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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Tatuador do Rio oferece gratuitamente reconstrução de aréola através de tatuagem hiper-realista em mulheres mastectomizadas

Nesse mês, parte de todo faturamento do Yurgan Tattoo é direcionado ao atendimento gratuito de mulheres que tiveram câncer de mama

Chegamos ao Outubro Rosa, movimento mundial que visa alertar as mulheres sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. Uma série de ações públicas e privadas são realizadas em todo planeta. Uma delas é o Y Rosa, que acontece de 25 a 29 de outubro.

O projeto criado com o propósito de relembrar a importância do diagnóstico precoce e ajudar mulheres que venceram o câncer de mama a ressignificarem suas dores e recuperarem a autoestima, já foi premiado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e oferece gratuitamente reconstrução de aréola por meio de tatuagem hiper-realista.

A sexta edição do Y Rosa acontece no Yurgan Tattoo Studio, localizado no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro.  No projeto, o estúdio de tatuagem muda de cor para receber mulheres submetidas à mastectomia- retirada cirúrgica parcial ou total da mama para tratar o câncer- e que buscam a oportunidade  de fazer gratuitamente a reconstrução da aréola por meio de tatuagem hiper-realista.

“Esse é um projeto que organizamos anualmente com muito carinho. Foi a forma que encontramos de usar a nossa arte para um bem maior. Em 2018 recebemos o prêmio de Cidadania pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e isso nos deu ainda mais energia para continuar", afirma Anne, sócia do estúdio.

A iniciativa, idealizada pelo casal Yurgan e Anne Barret, busca reforçar a importância do diagnóstico precoce e ajudar mulheres que venceram o câncer de mama a ressignificarem suas dores e recuperarem a autoestima.

O câncer de mama é a neoplasia maligna mais incidente em mulheres na maior parte do mundo, pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.

Estima-se que anualmente surjam 66 mil novos casos de câncer de mama e cerca de 30% destes casos podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis como (INCA – 2021):
o   Praticar atividade física
o   Manter o peso corporal adequado
o   Evitar o consumo de bebidas alcoólicas
o   Amamentar seu bebê
o   Não fumar e evitar o tabagismo passivo são medidas que podem contribuir para a prevenção do câncer de mama.

Todas as mulheres, independentemente da idade, devem ser estimuladas a conhecer seu corpo para saber o que é e o que não é normal em suas mamas. A maior parte dos cânceres de mama é descoberta pelas próprias mulheres. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que a mamografia de rastreamento (exame realizado quando não há sinais nem sintomas suspeitos) seja ofertada para mulheres entre 50 e 69 anos, a cada dois anos.

Nesse cenário, o planejamento de estratégias de controle do câncer de mama por meio da detecção precoce é fundamental. Quanto mais cedo um tumor invasivo é detectado, maior a probabilidade de cura.

Pensando nisso, a cada ano, Yurgan e Anne colocam mais energia para fazer o Y Rosa crescer pois querem que mais mulheres se conscientizem da importância do diagnóstico precoce e descubram que após se curarem existe a possibilidade da tatuagem hiper-realista para elas se sentirem ainda mais completas e confiantes.

"Durante a campanha, nossa principal ação é a reconstrução de aréola por meio de tatuagem hiper-realista e a cobertura de cicatrizes com arte desenvolvida especialmente para a cliente. A cada reconstrução, a cada história compartilhada nos emocionamos e nos curamos juntos. Aprendi com o Y Rosa o quanto podemos encontrar na arte um processo de expressão, transformação e recuperação", disse Yurgan, um dos top 10 tatuadores do Rio, conhecido por tatuar várias celebridades.

Neste ano, mesmo com a vacinação contra COVID-19, algumas atividades continuarão acontecendo exclusivamente pela internet para garantir a segurança das nossas convidadas. As palestras acontecerão pelo instagram do Studio e já tiveram participação confirmada de Maraisa Fidelis (@maraisafidelis), Paula Miranda (@planetapaulaa), P.A. (@paulo_alvarenga) e Juliana Ferrigno (@nutrijuferrigno) e Rose Oliveira do Instituto Vamos Vive (@institutovamosviever).

“Ficamos gratos em ver o Y Rosa crescer e ganhar parceiros. Isso nos enche de amor, nos motiva e contribui ainda mais para nosso maior desafio: fazer essa iniciativa chegar até quem precisa!”, diz Anne.

Zelia M. N. Souza participou da terceira edição do projeto. Ela relata que depois do procedimento sua autoestima levantou:

 “Participar do Y Rosa foi de muita importância. Fiz a reconstrução da aréola, que com certeza levantou minha autoestima, me deixou mais segura, confiante e bem mais feliz! Foi uma benção na minha vida pois era algo que me incomodava muito.”

O Y Rosa já atendeu centenas de mulheres de todo Brasil e este ano oferecerá GRATUITAMENTE junto com seus parceiros:

o   Redesenho de aréola por meio de tatuagem hiper-realista
o   Sobrancelhas realistas pela técnica de micropigmentação fio-a-fio com Maykelly Beauty
o   Nail design com a famosa Márcia Camara
o   Sessões de fotos com Murillo Mello
o   Palestras motivacionais e grupos de discussão on-line
o   Brindes e sorteios para todas as inscritas

Quem quiser mais informações ou fazer agendamento, pode se inscrever pelo site: www.yurgantattoo.com.br ou pelo instagram @yurgantattoo.


