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sábado, 10 de dezembro de 2022

Herpes-zóster: lesões localizadas que comprometem qualidade de vida

·         A doença nada tem a ver com a ferida do canto da boca

·         Médica relembra importância de vacinar adultos e idosos

 

“É preciso que as pessoas entendam que o vírus da herpes-zóster não é o mesmo que causa aquela feridinha na boca. Não é. Herpes-zóster é o mesmo vírus que o da catapora. Essa doença, geralmente, acomete pessoas mais velhas, não se espalha pelo corpo, e os locais mais atingidos são os caminhos dos nervos, que chamamos de plexos neurais. É um vírus latente, ou seja, ele não some do organismo e fica adormecido em um dos nossos nervos. Quando nossa imunidade cai, ele pode aparecer”, explica a Dra. Ana Paula Moschione Castro, médica alergista e imunologista pela USP.

 

Conhecido popularmente como ‘cobreiro’, o herpes zóster é uma infecção de pele, mas com grande comprometimento da qualidade de vida. Os principais sinais da doença são vesículas - pequeninas bolhas que fazem casca - acompanhadas de dor intensa, podendo ainda causar febre, mal-estar e cansaço. Em casos raros, pode levar a óbito.

 

À medida que envelhecemos, ou em situações que nosso sistema imunológico fica fragilizado (por estresse, má alimentação ou alguma doença preexistente), aumenta a possibilidade de ativação destes vírus e o desenvolvimento da doença, que tem uma grande preferência pelo trajeto de nervos e comprometimento da pele, podendo ter como sequela uma importante dor, conhecida como neurite herpética. “É importante repetir que a doença causa lesões mais localizadas, ou seja, elas não se espalham pelo corpo”, diz Dra. Ana Paula, que também é diretora da Clínica Croce, centro de infusões e de vacinação de adultos e crianças.

 

Prevenção – Já existe vacina para a prevenção da herpes-zóster, produzida com vírus inativado, são necessárias duas doses. Ela está liberada para pessoas a partir dos 50 anos de idade ou para quem tem comprometimento imunológico e risco aumentado para desenvolver herpes-zóster. Essa vacina tem elevado perfil de eficácia e segurança. E está recomendada mesmo para aqueles que já desenvolveram a doença.

 

“Normalmente, as pessoas só lembram de vacinas para crianças. É preciso mudar este pensamento é lembrar que, para um envelhecimento saudável, além da vacina contra a herpes-zóster, é importante que o calendário vacinal de adultos e idosos esteja em dia para evitar complicações de doenças graves como hepatites, meningites, HPV e tétano”, complementa a médica.




Clínica Croce
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Como se prevenir para evitar doenças transmitidas pelo contato com águas contaminadas em época de chuvas

As fortes chuvas que atingem diversos estados do país, desde o início do mês, devem se intensificar com a chegada do verão. O grande volume de água aumenta os riscos de enchentes, alagamentos e deslizamentos de terra e de enfermidades diversas, a exemplo da leptospirose (causada pelo contato com a urina de ratos), transmitidas pelo contato com águas contaminadas. 

As temperaturas mais altas e as chuvas intensas aumentam, ainda, a preocupação dos especialistas com a proliferação de casos de Dengue, Zica e Chikungunya, doenças que são transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti, cuja reprodução é maior durante a estação mais quente do ano, que neste ano começa no próximo dia 21. 

Especialistas do Hospital Alemão Oswaldo Cruz orientam sobre como proceder em caso de contato com águas contaminadas e durante a manifestação de sintomas relacionados às principais doenças causadas por elas: 

