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quarta-feira, 10 de março de 2021

Residencial incentiva idosos terem seus animais domésticos no período de hospedagem na pandemia

Aprofundando o processo de pet terapia, o Residencial Club Leger, para idosos, em São Paulo, vem incentivando que seus residentes levem seus animais domésticos para acompanhá-los durante o período de hospedagem. A medida visa estimular a afetividade e a sensação de aconchego que, principalmente, cães e gatos proporcionam. Além disso, pode ajudar no vínculo de amizade com os demais residentes, que passam a adotar o novo amigo no espaço.

É o caso da carioca Frances Cahn, que saiu da movimentada Copacabana para a quietude do Residencial Leger. Diante da pandemia e vendo-se impossibilitada de circular pelo bairro, decidiu, em comum acordo com o filho, ir para um local mais protegido e com todos os requisitos de segurança sanitária e saúde atendidos.

- No começo, confesso que fiquei um pouco assustada. Sair de Copacabana para um lugar assim causa sempre um impacto. Mas minha adaptação foi rápida. A atenção que recebemos aqui é primorosa e poder trazer o meu gato foi algo que ajudou muito. Hoje ele é uma mascote aqui do Residencial - diz Frances.

O gato de Frances, que atende pelo nome de Gatoncio, tem uma história peculiar. Nascido na Inglaterra, acabou sendo levado para Los Angeles (EUA), onde foi abandonado. Depois de passar um período numa instituição para animais sem dono, acabou entrando na fila de eutanásia. Até que o filho de Frances, que mora nos Estados Unidos, o adotou e o trouxe ao Brasil durante as férias.

- Aí, ele ficou comigo de vez. É uma companhia maravilhosa, muito carinhoso e amigo. Tanto é que virou uma atração aqui no Residencial. Ele virou o dono do lugar. Todo mundo quer fazer carinho nele - revela Frances.

A psicóloga do Residencial Club Leger, Daniela Bernardes, afirma que estudos apontam os benefícios que a Terapia Assistida por Animais, ou Pet Terapia, pode produzir à qualidade de vida dos idosos. Segundo ela, esse tipo de atividade permite exercitar aspectos como habilidades sociais, humor e cognição.

- Muito se fala sobre os benefícios que os animais representam na vida de cada um dos que se dispõem a ter um animal de estimação para partilhar bons momentos. Sabemos também que a disponibilidade de tempo, dedicação, cuidados e carinho são essenciais para que os animais escolhidos por nós possam desfrutar de uma boa vida conosco - revela Daniela.

O Residencial Club Legar, integrou aos seus quadros fixos um cachorro da raça golden retrivier como forma de permitir que seus residentes possam ter instantes de afeto físico, próximo e aconchegante. O Lord passou a ter uma importância essencial, principalmente nestes dias de Covid-19.

 

O peso da pandemia: mulheres ficam mais sobrecarregadas e sofrem os impactos da Covid-19

 Com sobrecarga de tarefas, mulheres foram as mais afetadas durante o isolamento social; psicóloga dá dicas para preservar a saúde mental até o final da pandemia

 

A luta pelos direitos das mulheres em busca de melhores condições de trabalho, aumento de salários e diminuição da carga horária acontece há anos, em movimentos que culminam na origem do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 08 de março. Mas o impacto da pandemia tem evidenciado ainda mais as desigualdades de gênero: as mulheres são as mais atingidas pela crise no mercado de trabalho, além de terem ficado ainda mais sobrecarregadas com as

atividades domésticas em função da suspensão da rede de apoio que envolve escola, creche, amigos e familiares para ajudar a cuidar dos filhos. Dividir tarefas se tornou necessário, já que são elas as que mais sofrem com a sobrecarga psicológica causada pela crise do isolamento social. 

“Durante a pandemia, as mulheres passaram a administrar a casa, cuidar de seus filhos, do home office e dos relacionamentos amorosos. Em função do confinamento e dos altos níveis de estresse, insegurança e ansiedade, foram evidenciadas as desigualdades de gênero”, avalia a psicóloga e psicopedagoga Karin Kenzler, que atua com psicoterapia clínica há 30 anos atendendo em consultório particular adultos, adolescentes e crianças. 

Uma pesquisa realizada pela Sempreviva Organização Feminista (SOV) revela que em média, 50% das mulheres brasileiras passaram a cuidar de alguém na pandemia, sendo 52% negras, 46% brancas e 50% indígenas. Essa sobrecarga de tarefas pode gerar cansaço físico, frustração, angústia, crises de ansiedade, transtornos do sono tais como insônia e transtornos alimentares como perda ou aumento do peso.

