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terça-feira, 16 de novembro de 2021

Sintomas do Túnel do Carpo: Como identificar?

Trabalho manual com movimentos repetidos pode causar a doença

 

O neurocirurgião Dr. Marcelo Amato explica abaixo os sinais que podem indicar a Síndrome do Túnel do Carpo, caracterizada pela compressão do nervo mediano, que passa por um canal estreito do punho, chamado túnel do carpo.  

 

Confira:

  • Dor, que fica mais intensa à noite, podendo até acordar o paciente;
  • Choque;
  • Perda de destreza nas mãos;
  • Dormência ou formigamento acomete a palma da mão e poupa o dedo mínimo e o dorso da mão. Associada a uma certa fraqueza nas mãos, pode haver dificuldade de amarrar os sapatos, abotoar uma camisa e pegar objetos. Pode haver acometimento das 2 mãos em 60% dos casos.
  • A dor pode irradiar para o braço e até para o ombro;
  • Atividades que promovem a flexão do punho por longo período podem aumentar a dor. 

“A doença é comum em pessoas que realizam trabalho manual com movimentos repetidos, mas também tem associação com alterações hormonais, como menopausa e gravidez, o que explica a maior frequência em mulheres na faixa de 35 a 60 anos. Outras doenças associadas são diabetes mellitus, artrite reumatoide e doenças da tireoide”, explica Dr. Amato.


O neurocirurgião deve ser procurado nos casos em que os sintomas persistam por alguns dias. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, melhores são os resultados. 


O tratamento conservador é feito com anti-inflamatórios, imobilização, fisioterapia e medicamentos específicos para o nervo. Infiltrações com corticoides também podem ser realizadas. Nos casos mais graves ou refratários ao tratamento clínico, a cirurgia está indicada. 

“É importante procurar um especialista para ter o diagnóstico correto, já que existem outras doenças com sintomas semelhantes. O tratamento clínico sem consultar o neurocirurgião pode atrasar o diagnóstico correto e prejudicar a saúde do paciente”, alerta Dr. Marcelo Amato.

 

 

Dr. Marcelo AmatoGraduado e doutor pela USP Ribeirão Preto, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB), e em cirurgia de coluna pela Sociedade Brasileira de Coluna (SBC). Diretor do Hospital Dia Amato, centro especializado em cirurgias minimamente invasivas da coluna. Possui publicações nacionais e internacionais sobre endoscopia de coluna, neurocirurgia pediátrica, tumores cerebrais, cavernomas, cistos cerebrais, técnicas minimamente invasivas, entre outros.

www.neurocirurgia.com,  www.amato.com.br

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato

Glossário: Conheça 10 termos diferentes usados durante a Gravidez

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Pediatra da Criogênesis explica expressões importantes que são utilizadas no período de gestação


Com a chegada da gravidez e a visita frequente aos consultórios médicos, as gestantes começam a ouvir diferentes termos, utilizados para se referir a procedimentos comuns durante o período gestacional. Para explica-los melhor, Dr. Renato de Oliveira, ginecologista e obstetra da Criogênesis, escolheu 10 palavras que são frequentemente usadas e esclarece seus significados:

1. Altura uterina

A altura uterina é a medida que avalia o desenvolvimento do bebê e o ganho de peso gestacional. Feita com o uso de fita métrica, é indicada sua realização a partir do quinto mês de gravidez, quando o útero se torna visível.

 

2. BCF

O termo refere-se aos batimentos cardíacos fetais, que variam durante todo o período de gravidez. O obstetra explica que, a partir de cinco semanas, já é possível ouvir o barulho do coração do bebê, que é detectado através do ultrassom.

 

3. Colostro

O primeiro leite produzido pela mãe durante o período de amamentação é chamado de colostro. Ideal para o alimento do recém-nascido, o líquido concentrado é bastante rico em proteínas e nutrientes, que é completo para a nutrição do bebê. "Além disso, ele possui baixo teor de gordura, com digestão mais facilitada", afirma.

 

4. DPP

A sigla significa "Data Provável de Parto" e é utilizada para prever a época estimada de nascimento da criança. O cálculo é feito baseado na última menstruação da mulher, sendo acrescentado 9 meses e 7 dias, tempo médio de uma gravidez humana.

