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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022

Qualificação da Assistência Farmacêutica: como a Saúde Digital pode ajudar e o que precisamos para avançar?


Ter acesso a tratamentos com medicamentos e doses adequadas, no momento e pelo período correto parece simples, não? Entretanto, quando analisada de perto, a atividade de Assistência Farmacêutica responsável por esse acesso, diariamente desempenhada pelos serviços de saúde, enfrenta desafios complexos, especialmente quanto ao uso racional de medicamentos. 

O uso racional de medicamentos é um conceito guarda-chuva reconhecido pela Organização Mundial da Saúde e pressupõe diversas estratégias voltadas para que a prescrição, dispensação e o uso de medicamentos ocorram de forma adequada e segura ao paciente, com menor custo e com amplo acesso pela sociedade. Esse tema é um desafio atual dos sistemas de saúde de todo o mundo, incluindo o brasileiro, visando a otimização da gestão de tratamentos dos pacientes nos serviços públicos e privados. 

Embora saiba-se que o engajamento do paciente seja essencial para evitar descompensações clínicas e até internações, de acordo com estudos citados no documento “Contribuições para promoção do Uso Racional de Medicamentos”, publicado pelo Ministério da Saúde em 2021, estima-se que 50% das pessoas que recebem uma prescrição de medicamentos não aderem aos tratamentos de forma adequada. Esse dado se soma às conclusões de estudos de anos anteriores. Em 2019 o Conselho Federal de Farmácia, em pesquisa com apoio da Datafolha, constatou que 57% dos entrevistados que recebem uma receita, não usam o medicamento conforme orientado; e em 2014, a Pesquisa Nacional Sobre Acesso, Utilização e Promoção Do Uso Racional De Medicamentos evidenciou que 46,1% dos brasileiros apresentam algum tipo de conduta errada ao utilizar remédios. 

Diante desse problema, o tema é abordado em discussões pelo Ministério da Saúde, agências reguladoras e conselhos profissionais, e vem sendo debatido por esses atores no Comitê Nacional para a Promoção do Uso Racional de Medicamentos (CNURM). Nessas deliberações ficam claros alguns problemas estruturantes, como a fragmentação entre os elos que unem o paciente na sua jornada de tratamento (médico, farmacêutico e equipe de acompanhamento), a baixa sistematização de dados e a falta de comunicação entre atores do sistema de saúde. 

Diante desse cenário, a Saúde Digital, com incorporação de tecnologias de informação e comunicação (TICs), procura ser parte da solução desse gargalo, por meio da integração de sistemas e da comunicação rápida, eficiente e segura entre profissionais prescritores, pacientes e dispensadores. 

Plataformas de prescrição eletrônica de medicamentos e os aplicativos que permitem que profissionais de saúde realizem o acompanhamento remoto e a adesão ao tratamento pelos pacientes são exemplos claros que operam em favor do uso racional de medicamentos. Assim como os serviços de telessaúde, essas tecnologias se destacaram durante a crise sanitária causada pelo Coronavírus, quando o acesso remoto às orientações de saúde se tornou essencial. 

Viabilizadas com a permissão da assinatura digital pela Lei 14.063/2020, as plataformas de prescrição eletrônica passaram a possibilitar a integração de ponta a ponta entre os atos de prescrição e dispensação - trazendo segurança sobre o conteúdo e uso da receita. Além de trazer de forma compreensível e legível orientações sobre o tratamento, eles podem ajudar prescritores por meio de ferramentas de suporte à decisão clínica, assim como no controle do histórico de tratamento dos pacientes e adesão (com consentimento expresso e inequívoco do paciente). Além disso, a tecnologia, se devidamente regulamentada, poderia ser um modo de otimizar a vigilância sanitária no controle de duplas dispensações e fraudes no caso de receitas falsificadas. 

Pensando nos serviços públicos, a prescrição eletrônica já foi reconhecida pelo Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems) como ferramenta importante de ser considerada pelos gestores na mais recente publicação do “Instrumento de referência dos serviços farmacêuticos na Atenção Básica”. Ao ter o controle da prescrição e dispensação, as tecnologias poderiam auxiliar o gestor público na logística, inclusive por meio da identificação de gargalos de acesso na originação da receita e sua dispensação. 

Apesar de todos esses benefícios, o que nos impede de ter essas tecnologias implementadas de forma sistêmica? Do ponto de vista normativo é preciso um direcionamento mais claro. Para além da regulamentação dos serviços de atendimento remoto em serviços de telessaúde, atualmente em destaque nas discussões principalmente no âmbito legislativo, é preciso estabelecer regras claras acerca da prescrição, dispensação e assistência farmacêutica remota, independentemente do tipo de medicamento. 

Embora as prescrições eletrônicas tenham sido possibilitadas durante a pandemia, ainda carecem do acompanhamento normativo da Anvisa. As prescrições de medicamentos de controle especial, por exemplo, ainda dependem de talonário físico, embora seja indiscutível que a prescrição eletrônica, juntamente com um sistema de controle de dispensação inteligente, traria mais segurança e controle da dispensação destes medicamentos. Avanços são esperados com os resultados da Consultas Públicas 1.018/2021 - que visa debater a regulamentação dos requisitos para emissão, prescrição, aviamento e dispensação das receitas de controle especial, antimicrobianos em meio eletrônico - e 1046, que propõe a revisão da Portaria 344/1998, que também prevê requisitos para receita de controles especiais. 

