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terça-feira, 3 de março de 2020

Grave, urgente e necessário: um iminente perigo ronda o céu do Brasil


Falta de sinalização aérea pode causar acidente de grandes proporções


Um questionamento vem tomando conta cada vez mais dos que viajam pelo espaço aéreo brasileiro: será que a maioria dos cidadãos sequer tem noção do perigo que corre ao viajar pelo céu do Brasil? “O risco de uma aeronave chocar-se com uma torre de qualquer natureza – seja de transmissão de energia, eólica, de telefonia, rádio, TV, entre outras – é muito grande. A sorte é que, até o momento, um desastre de grandes proporções não ocorreu. Porém, ele pode acontecer a qualquer instante enquanto a situação continuar do jeito que está. Por isso, a divulgação dessa pauta é de extrema relevância. Diria vital, até”, é o que alerta o professor mestre em Engenharia Elétrica e engenheiro responsável pela indústria FRATA, Michel Rodini.

Segundo ele, existe uma portaria do COMAER – Comando da Aeronáutica, 957-GC3, que impõe uma série de regras para que torres sejam sinalizadas e visíveis em um ângulo de 360º, facilitando a visualização dos pilotos. Para cada tipo de obstáculo aéreo (torres) existe uma regra de sinalização de acordo com a altura, sendo sinalização fixa e/ou piscante. Essa sinalização é produzida por indústrias especializadas para este fim.

 “A questão grave que ocorre é que, para aprovação do projeto, muitas empresas colocam realmente a sinalização especial determinada na norma. Porém, em alguns casos ocorre que quando esses sinalizadores aeronáuticos queimam, o local fica sem visibilidade – e os responsáveis o mantém dessa forma - ou os substituem por sinalizadores não apropriados e sem certificação adequada (vedação, luminosidade etc.). E é aí que mora o perigo já que acidentes de grandes proporções podem ocorrer”, explica Rodini.

De acordo com o engenheiro, urge a necessidade de uma fiscalização adequada por parte dos órgãos fiscalizadores e/ou responsáveis envolvidos bem como a manutenção preventiva.

“Por isso, chamamos atenção dos responsáveis pela sinalização para que se conscientizem e percebam o grande risco a que submetem a população e a si próprios. Se um acidente ocorrer por conta desse fator, além da tragédia em si, as despesas e multas aos responsáveis serão imensas, chegando até a, possivelmente, inviabilizar o seu projeto. Que tenham ciência de que agir em consonância com as normas vigentes, com a lei, é muito mais vantajoso”, finaliza o engenheiro Michel Rodini. 


COMO SER FELIZ NO MUNDO V.U.C.A?

      
Você já deve ter lido alguma explicação sobre o mundo V.U.C.A. Se não, vamos navegar por esse acrônimo que visa explicar as impermanências da nossa sociedade contemporânea, ou como diria Zygmunt Bauman, da modernidade líquida. O mundo da velocidade, do instante, da imagem, da complexidade, do ambíguo, do incerto.
O termo V.U.C.A. nasceu do acrônimo das palavras em inglês Volatility, Uncertainty, Complexity e Ambiguity (em português: volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade, respectivamente).
Volatilidade – Trata-se do volume e da agilidade com que as mudanças ocorrem no mundo. Isso torna muito mais difícil a capacidade de as organizações acompanharem o mercado e é preciso agir rapidamente diante de tais circunstâncias.

Incerteza – Já a incerteza se trata da incapacidade de prever resultados futuros, mesmo quando as análises são baseadas em dados presentes. A imprevisibilidade é o principal elemento que dificulta a aplicação de novas soluções. Profissões de hoje, não existirão no futuro e novas surgirão. Quais serão, alguém tem apostas? Futuro incerto.

Complexidade – Aqui, conectividade e interdependência são fatores que dificultam a capacidade de agir. A natureza interconectada e interdependente dificulta prever o resultado das decisões de negócios em ambientes complexos.

