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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

O perigo das doenças mentais no paciente com câncer


Desde 2014, janeiro tem sido marcado pela campanha nacional de conscientização da importância dos cuidados com a saúde mental. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), tem aumentado a incidência de transtornos mentais, como depressão, ansiedade, síndrome de pânico, entre outras. Estima-se, por exemplo, que 4,4% da população mundial sofra de depressão. Coordenadora de Psicologia do Quinta D’Or, Glauce Corrêa alerta que o cuidado precisa ser ainda maior com pacientes oncológicos.


Ela explica que ainda hoje é muito comum o diagnóstico de câncer provocar sentimentos fortes de tristeza e angústia, que afetam a saúde mental do paciente e podem levar até a um cenário depressivo. “Por isso, é fundamental procurar profissionais qualificados. A escuta especializada e técnica ajuda a diminuir a gravidade desses sentimentos e, principalmente, a alcançar o equilíbrio novamente”, relata.


Um dos principais desafios, observa a psicóloga, é acabar com o estigma que ainda há em relação à doença, principalmente em casos como câncer de próstata e de mama. Ela relata que, apesar dos tratamentos avançados e das elevadas chances de cura em diagnósticos nas fases iniciais, muitas pessoas evitam falar sobre a doença e acabam se isolando do mundo. “É normal perder o chão em um primeiro momento. É preciso um tempo para se acostumar com a notícia, aceitar que passará por um tratamento que pode afetar a imagem e próprio corpo”, explica Glauce.


Além do diagnóstico, outros fatores, como preocupações financeiras, o temor em deixar a família desassistida, bem como o impacto do tratamento no corpo e a sensação de fraqueza são sentimentos, também podem provocar uma desordem emocional. “O câncer provoca uma ruptura e traz com ele diversos temores e incertezas. O apoio psicológico vai ajudar em relação às expectativas e no processo de adaptação”, afirma a psicóloga, que destaca que também é fundamental recuperar a autoestima e a confiança do paciente. “A autoimagem que a pessoa tem de si própria é muito afetada. Ela tem que aprender a construir essa nova visão de si mesma”, explica.



Atenção ainda maior na pandemia


A pandemia provocou um cenário ainda mais desafiador. Pesquisas mostram que os níveis de estresse e crises de ansiedade aumentaram, de uma forma geral, durante o período de isolamento. Glauce relata que no caso de pacientes oncológicos, que costumam se sentir mais vulneráveis, foi necessária uma atenção especial à saúde mental deles. Ela observa que o isolamento exacerbou medos e tristezas e que um dos principais esforços foi o de diminuir a sensação de solidão e fazer a pessoa se sentir acolhida. “Buscamos orientar as famílias de que usassem de criatividade, para que a pessoa não se sentisse desamparada. Também utilizamos terapia ocupacional, para prevenir as doenças mentais”, destaca.



Orientações para superar a doença


Glauce destaca orientações que costuma enfatizar com seus pacientes.

1.     Não esconda de ninguém o que está passando. Evitar as emoções que são comuns de sentir quando se recebe o diagnóstico, isso prejudica a saúde mental. Deixe as pessoas saberem pelo que está passando, pois vão te ajudar e você não vai se sentir isolada.


2.     Crie novas metas em sua vida. Não deixe de trabalhar ou de fazer atividades físicas, se assim o médico permitir. Mantenha a sua rotina, na medida do possível.


3.     Respeite o seu limite. A quimioterapia deixa a pessoa fatigada por uns dias e isso tem que ser respeitado. É preciso saber quando desacelerar e ser gentil consigo mesma.


4.     Tenha uma alimentação equilibrada.

5.     Dê atenção às suas emoções. Tudo é parte da sua história. Não omita este capítulo. Busque ajuda profissional ao sentir necessidade.


PRINCIPAIS CAUSAS DE DORES LOMBARES

 

Bernardo Sampaio, fisioterapeuta, explica o que pode causar essa dor que faz parte do cotidiano de muitas pessoas

 

Conhecida também como lombalgia, a dor lombar pode chegar a atingir 90% da população, cerca de 3 a cada 4 pessoas em todo o mundo e requer atenção, já que se os sintomas não forem tratados de forma correta podem prejudicar seriamente a qualidade de vida do indivíduo. 

Pode-se considerar região lombar desde o fim das costelas até a região do glúteo. Portanto qualquer dor que ocorra dentro dessa localização pode ser considerada lombalgia. É importante salientar que os sintomas na sua grande maioria são inespecíficos, ou seja, podem ter várias causas. E isso não é sinal de gravidade, esses sintomas podem ocorrer tanto em homens quanto em mulheres de diferentes idades e podem ter como causa a parte muscular, articular, disco intervertebral e outras. 

“Existem várias razões que levam uma pessoa a ter uma dor lombar, mas as principais estão relacionadas a questões posturais no dia a dia, sedentarismo, ambientes estressantes, estresse emocional e até em execuções erradas de exercícios físicos. Dependendo do tempo de duração, essas dores podem ser classificadas como agudas ou crônicas”, explica o fisioterapeuta. 

Há uma série de fatores que podem causar as famosas dores lombares, como já foi mencionado pelo fisioterapeuta Bernardo Sampaio, alguns são mais frequentes, e comuns de se ocorrer. O processo de envelhecimento natural do corpo pode estar relacionados com algumas alterações que podem gerar dor, como por exemplo o aumento natural da rigidez articular, sendo um fator importante principalmente em pessoas acima de 60 anos de idade. Outro fator bem conhecido que pode estar associado a dores na região lombar são as hérnias de disco. Sabemos que a partir dos 35 anos de idade não é incomum a presença destas, mesmo não apresentando sintomas, mas em alguns casos elas podem estar relacionadas com sintomas, principalmente com sintomas de dor lombar e irradiação para as pernas. 