  • Com a ocorrência de enchentes e transbordamentos de rios e córregos, a urina de ratos (causadora da leptospirose) existente em esgotos e bueiros mistura-se à água das enxurradas e à lama.  
  • Os principais sintomas da leptospirose são dores pelo corpo -- principalmente nas panturrilhas --, febre, icterícia rubínica (coloração amarelada na pele e nos olhos, que por vezes podem ficar avermelhados) e dor de cabeça. A qualquer sinal de sintomas é importante procurar um médico, para que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível. 
  • O período de incubação da leptospirose pode chegar a até 30 dias, mas normalmente os sintomas se manifestam entre sete e 14 dias após a exposição ao risco. O diagnóstico é feito por meio de exame de sangue e o tratamento consiste no uso de antibióticos e medidas de suporte clínico (muitas vezes, requer internação hospitalar).  
  • Para a limpeza de moradias alagadas por águas contaminadas, o ideal é utilizar luvas, botas de borracha ou outro tipo de proteção, como sacos plásticos duplos, para as pernas e os braços. A lama que permanecer nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos deve ser removida com escova ou vassoura, sabão e água limpa.  
  • Para a limpeza de ambientes e superfícies deve-se utilizar produtos à base de hipoclorito de sódio (como água sanitária). O que não puder ser recuperado deve ser descartado.  
  • Alimentos que tiveram contato com a água das enchentes devem ser descartados, pois mesmo quando lavados e secos, ainda podem estar contaminados.  
  • A principal forma de prevenção da Dengue, Zica e Chikungunya é eliminar pontos que podem acumular água parada e que provocam o surgimento de poças. Dessa forma é possível evitar a proliferação das lavras do mosquito Aedes Aegypti, transmissor dessas três doenças.  
  • Os principais sintomas dessas doenças são febre alta, manchas na pele, dores de cabeça e pelo corpo, principalmente nas articulações. A qualquer sinal de sintomas, é importante procurar um médico ou pronto atendimento, pois são doenças potencialmente graves. 
  • Os recipientes usados como bebedouros de animais de estimação também pedem atenção, já que podem se tornar focos de proliferação do mosquito transmissor da Dengue, Zica e Chikungunya.

 

 Hospital Alemão Oswaldo Cruz  

https://www.hospitaloswaldocruz.org.br/


Dia da Saúde Universal: avanços em tratamentos e legados da pandemia acenam para um futuro muito além da quimioterapia

Consolidação de inovações para tumores como pulmão, mama e hematológicos trazem perspectivas positivas no combate global à doença; Tecnologia RNA das vacinas contra a covid-19 avançam como alternativa para o desenvolvimento de terapias gênicas avançadas

 

Os últimos dois anos foram marcados pela pandemia da covid-19 em todo o mundo. O coronavírus foi assunto dominante nos jornais, redes sociais e na vida de todos os habitantes do planeta. Nesse meio tempo, no entanto, avanços em outras áreas da saúde também foram sendo conquistados, assim como novos desafios foram apresentados. Uma dessas áreas é a oncologia, que seguiu com inovações tecnológicas, melhorando a qualidade de vida e as chances de sobrevivência dos que são acometidos por câncer. Mas não sem desafios, muitos inclusive impostos pela pandemia: atrasos em exames de diagnóstico e prevenção e também no tratamento por conta das medidas de isolamento social. 

Segundo o oncologista Carlos Gil Ferreira, diretor médico do Grupo Oncoclínicas e presidente do Instituto Oncoclínicas, o ano de 2021 foi o de consolidação da imunoterapia no tratamento de vários tipos de tumores, ampliando o leque de doenças que podem se beneficiar. É o tratamento que já foi usado pela apresentadora Ana Maria Braga e, atualmente, indicado para a cantora Rita Lee, que enfrenta um câncer no pulmão. 

“A terapia já era muito utilizada, e de forma bem sucedida, para diversos tipos de tumores de pulmão e também de pele melanoma. Agora, com o avanço nos estudos e nas inovações científicas, vem sendo aplicada para alguns tipos de tumores na junção esofago-gástrica e fígado. Além disso, essa técnica foi ampliada e tem se mostrado muito efetiva contra o tumor do tipo triplo negativo nas mamas”, afirma. 

Outro avanço recente e importante é o surgimento de um leque de novas alternativas de tratamento para tumores hematológicos, principalmente para neoplasias de origem hematológica. “As pesquisas com novas estratégias de CAR T-CELL seguem aumentando aos poucos e devem se consolidar em 2022. Tumores muito frequentes na população, como pulmão, também ganharam tratamentos e drogas importantes, que já vêm sendo aprovadas nos Estados Unidos e devem chegar ao Brasil”, explica Carlos Gil. 

A biópsia líquida é outra alternativa que vem para melhorar o dia a dia de médicos e pacientes. A técnica é usada para diminuir o número de exames invasivos de biópsia e acompanhamento do paciente que já passou pelo tratamento. “Com base no DNA e RNA do tumor, é possível descobrir algum tipo de mutação, por exemplo, e assim escolher um tratamento mais efetivo, sem submeter o paciente a muitos outros exames. Também funcionará muito bem para monitoramento conseguir acompanhar o pós tratamento apenas com exames de sangue. É o nosso sonho”, diz o médico.