5. Hiperêmese gravídica

Apesar de no início da gestação ser normal haver enjoos, a hiperêmese gravídica é uma versão extrema das náuseas, causando vômitos excessivos. Oliveira, explica que devido ao aumento descontrolado de hormônios, a condição pode levar a desidratação e perda de peso, sendo necessário acompanhamento médico.

 

6. Líquido Amniótico

O fluido que envolve o bebê, preenche a bolsa e a cavidade uterina é chamado de líquido amniótico. Com variados componentes vitais, ele consiste em água, nutrientes, hormônios e citocinas - proteínas que modulam outras células - que realizam a proteção do feto. Sua produção acontece 12 dias após o início da gestação.

 

7. Mecônio

Produzida pelo intestino do bebê antes do parto e normalmente liberada nos primeiros dias do recém-nascido, o mecônio é a matéria fecal expelida por ele após o início da amamentação. De coloração escura, em alguns casos é eliminado no líquido amniótico.

 

8. Raquidiana

A raquidiana é um tipo de anestesia comumente usada em partos para aliviar a dor. A técnica, feita em parto normal ou cesariana, consiste na perda de sensibilidade da parte inferior do corpo para o alívio dos sintomas do parto.

9. Translucência Nucal

O exame feito em ultrassom consiste em medir a quantidade de líquido atrás da nuca do feto, para avaliar possíveis problemas genético. Segundo o especialista, o procedimento é realizado no primeiro trimestre de gravidez e é a principal fonte para detecção de má-formação e a Síndrome de Down, por exemplo, no período gestacional.

 

10. Vérnix

Vérnix caseoso é uma substância gordurosa encontrada bebês após o nascimento, que protege a pele sensível contra microrganismos e ajuda na termorregulação. Com aspecto de cera, a matéria é retirada no primeiro banho do recém-nascido, indicada somente 24h após o parto.


Criogênesis


Ter diabetes significa nunca comer doces? 10 mitos e verdades sobre restrições alimentares a pessoas diabéticas

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Nutricionista do CEJAM esclarece as principais dúvidas sobre o tema


O diabetes é considerado um dos maiores vilões da saúde nos tempos atuais. A doença, que atinge 463 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo 16,8 milhões somente no Brasil - número que pode passar dos 21 milhões até 2030 -, conforme a Federação Internacional de Diabetes (IDF), é considerada um verdadeiro problema de saúde pública. Os dados referem-se apenas a adultos entre 20 e 79 anos.

A nutricionista Marlucy Lindsey Vieira, que atende na Unidade Básica de Saúde do Jardim Nakamura, gerenciada pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", respondeu a algumas questões que ajudam a esclarecer mitos e verdades associados à alimentação das pessoas que vivem com esta doença.

1 - O consumo excessivo de açúcar realmente tem ligação com o surgimento do diabetes?

Verdade. O excesso de açúcar pode provocar uma sobrecarga no pâncreas, que não consegue produzir insulina suficiente para diminuir os níveis de glicose. Essa sobrecarga pode desencadear o diabetes tipo 2.

2 - Pessoas com alimentação saudável e regrada não têm nenhuma chance de desenvolver diabetes?

Mito. Existem outros fatores de risco, como o genético, a presença de problemas como pressão alta, colesterol alto ou alterações na taxa de triglicérides no sangue, doenças renais crônicas, diabetes gestacional e o uso excessivo de medicamentos da classe dos glicocorticoides (tipo de corticoide). Todos podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

3 - Apenas as pessoas mais velhas têm diabetes?

Mito. O diabetes tipo 1 aparece geralmente na infância ou adolescência, mas pode ser diagnosticado em adultos também. Conforme dados da IDF, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos apresentam diabetes tipo 1.

4 - Diabéticos não podem exagerar no consumo de carboidratos, como arroz, pães, massas e batatas?

Verdade. Os carboidratos são os principais responsáveis pelo aumento dos níveis de glicose no sangue, por isso, pacientes diabéticos precisam consumir esses alimentos de forma moderada. Uma opção saudável seria substituir alimentos feitos com farinha branca, como pão, bolo e macarrão, pelos integrais. O arroz também pode ser substituído pela versão integral.

