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terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

5 coisas que você precisa saber sobre a esgrima

O esporte conta com três diferentes tipos de arma: espada, florete e sabre
 

A esgrima é a arte de atacar e se defender, manuseando armas brancas. Sua origem é considerada pré-histórica, já que na antiguidade o ser humano precisava caçar e garantir sua sobrevivência. Mas existem pessoas que consideram o esporte como um “xadrez com músculos”, segundo Nicolas Ferreira, atleta esgrimista patrocinado pelo Mackenzie. Isso porque, para essa prática esportiva, não adianta só o preparo físico e velocidade, é necessário ter raciocínio técnico e inteligência para conseguir provocar uma ação do adversário. 

Muito além de uma definição, a esgrima é um esporte com muitas regras e diferentes armas. Pensando nisso, o atleta separou cinco coisas que você precisa saber sobre a prática esportiva da esgrima.
 

1. Os atletas precisam tocar o adversário, mas não ser tocado 

“Parece clichê, mas o principal objetivo da esgrima é tocar sem ser tocado”, explica o atleta. O jogo de eliminatória vai até 15 toques ou três tempos de três minutos. É preciso chegar a 15 toques antes do seu adversário ou fazer mais pontos nesse período de tempo. “Só que não adianta tocar em qualquer lugar, você tem que tocar na área válida para cada arma”, completa. 

As disputas acontecem em uma pista de 14 metros de comprimento, com cerca de 2 metros de largura, e os atletas ficam a dois metros de distância do adversário. No momento em que o esportista toca o oponente, a luz do seu lado acende. Isso acontece porque são colocados sensores na ponta da arma e no uniforme dos atletas.
 

2. Tem mais de uma arma! 

A esgrima é dividida em três armas: a espada, o florete e o sabre. As regras são diferentes para cada uma delas. Enquanto com a espada e florete o toque é feito única e exclusivamente com a ponta, o sabre pode tocar no adversário tanto com a ponta quanto com a lateral da lâmina -- “falamos que é por corte”, explica o atleta. 

Segundo Nicolas, o uso da espada é a forma de disputa mais simples de se compreender. Se o atleta encosta no seu oponente, sua luz acende e, automaticamente, avança na pontuação. “Se as duas luzes acendem, é ponto para os dois, toque duplo. Bem intuitivo e simples de compreender quando se está jogando”. 

Já o florete e o sabre (famoso pelo filme Star Wars) são armas de convenção. Quando acende uma lâmpada só, assim como na espada, o ponto é para o lado de quem tocou no adversário. No entanto, se as duas lâmpadas se acendem, quem iniciou o ataque ou interceptou a lâmina antes terá direito ao toque, ou seja, soma no placar. 

“Aí está a regra mais complicada da esgrima. Se uma lâmpada só se acender, perfeito. Mas se forem as duas lâmpadas ao mesmo tempo, é preciso entender quem iniciou ou quem pegou a lâmina”, exemplifica. Por isso o esporte utiliza o artifício do vídeo arbitragem, o famoso VAR. “Quando o atleta tem dúvida em uma ação, ele pode pedir uma revisão em slow motion para ter certeza de que o árbitro acertou”, conta.
 

3. Três equipamentos são essenciais para a disputa 

O que não pode faltar para entrar em um combate? A arma, espada, florete ou sabre; a máscara, erroneamente chamada por muitas pessoas de capacete, protegendo o rosto; e a roupa de esgrima, feita de Kevlar, material utilizado nos coletes à prova de bala. “Claro que é mais fino, mas não rasga, ela é essencial''. 

Uma curiosidade é que, em competições do verão, a esgrima é o esporte em que a maior parte do corpo está coberta. “Só a mão não armada não se cobre (aquela que você não está segurando a espada, florete ou o sabre). Então, se você é destro é a mão esquerda, se você é canhoto é a mão direita”.
 

4. Não é apenas encostar a arma em qualquer parte do corpo 

É preciso entender a área do corpo válida para pontuação. Na competição com a espada, é o corpo inteiro, desde a ponta do tênis até o final da máscara. No florete o atleta deve encostar da cintura para cima, com exceção dos braços e da máscara. Já no sabre, vale também da cintura para cima, mas incluindo os braços e a máscara.

 

5. É proibido encostar seu corpo no adversário 

Muitas pessoas não sabem, mas é proibido contato de corpo a corpo, apesar de ser um esporte de combate. “Se por acaso, durante o jogo, um adversário encostar o braço no outro, o juiz para o combate, os atletas se distanciam e retomam a disputa”, finaliza.

 

Sobre o Instituto Presbiteriano Mackenzie 

É uma instituição educacional privada, confessional e sem fins lucrativos. Desde sua fundação, a Instituição é agente de uma série de inovações pedagógicas e acompanha e influencia o cenário da educação no país. Um de seus principais objetivos é formar cidadãos com capacidade de discernimento, com critérios e condições para fazer a leitura do mundo em que vivem, a partir de valores e princípios eternos, e que sejam aptos a intervir na sociedade. 

