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quinta-feira, 13 de outubro de 2022

A trombose mata 1 em 4 pessoas no mundo


O Dia Mundial da Trombose quer ampliar o conhecimento da população sobre essa doença silenciosa


            No Dia Mundial da Trombose, 13 de outubro, ainda assusta o número de pessoas que morrem em função dessa complicação em todo o mundo. Um em cada 4 pacientes morrem por trombose, doença silenciosa que se manifesta quando ocorre a formação de coágulos potencialmente fatais nas artérias ou veias. Os coágulos de sangue, normalmente, ocorrem nas veias da perna (Trombose Venosa Profunda - TVP), que podem se fragmentar e chegar através da circulação até os pulmões e causar a Embolia Pulmonar (EP).
            O médico hematologista, patologista clínico e um dos diretores do Laboratório São Paulo, Daniel Dias Ribeiro, revela que a incidência de trombose é de mil pessoas por 1 milhão na população mundial. “Se olhar a trombose cerebral, são 10 a 20 casos por 1 milhão por ano. Em situações no dia a dia, temos os casos de trombose, como voos com mais de 8 horas de duração – 217 casos para 1 milhão de pessoas. O uso de anticoncepcional oral – 5 mil casos para cada 1 milhão de pessoas que usam o medicamento”, acrescenta.
            O problema também passou a ser lembrado com a pandemia da Covid-19, lembra o médico hematologista.  De acordo com ele, é alta a incidência de trombose nos pacientes que têm casos graves da Covid-19 e chegam em 20% a 30% aqueles que estão em CTI. “A vacinação é muito importante para impedir a ocorrência do problema. Ter Covid grave traz muito mais riscos de ter trombose do que tomar vacina contra a doença”, alerta Daniel Ribeiro.
            O diretor do Laboratório São Paulo informa que algumas doenças, como o câncer, também são fatores de risco. “Pacientes com câncer também estão mais sujeitos às tromboses venosas ou arteriais em razão das cirurgias, internações, infecções, tratamentos e de outros fatores específicos da doença”, explica ele.
           “Felizmente, apesar dos altos índices de complicações, o problema pode ser prevenido” informa Daniel Ribeiro. Nunca é demais alertar à população sobre os fatores de risco para trombose, como: as internações hospitalares, uso de medicações contendo estrógenos, acidentes e traumatismos, histórico familiar, imobilização prolongada, obesidade, cirurgia, câncer, gestação, puerpério e tabagismo.
           A Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH) lançou uma campanha com três focos para conscientizar a população e prevenir os eventos trombóticos: 
           - Pacientes hospitalizados: cerca de 60% de todos os eventos trombóticos venosos ocorrem durante, ou nos 90 dias que se seguem a uma internação hospitalar. Por isso, representam uma das principais causas de morte intrahospitalar passível de prevenção.
           - Pacientes com câncer: pacientes com câncer apresentam maior risco de tromboses tanto venosas quanto arteriais. Além disso, as tromboses venosas em pacientes com câncer resultam em aumento da necessidade de internações e aumento da mortalidade, além de apresentarem maior risco de recorrência.
           - Pacientes com COVID-19: estes pacientes apresentam risco aumentado para tromboembolismo venoso, além de alterações ainda não completamente compreendidas no balanço hemostático local (pulmões) e sistêmico. O reconhecimento deste risco é fundamental para o manejo intrahospitalar destes casos.

Sinais e Sintomas
Os sinais e sintomas da trombose também devem ser observados e buscar o tratamento médico no caso da manifestação. Entre eles, estão: dor ou desconforto na panturrilha ou coxa, aumento da temperatura e inchaço da perna, pés ou tornozelos, vermelhidão e/ou palidez, sensações e/ou falta de ar, dor no peito (que pode piorar com a inspiração), taquicardia, Tontura e/ou desmaios.
Para finalizar, o médico acrescenta que sempre é bom lembrar quais as medidas devem ser adotadas para evitar a trombose: hidratação diária; não ficar sentado muito tempo (trabalho, viagens e pós-cirurgias); fazer atividade física, pelo menos, 3 vezes por semana; preferir roupas e sapatos confortáveis; ter uma alimentação balanceada; evitar fumar e bebidas alcoólicas.


Dia Mundial da Visão: iniciativa chama atenção para doença rara e grave


Divulgação

No Dia Mundial da Visão (13 de outubro), data instituída pela International Agency for the Prevention of Blindness (IAPB), a associação de pacientes, Crônicos do Dia a Dia (CDD), chama atenção para a doença ocular da tireoide (DOT): condição rara, crônica e progressiva, também conhecida como orbitopatia de Graves ou oftalmopatia de Graves [1,2,3]. Voltada para a sociedade, a iniciativa #OOlharDizTudo estampará diversos espaços do Shopping Cidade São Paulo, localizado na Avenida Paulista. A partir das 18 horas, o empreendimento exibirá olhares e a hashtag do movimento. Essa é a primeira fase da iniciativa, que terá desdobramento em novembro. A ação conta com o apoio institucional da Horizon Therapeutics.


“Quem quiser participar da ação, basta postar uma foto ou um vídeo dos olhos usando a hashtag #OOlharDizTudo -- depois, é só conferir no telão. O objetivo da iniciativa é elevar a conscientização a respeito da DOT, uma condição grave que pode, em alguns casos, levar à cegueira. Precisamos aumentar o conhecimento desta doença que ainda é pouco conhecida e, infelizmente, subdiagnosticada”, explica Bruna Rocha, gerente geral da CDD.

A DOT é uma doença autoimune, em que o sistema imunológico ataca o próprio tecido muscular e adipos atrás dos olhos, causando inflamação (vermelhidão e inchaço) e formação de tecido cicatricial. Trata-se de uma condição extremamente heterogênea, ou seja, os sintomas podem variar de paciente para paciente e evoluir de maneira leve, moderada ou severa.

