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quarta-feira, 23 de março de 2022

Comer transtornado: os riscos de emagrecer sem cuidar da saúde

Práticas alimentares não-saudáveis adotadas para emagrecer, como pular refeições, podem causar prejuízos de curto a longo prazo. Segundo a nutricionista e docente do Centro Universitário São Camilo – SP, Aline de Piano, tais hábitos podem ser fatores de risco para desenvolver transtornos alimentares  


Perder peso de maneira rápida e “fácil” pode ser tentador, ainda mais quando as dicas estão ao alcance de um clique nas redes sociais. Mas quando essas orientações são repassadas por pessoas sem a devida qualificação, experiência e expertise, os riscos para a saúde são altos. Um deles é o desenvolvimento do comer transtornado.

  

O termo remete a transtornos alimentares, mas sua definição é totalmente diferente. A nutricionista Aline de Piano Ganen, coordenadora do Mestrado Profissional em Nutrição do Centro Universitário São Camilo – SP, explica do que se trata essa condição, quais os principais perigos associados a ela e como tratá-la. Confira:  


 

O que é exatamente o comer transtornado, e como podemos identificá-lo?  


"É importante trazer o conceito adequado do comer transtornado porque muitas vezes as pessoas podem confundi-lo com um transtorno alimentar. O comer transtornado é caracterizado por práticas alimentares que o indivíduo realiza na tentativa de perda ou manutenção de peso. São práticas não-saudáveis, como pular refeições e dietas restritivas. Já o transtorno alimentar é uma doença com características psiquiátricas.

 

O comer transtornado pode ser uma etapa anterior ao desenvolvimento de um transtorno. Não necessariamente a pessoa que tem isso terá transtorno alimentar, mas pode ser um grande fator de risco." 


 

O acesso fácil e livre a conteúdos sobre Nutrição na Internet pode ser um fator agravante para o comer transtornado? Como?  


"Com certeza. Esse é um dos grandes problemas que vivemos atualmente. Existem aspectos positivos nesse fácil acesso às informações, principalmente nas redes sociais, mas o lado ruim é que essas informações nem sempre são embasadas cientificamente, e podem acabar sendo formas de incitar práticas inadequadas.  

 

Observamos muitas pessoas que são leigas no assunto divulgando práticas alimentares disfuncionais por falta de conhecimento, e isso pode levar ao comer transtornado. Essa disseminação de “fake news” da Nutrição pode prejudicar principalmente pessoas que não conseguem identificar se a informação é verdadeira ou falsa e, para muitos, o que vale é o emagrecimento, independentemente de ser de forma saudável ou não.  

 

É importante ter cuidado e buscar sempre um nutricionista." 

 


Existem, de fato, alimentos que influenciam na ansiedade?  


"Existem alimentos que contêm nutrientes específicos como o magnésio, ômega 3 e probiótico, que são elementos nutricionais importantes para a produção da serotonina, que é um hormônio responsável por esse controle de ansiedade. Alimentos que contêm esses nutrientes na sua composição podem ajudar no controle da ansiedade.  

 

Não só esses alimentos, mas também um estilo de vida saudável, com prática de exercícios. São várias componentes importantes no combate à ansiedade. Ao mesmo tempo que alimentos ricos em açúcar e em gordura saturada podem aumentar a produção de serotonina. Então uma alimentação saudável, buscando os alimentos-fontes desses componentes, pode ser um coadjuvante no combate à ansiedade." 


 

Quais são as formas de tratar o comer transtornado?  


"O primeiro passo é identificar quais são os comportamentos que podem estar associados a esse comer transtornado para que a gente desmistifique e oriente da melhor forma mudanças de hábitos e comportamentos. Por mais que pular refeições possa estar associado à perda de peso, vai ter um efeito rebote dessas condições, desses artifícios usados para o emagrecimento.   

 

Já foi observado nitidamente que a restrição leva à compulsão, então teremos um efeito rebote e um ganho de peso muito maior, levando a alterações metabólicas importantes.  

 

Existem instrumentos na literatura que nos ajudam a identificar esses sintomas do comer transtornado. Um exemplo seria o questionário que o nutricionista pode aplicar para identificar esses sinais, que é a Escala de Atitudes Alimentares Transtornadas (EAAT).  

 

Outro requisito importante para tratar o comer transtornado é reestabelecer uma melhor aceitação com o seu corpo. Trabalhar a percepção, a satisfação com a imagem corporal, questões relacionadas ao comportamento alimentar. Isso é importante para mostrar que através de uma alimentação saudável e natural, sem utilizar esses recursos de restrição, vai fazer com que o indivíduo consiga atingir sua meta sem o risco de gerar malefícios para sua saúde de curto a longo prazo." 

Para ouvir a entrevista completa, acesse o link: https://open.spotify.com/episode/28BC4vVMkN3dmVUrR3apMP?si=0db77ea0c79d4807


Dermatologistas lançam guia para esclarecer à população sobre relação entre covid-19 e manifestações cutâneas

Para ajudar a população a entender de forma didática e simplificada como o vírus causador da pandemia pode deixar sinais evidentes na pele, cabelo e unhas, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) acaba de lançar o “Guia sobre a covid-19 e suas manifestações cutâneas”. A publicação trazer informações importantes sobre o tema, inclusive alerta que lesões cutâneas decorrentes dessa doença podem ser parecidas com as de outras. Por conta disso, esclarece a SBD, é importante a avaliação de cada caso por dermatologista para diagnóstico e tratamento corretos. 

