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sexta-feira, 3 de março de 2023

Quais são os direitos dos trabalhadores com Síndrome de Burnout?

Pixabay
Doença ocupacional faz parte da Classificação Internacional das Doenças (CID) e dá direito ao afastamento de 15 dias, garantia de salário e estabilidade

 

Ultimamente, muito tem se falado sobre a Síndrome de Burnout, doença conhecida também como Síndrome do Esgotamento Profissional. A enfermidade é, que é comum em profissionais que atuam diariamente sob pressão e com responsabilidades constantes, como, médicos, enfermeiros, professores, policiais, jornalistas, dentre outros, trata-se um distúrbio emocional marcado por uma intensa exaustão, por isso, foi incluída na Classificação Internacional de Doenças (CID) da OMS.

De acordo com o advogado trabalhista André Leonardo Couto, que é especialista em Direito do Trabalho e gestor do escritório ALC Advogados, é preciso deixar claro que os trabalhadores diagnosticados com a enfermidade têm direitos que devem ser respeitados. "Conforme aponta a OMS, a síndrome é o resultado do estresse crônico no trabalho. Sobrecargas de tarefas e funções potencializam a condição, que pode gerar esgotamento físico e mental. Comprovado o diagnóstico, o trabalhador deve apresentar na empresa um atestado médico que garante a ele, no mínimo, 15 dias de afastamento. Ele não pode sofrer prejuízos em sua remuneração, assim, a empresa arca com o salário nesse período. No entanto, se o tratamento for maior do que esse tempo, a partir do 16° dia, a responsabilidade pela remuneração passa a ser do INSS, através do benefício auxílio-doença, constatado pela perícia médica. Com isso, ele terá estabilidade em seu trabalho e ao retornar às atividades, não poderá ser demitido por um período de 12 meses", elucida.


Aposentadoria por invalidez

André Leonardo Couto lembra que, se mesmo com o afastamento do trabalho, via INSS, a síndrome se manter, poderá ser concedido ao trabalhador o direito à aposentadoria. “Falamos de uma doença séria e que, em alguns casos mais graves, o trabalhador pode ficar impossibilitado de voltar ao emprego de forma definitiva, podendo solicitar a aposentadoria por invalidez. Mas para isso, a pessoa deve apresentar um laudo médico informando que a incapacidade de retomar as atividades profissionais é definitiva junto ao INSS e, constatada a incapacidade permanente em perícia, o trabalhador será aposentado. Mas para ter o direito à aposentadoria é necessário que o trabalhador tenha contribuído por no mínimo 12 meses, sendo este o período denominado, popularmente como carência", salienta.


Cabe processo?

O especialista lembra que, se a empresa ignorar, em todas as hipóteses, a situação do trabalhador, o empregado poderá acionar a justiça para pedir indenização. "É bom registrar tudo o que acontece, ou seja, provas do que a levaram ao burnout. Atestados médicos originais, registro de denúncias e exigir que a empresa emita a CAT, caso venha a se afastar pelo INSS. Se a empresa não cumprir o seu papel ou ignorar a doença, os gestores devem se lembrar que três motivos podem gerar processo na justiça, com possível indenização por dano moral: ter a síndrome de burnout, ter adoecido em razão do trabalho e por fim, culpa da empresa no adoecimento. Além disso, o trabalhador pode pedir também indenização material, por gastos médicos com remédios e outros itens relacionados ao tratamento", conclui.

 

ALC Advogados
Instagram @alcescritorio
www.instagram.com/alcescritorio
https://andrecoutoadv.com.br/


O marketing por trás do Dia Internacional da Mulher

Shutterstock

Francisco Gomes Junior, advogado especialista em direito civil e digital, exemplifica em artigo cenário atual sobre o gênero feminino no país e no mundo

 

Nos aproximamos do dia 8 de março, data em que se celebra mundialmente o Dia Internacional da Mulher. Neste dia, nossas mídias tradicionais e sociais ficam lotadas de homenagens e elogios a todas as mulheres, mas sabemos das dificuldades enfrentadas globalmente pelo gênero feminino.

Em países árabes o papel da mulher ainda é de inferioridade em relação ao homem, isso sem contar que outras opções de gênero sequer são aceitas. Mulheres somente podem viajar se autorizadas por seus maridos e conta-se como grande vitória terem sido recentemente autorizadas a dirigir automóveis ou ir a um estádio de futebol, mediante certas regras restritivas, obviamente.

No regime talibã, atualmente no poder no Afeganistão, a mulher deve estar sempre coberta e em qualquer infração às normas impostas, estará sujeita a penalidades inclusive físicas, como chicotadas em público. No mundo ocidental, felizmente, as condições não são medievais, mas estão longe de proporcionar uma igualdade entre homens e mulheres.

De acordo com relatório da Bloomberg para 2023 apenas 8% dos cargos de CEOs são ocupados por mulheres nas companhias de capital aberto. E nos cargos de gestão sênior (gerências ou diretorias) a participação feminina é de 30%, enquanto nos cargos de gestão média a participação é de 38%. O Brasil encontra-se dentro da média mundial com a participação de 37,4% de mulheres em cargos de liderança (sênior e média) de acordo com levantamento efetuado pela Fundacred.

Ocupamos a 78ª posição no ranking que mede a igualdade de gênero em 144 países, de acordo com o índice de gênero ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) desenvolvido pela Equal Measures 2030, um relatório global apresentado na ONU (Organização das Nações Unidas).

