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segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Três dicas para ter mais rendimento em época de crise

No princípio era o desconhecido, uma crise sanitária sem precedentes que o mundo todo não estava preparado para lidar. Um ano depois, há um pouco mais de sabedoria sobre a gravidade da doença provocada pelo novo coronavírus e a necessidade de medidas coletivas. Mas mais ainda: há a esperança da vacina e da superação da pandemia. Mas nós não somos mais os mesmos.

Em uma crise, independente da dimensão, há essa trilogia em comum: primeiro não sabemos com o que estamos lidando. Há o medo e a ansiedade de não ter o controle. Depois, apesar das circunstâncias, é preciso estudar o cenário, conhecer muito bem as adversidades, na medida do possível e traçar metas. Em seguida, lidar com a realidade, trabalhar dentro das expectativas e planejar o futuro.

Mas uma crise, é uma crise e afeta as pessoas de forma diferente. Há quem consegue ser positivo, em meio ao caos, há quem esmoreça, há quem perca as esperanças e a produtividade, mas existe também as pessoas que conseguem aprender com as adversidades e superá-las. Que pessoa você quer se tornar?

Se você está desanimado e perdeu completamente o rendimento no trabalho e na vida pessoal nesses tempos difíceis, não se culpe. Cada pessoa tem um modo de vivenciar as experiências. Você não pode controlar os seus sentimentos. Mas pode controlar como lidar com eles de forma madura e ampliando o seu autoconhecimento.

Não é um processo fácil, nem rápido, mas aqui vão três dicas para você começar. Afinal, toda mudança começa com o primeiro passo, não é mesmo?


1 - Seja realista


Analise o cenário e seja objetivo. Não busque subterfúgios para se enganar. Se o assunto é sua vida profissional, estude todos os dados e soluções. Se está empregado, obtenha informações sobre sua empresa. Peça transparência. Se a empresa pretende fechar ou demitir, os funcionários precisam estar cientes para poderem planejar sua carreira. Se você é o empresário, é hora de analisar suas contas e devolver a mesma dedicação que os funcionários tiveram com o trabalho. Seja honesto. Não fuja da realidade.

Se sua vida pessoal virou uma bagunça com os novos tempos, é hora de agir. Delegar responsabilidades dentro de casa e não assumir tudo sozinha é essencial. Várias pesquisas indicam que as mulheres ficaram muito mais sobrecarregadas do que os homens trabalhando em casa, pois precisaram assumir mais tarefas além do trabalho, com os filhos e os afazeres domésticos, por exemplo.

Mas todos que moram na casa devem dividir as funções igualmente, certo? Converse com o seu parceiro ou com sua família e combine tarefas que todos podem fazer dentro da sua realidade sem prejudicar a si mesmo nem o outro.


2 - Não procrastine


Procrastinar é adiar ou atrasar uma tarefa em detrimento de outra mais importante. O home office ajudou nessa "atividade". Quantas vezes você ignorou as dezenas de contratos para ler, a soma das contas para pagar ou a pilha de louças para lavar para assistir apenas um episódio de uma série?

Nosso cérebro adora nos enganar com pegadinhas, achando que nós merecemos um tempo de prazer: "só mais um chocolatinho" ou coisas parecidas.  Afinal, a vida já está tão estressante. Mas o fato é que temos que ter o controle da nossa mente se quisermos nos desenvolver e ter muito claro nossos objetivos.


3 - Defina metas


Para alcançar um objetivo, é preciso desenvolver metas tangíveis. Se você precisa organizar o orçamento da sua casa ou empresa, mudar de carreira porque está infeliz ou porque seu trabalho não gera tanta renda quanto antes. Mudar de casa ou simplesmente render mais na vida profissional e pessoal, a mudança deve começar em você.

Priorize as tarefas mais importantes, divida-as em mini tarefas, veja a melhor forma de organizá-las visualmente. Seja no papel, em um planner digital, em post-it. Ter uma visão clara do que você precisa fazer para alcançar suas metas, ajuda na produtividade. A medida que você for colhendo os resultados da sua organização e prioridades, o seu rendimento aumenta.

A crise não pode ser uma desculpa para a estagnação. Todos nós, de alguma maneira, estamos sendo afetados por ela e todos, nós, de alguma maneira, temos algo a aprender.

Toda crise é uma evolução, uma mudança que exige do indivíduo e do coletivo um esforço de superação e aprendizado. Você pode escolher paralisar diante do medo ou crescer e evoluir diante da mudança. A escolha é sempre sua! 

 



Mônica Moraes Vialle - Sócia e diretora da MOOM Consultoria e Coaching, empresa binacional com sedes no Brasil e em Portugal. Master coach, consultora, palestrante e escritora, obteve sua formação de coaching nas mais importantes instituições nos EUA: Ohio University, Florida Christian University e no Brasil: Instituto Brasileiro de Coaching - IBC, Sociedade Brasileira de Coaching - SBC e Instituto Holos. É mentora e consultora em Liderança, Coaching, Arquitetura, Urbanismo e Real Estate. Mestre em Arquitetura pela Universidade de Lisboa, em Portugal, graduada em Arquitetura e Urbanismo pela PUC, técnica em Edificações pelo Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo, cursou MBA em Gestão de Negócios de Incorporação e Construção Imobiliária na FGV, e especialização em Real Estate. Seu histórico profissional passa por mais de 20 anos em posições de liderança em empresas importantes no Brasil.

 

Qual é a melhor idade para financiar um imóvel?

 Especialista em financiamento imobiliário da EmCasa tira dúvidas comuns e importantes para quem está planejando uma mudança

 

Uma das dúvidas na hora de comprar um imóvel financiado é sobre a melhor idade para iniciar a busca e começar as negociações pelo apartamento ou pela casa dos sonhos.