“Há outros fatores bem menos conhecidos mas que podem ajudar a desenvolver dores lombares, é super importante ficar em alerta. O tabagismo, sedentarismo, falta de descanso, gestação e até questões emocionais.”, explica Bernardo.  

Abaixo seguem alguns sintomas causados pela dor lombar, o fisioterapeuta explica que é importante ficar alerta se sentir algumas delas. Confira: 

  • Dor que se inicia de maneira súbita na região lombar;
  • Irradiação ocasional da dor para os glúteos e/ou coxas, até os joelhos;
  • A dor se agrava com o movimento, ao sentar-se, parar, levantar objetos ou inclinar-se;
  • A dor é aliviada com posições específicas;

 

“Recomendo investir na prevenção dessa dor, isso pode ser feito adotando uma rotina mais saudável com a prática de exercícios físicos regulares, alimentação equilibrada e cuidados com a saúde emocional e sono. Mas, isso não é uma garantia que a dor não existirá, por isso, se tiver um episódio de dor lombar, aconselha a procura por um fisioterapeuta”, conclui Bernardo. 

Para saber mais sobre dores, dicas e tratamentos, acesse: www.institutotrata.com.br e www.itcvertebral.com.br

 

 

BERNARDO SAMPAIO  - Fisioterapeuta pela PUC-Campinas (Crefito: 125.811-F), diretor clínico do ITC Vertebral e do Instituto Trata, unidades de Guarulhos, Bernardo Sampaio é também professor do curso de pós-graduação em fisioterapia traumato-ortopédica do Instituto Imparare e do curso de fisioterapia do Centro Universitário ENIAC (Guarulhos) e também leciona como convidado nos cursos de pós-graduação na Santa Casa de São Paulo. Possui experiência em fisioterapia ortopédica, traumatologia e esporte; e especialização em fisioterapia músculo esquelética, aprimoramento em membro superior e oncologia ortopédica pela Santa Casa de São Paulo. Mestrando em ciências da saúde pela faculdade de ciências médicas da santa casa de são Paulo. Saiba mais em: www.institutotrata.com.br  e www.itcvertebral.com.br 


Bafo no BBB. Saiba Como Avisar um Amigo Que Tem Mau Hálito

Quem avisa amigo é. Tiago Abravanel e Naiara Azevedo, tiveram uma conversa sobre bafo na casa do BBB, onde Naiara questiona o amigo se ele acha que ela tem mau hálito, e ele afirma que sim, deixando a cantora sem graça. Naiara afirma que seu ex-marido nunca reclamou, “acho que quem ama não sente, né?” disse. Diante da situação, Abravanel respondeu: “ Te amo, mas não vou mentir”. 

Geralmente as pessoas quando perguntam tem receio de ouvir a verdade. Não é fácil ouvir: “Você tem mau hálito". E há também muitas vezes que nos questionamos : “Mas como ninguém me disse isso?"
A Cirurgiã Dentista e especialista em Halitose, Dra. Bruna Conde, cita possíveis respostas para essa pergunta:

1 - Pode ser uma alteração de hálito momentânea (não são todos os dias e toda hora);

2 - As pessoas que convivem com você não tem coragem de falar sobre o bafo.
 

“Escuto diariamente desabafos igual do Tiago e Naiara, incentivo você descobrir se tem esse odor e caso tenha, bora tratar!” diz a Dentista Antenada. 

A Dra. Bruna Conde fala sobre as causas e tratamentos para esse problema que é muito comum e reforça que a maioria das pessoas acabam não percebendo seu próprio hálito. 

Mais de 32% da população mundial é afetada, de cada 10 brasileiros 4 tem mau hálito, cerca de 40% da população. Preocupando-se com isso e em amenizar essa situação, a Dentista Antenada resolveu criar o Disk Mau Hálito, um “disk denúncia” que quando você identificar alguém com mau hálito, poderá indicar para passar em uma consulta com a especialista, a Dra. Bruna recebe denúncias de algum amigo ou familiar dessa pessoa que precisa de atendimento referente ao mau hálito, e com jeitinho a Dentista Antenada entra em contato com essa pessoa. E é aí que entra em ação o “bafône”. 

A Dentista Antenada, tem em seu consultório o bafômetro de hálito, uma máquina que é capaz de medir se a pessoa está com mau hálito ou não. Muita gente tem essa curiosidade, ou a dúvida de saber se tem ou não mau hálito. Existem alguns fatores que influenciam, como por exemplo, se você realiza uma boa higiene bucal, se está escovando a língua corretamente, pode estar entre os motivos também a gengivite e periodontite, cáries já instaladas, baixa ingestão de água e produção de saliva, etc. 

Mesmo com escovação, enxaguantes bucais, chicletes ou balas o mau hálito insiste em não ir embora e esta questão acaba promovendo uma insegurança na vida de quem sofre com isso causando muitas vezes algum tipo de desequilíbrio emocional, como excesso de timidez, vergonha. “Recebo muitas mensagens diáriamente falando que o casamento acabou, que o paciente não se sente confortável em se relacionar com seu parceiro ou parceira por conta do mau hálito, falta de vontade de sair conhecer pessoas novas, falta de vontade de beijar, de abraçar.” comenta a Antenada.

Porém o grande problema que envolve o mau hálito crônico é que ele além de não sumir, ele pode piorar consideravelmente se não for tratado corretamente.

Se o próprio paciente consegue identificar o problema de mau hálito, não só pode como deve procurar um especialista capacitado em halitose, esse especialista irá analisar as questões do paciente, informar as causas, o diagnóstico preciso e realizar o tratamento adequado para cada tipo de paciente.

E você, falaria a verdade se alguém te perguntasse se tem mau hálito? Não fique com essa dúvida, agende sem medo da vergonha, a sua consulta. Não passe por esse constrangimento, a Dentista Antenada resolve.