Ambiguidade – Já a ambiguidade se resume à falta de clareza e concretude, o que dificulta a capacidade de encontrar a relação entre causa e efeito ao analisar determinado acontecimento. Ou seja: é a interpretação dúbia dos fatos que prejudica a capacidade de encontrar uma solução para determinado fenômeno. Se todos podem ter razão, como tomar decisões?
E como profissional já parou para pensar quais habilidades emocionais são necessárias para não pirar diante dessa avalanche de mudanças tão aceleradas? É preciso desenvolver visão e clareza para não sucumbir as tais mudanças voláteis, para não se enveredar por caminhos que nos levem ao sofrimento como os transtornos de ansiedade, síndrome de burnout, ou alguma falta de saúde mental que leva a infelicidade na vida e no trabalho.
Como afirmou o futurologista Ian Pearson, no futuro dominado pela tecnologia, internet 5G, automação e inteligência artificial, é fundamental desenvolvermos a inteligência emocional – as soft skills e as  happiness skills – para manter serenidade, sabedoria, lucidez e continuar trabalhando com motivação intrínseca, numa vida com sentido.
A Ciência da Felicidade tem ganhado cada vez mais investimentos para pesquisa em Universidades como Harvard, Yale e Pensilvânia, essa última onde nasceu a Psicologia Positiva em 1986, fundada pelos psicólogos e pesquisadores Marting Seligman e Mihaly Csikszentmihalyi.
Desde então, os estudos sobre o que gera felicidade no ser humano cresceram vertiginosamente, demonstrando que a ciência pode ser grande aliada na discussão do assunto. Dentro dessa perspectiva, a  Dra. Barbara Fredrickson, pesquisadora do laboratório de Emoções Positivas e Psicologia da Universidade da Carolina do Norte – EUA, escreveu o livro chamado Positivity, que aborda as 10 emoções positivas, identificadas pelos participantes como as mais poderosas em suas vidas. Ela afirma que se cultivarmos essas emoções traremos mais positividade e, por consequência, maior bem-estar em nossas vidas.
Uma dessas emoções é a serenidade, e para desenvolvê-la em nosso cotidiano, é primordial lançarmos mãos das técnicas e práticas da meditação, uma delas, ou a mais conhecida no mundo corporativo é o Mindfulness, um programa que ensina a prática da atenção plena, de como manter um estado mental focado no agora, na experiência do presente, e não na ansiedade do futuro ou no paradigma do medo diante dessa VOLATILIDADE.
Para INCERTEZA, é preciso desenvolver uma das Sete Happiness Skills, defendida pelo Neurocientista Richard Davidson, no seu livro Neurociência da felicidade. A neurociência já atestou que o bem-estar humano pode ser elevado com o treinamento. Portanto, podemos treinar e desenvolver a Resiliência, que é a capacidade de recuperação diante das adversidades. Com uma mente flexível aprendemos que as lições não são para nos derrubar, mas para nos fazer mais fortes, mais corajosos, despertando nossa POTÊNCIA.
Ser resiliente é o esforço de ser você mesmo, com seus erros e acertos, com sua vulnerabilidade, tendo a coragem de ir atrás dos seus sonhos e desafios. Seja autêntico, siga sua intuição, entregue ao mundo a sua melhor intenção.  Numa sociedade que não aceita as falhas ou os erros, ser flexível e resiliente fará toda a diferença na sua tomada de decisão.
Agora chegou a vez de abordar o C de COMPLEXIDADE. Quando estudei Ciências Holísticas e Economia para Transição, num certificado de 8 meses na Escola Schumacher Brasil, tivemos um módulo sobre Complexidade. Nada simples entender as conexões do vir a ser, do comportamento emergente de muitos sistemas, da complexidade das redes, da teoria do caos, da autorregulação do planeta, etc. Lembro de ficar encantada com a expressão Vir a Ser, da observação da natureza para entender os movimentos dos pássaros no evento denominado Murmuration* como símbolo da complexidade.
Pois bem, para compreender a Complexidade é preciso desenvolver uma mentalidade holística e não linear, pois assim também são os princípios da natureza. A natureza é colaborativa, integrada, interdependente, conectada em ecossistemas vivos. O ambiente complexo exige perspectiva que vai além de identificar as ameaças e as oportunidades a serem avaliadas. Em outras palavras, liderar através da complexidade significa pensar de maneira não linear. Não é o controle que impera, mas o sentir que estimula a intuição, a criatividade, a solução de problemas por meio da inteligência colaborativa.
Para o C de Complexidade, que tal desenvolver as habilidades da colaboração, da compaixão, da co-criação com a cabeça aberta, coração aberto e vontade aberta que são os princípios da Teoria U do Otto Scharmer do MIT. A capacidade de julgar menos, de acolher mais, de desenvolver uma escuta e comunicação empática, pode gerar ideias inovadoras e soluções para problemas que estão até hoje assolando nossa sociedade.
Quais habilidades são importantes em um contexto de AMBIGUIDADES? É preciso continuar falando de empatia, pois essa é a moeda do futuro. Nem só de software, nem de hardware viverá nossa humanidade, mas de Heartware, como um dia ouvi o Felipe Teobaldo argumentar em uma palestra na Universidade Anhembi. Meus alunos ficaram extasiados com o poder de argumentação do Teo sobre a empatia.
Na Schumacher College, aprendemos a alinhar mãos, mente e coração. E isso traz inteireza, clareza, sentido, autenticidade do ser. Revelar o propósito de vida e de carreira é fundamental para encontrar nosso encaixe e fazer a diferença no mundo. Mas tudo só tem sentido, quando vivemos de forma empática, quando compartilhamos a felicidade, quando construímos a realidade com menos competição, comparação e julgamentos.
O engajamento nas organizações virá de um modelo de liderança capaz de trazer um novo olhar para os mesmos modelos, ou até criar novos modelos baseados no protagonismo/ autonomia, no sentido de pertencimento, do estímulo da competência e no desenvolvimento do propósito do colaborador alinhado com os valores e propósitos da organização. Mas esse é o tema para o próximo texto.
E aí como você está se preparando para o futuro do trabalho diante do contexto social-tecnológico-econômico tão V.U.C.A?
Enquanto voam, os estorninhos em um murmúrio parecem estar conectados. Eles torcem, viram e mudam de direção a qualquer momento. Como centenas ou mesmo milhares de pássaros coordenam movimentos tão complicados durante o vôo? Assista o vídeo no link acima na palavra murmuration (é sensacional!)