“Tudo que precisa ser feito que exija tempo, organização e esforço físico, além da carga mental de programar, prever, fazer planos, adiantar falhas, evitar problemas antecipando-se a eles, dando conta de todos os detalhes de sua vida e da vida familiar, fazem com que as mulheres sejam mais afetadas na sua saúde”, comenta a psicóloga Karin Kenzler. Ela ressalta que baixar expectativas em relação ao próprio desempenho é importante. “Neste período de pandemia, com o aumento do estresse e vulnerabilidade causados pelas mudanças de rotina, a mulher precisa entender e aceitar que não dará conta de tudo com o mesmo nível de exigência a que estava acostumado”. 

Para evitar esse cenário de estresse e encontrar o equilíbrio para manter a saúde mental em dia, a psicóloga Karin Kenzler dá algumas dicas:


1.  Organize seu dia de acordo com as exigências do seu trabalho, níveis de concentração, horários e turnos”

Se você souber se planejar, irá perceber que fica bem mais fácil e menos cansativo realizar as suas tarefas diárias.

 

2.  “Peça ajuda aos filhos e companheiro, listando as tarefas e dividindo as de acordo com suas afinidades e competências”

Não é certo deixar todas as responsabilidades nas mãos da mulher e deixar com que arque sozinha com o ônus da pandemia. É uma boa hora para aprender a pedir ajuda e buscar uma divisão mais igualitária.

 

3.  “Baixe seu nível de exigência e expectativa”

Não se culpe se a arrumação das camas, o almoço e a faxina deixaram a desejar; a prioridade agora é a preservação da sua saúde física e mental até o final da pandemia.

           

4.  Não tente assumir de forma exemplar funções para as quais não tem qualificação”

Como por exemplo, educadora, psicóloga, animadora. Faça somente o que está ao seu alcance, lembrando que o papel dos pais é apenas de colaboradores dos professores e escola.

 

5.  “Evite comparações com outras mulheres, amigas ou familiares, achando que estão melhores do que você”

Assim como nos perfis de redes sociais, as pessoas só mostram o que querem e não toda a realidade que estão vivendo. Procure seguir somente conteúdos e perfis que te façam bem, se preservando.

 

6.  “Dedique um pouco de tempo para cuidar de si”

Faça uma atividade física, um relaxamento ou meditação. Não espere estar motivada para tal, pois a satisfação e prazer e motivação vem depois com os resultados. Apenas comece e transforme este momento num hábito.

 

7.  “Não deixe de cultivar as amizades só por não poder promover encontros” 

Ligue para os amigos, desabafe e de risadas.  E se precisar não hesite em buscar ajuda profissional. Há atendimento médico, social e psicológico online.

 

Libido: um campo complexo e que pode ter relação com hormônios

Com o auxílio de um endocrinologista e exames laboratoriais é possível resgatar o prazer

 

A libido feminina é um assunto complexo e pode ser afetada por diversos fatores: sociais, econômicos, psicológicos, físicos e hormonais, entre eles, os hormônios tireoidianos, ovarianos e adrenais.

Os sintomas da falta de libido vão depender de qual o hormônio está alterado. “Se for o estrogênio, que é o hormônio feminino, além da libido, a mulher pode ter os famosos fogachos, secura vaginal, perda de massa óssea. Se for o hormônio tireoidiano, pode ter sonolência, queda de cabelo, cansaço, discreto ganho de peso”, explica a Dra. Lorena Lima Amato, médica endocrinologista.

Segundo a especialista, o tratamento sempre é com base na reposição do hormônio que está em falta. “A terapia de reposição hormonal para o estrogênio, principalmente, na pós-menopausa, resgata a libido e apresenta ótimo resultados”, conta Dra. Lorena.

Além da questão hormonal, a mulher precisa ter uma boa relação com ela mesma e com o seu corpo, bom estado mental e físico e boa saúde para poder garantir uma libido satisfatória.

 


Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM) e endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria. É doutora pela USP e professora na Universidade Nove de Julho.

https://www.instagram.com/dra.lorenaendocrino/

 

O poder da vacina para a saúde mental dos idosos na pandemia

Os idosos já passaram por diferentes fases da história, mas uma pandemia tão letal certamente não estava nos planos. Há um ano, a OMS determinou que as pessoas com 60 anos ou mais fizessem parte do grupo de risco para agravamento da Covid-19. Por isso, muitos deles se viram completamente isolados de seus familiares da noite pro dia - e tudo isso sem hora pra acabar. Mas com o início da vacinação no país, eles veem surgir uma ponta de esperança. Afinal, mesmo com uma doença ainda tão nova e desconhecida, a vacina já surte efeitos - pelo menos na saúde mental.

