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quinta-feira, 14 de outubro de 2021

16 de outubro - Dia Mundial da Alimentação

Alimentação saudável ajuda a evitar a perda auditiva

Cafeína em excesso é um dos vilões da audição


Todos sabem que os alimentos são fundamentais para a manutenção de nosso organismo e que a ingestão em excesso de determinadas substâncias traz uma série de prejuízos ao nosso corpo. Mas você sabia que a má alimentação também pode afetar a nossa audição? Por isso, no Dia Mundial da Alimentação, comemorado em 16 de outubro, fica o alerta.

De acordo com o ex-presidente da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvio-Facial (ABORL-CCF) Fernando Freitas Ganança, "erros alimentares prejudicam os três principais sintomas otoneurológicos: perda auditiva, zumbido e tontura".

A otorrinolaringologista e otoneurologista Rita de Cássia Guimarães concorda. Segundo ela, uma alimentação rica em gorduras, açúcares e sódio altera o metabolismo, podendo prejudicar várias funções do corpo. "Os ouvidos, por exemplo, são órgãos sensíveis, que sofrem com mudanças na corrente sanguínea. As reações químicas entre os líquidos e as células presentes no ouvido interno são perturbadas com o excesso de sal. Já o excesso de glicose no sangue dificulta o transporte de nutrientes para os ouvidos. O excesso de açúcar e sódio ainda degenera as células auditivas com mais rapidez", ressalta.


Estudo comprova relação entre alimentação saudável e prevenção da perda auditiva

As dificuldades auditivas podem ser sentidas a médio e longo prazo, de acordo com os hábitos alimentares dos indivíduos. Estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Harvard (EUA), tendo à frente a médica Sharon Curha, verificou a alimentação e a capacidade auditiva de quase 80 mil mulheres durante duas décadas. O resultado mostrou que dietas saudáveis diminuem em até 30% a possibilidade de a audição sofrer prejuízos com o passar dos anos. Eles compararam o menu diário das participantes com três estilos famosos de alimentação, entre eles a dieta mediterrânea, que demonstrou grande potencial para proteger a capacidade auditiva. Essa dieta indica o consumo abundante de azeite, hortaliças, peixes e oleaginosas, e pouca carne vermelha e doces. Os resultados foram publicados no periódico Journal of Nutrition .

Especialistas também apontam que a cafeína pode prejudicar o funcionamento do sistema auditivo. A substância, encontrada não só no café, mas também no mate, chá verde, chocolate e até refrigerantes, deve ser evitada por quem tem propensão a desenvolver problemas de audição, com tendência genética. "A cafeína, bem como o tabaco e o álcool, pode induzir o aparecimento de zumbido precoce e aumentar o problema em quem já tem", esclarece o otorrinolaringologista José Jarjura Jorge Junior.

"As células ciliadas, que ficam na cóclea, logo à frente do labirinto, e que são responsáveis pela audição sensorial, não se regeneram caso sejam danificadas. Com isso, o indivíduo vai perdendo a audição ao longo dos anos, dependendo das situações a que se submete. Má alimentação e exposição constante a sons intensos, entre outros fatores, podem agravar o problema", diz a fonoaudióloga Rafaella Cardoso, especialista em Audiologia na Telex Soluções Auditivas.

O zumbido, que pode ser o primeiro sinal de perda de audição, afeta 278 milhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). É um ruído constante que abala o dia a dia das pessoas. "Em alguns casos, o incômodo é parecido com o barulho de insetos; em outros, com o som de uma cachoeira. Alguns se assemelham ao apito de uma panela de pressão. Quanto antes o problema for tratado, mais claro será o diagnóstico e maiores serão as chances de fazê-lo desaparecer ou pelo menos minimizá-lo", pontua a fonoaudióloga.

Além de melhorar o acesso aos sons para quem tem perda auditiva, o uso de aparelhos auditivos também é indicado para as pessoas que lidam diariamente com zumbido. A ferramenta Tinnitus SoundSupport™, presente nos aparelhos auditivos da Telex Soluções Auditivas, fornece sons do oceano e várias outras opções de sons a fim de levar alívio e conforto para quem enfrenta o zumbido.


Médico Marcos Staak Jr. diz que a terapia de reposição de testosterona (TRT) pode ser uma arma na luta contra a obesidade

Segundo o profissional, homens obesos têm aproximadamente níveis de testosterona total 30% mais baixos do que homens eutróficos e 40% têm níveis abaixo do limite inferior da normalidade.

Segundo dados da Pesquisa Nacional de Saúde 2019, entre os homens brasileiros acima de 20 anos, 60% estão obesos. Uma das armas na luta contra a obesidade pode estar na terapia de reposição de testosterona(TRT). 

"Homens obesos têm aproximadamente níveis de testosterona total 30% mais baixos do que homens eutróficos e 40% têm níveis abaixo do limite inferior da normalidade. Nesses indivíduos, mudanças intensas no estilo de vida, que incluem orientação nutricional e atividade física, são capazes de reduzir o peso corporal e a resistência à insulina. A obesidade em homens está associada a baixos níveis de testosterona (T) e existe uma relação inversa entre a circunferência abdominal (CC) e as concentrações séricas de testosterona. Além das causas clássicas de hipogonadismo, a testosterona também é prescrita para esses casos", explica o médico Marcos Staak Jr. 

