamos frente à concorrência no propósito de blindar nosso espaço no mercado”.


Tecnologia

A possibilidade de realizar uma pesquisa de forma totalmente eletrônica vem caindo no gosto das empresas que pretendem ter um diagnóstico rápido sobre os seus produtos e o posicionamento da marca. Harlen Duque, CEO da Sucesu Nacional, fundador da Wblio e especialista no mercado de transformação digital, acredita que as pesquisas de mercado como essa no setor de hortifrutis, da Price Survey, podem ajudar as empresas no momento de adequar os valores de produtos aos valores praticados no mercado. E os levantamentos on-line se mostram ainda mais eficientes, porque não dependem do que há de mais caro em uma coleta de dados, por exemplo, pessoas e telefonia. “Assim, o custo de um estudo chega a ser bem mais barato e a empresa pode otimizar seu orçamento e fazer mais entrevistas pagando menos e com canais de comunicação que ligam os entrevistadores a consumidores de todo o país”.

Outra vantagem desse tipo de pesquisa são os filtros de segmentação, em que é possível escolher os perfis mais apropriados para participar do levantamento, além da possibilidade de ter os resultados da coleta de dados em tempo real, não sendo mais necessário esperar a pesquisa terminar para ter os primeiros insights.

Lançado em 2017, o App Price Survey de pesquisa de mercado e promoção conta hoje com 250 mil downloads. Segundo Maycon Andrade, fundador e atual CEO da Price Survey, o que a startup oferece representa uma economia de até 70% para as indústrias e varejo.

Hoje, a Price Survey tem contrato com 41 corporações que atuam em diferentes nichos de mercado em quatro países: Brasil, Chile, Estados Unidos e Paraguai. Mais de 201 mil pessoas já têm o aplicativo no smartphone, sendo 34.600 pesquisadores ativos espalhados em 2.200 cidades do mundo, incluindo Nova Iorque e Seattle.

 

"O que você tem de idade eu tenho de mercado": A importância de dar voz às novas gerações

Tenho atuado no mercado há seis anos, e tive a oportunidade de participar de grandes projetos junto de marcas relevantes, como Meta, P&G, Bubbaloo, Club Social e outras. Para além disso, acumulo experiências em organização de eventos, consultoria de negócios e de marketing de influência para a geração Z para grandes players e ainda pude tirar do papel dois negócios incríveis, a Trope e a Pato Academy . Durante essa trajetória, o que tenho notado com certa frequência, é uma barreira relacionada (acredite!) a minha idade.

O etarismo, mesmo que velado, existe fortemente no âmbito profissional. Na maioria das vezes, este preconceito é direcionado a profissionais com mais idade, como mostra a pesquisa conduzida pelo Infojobs em 2021 que constatou que pelo menos 70% dos profissionais acima de 40 anos já sofreram preconceito etário. No entanto, não é tão difícil encontrar quem tenha receio em trabalhar também com os mais jovens.

Esse cenário pode ser facilmente observado quando avaliamos vagas de emprego e posições disponíveis, em especial, nos mercados de comunicação e tecnologia. São inúmeras exigências, requisitos e anos de experiência, que os recém-formados da geração Z sem sombra de dúvidas não têm, logo tais posições sequer consideram esse perfil de colaborador. Por isso, pesquisas que apontam a alta taxa de desemprego entre recém- formados não surpreende.

Certa vez ouvi a seguinte frase de um profissional mais velho do que eu: “o que você tem de idade eu tenho de mercado”, e isso me marcou por um bom tempo. Foi em uma reunião com cerca de 25 pessoas, na qual apresentávamos um plano de comunicação de diversidade e inclusão para uma marca não-endêmica adentrando o universo gamer. Ao final, mesmo que dita em tom de “bom humor” a frase gerou um ruído que poderia ter sido evitado.

Na hora de lidar com o etarismo disfarçado de objeção comercial, a saída é levantar a seguinte pauta: Currículo acadêmico e repertório profissional não anulam o fato de estarmos sugerindo exatamente o que as empresas precisam. Trata-se do ponto que ressalto e prego todos os dias na creator economy brasileira que, ao juntarmos habilidades de equipes multigeracionais, de maneira horizontal, fazemos muito mais pelos consumidores, do que a disputa incessante pela posição mais alta na hierarquia, que vem alicerçada no medo-millennial de se tornar obsoleto e ser descartado a qualquer instante em um mercado cada vez mais competitivo.