5 - Apenas o açúcar refinado faz mal. O mel e outros açúcares, como mascavo, demerara ou de coco, estão liberados na dieta de um diabético?

Mito. Assim como o açúcar refinado, o mel e outros açúcares também podem descompensar o diabetes, levando ao quadro de hiperglicemia (elevação dos níveis de glicose no sangue).

6 - Diabéticos devem evitar o consumo de bebidas alcoólicas?

Verdade. O diabético não deve ingerir bebidas alcoólicas porque o álcool pode desequilibrar os níveis de açúcar no sangue, alterando os efeitos da insulina e dos medicamentos orais, podendo provocar hiper ou hipoglicemia (queda vertiginosa das taxas de açúcar no sangue).

7 - Ter diabetes significa não poder comer doces em hipótese alguma?

Mito. O paciente diabético pode consumir doces em pequenas quantidades, quando associado a uma dieta e hábitos de vida saudáveis. O doce não pode se tornar um alimento do dia a dia e deve-se ter cuidado com a qualidade da sobremesa escolhida, de preferência pobre em gordura.

8 - É possível prevenir o diabetes?

Verdade. A melhor forma de prevenir o diabetes é por meio da manutenção de hábitos saudáveis, como a ingestão diária de verduras, legumes e três porções de frutas; a redução do consumo de sal, açúcares e gorduras; não fumar; praticar exercícios físicos regularmente (pelo menos 40 minutos todos os dias); e manter o peso controlado.

9 - Os diabéticos devem ter uma alimentação saudável e isso inclui o consumo de frutas à vontade?

Mito. A frutose é um açúcar presente naturalmente nas frutas. O consumo recomendado a pacientes diabéticos é de, no máximo, três porções de frutas ao dia.

10 - Todos os tipos de adoçantes são permitidos na dieta de um diabético, pois são todos iguais.

Mito. Os adoçantes são divididos em dois grandes grupos: os naturais, são obtidos a partir de plantas ou de alimentos de origem animal; e os artificiais/sintéticos, obtidos, de produtos naturais ou não, através de reações químicas apropriadas. Entre os adoçantes naturais indicados estão a frutose, o xilitol, o eritritol e a stevia. Já no grupo dos sintéticos, a sacarina, o ciclamato, o aspartame e a sucralose costumam ser mais recomendados. Antes de escolher quaisquer um desses produtos, é importante ler os rótulos com atenção para saber qual o tipo de adoçante utilizado na composição e, sempre que possível, optar pelos naturais.

 


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim"


Mais de 45% dos pacientes com diabetes ou pré-diabetes de Niterói e São Gonçalo não fizeram exames de acompanhamento da doença no último ano

Levantamento Dasa e CHN rastreou, em sua rede, 18.300 pessoas com indicação clínica de rastreio para a doença nas duas cidades. E mais de 8 mil estão em falta com os exames laboratoriais

 

O diabetes afeta 16,8 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. E um levantamento feito, recentemente, pela Dasa – a maior rede de saúde integrada do Brasil, da qual o Complexo Hospitalar de Niterói (CHN) faz parte – identificou, em sua rede, nas cidades de Niterói e São Gonçalo, 18.300 pacientes com diagnóstico de diabetes ou pré-diabetes, e 45,5% dessas pessoas não realizaram exames de acompanhamento no último ano nas unidades laboratoriais da rede.

A análise revela que, na rede Dasa, em Niterói, são 12.927 pacientes com indicação clínica para acompanhamento laboratorial do diabetes e 5.397 (41,7%) deles podem estar em defasagem com os exames. Já em São Gonçalo, são 5.400 pessoas portadoras de diabetes ou pré-diabetes, e 2.600 indivíduos (49,4%), quase metade desse público, podem estar com o acompanhamento atrasado.

Segundo Felipe Ribeiro, clínico geral e gerente médico do CHN, o diabetes mal controlado e sem os cuidados adequados pode ser um grande complicador para a saúde integral do paciente, causando consequências como sobrecarga renal, problemas oculares, incluindo a cegueira, danos aos nervos dos membros inferiores e má circulação nas pernas e nos pés.