Crises de hipoglicemia são foco de nova campanha de educação da Novo Nordisk

Iniciativa "Hipo Sem Crise" traz lives e vídeos gratuitos sobre a hipoglicemia em pacientes com diabetes tipo 1 e 2; website especial com conteúdo entra no ar

 

No Brasil, mais de 16 milhões de brasileiros vivem com diabetes1, número que já é maior do que toda a população de países vizinhos, como Bolívia e Paraguai. O diabetes é uma doença crônica, caracterizada pela ausência de produção, produção insuficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio que regula a glicose (açúcar) no sangue. Geralmente, a primeira preocupação da pessoa com diabetes é evitar a hiperglicemia, ou seja, o excesso de açúcar no sangue, que pode prejudicar a saúde do paciente. No outro extremo, há a hipoglicemia - quando o nível de açúcar no sangue cai e o paciente pode ter sintomas desagradáveis que não devem ser menosprezados.

Para conscientizar sobre a importância da prevenção das crises de hipoglicemia, a Novo Nordisk, empresa líder global de saúde dedicada a promover mudanças para vencer o diabetes e outras doenças crônicas graves, lança a campanha "Hipo Sem Crise". Produzida pela agência Mandarin, a campanha conta com diversas estratégias de comunicação online, como live interativa com dicas sobre como prevenir e manejar as crises e websérie desenvolvida em parceria com o IBTED (Instituto Brasileiro de Tecnologia e Educação em Diabetes) e com a participação dos endocrinologistas Dra. Monica Gabbay e Dr. Wellington Santana. A ação também tem a participação do judoca e medalhista olímpico Flávio Canto, do médico Dr. Dráuzio Varella e do chef João Alcântara.

"É importante que as pessoas com diabetes, assim como seus familiares e amigos, entendam as causas, os sintomas e os riscos da hipoglicemia, assim como as formas de prevenção e tratamento", diz a endocrinologista e gerente médica da Novo Nordisk Érika Miyamoto Fortes, que explica o que fazer em caso de hipoglicemia: "o primeiro passo é checar a taxa da glicemia no sangue. Familiares e amigos também podem aprender a utilizar o medidor de glicose e oferecer carboidratos simples, como balas, refrigerante ou sucos com açúcar, para ajudar em um momento de crise. A campanha, que também serve para alertar que, apesar de comum, a hipoglicemia não é normal, também é destinada a esse público".

Para saber mais, acesse o site da campanha www.hiposemcrise.com.br e acompanhe as redes sociais da Novo Nordisk: Instagram, Facebook e LinkedIn.


Sobre o diabetes

O diabetes é uma condição crônica que se caracteriza pela produção insuficiente ou resistência à ação da insulina, hormônio que regula a glicose (açúcar) no sangue e garante energia ao organismo. O diabetes o tipo 2 é o mais comum, quando há resistência à ação da insulina produzida pelo pâncreas. O diabetes tipo 2 está diretamente relacionado ao sobrepeso, sedentarismo, triglicerídeos elevados, hipertensão e hábitos de vida inadequados. Embora em grande parte das pessoas seja considerada uma doença silenciosa e não apresente sinais na maior parte do tempo, alguns sintomas podem surgir, que incluem fome e sede frequentes, vontade de urinar constante, formigamento nos pés e mãos, visão embaçada e demora na cicatrização de feridas no corpo. Já o diabetes tipo 1, geralmente diagnosticado na infância ou adolescência, mas também pode ser diagnosticado em adultos, ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente, o que exige um tratamento com uso diário de insulina. Seus sintomas podem incluir fome e sede frequentes, vontade de urinar constante, fraqueza, perda de peso, fadiga, náuseas e vômito. O diabetes pode desencadear complicações no coração, artérias, olhos, rins e nervos. Independentemente do tipo, o atendimento médico regular é fundamental para o adequado controle e para prevenção de qualquer complicação relacionada ao diabetes.

 

Novo Nordisk

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Especialista alerta para aumento de casos avançados de câncer pós pandemia

Exames preventivos e diagnóstico precoce podem ajudar a reverter esse cenário. Segundo CEO do laboratório Mendelics, existem ao menos 50 mil casos de câncer não diagnosticados em 2020

Com o cenário de pandemia do coronavírus, os laboratórios notaram que o número de exames para o diagnóstico de câncer caiu pela metade. Nos pacientes já diagnosticados com a doença, a interrupção do tratamento foi predominante. Para se ter uma ideia, o caso de abandono de pacientes com câncer de mama acompanhados pelo SUS chegou a 75% nas principais capitais.

Segundo estimativa do INCA - Instituto Nacional de Câncer, o Brasil deve chegar a marca de 625 mil novos casos de câncer por ano entre 2020 e 2022. No ano passado, em plena pandemia, foi registrada uma queda de até 75% dos exames de diagnóstico. Com estes dados, especialistas como David Schlesinger, médico geneticista e CEO do laboratório Mendelics, temem uma epidemia de casos avançados de câncer no país nos próximos anos.

