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quinta-feira, 11 de março de 2021

Março amarelo é o mês de conscientização mundial sobre endometriose

 Foto de Sora Shimazaki no Pexels

Sem causa definida, mais 7 milhões de brasileiras vivem com a condição; especialista aborda a importância dos tratamentos clínicos e cirúrgicos


Cerca de 10% das brasileiras são acometidas pela endometriose, de acordo com o Ministério da Saúde. O cirurgião ginecológico do Hospital Brasília Alexandre Brandão alerta para a importância de continuar o tratamento mesmo durante a pandemia do novo coronavírus.

De acordo com o médico, a endometriose é uma doença que precisa de acompanhamento. “Na maioria das vezes o tratamento é clínico. Porém, há casos em que a cirurgia é necessária, como, por exemplo, quando há acometimento de outros órgãos. Entretanto, somente com a avaliação clínica é possível saber”, explica.

Durante o período de isolamento social, muitas pacientes vêm deixando os tratamentos clínicos por medo de contrair a covid-19. “Mesmo vivendo um momento complicado, não podemos deixar de cuidar da nossa saúde. Inúmeras pacientes deixaram de seguir o tratamento e apresentaram uma piora no quadro clínico”, lamenta.

O médico ainda reforça que a endometriose é uma doença causadora de sofrimento às mulheres e precisa ser tratada de maneira adequada. O resultado é uma vida com bloqueios, estresse em níveis altos e até depressão. Março é comemorado o Mês Mundial de Conscientização sobre a Endometriose, que afeta aproximadamente 7 milhões de brasileiras, segundo a Associação Brasileira de Endometriose.


O que é a endometriose?

Formada pelo tecido interno do útero, o endométrio, a endometriose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela presença de endométrio fora da cavidade uterina. Ela acomete os ovários, a bexiga e, em alguns casos, pode acometer o intestino.

Os principais sintomas são: cólica menstrual incapacitante, dor na relação sexual, dor para evacuar/mudança do ritmo intestinal e dor ao urinar. Esta última pode, inclusive, ser confundida com infecção de urina. Além dos sintomas desconfortáveis, a endometriose pode ser uma das causas de infertilidade.

Existem cinco tipos de endometriose: a de parede abdominal, a ovariana, a peritoneal, a profunda e a extra-abdominal.


Tratamento

O ginecologista afirma haver duas formas de tratamento: a clínica e a cirúrgica. No tratamento clínico, algumas das opções são: bloqueio hormonal, que visa a parar a menstruação e assim aliviar as pacientes com a condição; fisioterapia e atividade física; não ingestão de alimentos que causam má digestão, gases dores abdominais, distensão do intestino; cuidados com a saúde mental. “As pressões sociais são desgastantes para as pacientes com a condição. É recomendado procurar um psicólogo, meditar e orientar os familiares para entenderem melhor a doença”, explica.

O tratamento cirúrgico depende também da avaliação clínica. Algumas das principais indicações são: risco de infertilidade; comprometimento de algum órgão, função do intestino, bexiga ou uretér, ou obstrução desses órgãos; dor na relação sexual; falha no tratamento clínico multidisciplinar.

Laparoscopia ou cirurgia robótica são as indicadas pelo médico como tratamento cirúrgico para a endometriose. “Nunca é feita uma cirurgia aberta, como uma cesariana. A histerectomia também não é o suficiente para acabar com a doença. É preciso eliminar todos os focos de endometriose ou ela continuará a crescer”, alerta. Alexandre Brandão ainda finaliza dizendo que, mesmo com cirurgia, é necessário um acompanhamento clínico.


 

Hospital Brasília


Descarte das máscaras precisa de cuidados, alerta a ABNT

Após 1 ano da pandemia no Brasil, completados em 25 de fevereiro, as máscaras de proteção respiratória descartáveis ou laváveis, que passaram a fazer parte do dia a dia da maioria da população, já começam a apresentar os sinais do tempo. Para manter a proteção oferecida pela máscara, é fundamental saber utilizar o dispositivo da maneira correta e saber realizar o descarte das máscaras que não são mais reutilizáveis.

A ABNT, - Associação Brasileira de Normas Técnicas recomenda que, caso seja identificado algum dano como deformação, desgaste, perda de elasticidade das alças etc, a máscara deve ser descartada.

Mas o descarte precisa observar alguns cuidados para evitar a contaminação de pessoas que eventualmente poderão entrar em contato com o artigo descartado, como trabalhadores responsáveis pela coleta de lixo, por exemplo. De acordo com a ABNT, quando a máscara não estiver mais apta ao uso, o descarte deve seguir as seguintes orientações:

• Descaracterizar a máscara cortando-a com uma tesoura, a fim de evitar a reutilização por terceiros - importante ressaltar que a tesoura deve ser higienizada após a descaracterização de máscaras usadas;

• Colocar a máscara descaracterizada em um saco de papel ou plástico e certificar-se de que o saco esteja bem fechado e em seguida jogar em uma lixeira com tampa;

• Após o descarte, evitar tocar no rosto ou em superfícies e lavar imediatamente as mãos com água e sabão ou higienizá-las com álcool em gel a 70%.

"É importante lembrar que descartar as máscaras no chão, assim como qualquer outro lixo, traz diversas consequências ao meio ambiente, suja os lençóis freáticos e entope canais, causando alagamentos. Portanto, o descarte correto também contribui para a preservação do meio ambiente. Continua valendo a máxima: lixo no lixo", ressalta Mario William Esper, Presidente da ABNT.

