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quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Pé diabético pode ser diagnosticado previamente por meio do autoexame

Aproximadamente 85% dos desfechos desfavoráveis poderiam ser evitados com o diagnóstico precoce


Novembro é o mês de conscientização do Diabetes. De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV), uma média de 25% dos pacientes diabéticos terá, ao menos uma vez na vida, feridas nos membros inferiores, decorrentes de complicações, aos quais 50% acabam infeccionando. Essa doença é muito silenciosa e já atinge cerca de 16 milhões de brasileiros.

A dificuldade de cicatrização de feridas causada pelo problema, pode levar a um quadro chamado pé diabético. A angiologista, cirurgiã vascular e presidente da SBACV do Maranhão, Dra. Roberta Campos, explica que uma das principais manifestações da doença é cutânea. “Na pele, ocorre a perda da inervação das glândulas sudoríparas e, consequentemente, da oleosidade natural, levando ao ressecamento e rachaduras que são potenciais focos de infecção”, esclarece. Formigamento e a deformação dos ossos dos pés, que dificultam a mobilidade, são outros sinais importantes do desenvolvimento do pé diabético.

De acordo com a especialista, é possível realizar o autoexame para evitar o quadro. “Colocando um espelho no chão para observar a face plantar do pé. Lembrando que os pacientes diabéticos podem ter retinopatia associada, que prejudica a visão. É mais seguro que um acompanhante faça a inspeção diária do pé do paciente diabético”, ilustra.

 A doutora Roberta afirma que existem três pilares fundamentais para a prevenção e tratamento do pé diabético.

  1. Avaliação frequente dos pés: o autoexame diário é importante para detectar micoses, escoriações e úlceras.
  2. Higiene: lavar diariamente os pés, com sabão não abrasivo, secar muito bem e hidratar. Manter as unhas aparadas, sempre em corte reto;
  3. Cuidados especiais: é muito importante secar entre os dedos para evitar a proliferação de fungos e bactérias, e não utilizar cremes hidratantes nessa região. Evitar, também, qualquer tipo de situação que possa, de alguma forma, machucar os pés, como andar descalço.

O acompanhamento médico, inclusive da especialidade vascular, é extremamente importante, mas, muitas vezes, é negligenciado. “Quanto mais precoce e adequado for o tratamento da úlcera, maiores serão as possibilidades de sucesso e menores os riscos de amputação. Aproximadamente 85% de todos os desfechos desfavoráveis poderiam ser reduzidos com práticas de educação e intervenção precoce no início das complicações”, alerta a Dra. Campos.

Médicos associados da SBACV têm acesso diferenciado a cursos de aperfeiçoamento profissional, informação técnica, atualização científica e educação continuada. Para mais informações sobre outras doenças vasculares e para encontrar um médico associado da entidade, acesse www.sbacvsp.com.br.

 



Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - SBACV


Triagem neonatal é essencial para detectar doenças genéticas nos primeiros dias de vida dos bebês

Obrigatório no Brasil desde 2001, é fundamental para o diagnóstico e início de tratamentos específicos e precoces logo nos primeiros dias de vida da criança

 

O exame de triagem neonatal, mais conhecido como o teste do pezinho, é de extrema importância para o desenvolvimento saudável das crianças. Realizado por meio de uma gota de sangue coletada do calcanhar do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida, o exame está disponível na saúde púbica (SUS) e é um direito de toda criança ao nascer1.

 

Introduzido no Brasil na década de 70, tornou-se obrigatório com a instituição da portaria do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) em 2001 pela Lei número 822, incorporado pelo Governo Federal. O teste tem o objetivo de detectar precocemente doenças genéticas, infecciosas e hematológicas e é fundamental para o início do tratamento específico e precoce2.

Porém, existe uma doença muito grave, a Atrofia Muscular Espinhal (AME), que ainda não está contemplada no PNTN. A AME é a causa genética mais comum de morte infantil, com incidência de aproximadamente 1 a cada 10.000 nascidos vivos, uma condição em que os pacientes perdem neurônios motores responsáveis por funções como respirar, engolir, falar e andar3.