O médico responde, abaixo, as principais dúvidas sobre o assunto:



Houve queda no diagnóstico de câncer por conta da pandemia? Quanto?

R: Sim. No início da pandemia, o número de exames na Mendelics caiu pela metade, seguindo a mesma tendência do país para todos os exames de câncer. Estima-se que ao menos 50 mil casos de câncer não foram diagnosticados em 2020.



Existe o real perigo de uma epidemia de casos avançados de câncer no Brasil?

R: Sim. Quanto mais tempo levamos para diagnosticar a doença, mais ela avança. O câncer é uma doença silenciosa e pode levar meses para apresentar sintomas. No Brasil, a maior parte dos casos são diagnosticados tardiamente, quando a doença já está em estado avançado. No caso do câncer de pulmão, por exemplo, o diagnóstico tardio chega a 80% dos casos. Com a pandemia, esse cenário piorou significativamente. Somente os exames preventivos e diagnóstico precoce podem reverter esse cenário.



Quais os principais efeitos que podem ser causados pela não realização ou realização tardia dos exames?

R: O diagnóstico tardio diminui as chances de cura. A taxa de mortalidade por câncer aumenta conforme o tempo de atraso no diagnóstico e, consequentemente, no tratamento. O tratamento do câncer não é algo simples e pode ser bastante custoso para o organismo. Intervenções cirúrgicas, quimio e radioterapias têm maiores chances de serem bem sucedidas se feitas logo no início da doença.



O que é câncer hereditário e quando procurar por exames para detecção deste tipo da doença?

R: Os cânceres hereditários ocorrem quando o indivíduo herda mutações genéticas que aumentam o risco de desenvolver a doença, acima do que seria considerado normal na população. Indivíduos com muitos casos de câncer na família, principalmente casos precoces (abaixo dos 50 anos), podem possuir alterações genéticas que causam câncer familial (hereditário) e devem procurar acompanhamento médico para investigar essa possibilidade. O exame genético pode determinar quais mutações foram herdadas e quais tipos de câncer a pessoa está mais propensa a desenvolver. Com essa informação, o médico pode orientar o paciente sobre mudanças de hábitos para prevenção de câncer e oferecer acompanhamento personalizado.



Quais os tipos de câncer hereditário existentes? E quais tipos de exames podem ser realizados?

R: Existem mais de 50 síndromes de câncer hereditário documentadas. Essas síndromes estão associadas à alterações em diversos genes e podem ser identificadas por testes genéticos. Na Mendelics, oferecemos mais de 30 exames para identificação de câncer hereditário, sendo os principais o Painel de Câncer de Mama e Ovário Hereditários, o Painel de Câncer Colorretal Hereditário, o Painel de Câncer de Próstata Hereditário e os Painéis de Câncer Hereditário com os principais genes e o completo.



Como é realizado o exame e quando ele deve ser realizado?

R: Como as alterações genéticas associadas ao câncer hereditário são herdadas, elas estão presentes no DNA de todas as células do corpo, desde o nascimento. Por isso, o exame pode ser feito a partir de uma amostra de mucosa bucal ou sangue. O exame pode ser feito de maneira preventiva com indicação médica, mesmo que a doença não tenha se manifestado, para verificar se há um risco aumentado para o desenvolvimento de câncer.


Há riscos de contrair COVID-19 durante a realização de um exame para diagnóstico de câncer? Como se prevenir?

R:O risco de se contaminar com o novo coronavírus não aumenta por conta do exame. A coleta dos exames, no caso da Mendelics, pode ser feita em casa, com swab bucal e a amostra é enviada pelos Correios (por conta da empresa). A coleta de sangue pode ser feita na sede da empresa, por um profissional da saúde qualificado, seguindo todas as medidas de segurança. Todos os cuidados para evitar a transmissão da COVID-19 devem ser tomados, mas as consultas regulares ao médico e os exames de rotina não devem ser evitados, mesmo durante a pandemia. Use máscaras e evite aglomerações e locais mal ventilados. Consulte seu médico regularmente.


Outubro Rosa


No mês conhecido pela cor rosa, a médica Dra. Adriana Vilarinho, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), explica o papel importante da dermatologia nos cuidados com a pele, unhas e cabelos para as mulheres que estão em tratamento de combate ao câncer de mama, já que os mais comuns, como a radioterapia e a quimioterapia, podem causar vários danos e incômodos.

"A região das mamas é naturalmente muito sensível, e ao ser submetida à alta temperatura da radioterapia, a mulher pode sentir coceira, ardência e sensação bem desagradável no local. Por isso é importante lavar a região das mamas com sabonete neutro, manter a área limpa e seca, evitar produtos à base de álcool e perfumes e não tomar sol no local", ensina.

Se o tratamento for com quimioterapia, podem ocorrer vários efeitos dermatológicos, como ressecamento da pele, coceiras, alterações na pigmentação, surgimento de acne, síndrome mão-pé (ressecamento que pode causar rachaduras, vermelhidão, descamação), problemas nas unhas devido à baixa da imunidade, muita sensibilidade ao sol e a tão conhecida queda dos cabelos.

