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terça-feira, 22 de fevereiro de 2022

LAB CN: inscrições estão abertas para formações gratuitas em Programação, Marketing e Redes Sociais

Cinema Nosso abre oportunidades para jovens periféricos de 18 a 29 anos de todo o Brasil

 

 

Desde 2020, houve um aumento no índice de desemprego entre jovens, segundo a pesquisa “Juventudes e a pandemia do Covid-19”, realizada pelo CONJUVE. Os dados mostram que a cada dez jovens de 15 a 29 anos, quatro dizem estar nessa situação devido à pandemia. Também segundo pesquisa recente do IBGE, 31% das pessoas desempregadas, no país, têm entre 18 e 24 anos. Para driblar este cenário, a instituição Cinema Nosso, com patrocínio da modalmais através da Lei de Incentivo à Cultura – ISS, lançou o LAB CN, uma formação totalmente gratuita para jovens periféricos de 18 a 29 anos de todo o Brasil. As inscrições estão abertas até o dia 7 de março e as vagas são limitadas para garantir atenção diferenciada aos alunos e qualidade no ensino. Para este novo ciclo, estão disponíveis cursos de Programação, Marketing de Conteúdo, Fotografia para Redes Sociais e Vídeos para Redes Sociais. Para se inscrever e saber mais informações, clique aqui ou acesse o site www.cinemanosso.org.br.

 

O LAB CN tem como objetivo capacitar e conectar jovens comunicadores populares, com o intuito de formar multiplicadores em suas áreas de atuação. Os conteúdos dos cursos se baseiam em aprendizados de laboratório voltados para teoria e prática da comunicação e cultura digital, além da construção de um projeto de vida focado em carreira e tutoriais de educação financeira. Até o momento, 75 jovens concluíram o primeiro de três ciclos da formação. “Eu escolhi ‘Lógica de Programação’, porque achei interessante pensar em como unir esse conceito com a docência. No final do curso, eu fiz um jogo educacional e achei que seria muito interessante propor isso para meus alunos”, relata Aléxia Calage, aluna do LAB CN. As inscrições para o ciclo 2 estão abertas para novos participantes, que também devem se comprometer em realizar o ciclo 3, além das aulas de Gestão de Carreira, assistir aos tutoriais e participar de um Hackaton de 72 horas, totalizando 124 horas de formação.


 

Sobre o Cinema Nosso


O Cinema Nosso é uma instituição sociocultural, com sede no Rio de Janeiro, que trabalha há 20 anos com Juventudes, Educação e Audiovisual. Foi fundado em 2000 por sete jovens de origem popular que enxergaram, na época, uma ausência de identidade no mercado audiovisual a partir do filme Cidade de Deus. Hoje, é um centro de inovação e tecnologia que oferece vários projetos para infância e juventude cuidadosamente acompanhados de um projeto de vida ou carreira ajudando o desenvolvimento socioemocional dos jovens. Reconhecida como uma das maiores escolas populares de audiovisual na América Latina, com mais de 10 mil jovens formados em seus cursos, a instituição possui prêmios como o 11th China Internacional Children’s e Prêmio Itaú-Unicef. Também possui a Metodologia premiada, Certificada no Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social 2019 , aliada ao movimento STEAM, aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU para 2030 e ao respeito às trajetórias e vivências de todo público em volta da instituição.

 


 

Serviço:


LAB CN

Data para inscrições: até 7 de março de 2022.

Valor: Gratuito.

Inscrições e mais informações: www.cinemanosso.org.br ou IG: @cinema_nosso


Compliance fiscal: por que ele é determinante para as empresas?

O ambiente fiscal, contábil e tributário é extremamente complexo no Brasil, apresentando perigosas armadilhas para as empresas que não seguirem as normas estabelecidas pelo Fisco. O menor descuido pode gerar sérias consequências e, até mesmo, resultar no fracasso do empreendimento. Neste cenário, a melhor estratégia para garantir que seu negócio esteja em conformidade, é manter um sistema de compliance contínuo, por meio de auditorias periódicas que tragam segurança à empresa.

Infelizmente, não é isso o que a maioria das empresas tem feito. Um estudo divulgado pela Agência Brasil aponta que 86% das empresas brasileiras estão com algum tipo de irregularidade perante os órgãos de controle. No comércio, há irregularidades em 96% dos estabelecimentos, enquanto na indústria, 92% não estão completamente regularizadas.

Por mais que muitas empresas deixem de pagar impostos por problemas financeiros, boa parte delas não pagam ou pagam incorretamente por falta de bons controles. Soma-se a isso o fato de que temos um alto volume de tributos, com regras burocráticas e valores que variam de acordo com as características do produto, área de atuação da empresa, porte do empreendimento, dentre muitos outros fatores.

Com tamanha complexidade, a falta de informações adequadas ou mesmo pequenos erros podem acarretar grandes prejuízos, como multas, processos criminais contra a ordem tributária e, até mesmo, incapacidade de emitir a certidão negativa de débitos – documento que permite a participação da empresa em diversas concorrências e licitações.

Para ajudar as companhias a evitar tais riscos, o compliance fiscal surge, justamente, com a proposta de manter controles internos que possibilitem à empresa cumprir todas as normas e obrigações. Contribuindo, dessa forma, para que cumpra com as regras e normas impostas pelo Fisco e certifique-se de que está tudo em conformidade, através de auditorias regulares. Além de evitar penalidades, esse procedimento evita o pagamento de tributos a maior, o que também traz prejuízos para a companhia.

Além de evitar autuações por parte do governo, uma empresa em conformidade fiscal pode desfrutar de inúmeros benefícios – especialmente, com o apoio de sistemas modernos e estruturados com todas as ferramentas necessárias para essa missão. A eficiência e controle sobre os processos tributários e contábeis da empresa certamente será favorecida, assim como uma maior credibilidade e confiança de investidores, fornecedores e clientes, e sua atratividade junto a instituições bancárias na negociação de linhas de crédito ou de novos investimentos.