 


Dra Bruna Conde - Dentista Antenada:
Cirurgiã Dentista.
CRO SP 102038


Hiperidrose: como se libertar do suor que compromete sua qualidade de vida

 

Distúrbio afeta a rotina e o comportamento social dos pacientes

 

Segundo pesquisa do Instituto IPSOS, mais de 1,5 milhões de brasileiros sofrem com o suor excessivo. Do total da população, 10,7% diz apresentar suor excessivo, e a axila é o local em que o suor está mais presente (43%). 

As três principais características de quem apresenta suor excessivo são: suor independente da temperatura, aumento do suor em situações de estresse e início do suor antes dos 25 anos. 44% não faz/fez nenhum tratamento e os pacientes com suor excessivo em sua maioria (71%) não procuram nenhum médico, ou seja, a hiperidrose não é reconhecida como doença por eles. 

De acordo com o Dr. Renato Pazzini, dermatologista pela USP, Membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e Membro do Corpo Clínico dos Hospitais Albert Einstein e Oswaldo Cruz; a hiperidrose se caracteriza por um nível de produção de suor além do necessário para regular a temperatura do corpo. 

“Na hiperidrose, o paciente apresenta uma quantidade excessiva de suor em várias partes do corpo, como palma das mãos, pés, axilas, rosto, sob os seios ou no couro cabeludo. Isso ocorre mesmo em estado de repouso, uma vez que, nestes quadros, as glândulas sudoríparas atuam de modo exacerbado o tempo todo. O distúrbio causa constrangimento e afeta significativamente a qualidade de vida das pessoas acometidas, cujos sintomas têm início na primeira infância”.

 

Como identificar

Há dois tipos de hiperidrose:

 

Hiperidrose primária

Não é causada por fatores internos e nem externos conhecidos. Pode ser de origem emocional, desaparecendo repentinamente. “Nestes casos, a hiperidrose é pontual, ocasionada por situações que possam gerar estresse, como provas, reuniões ou apresentações em público”, afirma Renato Pazzini.

 

Hiperidrose secundária

Causada por distúrbios hormonais, doenças neurológicas, infecções ou por efeitos colaterais do uso de determinados medicamentos. Entretanto, a hipótese mais aceita pela medicina até agora é de que pessoas que suam além do comum tenham predisposição genética. Estima-se que algo em torno de 30% a 50% dos pacientes que sofrem com a hiperidrose possuam um parente de primeiro grau, como pai ou mãe, com a mesma condição. 

“Pessoas com hiperidrose suam de tal maneira que acabam tendo impactos negativos em suas vidas, incluindo tarefas cotidianas, como apertar a mão de alguém, dar um abraço, dançar, praticar esportes, entre outras. O paciente chega a andar sempre com outras roupas no carro ou na mochila para trocá-las várias vezes ao dia. Todo esse contexto afeta diferentes aspectos da vida pessoal e profissional. A boa notícia é que a hiperidrose é um distúrbio que possui tratamento para amenizar ou até mesmo eliminar a maior parte dos sintomas”, aponta Renato Pazzini.

 

Diagnóstico

A hiperidrose é diagnosticada por meio de dois exames: o teste de amido-iodo e o teste de papel. 

No teste de amido-iodo, uma determinada quantidade de um produto é colocada em diferentes pontos do corpo do paciente, durante uma determinada janela de tempo. Conforme o paciente sua, seu suor muda de cor e é possível observar, com o exame, não só a quantidade de suor, mas também de onde e em que pontos do corpo ele costuma ser mais eliminado. 

Já no teste de papel, é colocado um papel absorvente em alguns pontos da pele do paciente, durante uma determinada janela de tempo. Em seguida, o papel é removido e pesado, para observar a quantidade de suor eliminada naquele ponto do corpo. 

Os critérios diagnósticos sugeridos para hiperidrose incluem:

 

- Suor excessivo, focal, com pelo menos 6 meses de evolução sem uma causa aparente

 

- Ocorrer nos dois lados do corpo de maneira igual

 

- Interferir nas atividades diárias

 

- Ocorrer pelo menos uma vez na semana

 

- Iniciar antes dos 25 anos de idade

 

- História familiar de hiperidrose

 

Tratamento

Os procedimentos variam de acordo com o tipo e o grau de sudorese do paciente:

 

Simpatectomia

Cirurgia feita com corte ou pinçamento do nervo que transmite o estímulo à glândula. Normalmente, é muito útil para sudorese em membros superiores e inferiores, onde é mais fácil acessar nervos. Entretanto, um dos efeitos colaterais do procedimento é a hiperidrose compensatória, que gera mais suor em outras áreas do corpo.

 

Toxina botulínica

Aplicada por meio de injeções, diminui a ação do nervo que estimula a sudorese. A duração de seus efeitos varia de oito a dez meses e, em alguns casos, pode até ultrapassar um ano. Ela passa a agir aproximadamente 15 dias após a aplicação.

 

Ionoforese

É uma técnica já menos utilizada hoje em dia. Feita com o uso de eletrodos, ela gera uma corrente elétrica entre as áreas de suor excessivo, diminuindo a transpiração.

 

Laser

Algumas técnicas realizadas com a energia luminosa diminuem o tamanho da glândula e, consequentemente, a hiperidrose.

 

Drogas sistêmicas

Há medicamentos de uso oral que visam diminuir a produção de secreções pelo corpo, por meio do controle do Sistema Nervoso Simpático, responsável por estimular as glândulas sudoríparas a produzir suor. Entretanto, eles diminuem também a quantidade de lágrima, urina, saliva, entre outros. 

“O tratamento mais indicado dependerá da avaliação do especialista. Caso o suor excessivo esteja relacionado a problemas mais graves ou disfunções da tireoide, é preciso antes tratar estas causas para depois investir em formas de aliviar os sintomas da hiperidrose”, aconselha o dermatologista, Renato Pazzini.