Para se livrar de qualquer incomodo, Dra. Adriana lista 7 recomendações essenciais para manter a saúde e a autoestima durante o tratamento.

• Ressecamento de pele:

O uso de hidratantes específicos para o corpo e o rosto, que sejam não-comedogênicos (não formadores de cravos), sem perfumes e hipoalergênicos, a fim de minimizar a chance de irritação e alergias;

• Coceiras:

Banhos rápidos e com água morna, são mais indicados. Também é importante não esfregar a pele na hora de secar e hidratar bastante a pele após o banho;

• Alteração na pigmentação:

Evitar exposição ao sol e usar maquiagem hipoalergênica. A pele fica muito sensível durante os tratamentos e, por isso, caso o paciente já possua manchas, é importante aguardar o término da quimioterapia ou radioterapia para verificar a possibilidade de uso de clareadores e ácidos, com um dermatologista;

• Síndrome mão-pé:

Utilizar sabonetes suaves e hidratantes (indicados pelo médico) várias vezes ao dia;

• Unhas:

As condições melhoram com o término da quimioterapia, mas não devem ser utilizados produtos à base de acetona e recomenda-se usar somente esmaltes hipoalergênicos;

• Sensibilidade ao sol:

Manter braços e pernas cobertos (tecidos com proteção UVA e UVB), óculos escuros e chapéus, filtro solar (fator pelo menos 30) e evitar exposição solar das 10h às 15h, mesmo em dias nublados;

• Queda de cabelos:

Alguns cuidados como o uso de toucas com resfriamento, durante a quimioterapia, podem ajudar a minimizar a queda.

Quando necessário escolher perucas que tenham fita adesiva hipoalergênica, e o recomendado é que seja feito o teste com adesivo no braço por 24 horas, antes de iniciar o uso. Caso opte por perucas coladas por 20 a 30 dias, que a base seja em silicone.

Vale lembrar que após a liberação médica podem ser realizadas sessões de laser e intradermoterapia, com medicações e vitaminas, que aceleram o crescimento capilar.

 

 

Dra Adriana Vilarinho - Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da AAD - Academia Americana de Dermatologia. CREMESP 78.300/ RQE - SP 27.614

https://www.instagram.com/clinicaadrianavilarinho/?hl=pt-br

https://www.adrianavilarinho.com.br/


É possível ser feliz durante o climatério e após a menopausa

18 de outubro é o Dia da Menopausa SBEM-SP e Estação Campo Belo promovem mostra sobre o tema


 

É possível ser feliz durante o climatério e após a menopausa! Os sintomas têm tratamento. Invista em dieta saudável e atividade física para evitar doenças cardiovasculares e osteoporose, e para viver plenamente saudável!”, recomenda a Dra. Rosália Padovani, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP), que, em parceria com a ViaMobilidade - concessionária responsável pela operação e manutenção da Linha 5 Lilás de metrô - , promove a exposição informativa durante todo mês de outubro na Estação Campo Belo sobre a Menopausa, para chamar atenção e conscientizar sobre os sinais e tratamentos desta fase da vida da mulher.

 

A menopausa é o nome dado à última menstruação, que geralmente acontece dos 45 aos 55 anos, marcando o fim da fase reprodutiva da mulher. Cerca de 70% das mulheres atingem a menopausa espontânea ao redor dos 50 anos. Deve-se afirmar que a mulher chegou na menopausa quando ela completa um ano sem menstruar.

 

“O climatério, também chamado de perimenopausa, começa alguns anos antes e vai até alguns anos após a menopausa em si, sendo marcado em particular pela queda dos hormônios femininos: estrogênio e progesterona”, explica Dra. Rosália. Essa fase pode durar muito tempo e a mulher pode apresentar alguns desses sintomas devido, principalmente, à queda do estrogênio: insônia, variação de humor, irritabilidade, dores de cabeça, irregularidade menstrual, secura vaginal, fogachos (calores). As mulheres ainda podem apresentar episódios de sangramento que tendem a ser irregulares e inconstantes. Algumas menstruam várias vezes no mês ou, às vezes, a cada dois, três meses ou até mais.

 

Quando a menopausa acontece antes dos 40 anos, é denominada menopausa precoce, o que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares (infarto e derrame) e osteoporose, e por isso precisa de acompanhamento. A ciência tem demonstrado que o cigarro está associado à antecipação da menopausa, que pode ocorrer nas mulheres fumantes até dois anos antes da data que seria a esperada para a última menstruação. Os sintomas de menopausa têm tratamento e devem ser avaliados com o acompanhamento de um endocrinologista, em conjunto com o ginecologista.

 

O tratamento se baseia inicialmente em orientações de mudanças de estilo de vida: dieta saudável, atividade física regular, manutenção do peso adequado e suspensão do tabagismo. A terapia hormonal com estrógenos representa a forma mais efetiva de tratar os sintomas da menopausa. A dose da terapia hormonal e forma de administração (comprimidos, gel, adesivos, creme vaginal), assim como os riscos e benefícios do tratamento, devem ser avaliados de forma criteriosa pelo médico que vai acompanhar a paciente. “Mas nem todas as mulheres podem fazer reposição hormonal. Esse tratamento deve ser individualizado. São consideradas contraindicações absolutas: cânceres de mama e de endométrio, tromboembolismo, hepatopatias agudas e sangramento uterino (hemorragia genital) sem causa identificada”, explica a endocrinologista.