Ao longo de sua existência, implantou cursos com o objetivo de abranger novas áreas do conhecimento e acompanhar o progresso da sociedade com intensa participação comunitária. Tornou-se reconhecido pela tradição, pioneirismo e inovação na educação, o que permitiu alcançar o posto de uma das mais renomadas instituições de ensino, entre as que mais contribuem para o desenvolvimento científico e acadêmico do País. Como entidade confessional, promove o desenvolvimento de cidadãos que sejam solidários, responsáveis e busquem a Deus em seus caminhos.

 


 

Instituto Presbiteriano Mackenzie


Dia Nacional da Mamografia: 10 informações sobre o exame que toda mulher precisa saber

Para alertar sobre a importância do rastreamento precoce do câncer de mama, o dia 5 de fevereiro reforça a necessidade do exame como uma forma de prevenção à doença

 

Com o objetivo de alertar sobre um exame indispensável, o Dia Nacional da Mamografia, comemorado em 5 de fevereiro, traz uma reflexão importante sobre a necessidade de se cuidar e olhar com carinho para a saúde. 

Com o diagnóstico precoce, é possível encontrar lesões em estágios iniciais e barrar que o câncer de mama avance com o tratamento. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), é estimado que durante o triênio 2020/2022 cerca de 66.280 novos casos da doença sejam identificados no Brasil. 

A partir do rastreamento mamográfico - desde que realizado periodicamente - diversos estudos mostram que a redução da mortalidade por câncer de mama pode ter um impacto de 25% a 40%. "Quando a doença é descoberta cedo, os tratamentos podem ser menos agressivos, além de terem uma maior chance de sucesso. A boa notícia é que 95% dos diagnósticos precoces têm chances de cura", comenta Daniel Gimenes, oncologista da Oncoclínicas em São Paulo.

 

Mas, afinal, como o exame é feito?

Em um mamógrafo, a mulher fica de pé em frente ao aparelho e duas placas pressionam as mamas tanto na vertical, como na horizontal. Para ter uma melhor imagem, o técnico pedirá para a paciente prender a respiração por alguns segundos. "Em média, o exame pode durar cerca de 20 minutos no máximo", explica o oncologista.

 

Quem deve fazer a mamografia

Acima dos 40 anos, o exame pode ser realizado anualmente para a detecção precoce do câncer de mama, segundo a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM). Já entre os 50 e 69 anos, de acordo com o Ministério da Saúde, a mamografia de rotina pode ser realizada a cada dois anos, desde que a mulher não tenha sinais ou sintomas da doença.  

Quando o procedimento é realizado fora da faixa etária, ou seja, em mulheres com menos de 40 anos, ele pode ser indicado para complementar o diagnóstico de nódulos na região. Porém, vale lembrar que apenas o médico poderá recomendar a necessidade ou não da mamografia em situações como essa.

 

Por que a mamografia não é recomendada antes dos 40 anos?

Segundo Daniel Gimenes, o exame pode trazer alguns riscos quando feito antes dos 40 anos. Além disso, o diagnóstico de câncer de mama em mulheres abaixo da faixa etária é raro - representando apenas cerca de 10% dos casos.  

"Por causa de uma maior densidade da mama, o exame pode trazer falsos negativos. Além disso, realizar a mamografia antes dos 40 anos expõe a mulher a uma radiação que não é necessária naquele momento", comenta.

 

Dói fazer mamografia?

O exame pode causar desconforto, mas a compressão no aparelho é rápida, fazendo com que a dor seja passageira. "Uma dica para evitar que o incômodo seja maior é realizar a mamografia fora do período menstrual, pois a mama está mais sensível neste momento", recomenda o especialista da Oncoclínicas São Paulo.

 

Quem tem silicone pode fazer mamografia?

Sim, pode. A prótese não irá atrapalhar o exame, mas é necessário que a paciente avise sobre o silicone. "O mamógrafo não irá furar a prótese. A diferença é que podem ser necessárias mais imagens durante o exame, assim como a manobra de Eklund - que consiste em afastar o silicone para que não haja distorção dos resultados", comenta Daniel.

 

A radiação da mamografia pode fazer mal?

O exame é contraindicado na gravidez, mas pode ser realizado normalmente em outras situações. A radiação emitida no procedimento é baixa e não causa complicações.

 

Existe preparo para fazer a mamografia?

O exame em si não necessita de muitos preparos, mas é recomendado que a mulher faça o agendamento da mamografia alguns dias após a menstruação. "Isso ajuda a evitar o desconforto e oferece mais tranquilidade para a paciente durante o exame", explica Daniel.  

Além disso, é necessário evitar o uso de hidratantes, desodorantes e outras substâncias nas mamas e axilas, pois podem interferir no resultado do exame.

 

A vacina contra a covid-19 pode causar erros de interpretação na mamografia?

Sim, pode. Por causa do aumento de linfonodos no braço em que a paciente recebeu a vacina, a situação pode ser interpretada erroneamente como um sinal de câncer de mama - uma vez que a doença também apresenta esse desdobramento. O INCA recomenda que a mamografia de rastreamento seja feita entre quatro a seis semanas após a vacinação contra a covid-19.