Acesse mais informações e o conteúdo completo das ABNT PR 1002 (Máscaras de proteção respiratória de uso não profissional - Guia de requisitos básicos para métodos de ensaio) neste link.


Os desafios no cuidado com a saúde bucal das crianças na retomada das aulas presenciais

A pandemia trouxe diversos desafios para todos, principalmente para pais e mães que precisaram adaptar a rotina em casa com os filhos. Com o retorno das aulas presenciais nas escolas, surgem muitas dúvidas relacionadas à saúde das crianças como um todo e, também, sobre os cuidados com a higiene bucal, já que a Covid-19 é uma grande ameaça e a boca torna-se uma porta de entrada para o vírus.

No que envolve as crianças, o recomendado é realizar ao menos duas escovações diárias com creme dental infantil fluoretado (com, no mínimo, 1000ppm) na quantidade de “1 grão de arroz”, para crianças em fase pré-escolar, e “1 grão de ervilha”, para os demais grupos de crianças, sempre com supervisão dos responsáveis. “Nas escolas, isso sempre foi recomendado para após as refeições e lanches. Porém, muitas escolas, neste momento, estão ponderando a introdução das escovações, uma vez que, devido ao cenário atual, a maioria das crianças deva retornar às aulas em sistema híbrido e com horários reduzidos”, explica a cirurgiã-dentista Ivy Bassoukou, membro da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP). Com as novas adaptações curriculares, as escolas não conseguem cumprir a regra da quantidade de escovações, a não ser que a criança esteja matriculada em período integral. “O importante é sempre ressaltar a necessidade de manter a rotina da higiene oral em casa”, completa.

As máscaras se tornaram item obrigatório no cotidiano de todos e não será diferente no ambiente escolar. A cirurgiã-dentista Silvana Frascino, que também é membro da Câmara Técnica de Odontopediatria do CROSP, explica que a higiene oral deve ser mantida principalmente após o almoço escolar, “mas é preciso orientar constantemente a criança quanto à importância da lavagem das mãos antes da manipulação da máscara, bem como atenção para colocá-la no rosto depois da escovação, manuseando apenas os elásticos laterais”, afirma. Outro fator de suma importância é o local onde se deve deixar a máscara, enquanto se escova os dentes. “Hoje, existem até cordões porta máscaras que a criança pode pendurar no pescoço na hora da higiene bucal, lembrando que esses acessórios não são recomendados para os menores de 3 anos”, alerta.

Além de todos esses cuidados é importante que os pais das crianças não deixem de lado o acompanhamento de um profissional de Odontologia. A Associação Brasileira de Odontopediatria (ABOPED), bem como a Associação Internacional de Odontopediatria (IAPD) recomendam que a primeira visita ao odontopediatra ocorra entre 6 meses até 1 ano de idade. “A mãe deve ainda, durante a gestação realizar consultas de pré-natal odontológico, onde receberá orientações específicas para o cuidado da saúde oral do bebê. A higiene oral pode ser lúdica e estimulada pelos pais, tornando a hora da escovação um momento divertido e prazeroso”, explica Frascino.


Hora do lanche

Lanches saudáveis como frutas, castanhas e legumes como, por exemplo, minicenourinhas cruas sempre são as melhores opções de merenda para as crianças. “Deve-se evitar produtos e alimentos que contenham açúcar refinado como doces industrializados, bolachas recheadas, balas e confeitos. Não é recomendada também a ingestão de salgadinhos, pois os mesmos aderem bem aos dentes dificultando a higiene. É bom sempre lembrar ainda da garrafinha de água para reforçar a hidratação”, explica a cirurgiã-dentista Ivy Bassoukou.

O ambiente escolar também pode contribuir com ações de conscientização sobre a importância da saúde bucal das crianças. As especialistas indicam algumas ações que podem fazer toda a diferença na hora de auxiliar as famílias nesta empreitada de cuidar do sorriso da meninada. Veja a seguir:

  • Escolas que oferecem lanches e almoços devem ter nutricionista para elaborar os cardápios com opções equilibradas e saudáveis para seus alunos;
  • As escolas que disponibilizam cantinas e/ou lanchonete, onde o aluno pode escolher seu lanche, devem optar por opções saudáveis como sucos naturais, frutas etc.. É importante evitar a comercialização de salgadinhos, doces e refrigerantes, pois dependendo da faixa etária da criança, ela ainda não saberá escolher o alimento mais nutritivo. A orientação dos pais também nesse sentido de incentivar as melhores escolhas é fundamental;
  • A saúde oral também pode e deve ser trabalhada como um conteúdo transversal do currículo escolar, com abordagens em temas que permitam a discussão da saúde como um todo, evidentemente que sempre adequado às diferentes faixas etárias e capacidade cognitiva dos alunos e das turmas.

 



Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP)

www.crosp.org.br


49% das brasileiras desconhecem a importância do ácido fólico para as tentativas de gravidez, aponta estudo

Embora saibam que ele é importante durante a gestação, não têm conhecimento da sua importância antes da gravidez.