ACESSE O GUIA SOBRE COVID NA ÍNTEGRA 

No “Guia sobre a covid-19 e suas manifestações cutâneas”, os especialistas enfatizam que, embora os principais sintomas da doença sejam respiratórios, estima-se que seis em cada grupo de 100 pacientes com a doença apresentam alguma manifestação na pele. Apesar do número parecer baixo, o texto ressalta que identificar quadros nesta situação ajuda no diagnóstico precoce da covid-19 e no acompanhamento dos casos. 

Pacientes com covid-19 podem apresentar lesões na pele, sendo as mais comuns manchas vermelhas. Elas são chamadas de “exantema” ou “rash”. Os especialistas pontuam que surgem nos primeiros dias da doença e podem coçar e descamar. A melhora ocorre de forma espontânea, com a recuperação do quadro clínico.  

Por sua vez, outras lesões, como a urticária, podem preceder sintomas gerais ou surgir concomitante a eles. O documento traz ainda a informação de que há relatos de pacientes em que lesões de pele foram o único sintoma da doença, uma situação que tem sido avaliada pela comunidade científica.  

Cabelos - A covid-19 pode desencadear, ainda, queda capilar intensa, também chamada de eflúvio telógeno. Esse sintoma se inicia de um a três meses após a infecção viral e a duração é variável. Os médicos frisam que medidas como alimentação adequada e lavagem dos cabelos na frequência recomendada podem ajudar. Em alguns casos, o tratamento específico com suplementação de nutrientes e medicações pode ser necessário, devendo ser orientado por dermatologista. 

Outra manifestação relatada é a chamada de “dedos covid” ou pseudo eritema pérnio. Eles se caracterizam por manchas arroxeadas ou vermelhas nas pontas dos dedos dos pés, mãos, nariz e orelhas, que podem ser acompanhadas de leve inchaço, aumento da sensibilidade, queimação e dor. A melhora também ocorre espontaneamente em algumas semanas, podendo ser necessário o auxílio de medicações analgésicas e anti-inflamatórias. Dentre as crianças, essa é a manifestação cutânea mais comum e indica pouca gravidade da doença. 

O trabalho publicado pela SBD, que comemora 110 anos de fundação, aborda ainda a relação das vacinas para covid-19 com problema de pele. O Guia explica que reações cutâneas também podem ocorrer após o uso de qualquer tecnologia, sendo mais comum a reação no local da aplicação (imediata ou tardia). Nestas situações, há edema, vermelhidão e dor local, o que pode exigir tratamento com medicamentos. Porém, o documento ressalta que, até o momento, não existe reação cutânea à vacina que impeça a aplicação da segunda dose ou dose de reforço, quando indicadas.


Excesso de sede pode estar relacionada a algumas doenças

Já a falta de sede é comum no processo de envelhecimento

 

Ausência de sede é um assunto que os pacientes relatam com muita frequência no consultório da endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato. Na maioria dos casos, a correria diária faz com que as pessoas se esqueçam de beber água. “Com o envelhecimento, o sistema nervoso central, que ajuda a regular a sede, funciona de maneira pior, de forma que os idosos sentem bem menos sede. Mas no geral, não existe uma doença específica que iniba a vontade de beber água”, explica a especialista.

Já a sede em excesso, pode indicar a presença de algumas doenças, entre elas está o diabetes mellitus, muito prevalente e caracterizado pelo excesso de glicose no sangue. Outra doença que pode estar associada ao excesso de vontade de beber água é o diabetes insípidos, menos comum e, em geral, acontece por lesões no sistema nervoso central, em hormônios que regulam a sede. Alterações psiquiátricas, como a ansiedade, fazem com que a pessoa ingira água compulsivamente, a chamada potomania.

A falta de sede não exige uma investigação detalhada, mas o excesso de sede sim. Anamnese e exames laboratoriais de função renal e glicemia, por exemplo, servem de guias para um diagnóstico preciso.

“Se for diabetes mellitus descompensado, é preciso fazer o tratamento e o excesso de sede acaba diminuindo. Já o diagnóstico de diabetes insípidos nos leva a investigar o que está acontecendo na hipófise, porque não está regulando adequadamente a sede. Tumor no sistema nervoso central ou uma alteração congênita que não secrete o hormônio diurético de maneira adequada podem estar entre as causas. Caso o diagnóstico esteja relacionado a doenças psiquiátricas, a pessoa deve ser encaminhada ao especialista em psiquiatria para que receba o tratamento”, detalha Dra. Lorena.


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://endocrino.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

Pacientes oncológicos devem manter uso de máscaras? Entenda como a medida será aplicada e se existem riscos

Após o decreto entrar em vigor, ainda existem dúvidas sobre como a regra será aplicada aos imunossuprimidos; Especialista comenta decisão e pontua importância da vacinação contra a covid-19

 

Após o uso de máscaras deixar de ser obrigatório em ambientes fechados no Estado de São Paulo na quinta-feira, 17 de março, surgiram dúvidas sobre como essa medida será aplicada aos pacientes oncológicos.  

A partir do decreto nº 66.575, que já tem efeito imediato, o governador João Doria explicou a medida e pontuou que no transporte público, assim como locais de acesso (estações de trem, metrô e terminais de ônibus), hospitais e serviços de saúde, o uso de máscaras deve ser mantido. No caso de aeroportos e aviões, a regra também deve ser seguida.  

Vale pontuar que tanto nos espaços fechados como abertos, que não entram nas exceções, o uso de máscara é opcional. Porém, de acordo com o governador, é importante que a população continue seguindo todos os cuidados, como a lavagem das mãos e o distanciamento.