 

Mulheres que estão amamentando podem fazer mamografia?

Não, o exame não é recomendado caso a mulher esteja amamentando ou grávida. Em situações como essa, o médico poderá solicitar outros exames de rastreamento que não sejam prejudiciais para a mãe e para o bebê, como o ultrassom.

 

O autoexame substitui a mamografia?

Não! No caso do autoexame, ele auxilia na detecção de nódulos palpáveis, mas não substitui a realização da mamografia. “Por isso, caso note sintomas como: alterações de formato, da pele ou tamanho das mamas, procure um médico o quanto antes para avaliação e diagnóstico correto”, finaliza Daniel Gimenes.

 


Grupo Oncoclínicas
https://grupooncoclinicas.com/ 


Inseguranças por estigmas sociais são motivos para exclusão de atividades cotidianas

Pesquisa realizada pela Essity aponta que brasileiros com algumas condições estigmatizadas evitam participar de determinados compromissos rotineiros

 

Ir ao cinema, nadar na piscina, no mar ou até mesmo trabalhar e estudar deveriam ser atividades rotineiras para todos. Entretanto, pessoas que sofrem com estigmas sociais, como possuir doenças mentais ou simplesmente estar no período da menstruação ou gravidez, podem ter suas vidas impactadas diariamente, fazendo com que abandonem compromissos considerados usuais para a maioria da população. No levantamento, Relatório de Higiene e Saúde 2020, realizado pela Essity, empresa líder mundial em higiene e saúde, alguns dados impressionam quando o assunto é estar em uma dessas situações no Brasil: 

·        64% deixam de tomar banho ou nadar

·        58% não vão à academia

·        55% não vão a festas e jantares

·        51% não frequentam cinema e shows

·        50% deixam de trabalhar ou estudar

·        44% não usam banheiro público

·        44% não usam transporte público

·        29% não são pais ativos

·        28% não frequentam serviços de cuidados a idosos

A pesquisa questionou os entrevistados sobre em que cenários se sentiram inseguros ou desconfortáveis a ponto de não participar das atividades. Menstruação; menopausa; incontinência urinária, gravidez, feridas visíveis, higiene pessoal, envelhecimento, tipo de corpo, depressão, edemas, distúrbios das veias visíveis e incapacidades. 

“É interessante perceber como algumas situações cotidianas da natureza humana, como menstruar, engravidar e até envelhecer fazem com que as pessoas deixem de realizar tarefas diárias, comuns à maioria da população, por se sentirem estigmatizadas. Isso demonstra a importância de debater e desconstruir temas, que estão e sempre estiveram na sociedade, a fim de combater os estigmas sociais, que afetam a saúde física e mental das pessoas” afirma a psicóloga e psicopedagoga clínica, Jessica Ferreira de Aguiar Bueno. 

Algumas condições médicas, como depressão (47%), incontinência urinária (41%) e feridas visíveis (40%), aparecem com destaque quando o assunto é frequentar festas e jantares. Já a menstruação afasta 55% das mulheres dos banheiros públicos. Por se sentirem inseguras, 40% das grávidas não utilizam o transporte público. 

Ir à academia também tem destaque nos números: 54% de mulheres durante a menstruação, 47% dos entrevistados com incontinência urinária e 44% das pessoas com feridas visíveis deixam de ir a academia. Além disso, um dado importante é que o tipo de corpo faz com que 41% dos brasileiros pesquisados evitem se exercitar nestes locais. 

“Diminuir estes estigmas sociais é uma forma e quebrar barreiras pelo bem-estar, além de ser um desafio que precisa ser abraçado por todas as esferas da sociedade, a fim de melhorar a qualidade de vida da população, que não deveria se sentir insegura ou desconfortável de realizar nenhuma atividade cotidiana”, aponta o Vice-Presidente de Marketing e Vendas da Essity no Brasil, Victor Hernández Albiter.

 

Essity

 www.essity.com


Dia Mundial do Câncer: individualização de tratamento amplia perspectivas

 Medicina personalizada leva à maior efetividade dos tratamentos oncológicos

 

A medicina personalizada traz soluções a perguntas do tipo “por que determinadas pessoas respondem bem a um certo tratamento e outras não?” Como cada paciente tem características próprias, a individualização, a partir de indicações científicas, leva à maior efetividade de resultados. E por ser o câncer um conjunto de mais de 200 tipos diferentes de doenças, personalizar condutas é um recurso ainda mais valioso na oncologia. 

No Dia Mundial do Câncer, celebrado em 4 de fevereiro, o oncologista André Moraes, do Centro de Oncologia Campinas, destaca a evolução dos tratamentos até o ponto de se tornarem individualizados. “Quando falamos de câncer, nos referimos ao sobrenome de duas centenas e meia de doenças totalmente diferentes e que agora, com desenvolvimento das tecnologias e da ciência, ficam cada vez mais diferenciadas”, salienta Moraes. 