Em contrapartida ao cenário, no Dia Internacional da Mulher, o marketing das empresas sempre diz que operam em condições igualitárias, inclusivas e que estimulam a diversidade. Mesmo as companhias que patrocinam eventos em países que discriminam as mulheres (como foi na Copa do Mundo), dizem atuar com igualdade entre os gêneros, ainda que se em seus Conselhos de Administração a participação feminina seja minoritária.  Entretanto, difundir a ideia de igualdade, ainda que insuficiente, auxilia na formação de uma cultura igualitária, tem seu aspecto positivo.

Só não podemos deixar de mencionar, além da desigualdade, a violência física e psicológica que as mulheres sofrem, a violência doméstica, violência das ruas e tantas outras. Temos alguns fatos emblemáticos em 2023, como a prisão de Daniel Alves, acusado de estupro e que aguardará o julgamento detido, ao contrário de Robinho, condenado em definitivo na Itália por estupro e que permanece em liberdade no Brasil. São casos que ganharam repercussão pelo fato do agressor ser famoso, mas são milhares de casos que ocorrem todos os anos por todo o país.

E temos a violência processual que atinge atualmente a apresentadora Titi Muller, proibida judicialmente de falar do seu ex-marido, Tomás Bertoni, nas mídias sociais em um caso de aparente censura prévia judicial. Titi separou-se após sofrer violência física e psicológica e vinha se manifestando, debatendo a participação de pais separados na criação dos filhos, mas entendeu-se a princípio que suas postagens seriam ofensivas ao ex-marido (o processo está em sigilo e, portanto, as informações não são conclusivas).

Mas o fato de uma mulher conhecida publicamente, que possui articulação e opinião, além de independência financeira, estar sendo calada, deve ser motivo de profunda reflexão. Se uma mulher nessas condições não pode expor suas opiniões nas redes sociais, imagine-se a que condições estão submetidas mulheres que não possuem recursos financeiros e meios de expor suas opiniões e angústias. 

Que possamos mudar o mais rápido possível essa realidade e que no próximo ano os dados sobre as condições de igualdade demonstrem um avanço. E que, por mais que seja um clichê, que todos os dias sejam da mulher.

 

Francisco Gomes Júnior - Advogado Especialista em Direito Digital. Presidente da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP). Autor da obra “Justiça sem Limites”. Instagram: @franciscogomesadv

 

Comunidades no Whatsapp podem bombar as vendas do seu negócio: veja como funciona e crie a sua

A novidade traz a possibilidade de reunir grupos com interesses semelhantes, somando mais de 50 mil pessoas impactadas com as mensagens

 

Criadas com objetivo de reunir vários grupos em um mesmo ambiente, as comunidades do Whatsapp chegaram ao Brasil recentemente, em janeiro de 2023. O recurso, já disponível em aparelhos IOS e Android, e se apresenta como uma excelente ferramenta para os micro e pequenos negócios estreitarem o relacionamento com os clientes.  

De acordo com a analista de Mercado e Transformação Digital do Sebrae Janaína Camilo, o grande destaque desse novo recurso é a possibilidade de escalar o alcance das comunicações e aumentar o número de vendas fechadas. “A comunidade Whatsapp é a evolução dos grupos tão utilizados por todos nós, com acréscimo de uma estratégia em sua organização. Os participantes recebem avisos enviados a comunidade como um todo, e nos grupos se trata e discute sobre o que foi comunicado. Pesquisa recente do Sebrae, mostra que 84% dos clientes de vendas online usam o Whatsapp como principal canal para efetuar as operações. Ter a possibilidade de agrupar diversos contatos na comunidade expande muito os resultados dos negócios”, afirma. “Quem empreende na área de alimentação, pode criar uma comunidade com os clientes e enviar promoções, fotos atrativas, vídeos com a programação da semana e isso vai chegar a muitas pessoas, inclusive em quem não participa dos grupos. Ter o cliente como um propagador do seu negócio é a melhor prova social que se existe”, completa Janaína. 

 

Além das vendas 

As comunidades no Whatsapp também se revelam uma opção de ferramenta de gestão, facilitando a comunicação com fornecedores, colaboradores, parceiros e demais grupos que se relacionam com as empresas. Segundo a especialista, é possível ainda fazer enquetes, recolher feedbacks das compras e experiências com os produtos e serviços, além de controlar a possibilidade de se ter comunidades proativas, aquelas em que só o administrador envia as mensagens e as reativas, onde o público pode interagir.  

“É um recurso de muitas possibilidades. Se o negócio ainda não tem grupos com clientes, mas possui uma base de dados com os contatos, as comunidades podem ser criadas. Se ele quer gerar leads pode criar uma comunidade para divulgar promoções. Se deseja fazer uma pesquisa de mercado, pode criar uma comunidade em que todos os membros se comunicam, ou usar o recurso de enquetes”, exemplifica.  

Janaina chama atenção para o cuidado com os dados dos clientes. De acordo com ela, as pessoas só podem ser acionadas e incluídas em grupos e comunidades se informar seu contato para o empreendimento por meio verbal, por escrito ou em plataformas online. “Hoje temos a Lei Geral de Proteção de Dados que versa sobre a segurança e a privacidade dos clientes e dos negócios”, alerta.

 Veja o passo a passo de como criar uma comunidade para o seu negócio:

 

1 – Com celular aberto no Whatsapp, clique em comunidades, ícone com design de três pessoas no topo esquerdo da página inicial, em seguida clique em começar, escolha um nome e uma descrição para a comunidade. Seja objetivo, use o nome do seu negócio e fale o objetivo na descrição (promoções, ofertas, feedbacks, gestão administrativa...)