Chirles de Cliveira


Justiça aplica Lei Maria da Penha em caso de stalking


A Defensoria Pública de SP obteve uma decisão liminar que concede medidas protetivas a uma mulher vítima de stalking que, embora nunca tivesse se relacionado com o acusado, sofria perseguições pela internet e também pessoalmente.


De acordo com o professor de Direito Penal Damásio de Jesus, stalking é "uma forma de violência na qual o sujeito ativo invade a esfera de privacidade da vítima, repetindo incessantemente a mesma ação por maneiras e atos variados, empregando táticas e meios diversos: ligações nos telefones celular, residencial ou comercial, mensagens amorosas, telegramas, ramalhetes de flores, presentes não solicitados, assinaturas de revistas indesejáveis, recados em faixas afixadas nas proximidades da residência da vítima, permanência na saída da escola ou do trabalho, espera de sua passagem por determinado lugar, frequência no mesmo local de lazer, em supermercados etc".

No caso levado à Justiça pela Defensoria Pública, Beatriz e Marcos (nomes fictícios) se conheceram casualmente em 2016 e por mais de um ano conversaram por mensagens de texto, de forma superficial. No entanto, com o passar do tempo, Marcos começou a demonstrar interesse em desenvolver um relacionamento amoroso com Beatriz, que desde o início, recusou.

A insistência era tanta que Beatriz precisou bloquear o número de telefone de Marcos, para que ele não entrasse mais em contato. Porém, ele começou a utilizar outros números telefônicos para manter as conversas. Recentemente, Marcos compareceu ao local de trabalho de Beatriz, quando então relatou sua intenção de levá-la para almoçar para poder pedi-la em casamento - o que foi novamente negado.

Marcos ainda criou perfis falsos nas redes sociais para entrar em contato com familiares de Beatriz para difamá-la, gerando intensa vergonha e humilhação. Além disso, continuaram constantes as ligações de Marcos para Beatriz, o que lhe causavam instabilidade emocional e grande estresse. A situação extrema fez Beatriz registrar um boletim de ocorrência, em que narrou a situação vivida.

Na ação, a Defensora Pública Mariana Chaib afirmou que o stalking é uma das espécies de violência psicológica contra a mulher a ser coibida, de acordo com a Lei Maria da Penha. "Apesar de aparentemente não se tratar de violência no âmbito doméstico, trata-se de situação sui generis, que permite a aplicação da Lei Maria da Penha". Ela ainda explica: "Tendo em mente que o objetivo primário da lei é a proteção da mulher em decorrência de seu gênero, deve-se levar em consideração que o requerido, por toda a narrativa trazida, acredita veementemente que viveu, vive ou viverá em um relacionamento amoroso com a requerente".

Na decisão, a Juíza que analisou o caso considerou a personalidade agressiva do acusado, pontuando que ele já respondeu processo anterior em razão de violência doméstica em outro relacionamento, "cenário que evidencia existência de risco à integridade física, psicológica e moral da ofendida". Assim, proibiu Marcos de se aproximar ou fazer contato com Beatriz e seus familiares. Determinou, ainda, que sejam adotadas as medidas de proteção de dados pessoais de Beatriz para garantir a efetividade das medidas protetivas.


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