Alguns dos principais sinais e sintomas são olhos arregalados (retração palpebral) e saltados (proptose), além de ressecamento e dor, visão dupla (diplopia), olhos desalinhados ou que não se movem juntos, sensibilidade à luz, vermelhidão, inchaço e lacrimejamento excessivo.[2] A doença tem um impacto social relevante. Ela está associada a efeitos psicológicos e emocionais significativos, que comprometem, consideravelmente, o bem-estar de quem convive com a patologia.

Não é incomum a DOT ser associada à doença de Graves, a causa mais comum de hipertireoidismo, um problema na tireoide (glândula que regula a função de órgãos importantes como o coração, o cérebro, o fígado e os rins), que se caracteriza pela produção desordenada dos hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina). Aproximadamente um terço dos pacientes com doença de Graves apresentam algum sinal e/ou sintoma nos olhos, o que explica o nome da enfermidade.[2,4] Embora a maioria dos pacientes com DOT (90%) tenha hipertireoidismo concomitante, a DOT também pode ocorrer em pacientes com a tireoide normal ou com hipotireoidismo, quando há queda na produção dos hormônios T3 e T4 (10% dos casos).[5]

Assim como todas as condições raras, o diagnóstico precoce da DOT é essencial para um melhor manejo da doença. Ele é clínico, feito por meio de um exame detalhado com médico oftalmologista especialista em cirurgia plástica ocular. É possível complementar a investigação com exames de sangue para avaliar a função tireoidiana e de imagem. A tomografia computadorizada ou ressonância nuclear magnética podem fornecer informações mais precisas, por exemplo. O cuidado adequado traz benefícios para quem convive com DOT e reduz o impacto da patologia. Diante de qualquer suspeita, é recomendado procurar por um endocrinologista ou um oftalmologista para mais orientações.

Para outras informações sobre a iniciativa #OOlharDizTudo e a doença ocular da tireoide, acesse oolhardiztudo

 

Associação Crônicos do Dia a Dia

 


Referências

[1] Wang Y, Patel A, Douglas RS. Thyroid Eye Disease: How A Novel Therapy May Change The Treatment Paradigm. Ther Clin Risk Manag. 2019;15:1305-1318. doi:10.2147/TCRM.S193018.

[2] Barrio-Barrio J, Sabater AL, Bonet-Farriol E, Velázquez-Villoria Á, Galofré JC. Graves’ ophthalmopathy: VISA versus EUGOGO classification, assessment, and management. J Ophthalmol. 2015;2015:249125.

[3] Link. Acesso em 27/07/2022; 2.Ther Adv Ophthalmol 2021, Vol. 13: 1--14 DOI: 10.1177/ 25158414211027760

[4] Weightman DR, et al. Autoantibodies to IGF-1 binding sites in thyroid associated ophthalmolpathy. Autoimmunity. 1993; 16(4):251--257.

[5] Men CJ, Kossler AL, Wester ST. Updates on the understanding and management of thyroid eye disease. Ther Adv Ophthalmol. 2021 Jun 30;13:25158414211027760. doi: 10.1177/25158414211027760. PMID: 34263138; PMCID: PMC8252358


Obesidade Infantil preocupa OMS


A estimativa da Organização Mundial da Saúde é que para em 2025 o número de crianças obesas no planeta chegue a 75 milhões. Os registros do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que uma em cada grupo de três crianças, com idade entre cinco e nove anos, está acima do peso no País. As notificações do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, de 2019, revelam que 16,33% das crianças brasileiras entre cinco e dez anos estão com sobrepeso; 9,38% com obesidade; e 5,22% com obesidade grave. Em relação aos adolescentes, 18% apresentam sobrepeso; 9,53% são obesos; e 3,98% têm obesidade grave.

O cirurgião do aparelho digestivo Dr. Rodrigo Barbosa, de SP, revela que a obesidade é uma epidemia para toda a humanidade e a prevenção da deve começar o quantos antes, caso contrário o sistema de saúde não conseguirá arcar com as doenças do futuro. 

Diversos estudos destacam a importância de uma boa manutenção do peso na primeira infância para reduzir a obesidade na vida adulta e suas consequências negativas. Além do excesso de peso, o problema metabólico traz diversas doenças que podem colocar em risco a vida do indivíduo em qualquer fase da vida. Isso se explica também pela genética, já que a nossa composição corporal é determinada, de 60% a 80%, pela hereditariedade e mais de 300 genes estão envolvidos na regulação do peso. “Outros pontos que também influenciam são o aumento de peso da mãe e a diabetes gestacional, que levam a uma programação metabólica no bebê que faz com que ele tenha piores preferências alimentares, obesidade e síndrome metabólica na vida adulta”, conta.
 

Aleitamento é prevenção

A amamentação previne o alto ganho de peso na infância e o risco de obesidade na fase pré-escolar. “Uma meta análise recente mostrou que as crianças amamentadas apresentam 22% menos risco de obesidade quando comparada àquelas que receberam fórmulas especiais, principalmente após os três meses de vida”, destaca. 

Segundo o especialista, isso ocorre porque muitas fórmulas prontas são ricas em calorias e proteínas. “Nos primeiros dois anos de vida, o excesso de proteína está associado a uma maior produção endógena de insulina e IGF-1, hormônios ligados à diferenciação das células de gordura e do seu acúmulo. Esse mecanismo é conhecido como ‘programming’ e representa fator crucial para o desenvolvimento da obesidade e suas consequências na vida adulta”, explica.