Com relação a outros aplicativos remotos que possuem natureza clínica e terapêutica, de acompanhamento de tratamento do paciente, espera-se que alguma clareza seja atingida com a regulamentação de Software as a Medical Device que foi submetida a Consulta Pública neste ano (1035/2021). Ainda assim, em todas as situações, até que haja uma normatização, algumas incertezas dão espaço para questionamento sobre quais órgãos devem fazê-lo. 

Por fim, não podem ser esquecidas as dificuldades de infraestrutura. O Ministério da Saúde, gestores estaduais e municipais deverão avançar do ponto de vista de conectividade e interoperabilidade para possibilitar integração dessas soluções na Rede Nacional de Dados em Saúde, como o próprio CNURM constatou; assim como o acesso à assinatura eletrônica com certificado digital. Já do ponto de vista do setor suplementar, o acesso e compartilhamento de informações que possibilitem a visibilidade sobre a adesão do tratamento precisa também ser abordado e discutido com olhares que preservem a segurança mediante a Lei Geral de Proteção de Dados. 

Esse é só o começo da história da saúde digital no Brasil. Temos um caminho razoável a percorrer para alcançar todo o potencial para uma assistência farmacêutica segura, ágil e informatizada. Os avanços dependem de esforços coordenados sistematicamente entre todos os atores da cadeia. Somente com a visão conjunta dos reguladores, empresas, assim como da sociedade civil, notadamente pacientes e profissionais de saúde, será possível estabelecer regulações e utilizar a saúde digital em favor do uso racional de medicamentos.

 

Julia Cestari Santos - head de Public Policy da Nexodata, healthtech de receitas médicas digitais. Bacharel em Relações Internacionais pela ESPM e mestranda em Gestão e Políticas Públicas pela FGV, há mais de 6 anos atua com análise de políticas de saúde pública e suplementar, com foco em advocacy e relações governamentais. 

Tatiana Kascher - head de Compliance da Nexodata, healthtech de receitas médicas digitais. Advogada, com mestrado (LLM) pela University of Illinois e Universidade Católica Portuguesa, reúne mais de 15 anos de experiência, principalmente auxiliando empresas de Saúde na estruturação de seus negócios. Possui CBEX Healthcare Compliance Professional Certification e, recentemente, foi listada como Rising Stars do The Legal 500.


Como contornar a inadimplência no seu negócio?

Nos últimos anos, a inadimplência vem se tornando uma das principais vilãs do fluxo de caixa das empresas. Severamente impactada por diversos fatores externos, como a inflação e o aumento de desemprego, o número de brasileiros endividados e inadimplentes vem elevando cada vez mais e, preocupando a operação e investimentos de muitas companhias. Contornar esse cenário pode parecer uma missão impossível frente à falta de perspectivas para a economia nacional – mas, possível de ser combatida por meio de certas ações estratégicas nos negócios.

Abrangendo tanto pessoas físicas quanto jurídicas, os casos de inadimplência registrados no país estão se agravando. Em março de 2021, dados publicados pelo G1 mostram um total de 62,65 milhões de brasileiros endividados – o equivalente a cerca de 57% da população adulta. São mais de R$ 253 bilhões de dívidas, segundo o Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil, das quais muitos encontram dificuldades em quitar.

Esta crescente onda de incapacidade de pagamentos é extremamente prejudicial para todos os envolvidos. Para os clientes, além de terem seu nome sujo, encontrarão mais dificuldade em adquirir empréstimos e outras operações que dependam de instituições bancárias. Para as empresas, sua saúde financeira será cada vez mais impactada, impedindo investimentos em áreas estratégicas para o crescimento do negócio, prejudicando o faturamento mensal e, consequentemente, aumentando o risco da companhia se endividar no mercado. Um efeito cascata que, sem o devido cuidado, pode se tornar complexo de ser revertido.


Por que a inadimplência vem crescendo?

Não há como atribuir a responsabilidade do aumento da inadimplência à apenas um culpado. Mas, o frustrante cenário econômico nacional é, sem dúvidas, um dos principais influenciadores dessa onda. Em um levantamento realizado pela Austin Rating, o Brasil se tornou o quarto país do mundo com a maior taxa de desemprego – mesmo com uma tendência de queda, ainda temos mais que o dobro da taxa média global e, também, o pior dentre os integrantes do G20.

Dificultando ainda mais, os preços de inúmeros produtos e serviços não param de aumentar. A redução do poder de compra da população é atingida por diversos lados, impossibilitando que grande parte das pessoas tenham condições de arcar com suas dívidas. Sem o devido planejamento, as contas apenas tenderão a se acumular cada vez mais, danificando não apenas os próprios consumidores, mas também as companhias que, perderão constantemente clientes com condições para adquirir seus produtos.


Como combater a inadimplência no seu negócio?

Reverter este cenário pode ser uma tarefa difícil para muitas empresas e, até mesmo, desanimador ao analisarmos tantos dados preocupantes. Contudo, seu negócio pode se blindar contra perdas severas para sua operação por meio de um bom planejamento interno. Segundo o Banco Central, a preocupação com a inadimplência deve ser redobrada a partir do momento em que ela se encontrar acima de 5% na sua empresa, levando em consideração os pagamentos não quitados com mais de 90 dias de atraso. Uma vez atingida essa situação, é preciso saber como agir a fim de evitar sua piora.