A ampliação dos recursos e do conhecimento acarreta ganhos significativos aos pacientes. “Como exemplo, cito o câncer de pulmão. Dez anos atrás, a sobrevida mediana para um caso avançado, com quimioterapia, era de seis a oito meses. Hoje temos paciente vivendo de quatro a seis anos com a doença, controlada por estratégias terapêuticas muito bem dirigidas para aquela situação”, especifica. 

Além das diferenças entre cada ser humano, Moraes reforça a própria variedade do perfil genético da doença em si para reforçar o valor da individualização das condutas. “A ciência e a medicina personalizada nos permitem hoje destrinchar detalhes biológicos de um determinado tumor, a ponto de poder estabelecer que aquele indivíduo, com aquele determinado tipo, necessita de um tratamento específico”, explica.

 

O que é 

Testes patológicos e exames complementares revelam características genéticas e proteicas das células cancerosas. A partir do perfil específico, é possível determinar quais drogas e tratamentos serão mais eficientes para aquele tipo de tumor. A abordagem da terapia age diretamente naquele perfil, o que traz melhores resultados e diminuição de efeitos colaterais. 

Eficiente no tratamento, a medicina personalizada – também chamada de medicina de precisão – é ainda importante no diagnóstico precoce e prevenção de neoplasias. Informações científicas obtidas por meio de análises genéticas e levantamento de história familiar indicam a propensão de indivíduos a desenvolver determinados tipos de câncer, o que implica em mudanças de conduta de rastreio.

O oncologista André Moraes observa que a medicina personalizada não é recente, embora sua aplicação tenha se expandido apenas nos últimos anos. Há cerca de três décadas já se usa a terapia específica para tratamentos de câncer de mama. Baseada em informações biomoleculares, trouxe um avanço notório ao tratamento do câncer de mama. 

“Há 50 anos existia meia dúzia de drogas, no máximo, e se sabia tratar meia dúzia de tumores e com menor sucesso. Hoje há um universo grande de recursos terapêuticos, tanto na quimioterapia quanto na terapia biológica, terapia alvo dirigida e imunoterapia. Antes havia grandes avanços a cada oito ou dez anos, hoje se nota dez ou 12 avanços no mesmo ano. Isso reflete diretamente na perspectiva de beneficiar mais as pessoas e alcançar níveis de cura mais aceitáveis”, compara Moraes.

Para efeito de comparações, há 50 anos, indica o oncologista, a expectativa de sobrevivência de cinco anos para o diagnóstico geral do câncer era da ordem de 35% a 40%. “Hoje, com os recursos atuais, a expectativa de cinco anos alcança a casa dos 70%.

 


Centro de Oncologia Campinas

www.oncologia.com.br


Ortopedista orienta como usar meias e sapatos, e evitar: unha encravada, micoses, calos, bolhas e alergias.

 “Eles nos levam para toda parte. Nada mais justo que dediquemos tempo para cuidar deles!”, afirma Dr. Bruno.

 

Esta é uma grande verdade: os pés sustentam todo o peso do corpo humano e são os responsáveis por nos deslocar até onde queremos chegar. “Nada mais justo que os pés mereçam nossa atenção: cuidar dos pés é essencial para mantê-los saudáveis e prevenir problemas”, alerta Dr. Bruno Miranda, ortopedista.


Problemas na pele do pé

É comum ver erupções alérgicas em pessoas que deixam os seus pés suados, sem se importar com isso. “Usar meias de nylon em sapatos sintéticos ou usar sapatos muito apertados pode não permitir que os pés sequem corretamente e isso pode agravar o problema”, explica o médico. O ideal é vestir nos pés meias de algodão grossas e macias, o que ajuda a diminuir a umidade dos pés, pois esse tecido absorve a umidade. “Além disso, trocar as meias todos os dias e deixar os sapatos secarem entre os usos pode ajudar a eliminar maus cheiros”, indica Dr. Bruno.

Você já ouviu falar de pé do atleta? Nada mais é que uma alteração na pele, muitas vezes, entre os dedos dos pés, causada por uma infecção por fungos. “O pé do atleta geralmente será tratado com remédios antifúngicos, juntamente com uma boa higiene dos pés”, explica.

 

Atenção com unhas e cutículas dos pés

Existe uma única forma correta de cortar as unhas: não as cortar muito curtas, particularmente, nas laterais, pois isso evita as unhas encravadas. “Corte as unhas dos dedos do pé em linha reta, permitindo que elas tenham o comprimento adequado para se projetar além da pele nas margens da unha do pé. As cutículas devem ser empurradas e afastadas, raramente cortadas, pois conferem proteção aos dedos”, indica.

 

A micose na unha do pé é mais comum entre idosos, mas ocorre em jovens também. “Alguns dos fatores que aumentam o risco de desenvolver fungos nas unhas incluem: andar descalço em um ambiente úmido (como em torno de uma piscina), problemas de circulação, diabetes ou mesmo uma imunidade baixa”. De acordo com Dr. Bruno, este problema precisa de atenção, pois é difícil de tratar e pode levar meses para eliminar uma infecção. “Seu médico pode ter que prescrever medicamentos antifúngicos orais mais fortes para tratar o problema”, adverte.