 

O comportamento dos pais

A prevenção da obesidade também passa pelos atos da família. “Bebês amamentados têm melhor percepção de saciedade do que aqueles alimentados com fórmulas. Isso ocorre também porque muitos pais e cuidadores usam a mamadeira como forma de acalmar a criança, prejudicando o aprendizado correto da auto regulagem da fome”, fala.

O primeiro paladar das crianças é adocicado, já que o leite materno também é classificado como mais docinho. Justamente por isso é que o açúcar precisa ser evitado até os dois anos de idade, pois além de ser considerado um alimento estimulante, é um grande gatilho para a compulsão e, consequentemente, a obesidade.

“Com o paladar ainda em formação, os pais precisam se conscientizar de que a criança precisa negar por pelo menos 7 vezes um alimento para então afirmarmos que ela não gosta daquilo. “A primeira recusa deve ser oferecida novamente, por mais 6 vezes e em até outro formato (cozido, cru, amassadinho, em purê, assado ou grelhado). No mais, quanto mais os pais buscarem voltar às origens e oferecer os alimentos na forma mais crua e in natura, é melhor”, destaca.

Incluir os pequenos no preparo das refeições também ajuda a desenvolverem um bom relacionamento com a comida e estudos mostram que as famílias que fazem as refeições juntas regularmente têm menos chances de sofrer de sobrepeso e obesidade. “O bebê aprende a se alimentar com os pais e vai ter bons hábitos se os mesmos o tiverem. Famílias que priorizam frutas, verduras, legumes e grãos integrais aos alimentos industrializados têm muito mais saúde e qualidade de vida. Isso se reflete não apenas no presente, mas principalmente no futuro de todos”, conclui. 

 

Dr Rodrigo Barbosa – drrodrigobarbosa. Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP.


Dia Mundial da Trombose: veja dicas para prevenir a doença e manter a saúde das pernas

 Prática de exercícios físicos, alimentação balanceada e meias de compressão são importantes para evitar problemas circulatórios

 

A data de 13 de outubro marca o Dia Mundial de Combate e Prevenção à Trombose. Instituída oficialmente em 2014 pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH), a ocasião tem o objetivo de conscientizar a população sobre a doença e alertar para os seus riscos. 

A trombose venosa acontece quando há formação de coágulo sanguíneo em uma ou mais veias. O coágulo bloqueia o fluxo de sangue, causando dor ou edema na região. Caso esse coágulo se desprenda e se movimente na corrente sanguínea, ocorre a embolia, que pode levar a lesões graves e fatais. Por isso é tão importante trabalhar na prevenção da doença. 

Confira abaixo algumas informações e dicas de como prevenir a trombose:

 

Quais são as causas e principais fatores de risco da trombose?

A trombose pode acontecer de maneira espontânea, mas geralmente está ligada a fatores de risco que favorecem o seu desenvolvimento, como obesidade, uso de hormônios, gestação, pós-parto, idade, tabagismo, pós-cirúrgico, histórico familiar, câncer, doenças crônicas, doenças agudas, AVC (Acidente Vascular Cerebral), entre outros.

 

Quais são os sintomas de trombose?

É importante sempre estar atento ao seu corpo e consultar um médico regularmente para o diagnóstico e tratamento necessário. Os sintomas mais comuns da trombose são edema e dor no local afetado. A trombo embolia pulmonar exige ainda mais atenção, pois nela pode haver dor no peito e falta de ar. 

Já a trombose nas pernas costuma causar dor nas panturrilhas, que podem se espalhar para o pé e tornozelo, ocasionando inchaço, sensação de peso e calor nas pernas, além de vermelhidão na região.

 

Existe tratamento para trombose?

Sim, a trombose tem cura e seu tratamento consiste em barrar o aumento do coágulo, remover o trombo e prevenir a embolia ou danos definitivos nas válvulas venosas. 

Em geral, o tratamento é realizado com substâncias anticoagulantes que dificultam a formação e crescimento do trombo, impossibilitando o avanço da obstrução das veias e a piora da doença. 

O tempo de tratamento varia de acordo com a gravidade do caso. Por isso, é importante consultar um médico para tratar a trombose desde os primeiros sinais, prevenindo assim o agravamento da doença

 

Como evitar a trombose?

Para evitar a trombose é importante cuidar bem da sua saúde. Confira abaixo cinco dicas para incluir na sua rotina e auxiliar na prevenção da doença: 

  • Beba bastante água: se hidrate. Beba de 1,5 a 2 litros por dia de água. Além de manter a pele hidratada, o organismo fica mais saudável. 
  • Evite ficar muito tempo sentado: ao ficar muito tempo na mesma posição, a circulação sanguínea fica prejudicada. Por isso, levante e faça caminhadas, mesmo que em um pequeno espaço. 
  • Meias de compressão: o uso das meias de compressão é recomendado pois proporcionam o alívio das dores e inchaços. A terapia de compressão atua como uma camada muscular que pressiona suavemente as paredes das veias, ao mesmo tempo em que permite o fechamento das válvulas, fazendo com que o fluxo de sangue volte para o seu estado normal. Existem diversos modelos de meias de compressão no mercado e seu uso pode ser preventivo. A SIGVARIS GROUP, empresa global com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médica, possui um amplo portfólio de meias e canelitos que auxiliam no direcionamento correto do fluxo venoso e linfático, permitindo assim, uma nítida melhora na circulação, além de promover conforto e bem-estar. 
  • Pratique exercícios: praticar exercícios físicos é importante e auxilia muito na nossa saúde, reduzindo o estresse, aumentando a sensação de bem-estar, melhorando a qualidade do sono e reduzindo as dores no corpo. 
  • Evite o consumo de álcool, cigarro e comidas gordurosas: é fundamental evitar o consumo de álcool e tabaco em excesso. Isso vale também para alimentos gordurosos e salgados, que contribuem para a retenção de líquidos, o que pode potencializar inchaços nas pernas.