A cobrança preventiva é uma das estratégias mais utilizadas para essa finalidade – com o objetivo de lembrar o cliente sobre o vencimento de uma compra e ajudá-lo a evitar o pagamento de juros. Aqui, um cuidado fundamental deve ser tomado: a cobrança não pode ser feita apenas com notificações incessantes acerca da dívida – mas sim, trazer um olhar humanizado para o processo, conscientizando o consumidor sobre a importância de manter os pagamentos dentro do prazo.

Para contribuir ainda mais nessa eficácia, os canais de comunicação devem, obrigatoriamente, fazer parte dessa estratégia. Os agentes virtuais são importantes ferramentas que trazem excelentes resultados para esta cobrança – com inteligência suficiente para entender o melhor momento de contatar o devedor e oferecer as melhores opções de pagamento conforme sua necessidade. Em conjunto, o SMS e o e-mail também podem trazer resultados assertivos. O primeiro permite o envio de mensagens para qualquer dispositivo, mesmo diante da falta de internet – basta que o aparelho esteja conectado à uma operadora para o sucesso do envio.

Ter uma visão positiva para a diminuição da inadimplência se torna complicado diante do atual cenário econômico, o que torna essencial adotar tais ações para evitar danos irreparáveis nas empresas. É imprescindível mostrar empatia a todo o momento, que a empresa se preocupa que o cliente mantenha seu nome limpo e tenha um bom futuro financeiro. Com uma boa organização estratégica e comunicação clara sem invasões, todos podem ser beneficiados.

 


Marcos Guerra - Superintendente de Receita e Marketing na Pontaltech, empresa de tecnologia especializada em comunicação omnichannel.

 

Pontaltech

https://www.pontaltech.com.br/

 

Backoffice: qual a relevância para o sucesso nos negócios?

Especialista explica como um sistema de gestão integrada na nuvem facilita o backoffice, sendo uma excelente opção para os novos modelos de trabalho nas empresas


O backoffice é tudo que acontece nos bastidores para o sucesso de qualquer negócio, dos pequenos aos grandes. Ele reúne todos os processos de retaguarda de uma empresa, ou seja, administrativo, financeiro, estoque, jurídico, recursos humanos, entre outros não vinculados à atividade fim. Geralmente, esses setores não têm contato direto com os clientes e cometem o erro de não se comunicarem de forma adequada entre si, mas seus procedimentos são essenciais para os processos internos e tudo que fazem refletem diretamente no lucro da instituição e na satisfação do cliente.

 

O desafio atual é saber como gerir o backoffice, a fim de integrar todos esses processos e colocar em prática um controle eficaz das atividades. As inseguranças que surgiram devido à pandemia do Covid-19, mostraram que precisamos  pensar para além de controles manuais e como é importante ter um sistema de gestão que integre com segurança todos os processos internos da empresa, que também funcione no home office, e que seja hospedado na nuvem. 

 

É preciso investir em tecnologias que permitam um modelo integrado, onde todos conseguem acompanhar o desenvolvimento dos processos, atendimentos de demandas, produtividade entre outros indicadores importantes, seja funcionário ou líder de uma empresa. Conforme destaca Carlos Magalhães, da Xcellence & Co., "ambientes voláteis e incertos apresentarão continuamente novos desafios, exigindo que as organizações antecipem, identifiquem e reajam rapidamente a mudanças rápidas. O futuro Centro de Excelência (CoE) nas empresas pode ajudar os negócios em geral com modelagem sofisticada e recursos de suporte a decisões, utilizando uma gama mais ampla de fontes de dados internas e externas e habilidades analíticas avançadas".


 

Informações centralizadas e sem fronteiras

 

O backoffice de todo negócio conta com muitas tarefas manuais, burocráticas e repetitivas, necessárias para manter a operação rodando. Para otimizar essa rotina, diminuindo o índice de erros humanos, o ideal é contar com um sistema integrado, que engloba a gestão de atendimento e a  automatização de processos. 

 

“As vantagens de um bom software de gestão são inúmeras, entre elas, podemos citar a centralização da informação. Esse tipo de plataforma evita a perda de documentos, falhas por processos manuais, retrabalho, gastos desnecessários, entre outras funcionalidades”, explica Irene Silva, CEO da Ellevo, referência nacional no desenvolvimento de soluções em tecnologia para gestão de atendimento e serviços, automatização de processos, help desk, service desk e serviços compartilhados. 

 

Irene ainda destaca que esse tipo de software pode auxiliar na comunicação, fluxo de processos, realização e atualização de inventários, contratos e realização de tarefas das empresas. “O sistema é dividido em módulos e muitas tarefas podem ser automatizadas, o que contribui para melhoria contínua das rotinas da empresa”. 


 

Funções essenciais de um sistema integrado 

 

No caso da Plataforma Ellevo, Irene explica que as funções que a solução desempenha são comparadas às de 20 softwares diferentes, aplicados e instalados separadamente nas empresas. “Este é um dos motivos pelos quais os processos se tornam mais eficientes, eles se integram”. 