 

Calçados

Os seus sapatos podem ser o melhor amigo ou o pior inimigo dos seus pés. O ortopedista ensina que os calçados devem ser confortáveis, práticos e adequados para cada tipo de atividade. “É muito importante que o sapato se encaixe perfeitamente na forma do seu pé. Sapatos estreitos e apertados podem causar sérios problemas, como calos e bolhas, além de poder agravar outros problemas no pé.

A dica é: certifique-se de que seus sapatos se encaixam confortavelmente no momento que você os comprar. Se ouvir do vendedor que os seus sapatos novos precisam ser amaciados, isso significa que ou eles não foram devidamente projetados ou não são adequados para o formato do seu pé. Fuja disso. Experimente e ande com ambos os pés do par escolhido e tenha certeza de conforto total!”, explica o ortopedista.

 

Primeiros Socorros

Outros alertas do médico são quanto ao perigo de infecções graves e outras doenças relacionadas a cortes e contusões no pé. “Como qualquer outra lesão, estes devem ser limpos e cobertos. Se uma ferida não está cicatrizando e começar a aumentar, particularmente na sola do pé, você deve procurar atendimento médico de urgência”.

Outro assunto sério são as perfurações, porque podem ser perigosas. “Lembre-se: use proteção para os pés ao andar ao ar livre e garanta a sua dose de reforço da vacina contra o tétano, a cada 10 anos”, aconselha Bruno.

 


Dr. Bruno Miranda CRM:165544/RQE:66817 - Membro titular da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT); Membro titular da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Pé e Tornozelo (ABTPÉ); Membro da Federação Latino-Americana de Medicina e Cirurgia da Perna e Pé (FLAMECIPP); Membro da AOTRAUMA (Suíça); Membro da International Bone Research Association (IBRA); Membro do GRECMIP (Grupo Mundial de Cirurgia Minimamente Invasiva do Pé); Fellowship internacional em cirurgia do pé na Clínica Universidad de Los Andes (Chile); Preceptor da Residência Médica do Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo; Membro do grupo de cirurgia do pé e tornozelo da Faculdade de Medicina do ABC; Madrid Foot and Ankle Course (Espanha); Curso de Artroscopia do Tornozelo (EUA); AOTRAUMA Masters Course- Foot and Ankle (Espanha); Prêmio de Melhor trabalho científico na categoria pôster do 50º Congresso Brasileiro de Ortopedia; Co-autor do Capítulo “Metatarsalgias” do Programa de Atualização em Ortopedia da SBOT.


Cresce a procura pela cirurgia íntima feminina; entenda como é o procedimento

A labioplastia é um procedimento que não deixa cicatriz e nem marca visível na região íntima feminina


À primeira vista, um procedimento cirúrgico plástico pode até parecer que tem o principal objetivo de melhorar a estética, mas a verdade é que há procedimentos cirúrgicos que, além da estética, podem auxiliar a tratar problemas funcionais no corpo, como acontece com a rinoplastia que pode ajudar o paciente a respirar melhor.


No caso de cirurgia íntima não é diferente. Em crescimento no Brasil, segundo o mais recente levantamento divulgado pela Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (International Society of Aesthetic Plastic Surgery, ISAPS) a labioplastia, procedimento que altera o tamanho dos lábios internos e externos da vulva, está entre as oito cirurgias de corpo e extremidades mais feitas no país.

De acordo com o diretor do Centro Nacional -- Cirurgia Plástica, Arnaldo Korn, um dos principais motivos para este aumento, além do conhecimento de que o procedimento pode melhorar questões funcionais do corpo, é a facilidade de pagamento que as pacientes podem ter com uma assessoria administrativa. “A questão financeira é importante para que a paciente possa ter a segurança de fazer o procedimento em um hospital apropriado e com cirurgião credenciado na Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica” afirma Korn.


Por que as mulheres fazem cirurgia íntima?

Essas cirurgias íntimas visam a correção estética e funcional dos genitais feminino e as principais causas que levam as mulheres a realizarem esses procedimentos são: hipertrofia dos lábios vaginais; má-formação congênita que leva ao aumento exagerado dos lábios e pode dificultar a higiene e a relação sexual; alargamento vaginal pós-parto normal que pode ocasionar a diminuição do orgasmo vaginal e muitos outros.

Dependendo do caso, a cirurgia íntima pode se tornar uma necessidade para a mulher manter o bom funcionamento de partes do corpo, além de ajudar na autoestima, como acontece nos casos de aumento exagerado dos lábios que provocam um volume exagerado na roupa, principalmente quando é lycra, por exemplo. “A cirurgia é feita com anestesia local e sedação. Já o período é de aproximadamente seis horas de internação e uma hora de cirurgia, com cerca de uma semana de recuperação”, explica Korn.

No caso da hipertrofia de pequenos lábios, a correção é feita com a labioplastia, um procedimento que não deixa cicatriz ou marca visível, e os pontos caem sozinhos. Já no caso de hipertrofia dos grandes lábios, o procedimento pode ser uma pequena lipoaspiração ou através da redução cirúrgica. O alargamento vaginal já é corrigido com uma cirurgia no períneo anterior, fazendo um estreitamento do canal e da entrada da vaginal, o que pode ocasionar melhora na vida sexual da mulher.