 

O profissional apresentou uma pesquisa. 

"184 homens obesos com síndrome metabólica e níveis totais de testosterona <12 nmol /L foram randomizados para receber Undecanoato de Testosterona parenteral ou placebo por 30 semanas. Durante o acompanhamento, houve diminuições significativas no peso, IMC e CC no grupo de intervenção em comparação com aqueles no grupo de placebo. A melhora do controle metabólico e perda de peso na TRT provêm do aumento da massa corporal magra, que aumenta o gasto energético de repouso. A T também regula carboidratos e metabolismo de gordura. Nesse sentido, A TRT resulta na normalização da utilização da glicose e aumento na queima de gordura.

Staak Jr destaca que também há o outro lado da moeda. Embora a reposição de testosterona pareça ser atraente para obesos com baixa testosterona, seus benefícios potenciais para perda de peso, melhora da função sexual e morbidade relacionada à obesidade foram refutados por alguns estudos.

"Foram randomizados 100 homens obesos com níveis de testosterona de 12 nmol/L para TRT e grupo de placebo. O grupo de intervenção mostrou melhora significativa na pontuação da AMS (escala de sintomas de envelhecimento masculino) e função erétil. Entretanto, o peso final foi o mesmo entre os grupos", pontua. 

O médico conclui que podemos ver que a TRT em obesos tem sido controversa em termos de perda de peso e controle de doenças relacionadas à obesidade.

"Alguns demonstraram benefícios e outros não mostraram evidências de diferenças. Portanto, a perda de peso e as intervenções no estilo de vida devem ser a primeira abordagem oferecida a esse grupo", finaliza.


Métodos Contraceptivos: Como escolher o ideal?

Ginecologista membro da Doctoralia explica os principais fatores que influenciam na decisão


DIU de cobre ou Mirena? Anticoncepcional? Anel vaginal? Com o avanço da tecnologia, os mais diversos métodos contraceptivos foram criados para se adequar ao estilo de vida de mulheres que evitam uma gravidez indesejada ou até mesmo buscam controle de seu planejamento familiar. Mas qual será o melhor método? Devido aos diferentes aspectos da paciente, a resposta não será a mesma para todas.

Para ajudar a cuidar da sua saúde sexual e fazer a escolha do melhor método, a ginecologista Nárima Caldana , membro da Doctoralia , responde às principais dúvidas sobre o tema. Confira!


Faixa-etária

Além da camisinha, que pode ser considerada um método contraceptivo de barreira, indispensável nas relações sexuais para evitar as IST's (Infecções Sexualmente Transmissíveis), todos os medicamentos e procedimentos utilizados para proteger a mulher de uma gravidez não planejada têm seus efeitos colaterais e, consequentemente, contraindicações para seu uso. Por isso, a idade da paciente que decidiu usar essas técnicas deve ser levada em conta.

De acordo com a ginecologista, "as pacientes mais jovens necessitam de doses diferentes de estrogênio. Já pacientes acima de 35 anos, não devem começar um método que tenha etinilestradiol, um estrogênio bioativo utilizado em muitos anticoncepcionais orais, por se tornar um hormônio com potencial trombogênico a partir dessa faixa etária", pontua.


Estilo de Vida

A escolha entre as diversas alternativas que existem no mercado será principalmente baseada no bem-estar da paciente e na adequação ao seu estilo de vida. Por isso, os pacientes que não conseguem lidar com a variedade dos efeitos dos anticoncepcionais tradicionais ou até mesmo que estão seguindo uma rotina de exercícios físicos e reeducação alimentar, por exemplo, devem preferir os tipos de contraceptivos não hormonais. "Nesse caso, o DIU de cobre, DIU de prata, diafragma ou até mesmo só o preservativo, não irão interferir no ganho de massa muscular nem na promoção do acúmulo de gordura, sem as chances de efeitos colaterais que os outros medicamentos possuem, podendo ser utilizados por pacientes que não têm filhos, sem problema algum", afirma a especialista.

Apesar de não ser popularmente conhecido, o diafragma consiste em um anel flexível, envolto por uma camada fina de silicone ou borracha, e possui o diâmetro adequado ao tamanho do colo do útero. É indicado que o anel seja colocado antes da relação sexual, junto com um pouco de gel espermicida no intuito de impedir que os espermatozoides cheguem aos óvulos, e retirado após cerca de 6 a 8 horas da relação sexual, para que haja certeza de que os espermatozoides não sobrevivam. Esse método pode ser utilizado por até 2 anos e, para utilizá-lo, é necessário que esteja na medida correta e, se houver variação de peso da paciente (ganho ou perda ponderal), poderá ser preciso a troca do diafragma, pois o encaixe deverá ser exato para sua eficácia ideal.