Pouco se fala sobre o bem-estar dos idosos, mas todo o estresse causado pelo novo coronavírus com certeza acendeu esse alerta na sociedade. É o que explica o psicólogo Leonardo Morelli: "Eles estão reclusos por obrigação, com medo de serem contaminados e se quer podendo receber visitas dos familiares. Somado a isso, muitas vezes essas pessoas não têm muitos afazeres e ficam presos à televisão, acompanhando o aumento no número de mortos e infectados. Tudo isso traz muito medo e pode fazer com que eles adoeçam mentalmente".

Segundo o IBGE, o Brasil tem mais de 34 milhões de idosos. Destes, pelo menos 4 milhões vivem sozinhos. Esse isolamento já é cruel por si só, em uma pandemia, afastados da família e dos amigos, e com medo do futuro, é ainda pior. Leonardo explica ainda que é comum que os idosos comparem idas ao hospital ou ao médico como morte próxima, então é natural que eles sintam medo de serem as próximas vítimas da doença. Por isso, mais do que nunca é necessário que os entes queridos mantenham o apoio emocional, estando próximos mesmo que à distância, usando a tecnologia como aliada para manter o carinho e a esperança em alta.

Recentemente, chegou a vez da mãe de Leonardo, de 89 anos, receber a tão sonhada dose da vacina. E a Dona Maria de Lourdes não se conteve de felicidade. "Ela nem dormiu direito! 7h da manhã ela já estava esperando na porta de casa para ser vacinada", conta o profissional. "Todo esse movimento faz com que a gente pense e reflita sobre como isso é importante para eles, como a vacina vem como um alívio para essa pressão e medo que eles estão vivendo e que muitas vezes a gente não compreende", completa Morelli.

Até o momento, segundo o consórcio de veículos de imprensa junto a secretarias de Saúde, mais de 8 milhões de pessoas já receberam a primeira dose - mas esse número representa apenas 3,88% da população brasileira. "Cada um de nós tem uma visão de mundo completamente diferente, e isso faz com que o nosso comportamento diante dessa pandemia também seja distinto. Mas o importante é respeitar o outro e a maneira que ele está vivendo. Por hora, nos resta aguardar que todos os idosos estejam imunizados o quanto antes, mas mantendo a nossa saúde mental no melhor estado para quando chegar a nossa vez", finaliza Leonardo.

 


Leonardo Morelli - psicólogo, especialista em psicoterapia Breve e Hipnoterapia Ericksoniana, formado pela FUMEC, mestre em psicologia pelo Centro Ericksoniano do México e com especialização em Psicoterapia Ericksoniana pela The Milton Erickison Foudation (Phoenix - USA). Ele também é diretor do Instituto Milton H. Erickison do Vale do Aço, e idealizou e ajudou a implantar o projeto de "Assistência ao Paciente Suicida" junto ao Serviço de Toxicologia do Hospital João XXIII (principal hospital público de Belo Horizonte, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG, que operacionaliza o SUS em nível estadual).


Pandemia, saúde mental e insônia: como cuidar deste problema crescente?

A coronasomnia virou hot-topics científico, mas você sabe o que significa? A busca pela palavra "insônia" no Google aumentou 84% em 2020, e segue gerando preocupações neste início de ano. Tanto insônias quanto hipersonias (excesso de sono) e pesadelos se associaram fortemente à chegada da pandemia que impactou o ciclo sono-vigília e à ritmicidade biológica da espécie humana de forma global e coletiva.

A partir de um estudo da Psychiatry Research , que revisou mais de 130 artigos publicados no ano passado, analisando a prevalência de sintomas de depressão, ansiedade, estresse pós-traumático e insônia em quase 190 mil pessoas de 16 países, estima-se um aumento médio de cerca de 60% na frequência dessas queixas em relação a anos anteriores. As queixas não variaram significativamente em função de características sociodemográficas ou de região geográfica, com exceção da insônia, que teve prevalência 2x maior entre profissionais de saúde atuando na linha de frente comparados à população geral. Dados da Associação Brasileira do Sono (ABS) corroboram este cenário.

São muitos brasileiros que possuem dificuldade para dormir e há uma escassez de profissionais com formação em medicina do sono, que tenham experiência clínica para aplicar a Terapia Cognitivo-Comportamental para Insônia (TCC-I), considerada pelas sociedades médicas e de sono nacionais e internacionais o tratamento padrão-ouro e de primeira escolha. 

A novidade é que a revolução digital também acelerada pela pandemia vem trazendo alternativas cada vez mais acessíveis e embasadas cientificamente. Estudos com metanálise publicados em diferentes revistas como JAMA Psychiatry, Psychological Medicine, Sleep, Sleep Medicine, Plos One, Lancet Digital Health, entre outras, e compilando resultados de inúmeros ensaios clínicos com TCC-I digital, demonstram sua eficácia comparável à terapia aplicada por profissional, presencialmente ou por teleatendimento.