Saiba quando a reconstrução de mama pode ser indicada

Mamografia pode diminuir mortalidade em até 30% quando feita periodicamente

 

04/02 – Dia Mundial de Combate ao Câncer

 

A maior incidência de câncer em mulheres permanece sendo o de mama, com cerca de 66.200 novos casos em 2020, representando 29,7% de todos os canceres listados no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).

 

A realização de cirurgia plástica reparadora, com ou sem o uso de dispositivo médico implantado ( prótese de silicone), passou a ser garantida para todas as pessoas graças ao Projeto de Lei 9657/18, aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados e que altera as Leis nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e nº 9.656, de 3 de junho de 1998, ampliando as leis existentes para os casos de cirurgia plástica reparadora para todas as mutilações, reforçando a cobertura da cirurgia pelo planos de saúde, de acordo com o projeto de lei aprovado.  


“E isso vale independentemente de quais sejam as mutilações, ou qualquer que seja a deformidade e até mesmo para o uso de materiais implantáveis, como a prótese de silicone na mama como também outros materiais para outras áreas do corpo. Preferencialmente realizados no mesmo tempo cirúrgico da cirurgia mutiladora ou deformante”, explica Dr. Fernando Amato, médico cirurgião plástico e membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

 

Quando a reconstrução de mama está indicada – É preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente, nos casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.


“Dependendo do estadiamento da doença (determinado pelo tamanho da lesão, localização, comprometimento de linfonodos e presença de metástase), a mastectomia (retirada da mama) pode ser indicada e é nesse momento que a reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e confiança feminina, contribuindo até mesmo para o fortalecimento da batalha contra a doença”, explica Dr. Amato.

 

Diferentemente de uma cirurgia estética, a mama reconstruída tem características distintas. O especialista conta que muitas vezes os mamilos precisam ser refeitos. “A mama reconstruída não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e mais endurecida. Por isso, sempre oriento que a paciente busque suporte psicológico para superar esse momento”, comenta Dr. Fernando Amato.

 

A mamografia é o exame considerado essencial para o diagnóstico precoce de câncer de mama podendo diminuir a mortalidade em até 30% quando realizado periodicamente.  

 

 

 

Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

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Cuidados Paliativos: a importância de preservar a qualidade de vida em todas as fases da doença

 Área vem revolucionando a medicina, mas ainda há muito a se avançar no Brasil

 

A ciência e a medicina vêm avançando a passos largos. Uma boa prova disso foi o desenvolvimento em tempo recorde da vacina contra a Covid-19, altamente eficaz e segura. Porém, mesmo com as melhorias, algumas doenças não regridem com medicamentos e tecnologias atuais. Em muitos casos, pacientes que têm doenças potencialmente fatais experienciam na trajetória da doença uma mudança gradual de foco do objetivo do tratamento que passa a ser concentrado em medidas que promovem qualidade de vida através da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce de situações possíveis de serem tratadas, da avaliação cuidadosa e minuciosa e do tratamento da dor e de outros sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais. Essa é a definição de Cuidados Paliativos do Instituto Nacional do Câncer (INCA). 

Mas receber o diagnóstico não é fácil. Embora a morte seja uma realidade que todos sabemos que vamos enfrentar, pouco se fala sobre esse momento, que pode chegar subitamente, mas também de forma mais consciente, como em casos de doenças em estágios avançados, quando a condição passa a ser classificada como crônica, uma situação comum a casos de câncer que não respondem por completo às opções terapêuticas atuais disponíveis, por exemplo. Por isso, o tratamento paliativo deve ser iniciado, o mais precocemente possível, assim que seja diagnosticada uma doença que ameaça a vida e acompanhar os tratamentos direcionados para a doença. Assim, evita-se o sofrimento desnecessário e cuidam-se também dos aspectos psicológicos, sociais e espirituais que envolvem a trajetória de quem sofre de doenças graves.  

“Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos aplicam-se já ao início do curso da doença, em conjunto com outros tratamentos destinados a aumentar a sobrevida, como quimioterapia ou radioterapia, e incluem aqueles exames necessários à melhor compreensão e controle das complicações clínicas angustiantes. As transições na linha de cuidado são um processo contínuo e sua dinâmica difere para cada paciente”, diz Sarah Ananda Gomes, Líder da Especialidade Cuidados Paliativos do Grupo Oncoclínicas. 

A OMS estima que todos os anos mais de 40 milhões de pessoas necessitarão de cuidados paliativos em algum momento da vida e, diante deste cenário, os países classificados como de Primeiro Mundo, como Inglaterra, Estados Unidos e Canadá, são tidos como referências. Já o Brasil ainda precisa se fortalecer nesta questão, tendo ficado em 42º lugar entre as 80 regiões que tiveram indicadores quantitativos e qualitativos dessa linha de cuidados avaliados por um estudo publicado pelo The Economist em 2015. 