Teste CK: entenda como um exame de sangue geralmente solicitado para o coração pode facilitar o diagnóstico de uma doença rara

A distrofia muscular de Duchenne eleva os níveis da enzima creatinoquinase fração MB (CKMB), indicador usado para identificar problemas cardiovasculares. 

 

O coração é um órgão formado basicamente por músculo. Não é incomum que, quando há suspeita de problemas cardiovasculares, os médicos solicitem exames laboratoriais que podem indicar variações nos níveis de enzimas que sofrem alterações quando existem problemas relacionados a tecidos musculares. O nível sérico da CKMB - uma das três formas separadas (isoenzimas) da enzima creatina quinase (CK) - pode apontar se um paciente sofreu um infarto do miocárdio, por exemplo.

No entanto, o que poucas pessoas sabem é que o nível sérico da CK, também conhecida por CPK ou enzima creatinofosfoquinase, pode ser igualmente utilizado para encurtar a jornada de pacientes que investigam um tipo específico de doença rara, a distrofia muscular de Duchenne (DMD). E isso pode ser decisivo no processo de diagnóstico da doença, uma vez que, ao identificar níveis elevados da enzima, se torna necessário o teste genético para confirmação da suspeita.1

A DMD é a forma mais comum de distrofia muscular em crianças e se caracteriza pela degeneração e fraquezas progressivas dos músculos responsáveis pelos movimentos do corpo.2 Os meninos são os mais afetados, já que a condição é causada por um defeito em um gene do cromossomo X, portanto o filho naturalmente receberá o Y de seu pai e, no caso de receber o X alterado de sua mãe, manifestará a doença. Essa condição no gene impede a produção da distrofina, proteína fundamental para o funcionamento dos músculos do corpo. Sem ela, as fibras musculares se danificam a cada contração e relaxamento do músculo. O rompimento dessas fibras é o que eleva os níveis de CK no sangue.3

A médica Ana Lúcia Langer, pediatra e membro do conselho deliberativo da Aliança Distrofia Brasil (ADB), entidade que abrange mais de 15 associações de todo o Brasil, explica que em um infarto, o coração sofre um bloqueio do fluxo sanguíneo levando a uma lesão do músculo que, consequentemente, eleva os níveis de CKMB no organismo. Dessa forma, pode indicar e confirmar algumas suspeitas de doenças que danificam o músculo. “Por ser um exame simples e que os convênios cobrem com mais facilidade, é essencial ampliar a conscientização sobre a DMD na sociedade, para que cada vez mais o teste CK (fração MM) seja utilizado para auxiliar na jornada dos pacientes em busca de diagnóstico e, como consequência, permitir que eles tenham acesso a um tratamento multidisciplinar de forma precoce para desacelerar ou até mesmo frear o desenvolvimento da doença”.

Em geral, o teste genético para confirmar o diagnóstico será solicitado por um especialista neuromuscular mediante alterações na creatinoquinase. Por ser mais complexo e com custo mais elevado, os convênios tendem a pedir todo o histórico e justificativas dos médicos, antes de autorizarem o exame genético.1

“Precisamos encurtar o diagnóstico da DMD. Isso é urgente. A idade média de diagnóstico é 6 anos, quando muitas lesões permanentes já ocorreram, o que dificulta muito o tratamento. Por se tratar de uma doença degenerativa progressiva, quanto antes tivermos um diagnóstico, maiores serão as chances de sucesso e melhor será a qualidade de vida do paciente”, ressalta a médica.

A distrofia muscular de Duchenne não tem cura. Atualmente, há terapias que tem como objetivo postergar o avanço da doença. Para garantir a qualidade de vida ao paciente, é importante o acompanhamento multidisciplinar tanto na área de reabilitação como na clínica.1,4,5

Segundo a pediatra, a pessoa que tem DMD aos poucos vai apresentando dificuldades motoras e, em estágios mais avançados, complicações para respirar. “Por isso, o acompanhamento médico multidisciplinar visa não somente tratar os sintomas ou possíveis problemas que venham a surgir decorrentes da distrofia, como preparar a criança para que ela consiga desempenhar suas atividades diárias de forma independente por mais tempo”.



Saiba mais sobre a distrofia muscular de Duchenne

A distrofia muscular de Duchenne (DMD) é uma doença de base genética que causa fraqueza e perda de massa muscular de forma progressiva. Ligada ao cromossomo X, ocorre em uma frequência de um caso a cada 3.500-5.000 recém-nascidos do sexo masculino.1
A alteração genética faz com que a proteína distrofina não seja produzida. Na ausência desta proteína, a musculatura torna-se frágil e ao longo do tempo vai se degenerando. O saldo final é a fraqueza, que impede os pacientes de subir escadas, caminhar e movimentar os braços ao longo da doença.4 Em fases avançadas da DMD, o comprometimento muscular é extenso, afetando inclusive a musculatura respiratória, com risco de morte e exigindo a necessidade de suporte ventilatório, além de complicações cardíacas.6

 



Sobre a ADB

A Aliança Distrofia Brasil (ADB) é a maior organização de abrangência nacional representativa de pessoas com distrofia muscular do País, agrega associações regionais, fundações e outras formas de movimento social. É uma instituição privada e sem fins econômicos. Trabalha para mudar a história das Distrofias Musculares no Brasil, potencializando o advocacy e a defesa dos pacientes, seja pela cura, tratamento ou pela formulação e aperfeiçoamento de políticas públicas que possam melhor assistir as pessoas com seus familiares, cuidadores e profissionais de saúde.