Além disso, os efeitos positivos são duradouros e vão além da melhoria do sono, reduzem a ansiedade e depressão. Pesquisadores do Michigan, nos EUA , também observaram que insones que já tinham feito TCC-I digital ficaram mais resilientes durante a pandemia, tendo menos recaídas de insônia. A TCC-I digital já foi testada entre jovens , adultos , mulheres grávidas e mesmo idosos, em tese menos adeptos a tecnologias. O principal desafio é o engajamento, pois as taxas de dropout são altas. As pesquisas na área estão voltadas atualmente para os modelos híbridos, combinando terapia digital com acompanhamento profissional, o que aumenta a adesão. Também estudos com machine learning que visam identificar o perfil dos usuários que abandonam e quando, buscando soluções para favorecer engajamento.

A maioria das pessoas que sofrem para dormir dizem que o que mais atrapalha seu sono são: preocupações (38%), doenças (20%) ou o excesso de ocupações (19%), motivos que variam com a idade. Jovens se preocupam mais e são mais ocupados. Já nas fases seguintes da vida, são as condições físicas que passam a impactar mais. É o que nos diz dados publicados há alguns anos por pesquisadores da King’s College London , no Reino Unido. Em geral, são os jovens que não priorizam o sono que envelhecem experienciando um agravamento das dificuldades. Isso porque a relação entre insônia e doenças físicas e mentais é muito forte e é bidirecional. Sofrimento psíquico e doenças nos tiram o sono, mas a insônia não tratada adequadamente desencadeia os problemas de saúde que todos queremos evitar. Também nos expõe mais à riscos. Insones tem 1,6x mais chances de serem hospitalizados ou atendidos em pronto-socorro, segundo dados do estudo EPISONO , do Instituto do Sono e Universidade Federal de São Paulo.

Como engajar na mudança de hábitos e controlar as preocupações na hora de dormir? Há muitas estratégias comportamentais e cognitivas, mas nem todo mundo se adapta a todas elas, não à toa o engajamento está entre os principais desafios para o manejo clínico da insônia. A maioria das pessoas com um problema crônico acaba precisando de uma psicoterapia para rever escolhas, planejar como equilibrar os pratos e ajustar expectativas. Ficar na cama tentando dormir sem conseguir, por exemplo, é a pior coisa que alguém pode fazer e que só piora a insônia. A resolução do problema começa por aí para muita gente. A novidade é que a revolução digital chegou para ficar e promete revolucionar as noites mal dormidas e o uso de serviços em saúde.

 


Laura Castro - sócia e diretora de psicologia na Vigilantes do Sono. Psicóloga clínica e consultora (CRP: 06/83226). Formada em psicologia pela Universidade Estadual de Londrina (2004). Sua área de pesquisa no mestrado foi Medicina e Biologia do Sono. Atuou como pesquisadora, estatística e gerente administrativa de operações no Instituto do Sono. É psicóloga do sono pela Associação Brasileira do Sono e Sociedade Brasileira de Psicologia, com mais de 15 anos de experiência.


O que é transfobia e como combatê-la? Entenda!

Nas últimas décadas, as novas formas de relacionamento e os estigmas ligados à identidade de gênero contribuíram para elevar os casos de depressão em pessoas transgêneros. Mediante os conflitos associados a essas questões, é preciso entender melhor o que é transfobia e a relação desse conceito com a saúde LGBT.

Neste post, o psicólogo do Hospital Santa Mônica, Antonio Chaves Filho, irá definir o que é transfobia e ressaltar as formas mais eficazes de combatê-la. Você também vai entender o que é uma pessoa trans, as principais diferenças entre trans e cis e entre sexo biológico e identidade de gênero. Aproveite a leitura!


O que é uma pessoa trans?

Faz parte desse grupo todos os indivíduos — homens ou mulheres — que manifestam características comportamentais de um gênero diferente de seu sexo biológico. Ou seja, a pessoa pode ter nascido com a genitália de um homem, mas não consegue se identificar com o gênero masculino e, por isso, escolhe viver como uma mulher.

Nem sempre esse comportamento é compreendido pela sociedade que, por falta de conhecimento ou por não saber o que é transfobia, acaba reforçando atitudes preconceituosas contra os pertencentes dessas minorias. Tais práticas precisam ser combatidas para evitar o sofrimento psicológico resultante da opressão dos transgêneros.


Qual é a diferença entre pessoas cis e trans?