A preparação da mulher para a gravidez, é tão importante quanto a própria gestação. Ter uma alimentação adequada, hábitos saudáveis e consumir suplementos vitamínicos diariamente é essencial. Além disso, o ácido fólico também é primordial para uma gestação saudável e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO) recomenda sua ingestão no mínimo 30 dias antes da concepção.

Porém, conforme apontou um estudo recente feito pela Famivita, 49% das brasileiras que estão tentando engravidar não sabem que sua ingestão é recomendada já no período das tentativas. O percentual de mulheres que sabem essa informação, vai crescendo conforme a idade. Dos 18 aos 24 anos, somente 40% têm esse conhecimento, já dos 30 aos 34 anos, 68% sabem da importância do ácido fólico antes da gravidez.

Os dados por estado demonstram que o Paraná é o estado em que mais mulheres sabem da importância do ácido fólico antes da gravidez, 63% delas. No Distrito Federal e em Minas Gerais, pelo menos 54% têm esse conhecimento. Já em São Paulo e no Rio de Janeiro, 51% e 46% sabem dessa informação, respectivamente. E o estado em que menos mulheres têm esse conhecimento sobre o ácido fólico, é o Amapá, com 31% das entrevistadas.

O ácido fólico aliado com vitaminas e minerais contribuem para o equilíbrio metabólico necessário para a concepção e a manutenção da gravidez. E o FamiFerti supre as necessidades do organismo feminino nessa fase e pode aumentar as chances de obter o tão sonhado positivo. Fato comprovado pelos pesquisadores da Harvard T.H. A Chan School of Public Health, que frisam a importância do consumo de vitaminas para as tentativas aliadas com o ácido fólico. Todos esses cuidados podem acelerar o prazo até o positivo e fazer uma diferença positiva na qualidade da saúde do futuro bebê, além de prepararem o organismo da futura gestante para a gravidez e para o parto.


Pediatra alerta para o risco de subnotificações do sarampo na pandemia

A queda das notificações de sarampo no continente americano durante a pandemia preocupa a Organização Panamericana de Saúde (Opas), já que há uma possibilidade de subnotificação importante a nível global.


O continente americano tinha o selo de erradicação do sarampo em 2016, mas voltou a registrar casos da doença nos anos seguintes, fenômeno que especialistas relacionam à queda na cobertura da vacina tríplice viral. A diminuição das aplicações da primeira dose da vacina na América Latina é um alerta, já que desde janeiro, uma análise de 25 países da região mostra que o número de imunizações aplicadas ficou abaixo do patamar do ano passado.

Para a pediatra do grupo Prontobaby, Priscila Matos, a vacina é a melhor forma de prevenção da doença e todos devem tomá-la, já que o calendário de vacinação no Brasil é amplo e gratuito.

"Não existe nenhuma medicação específica para o tratamento do sarampo, portanto todos devem se vacinar", afirma.

A seguir, Priscila Matos esclarece as principais dúvidas sobre riscos e prevenção da doença. Confira:

O que é Sarampo?

O Sarampo é uma doença viral aguda causada pelo Morbilivirus. A transmissão ocorre, principalmente, no inverno e primavera através de aerossóis respiratórios e gotículas. Mas, a epidemia de Sarampo é um fenômeno global.

Quais são as principais causas da doença?

A doença é infecciosa aguda, de natureza viral, e pode se manifestar em todas as idades, especialmente, em crianças, jovens e adultos. Ela é transmitida pela fala, tosse e espirro, por exemplo, e extremamente contagiosa. Mas, que pode ser prevenida com vacina.

Quanto tempo o vírus demora a se manifestar no corpo?

O período de incubação varia de oito a 12 dias desde a exposição ao vírus e o início dos sintomas. Nos primeiros cinco dias pode haver manifestação de febre alta, tosse, coriza e conjuntivite. As manchas vermelhas características da doença surgem entre o terceiro e o sétimo dia, com início atrás das orelhas e distribuição para todo o corpo.

Como se prevenir?

A melhor e única forma de prevenção é com a vacina. Não existe nenhuma medicação específica para o tratamento, portanto todos devem se vacinar.

Quem já se vacinou quando pequeno deve tomar a vacina outra vez?


Quem já se vacinou quando criança deve receber a dose de reforço na adolescência ou quando adulto. Serão até duas doses dependendo da situação vacinal anterior. Quem está com a vacina atrasada ou nunca se vacinou deve procurar pontos de vacinação.

Quais medidas os pais devem tomar para prevenir os filhos?

A melhor medida é vacinar os seus filhos. Atualmente, existe uma corrente contra vacinas e isso faz com que doenças, que até pouco tempo estavam controladas, voltem, como o próprio sarampo. O medo e os mitos das vacinas estão levando a um surgimento de novos surtos de doenças, o que de fato está colocando, diretamente, toda a população em risco.


Falta de exame na infância pode cegar

Entre 80% e 90% das perdas de visão em um dos olhos poderiam ser evitadas. Entenda.

 

A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que no Brasil 2,1 milhões pessoas não enxergam de um olho. É a monovisão que pode afetar desde bebês até jovens e adultos. Apesar das limitações não é considerada deficiência no Brasil. Uma lei aprovada pelo congresso aguarda sansão do presidente até 23 deste mês e já recebeu mais de 100 mil apoios da população no portal do senado. 