 

Quais são as recomendações para os pacientes oncológicos? 

De acordo com a Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC), a orientação é de que os pacientes oncológicos continuem usando máscaras, mesmo em locais abertos. "O cuidado também deve ser mantido, por todos, em ambientes fechados, como hospitais, clínicas e centros de saúde", reforça o comunicado da entidade. 

Segundo o Dr. Filipe Prohaska, infectologista do Grupo Oncoclínicas, no grupo dos imunossuprimidos, como é o caso dos pacientes oncológicos, o uso de medicações acaba diminuindo a imunidade e isso interfere diretamente na resposta das vacinas, inclusive na da covid-19.  

“Os pacientes oncológicos tomaram a terceira dose antes da população geral e também a quarta dose, enquanto nós ainda estamos discutindo essa possibilidade para todos. Essa decisão foi tomada porque o câncer diminui a resposta imunológica e faz com que haja a necessidade de reestímulo da imunidade com uma certa frequência. Isso não é uma exclusividade da covid-19. Quem faz transplante de medula óssea ou uso de quimioterápico à base de anti-plasmocitário, por exemplo, também precisa realizar mais doses de hepatite b - em vez de três, é necessário cinco - e também o dobro da dose normal. Isso acaba impactando na necessidade de fazer mais doses de vacina em perfis específicos de paciente”, explica.  

Quanto ao uso de máscaras, o infectologista comenta que o cenário é bastante semelhante. “Se o sistema imunológico não tem a resposta adequada, é necessário usar máscara para se proteger. A ideia de que a vacinação se amplie no restante do público é que essas pessoas imunizadas sirvam como ‘barreiras’ para impedir as pessoas imunossuprimidas de ficarem doentes. É de vital importância reforçar a necessidade de vacinação das pessoas que convivem com pacientes oncológicos e imunossuprimidos e ainda a permanência do uso de máscaras nesse mesmo perfil de paciente”, comenta o infectologista.

 

De olho na saúde 

O Dr. Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo, reforça ainda que é muito importante que os pacientes com comorbidades de alto risco, sintomas gripais ou ainda que não estejam com o seu esquema vacinal completo continuem usando máscaras como uma maneira de prevenir a contaminação pela covid-19.  

"Todos os pacientes oncológicos e também aqueles que estão passando por tratamentos que resultem na baixa da imunidade devem continuar seguindo as medidas preventivas. Ou seja, realizar a higienização das mãos, álcool gel, evitar aglomerações e manter o uso de máscaras. Reforço ainda que é extremamente necessário a vacinação contra a covid-19, de modo geral, nos pacientes oncológicos. É fundamental ter um cuidado criterioso com a saúde e continuar aplicando todas as maneiras de prevenção", finaliza o oncologista.


Grupo Oncoclínicas

https://grupooncoclinicas.com/


Neurocirurgião afirma que o aneurisma cerebral pode ser uma condição fatal

Pequenas alterações vasculares ou venosas nada tem a ver com aneurisma cerebral

 

“O relato de que um aneurisma ‘desapareceu’ espontaneamente deve ser cuidadosamente analisado: é preciso ter acesso aos exames de quem faz essa afirmação, que chega a ser perigosa, pois, em geral, o aneurisma cerebral verdadeiro não regride espontaneamente”, afirma o neurocirurgião Dr. Ricardo Santos de Oliveira.

 

O médico relata que existem outras alterações que ocorrem na circulação cerebral que não são aneurismas cerebrais e que, eventualmente, podem desaparecer como, por exemplo, pequenas alterações vasculares ou venosas que nada tem a ver com aneurisma cerebral.

 

Os aneurismas cerebrais são dilatações de artérias intracranianas que surgem por uma alteração numa das camadas que compõem uma artéria cerebral. Ele pode ser diagnosticado de forma incidental, quando ocorre realização de exames como a ressonância nuclear magnética ou, até mesmo, a tomografia de crânio. 

 

O aneurisma cerebral pode se romper e a hemorragia pode levar a cenários extremamente graves - e até mesmo a óbito – em situações em que o paciente chega ao hospital, após o relato de uma forte dor de cabeça, e se constata a presença de um aneurisma cerebral, através dos exames radiológicos como a tomografia computadorizada do crânio e a arteriografia cerebral ou a angiotomografia.

 

“Em geral quando, há o diagnóstico de um aneurisma cerebral, a recomendação é o tratamento específico, que se dá através de duas técnicas: a cirúrgica, que ocorre por meio da microcirurgia, da identificação do aneurisma e da clipagem deste excluindo-o da circulação cerebral. A outra técnica é chamada de técnica endovascular, que é feita através da colocação de ‘molinhas’ dentro do aneurisma e a oclusão deste aneurisma da circulação cerebral”, explica o neurocirurgião.

 

Segundo ele, existem alguns casos que são apenas dilatações dos vasos não aneurismáticos, que podem ser acompanhadas com exames radiológicos. Entretanto, na maioria dos casos, o diagnóstico de um aneurisma cerebral verdadeiro deve ser tratado.

 

É importante frisar que alguns fatores de risco podem aumentar a chance do sangramento de um aneurisma cerebral, tais como, a hipertensão arterial, o diabetes, o tabagismo, e a obesidade.

