Pesquisar no Blog

terça-feira, 13 de julho de 2021

Concurso X Pandemia: cuidados no dia da prova

 

A pandemia trouxe diversas mudanças em relação aos concursos públicos, muitos foram adiados e outros até suspensos.  Mesmo com tantas alterações, ainda é necessário que o candidato saiba identificar em todo o edital, as hipóteses que lhe podem ocasionar a eliminação do certame em algumas fases.  

Pensando nisso, listei cinco pontos principais que os candidatos podem resguardar seu direito em concursos públicos. Confira: 

 

1- Direito de impugnar o edital: a primeira dica é direito de impugnar o edital. Muitos dos candidatos que prestam concurso público estudam todas as matérias presentes no conteúdo programático, mas não leem todo o instrumento convocatório. 

É de extrema necessidade que o candidato saiba identificar em todo o edital, as hipóteses que lhe podem ocasionar a eliminação do certame em algumas fases. Um exemplo é o caso de você, candidato, possuir algum tipo de enfermidade e na própria norma editalícia que aquela enfermidade é motivo de inaptidão para o exercício da função pretendida. 

Diante desta situação, no momento que o edital for publicado, como você leu toda a norma editalícia, poderá, desta forma, impugná-lo vez que muitas vezes essas exigências são ilegais, pois o instrumento convocatório (edital) sozinho não pode criar exigências sem amparo na lei que rege o cargo. 

Assim, quando o candidato impugnar a norma editalícia em razão de uma ilegalidade, a banca examinadora poderá retificar o edital de abertura. Normalmente, o prazo de impugnação é de 3 dias, podendo variar a depender do edital e do concurso.


 

2- Direito de recorrer administrativamente: a segunda dica é o direito de recorrer administrativamente após a publicação de resultados provisórios com a possibilidade de reverter o resultado das provas objetivas, discursivas, prova oral e também dos exames psicotécnicos, dentre outros. 

Ressalta-se que, aquele que for reprovado ilegalmente poderá interpor recurso administrativo e poderá conseguir reverter a sua reprovação, como forma de resguardar o seu direito.


 

3- Direito de solicitar registro em ata sobre qualquer ocorrência: a terceira dica, que é considerada como fundamental, tendo em vista que muitos professores e doutrinadores não falam sobre, é o direito de solicitar registro em ata de qualquer ocorrência em qualquer fase do concurso público, para se resguardar de eventuais ilegalidades. 

Um exemplo é quando em um certame o envelope que continha as provas não chegou lacrado, possuindo, então, essa situação uma possibilidade de fraude.

Outra ilegalidade que pode ser constatada, ocorrerá quando um candidato comparece para a realização do TAF e levou consigo o atestado médico conforme previsto no edital. Ocorre que, no momento da realização do TAF, o candidato foi impedido de realizar a referida etapa do certame pois a banca examinadora considerou que o atestado não possuía os termos exatos dispostos na norma editalícia, eliminando-o do certame. 

Caso esse candidato soubesse de seu direito de registrar em ata ocorrência, ele teria resguardado o seu direito, evitando uma possível arbitrariedade ou ilegalidade por parte da banca examinadora. Está se torna uma forma de comprovação, tendo em vista que neste contexto não há a possibilidade de se filmar ou gravar a situação.


 

4 - Direito de ter uma resposta motivada e fundamentada da banca examinadora: a quarta dica é o direito de ter uma resposta fundamentada da banca examinadora, respeitando o contraditório e a ampla defesa. Toda vez que se é interposto um recurso administrativo, a banca examinadora não poderá responder de forma genérica, como por exemplo: não considero o seu recurso. 

Assim, a banca examinadora deverá rebater todos os argumentos presentes no recurso administrativo, vez que caso não o fizer, poderá violar o princípio do contraditório e da ampla defesa.


 

5 - Direito de recorrer ao Poder Judiciário: por fim, a quinta dica é o direito de recorrer ao Poder Judiciário diante de uma ilegalidade ou injustiça sofrida no concurso público, tendo em vista que existem diversas situações em que a banca examinadora elimina o candidato injustamente, sendo possível propor uma ação judicial para tentar reverter a possível reprovação. 

 

 

Agnaldo Bastos - advogado, atuante no Direito Administrativo, especialista em causas envolvendo concursos públicos e servidores públicos e sócio-proprietário do escritório Agnaldo Bastos Advocacia Especializada


Confira cinco dicas para produzir conteúdo relevante e se posicionar de forma autêntica nas mídias sociais

Pessoas estão mais interessadas em quantidade do que qualidade? Descubra como se destacar com assuntos expressivos e notáveis


Um conteúdo de qualidade produzido de forma autêntica é, sem dúvida, essencial para quem quer conquistar posicionamento em redes sociais. Mas, mais do que isto, é preciso moderar, também, com um perfil ativo e que se faça presente. O efeito contrário, ou desequilibrado, pode provocar o afastamento das pessoas, que ora não identificam no seguidor alguém relevante ou, pior, veem nele alguém que só quer aparecer a todo custo, sem material que o gabarite para tal.

Criar conteúdo relevante e ter a opinião levada a sério não é uma tarefa fácil e é preciso seguir alguns passos para ter conexão e um relacionamento duradouro através de resenhas autênticas, ações e posts. Para ajudar a entender e como seguir por esse caminho, Joel Amorim, diretor da The Insiders, empresa que conecta marcas a pessoas reais com o intuito de impulsionar campanhas com o uso de consumidores de verdade e com alto engajamento, enumerou algumas dicas que considera essenciais para uma boa relação com o público.


  1. Seja engajado

Torne-se olhos e ouvidos das notícias que envolvem o segmento pelo qual está engajado, seja ele focado em games, alimentação, beleza, maternidade, turismo e etc. Isso mostra que você está realmente por dentro do tema e tem, de fato, algo a agregar. Opiniões são importantes, mas precisam estar bem fundamentadas em conteúdo, então, dados de mercado podem endossá-las e ser um ponto a favor. Seja claro, não ofenda ninguém, não xingue e tenha uma linha de pensamento, na hora de expressar a opinião, que tenha um começo, meio e fim.


  1. Seja Honesto

Se a opinião que for dar tem a ver com um produto ou serviço, seja honesto quanto a sua experiência. É possível perceber quando a pessoa está mentindo ou não sendo tão natural. Lembre-se: o marketing boca-a-boca só funciona quando se é sincero, então, sinta a liberdade de se expressar e exprimir o que sentiu ao utilizar. O que vale é que a sua crítica seja construtiva e não ofensiva. Se não gostou, quais foram as razões? Isso tem que ser explicado, pois, nem tudo que funciona para um, vai funcionar para o outro e o que irá nortear uma decisão são essas ponderações.