De acordo com o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) a OMS classifica como cegueira monocular pessoas que enxergam até 10% no pior olho. “Nesta condição a perda do campo visual é de 25%. A visão de profundidade e a percepção espacial também ficam comprometidas”, salienta.  Por isso, quem enxerga só com um olho não pode ter habilitação profissional para conduzir ônibus e caminhão ou pilotar avião. O especialista que também é perito em medicina do tráfego e membro da ABRAMET (Associação Brasileira de Medicina do Tráfego) afirma que a monovisão permite ao portador conduzir veículos de pequeno porte, mas a aprovação no exame médico requer 70% de acuidade visual no melhor olho, contra o mínimo de 50% para quem tem visão binocular.

 

“Parasita na areia da praia me cegou um olho”, diz veterinária

A médica veterinária, Elizabeth Artigozo (39) enxerga 100% com o olho direito, mas tem dificuldade quando precisa dar ré, comenta.  Ela conta que aos 4 anos de idade ficou totalmente cega do olho esquerdo brincando na areia da praia. “Na época era um caso raro e de difícil diagnóstico. Não tinha dor e meus pais só me levaram ao oftalmologista quando perceberam meus olhos vermelhos”, afirma. Após muitas consultas e exames veio o diagnóstico – toxicaríase, uma infecção causada pelo toxicara. O parasita é comum nas  fezes de cachorros e gatos que algumas pessoas levam para a praia e deixam as larvas na areia.  A contaminação causou perfuração e descolamento de retina, entre outras alterações irreversíveis no olho esquerdo de Elizabeth que provocaram a cegueira monocular. 

Queiroz Neto afirma que até hoje os casos de toxocaríase não são frequentes. Geralmente ocorrem entre 4 e 6 anos e são diagnosticados em um exame de rotina. O especialista alerta aos pais que as mãos são importantes veículos de outras doenças oculares infecciosas. As mais comuns são a conjuntivite e a ceratite, inflamação da córnea, mais frequentes em quem usa lente de contato. O primeiro exame oftalmológico, ressalta, deve acontecer quando a criança completa um ano. O segundo aos 3 anos quando os pais usam óculos ou aos 4 anos quando não usam e ser repetido no início do processo de alfabetização para garantir o aprendizado. 

“Mesmo com monovisão, conseguiu se adaptar bem às atividades do cotidiano porque não enxerga com o olho esquerdo desde criança,” diz Elizabeth. “Nas aulas eu me sentava sempre ao lado esquerdo da sala para ter maior amplitude de visão. Fui quebrando as barreiras da deficiência. Há oito anos me formei em Veterinária e cuido de pequenos animais”. conta. Na opinião dela, quando uma pessoa fica cega de um olho na idade adulta a adaptação é mais difícil e por isso esta lei é bastante importante.

 

Prevenção

Queiroz Neto afirma que entre jovens e adultos os acidentes de trabalho e trânsito são a principal causa da deficiência. Isso porque, podem causar perfuração da córnea, descolamento da retina, lesão no nervo óptico ou outra estrutura do globo ocular.  Para evitar acidentes recomenda o uso de óculos de proteção ou EPI que previne 90% dos ferimentos.

O oftalmologista alerta que a visão monocular de nascença pode ser causada por doenças infecciosas contraídas pela mãe durante a gestação como a rubéola, sarampo, sífilis ou toxoplasmose. A toxoplasmose é causada por frutas e verduras mal lavadas ou carnes malcozidas. A doença pode ser flagrada ainda na gestação por meio de um exame de sangue que não tem contraindicações para a gestante.  Em caso positivo, o tratamento do bebê é feito com antiparasitário ao longo do primeiro ano de vida.

A criança, ressalta, também pode nascer com catarata ou glaucoma congênito e retinoblastoma. Estas doenças são diagnosticadas pelo teste do olhinho logo que o bebê nasce e devem ser tratadas o quanto antes. O problema é que este teste ainda não é obrigatório em todo o país. Em São Paulo apesar da obrigatoriedade, nem sempre é realizado. Por isso, a recomendação do especialista aos pais é levar o bebê para fazer o teste logo que a mãe recebe alta da maternidade.


Endometriose: doença atinge uma a cada 10 mulheres no Brasil

 Especialista em cirurgia por vídeo, Dr. Thiers Soares explica os principais sintomas e tratamentos para doença que já atingiu Tatá Werneck, Wanessa Camargo e Malu Mader

 

Segundo dados do Ministério da Saúde, uma a cada 10 mulheres entre 25 a 35 anos no Brasil sofre de endometriose, doença inflamatória do sistema reprodutor feminino, que acontece quando o endométrio, tecido que reveste o útero por dentro, se implanta em vários locais na cavidade abdominal, como ovário, intestino e bexiga. Durante o mês de março, campanhas como o Março Amarelo, mês mundial de conscientização da endometriose, reforçam a importância sobre os cuidados com a saúde da mulher em relação à doença.

De acordo com o Dr. Thiers Soares, especialista em cirurgia por vídeo e robótica, muitos casos demoram anos para serem diagnosticados. O atraso médio mundial é de 8 anos entre as primeiras queixas e o diagnóstico definitivo.

A identificação acontece, muitas vezes, a partir de exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve. "A demora em diagnosticar os focos da doença pode levar ao estado mais grave do quadro, quando é necessário partir para uma intervenção cirúrgica", explica o médico. Mesmo assim, é importante lembrar que a endometriose não tem cura. Ela é uma condição crônica, que deve ter acompanhamento constante.