 
1 Araujo APQC, Carvalho AAS, Cavalcanti EBU, Saute JAM, Carvalho E, França MC Junior, Martinez ARM, Navarro MMM, Nucci A, Resende MBD, Gonçalves MVM, Gurgel-Giannetti J, Scola RH, Sobreira CFDR, Reed UC, Zanoteli E. Brazilian consensus on Duchenne muscular dystrophy. Part 1: diagnosis, steroid therapy and perspectives. Arq Neuropsiquiatry 2017;75(8):104-113
2 Flanigan KM. Duchenne and Becker muscular dystrophies. Neurol Clin 2014; 32: 671--688
3 Muntoni F, TorelliS, Ferlini A. Dystrophin and mutations: one gene, several proteins, multiple phenotypes. Lancet Neurol 2003;2(12):731-40.
4 Bushby K, Finkel R, Birnkrant DJ, Case LE, Clemens PR, Cripe L, et al.; DMD Care Considerations Working Group. Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and pharmacological and psychosocial management. Lancet Neurol. 2010 Jan;9(1):77-93.
5 Moreira ASS, Araújo APQC. Não reconhecimento dos sintomas iniciais na atenção primária e a demora no diagnóstico da distrofia muscular de Duchenne. Rev Bras Neurol. 2009 Jul-Set;45(3):39-43.
6 Birkrant DJ, Bushby K, Bann CM, et
al Diagnosis and management of Duchenne muscular dystrophy, part 1: diagnosis, and neuromuscular, rehabilitation, endocrine, and gastrointestinal and nutritional management. Lancet Neurol. 2018;17:251-67.


Câncer de mama em Transsexuais

No dia da visibilidade trans, SBM reforça a importância dos cuidados com o câncer de mama na população transgênero

 

Cada vez mais a transexualidade vem sendo discutida em nossa sociedade. Um público que passou décadas no anonimato, hoje, pouco a pouco, é percebido e reconhecido. A atriz transexual Marcella Maia, por exemplo, está no ar na novela “Quanto mais vida melhor”, da Rede Globo, com uma personagem cuja sexualidade não está em foco e que, inicialmente, foi cogitada para Fernanda Montenegro e Patrícia Pillar. Um motivo para se comemorar neste mês que é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29 de janeiro), mas que também abre passagem para o debate sobre os direitos desse público e também para a importância da sua saúde. Em relação ao câncer de mama, a preocupação com a população trans é legítima e merece atenção das autoridades. O alerta é da Vice-Presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) -- Regional Rio de Janeiro, Dra. Maria Julia Calas, citando um estudo da Medical Center, em Amsterdam, que afirma que o risco de câncer de mama em pessoas trans é maior do que nos homens, cujo índice de casos gira em torno de 1%.
 

De acordo com a mastologista, a identificação de gênero é uma questão de grande impacto na saúde. “Essa população é carente de estudos satisfatórios e de significância estatística no que se refere tanto à incidência de câncer de mama quanto às possíveis formas de rastreio. Além disso, as informações de base populacional sobre até que ponto os transgêneros são submetidos a exames de mamografia são limitadas, o que acaba contribuindo para o aumento do risco”, explica.
 

Segundo a especialista, há também uma falta de assistência na área da saúde, que reflete anos de preconceito, violência e repressão que levaram à falta de acesso e de interesse, por parte da maioria da classe médica, por essas pessoas. “As diretrizes da Professional Association for Transgender Health sugerem que o estrogênio pode contribuir para um aumento no risco de desenvolver câncer de mama, assim como o uso da testosterona”, diz a médica, lembrando que há indicações de que o número de casos da doença seja alto devido aos processos de hormonização.
 

Ela explica que as mulheres trangêneros realizam a hormonioterapia com estrogênio e medicamentos anti-androgênicos para inibir a ação da testosterona. Já em homens trans, mesmo com a retirada das mamas, houve um desenvolvimento mamário prévio, sendo comum a presença de resíduo tecidual, com estímulo hormonal estrogênico normal. “Por isso, o rastreamento de câncer de mama deve ser feito em homens transgêneros com algum tecido mamário, seja ele natal ou residual após a mastectomia”, esclarece a especialista, lembrando que, embora essa discussão venha se ampliando, junto aumenta-se a transfobia. “Entre outubro de 2020 e setembro de 2021, 125 travestis e homens e mulheres trans foram assassinados no Brasil, de acordo com o projeto Transrespect versus Transphobia Worldwide (TvT), da ONG Transgender Europe (TGEU). É sob essa realidade que eles vivem, o que certamente impacta na sua busca pela saúde preventiva”, conclui.


Dia Mundial do Câncer: especialista alerta para os fatores de risco da doença

Perdendo apenas para o Covid-19 e doenças cardiovasculares, o câncer é a terceira principal causa de mortes no Brasil. Tabagismo, alcoolismo e obesidade são os principais fatores

 

Celebrado no dia 04 de fevereiro, o Dia Mundial do Câncer é uma iniciativa global organizada pela União Internacional para o Controle do Câncer (UICC) com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS). A data tem como objetivo aumentar a conscientização e a educação mundial sobre a doença, além de influenciar autoridades e população na realização de ações para o controle da doença.

 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), a doença é a terceira que mais causa mortes no Brasil, perdendo apenas para o Covid-19 e doenças cardiovasculares. A Agência Internacional para Pesquisa em Câncer (IARC) publicou recentemente um relatório com a estimativa de incidência e mortalidade pela doença e as projeções para os próximos anos. Em todo mundo, são esperados 28,4 milhões de novos casos de câncer em 2040.

 

De acordo com a neurocirurgiã Danielle de Lara, que atua no Hospital Santa Isabel (Blumenau/SC), câncer é um termo que abrange mais de 100 diferentes tipos de doenças malignas que têm em comum o crescimento desordenado de células, que podem invadir tecidos adjacentes ou órgãos a distância. “Dividindo-se rapidamente, estas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores que podem espalhar-se para outras regiões do corpo", explica.


 

Fatores de risco e prevenção da doença

 

A médica informa que o câncer não tem uma causa única. “Há diversas causas externas, presentes no ambiente, e internas, hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas que dão surgimento à doença”.