“A descompensação do diabetes pela falta de acompanhamento médico e realização dos exames de rotina é responsável pela queda da qualidade de vida do portador da doença e aumenta os riscos de complicações, já que os altos níveis de glicose no sangue provocam sobrecarga nos rins, que acumulam proteínas sem conseguir filtrá-las. Além disso, com o descontrole da taxa glicêmica, o paciente com diabetes tem mais chance de desenvolver glaucoma, que é pressão elevada nos olhos, e 60% de possibilidade de ter catarata, doença que pode causar cegueira. Sem contar os simples machucados nos pés, que, por causa da perda de sensibilidade na região, podem agravar e levar, por exemplo, ao desenvolvimento de úlceras de difícil cicatrização. Atualmente, a principal causa de amputações não traumáticas de membros inferiores no Brasil é por complicações do diabetes”, afirma o dr. Felipe Ribeiro.


O perigo do pré-diabetes

O diabetes é caracterizado pelo déficit ou má absorção da insulina, hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue e transformá-la em energia para o organismo. O médico explica a diferença entre o tipo 1 e o 2 da doença: “O diabetes tipo 1 é uma doença crônica e hereditária, menos comum entre os brasileiros, em que o próprio sistema imune cria anticorpos contra as células do pâncreas responsáveis por produzir a insulina. Já o diabetes tipo 2 ocorre quando a resistência à insulina se desenvolve ao longo da vida, sobretudo como consequência de maus hábitos alimentares. Nesse caso, a glicose acaba acumulada no corpo”, detalha o dr. Felipe. 

Contudo, o especialista chama a atenção para o pré-diabetes, condição que pode ser agravada caso haja falta de acompanhamento médico e diagnóstico tardio: “O pré-diabetes é um estágio em que o risco de progressão do diabetes tipo 2 é maior. Nesse cenário, os índices glicêmicos estão elevados, mas abaixo de valores para a classificação da doença, e a homeostase ou o equilíbrio do metabolismo da glicose está alterado. O grande perigo do pré-diabetes é o fato de ele ser assintomático, assim, o paciente não toma conhecimento de sua condição por não buscar exames ou acompanhamento ambulatorial, não fica atento aos fatores de risco, como obesidade e sedentarismo, e não adota as medidas de prevenção”, alerta o especialista.


Convivendo bem com o diabetes

De acordo com o médico, o quadro de pré-diabetes pode ser totalmente revertido e prevenido com a adoção de hábitos saudáveis, como a prática de atividades físicas e uma boa alimentação. Já os pacientes com diagnóstico confirmado de diabetes podem levar uma rotina normal, mantendo sob controle a taxa glicêmica, além de cuidar da pressão arterial e da alimentação e evitar o consumo de álcool e tabaco.

 

Diagnóstico precoce favorece tratamento do diabetes

A principal medida de prevenção ao diabetes tipo 2 é a mudança de estilo de vida, incluindo adesão a uma dieta saudável combinada com atividades físicas regulares. Segundo a endocrinologista Paula Bruno Araújo, gerente médica de Análises Clínicas do Sérgio Franco, unidade diagnóstico da Dasa, a pesquisa de diabetes deve ser feita em qualquer paciente que apresente sintomas sugestivos, como excesso de sede, excesso de urina, fome aumentada e perda de peso em qualquer idade. Durante a gestação também é indicada a pesquisa entre 24 e 28 semanas de gestação.

“Além disso, é recomendado o rastreamento para todos os indivíduos com 45 anos ou mais, mesmo sem fatores de risco. Também é recomendado o diagnóstico para pessoas com sobrepeso ou obesidade que tenham pelo menos um fator de risco adicional, como histórico familiar, doença cardiovascular, passado de diabetes gestacional, hipertensão, síndrome do ovário policístico, HIV e pré-diabetes”, explica a especialista. Aos que apresentam histórico familiar da doença, a médica completa que o rastreamento deve se iniciar ainda na infância, com 10 anos, ou depois do início da puberdade se o indivíduo apresentar sobrepeso ou obesidade.