No Brasil, 15% das mulheres, ou 7 milhões, sofrem com a doença. Famosas como a apresentadora Tatá Werneck, a cantora Wanessa Camargo e a atriz Malu Mader já relataram sofrer com a condição e recorreram à cirurgia para aliviar as dores.

Muitas mulheres manifestam o medo de não conseguirem engravidar devido a endometriose, mas o especialista em laparoscopia e robótica afirma que com o tratamento adequado para cada caso, é totalmente possível que a paciente tenha uma vida reprodutiva normal.

 

Principais sintomas

Entre os principais sintomas da endometriose estão as cólicas fortes - as quais podem impedir a mulher de praticar atividades comuns, como trabalho e exercícios físicos - e as dores abdominais frequentes, que podem também ocorrer fora do período menstrual. Além desses, também são comuns:

• Sangramento menstrual desregulado e intenso

• Fadiga e Cansaço

• Sangramento intestinal durante o período menstrual

• Dores fortes durante relações sexuais

• Dificuldade de engravidar

 

Tratamentos avançados diminuem riscos e cicatrizes

Primeiramente é importante realizar um acompanhamento com o ginecologista para entender o grau da condição e como prosseguir com o tratamento. Muitas vezes, o uso do anticoncepcional para suspender a menstruação é adotado para reduzir as dores.

Mesmo assim, quando necessário intervenções cirúrgicas, a ciência já avançou bastante para garantir procedimentos mais simples, que causem menos impacto na rotina dos pacientes.

Em alguns casos, recomenda-se a videolaparoscopia, cirurgia para a retirada dos focos de endometriose espalhados pelos órgãos. "A maioria das pessoas não sabe, mas existem métodos minimamente invasivos para esse procedimento, como a videolaparoscopia e a cirurgia robótica", explica o especialista. Essas técnicas têm um pós-operatório muito mais seguro, com menos tempo de internação, menos chance de infecção e trombose, retorno mais precoce às atividades diárias e ao trabalho, entre outras vantagens.

Com os avanços tecnológicos, atualmente, a robótica é a técnica mais moderna e chega como alternativa para diminuir a necessidade de procedimentos mais complexos. Diferente da videolaparoscopia, a modalidade traz a visão 3D para a rotina do cirurgião, com movimentos mais refinados e articulação dos instrumentos muito mais ampla em comparação com a videolaparoscopia. Apesar da facilidade, nem todos os profissionais estão aptos a trabalhar com o equipamento, sendo necessário uma habilitação especial.

Segundo o especialista, campanhas como o Março Amarelo ajudam no alerta para identificar a doença, onde "a informação é o primeiro passo para o diagnóstico precoce e, com isso, evitarmos o comprometimento da qualidade de vida das pessoas afetadas por essa doença tão enigmática", afirma.

 



Dr. Thiers - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é atualmente presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Minimamente Invasiva e Robótica - capítulo Rio de Janeiro - RJ e médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Designado para receber, no ano de 2021, o título de Doctor Honoris Causa, pela Universidade Victor Babe, na Romênia, o médico ainda será homenageado no Congresso Anual da SLS, programado para Nova York, em agosto deste ano, com o título de Honorary Chair. Também é Senior Medical Advisor do Luohu Hospital, em Shenzen, na China.

Instagram: https://www.instagram.com/thiers/

Site: https://drthiers.com/

Linkedin: https://www.linkedin.com/in/thiers-soares-raymundo-830b8a73/


Cresce a oferta de empréstimo pessoal tendo o imóvel como garantia

As instituições financeiras se mantêm no mercado através do giro de capital e uma das possibilidades mais importante para que isso ocorra é o empréstimo. Diversas modalidades são ofertadas, como empréstimo pessoal e financiamento habitacional, mas o que tem chamado atenção é uma modalidade híbrida desses dois contratos.

A crescente onda de empréstimos diante de crises financeiras abriu espaço para empréstimos pessoais com garantia real (alienação fiduciária de imóvel quitado). “Esse tipo de contrato utiliza-se das regras dos contratos de empréstimo pessoal com a garantia que se dá aos contratos de financiamento habitacional (SFH e SFI), no caso um imóvel. É muito importante que o devedor saiba entender essa modalidade de contrato e as diferenças entre eles”, explica o presidente da Associação Brasileira de Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa.


Ele conta que, na sua origem, esses contratos são caracterizados como empréstimos pessoais e não são regidos pelas legislações que se aplicam aos contratos de financiamento habitacional. “Isso porque a finalidade do empréstimo não está atrelada à aquisição da casa própria, mas simplesmente a um empréstimo pessoal com uma garantia real. Essa garantia real, por outro lado, se dá pela alienação fiduciária, que é registrada no imóvel do devedor que deve, no momento do empréstimo, deve estar livre e desembaraçado de qualquer outro tipo de garantia real ou constrição judicial (penhora, arresto, impedimento de venda etc.)”, esclarece.


Segundo Vinícius Costa, nessa modalidade de contrato, a taxa de juros é mais baixa que no empréstimo pessoal sem garantia, mas é mais alta que as taxas dos financiamentos habitacionais. “É permitida a aplicação de correção monetária ao saldo devedor e eleição de uma modalidade de sistema de amortização (SAC ou Tabela Price), como ocorre nos contratos de financiamento habitacional. Há, também, permissão de capitalização de juros mensal ou anual nesses contratos. Porém, é necessário que haja expressa previsão contratual”, completa.