E o melhor de tudo é que o compliance não é mais sinônimo de um serviço oneroso e desgastante para as empresas. Isso porque, felizmente, já existem soluções modernas para auditorias digitais, onde todo o trabalho de verificação é feito por meio da tecnologia. Esses recursos permitem desde uma melhor gestão fiscal e contábil da companhia, até mesmo à possibilidade de realizar verificações similares às feitas pelo Fisco, com o intuito de encontrar possíveis inconsistências nas declarações e identificar tributos recolhidos indevidamente.

Assim como os órgãos responsáveis por essa fiscalização utilizam a tecnologia a seu favor, detectando erros e indícios de sonegação com dados em tempo real, o recurso também deve ser usado pelas empresas dos mais diversos portes e segmentos com o mesmo propósito, preferencialmente antes de enviarem seus documentos ao Fisco. Com o processo automatizado, os erros humanos decorrentes de uma análise manual são praticamente eliminados, tornando a auditoria simplificada, otimizada e promovendo a melhoria dos processos relacionados às áreas contábil e fiscal. No fim, as empresas são as maiores beneficiadas.

 


Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital. 

e-Auditoria

https://www.e-auditoria.com.br/sobre/


Carnavais cancelados e os impactos no turismo das cidades

A decisão de prefeituras por todo o Brasil de cancelar as festividades de Carnaval em 2022 caiu como um balde de água fria sobre toda uma cadeia econômica, que vai de eventos a turismo, passando por restaurantes, hotéis e entretenimento em geral. Isso porque o empresariado vinha apostando numa recuperação dos negócios com o enfraquecimento da pandemia de covid-19, após dois anos de perdas devido às medidas restritivas de movimentação social. Mas a variante ômicron do novo coronavírus disseminou-se numa velocidade impressionante a partir dos últimos meses de 2021, obrigando as autoridades a suspenderem os feriados ou pontos facultativos do Carnaval deste ano, jogando água no chope dos foliões. 

Capitais como Rio de Janeiro, Salvador, Recife e São Paulo, entre outras, já decidiram cancelar desfiles de escolas de samba e de blocos de rua para impedir o aumento na velocidade de propagação da covid-19. Ao menos 20 capitais, além do Distrito Federal, já suspenderam todas as festividades. Cidades menores que possuem carnavais tradicionalmente turísticos, como Ouro Preto (MG) e São Luiz do Paraitinga (SP), também tomaram a mesma decisão. 

A Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a suspensão do carnaval deste ano deve tirar de circulação em todo o Brasil cerca de R$ 8 bilhões. Em torno de 25 mil empregos temporários também deixarão de ser criados para a realização das festas, com base em números de carnavais anteriores à pandemia. Só em Salvador, um polo carnavalesco por excelência, cerca de R$ 1,7 bilhão em receitas deixarão de existir. Em São Paulo, o Carnaval movimentaria R$ 1 bilhão pelos cálculos da Prefeitura, ou 6,5% das receitas anuais com turismo. São recursos que dariam fôlego a uma extensa rede de negócios interligados, com o Carnaval funcionando como um ponto em comum. Visitantes dessas cidades gastam em hospedagem, restaurantes, locadoras de automóveis e transporte por aplicativos, por exemplo. Muitos aproveitam a viagem para outros municípios e participam de eventos que ocorrem em paralelo aos desfiles e blocos. 

Com a crença de que a pandemia se encontrava mais controlada, os empresários investiram para o período de verão de 2022. Dados da Fecomercio-SP apontam que o agravamento da pandemia impediu o que seria a retomada efetiva do turismo brasileiro. Segundo a entidade, o período de melhor resultado financeiro para o país, do ponto de vista turístico, se concentra entre a primeira semana de dezembro e o final do Carnaval. De acordo com pesquisa da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), 71% dos empresários do setor têm empréstimos bancários contratados, sendo que 22% estão com pelo menos uma parcela em atraso. Entre os devedores, 29% têm boletos vencidos há mais de 90 dias. Um bom Carnaval em 2022, significaria um alívio para esses empreendedores. 

Resta torcer para que o novo coronavírus perca a força e que as atividades, especialmente desses setores, possam ser retomadas com segurança. Quem sabe, possamos adotar um duplo carnaval – um feriado para descanso em fevereiro e uma festa com desfiles, blocos e demais atividades em abril – como forma de auxiliar na recuperação das perdas financeiras desses setores que foram tão afetados em decorrência da pandemia.

 

 

Juliana Vilela - Proprietária da agência Efettiva Comunicação e Eventos 

@juliana.vilela10  

@efettiva_eventos   

E-mail: juliana@efettiva.com.br 


Por mais lucros, operadoras de saúde defendem redução de coberturas no STJ

Julgamento marcado para quarta-feira (23) pode limitar drasticamente as obrigações das empresas e deixar milhões de pacientes sem tratamento do dia para a noite 

 

 

Nesta quarta-feira (23), o STJ (Superior Tribunal de Justiça) deve retomar o julgamento sobre o alcance da cobertura dos planos de saúde. O caso é decisivo para 49 milhões de usuários desse serviço no Brasil, que podem deixar de acessar tratamentos e medicamentos hoje protegidos pela Lei de Planos de Saúde e pelo Código de Defesa do Consumidor. 

 

De acordo com essas normas, as operadoras têm a obrigação de cobrir o tratamento de todas as doenças contempladas na CID (Classificação Internacional de Doenças) da OMS (Organização Mundial de Saúde). Agora, as empresas de planos de saúde querem limitar o alcance de suas coberturas à lista de procedimentos elaborada periodicamente pela ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar), que é defasada por natureza. 

 

Na prática, por exemplo, um paciente poderá ter a cobertura de um medicamento negada mesmo que o produto possua comprovada eficácia, tenha sido aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e seja prescrito pelo médico. Nestes casos, os consumidores terão de arcar com os custos do tratamento mesmo estando em dia com os pagamentos do plano de saúde. 