Para Aline Giuliani, Presidente do Instituto Viva Iris, falar da importância da triagem neonatal e da incorporação da AME no exame do Sistema Único de Saúde é urgente, necessário, e de muita relevância. "Através deste teste é possível proporcionar para muitas crianças e famílias uma vida com qualidade e proteção sobre sérias circunstâncias impostas por doenças altamente impactantes. A Atrofia Muscular Espinhal também pode ser detectada e tratada precocemente, o que mudaria completamente o paradigma das consequências desta doença", declara. "Sabemos que ela ainda é a maior causa genética de óbito em crianças menores de dois anos de idade, então, a pergunta deveria ser: por que não incluir a AME? Não vemos respostas. É uma condição que atende a todos os critérios para inclusão no programa de triagem neonatal", complementa Aline.

"A AME é uma doença grave e fatal com grande impacto econômico e social. É causada pela perda irreversível dos neurônios motores na medula. Atualmente, existem tratamentos capazes de evitar a progressão da doença e, assim, manifestações mais graves como a necessidade de ventilação permanente", explica Vanessa Van Der Linden, neuropediatra do Centro de Referência em Doenças Raras de Pernambuco. A especialista complementa dizendo que se faz necessária a implantação da Triagem Neonatal em todo território nacional, visando diagnosticar bebês com AME em uma fase anterior ao início das manifestações clínicas da doença para que, assim, possamos salvar mais vidas.

Diante deste cenário, a testagem e o diagnóstico precoce são cruciais para salvar a vida das crianças. Porém, atualmente, só é possível fazer o exame para AME na rede privada de saúde, por meio do teste da bochechinha, que é feito com uma amostra de saliva, que fornece o DNA, e é colhida com uma espécie de cotonete na parte de dentro da bochecha. Dessa forma, acusa alterações com grande probabilidade de provocar doenças.

E pacientes com características clinicas de AME devem ser prontamente encaminhados para o exame genético4.

No caso específico da AME, é necessário que a detecção seja feita antes do início dos sintomas, ou seja, o objetivo é encurtar a jornada do paciente para que a intervenção seja iniciada o quanto antes, prevenindo a incapacidade ou a morte e permitindo que as crianças atinjam todo o seu potencial.

A conscientização e engajamento da população sobre a urgência da inclusão da AME na triagem neonatal da rede pública é essencial para salvar a vida de muitas crianças e buscar alterar o curso natural da doença em nosso País.

Vale ressaltar que "os avanços no entendimento molecular da condição de AME culminaram com o surgimento de terapias inovadoras, ora atuando no principal modificador do fenótipo, o gene SMN2, ora com a utilização de terapia gênica, introduzindo nas células do paciente um novo gene com a mesma função do SMN1, conseguindo, no momento atual, modificar a história natural da doença", destaca a Dra. Vanessa Van Der Linden. "A triagem neonatal tem o potencial para aumentar o benefício dessas terapias sem aumentar o custo do tratamento. Além disso, ela pode diminuir substancialmente o custo do suporte necessário para ajudar as pessoas com comprometimento funcional", finaliza a neuropediatra.


Sobre a Atrofia Muscular Espinhal

A Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença rara causada pela deleção/mutação do gene SMN1. Sem um gene SMN1 funcional, crianças com AME Tipo 1 rapidamente perdem os neurônios motores responsáveis pelas funções musculares5, tais como respirar, engolir, falar e andar. Se não tratada, os músculos de um bebê se tornam progressivamente mais fracos, eventualmente levando a paralisia ou morte, na maioria dos casos até os seus dois anos de idade. A AME é a principal causa genética de morte em bebês 6 e 7. O tratamento da AME é realizado de forma multidisciplinar incluindo fisioterapia, fonoaudiologia, nutrição, entre outros, que são capazes de proporcionar uma melhor qualidade de vida para os pacientes com doenças raras.

 

Novartis

http://www.novartis.com

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Aumento histórico da demanda e modernização do setor: o turismo brasileiro vai sair reforçado da pandemia

O turismo é, provavelmente, um dos setores que mais sofre durante as crises. Ao mesmo tempo, é um dos mais resilientes, sempre se recuperando. Antes mesmo da pandemia de Covid-19, vários outros eventos externos, em proporções diferentes, impactaram negativamente o mercado de viagens, como atentados, crises econômicas, falências empresariais, crises ambientais e fenômenos naturais. Mas não paramos de viajar. Apreciar novos lugares e passar momentos inesquecíveis em família é algo que sempre volta, mesmo que de maneiras diferentes. E é dessa forma, se reinventando, que o turismo está retomando sua força. 