 

Dr. Ricardo de Oliveira - Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRPUSP). Doutor em Clínica Cirúrgica pela Universidade de São Paulo, com pós-doutorados pela Universidade René Descartes, em Paris, na França e pela FMRPUSP. É orientador pleno do Programa de Pós-graduação do Departamento de Cirurgia e Anatomia da FMRPUSP e médico assistente da Divisão de Neurocirurgia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

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Artroplastia do joelho: Quando e quais atividades físicas são indicadas após a colocação da prótese ortopédica

Recomendado a pacientes que sofrem de artrose severa, procedimento realizado por meio de cirurgia robótica permite recuperação mais rápida e breve retorno às atividades de baixo impacto


Caracterizada pelo desgaste das articulações e degeneração das cartilagens que envolvem as extremidades ósseas, a artrose do joelho é uma das doenças mais incapacitantes e responsável pela queda considerável da qualidade de vida das pessoas que convivem com as fortes dores e rigidez causadas por sua progressão. Em níveis severos, quando somente a substituição da articulação por uma prótese ortopédica é capaz de sanar o problema, muitos pacientes ainda se perguntam se devem realmente realizar o procedimento, diante do receio de não conseguirem recuperar, de fato, sua mobilidade e, em casos de pessoas mais ativas, quando e quais atividades físicas poderão realizar após a cirurgia.

De acordo com o professor titular de ortopedia e medicina do esporte da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) Dr. Moisés Cohen, com o avanço das próteses, das técnicas, dos instrumentos e a chegada das inovações em medicina robótica – como o ROSA® Knee System, um sistema cirúrgico assistido por robô, projetado pela Zimmer Biomet para ajudar os cirurgiões na realização dos procedimentos de substituição total do joelho - a recuperação do paciente tornou-se muito mais rápida, permitindo que ele retome sua autonomia em curto espaço de tempo.

“Normalmente, no dia seguinte ao procedimento de colocação da prótese total com o auxílio das plataformas robóticas, o paciente já consegue se sentar e ficar em pé, dando os primeiros passos com o ajuda de um andador. É quando começam também as sessões de fisioterapia para que por volta do terceiro ou quarto dia ele já possa se locomover e realizar atividades do dia a dia com autonomia”, explica o especialista.

Quanto às atividades físicas, Dr. Cohen destaca as de baixo impacto como as mais indicadas, entre elas, caminhadas, hidroginástica, natação e academia em aparelhos elípticos. “O tempo de recuperação é particular de cada paciente, por isso, não existe um período exato para a retomada das atividades físicas. O que é preciso levar em consideração é que, muitas vezes, o paciente apresenta certa fraqueza muscular por conta dos anos em que conviveu com a artrose e precisa fazer o condicionamento para recuperar sua capacidade.  Com o passar do tempo ele vai retomando essas habilidades, devendo evitar apenas os exercícios de alto impacto como saltos e agachamentos repetitivos, até mesmo para preservar a vida útil da prótese”, complementa.

Aos pacientes que passaram pela artroplastia do joelho ou são fortes candidatos à cirurgia em breve, a Zimmer Biomet lançou recentemente o portal The Ready Patient. Essas e muitas outras dúvidas sobre as atividades, procedimento, diagnóstico, recuperação, curiosidades e dicas de vida saudável podem ser esclarecidas por meio dos artigos disponíveis no canal. Acesse www.thereadypatient.com.br e confira o conteúdo completo.


Já há estudos que indicam que esses produtos podem aumentar risco cardiovascular, além de piorar e desencadear asma brônquica


Apesar de proibido no Brasil, o cigarro eletrônico (ou vape) já está na quarta geração e seu uso vem crescendo em ambientes de festa, bares e restaurantes, principalmente por jovens. Seus efeitos na saúde já são comprovados. O equipamento gera partículas ultrafinas que conseguem ultrapassar a barreira dos alvéolos pulmonares e ganhar a corrente sanguínea, fazendo o corpo reagir com uma inflamação. 

“Muitas vezes, quando a inflamação acontece na parede do endotélio, que recobre as artérias, ele pode ser lesionado e deflagrar eventos cardiovasculares agudos, como infarto e síndrome coronariana aguda. A nicotina também tem influência no coração, porque aumenta a frequência cardíaca e a pressão arterial”, explica Jaqueline Scholz, especialista da SBC – Sociedade Brasileira de Cardiologia em ações contra o tabagismo. 

O efeito protetivo que se imaginava que o cigarro eletrônico pudesse ter, não se confirma. Em países que adotaram esses produtos, há um crescente aumento de eventos cardiovasculares na população abaixo de 50 anos de idade. 

Antes da pandemia de Covid-19, os Estados Unidos registraram 2.800 internações e 68 óbitos de jovens, 70% deles tinham menos de 34 anos de idade. Eles foram diagnosticados com a síndrome chamada Evali, sigla em inglês para doença pulmonar associada ao uso de produtos de cigarro eletrônico. Hoje sabe-se que a mistura que mais causa Evali é composta por vitamina E, THC (principal componente ativo da maconha) e nicotina. Em 30% dos usuários, a utilização somente da nicotina já foi capaz de causar a doença.

“Diferentemente do cigarro convencional, que demora às vezes 20 ou 30 anos para manifestar doenças no usuário, o cigarro eletrônico, que prometia segurança, foi capaz de matar jovens rapidamente”, aponta Jaqueline.

Vale lembrar que o narguilé é diferente, pois é um tabaco que sofre combustão,  aquecido com carvão. No entanto, também é uma substância que traz danos à saúde, além do risco de contaminação ao ser compartilhado entre os usuários. 


Estudos

Quando os vapes surgiram, as pessoas faziam uso bidual, ou seja, eram fumantes de cigarro convencional e também do eletrônico, utilizando um ou outro em caso de restrições ou na tentativa de fazer a migração.