 

 

Mês da Menopausa

Quando: de 2 a 31 de outubro de 2021

Local: Estação Campo Belo, da Linha 5-Lilás de metrô de São Paulo

 

 

 

SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo

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Mulheres sobrevivem menos ao infarto do que homens

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Segundo relatório da Associação Americana de Cardiologia, sobrevida depois do infarto do miocárdio é de 8,2 anos para homens e apenas 5,5 anos para mulheres. Nelas, a doença se associa ao estresse mental, emocional e psicossomático e se manifesta de maneira diferente do que no sexo masculino


Já passou o tempo de acreditar que problemas no coração era “coisa de homem”. As doenças cardiovasculares no sexo feminino já ultrapassam as estatísticas de câncer de mama e de útero. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), as cardiopatias respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil por dia. Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as doenças do coração chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.

Estudo feito a partir dos dados da plataforma online Estatísticas Cardiovascular Brasil: 2020, da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), mostrou que a predominância de doenças cardiovasculares é muito maior nas mulheres entre 15 e 49 anos e vem aumentando as mortes por doenças isquêmicas, como o infarto do miocárdio, nas mais jovens.

“A prevalência de infarto do miocárdio em mulheres está aumentando. Segundo relatório de 2021, da Associação Americana de Cardiologia, a sobrevida depois do infarto é de 8,2 anos para homens e apenas 5,5 anos para mulheres. Elas sobrevivem menos tempo. Nos indivíduos que infartaram, a porcentagem de ser recorrente é de 17% para homens e 21% para mulheres, e são as jovens que necessitam da nossa atenção”, destacou a professora e diretora de pesquisa cardiovascular intervencionista e ensaios clínicos do Zena and Michael A. Weiner Cardiovascular Institute, Roxana Mehran, durante o 3º Simpósio Mulheres do Coração, realizado pela SBC e pelo American College of Cardiology (ACC).

O infarto do miocárdio está bastante relacionado a sintomas atípicos e que as mulheres apresentam com mais frequência, como ardência na pele, dor no pescoço, nos ombros, no rosto, na mandíbula, e, posteriormente, falta de ar, fadiga incomum e até mesmo palpitações. Nelas, a doença se associa ao estresse mental, emocional e psicossomático.

“Temos que começar a reconhecer todos esses fatores de risco de infarto do miocárdio em mulheres. Precisamos aumentar a conscientização sobre a falta de saúde cardiovascular para as mulheres indígenas e afrodescendentes. Temos que dar-lhes acesso aos cuidados de saúde, à educação e grande atenção àquelas com doença de Chagas e doença arterial coronariana”, reiterou Roxana.

As mulheres são conhecidas por terem dupla e até tripla jornada, ao se dividirem entre o trabalho, cuidado com os filhos e afazeres domésticos. Isso eleva o estresse, associado, muitas vezes, à falta de atividade física, má alimentação, tabagismo e consumo excessivo de bebidas alcoólicas.

Os sintomas de doenças cardiovasculares nelas podem ser resumidos a uma dor mais genérica e de difícil diagnóstico, o que faz com que muitas nem sequer procurem ajuda médica ou não sejam tratadas corretamente. É preciso atenção aos sintomas do infarto, que no sexo feminino são, geralmente, diferentes da clássica dor no peito relatada por homens, como náuseas, vômitos, dor nas costas e no pescoço, falta de ar e indigestão.

O coração da mulher é ligeiramente menor do que o do homem (cerca de dois terços do tamanho) e sua fisiologia é um tanto diferente. Pesquisas já atestaram que as suas frequências cardíacas médias, por exemplo, são mais aceleradas. As mulheres também têm artérias coronárias mais finas e maior tendência a sofrer com bloqueios não apenas nas artérias principais, mas também nas menores, que fornecem sangue ao coração. Por isso, quando infartam, descrevem a dor no peito como uma pressão ou aperto, e não como uma dor lancinante.

Campanhas populares ajudaram a aumentar consciência sobre o impacto das doenças cardiovasculares no sexo feminino e mudanças positivas ganharam impulso. Apesar disso, segundo Roxana, tem havido estagnação na redução geral de doenças cardiovasculares em mulheres na última década. Cardiopatias em mulheres permanecem pouco estudadas, pouco reconhecidas, subdiagnosticadas e subtratadas, especialmente o infarto do miocárdio.

A maioria dos ensaios clínicos realizados para o tratamento das doenças cardiovasculares foram realizados com pouca representatividade feminina. Por isso, é preciso estimular pesquisas feitas para e por mulheres, para aumentar a participação delas nos estudos clínicos a fim de que se consiga melhores diagnósticos e tratamentos adequados para enfrentar as doenças do coração no sexo feminino com maior eficiência.