 

Consolidação e efeitos da pandemia 

Carlos Gil acredita que este ano será o da consolidação e avanço nas inovações tecnológicas que vêm crescendo nos últimos anos. “Acho que as perspectivas são boas, novos tratamentos, novas maneiras de selecionar para as terapias corretas, ano de avanços importantes para os pacientes com câncer”. 

Porém, a pandemia não passou em branco na área oncológica. As consequências do atraso para a realização de exames de prevenção e diagnóstico por conta das medidas de isolamento social poderão ser sentidas nos próximos meses, acredita ele. Levantamentos feitos por entidades médicas apontam que, nos primeiros meses da pandemia, 70% das cirurgias oncológicas foram adiadas. Além disso, cerca de 75 mil brasileiros deixaram de receber diagnósticos no período. 

“Sabemos que o diagnóstico precoce aumenta em muito as chances de cura e também de tratamentos menos invasivos. Empiricamente, já temos observado um número grande de pacientes que chegam com o tumor já avançado, mas só teremos noção do tamanho deste problema com o tempo. Neste caso, as perspectivas não são tão boas, embora acreditamos que a situação vá se normalizando em 2022 e com o arrefecimento da pandemia”, comenta. 

Outra herança da covid-19 que já pode ser observada, acredita Gil, é uma queda temporária no número de pessoas recrutadas para estudos clínicos, que caiu no mundo inteiro e pode ter atrasado algumas pesquisas e estudos importantes na área. 

“A boa notícia é que esses números vêm melhorando desde o ano passado e a tendência é que retornem ao patamar de antes da covid-19 nos próximos meses”, ressalta Carlos Gil.

 

Vacinas de RNA na luta contra o câncer 

Amplamente comentadas por seu uso contra a covid-19, os imunizantes desenvolvidos à base de RNA mensageiro (mRNA) foram os primeiros com base nessa moderna tecnologia a terem seu uso autorizado em humanos e receberem liberação para comercialização. E a evolução que elas representam pode trazer respostas importantes para o tratamento de diferentes tipos de tumores malignos. 

Em linhas gerais, no caso das vacinas para o novo coronavírus, esse tipo de terapia consiste na criação em laboratório de um código genético, capaz de levar à produção de proteínas que simulam as do vírus, provocando uma resposta do sistema de defesa do organismo sem, contudo, provocar uma infecção de verdade. 

Segundo Carlos Gil, a lógica desse processo de uso de mRNA para a covid-19 sinaliza boas perspectivas para toda uma nova geração de terapias personalizadas, em especial contra o câncer. Não à toa, as farmacêuticas responsáveis por desenvolver a tecnologia mRNA para a SARS-CoV-2 avaliam formas de traduzir essas conquistas científicas para geração de tratamentos oncológicos avançados. 

“Sob a ótica da ciência, as vacinas com um código genético de RNA criado em laboratório de fato acenam para um futuro com boas alternativas para tratar o câncer. Neste caso, contudo, há um fator essencial de diferenciação que não pode ser desconsiderado quando pensamos na adoção dessa solução na oncologia: enquanto o processo da vacina de mRNA contra a covid-19 permite que ela seja adotada de forma massiva para toda a população de maneira preventiva, para o câncer a tecnologia não seria capaz de evitar o surgimento de tumores, mas sim favorecer a geração de medicações personalizadas para pessoas já diagnosticadas com a doença, ou seja, adaptada de forma altamente individualizada a partir das especificidades do genoma das células cancerosas de cada paciente”, aponta Carlos Gil. 

Por enquanto, as linhas em estudo mais avançadas até o momento analisam o uso dessas terapias gênicas para cânceres de pele melanoma, colorretal e alguns casos de cabeça e pescoço relacionados ao vírus HPV (papilomavírus humano). Há ainda ensaios clínicos voltados a tumores decorrentes de mutações frequentes no gene KRAS, especialmente no pâncreas, pulmão e colorretal. 

“De forma geral, as perspectivas para os próximos anos são muito boas, com novas terapias, novas formas de trabalhar e avanços importantes já sendo vistos. Entramos em um período de otimismo, com aprendizados importantes adquiridos durante a pandemia que trazem contribuições para a ciência e a medicina como um todo. Esse é o lado positivo, de maneira geral e para todos nós”, finaliza Carlos Gil.