Já na terceira e quarta gerações dos vapes, chama atenção o aumento do número de usuários exclusivos, ou seja, pessoas que não fumavam o convencional. Isso fez com que as evidências em relação aos seus efeitos ficassem mais claras de serem analisadas. 

Já há estudos que indicam que os vapes podem levar substâncias cancerígenas para a bexiga, gerar disfunção endotelial, aumento do risco cardiovascular, além de piorar e desencadear asma brônquica. “Ainda vai levar um tempo para avaliar se podem, de fato, causar câncer, já que envolve alterações genéticas, mas só o fato de saber que têm substância cancerígena já é um alerta”, expõe Jaqueline. 

Mas eles são efetivos para ajudar as pessoas a pararem de fumar? Não. Aquelas que passaram a usar o cigarro eletrônico continuaram dependentes da nicotina. O percentual de indivíduos que utilizam o produto e conseguem largá-lo definitivamente é igual ao daqueles que tentam parar de fumar sem usar outro método: 3% a 5%. 

“Isso é muito preocupante, pois além do risco para a saúde individual, o uso do vape pode colocar a perder os resultados já alcançados pela campanha antitabaco no Brasil. Em outros países, a taxa de fumantes chega a 25%, mas aqui chegamos a 10%, com muito sacrifício”, conta Jaqueline.

Para ela, do ponto de vista de engrandecimento humano, civilizatório, não há nenhuma vantagem no uso dos cigarros eletrônicos, pelo contrário. “É um equívoco enorme pensar em liberar esse produto”, enfatiza a especialista da SBC.


Combate

A RDC no 46 da Anvisa, de 2009, proíbe a comercialização, a importação e a propaganda de quaisquer dispositivos eletrônicos para fumar. Cabe à sociedade como um todo fazer cumprir a resolução. Os pais precisam perguntar aos filhos se estão usando os vapes e explicar que são proibidos e não fazem bem à saúde, que podem gerar dependência, além do gasto econômico. “Nós da Sociedade Brasileira de Cardiologia, enquanto uma entidade líder no esclarecimento para a população, na assistência do que a cardiologia pode oferecer de melhor, estamos fazendo a nossa parte na conscientização”, destaca Jaqueline.

Ela lembra que circulou recentemente uma fake news demonstrando que o produto é legal, mas a verdade deve ser esclarecida. “Os colégios precisam fazer campanhas educativas alertando, mostrando dados, convocando professores e convidando psiquiatras para palestrar. Os jovens são vulneráveis a todos os tipos de drogas, que podem modificar a capacidade cerebral, desencadeando, no futuro, depressão, ansiedade, doenças e instabilidades emocionais”, ressalta. 

Para Jaqueline, o que torna o ser humano feliz é a interação social, não a droga. “A droga foi inserida nesse contexto como se fosse capaz de promover a interação entre as pessoas, mas é o contrário. Isso precisa ser bem trabalhado, porque estamos vendo crescer uma geração de pessoas adictas em tudo: álcool, maconha e cigarro eletrônico”, finaliza.

 

SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Pré, durante e pós-treino: o equilíbrio entre o alimento e a insulina

  • Jejum intermitente não está indicado para pacientes com diabetes tipo 1 
  • Como evitar a hipoglicemia 
  • Contagem de carboidratos, uma ferramenta benéfica 
  • 31/03 – Dia da Saúde e da Nutrição 


 A alimentação balanceada, representada por macronutrientes (carboidratos, proteínas e gorduras saudáveis) é a indicação para qualquer pessoa. Porém, os pacientes com diabetes, além de seguir essas orientações, devem se atentar a alguns outros cuidados.

Para quem tem diabetes tipo 1, é importante fazer o equilíbrio entre o consumo alimentar e a insulina administrada / aplicada para manter os níveis glicêmicos dentro do ideal. E quando a atividade física entra na rotina - o que é sempre recomendado pelos médicos - é preciso elaborar o que deve ingerir antes, durante e pós-treino.

A nutricionista Maristela Bassi Strufaldi, do Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD), organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), explica que a alimentação antes do treino tem a função de fornecimento de energia para garantir a execução do exercício (rendimento/performance) e isso vale para qualquer pessoa. Já a refeição pós-treino tem o objetivo de restabelecer a função muscular e a recuperação energética.

 “Para quem tem diabetes tipo 1 é preciso um cuidado extra, a monitorização da glicemia pré, durante e pós-treino para adequar o esquema medicamentoso conforme o plano alimentar. Mas isso é individual, não é receita de bolo”, salienta a especialista em Nutrição Esportiva e Obesidade pela Universidade de São Paulo – FMRP/USP.

Segundo a nutricionista do CPD, o melhor alimento para se exercitar antes do treino é aquele que contêm carboidrato, porque favorece o combustível para a atividade física. Cereais integrais como aveia, granola, pão integral e batata doce são alguns exemplos.

Para o pós-treino, a indicação fica sendo a proteína, que tem uma oferta importante de nutrientes para a reconstrução muscular. Mas, segundo Maristela, tudo vai depender do tipo do exercício, da intensidade e do tempo desse treino, além da meta glicêmica para iniciar a atividade física. As orientações devem ser – sempre - individualizadas.

Jejum intermitente – Não existem estudos com pacientes com diabetes tipo 1 e, dependendo do esquema medicamentoso dessa pessoa, não seria interessante, isso porque a insulina é um hormônio circulante, que retira o açúcar do sangue, e jejuns prolongados podem favorecer o risco de hipoglicemia. Pela falta de evidências científicas, não está indicado para esse grupo de pacientes.