O que tenho observado ao transitar nesses dois universos é que a geração Z tem que se provar duas vezes mais para receber atenção. A pouca idade sempre vai pôr em xeque qualquer repertório profissional ou acadêmico. Mas, muito além de confrontar, que pode gerar repulsa e taxação dos nativos digitais como a geração mais frágil e mimada, devemos abrir esse diálogo para conscientização de que o idadismo também é um preconceito, e que a ausência de verdadeiros representantes da geração Z nas estratégias e mesas de tomadas de decisão de produtos e serviços para essa faixa-etária, distancia e afeta indicadores e resultados das companhias. É sobre trazer os benefícios para a conversa, até porque a verdade é uma: os millennials correram na internet para que a gente pudesse andar. Não é uma competição, estamos todos no mesmo barco.

Ainda hoje muitas empresas tendem a relacionar a pouca idade com falta de responsabilidade. A estrutura organizacional das companhias não representa a geração Z e todas suas formas de diversidade. Consequentemente, a ausência de nativos digitais no centro das estratégias faz com que os times de comunicação externa tampouco consigam o mesmo. E assim, dados como o da pesquisa da Trope, que revelou que 59% dos gamers de diversidade do Brasil acreditam que as marcas não os representam, fazem mais sentido ainda.

Além disso, questões relacionadas à diversidade racial, inclusão, sexualidade, religião, entre outras são naturalmente mais desenvolvidas pelo nosso “grupo” e por isso, podemos dar uma visão muito mais inserida nesses temas, o famoso “lugar de fala”. A mudança precisa acontecer de dentro para fora. Regras existem e foram criadas há décadas nos grandes grupos multinacionais. Agora, por que não podem ser adaptadas para os hábitos de comportamento e consumo atuais dos novos consumidores?

Para os que me perguntam: Luiz, como os mais jovens podem compensar a “falta de experiência” no mercado de trabalho? Respondo: Que tal uma visão mais diversa e inclusiva nos negócios?

Os nativos digitais são especialistas, sem formação, no que as gerações mais velhas sofrem para alcançar nos dias de hoje: uma comunicação assertiva e direcionada para essa audiência, sem parecer cringe. Tal especialização vem acompanhada das quase 12 horas que muitos jovens passam em redes como TikTok e Instagram. Tratam-se de verdadeiros curadores de conteúdo, de tanto que consomem. Não à toa, a Geração Z é a que passa mais tempo conectada às redes sociais no Brasil, de acordo com a pesquisa “O brasileiro ama as redes sociais”, divulgada neste ano pela Plataforma Gente.

A GenZ é altamente crítica, levanta pautas em redes como o Twitter que transforma um simples meme em um debate intergeracional. É a autenticidade e ausência de medo para se posicionar no online que reforça a importância em dar ouvidos à uma geração que já tem muita voz, só não é escutada.

Vejo o atual momento como uma ótima oportunidade para a troca de conhecimento entre as gerações, onde todos só têm a ganhar. Com a visão mais atualizada vinda da GenZ, grandes empresas e marcas vão rejuvenescer suas ideias e sair de paradigmas ultrapassados. 

 

Luiz Menezes - fundador da Trope, consultoria de negócios que co-cria soluções com a geração Z. Nativo digital, empresário e empreendedor, Luiz criou a empresa em 2021 como forma de acelerar companhias que necessitam fazer parte da cultura da internet. Presente no mercado há pelo menos 6 anos, o especialista acumula experiência em organização de eventos voltados à cultura pop e geek, prestação de serviços de marketing de influência e digital PR para grandes marcas, além da co-criação da Pato Academy, empresa com foco em desmistificar hacking e tecnologia através de educação. Hoje, Luiz está à frente da Trope, onde busca facilitar a entrada de nativos digitais, ou seja, a geração Z, no mercado da comunicação, tornando-os aptos a ocupar posições de destaque e de tomada de decisão, promovendo, desta forma, um ecossistema mais plural, inclusivo e diverso.