Com as facilidades oferecidas, tanto por programas de subsídio do governo, quanto por empresas privadas que facilitam empréstimos, e a queda histórica da taxa Selic a 2%, que influencia os juros e torna o crédito mais acessível, cada vez mais pessoas buscam realizar o sonho da casa própria por meio dos financiamentos. 

Começar cedo a busca por essa conquista é uma excelente decisão, mas há limitações. A EmCasa, startup de compra e venda de imóveis, separou algumas dúvidas frequentes e Marcello Goldkorn, diretor e especialista em financiamento imobiliário da empresa, respondeu a cada uma, para ajudar as pessoas nessa conquista.


Qual é a idade mínima para financiar um imóvel? E, qual a idade mínima para financiar um imóvel pela Caixa?

Assim como para a assinatura de outros tipos de empréstimos, a idade mínima para financiar um imóvel é 18 anos em todas as instituições financeiras, inclusive a Caixa. E, algo que poucas pessoas sabem, é que quanto mais jovem for o comprador, mais barato será a parcela a ser paga. Isso acontece porque uma parte considerável do financiamento imobiliário é o valor pago em seguros obrigatórios, como dano físico ao imóvel e seguro por morte ou invalidez permanente. Esse segundo, varia de acordo com a idade do comprador e quanto mais novo, menor o preço. Dessa forma, a pessoa consegue economizar parte do valor do seguro e usar para comprar um imóvel melhor. 

“Comparando uma pessoa de 20 anos com outra de 50 anos, considerando as mesmas condições, o valor total pago pela mais jovem será 20% menor”, explica Marcello Goldkorn, diretor e especialista em financiamento imobiliário da EmCasa.

E não são só os jovens que devem se atentar ao limite de idade. Para financiar um imóvel, há também uma idade máxima - fixada pelos principais bancos do país em 80 anos e 6 meses para o término do pagamento das parcelas. 

“É importante a compreensão de que quando o financiamento é feito entre duas ou mais pessoas, esse limite se refere a idade da pessoa mais velha ao final do financiamento. Ou seja, se você está com 60 anos e irá comprar um imóvel com uma pessoa de 18 anos, o prazo máximo será de 20 anos e meio, devido a pessoa mais velha que está adquirindo o crédito, independente da instituição financeira.”, explica Goldkorn.

Além da exigência de idade mínima e máxima, outros fatores são determinantes:

  1. Comprovar ter a renda mínima mensal: Os documentos para a comprovação são Imposto de Renda do ano anterior e os três últimos contracheques/holerites dos compradores. Em alguns casos, até o extrato bancário pode ser utilizado como comprovação.
  2. Não apresentar qualquer problema de crédito ou restrição, ou seja, é necessário estar em dia com as contas: não possuir nome negativado no Serasa e SPC, além de dívidas em caráter de cobrança judicial ou extrajudicial.
  3. Valor realista da prestação: o valor da primeira prestação não pode ser maior que 30% da renda familiar mensal bruta.
  4. Apresentar estado civil e capacitação de pagamento: aptidão que a pessoa tem de exercer seus direitos, sem nenhum tipo de impedimento, apresentando certidão de estado civil e comprovante de residência.


Momento de Compra

Na lista de coisas que o cliente busca saber antes de comprar um imóvel, também está a definição de qual é o melhor momento para comprar um imóvel. Atualmente, os bancos estão praticando as menores taxas da história. 

“Sabemos que não é todo mundo que pode escolher o momento para a compra de um imóvel mas, para ilustrar, realizamos um estudo comparando quanto uma pessoa conseguiria financiar em fevereiro/2018 e em fevereiro/2021 e isso dá um valor 30% maior. Ou seja, se uma pessoa, em 2018, poderia financiar um imóvel de 500 mil reais, hoje, com a mesma renda, ela pode financiar um imóvel de 650 mil reais.”, complementa Goldkorn.

Para quem quer comprar um imóvel, a EmCasa oferece um serviço humanizado com especialistas de venda que ajudam e tiram todas as dúvidas, da busca até a entrega das chaves. Para facilitar o pagamento do imóvel, a startup auxilia em crédito: acordos com todos os grandes bancos, além de um leilão para otimizar e conseguir a melhor taxa para o cliente, economizando um valor muito relevante para o comprador.

Drielly Costa, de 26 anos, analista comercial, que comprou um imóvel financiado com a EmCasa no fim do ano passado, comenta: “No final de 2020 comecei a buscar imóveis em construção devido às facilidades de pagamento, porém esperar três ou quatro anos até pegar as chaves começou a me incomodar. Foi quando conheci a EmCasa e comecei a marcar visitas. O atendimento da especialista de vendas foi incrível, ela me deu toda a assistência possível, inclusive buscando imóveis que haviam me interessado e não estavam disponíveis no site. Após escolher o apartamento que cabia no meu orçamento, a equipe do Financeiro facilitou muito o processo do financiamento, eu não precisei ir em nenhum momento ao banco. O time sempre esteve disposto a ajudar, como foi meu primeiro financiamento as dúvidas eram muitas, mas os e-mails e os contatos via telefone sempre foram claros e assertivos”.

“Sabemos que a educação imobiliária ainda é pouco acessível no Brasil, e por falta de informação, muita gente perde a chance de fazer um bom negócio. Entendemos a responsabilidade de atuar na transação financeira mais importante da vida das pessoas, e queremos ajudar os clientes a se sentirem seguros e confortáveis em todas as etapas do processo, inclusive com informação”, comenta Gustavo Vaz, CEO e fundador da EmCasa.