 

“Um retrocesso dessa magnitude é impensável, ainda mais em um contexto de crise sanitária e de encolhimento da renda das famílias, que muitas vezes fazem um esforço enorme para honrar o boleto do plano todos os meses”, afirma  Ana Carolina Navarrete, advogada do Programa de Saúde do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). 

 

“Negar cobertura é uma prática generalizada no setor de saúde suplementar há muito tempo, mas a Justiça esteve historicamente ao lado dos consumidores ao interpretar a lista da ANS como uma referência básica e jamais limitante das obrigações das empresas. Uma mudança na posição do STJ seria catastrófica, uma verdadeira carta-branca para o abuso”, completa.

 

O julgamento do caso no STJ teve início em setembro de 2021, mas foi interrompido no mesmo dia por um pedido de vista da ministra Nancy Andrighi. O relator da matéria, o ministro Luis Felipe Salomão, já se manifestou e, em seu voto, acolheu o argumento das operadoras de que a lista da ANS deveria ser interpretada de maneira taxativa, e não exemplificativa.

 

O Idec acompanha este debate há anos e defende que o Código de Defesa do Consumidor e a Lei de Planos de Saúde devem prevalecer sobre os atos administrativos da ANS. Para o Instituto, ainda, o argumento das operadoras de que o modelo atual sobrecarrega economicamente as operadoras de planos de saúde não se sustenta, já que os custos com novas tecnologias que não estão no rol são contemplados nos cálculos financeiros das empresas - que, por outro lado, seguem registrando lucros vultuosos. 

 

“Se há um lado economicamente vulnerável nessa história, esse é o lado das famílias, que podem se ver sem cobertura em um momento de grande necessidade. O STJ tem o papel de barrar esse retrocesso e fazer valer os direitos consagrados no Código de Defesa do Consumidor”, afirma Navarrete.



Ensino a distância exige cuidados com a rede elétrica

Entenda o papel do nobreak no fornecimento de energia e segurança para garantir o bom andamento nas aulas online

 

Apesar de o ensino a distância (EAD) ter crescido muito nos últimos anos, a modalidade ainda é uma novidade para a grande maioria dos estudantes da rede pública e privada. No entanto, as restrições impostas pela pandemia do coronavírus modificaram esse cenário acelerando a Transformação Digital nas instituições de ensino. Com as aulas suspensas na maioria das escolas brasileiras, muitos estabelecimentos ainda têm recorrido às aulas online como forma de manter os alunos em atividade.

Porém, muitos esquecem que o ensino a distância demanda algumas preocupações e cuidados. É preciso manter constantemente a conexão com a internet, bem como o acesso aos arquivos importantes armazenados em nuvem, garantindo a produtividade e o contato com colegas e professores. Tais prevenções devem levar em consideração os blecautes ocasionais, ou apagões de energia causados pelas quedas na rede elétrica, além dos picos de energia que podem danificar equipamentos eletrônicos, por fornecerem níveis de voltagem mais altos do que os suportáveis.

Uma opção para minimizar problemas nessas situações são os equipamentos de proteção de energia, como é o caso dos nobreaks e estabilizadores de tensão, que garantem proteção e fornecimento de energia ininterrupto e estável. “Engana-se quem pensa que esses dispositivos são indicados somente para empresas da área de tecnologia. Qualquer negócio que possua máquinas mais sensíveis à energia pode investir nesses equipamentos, especialmente neste momento em que muitos estão adotando ou pensando em adotar a prática do ensino híbrido”, comenta Pedro Al Shara, engenheiro elétrico e CEO da TS Shara, fabricante nacional de equipamentos de proteção de energia.

Para entender como o nobreak podem ajudar neste momento das aulas online, o especialista em Energia da TS Shara explica algumas das principais funções desse dispositivo:


1– Evitar a perda de documentos e dados importantes que não foram salvos: a maioria dos nobreaks oferece cerca de 15 minutos de energia para aparelhos simples, como notebooks, tenham tempo ideal para salvar arquivos, encerrar processos e desligar tudo de maneira correta. Assim, você não corre riscos de ter arquivos danificados e nem perde tempo para reexecutar tarefas que foram interrompidas.


2 – Manter a conexão com a internet: com o aumento do consumo de internet ao ter tantas pessoas isolados em suas casas, outro benefício de possuir uma fonte de alimentação de energia é a garantia da conexão à internet, já que os roteadores consomem pouca energia, permitindo que a bateria substituta continue operando por horas. Isso evita a queda de teleconferências e o acesso online, por exemplo.


3 – Evitar aparelhos eletrônicos danificados: o uso das máquinas corporativas para realizar o trabalho remoto, que apresentam mais recursos de segurança para evitar vazamentos de informações, também precisam ser protegidas. Nesse caso, o nobreak funciona como um regulador de tensão, entregando uma energia ‘limpa’ (sem oscilações) para os dispositivos conectados a ele, servindo como uma proteção extra contra uma energia de má qualidade, raios e curtos-circuitos que podem prejudicar a vida útil dos equipamentos.


4 – Proteger a rede elétrica: muito mais do que apenas fornecer energia contínua após apagões ou oscilações de energia, o nobreak também é responsável por manter a qualidade da sua rede elétrica, filtrando a eletricidade que chega aos aparelhos eletrônicos, protegendo-os dos distúrbios da rede elétrica, evitando a queima, o mau funcionamento ou a redução da vida útil deles. Já os estabilizadores, como o próprio nome diz, ajudam a estabilizar a tensão caso aconteça alguma alteração na rede elétrica, transformando as tensões altas e baixas em constantes e estáveis.

 

TS Shara - empresa nacional, e uma das líderes de mercado, fabricante de nobreaks, inversores e estabilizadores de tensão e protetores de rede inteligente.


Senado aprova MP que visa garantir rapidez na inclusão de novas coberturas obrigatórias pelos planos de saúde

 Medida voltou para a Câmara dos Deputados e aguarda sanção presidencial

 

Em 9 de fevereiro deste ano o Senado aprovou a Medida Provisória 1.067/2021, que visa modificar regras da Lei 9656/98 no tocante à aprovação, pela Agência Nacional da Saúde, de novos procedimentos e medicamentos, entre estes, cobertura de quimioterapia oral pelo plano de saúde. A MP voltou para a Câmara dos Deputados e agora segue para a sanção presidencial. 