Métodos de Longa Duração

Um dos maiores benefícios dos procedimentos de longa duração são para aquelas pacientes que não teriam disciplina de fazer o uso da pílula diariamente. Isso porque para que a pílula tenha eficácia, é necessário o uso diário, sempre no mesmo horário, sem esquecimento de nenhum comprimido, respeitando as pausas ou não, de acordo com o que foi prescrito para aquela paciente. "Se a mulher não consegue fazer uso com essa regularidade, é melhor que adote um método de longa duração, para que tenha a menor chance de falha", reitera a Dra. Nárima. Dependendo do modelo dos fabricantes, o DIU de Cobre, Mirena ou Kyleena podem ser usados de 5 a 10 anos sem a necessidade da troca constante de dispositivos, somente da avaliação periódica com ultrassonografia transvaginal, a fim de avaliar a localização correta e, com isso, ter a eficácia esperada.


A pílula do dia seguinte

A pílula do dia seguinte é utilizada para relações desprotegidas, em casos que houve falha de outro método ou até mesmo pacientes vítimas de abusos sexuais. O uso deverá ocorrer o mais breve possível ou até em 72 horas após o ato sexual. No entanto, não deve ser usado como método contraceptivo, mas somente em situações de emergência, devido a grande quantidade de hormônios que, a longo prazo, pode trazer complicações e perder sua eficácia. A recomendação dos especialistas é que o uso do método não deve ultrapassar duas vezes ao ano.

"Os efeitos da pílula do dia seguinte vão acontecer por causa da progesterona, que incentiva o hormônio testosterona e, por isso, muitas mulheres experienciam excesso de pelos, oleosidade, acne e irritabilidade. Além disso, poderia exercer algum efeito de alteração no ciclo menstrual daquele mês, de atrasar o fluxo ou até mesmo adiantar", pontua a especialista. No entanto, as pacientes não devem deixar de utilizá-lo quando ocorrer uma emergência ou considerá-lo necessário, já que todos os efeitos citados são temporários, desde que o uso adequado seja feito.


Atenção aos efeitos colaterais

"Se formos analisar os efeitos colaterais dos anticoncepcionais, eles realmente vão variar de acordo com cada paciente, assim como sua idade, a intensidade do fluxo menstrual, a duração, o intervalo, se é tabagista, histórico de trombose, se tem dismenorreia (cólica menstrual) ou enxaqueca, por exemplo. Muitos fatores devem ser analisados e, por isso, é tão importante que um ginecologista de confiança participe da escolha", esclarece Dra. Nárima. Os principais sinais de alerta de que o corpo não está tendo uma boa adaptação ao método contraceptivo são as dores de cabeça, náuseas, diminuição da libido, irritabilidade pré-menstrual, dores nas mamas e até o surgimento de varizes nas pernas.

Com isso em mente, a paciente deve procurar o ginecologista anualmente para fazer exames de rotina e, também, dependendo da idade da paciente, fazer rastreio de câncer de mama, principalmente para aquelas que estão acima dos 40 anos. "Há diversos mitos em torno dos métodos contraceptivos, um deles é o medo de que o organismo possa se acostumar e o método perder a eficácia, mas isso não acontece. Exatamente por isso é tão importante que as informações sejam buscadas juntamente a um especialista", finaliza a ginecologista membro da Doctoralia.


Exames genéticos no câncer de mama: o que podemos deixar aos nossos familiares

Outubro sempre foi um mês especial para mim. Foi em outubro que conheci meu marido, que me casei, que fiquei sabendo que seria mãe pela primeira vez, que tive meu segundo filho, mas também o mês, um Outubro Rosa, que descobrimos um câncer de mama invasivo em minha única irmã.

Como acontecem com as grandes catástrofes, nunca achamos que o câncer iria acometer alguém da nossa família, afinal, nunca tivemos nenhum caso de câncer na família. Puro engano!

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, em 2020, foram diagnosticados no Brasil mais de 600 mil novos casos de câncer na população, sendo o câncer de mama a doença maligna mais comum entre as mulheres, representando 66.280 dos novos casos de câncer no Brasil.

O câncer de mama tem origem multifatorial, o que significa dizer que múltiplos fatores contribuem para seu surgimento: idade, história reprodutiva, taxa hormonal, fatores nutricionais e alterações genéticas (mutações). Por isso, apesar de saber que em torno de 90% do total dos casos são esporádicos, sem história na família, pedi que minha irmã fizesse o exame molecular para verificar a presença de mutações em seu material genético que pudessem explicar o porquê de o câncer acometer alguém tão jovem com 37 anos.

Também, por ser geneticista e saber das implicações que o conhecimento do tipo de alteração genética poderia ter sobre o seu tratamento e prognóstico, insisti mais de uma vez na realização do exame alegando que, desta forma, poderíamos prevenir outros casos de câncer de mama nas mulheres da família.

Entre 5 a 10% de todos os casos detectados são causados por mutações herdadas, apresentando como característica a ocorrência da doença, principalmente em mulheres mais jovens. Os primeiros genes identificados, que quando alterados, aumentam o risco de desenvolvimento do câncer de mama, foram os genes BRCA1 e BRCA2, ambos classificados como supressores de tumor. Isto significa que, em sua forma normal, produzem proteínas que impedem uma proliferação excessiva das células, que é inclusive uma das características das células cancerosas.