 

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Outubro Rosa: precisamos falar e cuidar mais da saúde mental das mulheres

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Oncologista aponta a importância da campanha e o diagnóstico precoce da doença e psicólogo explica como a terapia é fundamental

 

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer, em 2021, mais de 66 mil casos novos de câncer de mama foram estimados, com um risco de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Tendo em vista que o câncer de mama ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, é preciso debater cada vez mais o tema. A campanha do Outubro Rosa vem para reforçar isso, tanto no lado físico da doença, mas na parte emocional e psicológica. 

Para Carla Moraes, oncologista do Hospital Anchieta e do Hospital São Francisco de Brasília, o Outubro Rosa é uma campanha anual realizada mundialmente em outubro, com a intenção de alertar a sociedade sobre o diagnóstico precoce do câncer de mama. “A grande missão é compartilhar informações e promover a conscientização sobre a doença; proporcionar maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento e contribuir para a redução da mortalidade”, conta. 

A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), recomenda que as mulheres a partir de 40 anos, façam o check-up de prevenção, é importante falar e agir sobre. Além do exame de toque, é necessário consulta com o ginecologista e/ou mastologista para identificar fatores de risco e estabelecer a rotina de exames de rastreio para a prevenção: a mamografia e o ultrassom mamário. Mas, não só esses profissionais entram em cena, o psicólogo também é peça fundamental nesse processo.

 

Diagnóstico 

Carla Moraes explica que o diagnóstico é só a primeira etapa: “As pacientes passam por consultas multidisciplinares composta por oncologistas e mastologistas para definir o tratamento individualizado para cada uma, entendendo cada caso e suas particularidades”. 

“Identificar o câncer de mama nas fases iniciais é o maior aliado para um tratamento eficaz, aumentando assim as chances de cura e também a qualidade de vida. De acordo com dados na literatura médica, em média, 95% dos casos de câncer de mama diagnosticados no início têm possibilidade de cura”, revela a oncologista.

 

Importância do acompanhamento psicológico 

O diagnóstico gera uma fragilidade emocional na mulher, devido à insegurança e ao receio de se ter a doença. Nesse momento, o apoio da família, amigos e, claro, de um profissional que lide com o lado psicológico é essencial. Para o psicólogo Fernando Machado, do Hospital Anchieta de Brasília, o apoio do psicólogo é de fundamental importância para que a paciente se reestruture como pessoa, se resgate como mulher e se sinta apoiada, se sinta segura novamente”. 

Quando há um procedimento cirúrgico mutilatório é mais doloroso ainda para a mulher, por isso o acompanhamento psicológico é muito importante. “É um trabalho diário, um trabalho contínuo, um trabalho da imagem do corpo como um todo, não de partes do corpo. É uma imagem do agora, é uma imagem do cuidado que eu tenho com esse corpo. Então, a ideia é ir trabalhando esses processos, como que ela se vê, se reconhece, como se sente”, afirma o psicólogo.

 

Fernando Machado ainda acrescenta que “esse acompanhamento psicológico faz a diferença no tratamento, ainda mais com a rede de apoio. Todas as pessoas em volta tem grande importância sobre esse tratamento, principalmente para essa paciente não se sentir sozinha, abandonada ou rejeitada. É de uma força muito grande o apoio familiar, faz toda a diferença para o tratamento, que é difícil e pode deixar sequelas, então ela se sentir amparada e acolhida é fundamental”, conclui.

Outubro Rosa: câncer de mama na atualidade

 

Criado em 1990, o movimento Outubro Rosa é marcado por ações relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama, doença que, segundo o Instituto Nacional de Câncer no Brasil, é um dos mais incidentes em mulheres em todas as regiões, com taxas mais altas no Sul e Sudeste. Para este ano foram estimados 66.280 novos casos, o que representa uma taxa ajustada de incidência de 43,74 casos por 100 mil mulheres. 

Apesar de ser necessário falar sobre o tema em todos os meses do ano, outubro traz o reforço de atenção redobrada à doença e que alguns cuidados fazem toda a diferença na luta. Segundo a Dra. Silvia Mastrogiuseppe Lellis, ginecologista, mastologista e membro da Doctoralia, após o câncer de pele, o de mama é o mais comum entre as mulheres. “A maioria dos casos são diagnosticados após 50 anos de idade. Nos casos de diagnóstico precoce, a chance de cura chega a 95%”, afirma. 

A especialista ressalta que somente de 5 a 10% dos casos têm causas hereditárias, os demais são ocasionais e, por curiosidade, o câncer de mama masculino corresponde apenas a 1%. A mastologista explica que o auto exame é importante para conseguir observar mudanças, ainda mais no Brasil, onde a mamografia ainda não é de fácil acesso. “Durante o autoexame você pode observar se existem manchas, retrações, mudança do contorno, nódulos, secreções, entre outras modificações”, completa.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, é recomendado  que toda mulher acima de 40 anos realize a mamografia anualmente. Apesar de menos frequente em homens, eles também precisam se prevenir, assim como pessoas que já têm casos na família. 

“Hoje em dia, exames como a mamografia utilizam tecnologias cada vez mais avançadas e trazem diagnósticos mais rápidos e eficazes, possibilitando que pacientes possam iniciar o tratamento logo no início da doença, aumentando significativamente as chances de cura. O avanço tecnológico na medicina é capaz de promover mais qualidade de vida para a população”, informa André Brandão, CEO da Medictalks, plataforma digital de acesso gratuito com conteúdos feitos por médicos, para médicos.                   