Dentro desse contexto, o turismo brasileiro está agora diante de uma oportunidade única para sair reforçado da crise. Esse momento tem a ver com a junção de uma demanda nunca antes vista por parte dos viajantes e de uma evolução “forçada” dos padrões de qualidade oferecidos pelas empresas do setor.

Depois de meses em casa, a demanda reprimida por viajar é certa. Os que tiveram que remarcar ou cancelar viagens já fechadas estão colocando em prática os novos planos. Já os que nem estavam pensando nisso, agora passam a cogitar opções para se divertir e escapar do confinamento. Além disso, o tipo de destino desejado mudou. Com o dólar alto e os fechamentos de fronteiras, os brasileiros querem viajar para perto de casa. O artigo publicado em outubro pela consultoria global McKinsey & Company aponta essa tendência, calculando que o turismo doméstico deve se recuperar totalmente e retornar ao nível pré-crise até dois anos antes do que as viagens internacionais. Nesse sentido, o Brasil, por conta da imensa diversidade de regiões, paisagens e culturas, oferece ao viajante brasileiro uma possibilidade quase infinita de opções.

Falando do lado da oferta, a pandemia acelerou mudanças na hotelaria brasileira como nunca antes. Um levantamento recente feito pela World Travel & Tourism Council (WTTC), em parceria com a consultoria Oliver Wyman, apontou outras três tendências de retomada, além do crescimento do turismo doméstico: saúde e higiene, inovação e digitalização, e sustentabilidade. 

Os hotéis brasileiros tiveram que fechar suas portas para os viajantes em março, diante da eclosão dos primeiros casos de Covid-19 no Brasil. A reabertura teve início em meados de junho, mas nesse intervalo, tudo mudou. Em pouco menos de quatro meses, os hotéis tiveram que adaptar toda a sua estrutura e criar novos protocolos de higiene e distanciamento. Associando-se com especialistas em saúde, eles mudaram seus processos para tornar as viagens não só possíveis, como também, e principalmente, seguras. 

Em paralelo à questão da higiene e segurança, os hotéis buscaram inovações tecnológicas para digitalizar seus serviços do momento da venda até a experiência dentro do próprio hotel, tornando o processo de hospedagem “contactless”, pensando, novamente, na segurança dos viajantes. O resultado foi o retorno das atividades sem que o gráfico de contágio da doença aumentasse. E quem viajou nas últimas semanas teve a oportunidade de ver os esforços impressionantes que os hotéis fizeram para oferecer a experiência mais segura possível. 

A pandemia de Covid-19, definitivamente, colocou a maturidade do setor à prova, como outras crises fizeram em momentos anteriores. A indústria turística brasileira sofreu, mas demonstrou uma capacidade de reação e de adaptação impressionantes, colocando a segurança e a saúde de todos os envolvidos em primeiro lugar. Juntando isso a uma demanda interna historicamente alta prevista nos próximos meses e anos, tenho certeza que o turismo brasileiro tem uma oportunidade única nas suas mãos.



Daniel Topper -CEO do Zarpo, agência de viagens online

 

BLACK FRIDAY 2020

 As mudanças de comportamento do consumidor brasileiro


A relação entre consumo e emoção nunca esteve tão evidenciada quanto na pandemia da Covid-19. Desde o primeiro momento, a população mundial teve seu comportamento de consumo alterado – seja porque se enxergou a necessidade de fazer estoques de comida, medicamentos e álcool em gel, seja porque os sentimentos diante da incerteza do futuro fizeram com que as compras por indulgência passassem a ser mais constantes. Mas, às vésperas da Black Friday, considerada uma das principais datas do comércio mundial, a pergunta mais pertinente é como o brasileiro vai se comportar no dia 27 de novembro. Como especialista nas relações de consumo, decidi investigar quais são os sinais e drivers desse possível comportamento do cliente e dar algumas dicas para os gestores de marcas, produtos e serviços; a ideia é antecipar como eles podem endereçar os desejos desse consumidor. 