Quando uma mulher tem uma cópia de um desses dois genes alterados, ela apresenta 80% mais chance de desenvolver câncer de mama do que uma mulher que não tem mutações, e as suas filhas têm uma chance de 50% de herdarem a mutação e a mesma porcentagem da mãe de desenvolverem a doença. Desta forma, temendo não por ela, mas sim por sua filha e por mim, minha irmã fez o exame molecular, e para nosso alívio, deu sem alterações. Podemos dizer que foi um pouco de sorte em uma maré de azar ou um conforto para corações desolados pela doença?

Na verdade, acredito que foi um sopro de esperança em um Outubro Rosa, mas mesmo se o resultado tivesse sido positivo, iríamos enfrentar com a mesma força que enfrentamos e vencemos o câncer na família. Por que digo isso?

Porque se o resultado fosse outro, ainda teríamos a chance de uma intervenção precoce como forma de evitar o aparecimento da doença, em mim, em minha sobrinha, ou em minha filha, seja através de um acompanhamento médico e rastreamento por meio de exames iniciados mais cedo, sendo mais regulares e frequentes, ou com um melhor direcionamento clínico sobre qual seria a forma mais adequada de tratamento.

Vocês devem estar se perguntando, mas como uma alteração genética pode influenciar na forma como se faz o tratamento? O tratamento padrão não é quimio ou radioterapia e cirurgia, em alguns casos? Minha resposta é sim, no entanto, os dados genéticos estão sendo cada vez mais utilizados para que se estabeleça um tratamento personalizado caso a caso, visto que determinados medicamentos respondem melhor ou pior de acordo com o tipo de mutações que o paciente apresenta. Essa é uma área conhecida dentro da genética como farmacogenômica e tem beneficiado muitas áreas da Medicina, como a psiquiatria e a oncologia, mas esse assunto eu volto um outro dia para contar.

Antigamente, os exames genéticos eram muito caros, mas hoje em dia eles estão cada vez mais acessíveis à população em geral, portanto, vale a pena realizar o exame, com o intuito de aumentar as chances de cura de uma pessoa que foi diagnosticada com câncer e, principalmente, verificar se existe o fator genético, pois nossos irmãos e filhos podem se beneficiar disso, e evitar ou mitigar sofrimentos futuros com a doença. Ou seja, o exame genético neste caso pode representar um ato de amor aos nossos familiares.

Neste Outubro Rosa, independentemente da minha área ser a genética médica, ou a educação médica, a mensagem final que eu deixo neste texto é: Câncer de mama: diagnóstico e prevenção precoces são os dois grandes aliados nesta luta!

E para quem está perguntando sobre minha irmã, ela venceu o câncer, mas não foi párea para a "GRIPE A" ... coisas do destino.

 

 

Liya Regina Mikami - doutora em Genética pela Universidade Federal do Paraná e University of Nebraska; mestre em Ciências Biológicas (Biologia Celular) pela Universidade Estadual de Maringá; graduada em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Maringá. Realizou estágio pós-doutoral em Genética Molecular Humana no Centre de Recherches du Service de Santé des Armées (CRSSA), em Grenoble/França. Pós- doutorado em Ciências da Saúde pela PUC/PR, em andamento. Desenvolve projeto de pesquisa na área de Genética Humana em Investigação Clínica e Experimental de Doenças Humanas (Fibrose Cística, Autismo e Fissuras Labiopalatais). Tem experiência na área de Biologia Geral, com ênfase em Genética, atuando principalmente nos seguintes temas: genética molecular humana, fissuras labiopalatais, mutações, autismo, tecnologia do DNA recombinante. Atualmente é professora da Faculdade Evangélica Mackenzie Paraná (FEMPAR).


Dia Mundial da Visão: Maioria de casos de cegueira no Brasil é causado pela falta de óculos e catarata, segundo o CBO

Data alerta para o diagnóstico precoce de doenças que podem levar à perda da visão 

 

Anualmente, o Dia Mundial da Visão é lembrado na 2ª quinta de outubro. Neste ano, será em 14 de outubro. E os dados são preocupantes. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), três em cada quatro casos de cegueira no Brasil são causados por catarata e falta de óculos. 

 

Na avaliação do oftalmologista do CBV - Hospital de Olhos Tiago Suzuki a catarata, por exemplo, leva à cegueira gradativamente. Por isso, é importante o acompanhamento médico. “Somos os primeiros no ranking de pacientes que perderam a visão por conta dessa patologia”, explica. 

 

Além disso, o especialista alerta para o diagnóstico precoce dos problemas de visão. “Com certeza muitas pessoas ficaram com medo de fazer o acompanhamento de rotina na pandemia: Porém, é muito importante fazer todos os exames preventivos, pois dependendo da doença do paciente pode ser algo irreversível”, afirma o especialista. 

 

Além de consultar regularmente o oftalmologista, o médico também lista algumas dicas para proteção dos olhos:  


* Evitar coçar ou esfregar os olhos;


* Remover a maquiagem antes de dormir. Sempre verificar a validade dos produtos; 


* Não compartilhar maquiagem;


* Verificar o nível de glicose para evitar problemas causados pela diabetes;


* Pelo menos uma vez ao dia, é importante higienizar a área em volta dos olhos (pálpebras, cílios e cantos). Ao remover as impurezas, o paciente evita as coceiras, irritações e até conjuntivite.;


* Usar óculos ou lentes quando prescritos;


* Usar óculos escuros em locais com muita claridade; 


* Piscar com frequência para lubrificar as córneas. Isso ajuda a prevenir a Síndrome da Visão de Computador.