 

2- Escolha uma foto ilustrativa, pode ser uma logomarca ou imagem que ilustre o negócio. Essa parte é opcional. Avance.

 

3- Com os contatos salvos no celular, adicione grupos já existente e crie novos (podem ser criados até 10 grupos).

 

4 - Pronto sua comunidade está pronta para uso. Dedique um tempo para produzir conteúdo para a ferramenta. Bons negócios!

 

Comunidades no Whatsapp

• 84% dos clientes que compram online usam do Whatsapp como canal (Fonte: Pesquisa Sebrae)

• Cada comunidade possibilita 50 mil participantes (Fonte: META)

• Cada comunidade pode ter 50 grupos

• Cada grupo pode ter 1024 pessoas

• 5 mil pessoas podem receber a mesma mensagem com um clique


Kantar: Consumo de ovos de Páscoa este ano deve seguir em alta, com destaque para os artesanais, e superar índices de 2022

Crise financeira da Lojas Americanas deve levar a novas dinâmicas de compra

 

Após dois anos de pandemia de Covid-19 que levaram a uma desaceleração no consumo de ovos de Páscoa, esses itens começam a mostrar retomada de crescimento. Durante a celebração do ano passado, a Kantar, líder em dados, insights e consultoria, registrou 7 milhões de novos lares compradores de ovos de chocolate em comparação a 2020. No total, 36,2% dos lares brasileiros consumiram ovos de chocolate em 2022, um acréscimo de 12,5% em relação a 2020. 

Para a Páscoa que se aproxima a Kantar prevê a manutenção da tendência de aumento de consumo de ovos de chocolate, num cenário de retorno à rotina social e dos encontros em família e amigos. Para equilibrar o bolso, os itens artesanais (caseiros e feitos sob encomenda) devem se destacar, já que o preço médio por quilo destes itens é de R$ 132 versus R$ 183 dos industrializados. Ovos de chocolate artesanais já representam quase a metade do volume consumido durante a Páscoa pelos brasileiros. O consumidor costuma comprar, em média, 500 g dos produzidos a mão e embalagens de 390g dos industrializados. 

“Para este ano é importante que as empresas estejam atentas às movimentações do mercado. Os recentes problemas financeiros da Lojas Americanas podem trazer mudanças nas escolhas de canais, pois a varejista se desponta entre os consumidores nas categorias de indulgências, visto que 26% dos lares compram snacks, biscoitos e chocolates em suas lojas físicas ou online. Já na Páscoa, ela representa 15% das vendas de ovos de chocolates vendidos no Brasil.”, diz Lucas Farias, executivo de contas sênior da divisão Worldpanel da Kantar.. 

Os dados apresentados fazem parte do relatório trimestral Consumer Insights da Kantar, que contempla 11.300 lares brasileiros de todas as regiões e classes sociais, representando 60 milhões de lares. O período de Páscoa analisado foi de 14 de março a 15 de maio de 2022.

 

 

Kantar

www.kantar.com/brazil

 

Monitoramento por câmeras traz mais segurança às rodovias concedidas

Parte do sistema que cobre a malha tem softwares de análise inteligente e permite acompanhamento da segurança viária

 

 

A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo, as concessionárias ligadas ao Programa de Concessões Rodoviárias de São Paulo e a Polícia Militar Rodoviária trabalham juntos para elevar os níveis de segurança nas rodovias concedidas através de monitoramento da malha viária 24 horas por dia. Parte dos sistemas de câmeras (CFTV) já conta com recurso de análise inteligente de vídeo, que melhora ainda mais a prevenção de ocorrências, além de agilizar o atendimento aos usuários ao otimizar o acionamento de recursos das operadoras.  

Os softwares de análise inteligente de vídeo são projetados para reconhecer, automaticamente, incidentes e situações anormais nas rodovias, como, por exemplo, um veículo parado, pane mecânica ou uma pessoa andando na pista. A maior parte das câmeras existentes conta também com controle de posição e zoom. Todos esses recursos auxiliam a atuação de agentes da Polícia Militar Rodoviária, que monitoram e fiscalizam a circulação dos veículos remotamente, a partir dos Centros de Controle Operacional (CCOs) das Concessionárias.   

“O monitoramento inteligente garante a boa fluidez, otimiza o emprego dos recursos e traz sinergia para as equipes das concessionárias, além de proporcionar o respeito às leis de trânsito”, explica o diretor de Operações da ARTESP, Walter Nyakas. 

O CCO da concessionária Ecovias, que monitora as condições de tráfego no Sistema Anchieta-Imigrantes (SAI), conta com 180 câmeras. Destas, 83 são câmeras inteligentes com Detecção Automática de Incidentes (DAI) e visão noturna.  Os túneis da pista de descida da Rodovia dos Imigrantes (SP-160) possuem 81 câmeras. Sempre que a câmera detecta algo fora do normal, é enviado um alerta sonoro e visual para os Operadores do Centro de Controle Operacional (CCO) da Ecovias, e, rapidamente, são enviados recursos necessários para atender a ocorrência.  Em 2022, foram 73 chamados abertos por conta da detecção automática das câmeras, sendo 63 para panes mecânicas, quatro para sinistros, quatro para pedestres na rodovia e dois para pneu furado. 

A concessionária Renovias disponibiliza os recursos de análise inteligente de vídeo para que o policiamento rodoviário possa identificar, de maneira remota, práticas dos motoristas que podem provocar ou agravar a gravidade de sinistros de trânsito. Atualmente, são 19 câmeras de monitoramento e mais duas câmeras com a tecnologia de análise inteligente de vídeo. 