Para evitar a hipoglicemia, a nutricionista do CPD orienta:

 - Não ficar em jejum prolongado

 - Manter o fracionamento alimentar

 - Ajustar a taxa insulina junto com a equipe multidisciplinar, composta por médico especialista, nutricionista e preparador físico.


“Existem pontos de partida e é importante saber se está no caminho certo, monitorando a glicemia sempre, para conferir se existe excesso de insulina perante o alimento ingerido”, ressalta Maristela.


Como fazer contagem de carboidrato?

A contagem de carboidratos é uma ferramenta nutricional muito benéfica para a melhora do controle glicêmico e maior flexibilidade alimentar. É importante contar com a conduta multidisciplinar para aprender a relação de determinado alimento consumido com a insulina a ser administrada.

“O paciente é o protagonista dessa contagem e, por isso, exige treino e cuidado. Sempre deve ser realizado um ajuste entre insulina rápida ou ultrarrápida e o carboidrato ingerido, o que é chamado de razão insulina: carboidrato. Esta é individualizada e definida junto à equipe de saúde, através de observações diárias e monitorização. Por exemplo: se o paciente possui uma relação insulina: carboidrato de 1 para 15, ou seja, 1UI de insulina rápida ou ultrarrápida para cobrir cerca de 15g de carboidratos, ao realizar uma refeição contendo 30 gramas desse nutriente - proveniente de 1 pão francês, por exemplo – serão necessárias 2UI de insulina para tal cobertura. Esse seria o ponto de partida, mas – de novo – isso deve ser personalizado e o paciente treinado pela equipe multidisciplinar”, enfatiza a nutricionista.

 

Instituto Correndo pelo Diabetes (CPD) - organização sem fins lucrativos, que tem como objetivo promover a saúde integral e qualidade de vida das pessoas com diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs), por meio do exercício físico, inclusão e garantia de direitos.

https://correndopelodiabetes.com/

https://instagram.com/correndopelodiabetes


Pesquisadores da Mayo Clinic usam IA para prever resultados do uso de antidepressivos em crianças e adolescentes

Variações em seis sintomas de depressão foram verificados: dificuldade em se divertir, isolamento social, cansaço excessivo, irritabilidade, baixa autoestima e sentir-se deprimido

 

Pesquisadores da Mayo Clinic deram o primeiro passo para usar a inteligência artificial (IA) para prever os resultados iniciais do uso de antidepressivos em crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior. Eles identificaram variações em seis sintomas de depressão: dificuldade em se divertir, isolamento social, cansaço excessivo, irritabilidade, baixa autoestima e sentir-se deprimido. O estudo está publicado na revista científica The Journal of Child Psychology and Psychiatry.

Eles avaliaram os sintomas com a Escala para Avaliação de Depressão em Crianças – Revisada para prever os resultados de 10 a 12 semanas de farmacoterapia com antidepressivos:

  • Os seis sintomas de resultados de 10 a 12 semanas foram previstos em quatro a seis semanas nos conjuntos de dados de testes com fluoxetina, com precisão média de 73%.
  • Os mesmos seis sintomas de resultados de 10 a 12 semanas foram previstos de quatro a seis semanas nos conjuntos de dados de testes com duloxetina, com precisão média de 76%.
  • Nos pacientes testados com placebo, a precisão da previsão de resposta e remissão foi consideravelmente menor do que para antidepressivos, com 67%.

“O trabalho preliminar sugere que a IA é promissora para auxiliar as decisões clínicas ao informar aos médicos sobre a seleção, o uso e a dosagem de antidepressivos para crianças e adolescentes com transtorno depressivo maior”, diz o autor sênior Paul Croarkin, D.O., psiquiatra infantil da Mayo Clinic. “Vimos previsões aprimoradas de resultados de tratamentos em amostras de crianças e adolescentes em duas classes de antidepressivos.”

Esses resultados mostram o potencial da IA e dos dados de pacientes para garantir que crianças e adolescentes recebam um tratamento que tenha a maior probabilidade de oferecer os benefícios terapêuticos com o mínimo de efeitos adversos, explica Arjun Athreya, Ph.D., pesquisador da Mayo Clinic e autor principal do estudo.

“Nós projetamos o algoritmo para imitar a lógica de manejo do tratamento do médico em um momento intermediário com base em sua estimativa sobre se um paciente provavelmente se beneficiará ou não da farmacoterapia na dose atual”, diz o Dr. Athreya. “Assim, foi essencial para mim, como engenheiro da computação, me aprofundar e observar a prática de perto, não só para entender as necessidades dos pacientes, mas também como a IA pode ser usada e ser útil para o médico beneficiar o paciente.”

Os achados da pesquisa são o fundamento para um trabalho futuro que incorpora informações fisiológicas, medidas baseadas no cérebro e dados farmacogenômicos para abordagens da medicina de precisão no tratamento de jovens com depressão. Isso aprimorará o cuidado de pacientes jovens com depressão e ajudar os médicos a iniciar e dosar os antidepressivos que mais beneficiam os pacientes.

“Os avanços tecnológicos são ferramentas pouco estudadas que podem melhorar as abordagens de tratamento”, diz Liewei Wang, M.D., Ph.D., diretora do Programa de Farmacogenômica Bernard and Edith Waterman e diretora do Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic. “Prever resultados em crianças e adolescentes tratados para depressão é essencial para o manejo do que pode se tornar o fardo de uma doença para toda a vida.”

A pesquisa foi um esforço conjunto dos departamentos de Farmacologia Molecular e Terapias Experimentais e de Psiquiatria e Psicologia da Mayo Clinic, com o apoio do Centro de Medicina Individualizada da Mayo Clinic.