Isso significa que a MP estabelece o prazo de 180 dias, prorrogáveis por mais 90 dias, quando as circunstâncias assim o exigirem para novas tecnologias e o prazo de 120 dias, prorrogáveis por mais 60 dias, especificamente para antineoplásicos orais, que são medicamentos para tratamento de câncer.  

Vale ressaltar que a ausência de aprovação expressa acarretará em aprovação tácita, ou seja, “se a ANS ficar em silêncio e não se manifestar nos prazos estabelecidos, o medicamento/tratamento será automaticamente incluído no rol da ANS”, avalia Fernanda Glezes Szpiz, especialista em Direito à Saúde do escritório Rosenbaum Advogados. 

Além disso, ficou também estabelecido que, uma vez solicitado ao plano de saúde um medicamento antineoplásico de cobertura obrigatória, o plano deve liberá-lo em até 10 dias e caso isso não aconteça, o beneficiário poderá abrir uma reclamação na ANS ou buscar a cobertura do tratamento através de medida judicial (como já ocorre atualmente). 

“Em princípio, a MP veio estabelecer prazos para as aprovações, já que hoje em dia não existe um tempo limite para que a ANS se manifeste. Porém, não trouxe garantias de que os medicamentos que são aprovados pela ANVISA sejam automaticamente incluídos no rol de cobertura obrigatória da ANS, o que já constava do projeto original. Ou seja, ainda não temos como saber se, na prática, haverá mudanças, já que a ANS não é obrigada a aprovar os tratamentos e medicamentos submetidos à sua análise”, considera Szpiz.  

A especialista explica, por fim, que havia um projeto de lei bem mais benéfico aos usuários do plano de saúde, porém houve veto presidencial. “O Projeto de Lei (PL) 6330, do senador José Antônio Machado Reguffe (Podemos-DF), visava excluir a necessidade de o medicamento passar pela ANS. No entanto, o PL foi vetado pelo Executivo, que publicou a MP logo em sequência. A mudança proposta pelo PL era baseada no entendimento de que a aprovação pela Anvisa já seria suficiente para determinar que os medicamentos para quimioterapia oral já fossem cobertos pelos planos de saúde, da mesma forma como ocorre com os medicamentos de uso endovenoso”.


OLHAR OS PROBLEMAS PELA ÓTICA DA OPORTUNIDADE

Ao observar como as pessoas reagem ao estresse provocado por um problema, pesquisadores encontraram duas orientações comuns, cada uma com uma perspectiva específica. Enquanto uma foca os perigos, a outra se concentra na promessa de novas oportunidades. (Daryl R. Conner). 

Orientar times para olharem os problemas pela ótica da oportunidade cria possibilidades onde antes existiam barreiras. A melhor forma para lidarmos com mudanças, conflitos e crises é nos orientarmos por meio da oportunidade. 

No final de 2021, fiz uma pergunta a dezenas de líderes: se pudesse fazer um pedido ao mundo organizacional, qual seria? E as principais respostas foram: reduzir o número de reclamações da equipe; ser informado sobre os problemas, porém já com ideias de soluções; e liderar times engajados. 

Após algumas conversas, concluímos que as principais respostas se referem a um único problema: a falta de foco na oportunidade. O envolvimento com os problemas gera uma grande dificuldade em encontrar alternativas que nos levem a criar e inovar. 

A proposta aqui é explorar o positivo do problema, e, assim, alcançar o comprometimento. Nesse caso, o caminho trilhado é o da busca de comportamentos que geram inovação, que exploram a criatividade, focam o positivo e orientam à oportunidade.

 

Por que isso acontece?

Se vivemos um problema que nos impacta diretamente, que nos faz perder o controle e a clareza sobre o futuro, tenderemos a desenvolver o que é chamado de ‘orientação P’, que significa a orientação ao perigo, que faz disparar uma série de eventos fisiológicos de proteção. Uma outra pessoa pode viver o mesmo problema e se sentir segura e no controle, neste caso, ela apresentará a ‘orientação O’, ou seja, uma orientação voltada para a oportunidade.

Vale ressaltar que o estado de orientação nem sempre é consciente, ou em certas situações, não é consciente por um período determinado e que podemos mudar a nossa orientação. Pessoas orientadas pelo perigo, geralmente, sentem falta de um propósito, de visão clara, se sentem inseguras sobre si e a sua habilidade de gerenciar as incertezas. Por estes motivos têm dificuldade em se reorientar. Tendem a interpretar a vida de forma binária: certo ou errado, sim ou não, devo ou não devo. São profissionais que trabalham com a negação: “Não vejo como isso pode dar certo”. São reativos ao invés de proativos e tendem a se vitimizar.

Já as pessoas orientadas pela oportunidade respondem positivamente aos problemas. Apesar de reconhecerem o perigo, identificam a vantagem a ser explorada. Envolve uma série de competências comportamentais, sendo as principais:

·                    Pensamento sistêmico - visão ampla do cenário;

·                    Pensamento exponencial - lidar com vários eventos simultâneos, compreendendo que a vida não é linear;

·                    Resiliência - a capacidade de nos adaptarmos e nos respeitarmos;

·                    Positividade - criar possibilidades, onde os demais não encontram;

·                    Lidar positivamente com os erros - a habilidade de aprender com os próprios erros e superar as dificuldades;

·                    Ser ágil - ter uma ideia, validá-la, ir adiante ou descartá-la;


·                    Criar conexões - a capacidade de ir além da comunicação;


·                    Ser assertivo - ter clareza sobre o que realmente importa e ser capaz de se posicionar, sem impor.


Frente à quebra de expectativas, as pessoas do tipo “O” se sentem tão desorientadas quanto às pessoas do tipo “P”, porém não se tornam defensivas. Buscam informações que gerem novas possibilidades, lidam positivamente com a vulnerabilidade, tornam-se conscientes sobre suas emoções, acessam seus talentos e reforçam as parcerias. Como resultado desafiam suas suposições, seus quadros referenciais e criam relacionamentos ainda mais fortes.