 

Campanha de conscientização marca Dia Mundial de Combate ao Câncer 

Apesar dos notórios avanços médicos-científicos para o tratamento de tumores malignos, é preciso estar alerta para a prevenção aos riscos evitáveis relacionados ao câncer, bem como a importância do diagnóstico da doença em fase inicial - o que eleva as chances de cura em torno de 90% dos casos. Com foco no alerta à população sobre os benéficos de uma rotina de atividades físicas, alimentação equilibrada e olhar global para a saúde a partir da realização de exames de rotina para monitoramento de possíveis alterações, o Grupo Oncoclínicas realiza a partir de 8 de abril, data que marca o Dia Mundial de Combate ao Câncer, uma série de ativações nas redes sociais e por meio do site (clique aqui para acessar). 

A iniciativa promove a disseminação de informações com respaldo de especialistas com o objetivo de esclarecer as principais dúvidas da população em geral e dos pacientes oncológicos. Os impactos do sedentarismo na incidência do câncer está entre os pilares centrais da ação.

 

Realidade do câncer no mundo 

A Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (Iarc, sigla do inglês), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde (OMS) que estima os efeitos que afetam diretamente os cuidados oncológicos, informa que nas duas últimas décadas o número total de novos casos de câncer quase dobrou, saltando de 10 milhões estimados em 2000 para 19.3 milhões em 2020. Além disso, em todo o mundo, um total de mais de 50 milhões de pessoas compõem o contingente de pacientes que vivem os chamados cinco anos de prevalência do câncer atualmente. 

As projeções do relatório Globocan 2020, divulgado pela entidade, indicam ainda que nos próximos anos há uma tendência de elevação dos índices de detecção do câncer, chegando ao patamar de quase 50% a mais em 2040 em comparação ao cenário atual, quando o mundo deve então registrar algo em torno de 28.4 milhões de novos casos de câncer. Isso significa que a cada cinco pessoas, uma terá câncer em alguma fase da vida. Nos países mais pobres, a incidência da doença deve ter um crescimento superior a 80%. 

O número de mortes por câncer, por sua vez, subiu de 6,2 milhões em 2000 para 10 milhões em 2020 - uma equação que aponta que a cada seis mortes no mundo uma acontece em decorrência do câncer. E a tendência é que haja aumento nesse triste ranking, já que a OMS também indica que apesar de ainda não ter dados consolidados, a pandemia trará como consequência mais casos de pacientes com câncer em estágio avançado por conta dos atrasos na descoberta e tratamentos de tumores malignos diante de toda a crise da saúde desencadeada pela Covid-19.

 

Grupo Oncoclínicas

https://www.grupooncoclinicas.com


Perda auditiva pode afetar a saúde mental?

Crédito: canva
Entenda os riscos e saiba como evitar

Perda auditiva pode causar problemas de saúde mental, incluindo depressão, demência e declínio cognitivo. Entenda como identificar os sinais e como prevenir

O cuidado com a saúde mental tem se tornado uma prioridade em relação ao bem-estar da população nos últimos anos. Estudos indicam que o Brasil é o país com pessoas mais ansiosas no mundo, e as crises de burnout já atingem uma em cada cinco pessoas ativas no mercado de trabalho, segundo a Associação Brasileira de Medicina no Trabalho. 

Enquanto essas questões relacionadas ao trabalho ganham destaque, outro problema que pode afetar a saúde mental ainda não é muito debatido: a perda auditiva. Muitas pessoas não sabem, mas esses temas estão conectados, e é importante entender como o declínio da audição pode impactar no bem-estar das pessoas. 

“Problemas de comunicação decorrentes da perda auditiva podem provocar frustração, isolamento, solidão, e é muito comum encontrar isso na população idosa”, explica a fonoaudióloga Maria Branco, do Grupo Microsom, empresa especializada em qualidade de vida de pessoas com necessidades especiais como perda auditiva, zumbido no ouvido e apneia do sono. 

Tudo isso, segundo a especialista, se dá pois os problemas auditivos resultam em dificuldades na comunicação e na interação social, levando até a questões mais graves, como depressão.

Um estudo da instituição estadunidense para surdez e outros transtornos de comunicação (NIDCD), apontou que a taxa de depressão entre as pessoas com deficiência auditiva nos Estados Unidos é de 11%, comparada a 5% da população que apresenta audição normal.

 

As consequências na saúde

Além dos danos emocionais, que pioram a qualidade de vida, a perda auditiva ainda oferece riscos físicos. Existem estudos que relacionam problemas de audição a diabetes, doenças cardiovasculares, além de possíveis quedas relacionadas à falta de equilíbrio. 

A deficiência auditiva também põe o indivíduo em risco de morte, como por exemplo por atropelamento ou situações de perigo, ao contribuir para que as pessoas corram mais riscos.

Além disso, outro grande alerta relacionado à saúde é o declínio cognitivo, que pode levar à demência.

