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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2022

Dia Mundial do Câncer: Como a biotecnologia tem permitido identificar pré-disposições e metástases da doença que acomete milhões no mundo

Testes genéticos e exames específicos por PCR ajudam a encontrar as principais mutações em genes responsáveis pelo surgimento dos tumores

Exames permitem que pessoas com histórico familiar de câncer detectem mutações que poderão levar ao surgimento de novos tumores

                                                                 Divulgação

 

O Dia Mundial de Combate ao Câncer, instituído em 4 de fevereiro, é uma iniciativa global estabelecida pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS), com o propósito de conscientizar e discutir ações contra o avanço da doença, que atualmente mata mais de sete milhões de pessoas por ano em todo planeta. Embora represente um número alarmante de pacientes acometidos e, consequentemente, casos fatais, o avanço da biotecnologia tem contribuído cada vez mais para a reversão deste cenário, tanto para a população, quanto para a comunidade médica e científica, nessa escalada para a descoberta de tratamentos assertivos.


Detecção precoce

Quanto antes diagnosticado, maiores são as chances de tratamento e cura. Sabe-se, há alguns anos, que esta é uma das premissas básicas na luta contra o câncer. Por isso, a importância da medicina preventiva, dos exames anuais de rotina para homens e mulheres, iniciativas sempre reforçadas nas ações de campanhas específicas como o Outubro Rosa, para o câncer de mama, e o Novembro Azul, para o câncer de próstata. Porém, com a evolução da biotecnologia nas últimas décadas, mais do que encontrar um tumor em fase inicial, é possível descobrir, por meio de testes genéticos, a pré-disposição para desenvolvê-lo futuramente.

“Os exames genômicos tumorais, devido à sua alta precisão, permitem que pessoas com histórico familiar de câncer ou que já tenham tido câncer anteriormente, detectem mutações genéticas que poderão levar ao surgimento de novos tumores. Com isso, é possível que os médicos adotem medidas profiláticas, como a retirada das mamas em mulheres que têm propensão a este tipo de câncer, ou ainda, dependendo do tipo de câncer, fazer um acompanhamento com exames de sangue, de imagem e avaliações constantes desses pacientes”, destaca Allan Richard Gomes Munford, Gerente Regional LATAM de Marketing para Diagnósticos de Oncologia e Precisão da QIAGEN, multinacional alemã, especialista em tecnologia para diagnósticos moleculares que apresenta, entre suas soluções, o QIAseq Targeted DNA Panels, um kit de reagentes utilizados para a preparação das amostras a serem sequenciadas.

Para realizar esse rastreamento, são feitas análises dos genes BRCA1 e BRCA2, que estão relacionados a alguns tipos de câncer como o de mama, de ovário e de próstata hereditários. O teste genético permite verificar mutações nesses genes, que poderão causar o desenvolvimento da doença. Com uma simples amostra de sangue ou saliva, é possível realizá-lo e, sob orientação médica, direcionar as medidas que mais se aplicam para o paciente que apresentar um diagnóstico positivo. Esses testes já estão disponíveis e são cobertos pelos planos de saúde para pacientes que apresentem histórico familiar do câncer.


Longevidade para casos avançados

A expectativa de vida dos pacientes em estágio avançado de câncer, quando não há mais chances de cura, depende de diversos fatores, além de seu estado geral de saúde. Um deles é a detecção, acompanhamento e controle das metástases, ou surgimento de novos tumores. Nesse sentido, a tecnologia aplicada aos diagnósticos moleculares tem permitido identificar mutações genéticas, especialmente as do gene PIK3CA, que estão diretamente associadas ao crescimento dos tumores, à resistência ao tratamento endócrino e a um mau prognóstico geral. Uma vez detectada a mutação, é possível iniciar um tratamento com medicamentos combinados, sob os princípios ativos capazes de inibir as proteínas relacionadas à rápida progressão da doença.

Entre os testes genéticos disponíveis para encontrar essas mutações, os que apresentam metodologia RT-PCR são mais rápidos, sensíveis e precisos, o que tem favorecido tratamentos cada vez mais precoces. De acordo com Munford, soluções como o therascreen PIK3CA RGQ PCR Kit, da QIAGEN, são capazes de detectar 11 mutações do gene PIK3CA, por PCR, em tempo real, contribuindo para o aumento da longevidade em casos irreversíveis.

“O trabalho contínuo da ciência tem auxiliado em descobertas cada vez mais inovadoras, pensando no bem-estar e na expectativa de vida dos seres humanos. Para as pessoas que enfrentam quadros avançados de câncer, cada dia de vida, cada instante a mais que podem ficar com seus entes, importa. Por isso, seguimos trabalhando em inovações que permitam isso e além, nosso objetivo é chegar à cura, independentemente do estágio em que o paciente se encontra. Foram mais de 20 anos de pesquisa até aqui, para que pudéssemos relacionar o papel desse gene com as mutações metastáticas”, conclui o executivo.   