 

De acordo com o INCA, cerca de 90% dos casos de câncer estão associados a causas externas. “Isso inclui mudanças provocadas no meio ambiente, além dos hábitos e o estilo de vida como o tabagismo, alcoolismo e obesidade. A exposição solar prolongada sem proteção também é um importante fator de risco”, relata Danielle.

 

A neurocirurgiã alerta que hábitos saudáveis no decorrer da vida são essenciais para evitar a doença quando não se tem predisposição à doença.

 

 


Danielle de Lara - Médica Neurocirurgiã em atividade na cidade de Blumenau (SC). Atua principalmente na área de cirurgia endoscópica endonasal e cirurgia de hipófise. Dois anos de Research Fellowship no departamento de "MinimallyInvasiveSkull Base Surgery" em "The Ohio StateUniversity MedicalCenter", Ohio, EUA. Graduada em Medicina pela Universidade Regional de Blumenau. Possui formação em Neurocirurgia pelo serviço de Cirurgia Neurológica do Hospital Santa Isabel.

 

Como o RH pode contribuir para a diversidade da empresa

Melhores resultados, inovação e estímulo à criatividade organizacional são algumas das vantagens para empresas que possuem equipes diversas. A diversidade é essencial para o desenvolvimento da consciência cultural e social dos colaboradores e promove a aceitação e respeito pelas diferenças de cada indivíduo.  

Uma pesquisa da empresa McKinsey & Company, revelou que empresas com diversidade étnica e racial têm 35% a mais de chances de ter rendimentos acima da média no seu setor. Vale ressaltar que essas diferenças se referem à aspectos físicos, culturais, biológicos, sociais, econômicos, ideológicos e muitos outros.

 

Sabendo que o RH tem como uma de suas funções a elaboração dos processos seletivos e a contratação de novos colaboradores é fundamental que esse setor compreenda e entenda o seu papel para contribuir com a pluralidade da companhia. Por isso, ele deve estar atento ao tema e às maneiras de como incluí-los na sua atuação.

 

O processo se inicia com o RH se certificando que os valores estejam de acordo com a cultura da empresa conforme três definições: diversidade: todas as características - sejam físicas, culturais ou sociais - que diferencia as pessoas entre si; inclusão: ações que estimulam o acolhimento, a aceitação e o respeito de todas as pessoas, independentemente de suas diversificações e equidade: oportunidades e direitos iguais para todas as pessoas.

 

Há muitas formas para o setor de RH fazer isso nas empresas. O primeiro passo é se atentar ao recrutamento de novos colaboradores. É importante, por exemplo, que o anúncio da posição seja feito em diferentes meios de comunicação, para garantir uma diversidade maior de candidatos.

 

Além disso, é preciso que os líderes e a gestão estejam preparados para lidar com o tema e reforçá-lo com os seus colaboradores. Outro tópico de atenção é o treinamento e desenvolvimento dos times. Eles, assim como os gestores e líderes de equipe, passam por treinamentos que pautam preconceitos inconscientes, micro agressões no ambiente de trabalho e assédio, diversidade, inclusão e equidade?

 

Não se pode esquecer também da representatividade interna, ela é essencial para ter novos caminhos de atuação e também para que os grupos sociais minoritários se sintam bem no ambiente de trabalho. Por isso, é interessante questionar: os seus colaboradores se sentem incluídos, são tratados com igualdade e possuem oportunidades iguais ao restante de seus colegas de trabalho?

 

Sendo assim, o papel do RH na diversidade da empresa é torná-lo parte da cultura do negócio. Já os líderes têm a missão de reforçar essa cultura com a equipe. Por isso, o ideal é que a companhia como um todo trabalhe para combater preconceitos e vieses que os seus colaboradores possam ter. Nesse sentido, o ideal é que a instituição promova treinamentos de diversidade e inclusão para que seja reforçado a importância de aceitar e respeitar todas as pessoas. 

 



 

Isadora Brito - Coordenadora de Marketing na Niduu, aplicativo que usa os elementos de games e microlições para desenvolver colaboradores.

 


Home office e Covid-19: como manter uma comunicação estreita entre empresa e funcionários?

Diante do novo aumento dos casos de Covid-19, variantes e surtos de influenza, as empresas, sejam públicas ou privadas, retomaram os protocolos de segurança deixando de receber 100% dos colaboradores presencialmente. O home office, por exemplo, já faz parte da cultura empresarial, segundo levantamento e estudo da Agência Brasil. O formato apresenta uma forte tendência de permanência na maioria das companhias, mesmo após uma futura volta à normalidade.

Em muitos casos, as empresas já oferecem esse modelo de forma definitiva, como aconteceu comigo e com tantos outros colegas. Desde que entrei na Ellevo, em dezembro de 2020, a forma de trabalho foi por home office, possibilitando inúmeras vantagens tanto para mim quanto para a empresa. 

Até o início de 2020, a Ellevo, empresa de tecnologia, com sede em Blumenau e São Paulo, mantinha um regime de trabalho presencial, permitindo contratações somente nos dois estados a qual tem sede, além de uma estrutura complexa para atender toda a equipe. Hoje ainda existem as sedes,  porém com uma redução maior que 70% em espaço físico, ganhando um aumento de colaboradores espalhados por todo Brasil.

É preciso ter uma conexão forte entre a empresa e a equipe nesse modelo de trabalho. E a tecnologia pode e deve ajudar os negócios nesse sentido. Ter um sistema que permite o gerenciamento dos processos e das atividades,  através de um catálogo de serviços flexível,  com gestão de tempo e de SLA - acordos de nível de serviços, como os sistemas da Ellevo, contribuiu para que eu conseguisse ampliar e gerenciar a distância os times comercial, marketing e customer experience. Atualmente, contamos com colaboradores de Blumenau, São Paulo, Pará, Rio de Janeiro e Brasília. 

Com essa dinâmica de trabalho é possível ter benefícios como aprendizado cultural, flexibilidade, redução de custos, qualidade de vida ao funcionário, conforto, otimização do tempo e de trabalho e entre outras. 