Ao contrário dos contratos de financiamento, os contratos de empréstimo pessoa não contam com um seguro obrigatório por lei. É facultado ao devedor contratar um seguro por contra própria para essa finalidade. “Ou seja, qualquer imposição nesse sentido representa a chamada venda casada. O seguro somente será obrigatório para os contratos de financiamento habitacional vinculados ao SFH ou SFI. Além disso, pode ser cobrado pela instituição financeira taxas de avaliação do imóvel e tarifa de cadastro”, diz Vinícius Costa.

 


Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH)


Contrato de namoro garante proteção individual ao casal

O que passaria pela sua cabeça se ouvisse o pedido: vamos ao cartório fazer um contrato de namoro?

Junto com o avanço tecnológico, modernidade e diversidade, há também a evolução das relações pessoais. E, neste sentido, tenho algo inovador para lhe contar - mais do que isso, lhe proteger se for preciso.

O namoro nasce através da vontade de se relacionar entre duas pessoas, independente de sexo, cor ou religião. Diferente de demais atos, como casamento e união estável, que possuem maiores formalidades, o contrato de namoro renuncia a vontade de constituir família, bem como, compartilhar bens e obrigações.

Neste sentido, a atividade notarial oferece uma oportunidade de proteção, que é a lavratura do contrato de namoro, reforçando a defesa do patrimônio individual do casal e afastando qualquer possibilidade de confusão de namoro com união estável. Ou seja, dessa maneira não há discussão de bens, pensão e herança num eventual rompimento ou óbito, por exemplo.

O contrato de namoro reforça que as partes não possuem direito ao patrimônio um do outro, bem como não têm obrigações em caso de término, além de não desejarem a formação de família.

Não há formalidades específicas e obrigatórias. Trata-se de uma escritura pública com a declaração de vontade expressa das partes, espontânea e livre de vícios.

Os requisitos mínimos são: maioridade; capacidade; renúncia à vontade de construir família, partilha, bens e obrigações.

O prazo é determinado, podendo ser renovado a qualquer tempo, por livre e espontânea vontade. Havendo intuito de construção de patrimônio comum, deverão migrar para a união estável ou casamento, inclusive determinando o regime de bens.

No contrato de namoro, como não há qualquer relação patrimonial, não há escolha de regime de bens.

Quando lavrado por escritura pública, por um Tabelião de Notas, o contrato é dotado de fé pública, constituindo um meio de prova eficaz de que a união do casal trata-se apenas de um namoro, e não um casamento ou união estável.

Procure um Tabelião de sua confiança e saiba mais detalhes.


Wendell Jones Fioravante Salomão - Escrevente do 4º Tabelião de Notas de Ribeirão Preto (SP). Bacharel em Direito e pós-graduado em Direito Civil e Direito Notarial e Registral Imobiliário.

wendell@tabeliao.com.br

 

Como os cartões pré-pago ganharam força como meio de pagamento

Conseguir crédito “na praça” não é nada fácil para quem não tem renda comprovada ou conta com muitas dívidas pendentes. A organização das finanças pessoais também não é o forte do brasileiro. É por isso que alternativas como os cartões pré-pagos vêm ganhando cada vez mais força no mercado como meio de pagamento.

O cartão pré-pago funciona da seguinte forma: você utiliza apenas o crédito que já pagou via boleto bancário, cartão de débito, ou até mesmo cartão de crédito comum. Dessa forma, o controle dos gastos fica sob seu total controle e, em vez de ir ganhando crédito conforme seu gasto aumenta, é você quem decide quanto quer e, especialmente, quanto pode utilizar do seu próprio dinheiro.

Para o cenário brasileiro, essa é a forma ideal de utilizar crédito para fazer compras, já que o cartão de crédito é a forma mais frequente de endividamento no país, de acordo com duas pesquisas feitas em 2020, uma do Banco Central e outra da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Portanto, adquirir crédito sem controle pode gerar sérias dívidas que não se consegue pagar depois. E isto é o que o cartão de crédito comum faz com as pessoas – oferece crédito conforme os pagamentos são feitos em dia e a renda no banco aumenta. O problema é que, muitas vezes, o crédito fornecido é muito mais alto do que a pessoa pode pagar, contando que, apesar do aumento da renda e do pagamento em dia, outras necessidades vão surgindo.

O cartão pré-pago, entretanto, permite que você tenha sob seu domínio como e quanto quer gastar. Isso auxilia não só no controle, como também na educação financeira do brasileiro, já que é preciso saber “quando parar”. Nos cartões pré-pagos, se não tiver dinheiro para pagar antecipadamente, você não tem como gastar.

Essa é uma forte tendência para o mercado financeiro e para todos os brasileiros que já se viram endividados por conta de um ou mais cartões de crédito.




Tiago Costa - Diretor de Produtos da Acesso Soluções de Pagamento – acesso@nbpress.com


Brasil perde cinco posições em Índice de Viabilidade Digital

Euler Hermes divulga ranking global que analisa a agilidade dos países na digitalização. Brasil ficou no 64º lugar em 2020


A seguradora de crédito Euler Hermes divulgou nesta semana seu Índice de Viabilidade Digital (IVD), que mede a capacidade e agilidade dos países em ajudarem as empresas digitais a prosperar. O índice é composto por 115 nações com base em cinco critérios: regulamentação, conhecimento, conectividade, infraestrutura e tamanho.