Já para os pacientes com diabetes, o controle glicêmico deve ser individualizado, de acordo com a situação clínica. “É recomendada a realização de exames de glicemia de jejum e HbA1C duas vezes ao ano, quando o paciente se encontra com a meta glicêmica estabelecida. Já para os casos em que essa meta de HbA1C esteja acima de 7%, essa avaliação deve ser feita a cada três meses”, ressalta a médica do Sérgio Franco.

Além do controle glicêmico, o paciente com diabetes deve realizar rastreio para as complicações crônicas, como retinopatia, nefropatia, neuropatia e doenças cardiovasculares. Segundo a especialista, os exames de sangue, urina e ocular, além de exames de imagem, auxiliam nesse acompanhamento, de acordo com cada caso.


Presença dos pais durante hospitalização de prematuros é fundamental para o desenvolvimento do bebê

Foto: Marieli Prestes/Hospital Pequeno Príncipe
Pequeno Príncipe alerta para a importância desse acompanhamento durante todo o período em que a criança nascida antes da hora precisar de internação


No Brasil, 11,7% dos bebês nascidos são prematuros, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), ou seja, nascem antes da 37ª semana. Quando prematuros, os bebês vão completar seu desenvolvimento fora do útero da mãe e em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal, por meio do acompanhamento de especialistas pediátricos. Os riscos da prematuridade são muitos, pois pode provocar alterações cardíacas, pulmonares, neurológicas e gastrointestinais.

A pediatra e neonatologista do maior hospital pediátrico exclusivamente pediátrico do país, Silmara Aparecida Possas, explica que a presença da mãe e do pai é essencial, porque além da parte afetiva, eles conseguem observar todo o atendimento prestado ao seu bebê. “Os pais do recém-nascido devem permanecer a maior parte do tempo com seu filho na UTI Neonatal para observarem todo o atendimento, progresso, dificuldades, e ações para a manutenção da vida. A presença também é fundamental para que participem das discussões com as equipes multiprofissionais sobre metas e o plano terapêutico dos filhos”, diz.

Durante o período de internação, é fundamental que as crianças tenham a presença em tempo integral dos seus pais para que esse desenvolvimento aconteça da melhor forma possível. Neste 17 de novembro, lembrado como Dia Mundial da Prematuridade, o Hospital Pequeno Príncipe alerta sobre a importância desse acompanhamento.

A médica também ressalta que essa presença dos pais durante o internamento do prematuro na UTI Neonatal é bastante positiva para o bebê e acelera o tempo de recuperação. “Nesse período de internação o vínculo entre a família é fortalecido. Os bebês que são acompanhados respondem positivamente aos estímulos dos pais, o que auxilia no amadurecimento e equilíbrio da vida da criança, além de acelerar sua recuperação”, completa.

Diversos fatores podem levar a acontecer um nascimento antes do tempo, como doenças maternas, alteração do colo uterino, infecções urinárias, hipertensão arterial e doenças sexualmente transmissíveis. Por isso é muito importante a realização do pré-natal, pois ele pode evitar o parto prematuro indicando riscos, sinais e sintomas de alerta que podem ser contornados clinicamente.


Desequilíbrio na rotina nutricional das crianças pode colocar o sistema imunológico em risco

Com mais atividades on-line e uma permanência mais longa nos lares, público infantil tem aumentado consumo de alimentos com excesso de sódio e açúcar e reduzido as porções de frutas e verduras; para manter a imunidade dos pequenos, pais devem monitorar regularmente se há déficit de vitaminas e minerais


A rotina das famílias mudou com a pandemia, impondo limitações de deslocamentos e impulsionando cada vez mais atividades on-line. Quando olhamos para o público infantil, a permanência mais longa nos lares somada a falta de atividades esportivas tem implicado em um desequilíbrio nas refeições e um consumo excessivo de alimentos industrializados, com excesso de sódio, açúcar e gordura saturada.