Outubro Rosa: alimentos que contribuem para prevenção do câncer de mama

Bio Mundo lista alguns alimentos que contribuem para a saúde, dentre eles cenoura, brócolis e frutas vermelhas


O mês do Outubro Rosa tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Além do autoexame e do acompanhamento clínico, a alimentação também é uma forte aliada na prevenção da doença. Pensando nisso, a Bio Mundo, franquia de produtos naturais e saudáveis, selecionou alguns alimentos que não podem faltar na rotina alimentar para uma vida mais saudável. Confira:


Cenoura

Uma pesquisa feita pela Harvard School of Public Health, nos Estados Unidos, revelou que a cenoura é um alimento eficaz na prevenção contra o câncer de mama. O legume, que possui betacaroteno, se consumido todos os dias pode reduzir os riscos à doença em até 17%.


Brócolis

O brócolis possui uma substância chamada sulforano, que elimina substâncias que podem originar células cancerígenas no corpo.


Chia

A chia, rica em fibras, ajuda a reduzir a absorção de gordura e evita a formação de substâncias tóxicas no intestino, incluindo moléculas cancerígenas.


Uva

A uva contém flavonóides, substância que pode desacelerar o crescimento de células malignas no organismo. O ideal é que seja consumida a fruta e não bebidas feitas a partir dela.


Frutas Vermelhas

Frutas vermelhas, como framboesa e amora, contêm substâncias que retardam o crescimento de células pré-malignas e evitam a formação de novos vasos sanguíneos, que podem alimentar um tumor.


Castanhas

As castanhas são fontes de vitamina E, que proporciona ação antioxidante e, em conjunto com alimentos ricos em vitamina C, pode aumentar o combate aos danos causados pelos radicais livres.

 

Bio Mundo

www.biomundo.com.br


Epidermólise Bolhosa: doença rara causa dores e ferimentos ao deixar a pele frágil como asas de borboletas

Cerca de 500 mil pessoas foram diagnosticadas com a condição, que necessita cuidados redobrados com lesões. Tecnologias inovadoras têm contribuído para melhorar a qualidade de vida destas pessoas

 

Doenças de pele correspondem à quarta maior causa de incapacitação no planeta, de acordo com um estudo recente realizado pela Universidade do Colorado. A afirmação é fruto de uma extensa análise de registros hospitalares e mais de 4 mil pesquisas publicadas sobre o tema. E embora algumas condições sejam comuns e fáceis de tratar, outras são raras e podem causar diversas complicações na vida do paciente.

Um exemplo é a epidermólise bolhosa, mais conhecida como EB. A condição não é o nome de uma única doença de pele, mas de um grande grupo de doenças raras clinicamente e geneticamente diferentes. Tem como característica pele frágil e formação de bolhas, principalmente nas mãos e pés, após trauma mínimo ou espontâneo.

A presença generalizada de bolhas e erosões, principalmente nas mãos e pés, associada a contraturas articulares (como cotovelos, joelhos e quadril) causam incapacidade funcional e motora importante, impactando negativamente a vida dessas pessoas. A fragilidade da pele faz com que as pessoas com EB sejam comparadas a asas de borboletas, conhecidas por sua delicadeza.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 500 mil pessoas em todo o mundo têm a doença, que não tem cura e não é transmissível. No Brasil, 1.027 pessoas com EB foram cadastradas com doença na Debra Brasil, segundo dados. Nos últimos cinco anos foram registradas 121 mortes por complicações da doença.

O diagnóstico para confirmação pode ser feito através de sequenciamento genético, exame de imunofluorescência, microscopia eletrônica ou biópsia cutânea. A presença de múltiplas feridas na pele frágil das pessoas com EB, torna a condição um grande risco, mas muitas complicações podem ser diminuídas ou até mesmo evitadas com os cuidados adequados, como o uso de curativos tecnológicos para evitar atrito com a pele.

"A recomendação é que seja realizada a punção das bolhas a fim de evitar sua propagação. E, após o rompimento, a pessoa com EB deve utilizar um curativo não aderente, de silicone, que proporciona mais conforto e evita que a pele sofra mais desgastes na remoção. Curativos com adesivos tradicionais não devem ser usados pois durante a remoção há uma grande chance de que a pele frágil fique aderida no material, deixando seu corpo vulnerável”, afirma Mikaella Lucena, enfermeira estomaterapeuta, especialista clínica da Mölnlycke, empresa pioneira em curativos com silicone, tem contribuído para melhorar a qualidade de vida das pessoas com EB.

A avaliação cuidadosa da pele e da ferida deve ser realizada todos os dias. Os curativos antiaderentes e absorventes são fundamentais no tratamento das lesões. Além de prevenirem o trauma e minimizar a dor, os curativos oferecem eficácia no tratamento. As espumas com silicone são os tipos mais completos. Quando combinados com a prata, possuem propriedade antimicrobiana para tratar lesões infectadas.