Esse trabalho foi apoiado pela Fundação Mayo Clinic para Educação e Pesquisa Médicas, pela Fundação Nacional da Ciência sob o prêmio nº 2041339 e pelo Instituto Nacional de Saúde Mental sob os prêmios R01MH113700, R01MH124655 e R01AA027486. O conteúdo é de responsabilidade exclusiva dos autores e não representa necessariamente a opinião oficial das agências financiadoras. Os autores declararam não haver competição ou conflito de interesse em potencial.

 

Mayo Clinic


Dia Nacional da Saúde e Nutrição: Livros para começar uma rotina com mais qualidade de vida

Do primeiro e decisivo passo para mudança de hábitos aos cuidados do dia a dia com criatividade, seleção de títulos guia o leitor na busca por equilíbrio e saúde


Por que é tão difícil deixar de consumir alguns alimentos que são comprovadamente um malefício para a saúde? Vários fatores se encaixam em possíveis respostas, como a correria do dia a dia que impede qualquer tipo de planejamento e a variedade e praticidade de pratos industrializados. O Dia Nacional da Saúde e Nutrição, celebrado em 31 de março, é uma boa oportunidade de reflexão, mas como a decisão de mudança de hábitos é um pouco complicada, a Disal convidou uma nutricionista para alguns alertas e separou uma seleção de livros que podem ajudar na jornada por mais qualidade de vida.

Para se ter uma ideia, a OMS (Organização Mundial de Saúde) alerta que o correto é consumir apenas 25 gramas de açúcar por dia, não ultrapassando 50 gramas. Contudo, o brasileiro consome, em média, 80 gramas por dia, o que equivale a 18 colheres de chá, enquanto outros nutrientes importantes nem sempre são ingeridos em quantidade suficiente.

“Precisamos nos alimentar bem todos os dias, pois o corpo humano se renova, isto é, regenera músculos, matéria óssea, pele e sangue. As substâncias e alimentos ingeridos são a base para a formação destes novos tecidos. Se a dieta contiver poucos nutrientes essenciais ao corpo, a pessoa estará muito mais vulnerável para doenças, seja de forma aguda ou crônica. Por isso, o cuidado deve ser diário e constante. ”, explica a nutricionista e parceira da Disal, Bianca Giacomini.

O nutricionista é um profissional de saúde responsável pela segurança alimentar, destinadas tanto a um indivíduo como a um grupo populacional. Apesar de muitas pessoas terem receio, o acompanhamento constante gera bons resultados para uma boa qualidade de vida. “Muitos desistem pois acham que fazer dieta é restrição e comer pouco. Além disso, acham que a mesma tem começo, meio e fim, quando na verdade devemos incluir mais coisas no dia a dia, retirar o que pode fazer mal e equilibrar a ingestão de calorias e nutrientes. E também, avaliar nossa relação com a comida e entender pontos importantes, como fome e saciedade. Mantendo a constância, começamos a mudar o nosso estilo de vida e hábitos para longo prazo. ”, esclarece Bianca.

Ser saudável, não tem que ser difícil. A alimentação deve ser adaptada à rotina, equilibrando necessidades, gosto e questões financeiras. “A dieta ideal é aquela feita de forma específica para cada indivíduo. A recomendação é começar pelo que a pessoa acha que é mais difícil de mudar na rotina. Para aqueles que sentem mais fome ao longo do dia é possível criar refeições para consumo em intervalos, por exemplo. Outro ponto importante é analisar os produtos, ler os rótulos, buscar informações sobre os componentes e ingredientes, principalmente se existe o hábito de compra de ultraprocessados”, finaliza a nutricionista.

Para ajudar na mudança, confira a seleção de títulos preparados pela Disal:

 

  • Uma questão de Equilíbrio – Sergio Klepacz

Livro inovador que revela uma visão mais abrangente da medicina. Mostra a importância do equilíbrio da rede hormonal como pilar da saúde física, emocional e psíquica. Dietas adequadas e reposição hormonal são os instrumentos do autor para garantir a boa qualidade de vida de sua vasta clientela.

Saiba mais:  https://cutt.ly/dSWxWra 

 

  • Nutrição e fitoterapia - Tratamento alternativo através das plantas – Eronita De Aquino Costa

 O livro traz todas as informações sobre cuidados, dosagens e uso correto das plantas medicinais, enfatizando suas propriedades curativas no tratamento e prevenção de doenças, tendo como objetivo levar informações sobre o uso de nossas tão conhecidas ervas medicinais, que oferecem excelentes resultados. Usadas corretamente, não causam nenhum problema. Só benefícios.

Saiba mais:  https://cutt.ly/QSWvpMC 

 

  • O paradoxo dos vegetais - Steven R. Gundry

Talvez você conheça pessoas que gastam um dinheirão por ano com comida diet, fit ou light para se livrar de algumas dessas substâncias. Mas o que aconteceria se descobríssemos que essas não são as raízes da obesidade e de vários problemas de saúde? Em O paradoxo dos vegetais, o renomado cardiologista e cirurgião dr. Steven Gundry nos apresenta a lectina, uma proteína encontrada nas plantas que, uma vez ingerida, pode levar nosso corpo a entrar em guerra interna, causando mal-estar, ganho de peso, reações alérgicas e até doenças.