Agora que você já sabe o que define o grupo de pessoas trans, será bem mais fácil entender as diferenças entre indivíduos trans e cis. Em primeiro lugar, uma pessoa que se identifica como cisgênero é aquela que vive de acordo com o seu sexo biológico. Em outras palavras, cis são todas as pessoas que se identificam com o gênero que lhe foi atribuído ao nascer.

Se ao nascimento, alguém é identificado como pertencente ao sexo masculino e, ao longo de sua vida, há a aceitação desse gênero, isso reflete sua identidade cis. Do contrário, quando a pessoa não vive em conformidade com o gênero que lhe foi designado ao nascer, ela é classificada como transgênero, transexual ou simplesmente trans.


O que é transfobia?

No Brasil, esse conceito está ganhando cada vez mais notoriedade devido à associação da transfobia com atos de preconceito contra as pessoas que se identificam como transgêneros. No sentido estrito da palavra, o termo trans é utilizado para caracterizar indivíduos transexuais e transgêneros, enquanto “fobia” significa “aversão a algo ou a alguém.”

Logo, a definição de transfobia envolve atos de preconceito contra esse grupo, assim como toda forma de discriminação e intolerância. Nesse conceito estão incluídos comportamentos que incitam práticas de violência física, verbal, psicológica ou moral contra essas pessoas. Tais atos são também veiculados virtualmente, gerando implicações que envolvem as redes sociais e a saúde mental.



Quais são as principais causas da transfobia?  

Tão importante quanto saber o que é transfobia é ter informação suficiente sobre os motivos que sustentam posturas preconceituosas. Confira os mais relevantes!



Preconceito estrutural  


Um dos pilares que alimentam esse preconceito é a ideia da “heterocisnormatividade”, cultura que julga como aceitáveis somente os relacionamentos heteroafetivos. A adesão a esse pensamento transfóbico exclui, por completo, pessoas transexuais e todas as demais que se encaixam em orientações sexuais alternativas.



Questões religiosas  


Desde a antiguidade, interpretações duvidosas de livros sagrados têm sido a base de sustentação de diversas formas de preconceito. Por tal razão, o ideário cristão — ainda vigente em nossos dias —desaprova atitudes e pessoas que se comportam diferentemente do que é considerado correto pela religião.

Isso torna a transexualidade um tema ainda mais delicado pois, segundo os princípios do Cristianismo, tal prática é um desvio de conduta ou ato pecaminoso. Logo, quando há manifestação de comportamentos contrários aos estereótipos “comuns” de masculino e feminino, aflora-se a discriminação e o preconceito mimetizados pela visão religiosa.



Falta de conhecimento  


Fazendo alusão à célebre frase de Gandhi “O homem é aquilo que a educação faz dele”, pode-se ter ideia de como a desinformação ajuda a reproduzir atitudes preconceituosas. Por isso, a falta de conhecimento gera comportamentos transfóbicos que, muitas vezes, surgem até inconscientemente. 



Como é a transfobia no Brasil?   

   

De acordo com dados divulgados por instituições que defendem a causa LGBTQ+, o Brasil é um dos países com maior registro de casos de violência contra essa população. Até o mês de julho de 2020, houve um aumento de 39% no número de assassinatos de indivíduos transgêneros em relação ao ano anterior — 89 mortes foram confirmadas.

Em todo o país, 124 pessoas trans foram mortas em 2019. Esses dados demonstram a necessidade de implementar novas políticas públicas de combate à violência contra essas minorias. É preciso fomentar campanhas e movimentos que incentivem a conscientização e que acabem, de uma vez por todas, com a transfobia no país.

 

Como combater a transfobia?

Entre outras alternativas, o combate à transfobia pode ser possível por meio de medidas educativas. Listamos algumas práticas que podem minimizar os impactos desse problema. Acompanhe!



Busque informações sobre o tema


O avanço tecnológico e o desenvolvimento de novas formas de comunicação facilitam bastante a divulgação de informações. Logo, é de fundamental importância aproveitar esses recursos para entender melhor as causas desse preconceito para não reproduzi-lo.



Evite ser invasivo


Ao interagir com indivíduos transgêneros, assuma uma postura respeitosa e evite questionamentos que gerem constrangimentos. Aprender a respeitar as diferenças é um importante passo para entender o que é transfobia e combatê-la.



Eduque as crianças


O poder transformador da educação pode mover barreiras, até mesmo as que sustentam o preconceito. Por isso, ensinar crianças sobre a importância da diversidade é fundamental para a construção de uma sociedade mais ética, respeitosa e harmônica.



Como o HSM pode ajudar pessoas vítimas de transfobia?


Nosso hospital oferece terapias para a reabilitação da saúde mental de pessoas em sofrimento psicológico, como as vítimas de transfobia. Disponibilizamos tratamentos para dependentes químicos, crianças, adolescentes, jovens e adultos que apresentam algum comprometimento emocional ou mental.