 

Importante lembrar que com o uso de sistema de gestão integrada tudo fica armazenado em um único banco de dados, que pode ser acessado sempre que necessário, facilitando, assim, a tomada de decisões. “ Exemplo disso, é que mesmo que um colaborador seja desligado, seu trabalho fica armazenado no sistema”, explica. 

 

Outro ponto importante da plataforma é a migração do software de gestão de um servidor interno para a nuvem. “Isto reduz custos em equipamentos e manutenção, permitindo, desde que habilitado e conectado à internet, acessar os dados de qualquer lugar, pelo computador, tablet ou smartphone. A nuvem também permite controlar diferentes níveis de acesso aos documentos”, finaliza Irene. 

 

 

 

Ellevo - referência nacional no desenvolvimento de soluções em tecnologia para gestão de atendimento e serviços, automatização de processos, help desk, service desk e serviços compartilhados

 

Eleição de 2022 cristaliza obstáculos à oxigenação política

O período eleitoral que se avizinha traz novamente à tona uma questão fundamental para o país: se o Brasil deseja ser uma nação com democracia verdadeiramente representativa, precisa rever algumas questões do sistema eleitoral atual que mascaram o desequilíbrio da disputa e dificultam a oxigenação política.

Vamos aos fatos. O Fundo Partidário destina, este ano, R$ 1,06 bilhão a ser dividido entre as 33 legendas. Além disso, teremos em 2022 mais R$ 4,9 bilhões de Fundo Eleitoral. Ocorre que do Fundo Partidário apenas 1% é dividido igualmente entre as legendas que recebem, individualmente, R$ 10,6 milhões. Os outros 99% são distribuídos proporcionalmente à bancada parlamentar de cada partido. No Fundo Eleitoral, essa proporção é de 20% para 80%, ou seja, R$ 980 milhões rateados igualmente entre os partidos e R$ 3,29 bilhões divididos proporcionalmente às legendas de acordo com o número de parlamentares eleitos para o Congresso Nacional. O mesmo critério – tamanho da bancada – é utilizado para a distribuição do tempo no rádio e na televisão no horário eleitoral.

Sem entrar no mérito das razões que originaram tais critérios, é nítido que tal fórmula criou distorções prejudiciais à democracia. Primeiramente porque confere e delega um enorme poder aos presidentes e dirigentes dos partidos, em cujas mãos ficam orçamentos generosos para distribuição discricionária. Ademais, porque dá a alguns candidatos mais facilidade de acesso aos recursos financeiros e ao tempo de rádio e tevê.

Por outro lado, acaba também facilitando a reeleição porque confere aos detentores de cargos poderes que a legislação eleitoral não é capaz de frear apesar das limitações temporais que impõe, proibindo determinados atos no período eleitoral. Não impede, por exemplo, a concessão de reajustes salariais para determinadas categorias mais numerosas, nem farras fiscais para o favorecimento dirigido, seja por meio da redução de tributos, incentivos e renúncias fiscais, seja por subsídios e financiamentos via bancos oficiais, em datas bem próximas dos limites legais.

O voto no Brasil ganhou sentido monetário. Não por acaso os partidos investem mais nos chamados puxadores de votos: seus parlamentares que já possuem mandatos ou artistas de forte apelo popular. Esses são peças fundamentais para a conquista de mais cadeiras legislativas e, com isso, maior participação nos fundos partidário e eleitoral, retroalimentando um sistema nefasto à representatividade verdadeira porque representa um grande obstáculo para estreantes na política partidária e eleitoral, dificultando a renovação.

Tudo favorece os mandatários da hora, cria obstáculos para o ingresso de novos candidatos e ainda fomenta a concentração de poder nas mãos dos dirigentes partidários. Nesse cenário, ninguém consegue viabilizar uma candidatura aos governos estaduais ou à Presidência da República sem garantir excepcional relação com os presidentes dos partidos ou das federações partidárias, novidade recém-criada e que nasce incapaz de impedir alianças costuradas, na maior parte das vezes, sem um único fio de compromisso programático.

Os recursos bilionários dos fundos partidários e eleitoral, contrastando com a falta de recursos para investimentos em áreas prioritárias à população, são outra anomalia. Justificam, em boa medida, o absurdo número de partidos políticos no Brasil – mais de três dezenas -, alguns dos quais dominados desde sempre por velhos caciques. Outro exemplo de privilégios, financeiros e de poder, que são mantidos no país, acentuando as desigualdades e sugando os cofres públicos.

Sem mudanças profundas no sistema, o eleitor brasileiro continuará assistindo à junção temporária de legendas e de candidatos que até pouco tempo se atacavam violentamente em discursos inflamados, perguntando-se se tais políticos lançaram falsas acusações antes ou se tornaram mentirosos agora.

O Brasil não pode ser conduzido por corruptos, por desonestos, por quem promete e não cumpre, por quem torna elásticos os valores éticos e morais por conveniência eleitoral, por quem não tem qualquer compromisso com a verdade, com o zelo pelo dinheiro público e com o atendimento das necessidades de sua população. Esse risco existe e permanecerá se o sistema não for aperfeiçoado.

 


Samuel Hanan - engenheiro com especialização nas áreas de macroeconomia, administração de empresas e finanças, empresário, e foi vice-governador do Amazonas (1999-2002).