Um dos pontos de partida dessa reflexão é a análise setorial Black Friday, conduzida pelo Google. Esse levantamento alerta que os gestores de marcas não devem olhar para o passado na hora de desenvolver as estratégias de vendas para 2020. Embora o faturamento de 2019 com a ação sazonal tenha sido de R$ 3,2 bilhões, este ano se apresenta como uma incógnita; ou seja, em um cenário de incertezas, a expectativa é que o consumo das famílias recue 7,1%. Para se ter uma ideia, em abril, a retração nas vendas do comércio varejista foi de 23,4%; setores como vestuário e calçados foram os mais impactados com retração de 39%; em contrapartida, os hiper e supermercados, além de produtos alimentícios, cresceram 11%.

Se formos considerar o outro lado da moeda – ou seja, os aspectos positivos –, tivemos um aumento nas vendas on-line, já que o isolamento favoreceu as compras por impulso. Em maio, o e-commerce representou 12,6% do comércio varejista. O número de novos e-shoppers cresceu mais de 40%, representando 18% dos consumidores on-line. Essa tendência deve permanecer, sobretudo porque as compras funcionaram como uma válvula de escape; uma forma de inclusão social em um contexto tão adverso.

O que eu quero dizer com isso? Em uma perspectiva mais psicológica, a compra passou a ser fortemente associada ao entretenimento, à indulgência e à necessidade – não necessariamente física. O emocional ditou inúmeras compras, ou seja, comprar virou uma forma de combater o vazio emocional; o medo. Aqui, nota-se que uma possível culpa em comprar demais foi substituída por “eu mereço”. Passados meses de isolamento social, começamos a enxergar casos de indulgência moderada. Na prática, essa compra passou a ser revista e ponderada sob novas formas de encarar a situação de adversidade.

É aqui que se enquadra a Black Friday 2020, que será mais sobre bons negócios do que sobre um consumismo sem reflexão. A pesquisa do Google mostra, por exemplo, que 52% dos brasileiros estão gastando mais tempo na pesquisa por produtos ou lojas; 52% compraram on-line em uma loja que nunca tinham comprado antes; 47% aumentaram as buscas nas categorias do varejo e 50% sentem que as prioridades mudaram – querem viver com menos! Então, quando pensamos em entretenimento, queremos dizer que será mais planejado; em indulgência, que esse consumidor está mais aberto a experimentar produtos, serviços e formas de comprar; e, em necessidade, que ele está mais consciente de suas prioridades.

Com esse cenário, gestores de marcas, produtos e serviços devem ser norteados por motivações de consumo – destacando melhores achados, as escolhas mais inteligentes e as formas de visualizar o consumo consciente. Não estou falando de discursos vazios, somente para conquistar o consumidor. Estou falando que esse deve ser um valor a ser abraçado de verdade.

Embora haja, sempre, o objetivo do consumidor de se deparar com descontos arrasadores, a tendência é que os brasileiros separem as oportunidades dos oportunistas. O consumidor está muito atento – há alguns anos – e, neste momento, bastante sensível a esse ponto. O levantamento mostra, ainda, que há uma tendência, no varejo on-line, por compra de celulares, linha branca, linha marrom, games e acessórios, informática, pequenos eletrodomésticos, esporte e lazer para a casa. Haverá uma maior diversidade na forma de comprar, ou seja, consumidores comprando tanto on-line quanto no varejo físico. Nesse último caso, a minha dica é que o varejista crie formas para que essa compra seja rápida e que passe toda a segurança sanitária necessária.

Um ponto muito importante é o cuidado para não frustrar o consumidor. Os problemas com a entrega de produtos (erros e demoras) são inadmissíveis, sobretudo em um momento no qual o cliente está sensível pelo contexto de pandemia. O mais importante agora é fidelizar esse consumidor com um atendimento de excelência; mais do que nunca, estreitar relacionamento significa aumentar o índice de recompra e de satisfação. É importante entender que as pessoas estão muito tempo em casa, sentindo a necessidade de criar um ambiente seguro – um contraponto à situação –, portanto, cabem às marcas trazer esse prazer, esse gosto novo, esse momento que encanta e nos dá esperança.   

Nesse mercado que emerge em consequência da pandemia, há duas questões que serão essenciais para os próximos anos: entender verdadeiramente o novo consumidor e injetar o que chamamos de "fator cool" das marcas, indo além para surpreender esse cliente. Com isso, temos que criar canais de contato como as Black Stores – nas quais o consumidor retira a compra feita no ambiente on-line. Como norte desse jeito de pensar, é importante entender que o cliente quer rapidez, cortesia e assertividade.