  1. Seja transparente

Tentar ser uma pessoa na rede social e, por trás, ser outra, não funciona na prática. Ao menor deslize, o público perceberá e a consequência tende ser muito dura, com queda de engajamento e até perda de seguidores. A cultura do cancelamento, muito atual nos dias de hoje, é prova que não é sempre que o público releva falhas. Vale apostar, portanto, na transparência (e até honestidade, novamente) de ser quem se é realmente. É assim, permitindo que defeitos e qualidades coexistem, que se vai construindo a confiança necessária para se tornar uma referência para as pessoas à sua volta.


  1. Seja legal e empático

Não há como saber de tudo e sobre todos, mas há algo que podemos ser a todo instante: empáticos e educados. Já é regra: não faça comentários depreciativos ou inapropriados sobre assuntos que envolvam o corpo físico e aspectos emocionais ou cognitivos de outra pessoa. Na hora de opinar, independentemente do assunto, não faça por ataque a uma terceira pessoa e sim para dar luz a outro ponto de vista. Busque se colocar no lugar do colega e evite fazer juízo de valor. Cada um sabe sobre si e não cabe a ninguém julgar. 


  1. Seja criativo

É difícil se destacar no meio de tanto conteúdo, mas criatividade abre, sem dúvidas, muitas portas. Se for para escrever, produza um material claro e gostoso de ler, sem erros de gramática; já se for tirar fotos, aposte na qualidade. Recursos dos stories, como enquetes, perguntas, testes, localização e menções a pessoas e empresas ajudam a se posicionar melhor. Responda sempre os seguidores e faça comentários relevantes. E lembre-se, tudo o que for produzido tem que estar conectado com o que se propõe e o que, de fato, se sabe. Não invente ou crie conteúdo que não seja embasado em verdade ou na ciência.


 

The Insiders


A transformação organizacional da indústria 4.0

Os movimentos transformacionais da quarta revolução industrial não param de acontecer. A transição energética, a adoção de tecnologias emergentes da indústria 4.0, mobilidade urbana, cidades inteligentes e a própria transformação digital impactam nossas vidas pessoais e, consequentemente, refletem nas organizações.

A indústria 4.0, materializada pela adoção massiva de tecnologias emergentes aplicadas na área industrial das empresas, visa a excelência operacional, uma manutenção prescritiva, melhor eficiência energética e promove a conectividade entre os equipamentos e sistemas, potencializando o uso estratégico dos dados. Algumas dessas tecnologias mais adotadas são o IoT ou IIoT, drones, realidade virtual, realidade aumentada, cloud computing, digital twin, impressão 3D, entre outras.

As soluções utilizadas para implementar o conceito de Indústria 4.0 produzem mudanças significativas na maneira como os profissionais executam suas tarefas, mas não chegam a transformar as organizações como um todo. De fato, as tornam mais eficientes e competitivas, entretanto, as dimensões culturais e os valores estruturantes da organização impactam diretamente no êxito da estratégia de transformação digital.

Para uma transformação organizacional, há de se atuar na cultura e nos processos juntamente com a adoção das tecnologias emergentes da indústria 4.0. A transformação organizacional acontece com a execução da transformação digital, onde tecnologia, processos e cultura organizacional estão alinhados para gerar novos modelos de negócios e criar fontes de monetização. Isso requer que a estrutura organizacional se adeque ao uso massivo das tecnologias convencionais e emergentes da indústria 4.0, que os processos sejam otimizados para minimizar desperdícios e a cultura organizacional esteja adaptada para uma atuação mais colaborativa entre os departamentos e uso de ecossistemas de inovação aberta.

Não é uma jornada simples e, justamente por isso, a maioria do parque fabril na América Latina ainda permanece na era da Indústria 3.0. Isso colabora para que os países latino-americanos estejam tão mal posicionados no Índice Global de Competitividade do International Institute for Management Development (IMD).

Para alterar este cenário e tornar a indústria mais competitiva, é importante que o setor invista cada vez mais em jornadas de transformação digital, atuando nos três pilares fundamentais  (Tecnologia, Processos e Cultura) e nas três dimensões organizacionais (Back, Middle e Front offices), simultaneamente. Entende-se como Back office os ativos da área industrial; Middle office são os departamentos de suporte aos negócios (financeiro, RH etc ) e Front office, os departamentos que atuam diretamente com os clientes (vendas, marketing, serviços etc). Esta atuação, sustentada pela execução de um framework de transformação digital, e o uso de uma metodologia que conduz de forma estruturada às iniciativas que impactam toda a organização, desde as camadas mais operacionais ao conselho de administração, resultarão na transformação organizacional.

Quando isso ocorre, temos uma transformação extremamente positiva para a organização como um todo, onde as tecnologias da Indústria 4.0, de fato, atuam como habilitadoras para a transformação digital.  Neste momento, a organização estará preparada para a garantir seu espaço neste contexto da quarta revolução industrial em que vivemos, e desenvolver vantagens competitivas sustentáveis.



Victor Venâncio é Head de Digital Transformation da IHM Stefanini Group.


Procura por previdência privada cresce na pandemia

Reservas dos planos de previdência aumentaram 7% em dezembro de 2020, se comparadas com o mesmo período do ano anterior


Os valores investidos em previdência privada cresceram 7% em dezembro de 2020, se comparados com o mesmo período do ano anterior. O dado da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida) indica que a crise provocada pela pandemia trouxe insegurança, fazendo com que muitas pessoas passassem a se preocupar mais com o futuro. A previdência complementar tem a função de servir como uma renda adicional à da previdência pública quando a pessoa finalmente conseguir sua aposentadoria. 

O professor de Finanças da FAE Centro Universitário, Jorge Prado, explica que esse aumento começou a ser notado já em 2019, com a Reforma da Previdência. A partir daí, outros fatores fizeram com que o crescimento na procura continuasse, como uma maior democratização no acesso às formas de investimento, por exemplo. “Antes, a pessoa precisava ter um aporte elevado para conseguir investir em uma previdência privada. Agora, com R$ 100, por exemplo, ela já consegue”, orienta o professor.

No entanto, a pandemia também ajudou nesse recrudescimento, uma vez que durante a crise as pessoas passaram a fazer mais transações via internet (usando aplicativos financeiros, principalmente), perdendo o medo de investir, mesmo que pouco. “As pessoas passaram a refletir mais na pandemia e começaram a economizar. Muita gente está aprendendo a cultura de poupar agora. E aconselho: não é uma decisão fácil, mas todo cidadão deve ter uma previdência privada”, afirma Prado.

Somado à democratização, ao acesso à internet, à preocupação maior com o futuro e à insegurança, está o baixo rendimento da poupança, o investimento mais comum entre os brasileiros. Isso também fez com que as pessoas pensassem mais sobre onde guardar seu dinheiro: se há alguns anos a poupança rendia 8% ao ano, hoje não passa de 2%. 