“Continuamos a ver uma subrepresentatividade nos ensaios clínicos cardiovasculares e esse é um ponto muito importante. Parece que a mortalidade cardiovascular está cada vez maior nas mulheres e ao analisarmos essas pacientes, tem muita pobreza e pouca educação, por exemplo”, disse Roxana.

Segundo a pesquisadora, a comunidade médica ainda não está prestando a devida atenção às doenças cardiovasculares específicas das mulheres, que possuem fatores de risco muito evidentes. Nas mais jovens, podem estar associadas ao ovário policístico, menopausa precoce, disfunções de hipertensão na gravidez, diabetes gestacional e parto prematuro. Também há fatores de risco não reconhecidos ou subreconhecidos, como violência doméstica e nas mais pobres, analfabetismo e pouco acesso à saúde.

 


SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA


Estou doente e não sabia. Tenha dó!

 

Faz dias veio a público a notícia de que desejam considerar a velhice como uma doença. Pasme, mas é isso mesmo. Entre os 50 e 60 anos, em vez de você começar a se considerar idoso, estará acometido gravemente pelo passar dos anos.

Era só o que faltava. Tenham dó. A ideia é da Assembleia Mundial de Saúde, órgão de governança que estrutura e apresenta as ações a serem cumpridas pela Organização Mundial da Saúde, OMS. Prevê instituir oficialmente a velhice como doença, na Classificação Internacional de Doenças, em sua próxima edição – a CID 11, a partir de 1º de janeiro de 2022.

A despeito do histórico e valoroso trabalho em prol da vida humana empreendido pela OMS, trata-se de uma invenção sem pé ou cabeça, como diriam os mais velhos. Ou seriam os mais doentes?

A Sociedade Brasileira de Clínica Médica, da qual sou presidente, contesta a proposição, assim como já o fez a Associação Médica Brasileira (AMB), entre outras instituições lisas e sérias de todos os continentes.

Se tal absurdo vingar, inúmeros registros de doenças específicas e relacionadas à idade mais avançada simplesmente serão catalogados como velhice no Código Internacional, CID.

Assim, ao registrá-las de forma nada criterioso, teremos prejuízos gravíssimos a sistemas de saúde de todo o planeta. Eles perderão todos os parâmetros reais para a elaboração de políticas de saúde baseadas em ocorrências por idade.

No Brasil, 3 em cada 4 mortes ocorrem a partir dos 60 anos. São desfechos de doenças cardiovasculares, oncológicas e neurológicas, entre outras. Seguido o entendimento da Assembleia Mundial de Saúde, todos os óbitos futuros dessa faixa etária, a partir de 2022, terão a causa catalogada como velhice.

De acordo com o Centro Internacional da Longevidade – ILC Brasil seria um retrocesso e viria a acentuar globalmente preconceitos em relação à longevidade. É verdade em 100%.

Convido a todos a se contraporem e essa proposta. A sociedade que almejamos deve respeitar e valorizar os idosos. Aqui, cabe bem o slogan que as mulheres honram no dia a dia: nenhum direito a menos. Os mais experientes, agradecemos.

 


Antonio Carlos Lopes - presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica

 

Outubro rosa: quais são as opções de reconstrução após o tratamento do câncer de mama?

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Apesar do implante de silicone ser a opção mais comum, retalhos de pele e enxertos de gordura também são caminhos viáveis


A reconstrução dos seios é uma opção importante para mulheres afetadas pelo câncer de mama. Mesmo a técnica com implantes sendo a mais comum, existem diversas opções quando se trata da cirurgia após o tratamento.

“Com o avanço da tecnologia, podemos usar um ou mais caminhos para restituir os seios,” pontua a cirurgiã plástica Patricia Marques, especialista em reconstrução de mamas pelo hospital Santa Creu I Sant Pau de Barcelona. “Para muitas pessoas esse processo é essencial para se recuperar psicologicamente de um momento tão difícil.”

Marques pontua que é uma técnica complexa e os procedimentos escolhidos variam muito de caso a caso, já que o câncer de mama não é sempre tratado da mesma maneira.  “Existem pacientes que sofreram com uma cavidade no seio por conta da retirada de um tumor, ou até aqueles que passaram por uma mastectomia, que remove todos os tecidos mamários por completo”.

A especialista explica que quando foi realizada uma cirurgia conservadora, ou seja, foi preservada boa parte do seio, pode ser feito um trabalho de reconstrução utilizando retalhos de pele da própria mama ou da sua lateral, assim como enxertos de gordura de outras partes do corpo, para corrigir as deformidades, inclusive na área das aréolas e mamilos.

“O uso do implante de silicone em si é mais indicado quando foi necessária a mastectomia. A prótese pode ser ainda combinada com os enxertos ou retalhos para uma aparência mais harmônica em alguns casos.”

Este recurso cirúrgico do implante já foi uma preocupação nos casos de câncer, e ainda há insegurança por parte de alguns pacientes, mas a doutora esclarece que hoje ele é aceito pela comunidade médica por possuir ótimos resultados, quando utilizado com responsabilidade.