Como última mensagem, gostaria de alertar – consumidores e varejos – para a importância de refletirmos sobre o momento que estamos vivendo. Cabe a cada um de nós, consumidores e cidadãos, nortear nossa conduta pela ética e pelo senso de coletividade. Entramos juntos nessa situação e somente coletivamente é que vamos vencer os desafios. Espero que possamos sair melhores; com um sentido mais apurado de humanidade. Comprar e vender é também sobre ser ético e solidário.

 



Stella Kochen Susskind - Pioneira na América Latina na metodologia de pesquisa mystery shopping(cliente secreto), Stella é considerada uma das mais importantes experts da temática no mundo. Autora do livro Cliente Secreto, a metodologia que revolucionou o atendimento ao consumidor (Primavera Editorial), a especialista é palestrante internacional, tendo ministrado palestras em Barcelona, Estocolmo, Amsterdã, Londres, Atenas, San Diego, Chicago, Las Vegas, Malta, Belgrado, Algarve, Split e Buenos Aires. Empreendedora desde a década de 1980, fundou em 2019 a SKS CX Customer Experience Consultancy; a consultoria é focada em experiência e satisfação do consumidor, parceria da Checker Software – uma startup israelense de tecnologia da informação que integra metodologias de pesquisa em tempo real. A empresa – premiada em 2020 com o MSPA Elite Member, que a coloca entre as 12 melhores do mundo no segmento – representa uma revolução nas pesquisas de satisfação e experiência do consumidor brasileiro. https://skscx.com.br

 

Serasa realiza o maior e mais importante feirão limpa nome de sua história

Entre os dias 3 e 30 de novembro, consumidores de todo Brasil poderão negociar dívidas e contas atrasadas com até 99% de desconto

 

Após realizar diversas ações para renegociação de dívidas ao longo da quarentena, a Serasa anuncia o maior e mais importante feirão Limpa Nome de toda a sua história. Isto porque os descontos para pagamento das dívidas serão os mais agressivos já oferecidos – de até 99%, com mais de 50 empresas parceiras dos mais diversos segmentos: Itaú, Banco do Brasil, Recovery, Claro, Santander, Vivo, Casas Bahia, Ponto Frio, Renner, Riachuelo, Pernambucanas, Avon, Bradesco, Carrefour, Porto Seguro, Ativos, Oi, Itapeva, Anhanguera, Sky, Credsystem, Banco BMG, Digio, Zema, Crefisa, Ipanema, Unopar, Hoepers, Tricard, Tribanco, Di Santinni, Calcard, Confiança, Algar, Unic, Fama, Pitágoras, Sorocard, Uniderp, Unime, Hipercard, Conect Car, Elmo, Tenda, Energisa, Cetelem, Havan, Quatro Estações, CPFL, RGE, PagBank, Light, Nosso Lar, Novo Mundo, Koerich, Kredilg e Cemig.

 

Esta edição do feirão poderá beneficiar até 64 milhões de consumidores de todo o país, que poderão renegociar suas dívidas sem sair de casa entre os dias entre 3 e 30 de novembro, através dos canais digitais da Serasa: site do Serasa Limpa Nome, Whatsapp e aplicativo, e a novidade: renegociação nas mais de 7.000 agências dos Correios em todo o Brasil.

 

Outra grande atratividade deste feirão, é o Serasa Turbo, funcionalidade que permite aumentar o Serasa Score na hora, ofertando assim melhores condições de crédito para os consumidores de todo o país.


"Sabemos da importância do nome limpo para que as pessoas tenham mais chance de conseguir crédito, e assim, recomecem sua vida. O ano foi muito difícil devido a pandemia, mas já vemos sinais de retomada, por isso, esse ano, junto aos mais de 50 parceiros do Serasa Limpa Nome, entendemos a responsabilidade de ampliarmos e criarmos o maior Feirão de todos os tempos” afirma Giresse Contini, diretor de marketing e canais digitais da Serasa.

 

SERASA TE AJUDA

Entre março e setembro, a Serasa fez campanhas com diversos parceiros para propor melhores condições na renegociação de dívidas e ajudar a população em um dos momentos mais difíceis financeiramente, a mais famosa delas, foi a campanha de dívidas de até R$ 1.000 por apenas R$ 100. Apenas em agosto, quase 3 milhões de dívidas foram quitadas através dos canais digitais da empresa.