 

Metaverso: "Big bang" digital

Praticamente a cada 10 anos, as plataformas de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) passam por uma mudança de paradigma. Na década de 1990, foi a comunicação do PC; nos anos 2000, a web, e na década de 2010, os smartphones. Já nos anos 2020, o novo paradigma é o Metaverso.

Metaverso é um ambiente virtual 3D e forma social que integra uma variedade de novas tecnologias. Ele fornece uma experiência imersiva baseada na tecnologia de Realidade Aumentada, cria uma imagem espelhada do mundo real com base na tecnologia de gêmeos digitais, constrói um sistema econômico baseado na tecnologia blockchain, e integra firmemente o mundo virtual e o mundo real nos sistemas econômico, social, cultural, jurídico e de identidade.

Uma multitecnologia norteada pelas noções de sociabilidade, temporalidade e hiperespaço. Nela, o 5G e 6G são a base de comunicação, e a Internet das Coisas (IoT) desempenha um papel vital na infraestrutura de rede. Nesse contexto, tecnologias de gestão e gerenciamento de recursos, energia e sessões são essenciais. E as tecnologias comuns fundamentais incluem Inteligência Artificial (IA), consistência espaço-temporal, segurança e privacidade.

Algoritmos de IA são a chave para conectar o mundo virtual e o mundo real. Os três elementos da IA – dados, algoritmos e poder de computação – são essenciais no estabelecimento e desenvolvimento do Metaverso. Tecnologias imersivas de Realidade Estendida (XR), como Realidade Virtual (VR), Realidade Aumentada (AR), Realidade Mista (MR) e somatossensorial, proporcionam aos usuários as mesmas sensações visuais e auditivas que no mundo real.

A consistência espaço-temporal é uma característica fundamental. A forma final do Metaverso é o continuum espaço-tempo digital paralelo, que não se detém na construção de um espaço digital estático, mas de um espaço virtual que evolui paralelamente ao mundo real dinâmico. Portanto, dados espaço-temporais consistentes são críticos para o mapeamento entre o mundo real e o Metaverso, como sincronização de tempo, posicionamento de alvo, registro espacial e de tempo.

A segurança e a privacidade dos dados do usuário são dois dos maiores problemas do mundo. Com o Metaverso, a quantidade e riqueza de dados pessoais coletados não tem precedentes. Por isso, é muito provável que várias empresas e instituições optem por trabalhar juntas para construir um ou mais Metaversos, com a intenção de coordenar e interagir dados entre esses diferentes mundos virtuais, e garantir proteção das informações. Gerenciamento de ativos digitais, como avatares, também pode significar grandes desafios na proteção dos usuários contra cópias digitais. Em contrapartida, pesquisas sobre autenticação de acesso de usuários, consciência de situação de rede, monitoramento de comportamento perigoso e identificação de tráfego anormal fornecem referências que estão sendo realizadas para otimizar a segurança e a privacidade. 

Importante lembrar que o surgimento do Metaverso não substituirá as relações sociais reais pelas relações sociais virtuais, mas trará um novo tipo de relacionamento, em que online e offline estarão integrados. Ao estudar o comportamento humano e as relações, a computação social prevê uma lei de operação e, também, tendências de seu desenvolvimento futuro.

A integração do espaço social físico com o espaço social virtual requer o mapeamento contínuo das interações sociais e eventos no mundo social-virtual. Também, deve atender aos requisitos de realismo para que os usuários se sintam emocionalmente imersos no mundo virtual: ubiquidade, acessível em vários dispositivos e locais e com avatares conectados durante as transições; interoperabilidade, para empregar padrões que permitam ao usuário se teletransportar sem problemas entre diferentes locais no Metaverso, sem desconexões e interrupções em sua experiência; e escalabilidade, capacidade de gerenciar o poder computacional de tal forma que um grande número de usuários possa interagir socialmente no mundo virtual.

O Metaverso tem um poder arrebatador antes nunca visto, e será amplamente utilizado em diversos campos, como educação, indústria, economia, smart city, medicina, arte, jogos, cultura, socialização, entre outros. O desenvolvimento da tecnologia impulsiona a transição da internet atual para o Metaverso, tornando tênue o limite entre ambientes físicos e virtuais. O futuro imersivo será mais interativo, incorporado, vivo e multimídia graças a dispositivos de computação poderosos e inteligentes. Mas, existem desafios a serem superados antes que o Metaverso se integre ao mundo físico e à realidade cotidiana.  

 

Débora Morales - mestra em Engenharia de Produção (UFPR) na área de Pesquisa Operacional com ênfase a métodos estatísticos aplicados à engenharia, inovação e tecnologia, especialista em Engenharia de Confiabilidade (UTFPR), graduada em Estatística e em Economia. Atua como Estatística no Instituto das Cidades Inteligentes (ICI).


Suíça anuncia novo relaxamento de regras.

A partir desta quinta-feira, 17 de fevereiro de 2022, a Suíça não exigirá preenchimento de formulário de entrada e a conversão do certificado COVID para brasileiros entrarem no país


O Conselho Federal anuncia que a maioria das medidas relacionadas ao COVID serão eliminadas. Não serão mais necessários:

 

·      Uso de máscara em lojas, restaurantes, bem como em outros ambientes

públicos, assim como eventos. 


·      Exigência de máscara no local de trabalho.