Nas concessões rodoviárias iniciadas a partir de 2017, a disponibilização do recurso de análise inteligente de vídeo é uma obrigação contratual. Assim, nas concessionárias o recurso de análise inteligente de vídeo deve estar disponível, permitindo a cobertura de 100% da malha de rodovias administrada pelas novas operadoras do programa. A concessionária ViaPaulista, por exemplo, utiliza o recurso para identificar eventos, como a presença de animais, pedestres, entre outros. Ao ser detectada interferência, o CCO aciona o atendimento necessário. 

Atualmente, os usuários das rodovias podem contar com cerca de 3 mil câmeras distribuídas ao longo de mais de 11,1 mil quilômetros de rodovias concedidas. As imagens registradas por essas câmeras são reproduzidas nos monitores dos Centros de Controle Operacional das concessionárias, e acompanhadas no Centro de Controle de Informações (CCI), na sede da agência reguladora.


Transfer Price: medida provisória altera regras de cálculo

Com a crescente participação brasileira nas cadeias globais de valor, surge uma maior necessidade de controle das operações comerciais e financeiras praticadas com as empresas no exterior consideradas partes relacionadas ou, ainda que não vinculadas, mas que sejam residentes ou domiciliadas em países classificados como regime fiscal privilegiado ou com tributação favorecida. Neste sentido, as autoridades fiscais brasileiras têm intensificado o seu foco no combate à evasão de divisas – o que exige que as empresas nacionais estejam em compliance com as regras de Preço de Transferência, o Transfer Pricing.

Contudo, desde a edição da Lei 9.430 de 1996, que introduziu as regras de Transfer Pricing em nosso país, o modelo tem sido constantemente criticado por sua complexidade e dissonância dos padrões internacionais, além de impor uma carga tributária representativa para muitos contribuintes.

A intensão de ingressar na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), somada às restrições de créditos tributários impostas pelo Tesouro Americano, culminou na publicação da Medida Provisória n° 1.152, nos últimos dias de 2022. Tal medida surge no sentido de incorporar ao nosso ordenamento jurídico o princípio do “Arm’s Length” (ALP), que alinhará nossa legislação às premissas defendidas pela OCDE e trazendo, assim, grandes benefícios para o país. Caso aprovada, seus efeitos serão mandatórios partir de 1º de janeiro de 2024 e optativos para o ano-calendário 2023.

Este princípio consiste em estabelecer os termos e condições para uma transação controlada, entre partes relacionadas, baseando-se em operações que seriam estabelecidas entre partes não relacionadas em transações comparáveis. Em outras palavras, esse princípio busca a equiparação das condições em que são realizadas as transações entre partes relacionadas com aquelas que seriam feitas em uma relação independente em mercados de livre concorrência e, dessa forma, sem a interferência de vínculos econômicos externos.

Por isso, ao estabelecer o ALP como alicerce da regra de preços de transferência no país, a MP impactará diretamente na base de cálculo do Imposto sobre a Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de pessoas jurídicas domiciliadas no Brasil e que realizam transações controladas com partes relacionadas no exterior.

Todavia, apesar da edição dessa Medida Provisória já trazer uma grande harmonização das normas nacionais aos padrões internacionais, 107 emendas de melhorias já foram apresentadas nos primeiros dias de fevereiro, o que evidencia que muitos pontos ainda deverão ser alterados pelo Congresso Nacional além de regulamentados pela Receita Federal.

Para que a Medida Provisória mantenha sua eficácia, ela deverá ser convertida em lei dentro do prazo de 120 dias, com efeitos mandatórios a partir de 1º de janeiro de 2024. Desta forma, após sua promulgação, é recomendável que as organizações busquem, o quanto antes, a orientação de uma consultoria especializada para as adequações de seus processos. Afinal, cada negócio apresenta suas próprias especificidades e objetivos, os quais devem ser levados em consideração na análise e seleção do método mais apropriado.

Sua implementação demandará um estudo muito mais profundo das transações controladas que forem realizadas entre a pessoa jurídica domiciliada no Brasil com partes relacionadas no exterior – o que exigirá, com o apoio de uma consultoria, a comprovação de que a empresa estará praticando preços condizentes com o valor de mercado entre as partes.

Por se tratar de uma medida obrigatória para viabilizar a integração do Brasil à OCDE, além de possibilitar uma maior integração das entidades brasileiras às cadeias de valor transnacionais, há um forte consenso sobre a importância desta aprovação. Por esta razão, quanto mais cedo buscarem o apoio de profissionais especializados, mais rápido conseguirão se adequar às novas regras de Preço de Transferência.

 


Bruno Baruchi e Tais Baruchi - sócios na ECOVIS® BSP.


BSP
https://ecovisbsp.com.br/


Por que empresas precisam investir em marketing para atrair a geração Z?

Especialistas em comunidades digitais destacam como a GenZ
tem ditado e conduzido os rumos de consumo em todo o mundo

 

Os membros mais velhos da Geração Z estão entrando na casa dos 20 anos, expandindo sua posição no trabalho e no mercado, o que faz com que as marcas tenham maior consideração ao se adaptar às preferências do consumidor. Além disso, trata-se de um público que já representa 32,7% da população mundial, figurando como parte relevante entre os economicamente ativos.