INADIMPLÊNCIA NA QUARENTENA
 

Em setembro, a capital paulista conta com mais de 4.2 milhões inadimplentes, 3% a menos do que o mesmo período no ano passado, quando registrou 4.4 milhões. Já em todo o Estado de São Paulo, a inadimplência chega a 15 milhões. Um levantamento realizado pela própria Serasa mostra os impactos na taxa de inadimplência no Brasil em 2020 em comparação com o ano passado:

 

2019

Inadimplência

2020

Inadimplência

 

Janeiro

62.176.389

Janeiro

63.782.360

 

Fevereiro

62.172.903

Fevereiro

63.889.695

Março

62.960.081

Março

64.812.645

Abril

63.205.404

Abril

65.908.612

Maio

63.374.619

Maio

65.231.943

Junho

63.450.581

Junho

64.000.691

Julho

63.463.368

Julho

63.503.127

Agosto

63.427.939

Agosto

63.050.431

Setembro

63.206.609

Setembro

62.763.292


Abaixo, dados comparativos das principais cidades brasileiras:

 

Cidade

Top 10 - Inadimplência/2020

Top 10 - Inadimplência/2019

SÃO PAULO

4.260.815

4.411.463

RIO DE JANEIRO

2.368.434

2.481.460

SALVADOR

1.053.880

1.086.239

FORTALEZA

1.014.951

1.021.017

MANAUS

999.666

1.021.934

BELO HORIZONTE

913.393

928.412

BRASILIA

876.242

826.681

RECIFE

624.870

649.790

BELEM

595.807

656.177

CURITIBA

567.433

582.271

 

AGENDA

 

FEIRÃO SERASA LIMPA NOME ONLINE

Quando: 03 a 30 de novembro

 

 

Serasa Experian


Visão do teletrabalho: autogerenciamento e equilíbrio

O home office (trabalho em casa) e o teletrabalho (trabalho em localidades fora da empresa com utilização de meio tecnológicos) transformaram-se nas principais alternativas para muitos profissionais e empresas em todo o mundo. No Brasil, não foi diferente. A pandemia e o necessário isolamento social foram responsáveis pela adoção, em grande escala, do trabalho em casa. A necessidade do trabalho via "home office" ou teletrabalho para algumas profissões apresentam pontos positivos e negativos. Para aqueles que conseguem efetivamente controlar o seu tempo de trabalho, desconectando-se do trabalho; aproveitando o convívio familiar, entre outras necessidades do humano, a experiência parece ter andado bem. Contudo, há aqueles que, pela exigência empresarial ou pela ausência do próprio autocontrole, acabam ficando horas e horas além do tempo que deveria ser dedicado ao trabalho e sofrem consequências sérias como doenças posturais, oculares, ou até mesmo psíquicas em razão do excesso de trabalho.

Esse processo acelerado de adaptação ao teletrabalho ou ao “home office” reavivou a discussão sobre uma legislação mais rígida e clara sobre os direitos dos trabalhadores que estão sob esse modelo. As regras do teletrabalho, em especial, estão nos artigos 75-A a 75-E da CLT, em razão da alteração legislativa realizada pela lei 13.467/2017, a reforma trabalhista, tendo como significado "a prestação de serviços preponderantemente fora das dependências do empregador, com utilização de tecnologias da informação e de comunicação, que por sua natureza, não se constituam como trabalho externo". Existem correntes que defendem um endurecimento da lei e outro lado, importantes vozes destacando que a regulação se dará por categoria via instrumentos coletivos. Independente do caminho que será seguido, o importante é que se preservem os direitos fundamentais dos trabalhadores e se mantenha ativa a possibilidade da atividade empresarial.