Como melhorar?

Segundo Ethan Kross, neurocientista, psicólogo, professor premiado da Universidade de Michigan e da Ross School of Business, Seu humor é definido não pelo que você fez, mas pelo que pensou”. Quer dizer que o seu comportamento é definido não pelo que você faz, mas pelo que pensa. Tornar-se consciente sobre os seus pensamentos contribui com a tomada de decisão e o foco no que realmente importa. Questione-se: Qual pensamento motivou tal ação?

Isso significa que a decisão de olhar para o problema e restringir as opções ou olhar para as oportunidades e ampliar as chances, depende do seu ponto de vista, do lugar, onde o seu pensamento o coloca. A atenção é o que nos permite filtrar as coisas que não importam para podermos nos concentrar nas coisas que importam, e um dos principais culpados por manter o nosso foco no problema é o nosso fluxo verbal negativo.

Para mudar uma “orientação P” (perigo) para uma “orientação O” (oportunidade)*:

1º) Olhe de frente. Enfrente voluntariamente seus pensamentos, emoções e comportamentos, com curiosidade e gentileza. Valide qual o pensamento que está gerando a insegurança e de que forma ele pode ser substituído para transformar o pensamento binário em exponencial.

2º) Afaste-se. Depois de observar os seus pensamentos e emoções, amplie a sua visão.

3º) Siga em frente. Identificar como melhorar o que fazemos bem e desenvolver o que nos limita é a alternativa que nos coloca em movimento e transforma a zona de conforto em zona de oportunidade.

Anderson Birman, fundador do Grupo Arezzo, dá instruções: respeite a crise, mas foque no negócio; toda crise traz oportunidades. Encontre-as; respeite a demanda, não antecipe as ofertas; adapte-se, adapte-se e adapte-se de novo; permita-se; e enxergue além da crise, pois cedo ou tarde ELA PASSARÁ.

Seja você também um influenciador de oportunidade, pois como já dizia Daryl R. Conner: "O problema deveria ser visto como um desafio a ser resolvido e oportunidades a serem exploradas, ao invés de algo terrível a ser evitado."

 

* dicas do livro “Agilidade Emocional” de Susan David.

 

Regina Campilongo - Sócia fundadora da Moving Forward – Heads, professora, design e facilitadora de programas de treinamentos comportamentais organizacionais, mentora estratégica ágil, conselheira Trends Innovation, Master IE.

 

A improdutividade é um ciclo vicioso


A improdutividade sempre vem acompanhada de um ciclo vicioso.  E como todo ciclo vicioso, ela pode tornar-se uma bola de neve em sua vida. Mas é importante destacar que a improdutividade pode surgir na vida de qualquer pessoa, em qualquer momento e fase da vida. Esse é um sentimento que também faz parte do ser humano, somos tendenciosos a ficar e gostar da zona de conforto.

Trago aqui algumas reflexões de experiências vividas, onde me conectei com estudos e conceitos aprendidos com o objetivo de entender como melhor lidar e mitigar a improdutividade do meu time.

Analisar os indicadores de performance do time é uma prática que tenho feito com muita intensidade nos últimos dez anos. Quando iniciei minha jornada de líder, achei que poderia utilizar os mesmos mecanismos que eu usava para mensurar a minha produtividade e aplicar no meu time. O resultado?  Não deu tão certo como havia imaginado e quebrei a cara muitas e muitas vezes.

Com o tempo, descobri uma dura realidade. O contexto é muito mais complexo quando se trata de gerenciar o outro, e os mecanismos precisam ser adaptáveis nos mais variados níveis de exigências e resultados.

Fazer com o que o outro realize o necessário, aquilo que foi estabelecido e proposto durante a contratação, é um imenso desafio. E só entendemos isso na prática, quando muitos sabem o que têm que fazer, mas o agir não acontece na mesma intensidade do saber. Este paradoxo é um movimento cíclico, que traz inércia na geração de resultados. O que no meu conceito era obrigação de um profissional entregar, durante a prática, como líder, se apresentou como um diferencial.

Segundo Caio Arnaes, gerente sênior da Consultoria Robert Half, empresa americana especializada em recrutamento, reconhecida pela excelência no trabalho e nomeada na lista da Fortune das "World’s Most Admired Companies”, existem cinco pontos para pessoas serem demitidas, sendo o primeiro deles a baixa produtividade, seguido da falta de adequação à cultura da empresa, mal relacionamento com a equipe, atrasos e faltas constantes e, por último, a falta de um bom relacionamento com o seu superior.

Frente a essa perspectiva, decidi estudar e analisar as caraterísticas de uma pessoa improdutiva para mudar o meu viés na hora da contratação. E, também, com as pessoas que já fazem parte do meu time, buscando sondar se elas querem sair deste ciclo vicioso da improdutividade e vivenciar modelos diferentes de entrega dos resultados.

Quando falo em improdutividade como um ciclo vicioso, faço aqui uma associação com a vida como um todo, desde o início de todo o nosso aprendizado de obrigações, entregas e prazos. E esse é um processo que se inicia lá na infância. Pois, as pessoas crescem e mudam apenas de ambiente, mas o padrão continua o mesmo.

Assim, ao vislumbrar esse cenário desafiador de um líder, que é ter um time de alta performance, elenquei duas características fortes de uma pessoa improdutiva, ou seja, aquelas que pouco entregam os resultados. A primeira característica é a pessoa que sempre precisa de uma supervisão para finalizar as suas tarefas. A segunda é aquela pessoa que consome o seu tempo se ocupando com atividades que não estão alinhadas com a tarefa principal, ou seja, se distrai facilmente.