 

Sinais de perda auditiva

Segundo Maria, é possível observar alguns sinais iniciais que indicam que o indivíduo tem perda auditiva. Ela dá alguns exemplos:

  • Aumentar muito a televisão
  • Dificuldade para falar ao telefone
  • Não escutar o relógio
  • Dificuldade para conversar

“Ao observar um ou mais desses fatores, o paciente deve ser encaminhado rapidamente para um profissional e iniciar o tratamento”, indica Maria.

 

Como melhorar a saúde e bem-estar

Segundo dados de 2021 da OMS (Organização Mundial da Saúde), quase 2.5 bilhões de pessoas viverão com algum grau de perda auditiva até 2050, sendo que pelo menos 700 milhões precisarão de cuidados auditivos e serviços de reabilitação. 

Entre os idosos, a perda auditiva é uma das principais condições enfrentadas. Porém, a realidade atual indica que poucas pessoas buscam os cuidados e tratamentos adequados. 

Segundo outro estudo da NIDCD, aparelhos auditivos e outros dispositivos que podem ajudar pessoas com problemas de audição são usados apenas por um em cada quatro adultos que poderiam se beneficiar dessas soluções. 

“É muito importante lembrar da necessidade de avaliar a audição regularmente e, se identificar perda auditiva, buscar auxílio imediatamente”, explica Maria. 

O uso de aparelhos auditivos, segundo a especialista, promove uma reabilitação e recuperação auditiva que devolverá a habilidade de conviver de maneira saudável em sociedade, diminuindo as possíveis consequências físicas e emocionais. 

“Essa reabilitação melhora os estímulos sonoros, e fará com que a pessoa escute melhor, trazendo-a de volta para situações sociais”, conclui a especialista.

 

Grupo Microsom


Lesões esportivas: a fisioterapia pode acelerar o processo de recuperação

As principais lesões são a entorse de tornozelo, torções nos joelhos, luxações de ombros, punho e cotovelo


Neymar e Danilo, jogadores profissionais, desfalcaram a seleção brasileira na primeira fase da Copa Mundial devido a lesões nos tornozelos. Apesar dos benefícios que os exercícios oferecem à saúde, os praticantes amadores que realizam atividade física também podem sofrer algum tipo de ferimento ou traumatismo. Em ambos os casos, mesmo realizando o esporte com cuidado, é possível sofrer lesões, mas existem chances de acelerar o reparo tecidual e a recuperação, enfatiza o fisioterapeuta, especialista em Ortopedia, Osteopatia e Traumatologia, Dijalma Campos. 

 

“Infelizmente é complicado prevenir uma lesão porque depende da jogada, de vários fatores e não exclusivamente da condição física do atleta. Uma pessoa comum, um entusiasta ou um jogador de futebol de final de semana pode ser acometido por um traumatismo. É possível que a entorse seja provocada pelas condições do campo, se o pé do jogador ficou preso na hora da jogada, empurrão do adversário ou se o corpo de outro jogador caiu por cima de algum membro ou região”, explicou. 

 

A hidratação, reposição de sais minerais, uma alimentação saudável com ingestão equilibrada de carboidratos e proteínas objetivam a qualidade dos resultados e o bom desempenho, mas não previne o problema. Dijalma Campos alerta sobre a importância de fazer uma avaliação com um ortopedista e procurar um fisioterapeuta após sofrer uma lesão. 

 

“É recomendado que a pessoa faça a intervenção imediata, realizando a imobilização da área afetada e colocando no local bastante gelo. Depois de avaliado e diagnosticado, a fisioterapia vai atuar rapidamente no processo inflamatório e proporcionar o reparo do local afetado”, orienta o fisioterapeuta e também professor do curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Excelência-Unex, faculdade em Feira de Santana

 

A partir do reparo tecidual, o atleta estará apto a fazer sua reabilitação envolvendo as jogadas e os mecanismos esportivos. “Já uma pessoa comum terá que passar por um fortalecimento e estabilização muscular”, completa o professor Dijalma Campos. As principais lesões são a entorse de tornozelo, torções nos joelhos relacionadas ao LCA meniscos e nos membros superiores as luxações de ombros, punho e cotovelo.

 

Avaliação profissional antes de iniciar uma atividade 

Qualquer pessoa que possua interesse em praticar alguma atividade esportiva deve fazer uma avaliação médica e com um fisioterapeuta, orienta o especialista. “Porque podemos identificar algum desalinhamento postural, prováveis fraquezas e pontos onde as articulações ou segmentos corporais estejam sobrecarregados. A partir daí podemos orientar e conduzir o processo de preparação corporal para o esporte, de modo que a pessoa consiga praticar seu exercício desejado, evitando lesões graves”, concluiu Dijalma Campos.