Um estudo publicado pela Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos, acompanhou 2.284 pacientes que passaram pela reconstrução com implantes entre 1994 e 2016. Monitorando os casos em até 12 anos após a cirurgia, eles consideraram dois fatores: a estética dos seios e a rejeição do corpo ao implante. Os resultados confirmaram sua teoria, e os níveis de satisfação das pacientes permaneceu em um nível alto, avaliadas numa escala de pontos de 0 a 5.

A aparência, claro, é uma preocupação por parte de muitas mulheres, por conta da fama de aparência ‘falsa’ do silicone, mas a cirurgiã assegura que é uma preconcepção. “Escolhendo uma prótese anatômica com um tamanho proporcional ao corpo, ela aparenta ser totalmente natural. Vai da decisão da paciente.”

Marques destaca, porém, que em qualquer um desses casos é necessária uma avaliação conjunta entre o oncologista e o cirurgião plástico, e que ambos estejam de acordo sobre a condição da paciente de passar por um processo cirúrgico. “Passando por todos os testes e sendo liberada para o procedimento, é possível fazer uma reconstrução de sucesso,” finaliza.

 


Doutora Patricia Marques - CRM- SP 146410 - graduada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, com especialização em reconstrução de mama e cirurgia linfática no Hospital Santa Creu i Sant Pau em Barcelona, e complementação em cirurgia reparadora de mama, cabeça e pescoço no Hospital Memorial Sloan-Katering Cancer Center, em NY, EUA.


OUTUBRO ROSA: Internacional Shopping de Guarulhos e CEPAC Centro de Diagnósticos promovem Carreta da Mamografia

Ação “Cuidando delas – A prevenção não pode esperar”, oferece exame gratuito para mulheres a partir dos 40 anos e ocorre até o dias a 31 de outubro

 

De acordo com o Inca (Instituto Nacional de Câncer), no Brasil, a mamografia é o único exame que apresenta eficácia comprovada na redução da mortalidade por câncer de mama. Ela detecta o câncer precocemente, ampliando a possibilidade de cura com tumores em fases ainda iniciais.

No Brasil, deverão ser mais de 65 mil novos casos de câncer de mama por ano até 2022, de acordo com o Inca.

 

Diante destes dados, O Internacional Shopping, em parceria com o Centro de Diagnostico (CEPAC), promove a ação “Cuidando delas – A prevenção não pode esperar”, que oferece exames gratuitos voltados ao cuidado com a saúde e ao diagnóstico precoce do câncer de mama. A Carreta da Mamografia estará localizada em frente ao Shopping, na entrada da Smart Fit até o dia 31 de outubro.

 

“A ação tem como principal objetivo conscientizar e incentivar a preservação da saúde, bem como a busca do diagnóstico precoce. Cuidados com a saúde são extremamente necessários e, especialmente em um momento de pandemia como o que estamos vivendo hoje, movimentos como esse são indispensáveis” diz Edelcio Cazelato, superintendente do Internacional Shopping.

 

Para a realização dos exames, mulheres com mais de 40 anos devem se cadastrar no App do Internacional Shopping, garantindo o agendamento da consulta e levar 2kg de alimento não perecível no dia do exame, que serão doados a

Fundação Abrinq. Os exames serão realizados de sábados, domingos e feriados, das 8h às 17h, com 100 atendimentos por dia.

 

Período:


•09, 10, 11 e 12/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 400 atendimentos

• 16 e 17/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 200 atendimentos

• 23 e 24/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 200 atendimentos

• 30 e 31/10 - 100 atendimentos de mamografia / dia, total 200 atendimentos

 


Serviço

Carreta da Mamografia

Endereço: Internacional Shopping

Horário: Sábados, Domingo e Feriados, das 8h às 17h

 

Conheça como funciona a telemedicina ao redor do mundo

Benchmarking da Saúde Digital Brasil revelou que países referência em saúde no mundo liberam que primeiras consultas sejam realizadas à distância. No Brasil, esta prática da medicina aguarda a regulamentação definitiva que esbarra em entraves que atrasam o avanço da saúde digital no Brasil, entre eles a condição de que apenas retornos e acompanhamentos sejam feitos via telemedicina  


A Saúde Digital Brasil (Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital), organização sem fins lucrativos que congrega entidades que atuam na cadeia de prestação de serviços de telemedicina e que desenvolvem atividades relacionadas à saúde digital, realizou um benchmarking que identificou que de 15 países, apenas o Uruguai apresenta fortes restrições à primeira consulta à distância. Na quase totalidade dos países analisados, incluindo referências em saúde como a Inglaterra, que através do NHS que serve de inspiração para a criação do nosso SUS, existe liberação total dos atendimentos, mesmo que em primeira instância via telemedicina, e isto acontece em outros países da Europa, assim como aqui nas Américas, incluindo os Estados Unidos, Canadá, México, Colômbia, Argentina entre outros.

A manutenção da primeira consulta não presencial é um dos pontos centrais da discussão sobre a regulamentação definitiva da telessaúde no Brasil, que tramita no Congresso Nacional.  O Conselho Federal de Medicina (CFM) pleiteia que esse recurso seja utilizado apenas para o acompanhamento de doenças crônicas e retornos. 