Também é importante manter a pele hidratada com as soluções adequadas. A pele seca leva à coceira e à descamação, proporcionando o surgimento de novas feridas. Outro ponto de atenção é vestir roupas arejadas, macias, com pouca ou nenhuma costura, que sejam fáceis de tirar e colocar. Além disso, conscientizar profissionais de saúde e a sociedade sobre a condição é outro fator importante para evitar complicações.

O dia 25 de outubro é considerado o dia Mundial da Conscientização da Epidermólise Bolhosa, segundo o Ministério da Saúde. Para ajudar a desmistificar a doença, a DEBRA Brasil promove a Semana de Conscientização da EB, com o objetivo combater o preconceito com as pessoas com EB. A iniciativa conta com o apoio da Mölnlycke, empresa pioneira em curativos com silicone, tem contribuído para melhorar a qualidade de vida das pessoas com EB.

Saiba mais em: https://ebmolnlycke.com.br/

 


Mölnlycke


Silencioso, câncer de mama também atinge os homens

 

Já ouviu falar de câncer de mama em homens? Apesar de raro, estimativas do Instituto Nacional do Câncer (INCA) indicam que 1% dos casos de câncer de mama no Brasil afetam os homens. Assim como nas mulheres, o tratamento no sexo masculino depende da fase em que a doença é descoberta e do tipo de tumor. O mastologista do Instituto do Câncer de Brasília (ICB), Gustavo Gouveia, convida a todos para prestarem atenção em seus corpos. "A prevenção é o mais importante. Exames de rotina, autoexame e consultas periódicas auxiliam no diagnóstico precoce. É preciso conscientizar os homens que o câncer de mama não é uma doença exclusiva das mulheres", comenta.

Segundo o INCA, cerca de quatro a cada cinco casos do tumor mamário em homens ocorrem após os 50 anos. "O câncer de mama pode atingir os homens pelo simples fato de que eles, assim como as mulheres, também têm tecido mamário, embora em menor quantidade", explica Gustavo. O risco de desenvolver aumenta com a idade, sendo a faixa etária média para diagnóstico de 68 anos. Além disso, aqueles que possuem histórico familiar da doença correm mais risco. A obesidade, o sedentarismo, o consumo de bebida alcoólica, além do tabagismo contribuem para o surgimento da doença.


Prevenção

As mulheres são incentivadas constantemente a fazer o autoexame para detectar alguma modificação nos seios, como vermelhidão, aspecto da pele, nódulos, etc. Os homens devem fazer o mesmo. "Os sinais mais comuns de câncer de mama em homens são caroços ou inchaço, ondulações ou rugas da pele, retração do mamilo, secreção mamilar e descamação ou vermelhidão no mamilo ou na pele circundante", explica o mastologista do ICB. O tratamento é muito parecido com aquele feito nas mulheres, podendo envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapia hormonal.

Uma pesquisa da Universidade do Colorado, nos Estados Unidos, mostrou que homens com câncer de mama são menos propensos a sobreviver à doença que as mulheres. Isso porque a descoberta neles costuma ser mais tardia, quando o tumor já está grande demais e se espalhou para outras áreas do corpo. Também revelou que 80% dos homens entrevistados não sabiam que eles podem ter câncer de mama, assim como não tinham ideia de quais sinais e sintomas são característicos da doença, como os nódulos mamários.



ICB - O Instituto de Câncer de Brasília


DOENÇAS REUMÁTICAS TAMBÉM ATINGEM CRIANÇAS E ADOLESCENTES

Neste mês das Crianças, a Sociedade Paulista de Reumatologia alerta sobre a importância do diagnóstico e do cuidado com a saúde infantil

 

A Sociedade Brasileira de Reumatologia estima que pelo menos uma criança entre 500 seja afetada por uma doença reumática. Apesar de parecer uma condição que atinge apenas os idosos, o reumatismo também pode surgir na infância ou na adolescência. O diagnóstico e o tratamento adequados são extremamente importantes para evitar complicações.

A dor de crescimento - também chamada de dor de membros - é a mais comum, acometendo de 10 a 20% das crianças, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria. Ela recebeu esse nome no século 19 e, embora pareça, não está relacionada ao crescimento em si: é uma condição benigna com curso autolimitado, ou seja, tem um fim espontâneo mesmo sem tratamento. As manifestações ocorrem nas pernas (coxas, panturrilhas ou atrás dos joelhos) de crianças durante a noite. Ela não está associada a outra doença, mas pode ter o diagnóstico confundido, principalmente com a artrite idiopática juvenil.

Muitas doenças reumáticas acometem crianças e adolescentes, como a febre reumática, as vasculites, o lúpus eritematoso juvenil, a dermatomiosite e as febres periódicas. O reumatismo infantil não é fatal, mas a falta de tratamento pode deixar sequelas graves, como perda de movimento em braços ou pernas, o que pode tornar a criança, de acordo com a evolução do quadro clínico, dependente. A artrite idiopática juvenil e as espondiloartropatias, por exemplo, são doenças crônicas que, na ausência do tratamento adequado, podem evoluir para deformidades osteoarticulares graves.


Quando procurar o reumatologista pediatra?