Dezembro laranja: evitar o câncer de pele exige cuidado com o sol


Está chegando o verão, época do ano em que estamos mais expostos ao sol, e, por isso, devemos tomar alguns cuidados com a pele para que não tenhamos queimaduras no presente e câncer de pele no futuro. 

Moramos em uma região com índice elevado de câncer de pele. Para evitar riscos é importante restringir a exposição à radiação solar. Para isso, é sempre necessário o uso de filtro solar (fator mínimo 30), que deve ser reaplicado ao longo do dia. 

Se a pessoa estiver fazendo alguma atividade ao ar livre, é importante que as reaplicações sejam frequentes, e que o protetor solar seja menos líquido, para que não saia muito rapidamente quando a pessoa sua ou entra na água. Por isso, existem filtros solares próprios para praia e piscina e para atividades esportivas. 

Além do filtro solar, toda ajuda é bem-vinda para nos proteger do sol. Roupas de mangas longas com proteção UV, guarda-sol, chapéu, óculos escuros... Quanto mais branca é a pele, menos protegida ela é contra os raios solares, por isso os cuidados têm que ser maiores.  

Lembrando, sempre, que os pais são responsáveis por proteger a pele dos pequenos. É importante que, a partir dos 6 meses de idade, já se use filtro solar próprio para crianças. Proteger a pele dos pequenos com roupas com proteção UV (ultravioleta) e chapéu é recomendável, uma vez que eles gostam de brincar na água, rolar na areia e o filtro solar tende a sair com mais facilidade. 

Essas recomendações para proteger a pele de crianças e adolescentes ajudam a evitar a maior parte dos problemas de pele causados pelo sol na vida adulta, como cânceres, melasmas (manchas) e alterações vasculares (pele mais grossa e vermelha no colo). 

A proteção solar precisa ser feita em todas as fases da vida. Desde o nascimento até a terceira idade. O idoso muitas vezes já teve uma exposição solar grande durante a vida e pouco exposição adicional pode ser o suficiente para gerar um câncer de pele. 

Em caso de qualquer lesão de pele recente que sangre ou com alterações de cor e forma, é importante procurar um dermatologista. O tratamento é mais fácil quando se está num momento ainda inicial, quando a lesão ainda é pequena e, se for necessário cirurgia para removê-la, o dano estético será menor.

 

Carin Andrade - dermatologista no ambulatório de Dermatologia do Centro Clínico Dona Helena, de Joinville (SC); www.donahelena.com.br/agendaonline


Como ajudar um autista a controlar as crises causadas pelo barulho dos fogos

 

Criança Assustada
Freepik/drobotdean
Com emenda de Copa do Mundo e as festas de final de ano, espera-se que aumente a intensidade do uso de fogos de artifício.

 

Uma das características, inclusive presentes na avaliação para o diagnóstico do Transtorno do Espectro Autista é o Transtorno do Processamento Sensorial e nele está presente a hiper ou hipossensibilidade sensorial, ou seja, a reatividade aos estímulos sensoriais (tato, olfato, paladar, visão, audição, propriocepção e sentido vestibular).

Uma das mais presentes e responsável por crises em autistas é a hipersensibilidade auditiva, que é quando a criança apresenta desconforto ou mostra-se assustada quando ouve sons altos. Existem relatos de pessoas dentro do espectro que afirmam sentir dor física quando estão expostos a barulhos altos. As crises geradas pela hipersensibilidade causam perturbação excessiva com ações involuntárias como agressão ou autoagressão, crises de choro, dores, entre outras reações.

De acordo com Livia Aureliano, psicóloga e diretora do TatuTEA, é possível criar um ambiente mais acolhedor para ajudá-los a lidar com eventos atípicos. “A criança autista lida melhor com a previsibilidade. Antes de eventos incomuns, inclua de forma sutil situações semelhantes às que ela vai passar e explique os motivos. Essa é uma forma simples e pode ser eficiente para a criança compreender e ter mais controle sob suas emoções” – comenta.