O objetivo deste benchmarking, realizado pelo departamento jurídico da Saúde Digital Brasil, foi exatamente esse: entender como outros países ao redor do mundo estão lidando com alguns pontos específicos relacionados a telemedicina: o contexto geral; a definição da telemedicina; atividades cobertas; a necessidade de licença específica para o médico exercer a telemedicina; quando a primeira consulta pode ser presencial ou à distância; prescrição; autonomia do médico e o consentimento do paciente, sendo dois aspectos que caminham juntos e são muito importantes para o futuro da telemedicina, em especial no Brasil. 

“A principal contribuição deste estudo é mostrar que diferente do que se observa no Brasil, a telemedicina é bastante aceita ao redor do mundo. Debates como o que estamos tendo por aqui, cheio de entraves, como a questão da primeira consulta e da territorialidade, acabam atrasando a regulamentação e colocando o País ainda mais a reboque com relação aos avanços da tecnologia na área da saúde. Fora que não existe nenhum respaldo na literatura médica que justifique a proibição”, ressalta Eduardo Cordioli, presidente da Saúde Digital Brasil. 

Segundo Cordioli, a regulamentação da Telemedicina no Brasil é bastante peculiar. Enquanto, em países como Portugal e Colômbia, cabe ao Ministério da Saúde regular a telemedicina, por aqui, essa responsabilidade está atribuída ao Conselho Federal de Medicina, autarquia sem comparativo em outros países. Mesmo assim, é importante olhar para os outros países e como as outras economias estão lidando com telemedicina e, desta forma, trazer inovações tecnológicas para o Brasil. Entre os apoiadores da primeira consulta a distância estão Alemanha, Espanha, Canadá, Chile, Colômbia, EUA, França, Nova Zelândia e o Reino Unido. 

Fazendo paralelo com países da América do Sul, desde 2010, a Colômbia aprovou lei que estabelece diretrizes para a telessaúde. Anos depois, em 2019, antes mesmo da pandemia, o Ministério da Saúde e Proteção Social regulamentou através de uma Resolução (equivalente a uma Portaria no ordenamento brasileiro) critérios para exercício de atividades por profissionais médicos. A regulação colombiana define a telemedicina interativa como a relação à distância entre médico e paciente para prestação de serviço de saúde em quaisquer de suas fases, o que inclui a primeira consulta. 

Na Europa, é possível observar a evolução do debate em países como a França. Em 2009, o país aprovou alteração ao seu Código Sanitário, impondo regulamentação restritiva à telemedicina, vedando a realização de primeira consulta à distância. Diante dessa restrição, em 2019, foi feita uma pequena alteração na lei para autorizar amplamente a primeira consulta à distância, sem a necessidade de o paciente estar acompanhado de um médico no local de atendimento. “A forma como a França alterou o seu Código Sanitário é um sinal dos tempos. Muitos países estão trabalhando para mudar a sua regulamentação e ampliar esse escopo, inclusive antes da pandemia, como Colômbia, França e a Nova Zelândia", ressalta.

Outro exemplo importante está no Reino Unido. Nos últimos anos, está se investindo massivamente em uma estratégia “Digital First”. Visando a melhorar o acesso ao cuidado, o paciente entra no sistema de saúde inglês, prioritariamente, por um atendimento digital. Esse modelo reduz desperdícios para os sistemas públicos de saúde, além de simplificar a jornada do paciente. 

No benchmarking internacional, foram identificados países que não vedam totalmente a primeira consulta à distância, autorizando alguns procedimentos. É o caso da África do Sul. O Conselho de Profissões de Saúde da (HPCSA, na sigla em inglês) mudou seu entendimento. Em 2016, a primeira consulta à distância era amplamente vedada. Com o avanço da pandemia, abriu-se exceção para a telepsicologia e a telepsiquiatria. Nos demais casos, é preferível que haja uma relação prévia entre médico e paciente, embora, quando não é possível e é da preferência e interesse do paciente, esta primeira consulta pode ser à distância.

“É fato que o Brasil precisa de uma regulamentação urgente. A telemedicina foi liberada em caráter de urgência, em 2020, e sua regulamentação só vigorará até o término da pandemia. Precisamos evitar que o país retorne ao patamar de 2002, que era um momento bem inferior em disponibilidade de tecnologia e que se formos olhar profundamente, a regulamentação já chegou defasada se for considerar as inovações da época. Nesse sentido, olhar para os exemplos internacionais pode ser um ponto de partida”, finaliza. 

 

Sobre a Saúde Digital Brasil 

A Associação Brasileira de Empresas de Telemedicina e Saúde Digital, conhecida como Saúde Digital Brasil (SDB), é uma organização sem fins lucrativos, criada para congregar entidades que atuam na cadeia de prestação de serviços de telemedicina e que desenvolvem atividades relacionadas à saúde digital. 

Fundada em 2020, a entidade tem como principal meta defender a bandeira da assistência à saúde por meio da telemedicina e da telessaúde no Brasil e a criação de regulamentações que garantam a sua continuidade. Além disso, a SBD atua no sentido de contribuir para aperfeiçoamento do modelo assistencial, incrementar o desenvolvimento científico-tecnológico, inovação e desenvolvimento qualificado e sustentável do setor de saúde. 


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