 


QIAGEN

https://www.qiagen.com/us/


Dia Mundial do Câncer: Para evitar diagnóstico e tratamento tardios, pacientes devem ficar atentos aos seus direitos

Entidade alerta que legislação prevê medidas para evitar atrasos no agendamento de consultas e exames, que podem reduzir as chances de melhores resultados
 

No dia 4 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial do Câncer, conforme o calendário da Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com dados da organização internacional, a doença é a segunda principal causa de morte no mundo, sendo que cerca de 70% das mortes ocorrem em países de baixa e média renda, como o Brasil. 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que seriam registrados 625 mil novos casos de câncer ao ano no triênio (2020-2022). Enquanto isso, a ONG Oncoguia destaca que houve uma queda de 22% nas cirurgias de câncer desde 2020 e alerta que o tratamento está sendo deixado de lado pelos pacientes. 

Para o presidente da Sociedade Brasileira de Direito Médico e Bioética (Anadem), Raul Canal, a queda no número de cirurgias e diagnósticos pode acarretar uma nova epidemia, a de câncer em estágio avançado: “O temor é de que haja um aumento significativo de casos não tratados, o que resultará num crescimento da mortalidade por câncer no Brasil”. 

“Há inúmeros pacientes que deixaram de buscar atendimento. No entanto, há aqueles que tentaram, mas não conseguiram marcar exames, biópsias, e, com isso, terão reduzidas as suas chances de cura. Aqueles que fizeram sua parte, mas ainda assim foram prejudicados, devem lutar por seus direitos”, pontua. 

Nestes casos, explica o presidente da Anadem, a falta de informação é um dos principais motivos para as pessoas desistirem de buscar o cumprimento de normas constitucionais. Os pacientes que dependem do sistema público devem buscar ajuda da Defensoria Pública. Já os usuários dos planos de saúde podem fazer uso do Código de Defesa do Consumidor. 

Canal lembra que em 2019 foi sancionada a Lei dos 30 dias, que visa assegurar a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) com suspeita de câncer o direito à realização de exames no prazo máximo de um mês. No entanto, não há esforços específicos para a Lei efetivamente fazer efeito e pacientes continuam aguardando por meses por seu diagnóstico.  

“A legislação que garante essas medidas em benefício do paciente existe, mas é muitas vezes ignorada. O conhecimento é um aliado do cidadão. Temos que motivar as pessoas a conhecerem seus direitos e fazerem valer cada um deles, especialmente neste período de tanta desinformação”, afirma o especialista em Direito Médico.


Diagnóstico precoce permite remoção completa de tumor por técnica avançada durante cirurgia

Pesquisa científica avança com microscopia de ponta e exames periódicos ajudam a detectar doença a tempo de ser curável; radioterapia intraoperatória, tratável pelo SUS, é opção menos invasiva contra o câncer de mama, ainda o que mais mata mulheres no Brasil

Radioterapia intraoperatória - menos invasiva que procedimento tradicional_Foto: Divulgação ZEISS

 

Em 4 de fevereiro é celebrado o Dia Mundial de Combate ao Câncer, data que estimula a prevenção da doença por meio da realização de exames de rotina, que impactam positivamente no diagnóstico precoce e consequente tratamento para possível cura da enfermidade. Como desenvolvedora de microscópios ultramodernos utilizados para pesquisas e diagnósticos e também de equipamento de radioterapia intraoperatória, procedimento menos invasivo na remoção de tumores cancerígenos em estágio inicial, a alemã ZEISS, referência mundial em tecnologia médica, chama a atenção para a campanha global de conscientização e prevenção do câncer e discute os avanços tecnológicos no combate à doença. 

Por algum tempo, inovações e saltos no desenvolvimento de medicamentos e métodos diagnósticos resultaram em melhorias na detecção e terapia precoce do câncer, doença que faz mais de 18 milhões de novos pacientes por ano no mundo, sendo de 30% a 50% dos casos evitáveis, segundo pesquisa de 2018, da Organização Mundial da Saúde. Além disso, a eficácia e a tolerabilidade de tratamentos contra a enfermidade foram aprimoradas, em grande parte graças a estudos em microscopia avançada --que ajudam a entender como as células saudáveis são diferentes das células cancerosas, monitorando processos dinâmicos no ciclo celular. 

A pesquisa mais inovadora usando microscópios para desvendar o ciclo celular, de Sir Paul M. Nurse, Leland H. Hartwell e Timothy Hunt, recebeu o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina em 2001 e rende ainda hoje novas vertentes de estudos sobre alterações cromossômicas identificadas em células cancerosas, caminho para o desenvolvimento de novas soluções para o tratamento de cânceres. 

Exemplo de inovação neste sentido é o trabalho realizado pela universidade Johns Hopkins Medicine, nos EUA, com foco no câncer de mama. Liderado pela doutora Saraswati Sukumar, a equipe desenvolve pesquisa laboratorial para obter o perfil molecular do câncer de mama e aplicar esse conhecimento à detecção precoce, ao diagnóstico e à terapia da doença.