Sendo os primeiros nativos digitais, a geração Z tem contato com tecnologia e internet desde o nascimento e por crescerem em um cenário cada vez mais conectado e com fácil acesso à informação, o público dessa geração têm ditado e conduzido, com maestria, os rumos de consumo em todo o mundo, e à medida que seu poder de compra aumenta, os varejistas e marcas precisam investir em pesquisas e aprender os novos hábitos de compra.

Para os especialistas da Pira, empresa especializada na criação e realização full service de projetos com foco na construção e fortalecimento de comunidades digitais, se aproximar da geração Z vai além do básico de que é preciso conhecer o seu público-alvo. “Além de já se posicionarem como tomadores de decisão, os consumidores mais jovens têm adotado uma postura de vigilância quanto ao posicionamento das marcas. Eles não só acompanham as ações das empresas, como criticam e cobram melhorias”, diz Filipe Ratz, CEO e diretor executivo da Pira.

De acordo com a pesquisa realizada pela Morning Consult, há uma oportunidade para as marcas conquistarem esses consumidores mais jovens, aumentando a distribuição de conteúdo no YouTube e adotando uma abordagem mais inovadora por meio do Instagram e do TikTok.

Nascidos na era digital, a GenZ é especialista em tecnologia e ativa em plataformas sociais. Além de se divertirem e atualizarem com as últimas notícias, as redes também são usadas para as tomadas de decisões na hora da compra. Para Kim Nery, COO e diretor de criação da Pira, investir na conexão com esse público é o caminho para otimizar as ações de comunicação, por meio de plataformas digitais.

"Consumir conteúdo em vídeo é uma característica dos brasileiros observada já há um bom tempo. No entanto, estamos acompanhando uma grande aceitação dos conteúdos disponibilizados em vídeos curtos, como os usados em reels do Instagram, Shorts do YouTube e no TikTok. Este formato se destaca por conter menos interrupções e mais entretenimento”, destaca.

Já para Filipe, as marcas precisam levar seus produtos e serviços para onde está concentrado o seu público alvo, adaptando-se não somente às demandas, como também às exigências apresentadas por seus consumidores. “Aqui falamos de gerar conexão. Quando determinada marca investe na adaptação de linguagem e postura e leva seu produto ou serviço para as plataformas onde o público está, as chances de sucesso e conversão são, na maioria das vezes, imensas”, diz o executivo.

Contudo, mesmo que uma determinada empresa não tenha a GenZ como seu principal público, ainda assim é necessário estar atento às exigências, visto que, de forma gradativa, tal posicionamento tende a se reverberar também nas outras gerações.

Como forma de corroborar o cenário que vem se desenhando, Kim relembra o resultado do estudo global ‘Edelman Trust Barometer 2022: A Nova Dinâmica da Influência’, o qual destacou que 67% dos jovens no Brasil praticam ativismo ao escolherem marcas de produtos ou serviços. Já no mundo, este índice chega a 73%. “Levar em consideração o que pensa a geração Z é hoje uma importante decisão para o futuro do negócio, seja ele voltado ou não para este público”, destaca.

 

Pira
https://www.agenciapira.com/

 

Demanda dos consumidores por crédito registra baixa de 3,5% em janeiro, revela Serasa Experian

Diminuição foi maior entre a população do Distrito Federal; apenas cinco Unidades Federativas retomaram a busca pelo recurso financeiro

 

Em janeiro de 2023, a demanda dos consumidores por linhas de crédito foi 3,5% menor em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo o Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian. O levantamento mostra, ainda, que a diminuição foi maior entre aqueles que residem no Distrito Federal (-19,6%), sendo os únicos estados a marcarem saldo positivo: Santa Catarina (0,1%), São Paulo (1,5%), Tocantins (2,4%), Rio Grande do Sul (2,6%), e Amazonas (6,6%). Confira os dados gerais completos no gráfico abaixo:


Para o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “a taxa Selic mantida em 13,75% e a entrada de um novo governo, que sempre gera incertezas econômicas, trazem um estímulo para que os consumidores brasileiros realizem avaliações de risco antes de se comprometerem com novos créditos. Para aqueles que optam pelo recurso financeiro, planejamento e educação financeira serão sempre os melhores aliados”.

 

Busca por crédito cai em todas as faixas de renda

Em relação a renda mensal, todas as faixas expressaram queda em janeiro, que se mostrou mais acentuada entre aqueles que recebem de R$ 500 a R$ 1.000, movimento que tem se repetido nos últimos meses. Confira as informações completas na tabela abaixo:


Para conferir mais informações e a série histórica do indicador,
clique aqui.

 

Metodologia do indicador

O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal. 



Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Nada substitui o livro de papel

Freepik

Quando foi a última vez que você comprou um CD, DVD ou Blu-ray? Eu mesmo não lembro, mas tenho a impressão de que não faz tanto tempo assim. Com a chegada do streaming, que passou feito um furacão nesse mercado, nossos hábitos e, infelizmente, as nossas escolhas mudaram. Muitos filmes fantásticos não constam nas Netflix e Primes da vida e nosso catálogo de opções ficou mais limitado.

Agora, veja que interessante, há exatos 30 anos surgia o primeiro livro digital. Ao contrário do streaming, essa mídia empacou, atingindo apenas 20% de público nos Estados Unidos, 15% na Europa e meros 4% no Brasil. Essa foi uma das pouquíssimas inovações para a qual as pessoas deram uma “banana”.

Explico este fenômeno: é que o livro possui presença perene e senso de pertencimento em duas vias, a do leitor para o livro e do livro para o leitor. Um caso de paixão e transformação. Livros são formadores de cidadania e a melhor defesa intelectual. As pessoas não são bobas quando preferem o livro de papel, que não está em um espaço virtual e sim num lugar físico, na cabeceira da cama, talvez nosso cantinho mais íntimo.