Para superar os desafios que envolvem a transexualidade, o ideal é contar com o apoio da equipe multidisciplinar do Hospital Santa Mônica. Nossa proposta é promover o bem-estar e a qualidade de vida de quem sabe o que é transfobia pelo que tal conceito representa em sua realidade.


CELULAR QUEBRADO? GUIA PARA ECONOMIZAR EM TEMPOS DE CRISE

Vidro trincado, bateria que não sustenta a carga ou carregador quebrado são alguns dos problemas recorrentes de quem possui um celular. Mas será que quando isso acontece é necessário fazer a troca do aparelho ou pagar preços altíssimos no conserto? A sócia e técnica da Fix Online, Tatiana Moura, preparou um guia com os procedimentos corretos a serem seguidos - e que ajudarão a economizar dinheiro


:: Quando é necessário trocar o vidro e tela do celular?

Um dos acidentes mais comuns com celulares é a queda do aparelho, que costuma ocasionar na quebra do vidro ou tela do telefone. Quando isso acontece, o consumidor costuma entrar em desespero, achando que terá que trocar tudo e pagar um absurdo pelo serviço. Mas a técnica da Fix Online, empresa especialista em troca de vidro de celulares, Tatiana Moura, faz um alerta. "Apesar da grande maioria das assistências trocarem tudo, em 95% dos casos a quebra é apenas do vidro, não do LCD", revela. A troca somente do vidro, gera uma economia de 70% no orçamento.

Para saber se há a necessidade de fazer a troca completa, Tatiana dá três dicas valiosas "Se a tela estiver sem manchas, sem riscos e com o touch funcionando normalmente, não há a necessidade de trocar o LCD", conta.

Mas se houver a necessidade de um novo vidro e tela, para que o consumidor saiba se o conserto valerá a pena, em termos de custo, basta fazer um conta. "Se a troca custar até 30% do valor aparelho, compensa", afirma.


:: O carregador quebrou! Vale a pena comprar um muito baratinho?

"Em hipótese alguma, deve-se comprar um carregador que não seja de boa qualidade ou sem garantia", aconselha Tatiana. O item pode causar sérios danos ao celular, como provocar encaixes imperfeitos, inchaço da bateria e superaquecimento do conector de carga, além de colocar a vida do usuário em risco, já que ele não possui sistemas de segurança embutido, podendo causar explosões, choques e incêndios.

Outra questão que a técnica da Fix Online destaca é a economia a longo prazo que um carregador de procedência proporciona. "Um carregador de baixa qualidade tem vida curta, então por mais que se pague barato nele, em questão de dias será necessário trocá-lo de novo", explica.

O uso do carregador de baixa qualidade também pode ocasionar na perca de eficiência da bateria do celular. "Um bom carregador entende quando a bateria do aparelho está cheia e para, automaticamente, de enviar energia. Já os outros continuam mandando energia o tempo todo em que o celular estiver conectado na tomada, o que prejudicará a vida útil da bateria", aponta Tatiana.


:: Quando é a hora de trocar a bateria do celular por uma nova?

De acordo com a técnica da Fix Online, a bateria de um celular possui 500 ciclos e toda vez que o carregamento atinge 100%, elas vão diminuindo. "As pessoas têm o costume de colocar o celular na tomada, mesmo quando ele está com uma porcentagem alta de bateria. Porém, o ideal deixá-la acabar por completo para depois carregá-lo. É uma forma de não desperdiçar as cargas", explica.

Quando a bateria não sustentar mais a carga, ficar estufada ou o celular aquecer demais, são sinais que está na hora de trocá-la. "É preciso observar essas questões, porque vai chegar uma hora que o celular não irá mais ligar. Então o ideal é trocar a bateria o quanto antes", indica Tatiana. Ah, mas neste caso, assim como o carregador, o indicado é sempre optar por peças originais, assim evita-se gastos desnecessários no futuro.


:: O celular não para de travar, é hora de trocar o aparelho?

Não é incomum encontrar pessoas que trocaram de aparelho porque o antigo começou a travar. Porém, Tatiana afirma que, às vezes, alguns procedimentos bastam para resolver o problema. "Se o celular começar a sofrer congelamentos repentinos, antes de decidir pela troca do aparelho, é indicado investigar os motivos disso estar acontecendo", conta.

Para descobrir a origem do problema, o ideal é sempre verificar em configurações, como está o armazenamento do celular. Desta forma será possível verificar a memória que já foi usada, o quanto ainda está livre e o espaço que cada aplicativo está ocupando.