“Minha pesquisa levou à maior compreensão sobre a função do gene HOX no desenvolvimento e na progressão do câncer de mama, e a microscopia detalhada específica desempenha um grande papel no estudo. Juntamente com minha equipe, identifiquei e apliquei marcadores genéticos metilados no sangue e tecido para detecção precoce da doença. O objetivo é criar clínicas de rastreamento para diagnóstico e tratamento de mulheres usando tecnologia automatizada para detectar e testar a lesão no local”, declara Saraswati.

 

CÂNCER DE MAMA NO BRASIL

No Brasil, o câncer de mama permanece sendo o câncer que mais leva mulheres a óbito --foram 18.068 mortes em 2019--, último levantamento divulgado pelo Inca, que estima ainda a existência de 66.280 novos casos em 2021. Soluções inovadoras, portanto, abrem caminho para transformações quando somadas às demais iniciativas viáveis para o controle da doença. 

Ao mesmo tempo, a adoção de hábitos preventivos continua sendo um caminho que pode fazer diferença nos desdobramentos de exames e diagnósticos: ainda em território nacional, em 2020, o Inca aponta que cerca de 8.000 casos da doença tiveram relação direta com fatores comportamentais. É o equivalente a 13,1% dos 64 mil novos casos registrados, no período, em mulheres a partir de 30 anos de idade. A maior fração deste índice foi atribuída à inatividade física (4,6%); na sequência, aparecem o não aleitamento materno (4,4%), o excesso de peso (2,5%) e a ingestão de bebidas alcoólicas (1,8%). 

“Pacientes mais obesos, por exemplo, tendem a ter uma retenção maior de hormônios, e muitos dos tumores da mama têm receptores hormonais. Esse acúmulo de hormônios (estrógeno e progesterona) em células gordurosas, portanto, podem vir a tornar um câncer mais agressivo. Por outro lado, a amamentação produz hormônios internos, a partir da endorfina, que levam a uma maior proteção mamária”, diz o radioncologista Antônio Cassio Assis Pellizzon, head de radioterapia do Hospital AC Camargo Câncer Center, de São Paulo. 

Desta forma, um estilo de vida mais saudável tanto em alimentação quanto em atividade física é recomendável pelos especialistas como forma de evitar o desenvolvimento da doença. Outra orientação é manter os exames de toque, mas também mamografias e ressonâncias em dia, visto que são diversos os fatores que podem originar o tumor.


“Identificado na fase mais precoce, o câncer de mama tem mais chance de ser tratado com novas tecnologias. Em especial, a radioterapia intraoperatória, que elimina a necessidade, na quase totalidade dos casos, de pacientes voltarem ao hospital após a cirurgia para fazer irradiação externa”, diz Pellizzon.

 

TRATAMENTO EM ESTÁGIOS INICIAIS

Regulamentada por portaria do Ministério da Saúde (n° 1.354, de 4 de outubro de 2016), a radioterapia intraoperatória já autoriza tratamento pelo SUS¹, sendo ainda oferecida em hospitais e operadoras de saúde privados. A liberação de seu uso é justamente para casos em que o câncer se encontra em estágio inicial, para ser aplicada durante a cirurgia de retirada do tumor. Sua função é tratar o chamado leito tumoral para evitar a volta da anormalidade naquele ponto, com o cuidado de não danificar as células saudáveis ao seu redor.


“É uma das técnicas mais avançadas que temos para estes casos, hoje, e sem dúvida é a que gera mais conforto a pacientes. Porque no momento da cirurgia a radioterapia já é realizada localmente, poupando todos os tecidos que estão entre o campo de radiação e o local de que foi retirado o tumor. De 85% a 90% dos casos, esta única aplicação com tempo médio de 30 minutos basta. Em comparação com os moldes tradicionais, de feixe externo (EBRT), que pedem até 30 sessões após a cirurgia, é uma vantagem muito grande”, esclarece Pellizzon.
 

Aplicada com o moderno equipamento da ZEISS, o INTRABEAM® --desde que a paciente atenda aos critérios estabelecidos pelo cirurgião (considerando itens como idade e avanço do tumor)--, esta radioterapia intraoperatória também agrega a vantagem de não exigir deslocamentos do centro cirúrgico a outro setor, como o de radiologia.


“O INTRABEAM permite irradiar, de uma só vez, toda a área onde o tumor se encontra, sem comprometer o tecido saudável e ainda garantindo que a paciente não precise se submeter a diversas sessões de radioterapia. É uma verdadeira revolução, sobretudo no cenário atual, em que muitas pessoas têm medo de sair de casa. Os benefícios clínicos, sociais, financeiros e psicológicos são enormes”, explica Luciana Lima, Business Development Manager da ZEISS. 

Disponível no Brasil desde 2013, a tecnologia possui um aplicador em formato esférico e pode ser usada em diversos tipos de tumor, promovendo a melhoria na qualidade de vida dos pacientes, que retornam ao convívio social e às atividades cotidianas mais rapidamente.
 

O INTRABEAM® é utilizado no tratamento do câncer em diversos hospitais do país, como AC Camargo Câncer Center (SP), Hospital Oswaldo Cruz (SP), rede Prevent Senior (SP) e Instituto de Mastologia e Oncologia (GO). Além disso, pacientes da rede pública podem usufruir da tecnologia por meio de parcerias entre o Sistema Único de Saúde (SUS) e os hospitais que contam com o equipamento, em conformidade com a Portaria n° 1.354/SAS/MS. Ao todo, mais de 50.000 mulheres em todo o mundo receberam tratamento IORT por meio do INTRABEAM®, com excelentes resultados.
 