Saiba mais: https://cutt.ly/TSWbkoI 

 

  • A linguagem da saúde – Haroldo Jacques

  Este não é um simples livro sobre saúde, mas um verdadeiro guia primordial no estressante mundo moderno. De modo claro e objetivo, os autores oferecem um programa que qualquer pessoa pode desenvolver, desde que haja uma firme decisão de cuidar de sua saúde. Entre os assuntos aqui abordados, estão: alimentação sadia, colesterol, os danos do tabagismo, obesidade, sedentarismo, benefícios da caminhada e dos exercícios físicos, radicais livres, diabetes e muito mais.

Saiba mais em: https://cutt.ly/3SWmqb2

 

 Disal Distribuidora

 www.disal.com.br


Já ouviu falar em doenças osteomusculares?

Conheça melhor algumas das doenças osteomusculares que representam grande fator de risco de fraturas e comprometem a qualidade de vida das pessoas
 

Graças à parceria entre ossos e músculos é que conseguimos andar, correr, dançar, nos movimentar, apanhar objetos e executar as tarefas do dia a dia, das mais simples às mais complexas, como os feitos fantásticos dos atletas nos jogos olímpicos de inverno. Mas o envelhecimento provoca alterações hormonais e fisiológicas que podem deteriorar esses tecidos e causar doenças osteomusculares, como a osteopenia, osteoporose e a osteossarcopenia, impactando a qualidade de vida das pessoas.


A osteopenia é a perda gradual da massa óssea - redução de 10% a 25% da massa óssea normal -- e é um estágio que antecede a osteoporose, doença que deixa os ossos porosos, aumentando o risco de fraturas no fêmur, pulsos e na coluna vertebral, principalmente nas mulheres.

A osteoporose é uma doença que provoca perda progressiva da massa óssea

Segundo dados da Fundação Internacional da Osteoporose (IOF, na sigla em inglês), a osteoporose atinge 200 milhões de mulheres em todo o mundo, e uma em cada três sofrerá alguma fratura óssea a partir dos 50 anos. No Brasil, a estimativa é que a doença afeta 33% das mulheres desta faixa etária.

O órgão estima, ainda, que 17,6% nas mulheres latino-americanas têm osteoporose vertebral após os 50 anos, e quase 50% osteopenia vertebral, fatores que aumentam a fragilidade dos ossos e a suscetibilidade à fratura. Já entre o público masculino o risco de desenvolver osteoporose é bem menor, de 20%.

Além da idade, deficiência de produção hormonal e predisposição genética são fatores de risco para doenças osteomusculares como osteopenia, osteoporose e osteossarcopenia:
 

• Alimentação pobre em cálcio e vitamina D

• Baixa exposição à luz solar

• Sedentarismo

• Tabagismo

• Consumo de álcool
• Uso de medicamentos como cortisona, heparina e os utilizados no tratamento de epilepsia.

 

A osteossarcopenia provoca um desequilíbrio na relação entre osso e músculo causado pela diminuição de massa muscular e óssea, aumentando o risco de quedas, fraturas e outros traumas físicos, elevando, inclusive o risco de morte, principalmente em idosos. As mulheres são as mais afetadas pela doença, que surge na pósmenopausa. “Isso porque as mudanças hormonais que acompanham essa fase da vida feminina interferem de forma decisiva na perda e no ganho de massa óssea. O envelhecimento gera queda acentuada do estrogênio, hormônio importante na fixação do cálcio no osso”, explica Hélio Osmo, diretor médico da Farmacêutica Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica. 

A preocupação aumenta já que há uma tendência de envelhecimento da população. Segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o percentual de pessoas com mais de 65 anos passará dos atuais 9,2% para 25,5% até 2060. Ou seja, um quarto da população será idosa e terá maior propensão a desenvolver doenças osteomusculares. 

Hélio Osmo lembra que a ingestão adequada de cálcio e vitamina D é imprescindível para a renovação óssea, principalmente após os 50 anos. “Se os alimentos não forem suficientes, é indicada suplementação tanto do mineral quanto da vitamina. Também existem produtos que podem melhorar a resistência do osso e impedir a degeneração, incentivando a reconstrução óssea para afastar o risco de fraturas”, acrescenta.

O especialista destaca, ainda, a importância do banho de sol para garantir a absorção de vitamina D, e da prática de exercícios físicos para estimular o ganho de força e massa muscular, essenciais para prevenir quedas e, consequentemente, fraturas.


Sinais e sintomas

A osteopenia e a osteoporose são doenças silenciosas e não apresentam sintomas. Em geral, são detectadas em estágio avançado, quando há deformação de ossos, dor crônica ou alguma fratura, que é a principal complicação. Já na osteosarcopenia, a redução muscular provoca diminuição da força e piora do desempenho físico. Com o passar dos anos fica difícil subir escadas, sentar, levantar, abaixar e até pegar um objeto que caiu no chão.

 

Diagnóstico

Como nem sempre as doenças osteomusculares dão sinais claros de que estão se instalando, o médico deve levar em conta os fatores elencados acima e a idade para solicitar, na rotina, o exame de densitometria óssea, recomendado a partir dos 45 anos para mulheres e dos 65 anos para homens. O exame analisa a densidade de ossos como da coluna lombar e do fêmur, um dos mais propensos a fraturas. 

A estrutura do nosso esqueleto vive em constante renovação. Ganhamos massa óssea até os 20 anos de idade e perdemos com maior velocidade após os 40. A partir dos 60 anos, a perda de Densidade Mineral Óssea (DMO) e de massa muscular chega a ser de 1% ao ano, e de força muscular de 2,5 a 3%. E exatamente quando ocorre perda de massa óssea junto com redução da massa muscular é que surge a osteossarcopenia.

 

Zambon


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