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o câncer de mama é também a primeira causa de morte por câncer na população feminina em todas as regiões do Brasil, exceto no Norte. Somente em 2020, a taxa de mortalidade por câncer de mama, ajustada pela população mundial, foi 11,84 óbitos/100.000 mulheres. 

“Alguns fatores de risco podem ser modificados para diminuir as chances do câncer de mama, como: boa alimentação, peso adequado (principalmente após a menopausa), evitar cigarro e bebidas alcoólicas e praticar alguma atividade física”, afirma Lellis. 

Neste cenário, profissionais da saúde têm a missão de orientar e auxiliar pacientes da melhor forma e estar sempre em busca de informações qualificadas e atualizadas sobre causas, tratamentos, entre outras descobertas que envolvam a doença.

De acordo com o estudo Challenges and Opportunities Facing Medical Education, do médico Peter Densen, o tempo necessário para todo o conhecimento médico dobrar em 1950 foi de 50 anos, e em 2020 a projeção era de 0,2 anos, ou seja, apenas 73 dias. Assim, é necessário que profissionais mantenham seus conhecimentos atualizados constantemente. “Hoje, com o avanço tecnológico, é possível que façam isso por meio da internet, quando quiserem e de onde estiverem, participando de debates e webinars, ganhando tempo e produtividade. Porém, reforço a importância da busca por canais seguros e que tragam conhecimento científico confiável e relevante. Quanto mais atualizados e bem informados os profissionais, melhor será o atendimento à população”, finaliza o CEO da Medictalks.     


Doenças Bucais Mais Comuns Que Podem Afetar a Sua Boca. Fique Atento!

As doenças bucais atingem a população mundial em todas as idades. Infelizmente os cuidados com a saúde bucal, ainda são muito negligenciados pelos brasileiros por diversos fatores. 

A cirurgiã-dentista, capacitada em saúde bucal, periodontia e halitose Dra. Bruna Conde explica que a grande maioria dessas doenças bucais podem ser evitadas facilmente por meio de prevenção e mudanças de hábitos diários. Pensando nisso, a especialista cita as 6 doenças mais comuns que afetam a boca da população, sintomas e como tratá-las, confira:
 

Placa bacteriana

A placa bacteriana em si não é uma doença. No entanto, é uma das principais causas que ajudam a desenvolver doenças. Trata-se de uma película pegajosa constituída de bactérias e restos alimentares que se forma sobre os dentes. É a principal causa, por exemplo, de cárie e gengivite. Se não for removida diariamente, a placa bacteriana endurece e causa o tártaro. 

“Para remover e prevenir os dentes da placa bacteriana, é fundamental escovar os dentes e usar fio dental todos os dias. Ao consultar com o dentista, aprenda com o que e como se escova os dentes de forma personalizada para você." informa Bruna Conde.
 

Tártaro

O tártaro é uma placa amarelada que se forma ao redor dos dentes dentro e fora da gengiva. Consiste no endurecimento da placa bacteriana ou no biofilme dental presente na superfície dos dentes. Dessa forma, ele acaba adquirindo um aspecto de crosta de cor amarelada ou esbranquiçada. 

O tártaro pigmenta com facilidade e pode deixar os dentes manchados com cores que vão do esverdeado, marrom e até preto. “E dependendo dos hábitos do paciente, do estilo de vida e do tempo de permanência do tártaro na boca, pode acabar contribuindo para halitose (mau hálito) e até mesmo amolecimento dos dentes.” indica a Dra. Bruna Conde. 

“Uma raspagem malfeita e superficial, por exemplo, sem analisar se há tártaro dentro da gengiva pode causar a perda do dente. Esse acúmulo dentro da gengiva deixa o dente mole e com o tempo esse dente pode cair, por isso a importância de consultar um especialista em periodontia.” alerta a periodontista. 

Algumas dicas para prevenir o tártaro são basicamente evitar o acúmulo de placa bacteriana, escovando bem os dentes, usando diariamente o fio dental, não tentar removê-lo com as unhas ou palitos de dente, beber bastante água e realizar consultas frequentes com o dentista.
 

Halitose

A halitose se caracteriza pelo mau hálito, que pode ser de origem fisiológica, causado pela má higienização da boca, saburra lingual, placa bacteriana. Ou pode vir de origem patológica, por doenças periodontais, inflamações, cáries, alterações hormonais, por questões metabólicas e sistêmicas. 

“Dessa forma, é essencial uma análise de um especialista capacitado em halitose para identificar a origem do mau hálito e realizar o tratamento correto para acabar de vez com esse problema.” afirma a Dra. Bruna Conde.


Gengivite 

A gengivite é uma doença que causa inflamação na gengiva. Alguns dos sintomas são irritações, vermelhidão, inchaço, gengivas retraídas e que sangram com facilidade. 

A gengivite surge a partir de acúmulos de bactérias na boca que se proliferam e em grande quantidade afetam as gengivas causando inflamações. Caso não seja tratada pode evoluir para a periodontite e afetar toda a sustentação dos dentes, causando perda óssea, retração, amolecimento e perda dos dentes. 

A maneira mais eficaz de prevenir a gengivite é uma boa higiene bucal diária (escovação, raspagem da língua, fio dental, se necessário enxaguante bucal recomendado pelo dentista) e evitar que restos de alimentos e bactérias se alojem na sua boca.


Cáries

A cárie baseia-se na deterioração do dente causada pelo acúmulo de bactérias, que vão formando placas endurecidas que só são possíveis ser removidas no consultório odontológico. 

Nessa placa, as bactérias vão gradualmente perfurando o esmalte dos dentes e causando dor e desconforto quando chegam nas partes mais profundas dos dentes. A deterioração do dente é fortemente influenciada pelo estilo de vida do paciente, definida pela alimentação, como cuida e higieniza os dentes, a presença de flúor na água ingerida e o flúor no creme dental de uso. 