¹ conforme determinação e normas dispostos na PORTARIA Nº 1.354, DE 4 DE OUTUBRO DE 2016 do Ministério da Saúde



ZEISS

Zeiss.com.br 


Dia Nacional da Mamografia reforça importância do exame para mulheres

 Detecção precoce da doença evita avanço dos sintomas e aumenta as chances de recuperação

 

No próximo sábado (05) é comemorado o Dia Nacional da Mamografia. Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres, respondendo por aproximadamente 23% dos casos novos a cada ano. Dados do Inca ( Instituto Nacional de Câncer) apontam que a sobrevida para pacientes diagnosticadas é de cinco anos nos países desenvolvidos, cerca de 85% das mulheres, enquanto nos subdesenvolvidos permanece entre 50-60%. 

Segundo o mastologista e professor do curso de medicina na FEMPAR (Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná), Jan Pawel Andrade, as diferenças de sobrevida podem ser explicadas pelos estágios mais avançados ao diagnóstico nos países desenvolvidos e também por outros fatores, como a falta de acesso aos serviços de saúde, o atraso na investigação de lesões mamárias suspeitas e na realização do tratamento.  

“ A mamografia entra como uma arma que pode auxiliar na detecção precoce da doença, quando realizada em mulheres assintomáticas, numa faixa etária em que haja um balanço favorável entre benefícios e riscos dessa prática, reduzindo a mortalidade pela doença, diminuindo os traumas físicos, aumentando a sobrevida e arrefecendo os traumas familiares”, explica.  

No Brasil, órgãos de saúde como a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade. Tal medida difere das recomendações atuais do Ministério da Saúde, programa de rastreamento populacional do Inca, que sugere o rastreamento bianual, a partir dos 50 anos.  

Atualmente não é recomendado o autoexame das mamas como técnica a ser ensinada às mulheres para rastreamento do câncer de mama. Estudos sobre o tema demonstraram baixa efetividade e possíveis danos associados a essa prática. Entretanto, segundo Pawel, o autoconhecimento das mulheres sobre seus corpos continua sendo importante para detecção precoce da doença. “ A mulher deve ser estimulada a conhecer o que é normal em suas mamas e a perceber alterações suspeitas de câncer, por meio da observação e palpação ocasionais de suas mamas, em situações do cotidiano, sem periodicidade e técnica padronizadas”, afirma.  

Como parte das orientações de preparo para a mamografia, o mastologista cita que, antes da realização do exame, recomenda-se que a mulher lave bem as axilas e não utilize produtos como desodorante e talco na região para não interferir na captura da imagem. Além disso, se possível, programar o agendamento fora do período menstrual, pois o exame pode ser incômodo devido a compressão das mamas.  

Mulheres com prótese de silicone, gestantes e lactantes (as duas últimas, em caso de lesões suspeitas) devem realizar a mamografia com recomendação de seu médico. Já mulheres com parentes de primeiro grau com câncer de mama antes dos 50 anos, devem iniciar o rastreio 10 anos antes do recomendado. O mastologista explica:  

“ A superação das barreiras para redução da mortalidade por câncer de mama no Brasil envolve também o controle de fatores de risco conhecidos e, sobretudo, a estruturação da rede assistencial para rápida e oportuna investigação diagnóstica e acesso ao tratamento de qualidade. Neste sentido, deve-se lembrar da importância da consulta médica regular, onde a anamnese irá buscar fatores de risco individuais de cada paciente”.



 
Faculdade Presbiteriana Mackenzie


Oncologista alerta para risco de confiar em dietas da internet contra o câncer

Especialista explica que pode existir relação entre dietas e crescimento de tumores, mas reforça que evidências mostram que simplesmente incluir ou banir alimentos está longe de ser solução 

 

A internet está repleta de recomendações sobre o que adicionar ou remover de sua dieta para prevenir o câncer. Na medida em que mudam as estações, surgem recomendações de alimentos que podem curar ou causar doenças. Volta e meia alguns são tratados como vilões e heróis dos hábitos alimentares, mas com que frequência essas afirmações são válidas?

Para o oncologista Eliseu Fleury, membro da Singulari Medical Team, é importante ter cuidado com essas promessas e se questionar se realmente existem superalimentos que podem prevenir o câncer ou mesmo produtos ruins que podem causar ou agravar a doença. Mais do que isso, enquanto o relatório mais recente da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede PenSSAN) aponta que 55,2% da população não necessariamente come três refeições ao dia. Com mais de 19 milhões de brasileiros vivendo em privação extrema de alimentos, é fundamental entender a relação entre os hábitos alimentares e a progressão de tumores.

 

Alimentos que curam

De fato, a nutrição desempenha um papel importante na saúde em geral e uma dieta pobre pode influenciar as chances de desenvolver câncer. De acordo com a American Cancer Society, cerca de 1 em 5 cânceres nos EUA e cerca de 1 em 6 mortes por câncer podem estar ligados à má nutrição, excesso de peso, não praticar exercícios ou álcool.