"Este desequilíbrio nutricional prejudica o sistema imunológico. Devemos estimular uma alimentação mais próxima do saudável, com o consumo de três a cinco porções diárias de produtos do reino vegetal como frutas, legumes e verduras para suprir a necessidade de vitaminas, principalmente as do complexo B, C, D e E, além de minerais como zinco e selênio, que são fundamentais para a boa saúde e fortalecimento da imunidade das crianças", orienta o cardiologista Dr. Daniel Magnoni, chefe de nutrologia do Instituto Dante Pazzanese, em São Paulo.

Uma alimentação saudável pode fornecer os nutrientes diários necessários, porém, nem sempre é possível manter uma rotina equilibrada, principalmente em tempos de pandemia em que as atividades em casa favorecem o consumo em excesso de doces e snacks nos intervalos das refeições principais.

"No grupo das crianças temos observado em nossa rotina clínica uma deficiência crescente de vitaminas decorrente da má alimentação. Nestes casos, indicamos mudanças na alimentação e, quando necessário, a suplementação de vitaminas e minerais sob orientação médica. Houve uma enorme evolução nutricional neste setor, além dos formatos tradicionais em líquido e comprimidos já contamos com uma nova geração de suplementos vitamínicos em gomas, que acaba favorecendo a adesão das crianças. Dessa maneira conseguimos manter o equilíbrio diário de vitaminas e minerais que favorecem a imunidade, atuando preventivamente em muitas doenças", comenta Dr. Magnoni, responsável pela área de nutrologia de 13 hospitais de São Paulo.


Vitaminas e minerais aliados da imunidade infantil

Complexo B - Auxiliam com a absorção e ativação de nutrientes, atuam na proteção e desenvolvimento de neurônios e formação de células vermelhas do sangue. (1)

Vitamina C - Muito importante na função dos leucócitos, que formam as defesas do organismo, por isso tem o papel de auxiliar com a imunidade e disposição. (2)

Vitamina D - Importante regulador do sistema imune e auxilia com a absorção de minerais como o cálcio. (2)

Vitamina E - É uma das vitaminas em que a suplementação em concentração acima da recomendada contribui positivamente com a função imune. (2)

Selênio - Essencial para o sistema imune, tanto inato quanto adquirido, com papel fundamental no equilíbrio de oxidação-redução e proteção do DNA. (3)

Zinco - Auxilia no funcionamento do sistema imunológico, cicatrização de ferimentos, além de fortalecimento de unhas e cabelo. (4)

Sobre Dr. Good

Marca de suplementos vitamínicos em forma de goma, Dr. Good faz parte da The Fini Company, marca global presente em mais de cem países e uma das principais produtoras mundiais em goma.

Resultado de três anos de pesquisas, Dr. Good é a mais completa linha de suplementos alimentares em goma do mercado brasileiro. A marca inovou e trouxe para o país uma tendência mundial em consumo de suplementos e adicionou diferenciais exclusivos para o público brasileiro como sabores suaves e diferenciados, praticidade, pois não precisam de água para serem ingeridos, além da saudabilidade, com a entrega completa das necessidades diárias de vitaminas. O portfólio atende aos públicos adulto e infantil com os produtos multivitamínicos e blends especiais.

 

 

Referências

• Vitaminas do complexo B; Helio Vannucchi, Selma Freire de Carvalho da Cunha, Paula Lumy Takeuchi

• Nutrição e imunidade no homem; Sandra Gredel

• Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Selênio / ILSI Brasil; Cristiane Cominetti, Graziela Biude Silva Duarte e Silvia Maria Franciscato Cozzolino

• Funções Plenamente Reconhecidas de Nutrientes - Zinco / ILSI Brasil; Cristiane Cominetti, Bruna Zavarize Reis e Silvia Maria Franciscato Cozzolino


Síndrome Pós-Covid: 25% dos recuperados apresentam sintomas meses após o fim da infecção

Diversos estudos apontam que pelo menos um quarto das pessoas infectadas pela Covid-19 apresentam algum sintoma que afeta a saúde e a qualidade de vida mesmo após a fase aguda da doença. Os problemas da chamada síndrome Pós-Covid ou Covid Longa persistem até 90 dias após a cura e vão de fadiga, cefaleia, sequelas respiratórias, cardíacas, renais até sintomas neurológicos que prejudicam a cognição e a capacidade de concentração.