Alguns dos principais sintomas são dores que pioram ao ingerir algo doce, frio ou quente, presença de furinhos nos dentes, manchas marrom ou brancas na superfície do dente, sensibilidade, gengivas inchadas e fio dental que esgarça ao passar no vão entre os dentes. 

Para evitar as cáries, é imprescindível uma higienização bucal adequada e diária, além de evitar excessos de doces e alimentos que grudam nos dentes, optar sempre por cremes dentais com flúor, comer alimentos fibrosos para ajudar na limpeza dos dentes e fazer visitas regulares ao dentista.
 

Periodontite

A prevalência de periodontite no Brasil estima-se que afete mais de 50% da população. Consiste em uma doença inflamatória crônica multifatorial, associada a um biofilme dental comprometido, que leva à perda dos tecidos de sustentação dos dentes. 

A especialista Dra. Bruna Conde esclarece que a periodontite é a evolução de uma gengivite não tratada. Alguns sinais são, gengivas inchadas, vermelhas e sensíveis, sangramento na escovação e com o uso do fio dental, retração da gengiva que da impressão de que os dentes ficaram mais compridos, dentes que mudam de posição e aumentam os espaços de um para o outro, pus e secreções entre os dentes e mau hálito persistente. 

O tratamento para periodontite é realizado em consultório, realizando uma raspagem profissional minuciosa por fora e dentro da gengiva, avaliação de hábitos e estilo de vida, higiene personalizada podendo ser necessário escovas interdentais e tufo único para acessar regiões de difícil acesso. 

“Podemos utilizar a laserterapia para auxiliar na cicatrização, nas dores e controle de infecções. Raspagem aberta são raras pois temos tecnologia muito superiores hoje em dia proporcionando total conforto ao paciente." finaliza Bruna Conde.

 

Dra. Bruna Conde - Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


Resistência bacteriana: estudos mostram que a pandemia agravou o problema

O uso indiscriminado de antibióticos para o tratamento de infecções como a bacteriúria assintomática, por exemplo, também vem impulsionando o desenvolvimento de superbactérias 


O uso incorreto e excessivo de antibióticos contribui para a formação de bactérias cada vez mais fortes e letais. Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde (OMS), a resistência bacteriana vai provocar, até 2050, a perda de 10 milhões de vidas em todo o mundo, o que significa uma morte a cada três segundos1,2. Em 2019, a OMS indicou a resistência de bactérias a antimicrobianos como um dos principais problemas de saúde pública do século XXI e uma das 10 principais ameaças à saúde pública global3

Estudos no Brasil e no exterior mostram que a prescrição exagerada de antibióticos durante a pandemia do coronavírus agravou o problema: mais de 70% dos pacientes internados por Covid-19 receberam antibióticos4,5. Outro fator que vem contribuindo para o aumento da resistência bacteriana na população é o uso indiscriminado de antimicrobianos de amplo espectro para o tratamento de infecções leves, como as do trato urinário baixo, como as cistites, por exemplo, o que leva à seleção de cepas de bactérias cada vez mais resistentes. 

“A medicina é muito dinâmica e antibióticos que eram prescritos há cinco anos hoje não são mais recomendados da mesma maneira. Isso porque as bactérias têm se tornado mais resistentes, sem falar que alguns desses medicamentos podem provocar graves problemas musculares e do sistema nervoso”, ressalta a ginecologista e obstetra do Conjunto Hospitalar do Mandaqui, Dra. Patrícia de Rossi. 

Professora de Medicina na capital paulista, Dra. Patrícia explica que um conjunto de recomendações com as evidências brasileiras e mundiais mais atuais sobre o tratamento da infecção urinária estão no Consenso, publicado em 2020, por quatro importantes associações médicas: SBI (Sociedade Brasileira de Doenças Infecciosas), Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), SBU (Sociedade Brasileira de Urologia) e SBPC/ML (Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial). O documento elenca os medicamentos que devem ser priorizados para o tratamento das infecções do trato urinário (ITU), considerando-se o perfil de efeitos colaterais ou a maior chance de induzir resistência bacteriana, como as quinolonas6

O uso empírico de antimicrobianos de amplo espectro para infecções leves contribui para a seleção de cepas cada vez mais resistentes, limitando as opções terapêuticas para casos graves com infecção sistêmica”, aponta o relatório, logo em sua introdução.
 

Infecção do trato urinário (ITU)

A infecção urinária afeta, anualmente, mais de 10% das mulheres adultas, sendo que mais da metade da população feminina terá ao menos um episódio sintomático durante a vida7. Após a primeira ocorrência, 24% das mulheres jovens serão novamente acometidas pelo problema no intervalo de seis meses8. “Mulheres têm fatores anatômicos que facilitam com que as bactérias saiam do canal intestinal e subam pela uretra (canal do xixi), se prendendo na bexiga e causando infecção. Isso sem falar no comprimento do canal da uretra feminina que é quatro vezes menor do que nos homens, muito mais fácil para a bactéria escalar”, explica o urologista Dr. João Antônio Pereira Correia, que assina o Consenso junto com a ginecologista Dra. Patrícia Rossi. 

A infecção do trato urinário pode se manifestar de três maneiras diferentes: com a presença de bactérias no trato urinário, mas sem reação inflamatória, que é chamada de bacteriúria assintomática; na forma de cistite, a inflamação da bexiga, com manifestação de dor, desconforto abdominal e ardência ao urinar, bastante comum nas mulheres; e como pielonefrite, que é a infecção renal, forma mais grave da doença. 