Não por acaso, a entidade recomenda hábitos alimentares saudáveis, que incluem muitos vegetais, frutas e grãos inteiros, bem como a limitação de carnes vermelhas, bebidas açucaradas, alimentos altamente processados ​​e grãos refinados.

 

Mito e as evidências

A dúvida que persiste é como um alimento específico pode afetar o risco de câncer de uma pessoa. Para o oncologista é fundamental tentar encontrar e entender quais são as evidências - ou a falta delas - por trás de algumas das alegações de dieta mais populares, em especial quando relacionadas ao câncer.

Segundo ele, um exemplo que demanda atenção é a alegação de que o “açúcar alimenta o crescimento do tumor”. “De fato, todas as células do nosso corpo usam moléculas de açúcar - também conhecidas como carboidratos - como sua principal fonte de energia, incluindo as cancerosas. Porém, essa não é a única fonte de combustível. As células podem usar outros nutrientes para crescer, como proteínas e gorduras”, esclarece.

Além disso, o especialista ressalta que não existem evidências de que simplesmente cortar o açúcar da dieta pode impedir que as células cancerosas se espalhem. Ele cita a epidemiologista nutricional Carrie Daniel-MacDougall, do MD Anderson Cancer Center em Houston, que afirma que se as células cancerosas não receberem açúcar, elas começarão a quebrar componentes de outros estoques de energia dentro do corpo.

Para todos os efeitos, os cientistas estão investigando se certas dietas podem ajudar a desacelerar o crescimento de tumores. Por exemplo, testes em roedores e humanos apresentaram evidências preliminares mostrando que a dieta cetogênica, que é pobre em carboidratos e rica em gordura, pode ajudar a retardar o crescimento de alguns tipos de tumores.

Dentre eles, estaria o do reto, mas para isso é necessário combinar o modelo alimentar com o padrão de tratamentos de câncer, como radiação e quimioterapia. Atualmente, ainda não há uma conclusão sobre como isso pode funcionar, mas os especialistas têm algumas hipóteses.

Como o oncologista argumenta, as dietas cetogênicas são boas para reduzir os níveis de insulina, um hormônio que ajuda as células a absorver açúcar. Ao mesmo tempo, pesquisas em camundongos mostram que altos níveis de insulina podem enfraquecer a capacidade de certas terapias para retardar o crescimento do tumor. 

O especialista ressalta que o médico oncologista Neil Iyengar, do Memorial Sloan Kettering Cancer Center de Nova York, tem estudado o efeito desse tipo de dieta para alguns tumores em testes clínicos junto de outros pesquisadores. Contudo, ele lembra que o próprio pesquisador frisa que os efeitos da dieta só são notados quando combinados à biologia do tumor e não se aplicam para a redução geral do risco de câncer. Assim, Eliseu reforça a importância de recorrer a profissionais especializados antes de assumir dietas ou condutas baseadas em fontes que muitas vezes não partem de evidências científicas consolidadas.


Oncologista do Hospital IGESP explica o impacto causado pela COVID-19 no diagnóstico e tratamento do câncer

 Declarada como pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2020, a COVID-19, doença infecciosa causada pelo SARS-CoV-2 (acute respiratory syndrome coronavirus 2, em inglês), descrita pela primeira vez no final de 2019 na cidade chinesa de Wuhan, rapidamente se propagou pelo mundo, e vem representando uma ameaça à saúde global. 

Em 2 de fevereiro de 2022, a OMS reportou a soma global de 380.321.615 casos confirmados de COVID-19 em todo o mundo, com 5.680.741 óbitos pela doença, desde o início da pandemia. Esses dados refletem o período entre 24 a 25 meses de doença. 

Apesar da maioria dos infectados apresentarem sintomas leves, ou até mesmo serem assintomáticos, algumas pessoas desenvolvem quadros clínicos graves, necessitando de hospitalização e podendo evoluir a óbito. No caso dos pacientes com câncer, desde o início da pandemia, as autoridades internacionais da área da saúde os classificaram no grupo de risco para evolução clínica grave e potencial risco de vida.
 

Incidência mundial de câncer em 2022 

De acordo com uma análise feita pela OMS sobre a incidência mundial de câncer em 2022, são esperados 19.292.789 casos novos de câncer no mundo, com 9.958.133 óbitos pela doença para esse mesmo período (Fig. 1 e 2). “Quando comparamos os dados, facilmente se reconhece que o câncer matou em dois anos cerca de 20 milhões de pessoas no mundo, enquanto a COVID, 5,68 milhões”, analisa Dra. Tânia de Fatima Moredo, oncologista do Hospital IGESP.
 