O professor aconselha: mesmo que o salário ou a renda sejam baixos, é preciso reservar uma quantia. E alerta: reserva de emergência não é sinônimo de cheque especial ou cartão de crédito. “Para você ter uma ideia, quase 90% dos investidores de CDB, poupança, LCI e LCA não possuem mais do que R$ 5 mil guardados”, ressalta ele, citando dados do Fundo Garantidor de Crédito. 

A LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) são dois tipos de investimento em renda fixa isentos de Imposto de Renda, que costumam garantir retornos superiores ao da caderneta de poupança. 

E para quem não tem o hábito de poupar, uma dica é pensar no objetivo daquele dinheiro: ele será para curto, médio ou longo prazo? Para que e quando eu vou utilizá-lo? “Se for para a aposentadoria, não é possível utilizá-lo numa emergência. Ele precisa ficar guardado, sem mexer, senão o objetivo estará fracassado”, observa o professor.


Fundos e planos de previdência privada

Os fundos de previdência são veículos de investimento com o objetivo de guardar dinheiro para a aposentadoria. Já os planos de previdência são produtos adquiridos pelos investidores, que correspondem a uma espécie de “pacote” para a aposentadoria. Nesse caso, as instituições financeiras atuam na gestão dos valores e dos prazos para que, mais tarde, o investidor obtenha uma determinada renda.


Tipos mais comuns de planos e fundos de previdência

Basicamente, existem dois tipos de previdência privada: a VGBL e a PGBL. Na PGBL é possível deduzir valores no Imposto de Renda e, na ocasião do saque, a “mordida” é sobre o imposto daquilo que está guardado. Na VGBL, o imposto a sacar é deduzido sobre o lucro. 


Revisão periódica

Outro ponto delicado se refere à revisão da previdência privada – para aqueles que já a possuem. “Essa revisão deve ser feita de seis em seis meses, pois os planos mudam e pode acontecer de o investidor ter que pagar mais imposto”, exemplifica. A portabilidade dos investimentos entre instituições financeiras também pode ser feita sem prejuízo ao investidor. 

 


Grupo Educacional Bom Jesus

https://www.grupoeducacionalbomjesus.com.br/

 

PIX: entenda as novas funções planejadas pelo Banco Central

Novas funcionalidades devem revolucionar a forma do brasileiro lidar com o dinheiro


PIX Saque, PIX Troco, PIX Off line são alguns dos termos que têm se tornado comuns nas mídias após o Banco Central anunciar que está planejando novas funcionalidades para a ferramenta que deverão ser implantadas ainda este ano.

Sucesso absoluto, somente em seu primeiro dia de operação, em novembro de 2020, o PIX bateu Facebook, Instagram e WhatsApp em números de cadastros. Segundo dados do Banco Central (Bacen), em junho deste ano ele já possuía mais de 92 milhões de pessoas físicas e mais de 6 milhões de empresas cadastradas. Além disso, desde o início do ano, já era o tipo de transação mais realizada no país, maior que TED e DOC somados.

A facilidade para realizar pagamentos e transferências atraiu milhões de pessoas e a tendência é que o número aumente. “O Bacen vem anunciando diversas novas funções para o PIX que serão lançadas este ano e deverão revolucionar ainda mais a forma como os brasileiros lidam com o dinheiro”, disse o diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira.

Em dois meses, o PIX se tornou o tipo de transação mais
utilizado pelos brasileiros (Marcello Casal Jr/Agência Brasil)


Entre as funcionalidades anunciadas há a que permitirá ao usuário realizar pagamentos off line. “Ainda estão estudando a melhor forma de implantar, mas uma das ideias do Banco Central é que se crie uma maneira de realizar transações por aproximação, como as que são utilizadas nos ônibus”, explica Pereira. “Dessa forma, quando a pessoa estiver on-line poderá passar o dinheiro de seu celular para o cartão e daí, quando estiver off line, poderá realizar pagamentos mesmo sem a conexão à internet”, completa.

Outras funções, que devem começar a valer em breve, são o PIX Saque e o PIX Troco, úteis para ter dinheiro em espécie sem precisar ir ao banco. “O primeiro é para que o usuário possa sacar as cédulas em estabelecimentos cadastrados, que poderão ser um estacionamento, mercado ou uma padaria, por exemplo. Ele fará o PIX para o local, que lhe entregará o dinheiro em espécie”, afirma o especialista.

Já na função Troco, os estabelecimentos cadastrados darão a opção ao usuário de pagar um valor via PIX maior do que o de sua compra e, assim, receber o troco em cédulas. “Se suas compras no mercado deram R$ 40 e você fizer um PIX de R$ 60, eles te darão R$ 20 de troco em espécie”, exemplifica.



Futuro


Após a implantação dessas novas funcionalidades, o Banco Central planeja expandir ainda mais o PIX. Os estudos são para implantar um PIX internacional e uma maneira de garantir a devolução de dinheiro em casos de fraudes ou falhas operacionais. “A facilidade que a ferramenta trouxe aumentou também o número e as formas de golpes. Contudo, o Bacen já estuda como proteger ainda mais o usuário”, afirmou o diretor financeiro do Popibank, Marcelo Pereira.

A segurança é um fator importante a ser trabalhado, visto que as transferências via PIX podem chegar a 35% do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2024, de acordo com estudo da EY, empresa líder em serviços de Auditoria, Consultoria, Impostos, Estratégia e Transações. Segundo o IBGE, o PIB do Brasil chegou a R$ 2,048 trilhões em junho e o Bacen prevê um crescimento de 4,6% para este ano.

 


Marcelo Pereira - administrador com foco em economia, banco digital e fintechs


Julho sem plástico: Brasil é o 4º país no ranking dos que mais geram lixo plástico

Movimento faz apelo para reduzir o descarte do material que impacta o meio ambiente

Criado pela ONG australiana Plastic Free Foundation, o movimento Julho sem plástico vem com a proposta de anualmente, no mês que carrega o nome da ação, diminuirmos consideravelmente o uso de materiais plásticos presentes no nosso dia a dia. Segundo a organização, das 11,3 milhões de toneladas de resíduo plástico produzidas por ano, apenas 1,28% são recicladas. Esse percentual não é nada perante os mais de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas por ano no mundo, piorando o estado de poluição no meio ambiente.

Para o conscientizador ambiental e fundador da Oceano Resíduos, Rafael Zarvos, essa questão sempre foi e continua sendo muito crítica. "Criei a Oceano em Junho de 2019, quando a discussão sobre o tema era muito relevante. Vemos que as grandes empresas do mercado que apresentam soluções, acabam focando no descarte empresarial, que não deixa de ser importante, mas ainda não é o suficiente, se no dia a dia, o cidadão não tem acesso à alguma forma de coleta adequada", explica o empresário.