O Consenso das sociedades de especialistas defende que a bacteriúria assintomática não deve ser tratada, com exceção de gestantes, porque aumenta o risco de parto prematuro, e antes de algum tipo de cirurgia ou instrumentação do canal urinário. “Se insistirmos em tratar uma bactéria que está na bexiga, sem causar nenhum desconforto no paciente, ou apenas um cheiro forte na urina, prescrevendo antibióticos para bactérias cada vez mais incomuns, muitas vezes até por via endovenosa, podemos estar tratando desnecessariamente, gerando risco de danos e de resistência bacteriana, quando poderíamos optar pela indicação do aumento da ingestão de líquidos para solucionar o problema”, recomenda Patrícia de Rossi. 

Já para o tratamento da cistite, seja aguda ou de repetição, o relatório das sociedades aponta a fosfomicina trometamol (em dose única) e a nitrofurantoína (100 mg, a cada 6 horas, durante cinco dias) como melhores opções terapêuticas. “As duas medicações têm boa eficácia e, como são utilizadas somente para a infecção urinária, os índices de resistência bacteriana são muito baixos. A fosfomicina ainda tem a vantagem da dose única, em sachê para diluição em água, o que facilita porque muita gente tem dificuldade para engolir comprimidos, ainda mais em horários desconfortáveis, por vários dias”, ressalta o médico. 

“A fosfomicina, além da praticidade da posologia, alcança concentrações urinárias altas muito rapidamente, livrando a paciente dos sintomas e das bactérias. Também não é usada na indústria veterinária, outro fator que evita a resistência bacteriana, já que não vai estar presente na carne que a gente come, e tem a vantagem de permanecer na urina por alguns dias, estendendo o tempo de atuação contra as bactérias”, acrescenta Dr. João Antônio.

O urologista diz que nos casos de cistite de repetição (ITU recorrente), além do antibiótico, é preciso observar algumas medidas comportamentais na mulher, como, por exemplo, a ingestão de líquidos, se tem o hábito de prender o xixi, se o intestino é preso, a forma de higienização após ida ao banheiro e se faz uso de espermicidas, o que pode colaborar com a contaminação local. “Quando você bebe mais água, em teoria, você está sempre lavando a bexiga. Com o aumento do fluxo urinário, você evita que essa bactéria tenha tempo de se fixar na bexiga, porque a infecção só ocorre quando a bactéria se prende na bexiga”, afirma.

Zambon  

 

Referências:

1.SBPC/ML. OMS alerta contra bactérias super-resistentes. Disponível em: Link. Acessado em 19/09/2022.

2. Kumarasamy KK, Toleman MA, Walsh TR, et al. Emergence of a new antibiotic resistance mechanism in India, Pakistan, and the UK: a molecular, biological, and epidemiological study. Lancet. 2010;10(9):597-602. Disponível em: Link. Acessado em 19/09/2022.

3. OPAS. Dez ameaças à saúde que a OMS combaterá em 2019. Disponível em: Link Acessado em 19/09/2022.

4. Huttner B, Catho G, Pano-Pardo JR, et al. COVID-19: don’t neglect antimicrobial stewardship principles! Clin Microbiol Infection. 2020;26(7):808-810.

5. Fiocruz. Detecção de bactérias resistentes a antiióticos triplicou na pandemia. Disponível em: Link. Acessado em 19/09/2022.

6. Rossi P, Cimerman S, Truzzi JC, et al. Joint report of SBI (Brazilian Society of Infectious Diseases), FEBRASGO (Brazilian Federation of Gynecology and Obstetrics Associations), SBU (Brazilian Society of Urology) and SBPC/ML (Brazilian Society of Clinical Pathology/Laboratory Medicine): recommendations for the clinical management of lower urinary tract infections in pregnant and non-pregnant women. Disponível em: Link Acessado em 19/09/2022.

7. Fihn SD. Prática clínica. Infecção aguda do trato urinário descomplicada em mulheres N Engl J Med. 2003;349:259-266.

8. Nicolle LE. Atualização em infecção do trato urinário adulto. Curr Infect Dis Rep. 2011;13:552-560

Climatério: qual é a idade limite para uma gravidez sem riscos?

Mesmo com avanços da medicina, gestações ocorridas em idades próximas da menopausa estão associadas a perigos tanto para a mãe quanto para o feto

 

Gestações acima dos 40 anos sempre foram associadas a situações de risco tanto para a mãe quanto para o bebê. Embora esta seja uma lógica que faça sentido, à medida em que a medicina evolui e as pessoas passam a ter hábitos de vida mais saudáveis, o ato de engravidar no período hormonal conhecido como climatério tem se tornado relativamente mais comum. Neste cenário, muitas pessoas acima dos 40 anos optam por técnicas de fertilização artificial, assumindo os riscos de uma gestação em um período da vida em que seu corpo já está se preparando para a menopausa.

Mas, afinal de contas, qual é a diferença entre o climatério e a menopausa? A ginecologista e obstetra credenciada da Paraná Clínicas, empresa do Grupo SulAmérica, Dra. Ariane Horiuchi (CRM 35.464, RQE 28.174) explica que embora muitas pessoas associem os termos como sinônimos, são duas coisas diferentes: “O climatério é um período de transição compreendido entre o final da fase reprodutora da mulher até a senilidade. Em geral, varia dos 40 aos 65 anos. Já a menopausa é a interrupção permanente da menstruação, sendo reconhecida clinicamente após 12 meses consecutivos sem que ela ocorra. Ou seja: o climatério é um período onde o corpo está se preparando para a fase não reprodutiva e a menopausa é a data onde efetivamente a mulher não é mais capaz de reproduzir”, explica. Segundo a médica, a menopausa é classificada como precoce quando ocorre antes dos 40 anos de idade, e tardia após os 55 anos. De acordo com o IBGE, no Brasil a média de idade para ocorrência da menopausa é de 48 anos.