"Quanto mais grave foi a doença, por exemplo, se a pessoa ficou internada em terapia intensiva, necessitou de oxigênio, maior o risco de apresentar problemas respiratórios, como fibrose pulmonar, ou redução da função cardíaca", explica a médica infectologista Rosana Richtmann, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

O cardiologista Hélio Osmo, gerente executivo da área médica da Farmacêutica Zambon e presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Farmacêutica, concorda com a médica e diz que sem dúvida alguma o principal órgão afetado é o pulmão. "Oitenta por cento das pessoas que ficaram internadas têm falta de ar por um período prolongado. Muitas ficaram intubadas e apresentam depois fibrose pulmonar. Outras têm dificuldade de absorção de ferro, o que gera anemia, infecções virais frequentes ou desenvolveram sarcopenia, que é a perda de massa muscular". Para recuperação total desses pacientes, segundo Dr. Osmo, será preciso muita fisioterapia por seis meses ou até um ano.

Além das questões muscular e respiratória, há relatos nos estudos de uma variedade de outros sintomas. A fadiga e a dificuldade de realizar tarefas simples são queixas comuns inclusive em pessoas que tiveram quadro leve a moderado, em especial nas mulheres, revela a infectologista. Podem persistir, também, alterações de olfato e paladar, queda acentuada de cabelo, zumbido no ouvido, palpitações, ansiedade e depressão. Aliás, o cérebro é um dos órgãos mais afetados no pós-Covid.

 


Lapsos de memória, falta de foco e concentração são frequentes, prejudicando o desempenho profissional e abalando a confiança dos pacientes. Dra. Rosana explica que o problema é conhecido como "brain fog" por criar uma névoa cerebral. "Quando a pessoa não consegue produzir uma planilha ou fazer cálculos matemáticos com a mesma agilidade, e o tempo passa e ela não está recuperando essa habilidade, ela percebe que a sua capacidade cognitiva está prejudicada. Isso gera ansiedade e depressão, porque ela quer de volta a vida que tinha antes", alerta Dra. Rosana Richtmann, fazendo um apelo aos colegas médicos para valorizar a queixa dos pacientes. "Esses sintomas não podem ser desprezados. Não é frescura. É preciso acolher e dar esse conforto ao paciente porque realmente ele está sofrendo", afirma.

A infectologista diz que o Brasil não está preparado para lidar com a Síndrome Pós-Covid porque o país não possui centros de atendimento multiprofissional que reúnem num mesmo local
especialidades como psiquiatria, cardiologia, pneumologia, endocrinologia, infectologia e clínica médica. "Os poucos centros existentes já não estão dando conta do atendimento. Isso faz com que o paciente tenha que percorrer vários consultórios médicos e isso pode fazer com que ele desanime", lamenta.

 

Zambon - multinacional de origem italiana que atua na linha farmacêutica e de química fina desde 1906.


Saiba quais os fatores que realmente influenciam nas cólicas do bebê, como prevenir e tratar

Excesso de estímulos, falta de rotina e sonecas ruins durante o dia são os três motivos principais de finais de tarde de desespero e choro causados pelas cólicas


De acordo com Dr. Paulo Telles, pediatra e neonatologista da Sociedade Brasileira de Pediatria, a definição de cólica é "um choro por três ou mais horas ao dia, três ou mais dias por semana, por três ou mais semanas em um bebê saudável". Intestino imaturo, falhas na qualidade do sono do bebê e alguns detalhes da alimentação da mãe que amamenta e no momento de o bebê mamar interferem e podem ser gatilho para as terríveis cólicas no bebê.

"Gosto muito de explicar para os pais que a cólica do recém-nascido não é sinônimo de dor de barriga, mas sim de um choro incontrolável, que costuma acontecer no final do dia, horário em que o bebê está mais cansado". Daí a necessidade de os pais garantirem sonecas de qualidade para o bebê, em um ambiente tranquilo e sem estímulos exagerados.


Quando iniciam as cólicas?

Os episódios de cólica atingem seu pico quando uma criança tem entre 3 e 6 semanas de idade, geralmente, e diminuem, significativamente, após os 3 ou 4 meses de idade. O médico alerta que, embora o choro excessivo se resolva com o tempo, estes momentos de grande irritação para o bebê adicionam um estresse significativo ao cuidado da criança, numa rotina que já é considerada puxada nesses primeiros meses.