Supervisão assídua e distração

É interessante o quanto a nossa qualidade de aprendizados, que começa lá na infância, reflete nos padrões atuais, quando estamos no mundo corporativo. Ao fazer essa regressão para a fase da infância, percebo que as crianças (no quesito comportamental) que precisavam de um reforço escolar e ficavam de recuperação, estudavam apenas no último dia antes da prova. Elas ficavam brincando em sala de aula, entravam por último na sala de aula e eram as primeiras a saírem quando o sinal tocava. Esse tipo de comportamento tende a se repetir com o passar do tempo, só que de uma forma diferente quando pensamos no cenário empresarial.

Essas crianças precisavam sempre de um recall dos pais, dos professores e passavam de ano sempre na navalha. Mas com o tempo, essas crianças crescem e se tornam adultos e profissionais que levam, mesmo que de forma inconsciente, este padrão vivenciado e aprendido de improdutividade. Isso não é uma regra, aliás, falando de pessoas, nada é geral, tudo são pesquisas e percepções como um todo. Mas, por este movimento de associação que fiz, ousei em intitular este artigo como: Improdutivo cíclico.

Contudo, no ambiente corporativo o contexto muda. Aquele velho padrão repetitivo continua sendo o mesmo. Tudo vira um peso, uma dificuldade e nada é entregue dentro do prazo que foi solicitado. Além disso, essas pessoas não conseguem realizar as tarefas sem consumir o tempo de outra pessoa, pedindo ajuda de um colega ou mesmo do seu superior que termina fazendo o serviço.

Esse tipo de pessoa escolhe alguém de muleta para as entregas, consumindo o tempo dela e do outro. Enquanto na infância essa pessoa era a figura da mãe, na fase adulta e no mundo corporativo é o chefe. Parece ser tão lúdico essa associação feita, não é verdade? Mas o ser humano é assim, ele muda o ambiente, mas a origem, quanto aos valores, permanece e esse comportamento cíclico também se mantém o mesmo, só que outra forma. 

A cada dia mais empresas estão com este alerta de olharem o padrão comportamental, o fit cultural do colaborador com a empresa, porque entendem que os softs skills são fundamentais para o profissional performar bem e crescer dentro da organização. Estes pontos não eram nem mencionado antes, o que importava era o currículo, experiências, certificações e diplomas. Isso continua sendo importante, mas não o fundamental.

Liderar pessoas nas mais variadas construções de aprendizados e propósitos de vida é um desafio constante. E requer aprender e desaprender diariamente padrões, mudar o mindset e apreciar a diversidade em vez de guerrear com ela. Líderes inspiram os liderados, mas não impõem. Eles apenas mostram o caminho e validam quem quer seguir e mudar.

A baixa performance, ou seja, lidar com profissionais não produtivos, é um dos cinco grandes desafios dos líderes. Por que isso é tão crescente? Porque um feedback e plano de carreira dentro da empresa não resolvem por completo esse problema, apenas melhoram por um tempo e depois voltam, no mesmo padrão de sempre? Porque a pessoa desde cedo aprendeu a ser assim. Ou seja, ele não faz questão de mudar e coloca a culpa em algo que advém da infância, como eu já disse anteriormente.

Nesse caso, é necessário, é preciso desaprender. Desaprender esse padrão construído e mantido e buscar um novo padrão. Um padrão de uma pessoa com um mindset inovador e disruptivo. Só que nem todos estão dispostos e prontos para esta reprogramação.

Este século busca substancialmente por pessoas flexíveis, prontas para experimentar o novo com muita humildade intelectual durante o processo de aprender. E desaprender também. A nós, líderes, apenas nos resta garimpar tais pessoas, treinar e retê-las. É fácil? Lógico que não. Mas não temos outro caminho e precisamos seguir acreditando que o nosso trabalho tem o poder de transformação no outro por meio desta conscientização, de onde ele está e aonde quer chegar.




 Shirley Fernandes -ócia-diretora Comercial e de Marketing da N1 IT Stefanini


MEI: confira as mudanças previstas para a categoria em 2022

Aumento no limite de faturamento, MEI Caminhoneiro e reajuste das contribuições mensais estão entre as novidades do ano


Mudanças significativas estão previstas para o Microempreendedor Individual (MEI) em 2022. Uma delas é o possível e esperado aumento no limite de faturamento da categoria, previsto no Projeto de Lei nº 108/2021, que já foi aprovado no Senado e agora aguarda votação na Câmara.

Se liberado pela Casa e sancionado pelo presidente, o texto antevê que o faturamento do MEI passe dos atuais R$ 81 mil, por ano, para até R$ 130 mil. A modificação permitirá que mais empreendedores passem a integrar o segmento. Outro possível avanço é a contratação de dois funcionários, em lugar de apenas um, como é permitido hoje para o MEI.

Também é novidade a inclusão dos caminhoneiros nesse modelo empresarial. A previsão é que a partir de abril esses profissionais possam se inscrever no MEI, mesmo que o seu faturamento anual seja maior do que o teto previsto para as demais categorias incluídas no regime simplificado. O valor do teto mensal para o MEI Caminhoneiro é de R$ 20.966,67, multiplicado pelo número de meses entre o começo da atividade e o último mês do ano. Ou seja, somado os 12 meses, a receita bruta não pode ultrapassar os R$ 251,6 mil.


Contribuição mensal será maior

Já neste mês de fevereiro, o MEI arcará com um acréscimo no valor do Documento de Arrecadação Simplificada do MEI (DAS-MEI). Devido ao incremento no salário-mínimo, que agora é de R$ 1.212, as contribuições mensais dos microempreendedores individuais também serão reajustadas.

A nova taxa é de R$ 60,60, o que corresponde a 5% do salário-mínimo. Para os profissionais que exercem atividades ligadas ao Comércio e à Indústria, será cobrado R$ 1 a mais referente ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS); já para quem está no setor de Serviço, serão acrescidos R$ 5 referentes ao Imposto sobre Serviços (ISS). A correção vale apenas para os boletos que vencerão a partir do dia 20 de fevereiro.


eSocial do MEI

Para os microempreendedores individuais que possuem funcionários ou que pretendem contratar, também já está disponível o eSocial, nos mesmos moldes do eSocial doméstico. O ambiente digital permite a escrituração das obrigações fiscais, trabalhistas e previdenciárias, além de ser possível prestar informações sobre a comercialização da produção.