·    Não são mais válidas as restrições de acesso reguladas pelo certificado COVID (regra 3G, 2G e 2G+).


·      Exigência de autorização para eventos de grande escala.


·      Restrições em reuniões privadas.


 

Aos turistas:

·      Não será mais necessário apresentar o formulário de entrada.


·   Não será mais necessário emitir o passe sanitário suíço “Swiss Covid Certificate”

 

Isolamento e exigência de uso de máscaras serão exigidos em algumas situações até 31.03.


·      Pessoas que testaram positivo deverão permaneces isoladas.


·      Uso de máscaras em transporte público e ambientes hospitalares.

 

Importante reforçar que o Certificado Covid Suíço ainda emitirá certificados aos cidadãos suíços devido a exigência do certificado em alguns países.


 

Vacinas aceitas para entrar na Suíça.

 

As vacinas aceitas atualmente são aquelas aprovadas pela Organização Mundial da Saúde: BioNTech, Moderna, Pfizer, Janssen, AstraZeneca, Sinovac, Sinopharm e Serum Institute of India.

 

●     Pfizer/Pfizer/BioNTech (BNT162b2 / Comirnaty® / Tozinameran)

●     Moderna (mRNA-1273 / Spikevax / COVID-19 vaccine Moderna)

●     AstraZeneca (AZD1222 Vaxzevria®/ Covishield™)

●     Janssen / Johnson & Johnson (Ad26.COV2.S)

●     Sinopharm / BIBP (SARS-CoV-2 Vaccine (Vero Cell))

●     Sinovac (CoronaVac)

 

Resumindo as informações importantes aos brasileiros com destino à Suíça

 

●    Após a segunda dose da vacina é permitida a entrada no país no mesmo dia. Os imunizados com a vacina do laboratório Janssen precisam aguardar 22 dias após a data da vacinação para embarcar.


●    Necessário que a última dose da vacina (ou dose única) tenha sido nos últimos 270 dias (aproximadamente 9 meses). Vacinas mistas são permitidas como por exemplo: 1a dose de AstraZeneca e 2a dose com Pfizer.


●   Caso o viajante tenha a intenção de seguir a partir da Suíça para outros países, serão válidas as regras do país de destino.


●    Crianças de até 16 anos acompanhada pelos pais são isentas de comprovação de vacinação.


●  Passageiros entre 16 e 18 anos não precisam apresentar o certificado de imunização, somente teste PCR negativo válido dentro das 72 horas. Menores de 18 anos não vacinados ainda não estão autorizados a entrar no país desacompanhados. 


●    Para passageiros em trânsito/ conexão é necessário verificar as regras com a cia aérea.


●   Para entrada no país: para a comprovação de vacinados brasileiros, basta apresentar o comprovante de vacinação juntamente com o passaporte. Necessário conter as informações: nome, data de nascimento, data da vacina, nome da vacina administrada e nome e endereço do local de vacinação. O Turismo da Suíça oriente emitir o comprovante de vacinação na plataforma ConecteSUS.


●    Para retornar ao Brasil é necessário sempre apresentar o teste PCR negativo emitido em menos de 72 horas ou antígeno em menos de 24 horas.

 

O governo suíço desenvolveu uma página com informações dedicadas de acordo com nacionalidade de cada turista: https://travelcheck.admin.ch.

 

Importante: o governo suíço também reduziu a quarentena aos positivados de 10 para 5 dias, porém lembrando que é necessário o teste negativo para deixar o isolamento


Empresas devem liberar informe de rendimento até o final do mês


Os demonstrativos podem ser disponibilizados aos funcionários por e-mail, links na internet ou por aplicativos


As empresas têm até o próximo dia 28 para disponibilizar a seus funcionários os comprovantes de rendimentos. Os informes são usados para o preenchimento da declaração do Imposto de Renda de Pessoa Física, cujo prazo de entrega inicia em 2 de março. As instituições financeiras também devem liberar os comprovantes a seus clientes.

O calendário de entrega da declaração deste ano será divulgado pela Receita nos próximos dias. Tradicionalmente, o prazo começa no primeiro dia útil de março e vai até o fim de abril. Por causa da pandemia de covid-19, o prazo final de entrega foi adiado nos últimos anos.

Em relação aos comprovantes de rendimentos, os dados não precisam ser enviados pelos Correios. As empresas e as instituições financeiras podem mandar as informações por e-mail, divulgar links para serem baixados na internet ou fazer a divulgação em aplicativos para dispositivos móveis.

Os documentos de rendimento servem para a Receita Federal cruzar dados e verificar se o contribuinte preencheu informações erradas ou sonegou imposto.

Os documentos fornecidos pelos empregadores devem conter os valores recebidos pelos contribuintes no ano anterior, assim como detalhar os valores descontados para a Previdência Social e o Imposto de Renda recolhido na fonte. Contribuições para a Previdência Complementar da empresa e aportes para o plano de saúde coletivo devem ser informados, caso existam.


ATRASOS

Se não receber os informes no prazo, o contribuinte deve procurar o setor de recursos humanos da empresa ou o gerente da instituição financeira. Se o atraso persistir, a Receita Federal pode ser acionada. Em caso de erros ou de divergência de dados, é necessário pedir novo documento corrigido.