Brasil segue como segundo país com mais vítimas de violência digital via stalkerware, aponta Kaspersky

Apesar da desaceleração em relação a 2021, Brasil lidera com folga a lista se comparado com seus vizinhos latino-americanos



No último ano, quase 30 mil proprietários de dispositivos móveis ao redor do mundo foram vítimas de stalkerware -- um programa que monitora as atividades de maneira oculta, sendo usado por abusadores para rastrear suas vítimas. Esta é uma das conclusões do mais recente relatório da Kaspersky, “O cenário do stalkerware em 2022”.

Este é um relatório anual publicado pela Kaspersky com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o número de pessoas no mundo que são afetadas por essa forma de perseguição digital. Em 2022, os dados mostraram que 29.312 indivíduos ao redor do mundo foram vítimas de stalkerware, algo similar às 32.694 vítimas em 2021. Após uma tendência de redução nos anos anteriores a 2021, essa estabilidade relativa destaca a perseguição digital em escala global e sugere que ela não desaparecerá por conta própria.

Os dados são da Kaspersky Security Network e, em 2022, Rússia, Brasil, Índia, Irã e Estados Unidos formam os países mais afetados pelo stalkerware. Na lista do top10, ainda aparecem Turquia, Alemanha, Arábia Saudita, Iêmen e México. Se comparado a América Latina, além dos países que figuram na lista global, há também o Equador, Colômbia e Peru -- sendo que o Brasil apresenta uma liderança com 10 vezes mais vítimas que o segundo colocado.
 

 

País

Número de indivíduos afetados

1

Rússia

8.281

2

Brasil

4.969

3

Índia

1.807

4

Irã

1.754

5

Estados Unidos

1.295

6

Turquia

755

7

Alemanha

736

8

Arábia Saudita

612

9

Iêmen

527

10

México

474

Tabela 1 -- Top10 países mais afetados por stalkerware no mundo em 2022

A violência digital e a necessidade de agir contra ela

Stalkerware é um programa comercializado normalmente, porém ele permanece oculto no smartphone, permitindo que quem o instalou observe cada passo e ação da vida privada da vítima, sem o conhecimento dela. Como é necessário ter acesso físico ao dispositivo (além da senha de desbloqueio), na maioria das vezes o stalkerware é usado em relacionamentos abusivos. Embora os dados coletados pela Kaspersky sejam anonimizados, outras pesquisas[1] mostram que mulheres são as principais vítimas dessa forma de violência digital. É importante lembrar que a violência digital é apenas uma forma diferente da violência em si, que precisa ser encarada como algo contínuo e tem efeitos reais e negativos sobre as vítimas.

A Kaspersky trabalha ativamente para reforçar a proteção de seus clientes e oferece em seus produtos o Alerta de Privacidade, uma notificação caso um stalkerware seja encontrado no dispositivo. Além de informar a pessoa sobre a presença da ameaça, essa notificação também mostra os riscos de removê-la, pois caso o stalkerware seja deletado, a pessoa que o instalou será avisada. Desde seu lançamento em 2019, o Alerta de Privacidade faz parte de todas as soluções de segurança para o consumidor da Kaspersky para que possa proteger os clientes contra o stalkerware.

“Nossa pesquisa ‘Stalking online em relacionamentos’ mostrou a relação direta entre a ‘espiadinha’ e a violência em relações abusivas e uma conclusão preocupante foi que a reação mais comum das vítimas seria confrontar o agressor. Infelizmente, isso pode agravar a situação e levar a consequências ainda mais graves. Além do risco físico, decidir o momento ideal de remover a app indesejado ainda permite que a vítima registre as provas do crime de stalking -- que já é previsto em lei -- para um possível processo jurídico. Acreditamos que, ao difundir esse conhecimento, podemos indicar a melhor linha de ação para uma solução que seja a mais segura para a vítima”, afirma Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

A Kaspersky trabalha com especialistas e organizações de combate à violência doméstica, como serviços de apoio às vítimas, programas de reabilitação de agressores e até instituições de pesquisa e agências do governo, compartilhando conhecimentos e oferecendo suporte a profissionais da área e vítimas. A Kaspersky é um dos cofundadores da Coalition Against Stalkerware, grupo internacional dedicado ao combate dessa ameaça e a violência doméstica. De 2021 a 2023, a Kaspersky foi parceira associada ao projeto europeu DeStalk, cofinanciado pelo programa Rights, Equality, e ao Citizenship Program da União Europeia. Em junho de 2022, a Kaspersky lançou um site para compartilhar mais informações sobre o TinyCheck, uma ferramenta segura, simples e gratuita voltada para organizações de apoio às vítimas para auxiliar a identificação de stalkerware ou aplicativos de monitoramento em dispositivos.