Interrupção de tratamento

No início da pandemia, a OMS relatou que um em cada três países da Região Europeia havia interrompido parcialmente ou completamente os serviços de atendimento a pacientes com câncer. No Reino Unido, o atraso no diagnóstico e tratamento oriundo do início da pandemia poderá resultar em aumento de mortalidade nos próximos cinco anos, o que representará 15% a mais de óbito para os cânceres de cólon e reto e 9% para o câncer de mamaNos Estados Unidos, a escassez de leitos e equipes médicas, reduziu a frequência de interação entre pacientes e oncologistas em 20%, o que adiou mais de 22 milhões de testes de rastreamento de tumores malignos em 2020. 

Além disso, a Sociedade Europeia de Oncologia (ESMO) descreveu o impacto da pandemia no desempenho de trabalho e estado de saúde dos trabalhadores globais de oncologia pela síndrome de burnout, distúrbio psíquico causado pela exaustão extrema relacionada ao trabalho de um indivíduo.

As medidas de redução de atendimento em hospitais, para limitar o número de pacientes ambulatoriais e internados, postergaram o tratamento de pacientes com câncer estável, limitando o atendimento, apenas, para cirurgia de emergência. 

O uso emergente de novas terapias em câncer, como a imunoterapia, e mesmo a quimioterapia tradicional, tiveram que ser adiadas para aqueles adoecidos pela COVID, mesmo em casos de pacientes com doença metastática. “Quimioterapias e cirurgias eletivas foram adiadas para reduzir o risco de infecção por COVID e para conter o esgotamento da rede hospitalar com o excesso de internações por COVID”, comenta.

A oncologista explica que essa interrupção do tratamento convencional poderá aumentar o risco de deterioração em pacientes com câncer e reduzir suas taxas de sobrevivência. “O atraso nas cirurgias eletivas por câncer aumentou consideravelmente os casos avançados e alavancou o número de cirurgias de emergência por câncer”, analisa.
 

Quarta onda de COVID

Atualmente, o mundo atravessa a quarta onda de COVID. Entretanto, com a disponibilidade de vacinas, a oncologia retomou o ritmo. “A avaliação científica contínua por autoridades médicas e regulatórias sustenta o uso seguro e eficaz das vacinas COVID-19 em pacientes oncológicos. No Brasil, o governo anunciou a aplicação de um novo reforço para pacientes imunossuprimidos -- ou seja, uma quarta dose de vacina para esse público. O intervalo também será de quatro meses, contados a partir do primeiro reforço.

A especialista explica que são necessárias ações pragmáticas para lidar com os desafios de tratar os pacientes oncológicos, garantindo seus direitos, segurança, acesso a terapias e bem-estar geral. “Um indivíduo com câncer ou com suspeita de câncer, apenas, deve interromper exames e tratamentos durante o período de recuperação por COVID, ou na suspeita de COVID, até que se tenha certeza de que não está com o vírus. Vamos cuidar dessa doença que matou quase três vezes mais pessoas no mundo do que a COVID em dois anos”, finaliza.

 

 Fig1. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades

 

Dados de incidência de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.
 

 Fig2. Estimativa de números de casos em 2020, todos os tipos de cânceres, ambos os sexos todas as idades
 

Dados de mortalidade de câncer no mundo, para o ano de 2022, segundo a Organização Mundial da Saúde, de acordo com os Continentes.

 

Hospital IGESP


Saiba como utilizar os fones de ouvido para não prejudicar a saúde

É preciso cuidados na utilização dos fones de ouvido
Divulgação
Fonoaudióloga ressalta que o volume muito alto dos fones pode causar perda de audição permanente; prevenir ainda é a melhor solução.  


Seja para caminhar, correr, trabalhar ou simplesmente escutar algo, como uma música ou um podcast por exemplo, os fones de ouvido definitivamente fazem parte do nosso dia a dia. Mas, essa “febre” pode ser bastante prejudicial à saúde se os aparelhos forem utilizados de forma inadequada, ou seja, na maioria das vezes numa altura acima do indicado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) -- que é de não ultrapassar 85 decibéis.

O alerta é da fonoaudióloga Vanessa Mantovani, diretora técnica da Soeclin Saúde-- clínica especializada em Medicina do Trabalho em São José dos Campos/SP, que mantém um departamento exclusivo para cuidar das perdas auditivas. “Não é o tipo de som que pode causar a perda da audição, e sim a altura somada ao tempo de exposição. Essa perda é irreversível, e quanto mais nos expomos ao som elevado, maior a perda auditiva”, ressalta.

De acordo com a OMS, adolescentes e jovens de 12 a 35 anos, são os mais afetados por alta exposição a ruídos. “Os erros mais comuns no dia a dia são: uso excessivo de fones de ouvido em volume muito alto, ficar muito próximo a caixas de som nas baladas e jogar vídeo game por muito tempo”, afirma a fonoaudióloga.

É importante ainda, acrescenta ela, não retirar os protetores auditivos dentro dos locais onde eles são obrigatórios e evitar ficar exposto a sons elevados sem a proteção adequada.

Vanessa explica que, ouvir música sem fones ou optar pelos modelos “concha” são opções mais indicadas do que os fones que ficam dento do canal auditivo. “Utilizar fones de ouvido com volume alto enquanto caminhamos pode causar sérios acidentes, já que deixamos de utilizar um dos nossos sentidos (audição)”, enfatiza.