Infelizmente, o hábito de leitura é uma realidade para apenas 52% da população brasileira. Tem cabeceiras demais que estão vazias. Se quisermos avançar no desenvolvimento humano, temos que pensar muito nisso. A começar pela educação básica e no hábito de levar nossas crianças até a biblioteca do bairro ou livrarias.

Essa série de pequenas reflexões talvez nos ajudem a entender a falência de grandes livrarias, seus motivos e desdobramentos. Embora seja ruim o fechamento de qualquer livraria, no caso das gigantes, isso não representa o fim do mundo, mas o surgimento de algo novo.

Talvez o que esteja acabando seja o modelo de megaloja. Durante anos, o setor foi muito concentrado e isso é ruim. Quando o mercado está na mão de poucas livrarias, a oferta de títulos tende para o produto mais comercial possível. Temos a ilusão de escolha, mas, na verdade, o que chega nas prateleiras já é limitado.

Quer agora uma notícia boa? A chegada de novas livrarias, pequenas e pulverizadas, favorece a diversidade na oferta, fortalece editoras menores, possibilita que editoras independentes tragam coisas inovadoras e, principalmente, abre espaço para escritores estreantes, que foram tradicionalmente ignorados pelos megagrupos.

No caso das livrarias, o grande rei parece estar morto. Vivam os novos reis: pequenas livrarias, cheias de gente apaixonada pelos livros, físicos de preferência.

 

R. Colini - escritor, autor de ‘Entre as chamas, sob a água’ e ‘Curva do Rio’

 


Estado de São Paulo alcança 2,5 GW de potência instalada em geração própria de energia e se aproxima da liderança nacional

Estado que mais agregou potência ao sistema elétrico em 2022, São Paulo está perto de ultrapassar Minas Gerais e assumir a primeira posição entre todos os estados brasileiros 


Nesta quarta-feira (01/03), o estado de São Paulo se tornou o segundo do país a superar a marca de 2,5 GW de potência instalada em geração própria de energia, unindo-se a Minas Gerais, atualmente com 2,540 GW. Essa ordem, porém, deve mudar em breve. Em 2022, São Paulo foi o estado que mais agregou potência ao sistema elétrico nacional com 1,1 GW – à frente de Minas Gerais (844 MW) e Rio Grande do Sul (830 MW), segundo e terceiro colocados, respectivamente. Se mantiver esse ritmo, São Paulo deve ultrapassar em breve o Minas Gerais e se tornar o estado com maior capacidade instalada para gerar a própria de energia. 

“A geração distribuída (GD) se consolidou ao longo dos últimos anos, em especial em 2022, como a modalidade de energia que mais cresce no Brasil, e São Paulo é um dos principais responsáveis por essa evolução. O estado vem crescendo consideravelmente e, sem dúvidas, irá evoluir ainda mais em 2023. É questão de tempo para São Paulo se tornar o estado com maior potência em GD”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). 

Os sistemas de geração própria de energia estão presentes em todos os 645 dos municípios paulistas, sendo a capital a cidade com maior volume de potência instalada (84,3 MW). No ranking por cidades, Ribeirão Preto (69,9 MW) ultrapassou Campinas (64,9 MW), alcançando o segundo lugar.

O estado havia rompido a marca de 1 GW em outubro de 2021 – ou seja, em pouco mais de um ano, São Paulo mais do que dobrou sua capacidade de geração própria de energia. O primeiro GW paulista levou mais de oito anos para ser concretizado. 

“Recentemente, o governo paulista alterou o regulamento do ICMS de serviços relacionados à bioenergia para fomentar o uso de combustíveis renováveis e aumentar a competitividade na região. Com isso, o estado passou a ter a mesma competitividade nos benefícios tributados que os demais estados do Sudeste”, avalia Guilherme Chrispim, presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD). 

A energia solar é a mais utilizada pelos prossumidores paulistas (produtores e consumidores de energia), com 2,481 GW (99,2%). Mini e micro termelétricas (UTE) estão em segundo lugar (15,7 MW), seguidas de Centrais Geradoras Hidrelétricas – CGH (3,7 MW). “Nos próximos anos, ampliar a diversificação das fontes empregadas em geração distribuída será um dos desafios do setor. Precisamos aproveitar melhor as possibilidades em biomassa e resíduos sólidos urbanos”, afirma Chrispim.

Em São Paulo, a classe de consumo residencial é a predominante, respondendo por 1,3 GW; logo atrás vem as conexões de estabelecimentos comerciais, com 701,9 MW. Destaque também para as áreas rural e industrial, com 248,1 MW e 146,3 MW, respectivamente.

 

Associação Brasileira de Geração Distribuída - ABGD

 

Kaspersky alerta: mensagem “você ganhou um perfume no Dia da Mulher” é falsa

Prêmio é enviado via WhatsApp e vítimas podem ser direcionadas para diferentes sites. Em comum, eles geram “leads” para banco de dados de campanhas publicitárias ou para baixar algum app legítimo, com potencial de distribuir apps maliciosos




Os especialistas de segurança sempre avisam sobre o risco de ofertas chamativas -- e os pesquisadores da Kaspersky encontraram mais um exemplo de golpe usando a tática de engenharia social que está explorando o Dia das Mulheres, na próxima semana. Nesta fraude, as vítimas recebem uma mensagem dizendo que ganharam um perfume e serão levadas para diferentes sites, dependendo da região, dispositivo ou momento que o clique é feito. A empresa aproveita a oportunidade para reforçar as dicas de segurança para evitar fraudes online.