No climatério acontece a gradativa diminuição da fertilidade e, progressivamente, o declínio da produção de hormonal do ovário. Se a falência ovariana ainda não houver acontecido, ou seja, se a mulher ainda não tiver atingido a menopausa, ela ainda pode engravidar mesmo com chances reduzidas. De acordo com a Dra. Ariane, este momento costuma variar bastante: “De maneira geral, uma pessoa saudável e sem patologias conhecidas não tem um limite de tempo para gravidez pré-estabelecido: a gestação pode acontecer de forma espontânea em qualquer fase de seu período reprodutivo, em que os ovários estejam funcionando e com atividade preservada. Porém, sabemos que após os 35 e 40 anos de idade os riscos obstétricos aumentam muito e as chances de gestações espontâneas acontecerem reduzem substancialmente”, afirma. Segundo especialistas, enquanto uma mulher em condições normais de saúde tem aproximadamente 85% de chances de engravidar antes dos 35 anos, uma pessoa entre 40 e 44 anos vê estas diminuírem para aproximadamente 10%. Depois disso, as chances são menores que 5%.

Possíveis riscos

Em casos onde a gravidez aconteça durante este período, a gestante deverá receber acompanhamento médico qualificado o quanto antes. Além de um obstetra, é recomendado que ela tenha acesso a uma equipe multidisciplinar que faça um acompanhamento completo de seu estado de saúde e monitore possíveis riscos associados. Problemas de tireoide como hipotireoidismo e hipertireoidismo, hipertensão arterial, pré-eclâmpsia, síndrome HELLP, restrição de crescimento, diabetes gestacional, hemorragias, aborto espontâneo, parto prematuro e cromossomopatias como a síndrome de Down são algumas das possíveis complicações associadas a gestações durante o climatério.

Apesar dos perigos, muitas pessoas acima dos 40 optam pela reprodução assistida. A Dra. Ariane explica que embora este seja um caminho possível, o Conselho Federal de Medicina (CFM) determina o limite de 50 anos para aquelas mulheres que querem ser candidatas a técnica. De um jeito ou de outro, mesmo que a mulher ainda esteja apta a realizar a fertilização artificial, há cuidados indispensáveis a fim de preservar a saúde da mãe e do feto: “É importante engravidar com as doenças de base bem compensadas e conhecidas pela paciente para evitar assim consequências maternas e fetais graves decorrentes das alterações geradas por essa gestação associada a doenças que já acompanham essa mãe”, conclui.

 

Paraná Clínicas

 www.paranaclinicas.com.br


Crianças não podem carregar nada que seja superior a 10% do peso

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 70% dos problemas de coluna na fase adulta tem como causa o efeito cumulativo do excesso de peso carregado na infância e adolescência.

 

Mochila da escola, do ballet, do tênis, da natação, tudo isso quase sempre, nas costas das crianças. Uma dúvida frequente é sobre qual mochila é a ideal para as crianças e adolescentes e qual o peso que eles podem carregar sem causar prejuízos para a coluna. 

Um dos problemas agravados pelo excesso de peso que as crianças podem carregar é a escoliose ─ quando a coluna apresenta uma curvatura em forma de "S" ─, a cifose e a lordose são outros problemas que, dependendo do grau de gravidade, podem demandar sessões de fisioterapia ou, em casos extremos, levar até a intervenções cirúrgicas. O peso das mochilas ou de qualquer outra bolsa que as crianças carreguem, não deve ser superior a 10% do peso delas ─ isso significa que, se a criança pesa 50 quilos, não pode carregar nada mais do que 5 kg. 

"O excesso de peso, além das complicações citadas, pode interferir também no crescimento das crianças e jovens, uma vez que elas tendem a se curvar para suportar o peso da mochila e, com isso, vão acostumando mal a coluna", destaca Cadu que complementa: “O peso sobre músculos, tendões, nervos e articulações pode causar dores e inflamações que, com o passar do tempo, tornam-se mais graves e desencadeiam outras doenças e problemas. Segundo o fisioterapeuta, isso acontece porque na tentativa inconsciente de tentar equilibrar a carga, muitas crianças acabam se curvando ou pendendo o corpo para um dos lados e assim, desalinham totalmente a postura. 

Pescoço, ombros, braços e costas são sempre os primeiros a serem afetados. “Os ombros sofrem os primeiros sinais do excesso de peso que sobrecarrega a musculatura e as articulações da região, causando processos inflamatórios e, em casos mais graves, até artrose, alerta o fisioterapeuta. 

Além de respeitar os limites de peso recomendados, Cadu destaca a importância de crianças distribuírem o peso utilizando sempre bolsas, sacolas ou mochilas com as duas alças aos ombros. 

"Uma alternativa saudável para as crianças e adolescentes seria utilizar as mochilas com puxadores de mão e rodinhas, para evitar que o sobrepeso das malas cause problemas nas costas, relembrando que os pais devem, nos casos das mochilas com puxadores, observar a altura da mala em relação ao filho. Porque a criança não deve se curvar para um lado enquanto tenta puxar a mochila", conclui. 

 

Cadu Ramos – fisiocaduramos - Fisioterapeuta clínico - CREFITO 130030 . Especialista em Fisioterapia e Traumatologia -- Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM), em Aparelho Respiratório -- Ventilação Mecânica Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) -- Escola Paulista de Medicina (EPM) e em Fisioterapia em Geriatria -- trabalho voltado para queixa principal, atividades da vida diária (AVD ‘S) e socialização do idoso. (Instituto ILEA). Graduado em Fisioterapia pela Universidade Bandeirante de São Paulo.


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