Entre os produtos descartados de forma incorreta, estão materiais como cotonetes, copos, garrafas, embalagens de produtos de beleza, etc. "Sabemos que já existem os substitutos mais sustentáveis, mas ainda assim, há a preocupação com o uso dos recursos naturais e o acesso à essas opções acabam sendo mais caras, impactando o bolso das pessoas. O ideal seria diminuir o consumo desenfreado, e as vezes até desnecessários. O ponto é a conscientização. A produção do plástico no mundo hoje é muito superior à nossa capacidade de reciclagem deste tipo de resíduo. A conta não fecha, e por isso a urgência em repensarmos as nossas escolhas", alerta Zarvos.

O alerta vai além de uma questão de sustentabilidade e meio ambiente. É calculado que anualmente, 12,7 milhões de toneladas de plástico vão parar nos oceanos. Segundo a ONU Meio Ambiente, se o consumo continuar desenfreado, em 2050 o mar terá mais plástico do que peixes. E as más notícias continuam: se você consome animais marinhos na alimentação, com certeza está ingerindo plástico também. "Nossas cadeias já estão contaminadas com micro plástico. Encontramos os mais diversos estudos sobre esse tema. O descarte nos oceanos não só provoca essa transmissão via alimentação, mas como também já se sabe que o micro plástico contaminou as chuvas", complementa o especialista.

Estudos apontam a absorção de microplásticos pelas raízes, bem como essas partículas também são encontradas em diferentes áreas do nosso corpo como fígado e recentemente, uma pesquisa brasileira encontrou nos pulmões de voluntários. "Eles foram parar nos pulmões por conta da inalação, os microplásticos se ligam à micropartículas poluentes ou mesmo vírus e bactéria, sendo inalados por nós. Estamos cada vez mais vendo a natureza dar sinais e não podemos ignora-los" finaliza Rafael Zarvos.

 

Como alavancar o seu negócio já com a governança corporativa nas empresas em crescimento?

A governança corporativa ainda é um tabu para muitas empresas, especialmente as pequenas e médias. Muitos empreendedores associam essas práticas a companhias de grande porte, que buscam investimentos ou estão listadas em Bolsas de Valores. Contudo, é preciso quebrar de uma vez por todas esse paradigma, mostrando claramente como ela é capaz de auxiliar na criação de mecanismos voltados a uma melhor estruturação, exponencialização e perpetuação de organizações de todos os portes e segmentos.

Um estudo realizado pela ACE Cortex com 343 empresas brasileiras que desenvolvem soluções relacionadas ao ESG, mostra que 180 atuam principalmente na área de meio ambiente, 130 possuem negócios relacionados ao impacto social e apenas 33 desenvolvem soluções de governança. Muitas vezes, o problema não está na falta de interesse, mas sim na ausência de conhecimento suficiente sobre o que é e, principalmente, como implementar uma cultura de governança corporativa.

O conceito está relacionado à uma série de mecanismos e ferramentas que permitem uma gestão mais estruturada de uma empresa. Trata-se de um sistema que estabelece processos para dirigir, monitorar, acompanhar e apoiar o crescimento de uma companhia em suas mais diversas áreas, seja na operação, no marketing, recursos humanos, contabilidade e, especialmente, nas estratégias de gestão –independentemente da fase em que a empresa se encontra, seja ela recém-fundada ou uma organização centenária.

Na prática, a governança corporativa funciona como um grande guia de boas práticas para a gestão de negócios. Ela proporciona uma minuciosa análise da organização para, a partir disso, traçar os objetivos e metas desejadas, bem como os direcionamentos assertivos para que essas conquistas sejam alcançadas de forma sólida.

O melhor de tudo isso é que sua implementação não requer grandes investimentos. Há diversas instituições que auxiliam as empresas nessa jornada, oferecendo todo o apoio necessário para a criação de políticas de gestão alinhadas a esse propósito. Normalmente, elas orientam sobre o acordo de acionistas, onde são estabelecidos os papéis e responsabilidades de cada um dos sócios, a fim de evitar conflitos que possam colocar a empresa em risco.

Além disso, há sempre recomendações para o estabelecimento de um conselho consultivo, onde conselheiros profissionais assumem o papel de orientar a liderança sobre decisões estratégicas, no intuito de apresentar um prisma diferente e compartilhar conhecimentos, networking, advindos de suas experiências anteriores, inclusive em empresas de outros segmentos. Essa visão externa costuma preencher lacunas e trazer visibilidade a pontos cegos que, sozinhos, os gestores seriam incapazes de enxergar.

Somado a isso, é importante que uma empresa com cultura de governança corporativa use a tecnologia a favor de sua gestão. A adoção de um software ERP inteligente, capaz de automatizar os processos e oferecer mais segurança jurídica, contábil, fiscal para suas transações, é fundamental para a profissionalização do negócio. Acompanhar as informações da empresa em tempo real é indispensável para a tomada de decisões mais assertivas – além de aumentar o valor da companhia e facilitar processos de auditoria de clientes ou mesmo para a busca de capital externo.

Os resultados dessas ações não costumam demorar a aparecer e são facilmente percebidos. Além de melhorar a gestão e reduzir os riscos do negócio, pesquisas mostram que a cultura de governança corporativa aumenta o valor de mercado e melhora significativamente a percepção de sua imagem pelo cliente, colaboradores, comunidade e investidores. Dessa forma, a empresa tende a ser muito mais sustentável e longeva, gerando benefícios para si mesma e para toda a sociedade, seja ela pequena, média ou grande.  

 


Marcelo Villa Nova - Senior Channel Sales Manager na SAP Business One.

https://www.sap.com/brazil/products/business-one.html

 

A educação híbrida é a melhor opção que temos para apreender com qualidade e segurança sanitária atualmente


A polêmica acerca do melhor momento e modo de voltar as aulas presenciais na pandemia é justificável. Vivemos um momento delicado pois nossas rotinas educacionais se tornaram de algum modo ameaça a toda a comunidade escolar. Pensar a educação por meio do digital tem sido tarefa de todos os educadores mesmo antes do coronavírus. Contudo, quando o Conselho Nacional de Educação (CNE) aprova o ensino remoto nas escolas públicas e particulares brasileiras para manter as aulas exclusivamente online, assim como possibilita alguma retomada das atividades presenciais de forma gradual e rodiziada, ele coloca toda a sociedade a experimentar a educação híbrida como meio de manter o processo educativo. Mas, de fato, o que é essa metodologia e como ela interfere na experiência educacional de professores, pais e alunos?