Muitos gestores ainda têm dúvidas sobre como estreitar a comunicação entre empresa e funcionário, visto que é necessário um acompanhamento diário para saber como está o andamento de metas, produtividade, motivação e rendimento do colaborador.

Na Ellevo, por exemplo, a transição para o modelo de trabalho online flui com naturalidade, mantendo a atenção aos funcionários com reuniões diárias e usando o Sistema Ellevo, um software que permite atendimento e gerenciamento 100% digital. Essa ferramenta é utilizada fortemente para gerenciar as atividades internas e externas da empresa, além do RH e endomarketing, estimulando cada vez mais a produtividade dos colaboradores e contribuindo para os bons resultados da empresa. 


Modelo de negócio 

Exemplo de que o modelo realmente dá certo e já é considerado uma tendência, é que a Ellevo está presente em 22 países, com unidades de negócios físico apenas em Blumenau (SC), São Paulo (SP) e EUA.

A empresa obteve um aumento de 25% no quadro de colaboradores desde o início da pandemia e para comemorar essa conquista, lançou a Universidade Ellevo, que tem como intuito capacitar de forma gratuita por meio de cursos e treinamentos online, funcionários, clientes, parceiros e fornecedores. 

Por fim, em meio a esta transformação digital que estamos passando é de extrema importância as empresas aderirem a softwares de gestão de atendimento que minimizem a ausência física e enriqueçam a sua forma de trabalhar e atender a distância. O home office veio para ficar e a tecnologia é uma forte aliada para fazer os seus negócios fluírem e romper fronteiras! 

 


Sabrina Murino - gerente comercial, marketing e customer success da Ellevo. 


Resiliência cibernética, muito além do investimento em ferramentas de segurança

 O ano de 2021 foi especialmente agitado quanto ao tema Segurança da Informação. Não é de agora que este assunto faz parte da pauta do C-Level (Diretoria) das empresas, em especial dos CIOs e profissionais que atuam na área de riscos e compliance. 

Porém a atenção para a cibersegurança vem alcançando patamares ainda maiores já que o Brasil se tornou o 5º país com o maior número de ataques do tipo ransomware, um aumento de 92% em relação a 2020, segundo pesquisa da empresa de segurança da Inflobox, publicada pelo site cio.com.br

Ao longo do último ano, foram diversos os exemplos de ataques bem-sucedidos que resultaram em impactos operacionais, danos à imagem e, na maioria dos casos, prejuízos financeiros. Ganharam publicidade os casos do Fleury, JBS, Cyrela, Lojas Renner, Ministério da Saúde e muitos outros, em que as empresas, com seus ativos de TI sequestrados, tiveram que realizar pagamento de altos valores, com operações impactadas, balanços trimestrais prejudicados, etc.. 

Mas não foi apenas com as ameaças de ransomware que as empresas brasileiras tiveram que lidar, embora esta tenha sido talvez a mais impactante. O Brasil é também a capital mundial do phishing, uma outra técnica utilizada para obter dados confidenciais, senhas e informações importantes para serem utilizadas em ataques futuros. 

Tenho observado que são vários os fatores que contribuem para este cenário, mas um dos principais, se não o principal, é o baixo nível de maturidade em segurança da informação e a incorreta alocação de investimentos de muitas organizações (públicas e privadas). 

A boa notícia é que parece haver uma mudança na percepção das empresas do que é segurança da informação e da importância da cultura em ciber-resiliência. Este entendimento está diretamente ligado ao fato de os ataques bem-sucedidos receberem publicidade em âmbito nacional, inclusive em canais de TV aberta. 

É importante ter clareza de que por maior que seja o investimento em ferramentas e técnicas de proteção robustas não há como construir um ambiente intransponível, portanto, não é uma questão de "vai ou não ocorrer um ataque na minha empresa", mas sim "quando ele vai ocorrer." 

Ao assumir que em mais ou menos tempo vai acontecer uma tentativa de invasão no seu ambiente, é mais do que urgente estar preparado para isto. Investir em ferramentas é importante, mas criar uma cultura de resiliência cibernética é fundamental. 

Quando falamos em cultura de ciber-resiliência estamos considerando a preparação da empresa para atuar em três frentes, sendo:

 

(1) Contenção – treinamentos dos colaboradores quanto ao seu papel em segurança da informação, medidas e ferramentas para evitar que o ataque ocorra.

 

(2) Controle do ataque - uma vez que a tentativa aconteceu, sendo ou não bem-sucedida, é necessário identificar em tempo hábil e implementar as medidas cabíveis para conter o ataque ou diminuir os seus impactos, e, por último,

 

(3) Resposta - uma vez que o ataque foi bem-sucedido, quais ações devem ser iniciadas imediatamente e quais mecanismos serão acionados com o intuído mitigar os impactos gerados pelo ataque e dar uma resposta adequada aos stakeholders.

 

Neste novo cenário, é necessário envolver toda a organização. Certamente não terá êxito nesta jornada a empresa que depender apenas do time de TI para responder aos ataques cibernéticos. 

É preciso adotar um conjunto de medidas envolvendo desde o CEO, conselho de administração e RH, até os times de comunicação, assessoria de imprensa, profissionais de tecnologia e representantes dos mais diversos setores. Portanto, é necessário envolver toda a empresa e investir em pessoas na conscientização do papel de cada um para um ambiente mais seguro. 

Contar com uma empresa especializada no assunto assegura para a organização uma visão multidisciplinar do tema, permitindo o desenvolvimento de uma abordagem alinhada com as boas práticas de mercado que atendam as estas três frentes. Ao escolher trabalhar com a Baker Tilly, o cliente conta com expertise de uma empresa global com atendimento personalizado para organizações de todos os portes.