A fraude começa com o recebimento da mensagem “Homenagem ao Dia da Mulher. Você ganhou um perfume” por WhatsApp -- provavelmente vinda de um amigo ou familiar desavisado -- e ela contém um link curto que levará a vítima para um site falso. Neste momento, vale destacar uma dica importante. “Os criminosos sempre usam marcas populares e desejadas para chamar a atenção das vítimas. Eles precisam disso para disfarçar o golpe. E as marcas usadas são tão vítimas quanto as pessoas. Por isso, sempre recomendamos que confira a existência da suposta promoção ou premiação nos sites e canais oficiais”, destaca Fabio Assolini, diretor da Equipe Global de Pesquisa e Análise da Kaspersky para a América Latina.

Ao clicar no link da mensagem, a vítima verá os detalhes da premiação -- que diz que 5 mil mulheres serão presenteadas com a homenagem ao Dia Internacional da Mulher, caso ela responda um questionário. Aqui já está um sinal de alerta claro do golpe. As perguntas são muito simples de serem respondidas, pois o objetivo do criminoso é concluir a fraude. Para finalizar o processo, é pedido o preenchimento de um formulário que solicita nome, telefone e e-mail pessoal, além do compartilhamento da mensagem com 5 grupos ou 20 contatos. Novamente, a viralização é outro sinal de alerta para a vítima ficar atenta.

 

 


 


Uma curiosidade é que este golpe não acaba nessa etapa. Em seguida, se inicia outra cadeia com o apelo “Esta é sua chance! Deve selecionar a caixa correta com o presente dentro. Tem 3 tentativas -- boa sorte!”. Para Assolini, o criminoso está otimizando os esforços para atender diferentes interesses.
 



“Fizemos mais de uma simulação em nossas análises e fomos direcionados a dois sites diferentes: o primeiro “prêmio adicional” é um suposto cupom de R
500 reais para compras em supermercados. Para concorrer ao vale, a vítima novamente precisa passar dados pessoais. Já o segundo site que verificamos oferece 3 mil, 5 mil ou 10 mil reais para serem investidos em criptomoedas. Mas, para receber essa bonificação, a vítima precisa responder a um novo questionário e baixar o app de um trade. Aqui, já fica claro outro sinal de alerta que é a exigência da instalação de um programa. Menos mal que, neste caso, é uma aplicação legítima. Portanto, a fraude se limita apenas no método de promoção escolhido”, avalia o especialista.

Assolini ainda reforça o apelo às empresas para que elas fiquem atentas às promessas milagrosas de promoção e marketing. “Diferente da marca do perfume que é explorada sem o consentimento da empresa, as demais empresas envolvidas no esquema podem sofrer com problemas de reputação ou confiança do cliente, pois o primeiro contato da pessoa com a marca foi durante um golpe online. Seguramente, essas empresas não tem ciência do método fraudulento de promoção, mas há a relação entre cliente-fornecedor e isso é um risco à marca e à empresa.”




Para evitar ser vítima de um golpe, a Kaspersky recomenda:

  • Suspeite sempre de links recebidos por e-mails, SMSs ou mensagens de WhatsApp, principalmente quando o endereço parece suspeito ou estranho.
  • Sempre verifique o endereço do site para onde foi redirecionado,
  •  endereço do link e o e-mail do remetente para garantir que são genuínos antes de clicar, além de verificar se o nome do link na mensagem não aponta para outro hyperlink.
  • Verifique se a notícia é verdadeira acessando o site oficial da empresa ou organização -- ou os perfis nas redes sociais.
  • Se não tiver certeza de que o site é real e seguro, não insira informações pessoais.
  • Use soluções de segurança confiáveis para ter uma proteção em tempo real para quaisquer tipos de ameaças.


Kaspersky
www.kaspersky.com.br/


10 dicas para o seu carro não te deixar na mão nas viagens

Cuidar da manutenção do carro é uma prática que deve ser constante, mas, quando os veículos são mais utilizados para viagens e trajetos mais longos, essa atenção deve ser redobrada e com algumas características específicas.

Normalmente, os veículos são utilizados para percursos mais curtos no dia a dia, e muitas vezes até ficam parados na garagem por mais tempo. Quando chegam as férias ou feriados prolongados, em que os automóveis são utilizados para pegar estrada e rodar centenas ou milhares de quilômetros, podem apresentar problemas que estragam ou atrasam o passeio, deixando toda a família ou grupo de amigos estressados, além de representarem riscos para a segurança.

Em 2023, a Dr. Monitora realizou mais de 20 mil remoções de veículos com guincho, e a maior parte dos problemas estava relacionada à falta de manutenção. Por isso, preparamos 10 dicas sobre os principais itens que você deve verificar para que os problemas com o carro não atrapalhem seu passeio: 

1. Freios – Fluído, discos, pastilhas e tambores devem ser revisados. Qualquer desgaste em uma dessas peças pode comprometer a segurança. O fluído de freios deve ser trocado pelo menos uma vez por ano.

2. Óleo – É importante seguir as recomendações do fabricante quanto ao tipo de óleo e capacidade de quilometragem. As trocas devem ser realizadas conforme indicado na etiqueta da última troca. A falta ou envelhecimento do óleo podem causar danos irreversíveis ao motor. O ideal é verificar o nível do óleo todas as vezes que abastecer o veículo.

3. Filtro de ar – Deve ser periodicamente verificado e substituído. Isso garante a conservação e previne o desgaste do motor.