Embora a intervenção profissional seja primordial no controle de alguns aspectos do espectro, existem algumas técnicas fáceis que podem ser aplicadas pelos pais para prepará-los para situações de estresse. Algumas crianças conseguem se adaptar, outras precisam de estímulos diferentes e em alguns casos, a criança precisa ser acolhida e protegida. Algumas dicas simples podem reduzir as reações aos estímulos: 


  • Previsibilidade: Uma pessoa dentro do espectro autista tem dificuldades em lidar com tudo que foge à sua rotina. Por isso, a previsibilidade é uma estratégia que pode ser utilizada em diversas situações. No caso da hipersensibilidade auditiva, é possível prepará-lo para tais eventos, explicando quando e o motivo das pessoas soltarem fogos. Mostre vídeos e fotos de fogos de artificio, convide-o para conhecer os sons emitidos, permitindo que ele interaja, inclusive com a intensidade destes sons apresentados. Para isso, vá aos poucos e, avisando com antecedência que os vídeos terão sons e se a criança tiver curiosidade, permita que ela controle o volume, assim entenderá que é possível ter controle sobre as situações; 

  • Ofereça fones de ouvido: Caso a previsibilidade ainda não controle as reações aos estímulos sonoros, é possível providenciar um fone de ouvido para abafar o som durante a queima de fogos. Outra sugestão é colocar um som ambiente agradável, como músicas clássicas ou a preferência da criança em um volume ameno;

 

  • Crie um ambiente seguro:Mesmo utilizando as estratégias acima, evite expor a criança a aglomerações no momento da queima de fogos. Prepare um cômodo para ficar com a criança durante o barulho;

 

  • Explique o que está acontecendo:Em qualquer situação é importante permitir que a criança entenda o que está acontecendo no momento. Isso trará a ela mais tranquilidade e confiança;

 

  • Demonstre afeto:Por fim, é essencial proporcionar à criança segurança. Abraços apertados e afetuosos podem causar a sensação de confiança, proteção e conforto, ajudando-a no processo.

 

Estas dicas são importantes e podem ajudar as famílias a lidarem com essas situações. No entanto, a terapeuta reconhece que o uso de fogos de artifício faz parte da cultura e não deve ser excluído da vida do autista, porém, deve-se evitar os sons altos, para que a população autista, assim como outras pessoas sensíveis a sons, possam curtir os momentos de festividade junto aos seus familiares sem sofrimento. A inclusão ocorre nos detalhes e no dia a dia!


Gravidez Tardia: Conheça os 5 cuidados essenciais na gestação após os 35 anos

Médico obstetra e consultor da Philips Avent, Dr. Alberto Guimarães, explica os riscos e precauções necessárias para uma gravidez com menos riscos


Nos últimos 20 anos, o número de mulheres que tiveram bebês após os 35 anos avançou no Brasil, aponta estudo realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). De acordo com o médico obstetra e consultor da Philips Avent, Dr. Alberto Guimarães, nessa faixa etária a gravidez já é considerada tardia e merece um acompanhamento mais próximo com o objetivo de diminuir riscos e ser bem-sucedida. 

Para aquelas mulheres que já passaram dos 35 anos e planejam engravidar, o doutor traz algumas recomendações:  

1.   O primeiro e mais importante passo é ter a certeza que quer engravidar nesse momento;

2.   Consultar um profissional antes de engravidar para um check-up completo da saúde;

3.   Interromper o método anticoncepcional utilizado;

4.   Iniciar a suplementação indicada pelo médico;

5.   Aderir hábitos mais saudáveis.

 

O especialista recomenda que a gestação aconteça de maneira planejada, para que todo o acompanhamento médico se inicie antes mesmo da fecundação. “A partir dos 35 anos, a gestação deve ser cuidada com uma estratégia de prevenção, e não como um risco em si. Nesses casos, é necessário manter a bandeira amarela em alerta, com intuito de reduzir os riscos durante o período gestacional”, esclarece o Dr. Alberto.

 

Segundo o médico, em grande parte dos casos de gravidez tardia ou idosa - como também é conhecida - a mulher necessita de uma suplementação diferenciada, avaliação hormonal e acompanhamento constante da pressão arterial e do peso para que a gravidez avance de maneira saudável. “Entre 10 e 15% das gestações podem sofrer abortos, em sua maioria decorrentes de componentes genéticos. Quando filtramos para a gravidez tardia, esse índice é ainda maior, o que pode comprometer a possibilidade de uma próxima gestação devido a idade da paciente”, explica o médico.

 

Com o avanço da idade, aumentam as probabilidades de alterações metabólicas, tireoidites, diabetes, distúrbios de pressão, entre outros. “As chances de uma pré-eclâmpsia durante o parto, por exemplo, são maiores. Essa condição pode acometer tanto gestante com idades mais avançadas quanto adolescentes”, acrescenta.