Dr. Paulo é muito enfático quanto ao uso de medicamentos. "A melhor maneira de prevenir a cólica é entender que não existem medicações com eficácia comprovada. Por isso, não compre produtos que prometem resolver ou acalmar a cólica, porque não existe remédio mágico!", alerta. O melhor remédio, segundo ele, é se conscientizar de que a cólica pode estar relacionada ao cansaço, à falta de rotina ou a sonecas ruins, e à imaturidade intestinal do bebê.


Por que só dói ao final do dia?

Esse período do dia em que todos os bebês choram já foi chamado de a hora das "bruxas", como uma alusão a algo que os colocaria medo e por isso choram sem parar até ficarem exaustos. Mas, analisando qual seria o motivo da barriga só doer no final do dia, alguns chegam à conclusão de que o bebê, nesta fase inicial, precisa dormir muito, de 20 a 22h ao dia; e o seu sono precisa ser bom, ou seja, um repouso que permita que ele relaxe, descanse e não fique estressado ao final do dia.

"Gosto sempre de levar às mães a se colocarem no lugar da criança. Digo: quando você dormir, imagine se eu pegar sua cama e levar para sala, depois para assistir TV, almoçar, seguir a rotina da casa, será que você dormirá bem? Como será seu sono ao ficar passeando por todos estes lugares, com barulho, movimento, telefone, campainha etc.? Você conseguiria, realmente, descansar, ter um sono de qualidade e restaurador? Claro que não! Então, o seu filho também não", ensina o médico.

No início da vida do bebê, logo após o nascimento, pais e cuidadores, frequentemente, estão inseguros e, por isso, querem o bebê sempre ao seu lado, esquecendo que cada pequeno barulho pode tornar o seu sono mais superficial, acordar e/ou incomodar o bebê, fazendo com que acumule sono e cansaço ao longo do dia, até chegar ao seu limite e começar a chorar sem parar por duas a três horas, antes de dormir por exaustão.

A indicação final do neonatologista é: "Tente deixar o bebê no local mais seguro, tranquilo, e sossegado da sua casa, que é no quarto, dentro do berço! Assim, as sonecas serão melhores e teremos mais chances de que o bebê chegue no final do dia, menos cansado e incomodado, iniciando uma boa noite de sono sem choro e estresse".

Outro ponto importante: "É normal nestes primeiros meses o bebê gemer, reclamar, resmungar e fazer barulhos. Isso não é cólica!", assegura Telles.

Outra razão para as cólicas é a de que todo bebê tem intestino ainda não maduro, com imaturidade do peristaltismo, do controle do esfíncter, além de produzir mais gases, pela flora intestinal característica, e, muitas vezes, engolir mais ar.

Para ajudar no combate a esse desconforto intestinal, Dr. Paulo explica que massagem, movimentos de bicicleta com as pernas, jogar água morna na região perineal ajudam a eliminar os gases. Além disso, alguns cuidados com a alimentação da mãe e no momento de amamentar podem fazer a diferença. "Quanto melhor a pega e a posição durante a mamada e quanto menos o bebê chorar, menos ar engolirá ao longo do dia, isso pode ajudar a reduzir os gases também. E alguns alimentos consumidos pela mãe podem irritar e deixar o bebê mais agitado. Daí ser necessário evitar excesso de cafeína, chocolate, bebidas com estimulantes, álcool e pimenta. Nenhum estudo conseguiu associar outros alimentos a cólicas. Então, coma bem e sem restrições", orienta.

O melhor remédio é: "Sempre, sempre, sempre: acolhimento, amparo, carinho e afeto! Amor nunca é demais e resolve todos os problemas".

 

 

Dr. Paulo Nardy Telles - CRM 109556 @paulotelles - Formado pela Faculdade de medicina do ABC • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de medicina da USP • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP • Título de Especialista em Pediatria pela SBP • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP • Atuou como Pediatra e Neonatologista no hospital israelita Albert Einstein 2008-2012 • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura.


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