O primeiro passo é observar se a criança começa a apresentar dificuldade para realizar atividades do dia a dia como lavar o cabelo, escrever, brincar e praticar exercícios. A febre prolongada e recorrente ou febre sem sinais de infecção também são sintomas que servem de alerta.

"Se a criança deixa de brincar e pular, ou anda com dificuldade, não ache que é preguiça ou ‘manha’. Procure por um médico, pois o diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso no tratamento", orienta a reumatologista pediatra Daniela Piotto.

Além disso, o inchaço das articulações, queixas de dor, rigidez, manchas na pele, mãos ou pés gelados que mudam de cor - branco, vermelho ou azulado - devido ao fenômeno de Raynaud, dermatites e alergias que não melhoram com o tratamento também são sinais que devem ser analisados por um profissional.

A avaliação de um especialista, como o reumatologista pediatra, é importante para detecção e tratamento precoce, evitando danos permanentes e impedindo a progressão da doença nas crianças e adolescentes. Geralmente, o tratamento inclui o uso de anti-inflamatórios e antibióticos, e deve ser feito com acompanhamento multiprofissional, isto é, junto a várias especialidades.





Daniela Piotto - Médica assistente da Disciplina de Alergia, Imunologia Clínica e Reumatologia do Departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo e Consultora em pediatria do Grupo Fleury. Membro da Comissão Científica da Sociedade Paulista de Reumatologia.



Sociedade Paulista de Reumatologia (SPR)
https://www.reumatologiasp.com.br
Facebook, Instagram e Twitter: @reumatologiasp 

Óculos melhora o rendimento escolar, diz pesquisa

Pesquisa mostra que o uso de óculos melhora em 50% o rendimento escolar de crianças.

 

Dados da OMS (Organização Mundial da saúde) apontam que a falta de óculos é uma importante causa de queda no aprendizado. De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier, a informação foi comprovada por uma pesquisa realizada em Campinas com pais e professores de 36 mil alunos da rede municipal de ensino, durante programa social desenvolvido pelo hospital em parceria com indústrias do setor óptico que incluiu triagem visual, consulta oftalmológica, óculos gratuitos e tratamento de outras alterações na visão. 

A pesquisa mostra que após um ano usando óculos, os professores observaram melhora no rendimento escolar de 50% dos estudantes, a concentração de 57% aumentou e 38,2% ficaram menos agitados.

Para os pais, 88% das crianças passaram a ter mais concentração e interesse pelo estudo, todos que sentiam dor de cabeça pararam de se queixar e 91% começaram realizar tarefas que antes não conseguiam.

 

Erros de refração lideram problemas de visão em crianças

Queiroz Neto destaca que entre crianças em idade escolar os problemas de visão mais frequentes são os erros de refração – miopia, hipermetropia e astigmatismo que podem ser corrigidos com óculos de grau. O problema é que na ação social realizada, o hospital constatou que 7 em cada 10 nunca tinham passado pelo oftalmologista.  O médico explica que a miopia, dificuldade de enxergar à distância, o formato esférico da córnea se torna curvo, o olho cresce mais que o normal e as imagens se formam antes da retina, tornando a visão à distância embaçada. Na hipermetropia, dificuldade de enxergar próximo, a córnea é mais plana, as imagens se formam atrás da retina e a visão de perto perde a nitidez. “Já no astigmatismo, a córnea tem um formato irregular que forma mais de um foco sobre a retina tornando as imagens próximas e distantes desfocadas” explica.

 

No Brasil 40% dos bebês não passam pelo teste do olhinho

A OMS alerta que a dificuldade de enxergar nos primeiros anos de vida causa atraso no desenvolvimento motor, de linguagem, emocional, social e cognitivo. Por isso, Queiroz Neto alerta aos pais que se certifiquem na maternidade se o bebê passou pelo teste do olhinho logo após o nascimento e repitam o exame quando a mãe receber alta. Isso porque, a última PNS (Pesquisa Nacional de Saúde) divulgada pelo IBGE (Instituto Nacional de Geografia e Estatística) revela que no Brasil 40% dos bebês não passam pelo exame.  O especialista explica que o teste do olhinho diagnostica doenças congênitas – catarata, glaucoma, retinopatia da prematuridade e retinoblastoma (tumor na retina) que são as principais causas de deficiência visual grave e perda permanente da visão entre crianças.  “A primeira consulta com um oftalmologista deve acontecer aos 3 anos quando um dos pais usa óculos e aos 4 anos quando nenhum dos dois usa”, afirma

 

Miopia cresce na pandemia

Levantamento realizado entre abril e junho deste ano com 297 especialistas pelo CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) do qual Queiroz Neto faz parte, mostra que para 70% a pandemia aumentou a miopia em crianças de 0 a 19 anos. As causas apontadas foram o maior uso do celular e computador, somado à baixa exposição ao sol. Queiroz Neto explica que o sol, estimula a produção de dopamina, hormônio que controla o crescimento do olho. Por isso, a recomendação é praticar pelo menos duas horas/dia de atividade. Já o uso abusivo das telas faz os músculos do olho ficarem acomodados a enxergar só o que está próximo conforme ficou demostrado em um estudo realizado pelo médico.