Outra questão que pode fazer com que o celular trave constantemente é ter um sistema operacional desatualizado. "Essa é uma questão de mão dupla. Ao mesmo tempo que um sistema atualizado consegue corrigir falhas que ocasionam no congelamento do celular, se o aparelho for muito antigo, ele não suportará a atualização devido ao peso. Neste caso, é a hora de trocar o aparelho", finaliza Tatiana.


Existe taça perfeita?

 

Taça de Cognac
Saiba porquê algumas taças e copos podem revelar diferentes nuances e impressões sensoriais em champagnes, cognacs e whiskies

Muito se fala em harmonização de bebidas e alimentos, e é fato que quando combinados e equilibrados, ambos potencializam as virtudes de cada um. Não é diferente a relação entre taças e champagnes, cognacs ou whiskies. Quando degustados em determinadas taças e copos, podem revelar sabores e aromas ou expressar   diferentes características, dependendo do seu formato e tamanho.

Pode parecer exagero, mas não respeitar estes fatores e usar determinados copos e taças aleatoriamente sem pensar no que estamos querendo realçar na bebida, pode comprometer os resultados almejados. Principalmente, se temos em mente destacar um ou outro elemento específico na degustação, que estejamos buscando acentuar ou deixar mais evidente.

“Não há certo ou errado, apenas diferentes taças para diferentes objetivos”, complementa Vic Sarro, Brand Ambassador de algumas marcas da linha Prestige da Pernod-Ricard, entre as quais o cognac Martell, os champagne Perrier-Jouët e G.H.Mumm.

Tomemos o exemplo do conhaque, este elegante destilado de uvas envelhecido em barris na região homônima, no sul da França, e que segue regulamento próprio.

Segundo Vic Sarro, pode ser bebido em diferentes taças, dependendo do modo como é servido, se em coquetéis ou puro.  “Há porém uma tradição em se degustar cognac na taça bojuda e curta, que torna possivel o ato de esquentar a bebida, o que faz com que ela fique ainda mais intensa e ideal para beber no inverno”, comenta.


Cada taça, uma sentença!

No caso de champagnes, determinadas taças podem manter por mais tempo o perlage da bebida ao mesmo tempo em que conservam seu sabor. Em geral, taças altas e finas até dão conta do recado, mas Vic Sarro observa que o principal fator na escolha da taça é saber o que se quer valorizar no champagne, e assim a resposta sobre a taça específica e ideal virá.  “O modelo flûte, por exemplo, conhecido no Brasil como o mais comum em taça de champagne, está cada vez menos presente na mesa do consumidor de espumantes. É uma ótima taça para se apreciar a perlage do champagne, porém seus beneficios param por aí. Em evolução a essa taça, temos a versão “tulipa” aumentando sua presença e se mostrando tão charmosa quanto a flûte, porém sua abertura estreita, permite que o vinho respire e sua complexidade e riqueza, ali apareçam”, comenta Vic Sarro. Ela acrescenta que não podemos deixar de mencionar a taça de vinho branco, que é super versátil e funciona como um coringa para a degustação de borbulhas, permitindo que os aromas se expressem de forma abundante e “descomplicando” o consumo de champagne, hábito do qual  é  totalmente a favor. 

Vic Sarro conta também que recentemente Laurent Fresnet, chef de cave da Maison G.H.Mumm desenvolveu com o neurocientista Gabriel Lepouset e o designer Octave de Gaulle duas taças especiais que trouxeram novas perspectivas  na experiência do degustador. Uma delas, mais lisa ao toque e mais pesada, na cor roxa, e a outra de aparência fosca, que aumenta a percepção do sentido “gelado” no visual, sabor e tato. Segundo o chef de cave, novas nuances da bebida foram reveladas, e mais aromas e sabores vieram à tona, porque pistas sensoriais de praxe foram alteradas e hábitos automáticos foram desafiados, ao trocar-se a taça tradicional por outras diferentes. Mas atenção: isso não quer dizer que beber champagne em taça de chá vá trazer o mesmo efeito. Mais uma vez, cabe aí a regra de ouro: para cada bebida, uma sentença ou melhor, uma taça certa. Como não se encantar por exemplo com as lindas e perfeitas taças da coleção Perrier-Jouët Belle Epoque, com as emblemáticas anêmonas criadas por Émille Gallé, já no primeiro gole?