O Dr. Alberto reforça que a idade não deve ser o único motivo para decidir pela maternidade. “Ao pensar em engravidar, a mulher tem que levar em consideração se ela realmente tem o desejo de ser mãe e se está preparada para essa mudança em sua vida. A idade não pode ser o único fator para engravidar. Se houver dúvidas sobre a maternidade, o congelamento de óvulos pode ser uma possibilidade para a mulher postergar essa decisão e gestar no momento ideal”,, comenta o médico.



Dr. Alberto Guimarães - médico, ginecologista e obstetra pela Faculdade de Medicina em Teresópolis, mestre e doutorando, pela Escola Paulista de Medicina, UNIFESP e idealizador da Universidade do Parto.

 

Philips Avent

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Ansiedade precoce pode ser observada em crianças

É importante ficar atento e, na dúvida, procurar ajuda de um profissional para avaliar caso a caso

 

Quem nunca ficou ansioso na véspera do primeiro dia de aula, no retorno das férias? Isso é considerado normal. Porém, quando a mesma sensação acontece a cada dia, em situações parecidas ou até mesmo diferentes, considera-se patológico e deve ser observado com mais atenção, relata Cristiane Duez V. Santos, psicóloga do NAPP (Núcleo de Apoio Psicológico e Psicopedagógico) da Faculdade Santa Marcelina.

“A medida para entender a ansiedade como patológica, é o quanto os sintomas prejudicam as atividades do dia a dia. Os sinais mais comuns em crianças são: dores de cabeça, dor de estômago e tensão muscular. Lembrando que, os sintomas físicos em crianças, são diferentes dos adultos”, explica.

A puberdade precoce é um dos principais vilões, quando se fala de ansiedade e estresse na adolescência. Estilo de vida saudável, com alimentação balanceada (com legumes, verdura e frutas) e práticas de exercícios regulares (se possível, inserir a meditação), além de sono adequado e evitar excesso de exposição às telas e redes sociais (TV, celular, tablets e computadores) podem auxiliar na vida social e no controle hormonal de uma criança. “O diagnóstico e tratamento precoce podem evitar consequências negativas na vida da criança. Muitas vezes é necessário o uso de medicamentos, associados à psicoterapia, em especial a terapia cognitiva comportamental”, disse a psicóloga.

A seguir a especialista fala dos tipos de ansiedade que podem desenvolver em crianças e como identificar o problema.

  • Ansiedade por separação dos pais: apresenta-se com um medo irreal de que algo muito ruim aconteça com eles ou com seus pais, quando se afastam de seus olhos.
  • Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) - caracteriza-se pela presença de preocupações excessivas e incontroláveis sobre diferentes aspectos da vida. Apesar de preocupações serem uma manifestação de ansiedade bastante comum e fazerem parte da experiência humana, crianças diagnosticadas com TAG mostram uma duração maior desse estado ansioso.
  • Transtorno de Ansiedade Social ou Fobia Social (TAS) – é mais comum em crianças com até 2,5 anos que tendem a não se sentir confortáveis perto de pessoas que não fazem parte de sua família. Após este período, se o estranhamento continuar e interferir na construção da socialização, é possível que este desconforto tenha se tornado patológico.


Como os pais podem identificar que os filhos estão com ansiedade?

Os pais podem identificar os sintomas de ansiedade, observando seus filhos em algumas situações. É importante ficar atento se a criança apresente dificuldade de concentração, irritabilidade, preocupação excessiva com situações rotineiras, pesadelos frequentes, dificuldade em aprender coisas novas e dificuldades em superar algumas fases, como por exemplo o desfralde ou mesmo deixar a chupeta e a mamadeira.


Quais os sintomas que devem ser observados pelos pais?

Sintomas podem surgir de formas alternadas, com períodos mais ou menos frequentes e de maior ou menor intensidade e duração. O importante é estar atento ao grau de desconforto e interferência que eles estejam causando na rotina da criança como, alterações no apetite, dificuldades no sono, queda no rendimento escolar, desmotivação, medos e preocupações excessivas, dores de cabeça, tonturas, timidez ou retraimento social, oscilação de humor e irritabilidade ou apatia.


Como amenizar o problema? 

O problema pode ser amenizado com a prática de atividade física, atividades prazerosas, ensinar a criança a esperar sua vez, ensinar a criança a fazer suas escolhas de forma consciente e evitar recompensá-la, de forma excessiva, a cada atitude que tenha.

 

Faculdade Santa Marcelina


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