Se não receber os dados certos antes do fim de abril, dia final de entrega da declaração, o contribuinte não precisa perder o prazo e ser multado. É possível enviar versão preliminar da declaração e depois fazer declaração retificadora..

 

Agência Brasil 

 Agência de notícias da Empresa Brasileira de Comunicação.

 

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/leis-e-tributos/empresas-devem-liberar-informe-de-rendimento-ate-o-final-do-mes


Projeto Help realiza ação de saúde mental nesta quinta (17/2) na Estação Santo Amaro da Linha 9-Esmeralda

Voluntários do Projeto Help estarão nesta quinta-feira, dia 17 de fevereiro, na Estação Santo Amaro da Linha 9-Esmeralda, atendendo pessoas no “Cantinho do Desabafo”, das 14h Às 16h.

A ação integra a campanha “Uma palavra pode salvar uma vida”, com foco na saúde mental, uma realização em parceria com a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 5-Lilás de metrô e 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos.


No Cantinho do Desabafo, os voluntários praticam a escuta fraterna, que consiste em ouvir sem julgar, e, disponibilizam, para quem deseja, um número de telefone nacional para atendimento online (11-4200-0034).


A atividade será realizada obedecendo os protocolos de distanciamento social, uso de máscara, álcool em gel e luvas, com acompanhamento da equipe de Sustentabilidade da concessionária.


As mesas, para quem quiser conversar e desabafar com os voluntários, serão montadas também obedecendo o distanciamento.


Neste mês de fevereiro a iniciativa ainda passará pelas estações Lapa da Linha 8-Diamante, no dia 22, e Capão Redondo da Linha 5-Lilás, no dia 28.
 


Serviço:
Cantinho do Desabafo -- Projeto Help
Estação Santo Amaro -- Linha 9-Esmeralda: dia 17 de fevereiro, quinta-feira, das 14h às 16h
Estação Lapa -- Linha 8-Diamante: dia 22 de fevereiro, terça-feira, das 14h às 16h
Estação Capão Redondo -- Linha 5-Lilás: dia 28 de fevereiro, segunda-feira, das 14h às 16h


Emprego na terceira idade? Não, na melhor idade!

As vantagens de buscar um profissional mais experiente e quais as áreas que mais contratam


No dia 1 de outubro é comemorado o dia mundial da pessoa idosa, e se engana quem acredita que o pessoal dessa faixa etária tem dificuldade para ingressar novamente no mercado de trabalho. Muitas empresas têm preferência inclusive por profissionais com idade avançada, afinal muitos apresentam mais experiência – e essa experiência só é alcançada com a vivência, além de possuírem mais maturidade quando o assunto é uma ocupação profissional, explica a gestora de carreira e diretora de projetos da empresa Outliers Careers.

Para aqueles que desejam regressar ao mercado de trabalho, existem algumas recomendações que podem ser seguidas. “Identifique suas principais competências; procure por um trabalho alinhado às suas experiências profissionais anteriores; faça um bom currículo, destacando a sua experiência; não pareça resistente às mudanças e novidades. Boa apresentação pessoal e postura são muito importantes, capriche nelas; e procure manter-se atualizado sobre a sua área de atuação”, esclarece a profissional.

Para o empregador também existem grandes vantagens em contratar pessoas com mais idade – que vão além da experiência. Em geral, os mais velhos são excelentes para o atendimento a clientes, são mais humildes em reconhecer seus erros e buscar a melhoria, são menos ansiosos, têm paciência para um plano de carreira longo, maior disponibilidade de tempo e flexibilidade na negociação do salário; menor responsabilidade com filhos - geralmente já são formandos ou independentes.

Em geral, esse tipo de funcionário já recebe a aposentadoria e por isso o foco do trabalho nem sempre é exclusivamente o salário. “Hoje em dia, os profissionais acima dos 60 fazem tudo: entram na internet, dirigem, fazem exercícios, dançam, namoram, estudam, enfim, procuram algo que venha trazer bem-estar e o melhor caminho para felicidade – e muitas vezes o trabalho ajuda e muito nesse caminho”, finaliza.

 

 

Madalena Feliciano - Gestora de Carreira e Hipnoterapeuta

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Por que acontece o descredenciamento dos prestadores nos plano de saúde?

Já aconteceu de seu médico favorito parar de atender o seu plano de saúde? Daí vem aquele desespero e insegurança para procurar outro médico de confiança. Isso é mais comum do que se imagina, uma vez que, ao mesmo tempo em que ficamos felizes quando o nosso plano agrega mais clínicas e médicos, também pode acontecer o contrário. O credenciamento acontece por meio de contrato de parceria entre prestadores de serviços de saúde (clínicas, hospitais, consultórios médicos e laboratórios) e operadoras/seguradoras de planos de saúde.

O contrato é de consentimento mútuo e pode ser revogado por decisão recíproca ou unilateral. Caso não haja mais vantagem ou ocorra alguma insatisfação em manter a prestação de serviço, o contrato pode ser desfeito ou recombinado. Um fator que pode gerar o rompimento da parceria é o atraso ou falta de pagamento pela operadora/seguradora ou até mesmo por morosidade no tempo de atendimento por parte do referenciado. Neste caso, a clínica, laboratório ou médico pode desfazer o acordo, assim como o pagador do serviço.