Taças de whisky do Caledonia Whisky&Co
Resultado sensorial do whisky depende do copo                                                                          

No capítulo dos whiskies, cabe de novo o “enxoval” correto para fazer da degustação algo perfeito e pleno. Segundo Mauricio Porto, autor do blog sobre whiskies “O Cão Engarrafado”e dono do elegante bar em Pinheiros, Caledonia Whisky&Co, o formato do copo influencia no resultado sensorial, ressaltando ou atenuando características da bebida, “O clássico copo baixo, com boca larga, tende a dissipar demais aromas mais delicados. Então, para whiskies mais suaves, como por exemplo, The Glenlivet Founder’s Reserve,  se a ideia for realizar uma degustação técnica, talvez ele não seja uma boa opção. O ideal, neste caso, é utilizar uma taça ou copo menor, que reúna os aromas. A escolha mais tradicional é a taça ISO - usada inclusive para degustação analítica de outras bebidas. Seu formato e tamanho foi padronizado pela International Organization of Standardization. As bordas estreitas e seu diâmetro ajudam a reunir os aromas do whisky”, explica o especialista.

 

Descubra como os barris de madeira podem transformar o sabor e a cor das cachaças

Com a prática de envelhecimento da cachaça em barris, as características sensoriais da bebida aumentam em até 65%


O processo de transportar e conservar bebidas alcoólicas em barris de madeira é feito há mais de dois mil anos. No início era apenas uma forma de armazenar e deslocar grandes quantidades de vinho. Com o passar do tempo descobriu-se que esse tipo de armazenamento agregava sabor a bebidas fermentadas como o vinho e, posteriormente, a muitos tipos de destilados como a cachaça. Com essa prática, as características sensoriais da bebida aumentam em até 65%. Se a cachaça pura já é bastante apreciada e consumida, após passar por barris ela ganha uma nova identidade e valor.

“Hoje em dia, as cachaças artesanais que são comercializadas costumam permanecer no mínimo um ano em tanques de inox, já que esse método contribui para oxidação de alguns compostos, além de ser um recipiente de estocagem onde ela descansa e aflora algumas características sensoriais”, explica Evandro Weber, diretor da Weber Haus. Porém, se o objetivo do produtor é mudar a cor e o sabor da bebida, é preciso passar pelo processo de envelhecimento.

“Nós deixamos todo o líquido por um ano em um barril de no máximo 700 litros”, diz Weber. O resultado do envelhecimento depende de algumas questões como qualidade da bebida, teor alcoólico, condições ambientais de armazenamento e a capacidade do barril. Para uma cachaça ser classificada como prata, ouro, premium, extra-premium ou reserva especial, é preciso levar em conta o tempo de maturação em barris e dornas de madeira.

É no processo de maturação que o álcool retira compostos da madeira, e o oxigênio presente nas porosidades do barril influencia na formação de aldeídos e ácidos que alteram a bebida. Hoje há diversos barris de madeira utilizados no envelhecimento da cachaça, sendo que cada um possui características distintas. A Weber Haus utiliza sete tipos de madeiras diferentes, e o resultado é inúmeros tipos de Blends:


- Amburana

Bastante popular no Brasil, a Amburana é uma madeira bastante perfumada, possui aromas de groselha, manjericão, frutas mistas, mel, melado e rapadura. Ela também influencia na cor da bebida, deixando-a com tom amarelado ou dourado.


- Bálsamo

Natural de Rio Grande do Sul, o aroma dessa madeira é mais frutado e lembra especiarias. Quando a cachaça é envelhecida em Bálsamo, adquire uma coloração esverdeada. Já o sabor ganha um aspecto mais seco, com características de cravo, camomila, novalgina, canela, aniz, erva doce, amêndoa e cítrico.


- Carvalho Francês

As cachaças envelhecidas em carvalho francês costumam ser pouco tânicas e sensorialmente possuem notas de nozes, amêndoas, baunilha, chocolate e tabaco.


- Carvalho Americano

Já as cachaças envelhecidas em carvalho americano são conhecidas por conta do aroma bastante característico: notas de côco, baunilha, alcaçuz, amêndoa, mel e tabaco se fazem presente.


- Cabriúva

Natural desde o sul da Bahia até o Rio Grande do Sul, quando a cachaça é envelhecida por muito tempo em tonéis antigos de cabriúva, ela ganha uma cor dourada com tons esverdeados. O aroma intenso traz notas de aromas herbáceos intensos e nozes torradas.


- Canela Sassafrás

O Sassafrás brasileiro (Ocotea odorífera) é nativo desde Santa Catarina até a Bahia. Quando uma cachaça é envelhecida nesse tipo de madeira, ela ganha um tom amarronzado e um gosto forte e bastante amadeirado além de aroma de menta, hortelã, pinho, cardamomo, cânfora, canela e pimenta.


- Grapia

Ela pode ser encontrada em diversas regiões como Amapá, Pará e Mato Grosso do Sul. A Grapia é capaz de reduzir o teor alcoólico da cachaça, resultando em uma bebida mais suave e amadeirada. No aroma apresenta notas de abacaxi, compota de damasco, manga, herbáceo de cana e rapadura.

 



Weber Haus

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