Reaplicação do Enem: estudantes devem prestar atenção à rotina de estudos mas também às emoções

Divulgação
Número recorde de candidatos deve realizar as provas de reaplicação; especialistas orientam como driblar o cansaço e o stress para garantir um bom desempenho


A edição do Enem 2020 registrou o maior índice de ausência da história do exame. Dos mais de 5,5 milhões de candidatos inscritos, 51% se ausentaram na prova do primeiro domingo (17 de janeiro) e outros 55,3% não compareceram para realizar a segunda prova, no dia 24. O Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep), realizador do Enem, prevê o direito de reaplicação da prova para aqueles que justificarem a ausência por motivos de saúde - como o diagnóstico de Covid-19 ou outras doenças contagiosas - e também para os candidatos que não conseguiram realizar a prova porque tiveram algum problema de logística - como salas lotadas ou falta de energia elétrica - em um ou ambos os dias do Enem.

É certo que uma parcela enorme destes estudantes que se ausentaram para as primeiras provas deverá fazer a reaplicação, a ser realizada nos dias 23 e 24 de fevereiro. O cenário, bastante atípico por conta da pandemia, trouxe enormes desafios para os jovens que precisaram se adaptar para continuar estudando e se preparando para o exame. E para esses estudantes que não conseguiram realizar as provas do Enem nesta primeira fase de aplicação, o ano de 2020 parece não ter fim. 

Para a coordenadora editorial do Ensino Médio do Sistema Positivo de Ensino, Milena Lima, o cenário aparentemente desfavorável não deve servir como fator de desmotivação para o estudante. "Sabemos que muitos estão exaustos, querem encerrar logo esse ciclo de provas e exames, mas agora é hora de focar nessa segunda oportunidade que eles ainda têm. A aprendizagem depende também da disposição para se aproveitar as chances que temos, então os estudantes precisam continuar firmes e estudando até que essa etapa esteja de fato encerrada", reforça Milena.

Para a educadora, o importante para este período a mais de estudo é avaliar com atenção as provas da primeira aplicação. "O estudante deve olhar com muito cuidado para isso, é claro que a reaplicação vai trazer questões diferentes, mas as primeiras provas já dão um sinal para o candidato. Nós tivemos nesta edição do exame uma prova muito mais conceitual e a reaplicação deve seguir com a mesma proposta. Então, a recomendação é que o aluno tente resolver em casa todas as questões das provas aplicadas nos últimos domingos e preste atenção nos temas que caíram porque eles devem reaparecer", afirma.

Outra estratégia destacada por Milena é a de, durante essas semanas de estudo, fazer um revezamento dos assuntos e disciplinas. "Na hora de fazer essa revisão, vá intercalando os conteúdos para não cansar e não desmotivar. Sugiro revisar uma disciplina que  tenha mais dificuldade ou não domine tanto, aí coloque, na sequência, algum conteúdo que tenha mais afinidade, assim não fica tão maçante", indica a especialista.

Encontrar motivação para essa reta final é uma das principais dificuldades dos estudantes. Para Juliana Landolfi Maia, assessora pedagógica de Educação Física do Sistema Positivo de Ensino, é preciso olhar com cuidado para a saúde emocional destes jovens. "Sabemos que os adolescentes são muito mais vulneráveis com relação a mudanças e acontecimentos que possam afetar as suas emoções, essa é uma faixa etária que não tem tanta facilidade para lidar com o estresse", alerta a educadora. Juliana é uma das pesquisadoras do projeto Fique Bem, que fez um levantamento, durante a pandemia, com 115 escolas em todo o país e apontou que 74% dos adolescentes entrevistados apresentavam nível elevado ou moderado de estresse. "Realizado pelo Sistema Positivo de Ensino, em parceria com a PsiCOVIDa, o projeto foi importante para entender o impacto da pandemia na cabeça desses jovens e buscar formas de minimizar isso. Esses estudantes que vão fazer a reaplicação, muito provavelmente já vêm de um período crítico de estresse e cenário adverso, por isso a necessidade de se olhar com muita atenção para o estado emocional deles neste momento", adverte Juliana.

A primeira recomendação da educadora é que o estudante, mesmo voltando a encarar uma rotina de estudos, procure encontrar momentos para descansar a mente e o corpo. "Para manter o foco, é importante que o cérebro também tenha seus períodos de descanso. O estudante deve cuidar da alimentação neste período, manter-se bem hidratado e com uma boa rotina de sono", orienta.

A família também tem um papel fundamental, segundo Juliana. "O estudante deve praticar o autocuidado, mas, neste período, ele também precisa que a família ofereça o suporte emocional e logístico. É importante ter sempre um adulto ajudando esse jovem a comer adequadamente, fazer as pausas necessárias e também dormir nos horários certos", acrescenta. E para garantir que no dia da prova o candidato esteja bem - física e emocionalmente -, Juliana ainda sugere que o estudante crie, neste período de preparação, estratégias para controlar a ansiedade, como exercícios respiratórios, meditação e outras atividades que produzam relaxamento.

 

Você tem dificuldade de separar as finanças pessoais com as finanças do seu negócio?

Não misturar as contas e ter uma divisão clara entre a vida pessoal e o trabalho parece óbvio, mas no início de uma empresa, momento em que são feitos investimentos e desembolsos, muitos se perdem. É aí que é hora de parar e avaliar. Isso porque separar as contas pessoais e da empresa ou escritório é o primeiro passo para quem está começando um novo negócio e almeja estruturar o financeiro. Caso contrário, os problemas podem surgir e, sem dúvida, começar certo custa menos tempo e dinheiro do que corrigir o erro depois.

O financeiro é o “coração” de qualquer negócio, e se ele não estiver estruturado vêm as perdas, inadimplências, prejuízos e a receita passa a sofrer consequências. Se você tem a sensação de que os anos passam e o trabalho aumenta, mas o lucro não cresce na mesma proporção, algum gargalo existe e, geralmente, está nesse setor.