 

NA ALTURA CERTA -- Para saber se o som emitido pelo fone está adequado, Vanessa recomenda colocar numa altura em que seja possível ouvir as pessoas ao redor ou o barulho externo. “Fique atento ainda se as pessoas ao seu redor conseguem escutar o som que está saindo do seu fone, isso certamente indica que o volume está acima do recomendado”.

Ela indica ainda que “faça pausas de 30 minutos a cada duas horas de uso e não utilize o fone em apenas uma orelha.”

 

NO TRABALHO - Atualmente, segundo Vanessa, existem legislações e Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho que auxiliam as empresas e os colaboradores a cuidarem da audição. “As empresas com risco físico ruído são obrigadas a realizarem medições nos locais de trabalho para identificar o nível de ruído a que os colaboradores estão expostos e trabalharem sempre na tentativa de uma redução coletiva, assim como fornecerem e substituírem quando necessário, os protetores auditivos (EPI) capazes de reduzir o nível individualmente.”

Os colaboradores, afirma ela, precisam entender que têm o direito de utilizarem os protetores auriculares. “Devem ter consciência e que esses equipamentos podem evitar as perdas auditivas. Além disso, precisam cuidar da higienização e da troca”.

No caso da perda auditiva causada pela exposição a sons intensos, a especialista esclarece que é praticamente imperceptível. “Não há sinais e sintomas no início que demostrem essa perda. O que podemos fazer, é realizar o exame de audiometria”, diz.

A fonoaudióloga esclarece que, dependendo do motivo da perda auditiva, existem cirurgias, implantes cocleares e aparelhos auditivos que podem amenizar o problema. “Mas por melhor que seja um aparelho auditivo, ele nunca substituirá o nosso sistema auditivo. Então, a dica é simples: utilize os fones de ouvido de maneira adequada para você possa ouvir música com a mesma qualidade por muitos anos”, finaliza.

 

SOECLIN SAÚDE


Cigarro eletrônico é porta de entrada para o tabagismo, afirmam pesquisas

Dados do INCA e de 25 pesquisas internacionais evidenciam que o tabagismo é o próximo passo de quem utiliza o cigarro eletrônico 
  

  

O Instituto Nacional do Câncer- INCA divulgou dados de uma pesquisa realizada no Brasil e internacionalmente pontuando a utilização do cigarro eletrônico, ou vape, como porta de entrada para outros narcóticos. As informações têm alertado cidades como Teresina, onde a prefeitura sancionou um projeto de lei municipal que proibia o uso de fumígenos derivados ou não do tabaco, acrescentando na sanção os vapes e narguilês. De acordo com especialistas, a medida é bem-vinda, mas a intensificação do combate deve seguir também pelo estado.   

A enfermeira e coordenadora do curso de Enfermagem do UNINASSAU - Centro Universitário Maurício de Nassau em Teresina, Mauryane Lopes, lembra que, a partir do início dos anos 90, o controle do tabagismo no Brasil tem sido ativo por meio do INCA e do Ministério da Saúde. A enfermeira reforça que, desde então, ações nacionais de combate ao consumo de cigarros, promoção e mobilização pela saúde são trazidas à amplitude das discussões sociais. “Quem utiliza o cigarro eletrônico acha que não faz mal, mas faz sim. Ali tem nicotina, substância que causa diversas doenças, como o câncer. E para reforçar essa informação, neste ano de 2021, a OMS lançou um material listando mais de 100 razões para deixar de fumar, pois cerca de 8 milhões de pessoas morrem anualmente pelo consumo da nicotina. É um dado alarmante que deve ser observado tanto nas capitais como também nas cidades do interior. Isso é um alerta global”, explicou Mauryane.   

Os compostos químicos presentes no cigarro eletrônico são bastante similares aos de cigarro convencional. No entanto, os malefícios são menos conhecidos. O farmacêutico e coordenador do curso de Farmácia da Faculdade UNINASSAU, campus Redenção, Roberto Gomes, alerta para a variação de produtos químicos inalados por quem usa o aparelho, uma vez que a marca e modelo do acessório também varia. “Por não ter combustão e nem aquecimento, não há exposição ao monóxido de carbono. Entretanto, há todos os outros componentes que são imensamente prejudiciais ao organismo, como solventes químicos, metais pesados, compostos aromáticos e a nicotina líquida, vilã e promotora de efeitos colaterais relacionados ao sistema cardiovascular. Ou seja, esse acessório é igualmente repulsivo como o cigarro tradicional”, finalizou o farmacêutico.    

Especialistas em diversas áreas reforçam a orientação do não uso dos cigarros, sejam eletrônicos ou não. Em outra perspectiva, é importante ressaltar que cerca de 1 milhão do total de óbitos anuais por utilização da nicotina não são fumantes, são apenas parceiros ou conviventes de ambientes com o fumígeno. Por isso, o alerta para a não utilização também é respaldado na Resolução da Anvisa (RDC 46/2009), que proíbe a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar no Brasil. 