 

 

Leonardo Silva é sócio da Baker Tilly no Brasil - Tem cerca de 25 anos de experiência em projetos de consultoria com foco em gestão e tecnologia, é formado em Tecnologia da Informação, Ciências Contábeis e possui especialização em gerenciamento de projetos pela Harvard Business School.


5 dicas para estudar online e se preparar para os vestibulares de julho

Atenção ao preencher o gabarito é algo imprescindível nos vestibulares.
Créditos: Divulgação
Falta pouco para as provas de Vestibular do meio do ano; docente e influenciador da plataforma Professor Ferretto  ensina a se sair bem e entrar na faculdade


A necessidade de estudar e revisar tudo o que foi aprendido em cada disciplina é cada vez maior, como forma de se preparar para os próximos vestibulares, que acontecem em julho. Os vestibulandos precisam estar bastante focados e bem preparados para encarar a “maratona” de provas e, dessa forma, ingressar no tão sonhado ensino superior. Por outro lado, nem todos os alunos têm a oportunidade de frequentar um cursinho presencial, por conta de diversos fatores. O principal deles é o alto custo das mensalidades, horários das aulas, trajeto até o local, além de outras despesas. 

Uma alternativa para contornar essas dificuldades são os cursos online disponíveis por meio de grandes plataformas digitais na internet, que oferecem uma educação de qualidade e bem acessível. Por meio da tecnologia, os “professores influenciadores” mais conhecidos pelo público estão reunidos em um único espaço virtual. Isso possibilita o aprendizado de uma forma fácil e prática, sem que o aluno precise sair de casa, com horários mais flexíveis, além de terem uma linguagem simples e bastante didática. 

Para o professor e influenciador Michel Arthaud, da Plataforma Professor Ferretto, os preparativos feitos de forma online para os vestibulares têm vários benefícios. “As aulas online trazem sérias vantagens porque o estudante consegue fazer o próprio cronograma de estudos sem sair de casa tornando-se protagonista do seu ensino. Esse aluno conta com diversos materiais, vasto conteúdo e um grupo de professores altamente qualificados para atender a todas as matérias”, diz. 

Muito ativo nas redes sociais, o professor Michel também tem o canal do Youtube Café com Química, que mantém mais de 110 mil inscritos e seguidores. Desde 2020 ele uniu forças com outros importantes docentes/influenciadores que também fazem parte do time de professores da Plataforma Professor Ferretto. Essa união ocorreu para oferecer cursos completos em um único universo virtual. Tudo isso, com qualidade e oferecendo um custo/benefício bem acessível aos estudantes com um orçamento mais apertado. 

Abaixo, o professor destaca cinco dicas essenciais para que os alunos estudem online para as provas do meio do ano:

 

Organize-se e crie uma rotina de estudos 

Para estudar online, é fundamental que o estudante seja organizado e tenha disciplina. Para isso, é preciso que ele crie uma rotina de estudos e consiga equilibrá-la com outros compromissos e atividades, como o lazer, que também é essencial no dia a dia. 

“Trace um cronograma, faça planos, definindo as tarefas de maneira específica, com data e horas de estudo marcadas para cumpri-las, e siga esse plano à risca. Eu acredito muito que, quando colocamos um prazo certo para determinada atividade, nossa produtividade aumenta”, explica o professor Michel.
 

Analise as condições do ambiente de estudo 

O ambiente é um fator muito importante na hora de estudar. Tudo ao redor impacta na concentração do aluno e, consequentemente, no rendimento. No caso do estudo online, além de ser necessário ter acesso à internet, é preciso que o local seja tranquilo, tenha uma estrutura adequada e com boa iluminação. 

“Quem estuda em casa, deve procurar um lugar reservado e combinar com seus familiares ou outras pessoas que frequentem o mesmo ambiente, para que evitem interrupções durante o horário de estudo. Além disso, nada de estudar com a TV ligada, música ao fundo, celular com o som alto e com mensagens apitando a todo instante, ou qualquer outro fator que irá tirar a sua concentração”, alerta.
 

Tenha foco e saiba o que cairá nas provas 

Para uma rotina de estudos dar certo, além de um bom cronograma, é necessário ter muito foco e concentrar-se especificamente naquilo em que estiver revisando. 

“Anote tudo, esteja com todos os materiais necessários, faça resumos e exercícios práticos enquanto estuda, se empenhe e, se for preciso, grave a matéria no celular. Além disso, deixe outras preocupações, planos e pensamentos para outro momento. Pense como toda a atenção e esforço dedicado ao aprendizado compensará futuramente”, aconselha. 

Além disso, os editais dos vestibulares são um bom recurso para saber o que vai cair na prova. “Minha dica é: leia sempre o edital de um vestibular. Lá você saberá, literalmente, tudo o que vai cair na prova e, assim, poderá se preparar devidamente para o exame, estudando de maneira assertiva e efetiva”, comenta o professor.
 

Acompanhe seu rendimento 

Quando se estuda online, ainda que o aluno passe horas e horas em frente ao computador, de nada adianta se ele não acompanhar o seu rendimento e verificar se, de fato, aprendeu ou não o que está estudando. 

“Você precisa progredir enquanto estuda. Do contrário, estará perdendo tempo. Reveja o conteúdo, refaça os exercícios se for necessário, leia muito e pesquise sobre o assunto, aplicando também na prática o que aprendeu na teoria . E procure verificar sempre sua evolução”, ensina o professor Michel.
 

Planeje uma recompensa 

Além de todas as dicas anteriores, o professor ainda dá mais uma ideia, válida como um “bônus” para o estudante: Segundo ele, recompensar a si mesmo por cada objetivo atingido nos estudos pode ser um poderoso motivador. 

“Recompensas simples, terminar os estudos 15 minutos antes ou mesmo uma checada rápida nas redes sociais - ou seja, fatores que costumam atrapalhar os estudos - podem se tornar uma motivação para que você siga em frente”, finaliza.
 


 Plataforma Professor Ferretto


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