Além disso, é importante destacar que, apesar de muitas empresas sinalizarem que vão adotar o teletrabalho mesmo no pós-pandemia, nem todo profissional pode exercer suas atividades nessas circunstâncias. Inúmeros cargos de gestão exigem a presença do profissional para reuniões constantes, interações e tarefas de supervisão muitas vezes despontam como atividades presenciais necessárias. Há ainda, os trabalhadores que estão a desempenhar trabalhos em localidades específicas que tornam inviável o teletrabalho, como a atuação na construção civil, indústrias de vários segmentos, como a química, montadores de veículos, entre outras tantas. Outro fator complicador é a necessidade de uma estrutura digital na empresa para o trabalho à distância funcionar bem, sem deixar espaços que comprometam a atuação do empregado com clientes, prestadores, e sobretudo com cuidados relacionados a própria ergonomia do trabalhador quando distante da empresa. 

Vale ressaltar também que nem todos profissionais e empresas estavam preparados para essa nova realidade repentina. Muitos não contam com os equipamentos necessários para manter um trabalho online ou autodisciplina que é necessária para manter a produtividade em casa. A Pesquisa Potencial do teletrabalho na pandemia, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que no Brasil o trabalho em especial na modalidade “home office” é possível para 22,7% das ocupações.

O essencial é que a relação à distância funcione na questão produtiva e qualitativa, até porque há uma interessante e significativa redução de custos de aluguel dos espaços empresariais, por exemplo. Segundo recente Pesquisa de Gestão de Pessoas na Crise de Covid-19, realizada pela Fundação Instituto de Administração (FIA), cerca de 94% das empresas brasileiras afirmam que atingiram ou superaram suas expectativas de resultados com o trabalho home office. No entanto, 70% dessas empresas pretendem encerrar ou reduzir a prática para apenas 25% dos funcionários quando a pandemia terminar.

E de olho nesse cenário novo nas relações trabalhistas, o Ministério Público do Trabalho (MPT) publicou uma nota técnica com 17 recomendações para o teletrabalho para empresas, sindicatos e órgãos da administração pública. Entre os pontos abordados pelo MPT estão a preservação da privacidade, reembolso de despesas, infraestrutura para o trabalho remoto, informação sobre desempenho, ergonomia, pausa para descanso, ajuste de escala para as necessidades familiares e controle de jornada. As orientações do MPT são bem colocadas e interessantes e visam em certa medida proteger o humano, mas acredito que referidas regras serão claramente firmadas apenas pelos sindicatos das respectivas categorias.

E mesmo com essas preocupações e recomendações, na prática não acreditamos que sempre haverá uma tendência a melhora do trabalho em razão do home office, pois há inúmeras variáveis que se apresentam, como: tratamento recebido pelo empregado da empresa para a qual presta serviços, tempo que anteriormente ficava no trânsito, organização pessoal, entre outros.

O controle da jornada de trabalho, por exemplo é um dos grandes desafios especificamente do teletrabalho. A flexibilidade da jornada é comum nesse regime, não obstante a própria CLT exclua em tese através do inciso III do artigo 62 do regime de teletrabalho o pagamento das horas extras, a atividade poderá ser questionada em razão do princípio da realidade que norteia as relações de emprego, de modo que poderá ser  flexível e sem qualquer controle, parcialmente flexível, ou ter horários rígidos.

É comum em diversas áreas os funcionários serem avaliados com base na produtividade e entrega de projetos, sem a necessidade de manter uma rotina fixa. A sociedade, de modo geral, ainda guarda resquícios do período industrial quanto ao controle de trabalho acreditando, ainda, que o real controle está na visualização do empregado enquanto esse produz, que isso o fará mais ativo. Entretanto, parece ser uma visão já relativizada. O forçoso isolamento social serviu para mudar essa concepção da presença física do chefe para determinadas profissões. E, por outro lado, existem aqueles que extrapolam os seus horários por conta de grande demanda ou por pressão da empresa. É preciso encontrar um equilíbrio.

A discussão será contínua. Nesse caminho sem volta, o equilíbrio significa o reconhecimento de que o antigo cartão de ponto deve ser substituído pelo autogerenciamento do tempo de trabalho. O ideal é que essa nova relação não seja tóxica e nem prejudique a saúde do trabalhador. O progresso na comunicação e na tecnologia não pode significar uma regressão nos direitos e ao mesmo tempo não pode ser uma negativa do avanço.

 



Ricardo Pereira de Freitas Guimarães - advogado, especialista, mestre e doutor pela PUC-SP, titular da cadeira 81 da Academia Brasileira de Direito do Trabalho e professor da especialização da PUC-SP (COGEAE) e dos programas de mestrado e doutorado da FADISP-SP


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