 

Antes de mais nada, entendamos: o ensino combinado não se resume em ser apenas um meio. Não são apenas atividades presencias alternadas por outras em formato digital. É, em sua concepção, um programa planejado para oferecer o aluno elementos para apreender a vida também digitalmente já que nosso dia a dia é mediado pela tecnologia. E difere do ensino formal e daquela totalmente remoto pois carrega em sua estruturação uma gama de potencialidade a serem desenvolvidas pelos estudantes. Ao conduzir o aluno a fazer atividades com menor supervisão, como aulas assíncronas por exemplo, coloca o aprendiz como sujeito mais ativo de sua aprendizagem. No caso das crianças menores, tal modelo implica maior participação dos pais já que via de regra os filhos precisam ser monitorados para fazer parte de suas tarefas. Como educadora, pesquisadora e mãe sinto alguma apreensão social em relação à eficácia e/ou limitações do ensino híbrido. Nesse sentido, tomo os pilares da educação estabelecido pela Unesco – aprender a conhecer, aprender a fazer, aprender a conviver e aprender a ser - para guiar minhas impressões sobre tal proposta educativa.


 

Aprender a conhecer


 O primeiro dos 4 pilares da educação trata tanto da aquisição do saber quanto do domínio sobre os próprios meios para isso. Esse aprendizado pretende que cada pessoa possa conhecer o mundo que a rodeia, conseguindo assim viver dignamente, desenvolver capacidades profissionais e se comunicar. O pilar também aborda o prazer pela compreensão, pelo conhecimento e pelo descobrimento. Incentiva a pesquisa individual para o aumento do saber, o despertar da curiosidade intelectual, a formação de um senso crítico e o desenvolvimento de autonomia para a capacidade de discernimento. Para isso, é necessário antes de tudo, aprender a aprender. Isso é totalmente possível quanto necessário que seja pessoalmente ou virtualmente.


 

Aprender a fazer


O segundo dos 4 pilares da educação se trata de como conseguir usar os conhecimentos adquiridos na prática, no mercado de trabalho e na capacitação profissional. E, por isso, é fundamental pensá-los no contexto dos novos avanços tecnológicos pois desde as tarefas mais simples já são hoje executadas com ajuda da inteligência artificial.


 

 Aprender a viver juntos


 O terceiro dos 4 pilares da educação fala do respeito e parte da premissa de que o combate à intolerância e à violência é mais efetivo se grupos diferentes encontrarem objetivos em comum pelos quais lutar, em vez de simplesmente serem postos um em contato com o outro. Para esse aprendizado, é importante que a educação formal reserve tempo para que os estudantes sejam iniciados em projetos de cooperação. E que o meio digital também seja promotor de práticas não violentas, sociais e humanitárias para que haja consonância entre o mundo real e digital.


 

Aprender a ser


Tarefa de uma vida toda, consiste em tornar o indivíduo apto a pensar de forma autônoma e crítica, capaz de saber agir da melhor forma possível na vida, respeitando da diversidade humana. Isso se dá por meio de todos os pilares anteriores e exige ainda a crítica também em relação ao self digital que deve estar de acordo com a           aquilo que se é e não o que o que desejam que sejamos.

 

Pensando nos preceitos da Unesco nesta situação desafiadora de pandemia entendo seus impactos como evidencias de que a educação contemporânea tem instrumentos para crescer a curva de aprendizagem qualitativamente e quantitativamente. A história ensina nos momentos de ruptura, como a que vivemos desde o início da pandemia, podem se transformar em momentos de renascimento. Fomos obrigados a entender que o ecossistema educacional híbrido possibilita novos tipos de interações, conexões, conhecimento e até afetos. Por causa do coronavírus, avançamos muito rapidamente no aprendizado digitalizado. Sim, há muitas lacunas e desigualdades de acesso democrático no formato híbrido também. Entretanto, nossa realidade mudou e a educação não será mais a mesma. Isso pode ser visto como algo de efeito positivo. Ao fornecer uma experiência de aprendizagem abrangente que contempla o ambiente da tecnologia como uma ferramenta o ensino toda a sociedade pode ganhar. Obviamente, essa situação nova causa insegurança e as etapas iniciais de compreensão, readequação e adaptação têm exigindo muito trabalho. Mas por acreditar que o futuro educativo será híbrido antes mesmo da Covid-19 desestruturar o mundo, defendo que sigamos aperfeiçoando e ampliando as metodologias para ensinar melhor e a mais pessoas.

A condição humana exige relacionamento e a socialização é uma parte muito importante do desenvolvimento e produção de saberes técnicos e de vida. Porém, a possibilidade de criar espaços de encontros e construção de identidade, a partir de intercâmbios de conhecimento em ambiente real e virtual é a melhor opção que temos para apreender nesta primeira metade do século XXI.


EM QUANTO TEMPO UM PROFISSIONAL DEVE SE TORNAR LÍDER?

Levantamento realizado pelo Nube revela percepção dos jovens sobre curva de aprendizado nas organizações


Qual é o tempo esperado para se conquistar uma posição de gerência em uma companhia? Se antes o desenvolvimento e os planos de carreira eram mais longos, hoje, com a rapidez das novas gerações, a realidade mudou. Para entender melhor sobre isso, o Nube - Núcleo Brasileiro de Estágios fez uma pesquisa com jovens entre 15 e 29 anos e perguntou: “você se considera apto a exercer um cargo de liderança em quanto tempo depois de ser contratado por uma  empresa?”. O estudo ficou no ar entre 17 e 28 de maio e contou com a participação de 26.551 respondentes. 

Para 10.446, ou 39,3% dos participantes, em até um ano essa promoção já é bem vinda. Para Thatiane Rogai, analista de treinamentos do Nube, isso é possível. “Se a postura do colaborador estiver ajustada com a sua expectativa, ou seja, com o desejo de se tornar um líder rapidamente, é necessário estar engajado com a sua meta. O esforço deverá iniciar desde o seu primeiro dia de trabalho, mostrando toda a sua responsabilidade, competência e iniciativa para a credibilidade ser construída a todo momento”, explica. Ainda de acordo com a especialista, é importante manter-se alinhado com os valores e expectativas da corporação. “Dessa forma, será notado e lembrado pelos atuais gestores ao surgir oportunidades”. 

Entretanto, a paciência também deve se fazer presente em toda a jornada de um indivíduo no contexto empresarial. “Aproveitar cada etapa do desenvolvimento poderá contribuir na jornada, pois é necessário vivenciar situações diferentes para se adquirir experiências e saber como agir em distintas situações. De modo geral, todos aqueles promovidos, seja para cargos de comando ou não, recebem esse reconhecimento não apenas porque possuem o perfil para a vaga futura, mas também porque desempenham muito bem as suas funções atuais”, complementa. 