Por isso, todo negócio necessita organizar o fluxo de caixa, com o objetivo de avaliar tudo o que entra e sai no mês. Além disso, é imprescindível ter um capital de giro para pagar as despesas. A partir daí, com esse caixa, é possível fazer uma avaliação financeira.

É válido reforçar: o que sustenta o negócio não é o faturamento, mas sim o lucro, que é o valor faturado, menos os custos e as despesas empenhadas para gerar a receita. Imagine, porém, misturar as finanças pessoais e do negócio. Não resta dúvida de que o problema virá, seja no curto, médio ou longo prazo.

O fato é que, geralmente, a maneira como a pessoa lida com as finanças pessoais é a forma com que também vai lidar com as finanças do negócio. Por exemplo, em um contexto de escritórios de advocacia, muitas vezes, a visão dos sócios sobre o pró-labore e retirada de honorários é diferente. Porém, o que todos precisam ter em mente é que, quanto melhor estiver a banca, melhor estarão os sócios.

Quando não há uma boa gestão financeira, os sócios podem tirar do escritório um valor que prejudica ou sufoca a estrutura ou, então, eles podem acabar deixando quantias muito altas na reserva e sem necessidade. Não é à toa que muitos negócios declinam por conta da indisciplina dos sócios com a gestão das finanças. O fato é que a maneira como cada um lida com os números na vida pessoal impacta diretamente no negócio.

Não tem segredo: separar as finanças é determinante para uma análise financeira precisa e também para saber se os resultados estão crescendo e se o fluxo de caixa está saudável. Para isso, o ideal é que todos os sócios tenham uma retirada fixa mensal.

E para quem está no início e ainda não tem um departamento financeiro estruturado, a dica é simples: liste suas despesas em uma planilha (pode ser no Excel), assim como os parcelamentos, contas de cartão de crédito, despesas fixas e variáveis, e só depois valide se é possível ou não fazer a retirada mínima esperada. Cabe aqui o velho ditado: “a questão não é o quanto você ganha, é o quanto você gasta”.

 


Beatriz Machnick - contadora, especialista em Controladoria e Finanças, mestre em Governança e Sustentabilidade. É pioneira da metodologia de Formação de Preços na Advocacia e palestrante na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). É sócia-fundadora da BM Consultoria em Precificação e Finanças. Autora dos livros Gestão Financeira na Advocacia - Teoria e Prática (2020), Valorização dos Honorários Advocatícios – O Fortalecimento da Advocacia através da Gestão (2016) e Honorários Advocatícios – Diretrizes e Estratégias na Formação de Preços para Consultivo e Contencioso (2014).

 

Mulheres na gestão: usem a projeção da voz a seu favor

Você pode não conhecer muito de teoria musical, mas certamente consegue identificar alguns cantores só de ouvir um trechinho de sua música. O tom grave do Seu Jorge, por exemplo, é inconfundível, assim como o tom agudo da Gal Costa. Isso acontece porque cada pessoa tem um tom de voz que a caracteriza de forma única.

Mas, talvez o que você não saiba é que, embora o seu tom seja único, isso não quer dizer que você não possa projetá-lo de diferentes maneiras. Quem estuda técnica vocal aprende isso para alcançar diferentes amplitudes. Dependendo da consciência sobre qual parte do seu corpo você aciona para projetar a sua voz, ela poderá sair mais grave, aveludada ou aguda.

E o que isso tem a ver com a gestão, afinal? É que embora usemos a expressão “ter voz” no sentido figurado para quem quer ser ouvido e considerado, a verdade é que essa expressão pode ser mais literal do que se imagina. Principalmente para mulheres, que costumam ter timbres mais agudos e que estão mais associados ao stress. Acredite: a forma como uma gestora projeta sua voz pode mudar drasticamente como os demais vão reagir à sua fala.

É claro que há questões biológicas, sociológicas e até filosóficas por trás dessa questão da escuta pelo outro. Mas, minha intenção aqui é mostrar como outros campos de conhecimento - como o da música - podem oferecer ferramentas úteis para o exercício da gestão. 

Uma mulher pode escolher projetar sua voz de três principais regiões do corpo: da face; do estômago ou do útero. Cada uma delas produzirá um tom diferente de voz, que soará de maneira distinta. 

Quando ela fala a partir da projeção da face é como se a voz saísse pela testa. O som é mais agudo e comunica stress, irritação ou incerteza. Já a voz projetada a partir do plexo solar, que é a região do estômago, dá a quem ouve a sensação de convicção, de um conhecimento plantado, forte, intuitivo e criativo. Quando a voz é projetada do chakra básico, que é a região do útero, ela soa como a fala de uma pessoa sábia e transmite segurança e serenidade a quem ouve.

Quando falamos, principalmente em momentos de tensão, não temos essa consciência da importância da projeção da voz. Mas, nosso tom diz muito sobre nós e pode trazer impactos positivos ou negativos em quem nos ouve. A partir do momento que você tem essa informação, pode começar a usá-la a seu favor, seja para se posicionar diante de um público difícil, seja para comunicar uma ideia com mais convicção ou para convencer um parceiro.

É claro que o conteúdo que você traz, assim como todo seu expertise e vivência continuam sendo o mais importante na hora de se posicionar. Mas, se um pouco de conhecimento de arte pode abrir portas no mundo empresarial, por que não usá-lo? E então, por qual tom de voz você gostaria de ser lembrada hoje?




Claudia Elisa Soares - Conselheira de Administração em companhias como IBGC, Even, Gouvêa Ecosystem e em Comitê da TUPY S.A. Já teve assento no Conselho da Totvs e Arezzo& Co. Ocupou cargos C-Level em Finanças, Gente & Gestäo, Inovação e Transformação Digital e Cultural em empresas como GPA, Viavarejo, FNAC, AmBev entre outras.


