5 dicas infalíveis para turbinar a saúde e se
prevenir de doenças
Apesar
da importância da informação sobre as diferentes enfermidades, a prevenção
ainda é a aliada mais poderosa da saúde, principalmente para um envelhecimento
saudável
Com o aumento da expectativa
de vida do brasileiro, a população passa a se preocupar mais com as doenças que
podem surgir ao longo dos anos, como as cardiovasculares, ósseas, pulmonares e
câncer. Porém, antes de entender quais são suas características, métodos de
diagnóstico e tratamento, é necessário dar um passo atrás: como podemos nos
prevenir para ter uma saúde de qualidade e escapar dessas doenças?
De acordo com o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2050, a previsão é de que 66 milhões
de brasileiros estejam acima dos 60 anos, o que representará cerca de um terço
da população. Porém, segundo o Prof. Dr. Carlos Scherr, cardiologista da
Sociedade Brasileira de Cardiologia, “apesar de parecer algo alarmante, esse
dado representa uma oportunidade para muitas pessoas repensarem a própria
saúde, e se cuidarem. A saúde de amanhã é o fruto do que se faz ao longo da
vida desde o nascimento”.
O médico explica que existem
“práticas simples e poderosas para chegar com uma saúde de ferro na terceira
idade, que podem (e devem) ser adotadas desde cedo”. Ele dá dicas e detalha
cada uma delas:
1) Pode parecer clichê, mas
é real: se alimente bem
E isso não quer dizer que a
alimentação deva ser composta apenas de verduras, legumes e frutas. “Se alimentar
bem é ter uma dieta diversificada e equilibrada, sem radicalismos. Tudo pode:
as quantidades é que vão variar de acordo com cada perfil. O que não pode são
os exageros – lembrando sempre de manter a hidratação em dia e evitar o consumo
de itens que não trazem benefícios à saúde, como bebidas alcoólicas em
excesso”, afirma o médico.
Ter uma alimentação saudável
é benéfico tanto fisicamente como mentalmente, e aqueles que se alimentam de
forma adequada tendem a ter mais disposição e autoestima. “Além disso, a
alimentação é uma aliada importante na prevenção de doenças como obesidade,
câncer, anemia, diabetes, hipertensão arterial, entre outras”, conta.
Por fim, não se pode
esquecer da importância do prazer ao comer. A refeição é uma experiência cheia
de significados, que ultrapassam a nutrição em si. Por isso, equilíbrio e
prazer são as palavras-chave.
2) Mexa seu corpo
regularmente
“O exercício físico regular
e orientado proporciona condicionamento cardiorrespiratório e é a única maneira
de ajudar a diminuir as perdas musculares decorrentes do envelhecimento,
iniciadas com a diminuição do tônus muscular à partir dos 40 anos de idade.
Além disso, a prática traz independência e reduz o risco de comprometimento
cognitivo”, explica o doutor.
Em 2018, uma pesquisa
divulgada pelas universidades de Birmingham e King´s College London, no Reino
Unido, também trouxe dados relacionados ao assunto: o estudo revelou que
pessoas mais velhas que se mantiveram ativas apresentam massa muscular
preservada e sistema imunológico afiado.
“Vale dizer que ninguém
precisa ser um atleta profissional para chegar bem à terceira idade. Qualquer
tipo de exercício – seja caminhada, dança, musculação, ou outros –, com
orientação de um profissional, é válido. O que importa é manter a regularidade
na maioria dos dias da semana”, afirma.
3) Estabeleça uma rotina de
consulta ao médico e rastreamento de possíveis doenças
Uma pesquisa realizada em
2017 pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia – São Paulo
(SBGG-SP), em parceria com a Bayer, com dois mil homens e mulheres brasileiros
acima dos 55 anos, traçou um perfil do brasileiro na terceira idade, e
identificou que alguns de seus principais receios em relação ao avanço da idade
é não andar ou enxergar (21,3%) e desenvolver uma doença grave (18,2%). Apesar
disso, sabe-se que muitas pessoas não frequentam o médico com regularidade – o
que faz com que doenças sejam detectadas de forma tardia.
“É sempre válido lembrar que
após a prevenção, o diagnóstico precoce é essencial para garantir uma saúde de
qualidade no longo prazo. Isso garante que o tratamento adequado seja iniciado
o quanto antes e as chances de sucesso sejam significativamente maiores”,
explica o médico.
4) O cuidado com a saúde
deve ser integrado: não deixe de lado sua saúde mental
Diversas situações do dia a
dia fazem com que a saúde mental das pessoas seja impactada – um exemplo disso
são as exigências da vida moderna, que requer ainda mais agilidade e disposição
das pessoas. Esses fatores, por sua vez, podem influenciar no desenvolvimento
de doenças como a ansiedade. De acordo com a Organização Mundial da Saúde
(OMS), o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no mundo, com
18,6 milhões convivendo com o transtorno.
“Por isso é importante
manter o equilíbrio no dia a dia, separando sempre um tempo para fazer algo que
descontraia e dê prazer, sem se esquecer também do descanso. Ler um bom livro,
sair com amigos, meditar – existem várias técnicas de relaxamento que trazem
uma sensação de tranquilidade e bem-estar, ajudando a lidar melhor com a vida
moderna”, conta o Dr. Carlos.
A boa notícia é que de
acordo com a pesquisa da SBGG-SP com a Bayer, a maioria (76%) dos entrevistados
afirmaram ler ou praticar alguma atividade que desafia o cérebro, e 64% disseram
frequentar eventos sociais semanalmente. “Cada pessoa deve escolher, de acordo
com suas particularidades, a atividade que quebra a rotina e traz uma sensação
boa. Isso é parte essencial no cuidado com a saúde como um todo”.
5) Fuja do isolamento e da
solidão
De acordo com a Organização
Mundial de Saúde (OMS), o termo “saúde” é definido como “um
estado de completo bem-estar físico, mental e social”, e não somente a ausência
de doenças. Por isso a importância de se manter longe de um isolamento e, consequentemente,
da solidão. E esse é justamente o principal receio apontado pelos entrevistados
da pesquisa da SBGG-SP com a Bayer – eles têm medo de ficarem sozinhos à medida
que os anos passam.
Sendo assim, apesar da
importância de se desenvolver uma independência e dedicar um tempo para si, não
se pode deixar de lado o convívio com outras pessoas, como amigos e familiares.
Essas experiências trazem ganhos físicos e emocionais da infância à velhice, e
também contribuem para o autoconhecimento, além do aprendizado sobre conviver
com as diferenças.
“O contato com pessoas
diferentes é uma oportunidade de nos conhecermos melhor e nos construirmos ao
longo do tempo, além de contribuir também com o desenvolvimento do outro. Por
isso, a construção de relações é imprescindível para uma vida saudável e mais
feliz. Conviver com grupos de interesse mútuo é trazer vida”, finaliza o
médico.
Bayer