Outros 28,4% (7.541) imaginam um período ideal entre um e três anos. Nesse intervalo, a dedicação deve ser o foco. “Conhecer a organização, a política interna, os serviços e a cultura é crucial para se manter alinhado com o almejado. É importante cuidar dos detalhes, ser comprometido com as atividades assumidas, os horários, se mostrar proativo e disposto a contribuir. A ética deve estar presente em todos os momentos, na relação com o supervisor e os colegas. Portanto, ser transparente sobre dúvidas, dificuldades e expectativas é indispensável. Dessa forma, é possível obter ajuda sobre como traçar um planejamento associado ao tempo, com competências a se desenvolver para chegar nesse cargo”. 

Já 16,4% (4.352) estimam passar por diversas fases e experiências, algo possível entre três e cinco anos de atuação em um quadro. Além das dicas já citadas pela especialista, Thatiane destaca como aproveitar o trabalho em equipe pode ser essencial. “Pedir ajuda quando necessário não faz alguém ser visto como inadequado ou incapaz. Pelo contrário, quem solicita auxílio demonstra interesse e percepção de como determinada tarefa é importante e exige responsabilidade. Portanto, contar com o outro poderá ajudar nesse processo. Oferecer a mão quando estiver disponível também é uma atitude de destaque, pois demonstra iniciativa”, defende.  

Cerca de 8,9% (2.372) disseram: para conhecer bem um departamento e as atividades, leva tempo e maturidade e isso só se consegue depois de cinco anos. “Apesar de importante, o tempo é relativo para cada um. Alguns podem levar mais, outros menos. Para quem encara as etapas de desenvolvimento como chances para aprender, adquirir novos conhecimentos e habilidades e colocar em prática os aprendizados, a chefia poderá chegar mais rápido. Além desse quesito, é a forma como a pessoa se comporta e o interesse demonstrado no seu dia a dia, independentemente de sua função”.  

Por fim, apenas 6,9% (1.840) dos participantes afirmaram não ter interesse em uma posição de coordenação, tendo preferência por gerenciar apenas suas próprias tarefas. Segundo Thatiane, nem sempre o êxito na carreira está atrelado a se tornar um gestor. “O sucesso é subjetivo e frente a interpretação de cada um, os objetivos são estabelecidos. É importante estar sempre em busca do crescimento, se mantendo atualizado e estudando para atingir seus escopos, podendo ou não se tornar líder. Isso dependerá do perfil de cada um e de suas aspirações”, explica.  

Assim, a analista orienta quem tem o desejo de crescer na trajetória pelo mercado de trabalho e conquistar as metas estabelecidas. “Aproveite desde o início da sua carreira para conhecer, aprender, se desenvolver e amadurecer profissionalmente. O autoconhecimento é muito importante para saber onde você quer chegar e quais aspectos valoriza, os quais podem ser diferentes da maioria. Busque se destacar seja qual for sua atividade atual, assim poderá construir sua credibilidade por meio das responsabilidades e da segurança transmitidas. Seja gentil, encante o seu cliente, peça feedback para o seu coordenador, estude e se mantenha atualizado. Um colaborador assim será lembrado quando uma oportunidade aparecer”, finaliza Thatiane.

 


Fonte: Thatiane Reis Rogai, analista de treinamentos do Nube

www.nube.com.br


Pós-pandemia, as escolas estão preparadas para a implementação do Novo Ensino Médio?

Às vésperas da implementação do Novo Ensino Médio e lidando com os impactos negativos que a pandemia causou à educação, gestores de escolas públicas e privadas têm que lidar com a complexidade das mudanças educacionais. Na análise de Claudio Sassaki - mestre em Educação pela Universidade de Stanford e cofundador da Geekie -, enfrentar o desafio vale a pena. Um estudo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) defende que entre os avanços educacionais da nação nas últimas três décadas estão a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Novo Ensino Médio e a expansão da Educação Profissional e Tecnológica.


Menos de seis meses para a implementação do Novo Ensino Médio, as escolas de educação básica do Brasil, públicas e particulares, vivem o desafio de programar as mudanças e adaptações em meio aos danos causados pela pandemia à rotina educacional. Aprovado em 2017, o Novo Ensino Médio se desdobrou na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) – homologada pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), em 2018 – e na definição dos itinerários formativos: conjunto de unidades curriculares que possibilitam que o estudante aprofunde os conhecimentos e se prepare para dar prosseguimento aos estudos ou para atuar no mundo do trabalho, de forma a contribuir com a construção de soluções para problemas específicos da sociedade. Até o início do ano letivo de 2022, a reformulação deve estar implementada em todo o país. Mas, será que as escolas estão preparadas diante dos impactos negativos provocados pela crise sanitária?

Segundo Claudio Sassaki, mestre em Educação pela Universidade de Stanford e cofundador da Geekie, a demanda pela implementação é legítima e a motivação do grande debate que se estabeleceu para a Reforma do Ensino Médio tem base em análises do desempenho dos estudantes conduzidas por organizações como o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). Os resultados – no Brasil, 43% dos estudantes ficaram abaixo do nível básico de proficiência em três áreas avaliadas, sendo 55% em Ciências, 68% em Matemática e 50% em Leitura – reforçam a necessidade de questionar o ensino e criar arranjos novos para gerar experiências de aprendizagem capazes de elevar esses resultados de aprendizado e de endereçar soluções para os danos causados pela pandemia na educação.

“Esses números – em um contexto anterior à pandemia – mostram que 50% dos nossos jovens não conseguem identificar a ideia principal em um texto de extensão moderada; mais da metade não dá conta de interpretar e reconhecer a explicação correta de fenômenos científicos familiares. Então, a nossa forma de ensinar não está endereçando os desafios da aprendizagem. Essa reflexão explica a necessidade de repensar e remodelar a educação no Brasil”, detalha, acrescentando que a iniciativa do Novo Ensino Médio tem sido apontada pelos especialistas como um grande avanço educacional.

Lançado pela Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) e apoio técnico do Todos pela Educação, o estudo A Educação no Brasil: uma Perspectiva Internacional explora os principais desafios de qualidade e equidade, além de indicar os 10 passos para melhorar os resultados educacionais na nação. “Interessante notar que na análise dos avanços obtidos nas últimas três décadas – que endereçam a necessidade de reparar a dívida histórica que temos em relação à educação pública, principalmente – estão a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o Novo Ensino Médio e a expansão da Educação Profissional e Tecnológica”, destaca Sassaki.  