De acordo com a análise do economista Georges Dib, Estados Unidos, Alemanha e Dinamarca estão novamente entre os três primeiros, sendo que em 2020, os EUA mantiveram a liderança absoluta devido ao avançado ecossistema de conhecimento, tamanho de mercado e regulamentação favorável.

Já a Alemanha, apesar de apresentar bons resultados em conhecimento e infraestrutura, caiu em qualidade de conectividade, apesar da tendência de aumento contínuo no número de servidores seguros.

A Dinamarca começou 2020 com o melhor desempenho em conectividade. Depois de triplicar seu número de servidores seguros em 2018, o país atingiu um número maior do que a China e o Canadá (com uma população de apenas 6 milhões de pessoas).


Brasil fora do Top 40

O Brasil ficou em 64º lugar no ranking global de (IVD) Índice de Viabilidade Digital para 2020, perdendo 5 posições em relação a 2019. Entre as cinco maiores economias da América Latina - Brasil, México, Argentina, Colômbia e Chile - o Brasil vem depois do Chile e do México no ranking de 2020, com um pontuação de 42, mesmo sendo a maior economia da América Latina. Embora o Brasil tenha caído 5 classificações (ou seja, sua pontuação relativa diminuiu), a pontuação aumentou ligeiramente (+2 pontos em comparação com 2019).

Isso significa que o ambiente favorável à digitalização no Brasil aumentou ligeiramente nos últimos anos, mas não tão rápido quanto os demais países.

Olhando para as pontuações de cada uma das cinco subcategorias de (IVD) - conectividade, infraestrutura, regulamentação, conhecimento e tamanho - as pontuações do Brasil 2020 pioraram ligeiramente nas categorias de conectividade e regulamentação. No entanto, a pontuação de conhecimento do Brasil melhorou muito em 2020, denotando um progresso real na construção de capital humano e no potencial de inovação na economia.


Onde o Brasil precisa investir para melhorar seu posicionamento no ranking?

O economista explica que, ao comparar o Brasil com seus pares da LATAM, ele se beneficia da maior pontuação de tamanho do mercado, mas ainda fica para trás quando se trata de conectividade, infraestrutura e regulamentação de negócios. Por enquanto, o Brasil carece e pode melhorar:

- Redes seguras e acessíveis para transformação digital

- Um forte desempenho logístico que atua como facilitador da atratividade digital

- Um ambiente de negócios propício que favoreça o financiamento, o investimento e o empreendedorismo

Para efeito de comparação, o Brasil conta com 67,5 usuários de Internet por 100 pessoas e 0,3 servidor seguro por 100 pessoas, enquanto o Chile - que é a única economia da América Latina no ranking global de IVD 40 - tem 82,3 usuários de Internet por 100 pessoas e 1,1 servidor seguro por 100 pessoas. Finalmente, no aspecto de eficiência da regulamentação de negócios, o Brasil também tem espaço para melhorar, alcançando a pontuação de 59 no índice World Bank Doing Business de 2020, enquanto o Chile obtém uma pontuação de 73.

“Para resumir, o Brasil fez um progresso significativo no que diz respeito a conhecimento digital, mas precisa investir fortemente nas categorias de conectividade, infraestrutura e regulamentação se deseja entrar no ranking dos 40 melhores”, afirma Georges Dib, economista do grupo Euler Hermes.


Aproveitamento das ferramentas digitais durante a crise da Covid-19

Foi estabelecida uma cooperação entre o Ministério da Economia (ME) e o Ministério da Saúde para a criação de uma plataforma digital (SineSaúde) com o objetivo de promover e facilitar a contratação de profissionais para atuar no combate à pandemia.

Em junho de 2020, o Governo Federal anunciou que havia transformado 150 serviços em digital, incluindo 46 novos serviços da Agência Reguladora de Saúde Suplementar (ANVISA) e do Seguro Desemprego do Empregado Doméstico.

No total, o órgão central responsável pela transformação digital do Governo Federal relatou em setembro de 2020 que os esforços de digitalização do governo brasileiro ajudariam o setor público a fazer economias fiscais significativas, ao mesmo tempo que fortalecia a resiliência brasileira durante esta pandemia.

Finalmente, o Brasil digitalizou o uso de modelos baseados em contas para pagamentos de proteção social. Por exemplo, o Brasil implementou em seu programa de Auxílio Emergencial, uma conta de poupança social totalmente digital que só poderia ser operada por meio de canais digitais, mas permitia saques com cartão não presente em caixas eletrônicos e agentes. A conta está isenta de taxas de manutenção mensais e tem serviços básicos gratuitos, incluindo três transferências interbancárias por mês e dois saques em dinheiro.

A digitalização também permitiu ao Brasil atingir um nível muito alto de precisão por meio da coleta de dados online que quase suprimiu a inscrição de destinatários inelegíveis para seus principais programas de ajuda de emergência.