Por meio do módulo simplificado, os empregadores podem gerar o Documento de Arrecadação do e-Social (DAE) diretamente por esse sistema. A modernização no processo de regularização deve reduzir a burocracia e estimular a contratação formal de empregados ou auxiliares.

Linhas de crédito mais caras contribuem para a piora da inadimplência

 

Não são poucos os sinais que apontam para uma elevação contínua da inadimplência, mas o principal é a forte concessão de crédito verificada no ano passado



O recente aumento na taxa de inadimplência das famílias com recursos livres, de modo geral, não foi uma surpresa. A taxa, que encerrou o ano de 2020 na casa de 4,16%, subiu “apenas” 0,21 ponto percentual em 2021, para 4,37%. Mais do que isso, mesmo antes da crise, ela já vinha subindo, até que chegou ao nível de 5,60% em maio de 2020, quando então, despencou.

Os motivos que levaram a essa queda durante a pandemia também já são bem conhecidos, as postergações de parcelas dos empréstimos, a contribuição dos auxílios emergenciais e, em menor medida, a redução no ritmo de concessão de crédito ao longo de 2020 conduziram a taxa de inadimplência para patamares historicamente baixos.

Ao contrário da inadimplência, que subiu pouco, a concessão de crédito foi forte em 2021. Após encerrar o ano de 2020 com uma queda de 1,94% (lembrando que em dezembro de 2019 o crescimento era de 15,18%, a concessão de recursos livres às famílias) subiu 20,16% em 2021.

Olhando para o comportamento dessas variáveis ao longo dos anos, seria difícil de acreditar que estes movimentos aconteceram ao mesmo tempo, já que não é este o comportamento esperado. Soma-se a isso o fato de que nesse período o mercado de trabalho jogou “contra” a inadimplência e a concessão de crédito.

E o que se pode esperar do ano de 2022? Não são poucos os sinais que apontam para uma elevação contínua da inadimplência. Dentre eles, talvez o principal seja a composição dessa forte concessão verificada no ano passado.

Algumas linhas de crédito que costumam ser o “último recurso” ganharam mais importância, como o crédito pessoal não consignado, o cartão de crédito parcelado e o cartão de crédito rotativo. As taxas de juros associadas a esses tipos de crédito são quase que impublicáveis, mas, a título de exemplo apenas, em dezembro de 2021 elas foram de 85,17%, 349,62% e 168,45% ao ano, respectivamente.

Quando olhamos para o peso dessas linhas sobre o total de recursos livres concedidos às famílias, ele passou de 16,6% em 2020 para 21,3% em 2021. Esse percentual pode ser considerado alto, dado que, antes de 2021, algo próximo disso, um pouco maior na verdade, foi observado, por exemplo, nos anos de 2011, 2012 e 2013, o maior pico histórico da série atual da inadimplência de pessoas físicas, vide gráfico abaixo.



Naquele período a inadimplência das famílias subiu muito e depois caiu. Na ocasião, o que desencadeou esse movimento foi o excesso de crédito na economia. A inadimplência subiu muito mesmo quando o mercado de trabalho estava aquecido. A taxa de desemprego caiu ao longo do ano de 2012, por exemplo, encerrando aquele ano na marca de 6,9%.

Estaríamos próximos de algo assim mais uma vez? O crédito subiu muito, as famílias estão recorrendo mais às linhas de crédito mais caras, a inadimplência está caminhando para cima, a taxa de desemprego está em queda, mas o nível atual é muito mais elevado, de 11,6%, o rendimento médio real e efetivo do trabalho pode ter encerrado o ano de 2021 abaixo do nível verificado em 2012 (dez/12: R$ 2.527 – nov/21: R$ 2.450), as projeções de crescimento do crédito em 2022 são mais tímidas (talvez não seja sustentável, por ora, crescer tanto mais), enfim, a dúvida é razoável.

A discussão ganha ainda mais corpo quando excluímos da conta a participação do cartão de crédito à vista da concessão de recursos livres às famílias. Feito isso, o peso daquelas categorias mencionadas anteriormente passou de 40,9% para 57,4% entre os anos de 2020 e 2021, mais do que isso, esse é um valor inédito até aqui.




As linhas de crédito mais caras ganharam força ao longo do ano passado, o crédito pessoal não consignado, por exemplo, cresceu 23,0%, enquanto o crédito pessoal consignado caiu 1,6%. No mesmo sentido, o crescimento nas linhas de cartão de crédito rotativo e parcelado foi de 23,0% e 22,6%, respectivamente.

Se antes era difícil de acreditar que a inadimplência e a concessão de crédito se comportaram de forma tão “atípica”, mais difícil ainda será acreditar que a inadimplência possa parar de subir ao longo deste ano, a menos, é claro, que surjam novos fatores não recorrentes para ancorar a inadimplência, algo pouco provável no momento.



IMAGEM: Thinkstock



Flávio Esteves Calife

Economista responsável pela área de Indicadores e Estudos Econômicos da Boa Vista


com Rafael Ciampone, economistas da Boa Vista


Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/financas/linhas-de-credito-mais-caras-contribuem-para-a-piora-da-inadimplencia


Os maiores erros nos programas de capacitação em Tecnologia de grandes empresas

Se a gente passa a vida inteira falando em humanizar a tecnologia, por que na educação precisamos tratar as pessoas como robôs? Maioria dos cursos garante a parte técnica, inclusive na área de e-commerce, mas se esquece de treinar criatividade, visão empreendedora, habilidades de negócio e emocionais

 

A falta de profissionais qualificados para preencher vagas no mercado de inovação e tecnologia é mundial. Tão desesperadora que, há algum tempo, uma fintech israelense divulgou suas vagas de forma inusitada. Estampou as oportunidades em diversos outdoors espalhados pela região de Tel Aviv – isso mesmo que você leu, o bom e velho outdoor. No Brasil, se nada for feito, a tendência é que a falta de gente qualificada exploda. De acordo com estimativas da McKinsey, o déficit dos profissionais de tecnologia deve ultrapassar um milhão de pessoas até 2030. Em um país que tem no desemprego um dos seus maiores dramas, mercados com excesso de vagas podem transmitir uma falsa ideia de tranquilidade.