Na análise da OCDE dos 10 passos, o oitavo se refere à necessidade de aumentar a relevância da educação para os alunos – que dialoga diretamente com a reestruturação do Ensino Médio e o respectivo aumento de itinerários disponíveis para os estudantes, com a oferta de formação prática e opções profissionais nessa etapa do ensino. “A publicação traz que as reformas educacionais atuais, incluindo a do Ensino Médio, têm como um dos objetivos aumentar a motivação, o engajamento e o sucesso dos alunos fora das escolas. Uma opção apresentada pelo estudo é o desenvolvimento de programas em nível local, em colaboração com empregadores para responder ao engajamento e à demanda pelas habilidades envolvidas, além do desenvolvimento de itinerários profissionais que possam alimentar essa vivência do aluno”, analisa Sassaki.


Novo Ensino Médio e o combate à evasão escolar

Em uma perspectiva complementar, Sassaki aponta que há um quadro grave de evasão escolar no Brasil, problema que aumentou com a pandemia. “O desafio tem sido superar a barreira da falta de interesse e de engajamento dos estudantes, tornando a escola mais significativa do ponto de vista do aluno. A elaboração de itinerários formativos que unam as demandas do mercado e da vida aos interesses dos estudantes tem como uma das justificativas a troca de um currículo engessado por novas possibilidades de estudo”, afirma. De acordo com o especialista, se antes o aluno percorria três séries do Ensino Médio com um currículo fechado e sem opções, com a reforma, esse aluno tem a possibilidade de criar diversos ambientes de aprendizagem, ou seja, ele pode escolher algumas disciplinas. “É importante que pais e responsáveis saibam que a Reforma do Ensino Médio é o primeiro passo para transformar o processo de ensino e aprendizado; ela tem o potencial, real, de tornar a escola – na percepção do aluno – mais significativa”, reflete.

Na percepção de Claudio Sassaki, há três alterações que ele considera como as principais mudanças na Reforma do Ensino Médio; todas elas estão atreladas ao objetivo de trazer mais protagonismo aos jovens, garantindo o exercício dos direitos de aprendizagem. A primeira é a ampliação da carga horária de 2.400 para 3.000 horas até o início do ano letivo de 2022; a segunda, a elaboração dos currículos com conteúdos norteados pela Base Nacional Comum Curricular; e, por último, os estudantes podem selecionar caminhos distintos de formação, optando pelos que estão mais em sintonia com os projetos de vida deles.

“Quando falamos do alinhamento dos currículos à BNCC, o cerne da questão é que eles darão as diretrizes para repensar o aprendizado. Há muito tempo, acompanhamos o desinteresse dos jovens pela escola; as taxas de evasão escolar são a prova viva dessa desconexão. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, a Pnad Contínua e avaliação de Todos pela Educação, no período de 2012 a 2019, um em cada três estudantes de 19 anos – idade considerada ideal para a conclusão dessa etapa de ensino – não concluiu o Ensino Médio. Com a pandemia há uma preocupação muito grande que esse processo de abandono da sala de aula se acentue. Nesse sentido, a Reforma do Ensino Médio – que oferece ao aluno a possibilidade de escolher disciplinas em sintonia como o plano de vida desse estudante – pode transformar essa relação com a escola; acredito que aumentará a percepção de valor e sentido no aprender”, avalia o especialista. Segundo Sassaki, esse estudo mostra que, no Pará, a cada dois alunos, um não conclui essa importante etapa na idade considerada adequada. A taxa de conclusão é de apenas 45,6%.

Como mensagem aos pais e responsáveis que estão preocupados com o impacto da pandemia no cronograma de implementação da Reforma do Ensino Médio, Claudio Sassaki salienta que este é um processo benéfico para o futuro dessa geração. “Os alunos que estão na escola, hoje, têm necessidades e perspectivas de vida muito diferentes das registradas nas gerações anteriores. O modelo do Novo Ensino Médio, no entanto, há muito tempo não era adaptado à luz das mudanças geracionais; agora houve um redesenho para fazer frente a dados tão preocupantes quanto à conclusão da educação básica e à qualidade da aprendizagem ofertada neste segmento”, afirma o especialista.

O mestre em educação ressalta, também, a importância de incluir as famílias neste processo de adaptação do Novo Ensino Médio: “Os pais precisam ser corresponsáveis pela aprendizagem dos estudantes. Essa fase é um momento de muitas definições para a vida futura do adolescente. Portanto, a partir de 2022, com o novo formato do segmento, esses jovens poderão ter perspectivas mais concretas, experimentar as áreas de conhecimento pelas quais se sentem atraídos antes de decidir definitivamente o curso superior que irão fazer. Já os pais devem acompanhar essas escolhas e definições do projeto de vida de seus filhos para apoiá-los e dar o suporte necessário para que o futuro de cada estudante seja pautado pelas possibilidades e pelos sonhos reais e concretos formados durante essa trajetória do final da educação básica”, finaliza.



GEEKIE 

Governo Federal lança Programa de Estímulo ao Crédito para pequenos empreendedores

Na última quarta-feira (07/07), o Diário Oficial da União publicou a Medida Provisória 1.057/2021, que cria o Programa de Estímulo ao Crédito (PEC).


A Medida Provisória 1.057/2021, que cria o Programa de Estímulo ao Crédito para microempreendedores individuais (MEIs), micro e pequenas empresas e produtores rurais foi publicada na última quarta-feira (07).

Segundo a Secretaria-Geral da Presidência da República, o PEC visa criar incentivos para bancos oferecerem um financiamento com capital mais vantajoso para micro e pequenas empresas, além de MEIs. “A esperança é que o programa gere até R$ 48 bilhões em créditos”, explica João Esposito, economista e CEO da Express CTB – accountech de contabilidade.

Operacionalizado por bancos e instituições autorizadas pelo Banco Central – que não incluem cooperativas de crédito e administradoras de consórcios, o Programa de Estímulo ao Crédito atenderá empresas com receita bruta anual de até R$ 4,8 milhões, e poderá ser contratado até 31 de dezembro de 2021. “Caso a organização tenha sido aberta há menos de um ano, o limite do valor da receita será proporcional aos meses de funcionamento. Ainda, nesses casos, cada banco poderá agir conforme seus critérios e políticas pré-estabelecidos, considerando o faturamento equivalente ao período de 12 meses”, destaca o CEO.

A Medida Provisória permite que o Conselho Monetário Nacional (CMN) defina condições, prazos e regras para a disponibilização de créditos no âmbito do PEC. O Conselho também fica responsável pela distribuição de créditos de acordo com áreas de atuação e porte das empresas.

“Vale ressaltar que nenhum órgão público terá ligação com a garantia e riscos de créditos concedidos. As ameaças serão de responsabilidade dos bancos que aderirem ao programa. A União também não aplicará taxa de juros”, diz Lisiane Queiroga, coordenadora fiscal da Express CTB.

As instituições que adotarem o Programa de Estímulo ao Crédito poderão apurar crédito definido com base na fórmula definida na MP 1.057/2021 até dia 31 de dezembro de 2026.