O fato é que não existe uma sanção da Agência Nacional de Saúde (ANS) que penalize uma das partes pela rescisão justificada. Mas, caso haja a ruptura, a ANS exige que o desligamento da clínica, hospital ou laboratório seja comunicado aos usuários. Cabe à Operadora ou Seguradora, nestes casos, substituir por outro estabelecimento equivalente.

A ANS também pode penalizar clínicas, laboratórios ou médicos, por meio de encerramento do contrato ou multa, caso esses estabelecimentos, por exemplo, não consigam oferecer o atendimento dentro do tempo exigido por lei ou não protocolar os documentos dentro dos segmentos estabelecidos pelas partes.

Diante desses fatos, o descredenciamento entre convênios e prestadores é comum e faz parte da liberdade de oferta e demanda. Sabemos que não é uma situação agradável, mas cabe a nós enquanto usuários entendermos essa situação e procurar alternativas disponíveis pelo plano.

 

Marcelo Spínola - Bacharel em Administração de Empresas, com pós-graduação em Controladoria, experiência de mais de 20 anos no segmento financeiro e agora especialista em benefícios na corretora FXD Seguros & Benefícios.


Quais são as fases de desenvolvimento de times?

Conduzir e desenvolver times podem ser um grande desafio para líderes e gestores. Isso ocorre por uma razão muito específica: convivência. Dependendo do grau de maturidade do time, conflitos de relacionamento quase sempre ocorrem, desviando o foco de todos para uma direção pouco produtiva e que não ajuda em nada.

Nesse momento, a maioria dos líderes não sabem como conduzir a situação, agravando o quadro e causando a baixa na produtividade geral da equipe. Você já passou por uma situação semelhante? Ou até mesmo já foi membro de uma equipe disfuncional?

Se já passou por isso, como é a maioria dos casos, você sabe exatamente que se uma pessoa está focada em problemas de relacionamento, ela não está focada em produzir e cumprir sua função em sua plenitude.

Nesse sentido, convido você a refletir sobre a seguinte pergunta: como líderes podem conduzir times a excelência? Pesquisadores sobre a temática de gestão e liderança fizeram essa mesma pergunta e chegaram a conclusões interessantes.

Eles entenderam que todo time em formação passa por diferentes etapas, ou fases, de desenvolvimento e cada uma exige uma postura e condução distinta do líder. Entenda um pouco mais sobre cada uma delas:

 

Fase 01:  Formação

Na fase inicial, os membros se encontram entusiasmados e com vontade de participar.

O grande desafio é que, apesar do entusiasmo, os membros ainda não possuem procedimentos e direcionamento.

Portanto, o papel do líder nesta etapa é o de estabelecer papéis, tarefas e processos para cada membro do time.

 

Fase 02: Tempestade

Na segunda fase, os conflitos entre os membros do time vem à tona, diferentes perspectivas e personalidades colidem, além de testarem os limites e a autoridade do líder.

O grande desafio é o de superar a fase de conflitos o mais rápido possível e o líder tem um papel crucial nesse momento, que é a de resolver conflitos, dar feedbacks e encorajar o time.

 

Fase 03: Normalização

Na fase de normalização, os membros do time estão na transição entre a fase de conflitos e a volta do foco nos principais resultados.

O desafio do líder é o de manter o foco do time nas principais metas e resultados da equipe, mantendo a coesão dos envolvidos.

 

Fase 04: Desempenho

A fase de desempenho, ou performance, é o ponto onde todos devem almejar.

Sabemos que chegamos nele quando o time está maduro, produtivo e existe a coesão e espírito de equipe.

O papel do líder neste ponto é o de dar desafios à altura do time, além de estabelecer metas mais audaciosas, tirando a equipe de uma possível zona de conforto.

 

Fase 05: Encerramento

A última fase, nem todas equipes necessariamente precisam passar por ela, é a de dissolução, ou encerramento.

Ela geralmente ocorre quando o time formado já tinha a premissa de ser temporário.

Acontece que, após as desavenças e vitórias juntos, os membros se apegam uns aos outros e o desafio é que a separação ocorra sem o sentimento de vazio.

Nesta fase, o líder deve reduzir gradativamente o número de interações e contatos entre a equipe, além de encorajar a utilização das habilidades de cada membro em outras situações.

Agora pare e pense por um minuto: em quais das fases mencionadas acima o seu time se encontra?

Reflita agora sobre seu comportamento como líder, ele está adequado para o momento da equipe?

Como você poderia exercer uma liderança ainda melhor?

Promover esse time de reflexão e direcionamento é exatamente o papel de um Coach Executivo quando trabalha em parceria com líderes e gestores.

Afinal, de nada serve uma teoria se ela não for colocada em prática para gerar maiores e melhores resultados pessoais e profissionais.

Ao ler até aqui, você se familiarizou com as principais fases de desenvolvimento de times e ganhou insights poderosos sobre como atuar em cada uma delas. Ao fazer isso, não se surpreenda ao observar uma performance superior por parte de sua equipe e níveis cada vez maiores de excelência.

 

 Valdez Monterazo - associado sênior na Sociedade Brasileira de Coaching, especializado em negócios, liderança e psicologia positiva. Tem cases de sucesso e promove resultados em diversos segmentos de pequenas e médias empresas. https://valdezmonterazo.com.br


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