 

Falsa porque a demora por encontrar um profissional qualificado atrasa investimentos e pode até impedir uma empresa de assinar novos contratos, resultando na perda de competitividade. Sem formar os times que precisa, não tem como realizar um planejamento adequado e corre-se o risco de sobrecarregar os times atuais, prejudicando a satisfação dos colaboradores.

 

Uma das principais soluções oferecidas pelas próprias startups e empresas de tecnologia tem sido a criação de cursos de capacitação para gente disposta a entrar no mercado. O que tenho observado, porém, é que as empresas poderiam obter um melhor proveito dos cursos que oferecem. Muitas criam uma formação exclusivamente técnica dentro da tecnologia. Em Programação, por exemplo, uma grade de aulas toda voltada à replicação de técnicas, códigos, modelos. O conteúdo é ensinado para o profissional repetir, aprender e repetir, copiar e colar. E esse é o primeiro erro.

 

Se a gente passa a vida inteira falando em humanizar a tecnologia, por que na educação precisamos tratar as pessoas como robôs? Na maioria desses cursos, não existe uma visão de atendimento ao cliente, de perceber o que o cliente de tecnologia deseja, de entender que o que fazemos é parte de uma estratégia maior, visão de negócios, empreendedorismo, criatividade. No caso do e-commerce, muitos alunos terminam um curso sem captar de que forma seu trabalho interfere em resultados de venda, recorrência de compra, ou até como ele pode crescer na carreira, trazer clientes para uma empresa.

 

A cultura digital é diferente. Prova todos os dias que o efeito de formar “peças da engrenagem” é pequeno, se comparado a capacitar pessoas para que se tornem as inventoras das peças – e da engrenagem inteira.

 

Outro ponto a que se deve estar atento ao montar um curso de capacitação em tecnologia e inovação na sua empresa é a oportunidade de convidar os próprios profissionais da organização para dar aulas. Você até pode completar o corpo docente com outros professores, de fora da companhia, mas se um profissional que já trabalha ali tiver o desejo de contribuir será um grande passo.

 

A participação nesse tipo de programa costuma motivar os times internos, que veem na transmissão do conhecimento um senso de propósito. Além disso, é uma forma de incorporar nas aulas a cultura corporativa, o que ajuda caso se queira contratar alunos do curso depois.

 

Mais um ponto que observo tem a ver com a escolha de cases apresentados nas aulas: eles são quase todos muito “perfeitos” e, no fim, o aluno é apresentado apenas ao que deu certo. Ao sair do curso, certamente vai se deparar com um desafio de tecnologia real, quando observará que escrever códigos não é acertar de primeira. Devido à pouca experiência de mercado, pode acabar frustrado, não saber como reagir, desistir. E aí logo passa a considerar a tecnologia um bicho-de-sete-cabeças. É a última coisa que queremos.

 

O primeiro passo para transformar o Brasil em um país de profissionais digitais, como já somos do futebol, é criar intimidade, proximidade com a inovação. Um código que você escreve pode dar problema e exigir que passe um dia inteiro tentando descobrir o que deu errado. Isso é o mais comum e o desenvolvedor, portanto, tem que aprender a lidar com seu desconhecimento, seus erros, sua capacidade de aprendizado e de persistir até acertar. Em resumo, as habilidades de um curso de inovação e tecnologia também precisam ser emocionais. 

Quando você oferecer um curso de capacitação, não deve preparar o profissional apenas para trabalhar na sua empresa. Tem que preparar para o mundo. É isso que vai dar a medida do que a sua organização será capaz de conquistar.

 



Hugo Alvarenga - sócio-fundador da b8one, laboratório de soluções digitais especializado em e-commerce e parceira estratégica do unicórnio VTEX, atuando para grandes marcas em 13 países.


Unidades do Poupatempo estarão fechadas durante o feriado de Carnaval

Serviços presenciais estarão suspensos na segunda (28/2) e terça-feira (1/3); postos voltam a funcionar normalmente, mediante agendamento, na quarta-feira (2/03), após às 12h

 


Os postos do Poupatempo estarão fechados para o atendimento presencial nos dias 28 de fevereiro e 1º de março. A medida atende ao decreto que estabeleceu ponto facultativo nas repartições públicas do Estado na segunda e terça-feira de Carnaval, e a retomada do expediente após às 12h da Quarta-Feira de Cinzas.

No dia 2 de março, após o meio-dia, todas as unidades voltam a funcionar habitualmente para o atendimento presencial, mediante agendamento prévio de data e horário.

O agendamento pode ser feito pelos canais digitais do programa, onde também estão disponíveis mais de 190 serviços eletrônicos, para que o cidadão acesse quando e onde quiser. Entre as opções mais procuradas, estão a renovação da CNH, Carteira de Trabalho Digital, Seguro-desemprego, licenciamento de veículos, carteira de vacinação da Covid-19, entre outros. Todos permanecem disponíveis para a população 24 horas por dia, sete dias por semana. Para acessar, basta baixar o aplicativo Poupatempo Digital, no celular, ou acessar o site do Poupatempo.

Importante reforçar que os atendimentos nos postos do Poupatempo são realizados somente para serviços que dependem da presença do cidadão para serem concluídos, como os de RG (primeira via e renovação com alteração de dados), transferência interestadual e mudança nas características de veículos, por exemplo.


Mutirão de CNH

Neste sábado, dia 26 de fevereiro, o atendimento no Poupatempo será normal. Durante o funcionamento de cada unidade será realizado o segundo dia do mutirão para renovação de CNH. Mais de 9 mil vagas foram disponibilizadas e os agendamentos poderão ser feitos a partir de quarta-feira (23/2).

Para saber os horários de funcionamento das 113 unidades do Poupatempo, é só acessar o portal - www.poupatempo.sp.gov.br.


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