Vale, todavia, considerar que na última década muito tem sido feito por aqui e o número de instituições que têm investido na área aumenta a cada ano. Isso porque, com o envelhecimento da população, doenças degenerativas e sem cura também vêm crescendo na população. Neste contexto, o Câncer exerce papel de protagonista no desenvolvimento da área, dado que a origem do conceito de cuidados paliativos está relacionada ao atendimento de pacientes diagnosticados com algum tipo de tumor maligno. 

Dados do Atlas de Cuidados Paliativos 2019, o mais recente publicado pela Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), aponta que dos 191 serviços de Cuidados Paliativos existentes no país, 178 forneceram informações sobre atendimento a pessoas com câncer. Desses, 81 (45,5%) têm 70% ou mais de pacientes oncológicos, sendo que 38 atendem via SUS (47%), 26 são focados em atendimento particular (32%) e 17 (21%) são mistos - público e privado. Por isso mesmo, são os especialistas da área oncológica que têm mostrado cada vez mais avanços nas técnicas e programas. 

“Em geral, as pessoas não querem falar sobre sua finitude. A doença, o envelhecimento e a morte não são acidentes de percurso, são características inerentes da nossa condição de seres humanos. Mas é muito importante frisar que os cuidados paliativos não são apenas para a fase final de vida, são essenciais desde o início, no processo e, principalmente, focam na qualidade de vida da pessoa, até o final. Essa área, inclusive, vem quebrando paradigmas da medicina e nos últimos anos cresce o número de publicações que demonstram que quando iniciados precocemente, além da melhoria da qualidade de vida e redução de depressão, o acompanhamento conjunto com o cuidado paliativo pode contribuir com o aumento também da sobrevida desses pacientes”, afirma Sarah. 

A médica esclarece que alguns outros pilares dessa abordagem se baseiam na importância de sempre respeitar a autonomia do indivíduo, seus valores e prioridades e também no papel essencial do trabalho em equipe transdisciplinar para alcançar a redução do sofrimento e dor, que beneficiam todos envolvidos. 

O investimento em amenizar a evolução de tumores tem efeito prático na Oncologia em geral, além dos cuidados paliativos. Novas drogas, tratamentos inovadores pautados pela análise de diagnósticos cada vez mais avançados e pesquisas científicas constantes contribuem amplamente para que um leque cada vez maior de tumores sejam combatidos com eficácia, fazendo com que um número expressivo de pacientes oncológicos vivam - e bem - com a doença. 

"Quando falamos em cuidado paliativo, o que de imediato vem à mente é a ideia de que o paciente está morrendo e, portanto, não há nada mais a ser feito, o que gera um preconceito na busca por esse tipo de tratamento. Mas isso não é real, precisamos desmistificar esse conceito: no cuidado paliativo há sempre muito a ser feito em prol do bem estar e da qualidade de vida, o objetivo é traçar as melhores estratégias para assegurar a ele a melhor linha de cuidado integral e individualizado para que ele viva e conviva com a doença com plenitude e dignidade", complementa Sarah.
 

E qual a importância dos cuidados paliativos na fase de terminalidade? 

Outro princípio importante dos Cuidados Paliativos é “Afirmar a vida e considerar a morte como um processo normal da vida.” O Cuidado Paliativo enxerga a possibilidade da morte como um evento natural e esperado na presença de doença ameaçadora da vida, colocando ênfase na vida que ainda pode ser vivida, assim outro principio: “Não acelerar nem adiar a morte”, o que enfatiza que Cuidado Paliativo nada tem a ver com eutanásia, como muitos se confundem. Preconiza-se a ortotanásia ou seja a morte natural, no tempo certo, com dignidade. 

“Infelizmente, muitos acabam por prolongar o processo do morrer sem qualquer qualidade de vida, com internações e procedimentos invasivos que aumentam o sofrimento do paciente e pessoas próximas. Mas não precisa ser assim, é possível, por meio da prática da medicina paliativa, oferecer a qualidade nesse processo de transição com apoio de uma equipe multidisciplinar formada por enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais e outros profissionais que atuam lado a lado com o médico responsável para que seja possível lidar da melhor maneira com a intercorrências e, acima de tudo, dar ao paciente a oportunidade de ser o protagonista da sua própria história”, explica a médica paliativista do Grupo Oncoclínicas. 

Por isso, os benefícios para o paciente e sua família são inúmeros, inclusive também nessa fase final, segundo Sarah. Justamente quando as perspectivas de cura são restritas que muito se pode continuar fazendo em termos de cuidado, criando um verdadeiro ambiente de acolhimento, onde o papel principal deixa de ser a doença e passa a ser o doente. O paciente pode participar do processo de condução ativamente, planejando desde questões burocráticas que envolvem o fim da vida até a despedida de familiares e a resolução de pendências. Para os familiares, é uma chance de encarar o momento, de poder se despedir e apoiar o seu parente, ajudando na condução dos processos. 

“Essa capacidade de trazer e transformar o significado para cada momento da vida até o último segundo, respeitando sempre o sagrado individual de cada um, para mim é muito forte e uma das coisas que mais me encanta nessa especialidade”, finaliza Sarah Ananda Gomes.
 