Leia o relatório completo de 2022 está disponível em Securelist.


Kaspersky

www.kaspersky.pt/

 

[1]Cyber Violence against Women and Girls: Key Terms and Concepts” (Violência cibernética contra mulheres e meninas: termos e conceitos principais, 2022) European Institute for Gender Equality


Cate Móvel e Ade Sampa estarão em estações do Metrô no final de março

Neste mês, as iniciativas de apoio ao emprego e empreendedorismo da Prefeitura de SP atendem as linhas 1-Azul e 2-Verde

 

A partir da segunda metade do mês de março, as unidades móveis do Cate -- Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo e da Ade Sampa -- Agência São Paulo de Desenvolvimento, ambos os serviços da Prefeitura São Paulo, dão continuidade ao calendário de atendimentos gratuitos em estações de Metrô da Capital. Em dias específicos, nas estações Tucuruvi, Ana Rosa e Vila Madalena, as equipes estarão a postos para tirar dúvidas, ajudar a encontrar vagas de emprego, orientar sobre os programas e oportunidades disponíveis e realizar inscrições. 

“O objetivo do Cate e da Ade Sampa é atingir a todos os cidadãos paulistanos mas, sobretudo, aqueles que geralmente têm menos acesso a oportunidades e precisam de suporte, seja para se reinserir no mercado de trabalho, crescer profissionalmente ou impulsionar o próprio negócio. Por isso, levar os atendimentos para locais acessíveis como as estações de metrô geram resultados muito positivos”, explica a secretária municipal de Desenvolvimento Econômico e Trabalho, Aline Cardoso.

 

Calendário e serviços 

Nos dias 22 e 23 março (quarta e quinta-feira), o Cate Móvel e a Ade Sampa estarão presentes na estação Tucuruvi, da Linha1-Azul. Na semana seguinte, dias 28 e 29 (terça e quarta-feira), os atendimentos ocorrem na estação Ana Rosa, das linhas 1-Azul e 2-Verde. Por último, nos dias 30 e 31 de março (quinta e sexta-feira), as unidades estarão na estação Vila Madalena, da linha 2-Verde. Todos os dias, o horário é das 9h às 15h. Para a maior parte dos serviços, é necessário levar RG, CPF e carteira de trabalho (que pode ser a digital). 

Entre os serviços oferecidos pelo Cate Móvel estão o encaminhamento para processos seletivos de vagas de emprego, inscrição em cursos e programas promovidos pela secretaria, além de orientação especializada sobre o mundo do trabalho e empreendedorismo. Os cursos e workshops abrangem diversas áreas de atuação, incluindo tecnologia, gastronomia, estética, artesanato, gestão, entre outros. 

Nas estações também estará presente a Ade Sampa -- Agência São Paulo de Desenvolvimento, com um atendimento focado em empreendedores, cursos voltados ao desenvolvimento de negócios e suporte ao MEI -- Microempreendedor Individual. Além da formalização, poderá ser realizada a regularização de dívidas do MEI, declaração anual e informações sobre solicitação de microcrédito. 

 

Serviço:

 

Cate Móvel e Ade Sampa na estação Tucuruvi

Dias: 22 e 23 de março

Endereço: R. Paranabi -- Tucuruvi

Horário: das 9h às 15h

 

Cate Móvel e Ade Sampa na estação Ana Rosa

Dias: 28 e 29 de março

Endereço: Largo Dona Ana Rosa, 435/427 - Vila Mariana

Horário: das 9h às 15h

 

Cate Móvel e Ade Sampa na estação Vila Madalena

Dias: 30 e 31 de março

Endereço: Praça Américo Jacomino, 30 - Sumarezinho

Horário: das 9h às 15h

 

Levar RG, CPF e carteira de trabalho (pode ser a versão digital).
 

 

Páscoa: por que o preço dos ovos de chocolate é tão alto?