Especialista em segurança da informação aponta dicas de como evitar ataques cibernéticos

Rogério Soares, diretor de Pré-Vendas e Serviços Profissionais da Quest Software, analisa que em 2021 hackers continuarão dando trabalho para as empresas

 

O cenário tecnológico de 2021 será um reflexo vivido da pandemia e das novas regras de convivência ditadas pelo isolamento social. No ano passado os ataques cibernéticos aumentaram bastante, muito em função da adoção do trabalho remoto. A consultoria IDC estima que o mercado de segurança da informação cresceu 11% em 2020 no Brasil, puxado por segurança de rede e de conectividade e serviços gerenciados. Já os investimentos globais em segurança cibernética somaram US$ 123,8 bilhões no passado, 2,4% mais que em 2019, segundo o Gartner.

Grandes empresas, inclusive gigantes de TI, e órgãos do governo americano sofreram com ataques causados em que foram introduzidos um backdoor em software de update em um produto de gerenciamento de banco de dados. Joe Biden, presidente eleito dos Estados Unidos, classificou o hack como ‘grave risco para a segurança nacional’ e deve criar uma diretoria dentro de sua administração para cuidar especificamente destes assuntos.

“Estes tipos de ataques são mais comuns do que imaginamos, e em 2021 tendem a crescer. O backdoor plantado é um exemplo de como muitos malwares agem. Um funcionário distraído, por exemplo, pode a qualquer momento abrir um e-mail contendo um backdoor similar e os hackers munidos de estratégias de engenharia social exploram principalmente estações usando uma técnica chamada de movimentação lateral até alcançar credenciais administrativas e elevar privilégios para então manter seus acesso”, explica o especialista em segurança da informação e diretor de Pré-Vendas e Serviços Profissionais da Quest Software, Rogério Soares.

Segundo Soares, estes hacks podem ser prevenidos com soluções acessíveis no mercado, bem como com políticas e protocolos de TI claros e objetivos. Para ele, é fundamental garantir que as contas de serviço e com direitos administrativos estejam bem protegidas e monitoradas.

“É preciso reduzir a área de superfície removendo ou desabilitando aplicativos não usados ou desnecessários. Além disso, ter implementada junto à sua arquitetura de TI uma ferramenta que detecte e emita alertas sobre vulnerabilidades comuns de autenticação usadas durante ataques Golden Ticket/Pass-the-ticket e que controle a atividade de usuários e administradores com informações detalhadas de eventos de alteração. A automação do monitoramento destas atividades de usuário não autorizadas ou suspeitas, como criação de arquivos fora dos limites ou início de processos suspeitos, é que ajudará a mitigar possíveis ataque e danos”, avalia Soares.

 


Quest

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5 perguntas e respostas sobre rentabilidade

Tire suas dúvidas sobre investimentos a curto prazo, novos perfis de investidores e outras opções de aplicações conservadoras

 

Ao falar sobre investimentos, muitas dúvidas surgem sobre como investir, qual é o perfil predominante e, principalmente, em quanto tempo a rentabilidade virá.

Para entender melhor sobre o assunto, o sócio-fundador e assessor de investimentos da iHUB, Paulo Cunha, responde cinco perguntas sobre a realização de lucros no mercado financeiro. Confira:

 

1. Qual é o principal ponto de atenção que devemos ter em relação a investimentos a curto prazo?

Atualmente, existe muita oferta de investimentos mirabolantes que podem render até 1% ao dia de forma garantida, por exemplo. Como o desejo de muitos é enriquecer de forma rápida, grande parte dessas pessoas acabam caindo neste “conto de fadas”, e investem seu próprio dinheiro sem entender muito bem sobre e onde será aplicado.

Para ilustrar esse cenário enganoso, imagine a seguinte situação: ao aplicar R$ 10 mil, sem realizar nenhum aporte adicional, com rendimento de 1% ao dia, em seis anos é possível atingir uma fortuna de aproximadamente R$ 34 bilhões. Com esse capital é possível fazer parte da lista das seis pessoas mais ricas do Brasil, de acordo com a Forbes. Se o valor continuar investido ao longo de oito anos, o patrimônio superaria a marca de R$ 10 trilhões, que é equivalente ao PIB anual do Brasil.

Essa possibilidade não parece nada razoável, ainda mais por se tratar de uma rentabilidade em tão pouco tempo, portanto, vale ativar o sinal de alerta para essas promessas garantidas, pois se trata de uma fraude.

No mercado financeiro, consideramos uma aplicação “livre de riscos” aquelas oferecidas pelo Tesouro Nacional indexada à taxa SELIC, que no momento está em 2% ao ano. Qualquer outro tipo de investimento que ofereça uma rentabilidade superior a esta, inevitavelmente irá adicionar algum componente de risco, seja crédito, volatilidade, liquidez ou todos eles juntos.

 

2. De acordo com estudos, a poupança perdeu para a inflação em 2020 e tem a pior rentabilidade em 18 anos. Muitos investidores iniciantes começam a aplicar o seu dinheiro na poupança, quais outras opções são mais rentáveis e seguras?

A poupança é a opção mais conhecida pelo brasileiro e, por isso, a mais utilizada, devido a sua facilidade de aplicação e entendimento, além do baixo risco, muitos continuam deixando suas reservas nela, mesmo sabendo que podem conseguir algo melhor com o mesmo nível de risco.

A aplicação na poupança rende 70% da taxa SELIC, que chega a 1,4% ao ano e oferece isenção de imposto de renda para pessoa física. Outra opção que tem o mesmo teor de segurança, considerada também conservadora, e que pode substituir é o Tesouro SELIC, que rende 100% da taxa, considerando IR de 15% que pode chegar a 1,7% a.a.