São considerados quatro pilares do cuidado paliativo:

  • Controle de sintomas: evitar desconfortos físicos, emocionais, espirituais e sociais estão entre os pontos centrais quando se trata de cuidados paliativos. Lidar com a dor em seus diferentes aspectos e prevenir desconfortos possíveis são prioridade. A chave está em assegurar o máximo de qualidade de vida.
  • Abordagem multidisciplinar: essa frente de atuação deve ser iniciada o mais precocemente possível, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como o tratamento com quimioterapia, radioterapia ou outras terapias de controle do câncer. A integração de diferentes disciplinas contribui para o acompanhamento mais individualizado e humanizado do paciente. Isso leva em conta, além das questões clínicas de cada um, os aspectos psicológicos e espirituais na forma de cuidado ao paciente, incluindo todas as investigações necessárias para melhor compreender e controlar situações que impactam diretamente e indiretamente.
  • Comunicação: é preciso respeitar as escolhas de pacientes e família. O debate sobre as melhores alternativas de tratamento devem ser conversadas e compartilhadas, para que não seja implementada ou retirada nenhuma linha terapêutica sem que haja uma decisão conjunta com a equipe de saúde responsável. Além da comunicação com o paciente e seus cuidadores, a comunicação adequada entre as equipes é fundamental para um plano de cuidados alinhado e centrado no paciente.
  • Apoiar a família: os profissionais envolvidos na linha de cuidado colaboram para que as tomadas de decisões aconteçam da melhor maneira, ajudam a mediar conversas, prevenir o estresse do cuidador, e a lidar com o sofrimento durante a trajetória e também no período de luto.

 

Grupo Oncoclínicas
https://grupooncoclinicas.com/ 


Ômicron e Influenza podem agravar crises de pacientes com Asma Grave

Com o surto de gripe e a nova variante da Covid-19, pacientes com Asma Grave precisam ficar atentos aos sintomas e aos gatilhos de crise


O verão 2022 já começou e os noticiários nacional e mundial foram tomados por dois temas: a nova variante da Covid-19, a Ômicron, e a Influenza (Gripe). As duas doenças, que causam inflamações das vias respiratórias, podem desencadear crises para pacientes com Asma Grave ¹, o que tem gerado preocupação na sociedade médica. Recentemente, foi apresentado um estudo na Reunião Científica do American College of Allergy, Ashtma and Imunology (ACAAI) sobre os cinco principais gatilhos para ocorrência de crises de asma. As infecções virais apareceram em segundo lugar, com 70% dos apontamentos4. Por isso, neste momento, é importantíssimo que pessoas com Asma Grave sejam vacinadas e mantenham os cuidados de prevenção contra estas duas viroses.
 

Segundo o Dr. Ciro Kirchenchtejn, mestre em Pneumologia pela EPM-UNIFESP e membro do grupo docente da disciplina de Pneumologia e Medicina Preventiva da UNIFESP, os avanços da medicina permitem que pacientes consigam conviver com a Asma Grave hoje, embora não haja uma cura. “Estes são pacientes de qualquer idade que permanecem com sintomas ou exacerbações apesar do uso com técnica correta e dose adequada dos medicamentos inalatórios, boa aderência ao esquema terapêutico do esquema 4 (corticoides inalatórios, broncodilatadores de ação longa, antileucotrienos). Nestas condições, o especialista deve avaliar o que pode ser acrescentado ao tratamento de acordo com o que se chama fenótipo da asma”, explicou o médico.
 

Asma Grave

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 300 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com Asma, sendo que de 5% a 10% desses pacientes têm Asma do tipo Grave³. Tão importante quanto o diagnóstico e adesão ao tratamento, é o paciente conhecer os gatilhos que favorecem o aparecimento de crises da doença. 

A Asma é considerada grave quando, apesar da utilização de altas doses de duas ou três medicações de controle associadas, ainda existem sintomas, crises e limitações no dia a dia, criando dificuldades para os pacientes. Durante a crise, a pessoa apresenta sintomas como respiração ofegante, falta de ar, aperto no peito e tosse noturna ou de manhã cedo. Frequentemente, podem ser evitados limitando-se a exposição aos gatilhos e respeitando o tratamento indicado pelo médico especialista. 

No total, ocorreram mais de 46 mil mortes relacionadas à doença globalmente. No Brasil, cerca de 20 milhões de pessoas convivem com diferentes formas desta doença respiratória, de origem inflamatória. A Asma é a terceira ou quarta causa de hospitalizações pelo SUS, conforme o grupo etário, tendo em média 350 mil internações anualmente³. Uma das principais medidas para o seu controle é o tratamento adequado de acordo com a gravidade da doença e a adesão do paciente ao tratamento. 

Hoje, com novos medicamentos, como o imunobiológico, as pessoas que sofrem com Asma Grave podem melhorar sua qualidade de vida ². Coisas simples como caminhar, praticar alguns tipos de exercícios e outras atividades, antes difíceis para esses pacientes, com o advento das novas terapias, já podem ser realizadas garantindo bem-estar.


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