O caminho das “pedras” até a cannabis medicinal

Conheça o passo a passo para adquirir o óleo de CBD

 

Em outros países o uso medicinal da cannabis já é algo mais comum e consolidado do que no Brasil, que iniciou as discussões sobre o tema a partir de 2015 com a criação do Projeto de Lei 399, mas que só em 2019 teve o aval da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que regulamentou o uso deste tipo de medicamento. E a atualização mais recente aconteceu agora no início deste ano, com uma nova proposta aprovada na comissão especial da Câmara dos Deputados, que prevê uma alteração na Lei 11.343/06, buscando legalizar o cultivo da planta para fins medicinais no Brasil.

O canabidiol, também conhecido por “CBD” é uma das substâncias que podem ser extraídas da planta Cannabis Sativa, popularmente conhecida como maconha, sendo o óleo de CBD um dos produtos derivados da cannabis mais populares. Há vários estudos existentes comprovando sua eficácia atuando em problemas que vão desde os ligados ao sistema nervoso, até doenças reumatológicas, o que tem levado cada vez mais a população a quebrar paradigmas e olhar com outros olhos para esse tipo de tratamento.

“O cenário brasileiro envolve o acesso aos derivados de cannabis por dois meios: RDC 327 (registro de produtos) e RDC 335 (importação). O que evoluímos de 2015 para os dias atuais é algo exponencial, apesar de ainda termos um longo caminho pela frente. Percebemos também que durante a pandemia, acelerou ainda mais a procura por “terapias alternativas”, por conta da ansiedade e outros problemas ocasionados pelo isolamento, o que por consequência fez aumentar a busca por autorizações para ter acesso a este tipo de produto. Só de 2019 para 2020 vimos aumentar o número de pedidos de autorizações em mais de 1.500%”, analisa Bruno Magliari, CSO e cofundador da Seeding Brasil, empresa especializada no segmento.

Enquanto o país não tem autorização para o cultivo, com algumas exceções de ONGs, Associações e até pessoas físicas pontuais, que conseguiram o direto legal para produzir cannabis, a forma mais comum de pacientes obterem os produtos para fins medicinais é por meio de importação. Todos os trâmites burocráticos, altos valores, dificuldades em encontrar um profissional de saúde que prescreva e principalmente a falta de informação, no entanto, são algumas das barreiras que dificultam o acesso a esse tipo de tratamento.

Para quem não sabe por onde começar e quais são todos os passos necessários para obter o óleo de CBD ou algum outro produto canábico, um caminho viável é contar com a ajuda de um serviço especializado. Fundada em 2021, a Seeding Brasil nasceu justamente da vontade de ampliar as discussões em torno do tema, fomentar o mercado canábico, instruir melhor as pessoas e quebrar tabus. E por ser uma empresa full service, oferece um trabalho de ponta a ponta, podendo auxiliar desde a indicação de um profissional legalmente habilitado à prescrição, até a importação do produto.

Bruno Magliari explica o passos necessários para obter a autorização e importação do óleo de CBD:

Passo 1: Prescrição – o paciente deve passar uma avaliação e o profissional de saúde irá indicar o tipo de tratamento mais adequado e prescrevendo o medicamento;

Passo 2: Documentação – após ter a prescrição, reunir também um documento com foto e comprovante de residência e enviar para a Seeding, para que ela possa dar andamento;

Passo 3: Autorização – com toda a documentação reunida, será dada a entrada com o pedido da autorização junto à ANVISA;

Passo 4: Confirmação – depois da documentação ser conferida, a Seeding recebe a autorização de importação do produto da ANVISA para aquele paciente, válida por 2 anos;

Passo 5: Compra – com a autorização confirmada é iniciado o processo de compra (atualmente a Seeding tem autorização para comercializar produtos de duas marcas: Vitality e BeYou).

Passo 6: Recebimento – Depois do processo da compra, o produto é entregue diretamente no endereço do paciente. O trâmite todo possui um prazo estimado de 25 dias até a chegada do produto no endereço do paciente.

Passo 7: Suporte – mesmo após o recebimento do produto, a prestação de serviços da Seeding não se encerra. A empresa mantém seus canais de atendimento disponíveis para suporte sempre que o paciente precisar de algum tipo de auxílio ou informações durante o tratamento.

Vale ressaltar que sem a assessoria os prazos podem dobrar ou até mais do que isso, pois o paciente terá que fazer tudo sozinho: criar usuário no site da ANVISA, contratar o serviço de courrier (transporte internacional), fechar contrato de câmbio, entre outras burocracias. E outro ponto que sempre gera dúvidas nas pessoas na hora de importar um medicamento canábico são os custos de todo processo. Neste caso, Bruno Magliari ressalta que o modelo de negócio da Seeding permite facilitar o acesso aos produtos.

O que geralmente é praticado no mercado é que os pagamentos dessas importações sejam realizados à vista ou no crédito em uma única parcela. Para facilitar nós possibilitamos que a pessoa faça esse pagamento parcelado em mais vezes no cartão. Também subsidiamos parte do frete internacional, a média de preço é de R$600,00 para até 10 unidades de qualquer produto e nós conseguimos reduzir esse valor em mais de 50%”, conclui Magliari.

 


Seeding Brasil

https://seedingbrasil.com.br


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