Os papéis do governo também podem fazer parte desse leque de possibilidades, no qual garantem um rendimento real, aquele além da inflação (IPCA). O Tesouro IPCA com vencimento em 2016, está oferecendo no momento, taxas próximas a IPCA +2,80% ao ano, ou seja, garante um rendimento real de 2,80%, sem considerar o imposto de renda.

Ambas as aplicações são as mais conservadoras em termos de crédito, que não se espera que o Governo não pague suas dívidas em moedas locais. No entanto, é importante observar o prazo e a eventual necessidade de resgate anterior a ele, pois o investidor pode sofrer com a oscilação do mercado do preço do ativo.

 

3.Pode apontar qual é o % de investimentos no portfólio para cada perfil de investidor? 

Em setembro de 2020, o número de perfis de investidores aumentou, de três para cinco. Os dois novos tipos são considerados “meio a meio”, das opções que já existiam, de acordo com a XP Investimentos.

Além dos investidores conservadores, moderados e agressivos, agora o leque é composto também por conservador/moderado e moderado/agressivo. Abaixo, destaco a carteira ideal para cada perfil de investidor e as características predominantes dos dois novos tipos, segundo informações de janeiro de 2021, divulgadas pela XP.

 

Conservador:

Precavido

Alocação

Pós Fixado

100.00%

 

Moderado:

Estrategista

Alocação

Pós Fixado

29.50%

Inflação

15.00%

Renda Fixa Global

5.00%

Multimercado

28.50%

Renda Variável

10.00%

Renda Variável Global

12.00%

 

Agressivo: há dois tipos, a carteira destemida e energética, sendo que a primeira opção é indicada para clientes que estão no topo do perfil agressivo, já a segunda é apropriada para aquele investidor que encara seus investimentos com grande energia e disposição.

Destemido

Alocação

Inflação

5.00%

Multimercado

5.00%

Renda Variável

55.00%

Renda Variável Global

35.00%

 

Energético

Alocação

Pós Fixado

6.00%

Inflação

15.00%

Renda Fixa Global

5.00%

Multimercado

25.00%

Renda Variável

25.00%

Renda Variável Global

24.00%

 

Conservador/Moderado: esta carteira é indicada para os clientes que tem o perfil de risco entre conservador e moderado, que visa a busca por maiores retornos dado a um determinado risco e volatilidade.

Defensivo

Alocação

Pós Fixado

55.00%

Inflação

10.00%

Renda Fixa Global

2.50%

Multimercado

25.00%

Renda Variável

2.50%

Renda Variável Global

5.00%

 

Moderado/Agressivo:  esse tipo de perfil está entre o moderado e agressivo, que enxerga além dos números de mercado e possui objetivos ambiciosos de ganho em longo prazo.


Visionário

Alocação

Pós Fixado

17.00%

Inflação

15.00%

Renda Fixa Global

5.00%

Multimercado

28.00%

Renda Variável

17.00%

Renda Variável Global

18.00%

Fonte: XP Investimentos

 

4.Quais são os maiores erros que os investidores iniciantes cometem e porque eles acontecem?

Um dos maiores erros dos iniciantes é querer encontrar a ação mais rentável e concentrar todo o dinheiro nela, pois ouviu falar algo muito bom sobre e essa dica veio de algum amigo, que tem o mesmo perfil iniciante, ou de um youtuber famoso, que não tem especialidade na área financeira.

Na maioria dos casos o movimento de alta já aconteceu, e por isso, as ações começaram a chamar à atenção do público. É importante frisar que as ações não sobem para sempre, e mesmo quando há fundamentos para a alta ocorrida, a correção posterior no preço pode fazê-la cair bastante e assustar o investidor de primeira viagem.

 

5.Na sua visão, qual é a melhor estratégia de investimentos, levando em consideração jovens investidores que pensam em ter uma boa reserva de dinheiro quando se aposentarem? 

A melhor e mais prudente estratégia para acumular patrimônio ao longo do tempo é fazer aportes regulares, escolher um portfólio diversificado, que seja adequado ao perfil de risco, e principalmente não se assustar com eventuais volatilidades do mercado, e preferencialmente, seguir as orientações de um especialista no assunto, como um assessor de investimentos.

 


Paulo Cunha - sócio fundador da iHUB Investimentos, empresa especializada em assessoria de investimentos, com mesa de operação atuante em ações, derivativos e câmbio em tempo real. Possui mais de 1,5 mil clientes no Brasil e em 2014, firmou parceria com a maior plataforma de investimentos da América Latina, fundando a iHUB e sendo um escritório credenciado a XP Investimentos. Desde então, é diretor executivo da empresa, que possui matriz na Vila Olímpia e Alphaville, em São Paulo e Barueri. Também é palestrante e professor sobre investimentos de cursos em plataformas EAD.


Nossos dados no mercado negro da Deep Web

A pandemia do COVID-19 destacou negativamente as fragilidades dos países quando as consequências advindas do vírus impactaram a economia, a saúde, a educação, o emprego, dentre outros. No Brasil não foi diferente e a desigualdade social, que já era presente, se acentuou e as deficiências sociais brasileiras foram expostas e denotaram as décadas de atuação abaixo do necessário à população pelo Estado brasileiro.

A proteção da população brasileira por parte do Governo Federal nem sempre caminhou em paripasso com as medidas dos governos estaduais e municipais, exatamente por isso, a população teve de se cuidar e proteger. Aliado a isso, diante das incertezas e como forma de preservar a saúde dos seus funcionários muitas empresas adotaram o sistema de trabalho remoto, isso é, o home office. Um desafio tanto para empregado quanto para empregador. Para o primeiro por ter de adaptar seu espaço de moradia para conviver com sua rotina laboral. Aos que possuem filhos e animais de estimação, não raro, passaram a se fazer notar nas reuniões seja pelo barulho ou por simplesmente transitarem no ambiente, uma nova realidade já que a família estava conjunta em isolamento social. Já ao segundo, não ter seus funcionários todos reunidos, muitas residências não terem velocidade apropriadade conexão, empregados sem a devida atenção tanto na apresentação, como em vestuário e condições mínimas de trabalho também exigiu adaptação.