 


Express CTB

www.expressctb.com.br


5 dicas para investir em ações de forma segura

O número de pessoas que buscam por opções para investir o seu dinheiro não para de crescer. Para se ter ideia, em 2021 a Bolsa de Valores ultrapassou a marca de 3,5 milhões de CPFs cadastrados, número ainda tímido se comparado a economias desenvolvidas, onde quase metade da população investe no mercado de ações. No entanto, iniciar no mercado de investimentos pode não ser tão simples quanto parece, é necessário conhecimento e cuidado para garantir um retorno positivo e não cair em golpes.

Para auxiliar aqueles que pretendem investir, o economista e especialista em gestão financeira Vinícius Machado separou algumas 5 dicas valiosas, são elas:

  1. Nunca pegue empréstimo para fazer investimentos - especialmente para investimentos que envolvem riscos, que tenham variação de preços, nunca opte por pegar dinheiro emprestado para apostar no investimento. Isso costuma dobrar o risco e causar grandes prejuízos a qualquer tipo de variação. Além disso poderá gerar muito mais estresse e preocupação com o dinheiro;
  2. Quanto investir? - o valor investido é bem importante, algumas vezes as pessoas separam os seus primeiros R$ 1 mil ou R$ 2 mil e compram ações. Isso, de modo prático, não é muito eficaz, porque se essa pessoa tem um valor pequeno para investir, o potencial em uma Renda Fixa x Ação é de ganhar 5% ou 6% a mais no ano. Então, 5% ou 6 % a mais em uma quantia pequena de dinheiro não será representativo e não vai pagar o tempo e o custo despendido para abrir uma conta em uma corretora. Por isso, seja muito objetivo, procure investimentos até R$ 30 mil reais em renda fixa ou outras opções que rendam próximo ao CDI e, depois de ter juntado um capital maior, vá para outros investimentos, busque diversificação, especialmente em fundos;
  3. Fundos são as melhores opções - fundos de investimentos, especialmente para quem está começando ou não para quem não tem muito tempo, geram uma grande facilidade em especial porque tem um gestor profissional cuidando do seu dinheiro. Além disso, se você investir fundos em um banco e esse banco quebrar, você não perderá o seu dinheiro, porque é um CNPJ separado. Os fundos ainda têm uma facilidade em relação a questão tributária, sendo muito mais fáceis de declarar.
  4. Tenha ressalvas ao preencher o perfil suitability - não é porque o formulário suitability demonstrou que você é um perfil agressivo como investidor, que você irá investir tudo em ações, e não é porque demonstrou que você é conservador que você não poderá investir nada em ações. Se tem intenção de investir em fundos de ações ou em ações diretamente, sinta o mercado, vá aos poucos. Comece com 5%, depois coloque mais 5% e vá aumentando mês a mês essa quantidade, dê chance para as coisas acontecerem. A pressa é inimiga dos bons investimentos;
  5. Tenha cuidado com as promessas mirabolantes - promessas de grandes retornos em investimentos, dos 10% ao mês, não existe. Os melhores investidores do mundo ganham cerca de 15% ao ano. Então pense que um investimento que promete 5% ou 10% ao mês tem algum problema muito sério. Sempre procure por profissionais e empresas que estejam registrados na CVM, no Banco Central. Invista de maneira segura. Não faça investimentos com pessoas que não têm esse tipo de certificação, porque depois, caso tenha algum problema, você ficará com ele e não terá a quem recorrer. Além disso, em nenhuma hipótese, invista em um lugar que não seja o seu CPF. Não envie dinheiro para uma pessoa fazer o investimento pela conta dela, isso não existe e é proibido. Na maior parte das vezes, são esquemas de pirâmide e esquemas relacionados a investimentos fraudulentos.

 

segunda-feira, 12 de julho de 2021

Com queda nos bancos de sangue, aplicativo busca auxiliar e incentivar doações

Hemogram está disponível para download gratuitamente na Play Store
Divulgação


Hemepar aponta queda de 44% na doação de bolsas diárias de sangue durante pandemia; app disponibiliza notificações e lembretes aos usuários


A agilidade e a praticidade dos aplicativos podem ajudar também na coleta de doações de sangue em um momento de estoques preocupantes nos centros de coleta. Lembretes das datas das próximas doações, acesso a informações sobre doadores, abertura de solicitação, lista de pedidos de doações e dúvidas frequentes são algumas das funcionalidades do Hemogram, aplicativo desenvolvido pelo Instituto das Cidades Inteligentes (ICI) em parceria com o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar). Seu principal objetivo é facilitar o acesso da população ao serviço, incentivando novas doações.

Com a pandemia da Covid-19, o Hemepar, órgão responsável pela coleta e distribuição de sangue no Paraná, percebeu uma queda de aproximadamente 44% nas bolsas de sangue diárias. Em Curitiba e Região Metropolitana, a demanda necessária para atender as instituições é de cerca de 180 bolsas por dia. Entretanto, segundo informações do Hemepar, o número de coletas caiu para 100 bolsas diárias. O que torna as estratégias para incentivar a doação ainda mais essenciais e levou à remodelação do aplicativo para atender às necessidades durante a pandemia.

Segundo a assistente social Roberta Juliana Rossi, do setor de captação do Hemepar, o aplicativo é uma ferramenta de acesso importante e de fácil navegação ao alcance das mãos. “A expectativa é aproximar e fidelizar os doadores, mantendo nossos estoques em alta, possibilitando o atendimento aos 384 hospitais públicos e filantrópicos que recebem bolsas de sangue e dependem da Hemorrede”, diz.

De acordo com o analista Jean Christian de Lima Ribeiro, da Coordenação de Portais e Tecnologia do ICI, o acesso ao software ficou mais prático e dinâmico com a nova versão do app. “A tecnologia que envolvia o projeto foi atualizada e nós redesenvolvemos as principais funcionalidades já existentes do aplicativo anterior com o objetivo de torná-lo mais leve e intuitivo”, comenta. 

O analista explica que nessa nova versão foi implementada a notificação com aviso de agendamentos para o usuário. “A intenção foi inserir a possibilidade de lembretes, para que o usuário não perca a data das próximas coletas. Além disso, incluímos hiperlinks clicáveis, que deixam possível, por exemplo, a utilização do mapa para selecionar a opção de local em que quer realizar a doação e traçar uma rota até o destino”, acrescenta. 

No aplicativo, também é possível verificar informações sobre como ser um doador de sangue e de medula óssea. O Hemepar pode cadastrar solicitações de doação de sangue em um painel na plataforma web e, então, disponibilizá-las aos usuários do app.

O Hemogram é uma iniciativa de responsabilidade social do ICI e está disponível para download gratuitamente na Play Store.

 


ICI – Instituto das Cidades Inteligentes

 www.ici.curitiba.org.br


Posts mais acessados