Top 40 IVD - Reprodução


Força asiática

“Ainda assim, a ascensão da China parece imparável. Nos três anos anteriores ao surto da Covid-19, o país passou da 17ª para a 4ª posição. Os chineses têm visto suas pontuações crescerem em todos as categorias: regulamentação (+7,4), conectividade (+1,3) e conhecimento (+12), esta última devido a um aumento na capacidade de inovação em 2019. No entanto, ainda existe margem para o país aumentar as habilidades digitais de sua população. Isso permitirá que as empresas chinesas explorem o potencial de inovação com mais eficiência”, explica Dib.

Os dados também mostram que outras nações asiáticas fizeram progresso: Hong Kong, agora na 7ª posição, anteriormente na 11ª. Coréia do Sul, na 12ª posição acima da 16ª posição do senso anterior. Seis dos 15 principais viabilizadores digitais estavam na região Ásia-Pacífico no final de 2019. Outras progressões notáveis incluem o Vietnã de 67ª para 57ª e a Arábia Saudita de 53ª para 41ª, confirmando uma clara vontade de transição para um novo modelo de crescimento.


Aumento de gastos e lockdown

“Nossas estimativas mostram que um ponto adicional na pontuação no Índice de Viabilidade Digital de um país em 2020 se traduziu em +0,25 pp de crescimento do PIB no terceiro trimestre de 2020 a/a, sugerindo que a digitalização desempenha um papel de amortecedor”, explica o economista.

A interpretação econômica de Dib é que os países cujo ambiente era mais propício à digitalização (boa conectividade, tamanho de mercado, regulamentação, logística e conhecimento) responderam à crise acelerando sua transformação digital.

Segundo o economista, esses países, provavelmente, implementaram processos digitais em suas respectivas estruturas burocrática-administrativas para ajudar empresas e cidadãos a receber ajuda financeira ou sanitária rapidamente; do lado da demanda, o consumo com a ajuda de plataformas da web manteve o comércio resiliente; e, do lado da oferta, em termos de formas de trabalho das empresas (trabalho remoto, redução da jornada de trabalho etc.).

“Nossas estimativas também apontam para uma relação estatisticamente significativa entre três variáveis: o desempenho econômico de um país, a participação do setor de serviços na sua economia e o aumento do seu déficit fiscal. As economias orientadas para serviços (artes, recreação, restaurantes, hotéis e outros setores relacionados ao turismo) sofreram relativamente mais. Quanto à ampliação do déficit público, parece que o aumento dos gastos está associado à gravidade das medidas de lockdown; os países mais agressivos no fechamento de suas economias recorreram a ações compensatórias do lado fiscal para absorver o choque”, afirma.


Critérios de avaliação

Agrupando países nas variáveis de regressão da seguradora, foi identificado um primeiro cluster contendo aqueles com altas pontuações de IVD, bem como déficits significativos e uma forte participação de serviços no valor agregado total. Para este grupo, formado principalmente por países europeus e China, a variação média do PIB é de -3%: uma recessão forte, mas muito melhor do que as nações com pior desempenho.

Como o primeiro cluster continha a maioria dos países, fez-se uma nova separação para obter mais granularidade e precisão, dividindo-o em dois grupos. De acordo com a análise do economista, ficou claro que, embora ambos tenham apresentado reações comparáveis do PIB à crise, um era muito mais digitalizado e com maior participação nos serviços do que o outro.

Este primeiro subgrupo de países estava muito mais exposto à crise (uma vez que adotaram medidas mais pesadas de ficar em casa e dependeram muito mais de serviços, a parte mais sensível da Covid-19 da economia), e ainda assim conseguiram limitar as perdas econômicas da mesma forma que o segundo subgrupo, graças ao seu alto potencial de digitalização. Neste grupo se encontram EUA, Dinamarca, Alemanha, China, Reino Unido, Cingapura, Suíça, Suécia, Áustria, França, Finlândia, Austrália, França, Bélgica, Espanha e Luxemburgo.

O segundo cluster é o “mediano”, formado por países com valores medianos de cada variável. Esta lista é diversa, incluindo alguns países da Europa Ocidental e da América Latina, que se saíram pior em termos de desempenho do PIB (-8%).

O terceiro cluster compreende os mais atingidos pela crise e aqueles com o menor IVD e altos gastos fiscais em 2020 em comparação com 2019: principalmente países da América Latina e do Oriente Médio. Seu desempenho econômico médio é de -9,4% a/a no terceiro tri. Esses países também implementaram as medidas de restrição mais rígidas e foram forçados a usar a política fiscal para absorver o choque.

O último cluster compreende as nações onde um desastre foi evitado: eles têm baixo IVD e baixo gasto fiscal, mas enfrentaram um choque econômico benigno (-2% a/a no terceiro trimestre) em relação ao resto da amostra. “A maioria desses países está localizada na África, onde a pandemia não se espalhou tão amplamente como no resto do mundo: a atividade não foi interrompida por medidas governamentais e o estado não recorreu a programas de gastos fiscais excessivamente grandes para salvar a economia”, afirma Dib.

 



Euler Hermes - Líder mundial em seguro de crédito e especialista em seguro garantia, a Euler Hermes está no mercado de seguros há mais de 100 anos. Pertencente ao Grupo Allianz, sua missão é auxiliar as empresas a negociarem com confiança através de soluções que mitigam o risco da inadimplência, protegem a rentabilidade e garantem o cumprimento dos contratos. Sua equipe é composta de 5,8 mil colaboradores distribuídos em mais de 50 países. No Brasil, a empresa atua há mais de 20 anos e possui cerca de 60 funcionários.


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