Nesse diapasão, com as redes domésticas sobrecarregadas, não tardou para que os crimes eletrônicos e o vazamento de informações ocorressem em virtude da fragilidade de proteções das conexões domésticas e da maior facilidade para a invasão das redes e extração ilícita dos dados dos usuários. Os usuários que estavam acostumados com o acesso cotidiano da internet se depararam com a realidade complexa e as possibilidades criminosas da deep web e da dark web.

Os cuidados e a necessidade do setor de TI das empresas deixava de existir no ambiente doméstico, com isso, o vazamento de dados, e-mails e demais informações sigilosas ficaram à mercê dos criminosos digitais.

Em 19 de janeiro de 2021 se apurou que dados pessoais de 223 milhões de brasileiros estão sendo comercializados em um site hospedado fora do país e em fóruns na dark web. Trata-se do maior vazamento de dados já ocorrido no Brasil e um dos maiores da história em volume de dados, de acordo com o site Tech Tudo. Dentre as informações temos CPF, nome completo e data de nascimento, nível de escolaridade, imposto de renda e saldo bancário foram vazadas.

A obtenção ilegal das informações foi resultante da atuação de um hacker que tem comercializado os dados em pequenos lotes que contém mil registros ao preço do equivalente a 100 dólares em bitcoins. A população brasileira é de 211 milhões de habitantes, portanto, dentre os dados ainda existem os registros de pessoas falecidas. No entanto, a fragilidade da proteção de dados no Brasil causam espécie e preocupação.

As deficiências tecnológicas brasileiras não são inéditas e se agudizaram ainda mais por conta da pandemia em 2020. Segundo informações do SERASA 25 milhões de dados foram violados, sendo o quinto país com mais vazamentos de informações. O país tem 43% mais chances de ter vazamento de dados do que outros países. E, ainda, em 2018 mais de 500 milhões de contas de e-mail ficaram expostas em 2018.

Com o trabalho remoto na maior parte do ano de 2020 a exposição e vazamento de informações não teve suas vítimas selecionadas, pois, tanto pessoas desconhecidas quanto autoridades brasileiras foram afetadas. Em novembro as ações dos criminosos atingiram também autoridades brasileiras já que o Superior Tribunal de Justiça, o Tribunal de Justiça de São Paulo, Amazonas, Pará, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, além do Ministério Público de São Paulo e ao Tribunal Superior Eleitoral foram alguns dos afetados e ficaram paralisados. Segundo a Associação Nacional dos Analistas em Tecnologia da Informação foram mais de 80 órgãos do governo que sofreram invasões ilegais em novembro de 2020.

Claro está que as medidas protetivas do Governo Federal são insuficientes ante a modernização e, principalmente, ao acesso tecnológico dos hackers. O Brasil não investe de maneira adequada em tecnologia e o resultado é a exposição e à fragilização de sua população aos ataques especializados da dark web. Aliás, na dark web é possível a contratação de um hacker por hora pelo valor de cem euros e, se o caso for urgente, há um serviço premium cuja resposta será dada em até 30 minutos. Não há como competir, mas há como se proteger.

A fim de melhorar o sistema de segurança das redes domésticas troque com frequência suas senhas de rede e aplicativos, especialmente os bancários. Não coloque senhas fáceis como aniversários e datas comemorativas, utilize mescla de Letras maiúsculas e minúsculas com números e caracteres. Enquanto perdurar a pandemia e o trabalho remoto sua segurança também depende de você. Em caso de dúvida converse com o departamento de Tecnologia da Informação de sua empresa em como melhorar sua segurança digital. Faça sua parte já que o Governo Federal não investe em Tecnologia da Informação, não protege suas próprias redes e as invasões por criminosos tendem a ser mais frequentes, se proteja!

 


Antonio Baptista Gonçalves - Advogado, Pós-Doutor, Doutor e Mestre pela PUC/SP e Presidente da Comissão de Criminologia e Vitimologia da OAB/SP – subseção de Butantã.


Open Banking: como essa novidade influenciará na sua vida financeira

São cada vez mais perceptíveis no dia a dia as transformações que as novas tecnologias vêm proporcionando na maneira de nos relacionarmos com as finanças. Aplicativos e transações digitais já são comuns em nosso cotidiano, o Pix trouxe mais agilidade e conveniência às transações e agora o Open Banking será mais uma novidade que certamente terá grande impacto positivo no Sistema Financeiro Nacional (SFN), beneficiando os consumidores a partir de um ambiente mais transparente e competitivo.

 

Por se tratar de uma iniciativa que passa em grande parte por questões técnicas, muitas pessoas ainda não compreenderam totalmente como o Open Banking impactará na sua vida financeira. Nesse sentido, em primeiro lugar é importante explicar que o princípio dele é entregar ao consumidor a propriedade de seus dados, os quais sempre foram dele, mas que até aqui estiveram sob posse exclusiva das instituições financeiras as quais ele se relaciona diretamente.

 

Na prática, o Open Banking permitirá que a pessoa controle suas finanças de maneira integrada, a partir de um único app, por exemplo, não sendo necessário acessar o aplicativo de cada instituição financeira para conferir um panorama geral de suas aplicações e transações realizadas. Basta escolher o canal de sua preferência, com a experiência que melhor lhe atende para acessar produtos e serviços em múltiplas contas de diferentes instituições financeiras em um só lugar.