4. Filtro de combustível – Ele evita que qualquer sujeira do tanque passe para o motor, por isso, deve ser mantido sempre em bom estado.

5. Pneus – Devem estar sempre em bom estado e nunca deixar que fiquem desgastados, muito menos carecas. Pneus com sulco abaixo de 1,6cm são considerados irregulares. É importante realizar o rodízio a cada 6 meses e o alinhamento e balanceamento periodicamente. Mantê-los calibrados, segundo as orientações do fabricante ajuda a preservá-los. Sempre que calibrar, não esqueça de fazer o mesmo com o estepe.

6. Suspensão – O sistema de suspensão existe para absorver os impactos gerados pela irregularidade dos terrenos. Isso evita danos no chassi e mantém a segurança.

7. Sistema de arrefecimento – Para evitar o superaquecimento e manter a refrigeração adequada do motor, é necessário fazer a limpeza desse sistema, que inclui o radiador e reservatório de expansão).

8. Sistema de Iluminação – Certifique-se de que não há lâmpadas queimadas e que tanto faróis como as luzes de freio estão funcionando. Alguns problemas também podem estar relacionados ao sistema elétrico ou mau contato da instalação.

9. Sistema Elétrico – Deve ser periodicamente verificado. Uma pane elétrica pode ocasionar o desligamento do motor e travar a direção, colocando os ocupantes do veículo em grave risco.

10. Limpador de para-brisas – Itens muitas vezes negligenciado, os limpadores de parabrisas devem ter as borrachas das paletas em bom estado, caso contrário, além de danificarem o vidro, podem não cumprir sua função corretamente em dias de chuva forte, comprometendo a segurança.

Com esses itens em ordem, faça uma ótima viagem e aproveite o passeio sem transtornos

 

Construção Civil: o momento de entender as dores do setor e investir em inovação

Nos últimos anos, a construção civil tem comemorado seu crescimento acelerado. Só em 2022, de acordo com a CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o setor sofreu um aumento de 7% no PIB, superando a projeção para o ano e, em paralelo, houve um aumento de novas soluções tecnológicas. As expectativas para este ano são ainda maiores. As novas tecnologias e acesso às plataformas digitais, como o BIM e o ambiente em nuvens, deixam de ser o futuro e passam a ser realidades nos canteiros de obra.

De uns anos para cá, venho desenvolvendo uma pesquisa com diversas áreas da construção civil buscando entender as relações de causa e efeito na gestão de projetos da construção civil, as dores e necessidades desse mercado, bem como um panorama de novas ideias, hipóteses e soluções. Em uma das fases da pesquisa, entrevistei especialistas em implementação de projeto de inovação na indústria baseada em engenharia, gerentes de programas de aceleração e inovação aberta e CEOs de startups. O objetivo era entender a perspectiva deles sobre o panorama da inovação na construção brasileira.

Diante da pergunta do cenário e perspectivas para inovar na construção, todos os respondentes concordaram que a inovação no setor é algo crescente, mas, por outro lado, alguns demonstraram uma certa apreensão quanto a sua banalização e a perda de credibilidade das iniciativas e soluções propostas, justamente pelas implementações não trazerem a percepção de valor pelas empresas da construção. A urgência em “inovar” atropelou o entendimento de onde inovar.

De acordo com um dos entrevistados, o nascimento de uma empresa que é em função de um problema vivido, já garante  50% do seu sucesso. Visto que  algumas soluções não trazem valor algum para o mercado, comprometendo o objetivo final que é justamente atrelá-la à resolução de um problema, ou uma dor que já existe.

Após a análise desse estudo foi possível constatar três principais direcionamentos: o movimento de inovação e acesso a novas tecnologias; há uma clara diferença entre a percepção do valor entregue pelas iniciativas de inovação (startups, centros de pesquisa) e as empresas do setor e, principalmente, se identificou a dificuldade em medir os resultados da inovação; e os impactos proporcionados pela sua implementação no setor.

Enxergar esse "boom" de novas tecnologias leva a refletir bastante sobre a oportunidade de conectar os processos de inovação ao conjunto de ferramentas e metodologias do Lean Construction que contribuem a evidenciar os problemas e dores das organizações. Desta forma, viemos testando modelos para apoiar as empresas da construção a mapear e identificar suas dores como base para sua estratégia de inovação. O modelo vem sendo testado e é motivador ver o envolvimento e maior alinhamento empresarial unindo diferentes setores no desenho de soluções que passam por tecnologia, passam por inovação. Ou seja, alinhamos uma metodologia com as necessidades do mercado - Isso, para mim, é inovador! 

Por fim, fica claro que o cenário para empresas que investem em inovação é bastante promissor, desde que ela esteja inserida na cultura da organização, a começar pela diretoria até os times de produção, e integrando uma visão estratégica de toda a organização. As tecnologias devem solucionar as dores reais das empresas que devem estar atentas para as necessidades das suas equipes. Este é um cenário verdadeiramente inovador e quem aplica, ganha seu merecido destaque.  

 

Bernardo Etges - Engenheiro Civil formado pela UFRGS e Co-fundador da Climb Consulting. É Mestre em Lean Construction e Doutorando em Gestão da Construção no PPGCI-UFRGS. Possui mais de 10 anos de experiência em implementação de projetos de consultoria de Lean Construction e Excelência Operacional em obras de incorporação e infraestrutura no Brasil, África e Caribe. Desde 2018 atua de forma engajada nos processos de inovação aberta e incentiva a implementação da tecnologia na construção.

 

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