Economista aponta motivos para preços tão elevados e afirma que o brasileiro tem perdido o interesse pelo produto 

 

A Páscoa está chegando, e uma parte dos brasileiros têm perdido o interesse em presentear entes queridos com ovos de chocolate. O motivo? Os altos preços do produto. Segundo a professora de Economia da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, Nadja Heiderich, o consumidor tem perdido um pouco o interesse em ovos de Páscoa tradicionais há alguns anos, justamente devido à disparidade de preços.

"Os consumidores estão buscando soluções mais baratas que vão desde às barras e bombons de marcas conhecidas, como as opções de fabricação artesanal de ovos e bombons. Por possuírem menor valor agregado e menores custos de produção, naturalmente são uma opção mais em conta”, opina.
 

POR QUE O PREÇO DO OVO É TÃO ALTO? 

Os ovos de Páscoa costumam ser muito mais caros do que as barras de chocolate, mesmo quando têm o mesmo peso em gramas. A economista explica que isso acontece porque eles possuem um valor agregado maior do que a barra de chocolate. 

“Os custos de produção são consideravelmente mais elevados, pois incorporam mais mão-de-obra, mais embalagens, maior custo logístico. Para atender à produção maior, se faz necessário a contratação de mais funcionários, mesmo que de maneira temporária e que podem até se tornar efetivos”, diz.

Outros fatores econômicos contribuíram para os altos preços que estão sendo vistos este ano. Desde 2020 temos sofrido os impactos inflacionários da pandemia, que recaíram mais sobre alimentos e combustíveis. 

“Esse componente inflacionário não passou ainda, o que acaba impactando o setor. Além disso, tivemos uma alta considerável do dólar no ano passado, o que pode ter impactado a compra de insumos importados”. 

Mesmo que, neste momento, o dólar venha cedendo paulatinamente, a preparação para a produção dos ovos começou há meses, não dando tempo para que o efeito desta queda da taxa de câmbio fosse sentido. “Há ainda uma pressão sobre os preços do cacau, devido ao aumento da demanda sazonal”, finaliza.


FECAP 


PROTESTE faz alerta sobre preços abusivos no litoral de São Paulo

É prática abusiva elevar, sem justa causa, o preço de produtos ou serviços

 

Nesta sexta-feira, 24, a PROTESTE, Associação de Consumidores, faz alerta para preços abusivos e destaca quais são os direitos dos consumidores. No comércio do litoral de São Paulo, a falta de alguns produtos tem provocado inflação, fazendo com que os consumidores tenham que pagar caro pelo básico, como água, sabonete e outros itens. 

De acordo com o Diretor de Relações Institucionais e Mídia da PROTESTE, Henrique Lian, há casos em que os aumentos de preços refletem um justificado aumento de custos que deve, evidentemente, ser comprovado pelo varejo. 

O comerciante pode ter pedido uma remessa extra de emergência na fábrica, que acabou vindo com um custo maior em função da pressa, ou precisou transportar o produto de forma expressa, percorrendo um caminho mais longo, em função dos problemas nas estradas, resultando em um custo maior de logística. Para tudo isso ele terá de apresentar notas que comprovem o aumento. Tudo aquilo que o comerciante não conseguir comprovar como fundamentos objetivos para os aumentos de seus próprios custos e for acrescentado aos preços será considerado abusivo” diz Lian. 

Assim, segundo o CDC (Código de Defesa do Consumidor) é caracterizado como prática abusiva elevar sem justa causa o preço de produtos ou serviços e obter vantagem desproporcional. Sendo assim, caso o comerciante não possa comprovar o aumento de custos para elevar os preços dos produtos, ele deverá ser devidamente penalizado.

“Aproveitar-se de uma tragédia para subir preços é tudo o que sociedade não precisa no momento e, caso comprovado, o comerciante deverá ser duramente penalizado por essa prática que poderá, inclusive, ser tipificada como um crime contra a economia popular”, diz Lian.

A PROTESTE recomenda que os consumidores evitem, sempre que possível, adquirir bens com preços distorcidos e, caso não possam evitar adquiri-los, sempre exijam a nota fiscal. Caso considerem que estão sendo lesados, denunciem o estabelecimento para um órgão de defesa do consumidor, tal como a PROTESTE ou o PROCON.


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