 

Para que isso ocorra é preciso que as instituições financeiras tenham uma tecnologia comum, APIs (Application Programming Interface) abertas – a base do funcionamento do Open Banking - que permitam a interação entre sistemas diferentes, o que tornará mais fácil a conexão com parceiros para oferecer novas experiências aos consumidores.

 

Para dar um exemplo prático, imagine que você deseja mudar a instituição financeira com a qual mantém vínculo. Será possível migrar todo o histórico de crédito construído ao longo do tempo (as contas pagas em dia, os salários depositados, as prestações, empréstimos e perfil de gastos, entre outras informações) sem ter que começar um relacionamento do zero com a nova instituição. Essa alternativa permite que ela tenha muito mais facilidade em realizar a avaliação desse empréstimo e, inclusive, você poderá acessá-lo a uma taxa menor, pois ela terá mais elementos para saber que se trata de um bom pagador. 

 

Essa é uma mudança enorme e que facilitará muito a vida de consumidores e organizações do sistema financeiro. Além disso, novos produtos e soluções também poderão ser desenvolvidos de maneira menos custosa e de modo que sejam atendidas necessidades específicas, com serviços mais personalizados. Esse compartilhamento ocorrerá por meio dos apps já existentes das respectivas organizações, de maneira rápida, digital, segura e sem burocracias.

 

É importante deixar claro que nada será feito sem o consentimento da pessoa e, nesse sentido, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) é uma regulamentação fundamental por assegurar ao consumidor o controle sobre seus próprios dados. Com a LGPD, foi criado o alicerce que assegura o respeito à privacidade no que tange os dados pessoais e permite que o Open Banking se desenvolva no Brasil de forma mais segura e organizada.

 

Mais transparência e menos concentração no setor

O Open Banking tem entre seus objetivos a busca por mais competitividade no Sistema Financeiro Nacional, por meio da eliminação da assimetria de informações entre as instituições. Logo, a partir de um sistema financeiro mais transparente, em que o consumidor possui maior domínio sobre suas informações e fácil acesso à informação sobre produtos e serviços praticados no mercado, espera-se que este movimento contribua para redução da concentração bancária no Brasil.

 

Em 2018, quando o Banco Central emitiu o primeiro comunicado iniciando as tratativas para adoção do Open Banking, que trará maior visibilidade a taxas praticadas pelas instituições e com isso, maior competitividade sobre preços praticados pelos bancos para oferta de produtos e serviços financeiros.


Mesmo existindo desafios, o Open Banking trará novas oportunidades para que as pessoas conheçam os benefícios que as cooperativas de crédito oferecem, pois a perspectiva é de um ambiente com mais informação, transparência e liberdade para escolha. Dessa forma, podemos fortalecer ainda mais o cooperativismo de crédito no Brasil, gerando mais inclusão financeira e contribuindo com o desenvolvimento econômico e social das comunidades.

 


Cesar Gioda Bochi - diretor Executivo de Administração do Sicredi


Detran.SP já digitalizou mais de 1 milhão de páginas

Além da sustentabilidade, a plataforma SP Sem Papel gera mais agilidade aos sistemas internos da autarquia e ajuda a evitar fraudes 


 

Desde o início da implantação do SP Sem Papel no Detran.SP, em agosto de 2020, mais de 230 mil documentos já foram produzidos digitalmente, um montante que corresponde a mais de 1 milhão de páginas. Além de eliminar gradualmente o trâmite de papel no órgão e uma economia aos cofres públicos, a digitalização contribui também para aumentar a segurança e evitar fraudes.

 

O SP Sem Papel faz parte da rotina de trabalho de funcionários e colaboradores do Detran. SP. No órgão estadual de trânsito, o Núcleo de Comunicações Administrativas foi o departamento com a maior quantidade de documentos produzidos digitalmente até o momento, com 54.308, seguido pela Assessoria Judicial, com 27.971 e a Gerência de Procedimentos Especiais e Controle, com 10.612. 

 

Implantado em todas as Secretarias do Estado e em expansão na administração indireta, o SP Sem Papel contabiliza mais de 10 milhões de documentos tramitados de forma eletrônica, tornando mais ágil o trâmite de documentos entre os órgãos e autarquias. Trata-se de um processo sustentável, favorecendo o meio ambiente.

Além de digitalizar novos processos, a plataforma também possibilita realizar a conversão daqueles que foram iniciados por meio físico, com a utilização do papel, para o formato eletrônico. A medida pode ser aplicada aos processos que possuem prazo maior que um ano para encerramento.

 

“Com a implantação do programa, reduzimos gastos com papel, impressão, transporte e Correios. O acesso via internet permite de forma rápida a produção e encaminhamento dos documentos para outras áreas ou órgãos, a qualquer hora do dia e de forma imediata, garantindo assim maior eficácia e transparência aos processos”, comemora o Diretor-Presidente do Detran.SP, Ernesto Mascellani Neto.


 

Capacitação para funcionários e colaboradores

 

Criado em julho de 2019 pela Prodesp para melhor aproveitamento das novas tecnologias, o SP Sem Papel conta com serviços de capacitação dos colaboradores, que podem realizar cursos e treinamentos online. Para conhecer os cursos e treinamentos disponíveis, basta acessar a plataforma pelo link (https://treinamentos.spsempapel.sp.gov.br/acesso/) e se cadastrar.


 

Serviços online para toda a população

 

O Detran.SP possui diversos serviços online para os cidadãos do estado. Entre as opções oferecidas estão, por exemplo, a renovação simplificada e segunda via da CNH, licenciamento, transferência, registro e liberação de veículos, consulta de multas e de pontuação na habilitação, indicação de condutor, inclusão de exercício de atividade remunerada, adição e mudança de categoria da CNH.

 

 

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