 

Como identificar problemas de visão

Hoje a grade demanda da visão de perto está fazendo a miopia passar despercebidas. Os sinais de alguma alteração na refração são:

1.   Assistir TV muito próximo – Indica miopia, bem como aproximar qualquer outro objeto do rosto.

2.   Dor de cabeça frequente – Quando acontece após horas de esforço visual é sinal de erro refrativo decorrente de esforço visual..

3.   Acompanhar a leitura com um dedo – Pode indicar ambliopia ou olho preguiçoso que faz a criança anular o olho de pior visão e embaralha as linhas.

4.   Apertar os olhos para ler – sinaliza falta de foco.

5.   Lacrimejamento excessivo – Pode estar relacionado à obstrução da canal lagrimal, ou uma disfunção dna lágrima

6.   Coçar os olhos frequentemente – pode sinalizar predisposição ao ceratocone, conjuntivite ou alergia.

7.   Tampar um olho com a mão - Sinaliza ambliopia ou estrabismo.

8.   Alta sensibilidade à luz – sinal de estrabismo ou astigmatismo.

9.   Dificuldade para ler – estrabismo ou astigmatismo.

10.       Dificuldade para ler placas de sinalização – miopia.

 

Queiroz Neto afirma que novas tecnologias em lente de contato e óculos estão chegando ao mercado para conter a progressão da miopia. Para ele a única forma de reduzir a deficiência visual por falta de óculos é através de ações socais em que a comunidade oftalmológica e o poder público compartilhem este objetivo. Foi este compartilhamento de responsabilidade com a saúde ocular que permitiu ao Penido Burnier realizar uma pesquisa pioneira sobre a importância dos óculos na educação, e possibilitou a parceria com o poder público e a ONG internacional, OneSight, para melhorar visão de crianças e adultos. A expectativa é renovar este compromisso para o próximo ano.


Disfunção erétil: condição atinge milhões de brasileiros, mas tem soluções permanentes disponíveis no país

Tratamentos incluem prótese maleável que pode ser utilizada por todas as idades e tem cirurgia coberta por planos de saúde

 

Dados da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) apontam que queixas relacionadas à ereção atingem 50% dos homens depois dos 40 anos e cerca de 16 milhões de brasileiros. Essa condição impede uma vida sexual satisfatória e costuma vir acompanhada de outras alterações, como ansiedade, depressão e problemas de autoestima e autoconfiança, aspectos que comprometem muito a qualidade de vida do paciente.

Diversos fatores podem desencadear a disfunção erétil: causas psicológicas, vasculares, farmacológicas, neurológicas, hormonais, anatômicas e até mesmo traumáticas, quando há uma lesão peniana. E ainda que ela se manifeste em tantos homens, segue sendo um tabu, o que dificulta a procura por ajuda profissional.

Segundo o Dr. Carlos Bautzer, urologista que atua no núcleo de Medicina Sexual do Hospital Sírio-Libanês e é médico-assistente da disciplina de Urologia da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), há diversos tratamentos disponíveis, que vão de terapias às próteses penianas. "É importante que, ao menor sinal, o homem procure ajuda médica para decidir qual o melhor tratamento a seguir. A disfunção erétil é altamente tratável e tem solução permanente".

Confira alguns tratamentos disponíveis no Brasil:


Próteses penianas

A prótese maleável é o último lançamento do mercado para tratar a disfunção erétil. Chegou ao Brasil em 2021, mas já existe nos Estados Unidos há aproximadamente três anos. É composta por duas hastes de silicone, que são inseridas nos corpos cavernosos do pênis, permitindo a ereção e a atividade sexual. Seu diferencial é a sensação tátil, semelhante à de um pênis ereto, o que traz mais conforto ao paciente, pois sugere maior naturalidade.

Além das próteses maleáveis, o mercado disponibiliza as próteses infláveis, que simulam a função peniana quando acionadas a partir de um mecanismo inserido na bolsa escrotal.

Apesar de a prótese inflável ainda ser a preferida por trazer maior discrição para o homem, seu custo é mais elevado. "No Brasil, a opção inflável tem um custo muito elevado, que se aproxima dos US$ 20 mil, diferente da que acaba de chegar por aqui e que é uma inovação em próteses maleáveis. Essa prótese custa entre R$ 7 mil e R$ 10 mil e tem cobertura dos planos de saúde", explica o médico.

Outro ponto positivo das próteses maleáveis é a durabilidade. Se tudo correr normalmente, as próteses infláveis precisam ser trocadas de 10 a 15 anos, já a nova opção tem um prazo de vida superior a 15 anos.


Tratamentos farmacológicos e não farmacológicos

Em alguns casos, é possível tratar a disfunção erétil de forma não cirúrgica, apenas mudando alguns hábitos. A perda de peso com uma dieta saudável e equilibrada e a prática de exercícios físicos regulares podem melhorar a função sexual. A terapia também pode ser uma importante aliada, quando a ansiedade e a pressão afetarem as relações.

Já de forma farmacológica, existem os inibidores da fosfodiesterase-5, medicamentos amplamente adotados no tratamento. Utilizados da forma correta, são seguros e eficazes e normalizam as ereções em cerca de quatro a cada cinco homens. 

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