Especialista explica benefícios do consumo
deste tipo de alimento e como não errar na hora da compra
Normalmente,
quando queremos iniciar uma dieta escolhemos a segunda-feira como o dia oficial
para entrar de cabeça nessa missão. Afinal, são nos sábados e domingos que
costumamos comer um pouco mais, seja porque pedimos aquela pizza saborosa,
porque escolhemos ir em restaurantes que possuem pratos deliciosos ou até mesmo
porque exageramos nas festas, e aí quando passamos dos limites nesses dias,
optamos em fazer do início da semana o nosso momento de redenção.
Começar
uma dieta na segunda-feira se tornou praticamente um ritual e para conseguir
ter êxito nesse desafio, é importante que alguns alimentos sejam substituídos,
além de claro, incluir alguns outros que também são importantes. Sendo assim, é
muito comum que optemos por cardápios que incluam em seus pratos itens
integrais, como o arroz ou aveia, por exemplo. Isso acontece porque estes tipos
de alimentos proporcionam uma série de benefícios a saúde. E de acordo com especialistas,
os integrais são as melhores opções para a dieta, porém, como tudo na vida deve
ter um equilíbrio, a alimentação com esses itens deve ser muito bem balanceada,
pois eles também são ricos em calorias, e aí o resultado esperado pode ser
contrário.
Pão integral é o queridinho, aponta pesquisa
De
acordo com a pesquisa “Hábitos alimentares dos brasileiros: preferências,
dietas e tendências de consumo”, realizada pela Banca do Ramon,
62% dos entrevistados dão preferência ao pão integral na hora de comprar os
alimentos que vão integrar o cardápio da dieta. Segundo a nutricionista
consultora da Banca do Ramon, Nathália Gazarra, mais produtos desta categoria
devem ser inclusos nas refeições para uma alimentação mais balanceada e
consciente. “O ideal é que mais alimentos na versão integral sejam
acrescentados no cardápio, pois são alimentos mais nutritivos. Possuem maior
concentração de ferro, magnésio, zinco, fósforo e vitaminas do complexo B. Sã o
ricos em fibras também, o que auxilia no bom funcionamento intestinal. Por isso
são tão indicados pelos especialistas, no entanto, também possuem calorias,
então, não é porque o arroz ou o pão é integral, que pode dobrar a quantidade
que se come. Por exemplo, uma fatia de pão de forma tradicional e uma fatia de
pão de forma integral tem as mesmas calorias, portanto, deve consumir com
cautela “, diz.
De olho no rótulo
Olhar
os rótulos dos alimentos no mercado é algo sempre recomendado pela
nutricionista e quando se trata dos produtos integrais a atenção deve ser
redobrada, pois, nem todo alimento faz parta desta categoria. “De um modo
geral, as pessoas não têm o hábito de ler os rótulos e quando leem, muitas
vezes não entendem o conteúdo. Mas é necessário atentar-se, especialmente,
porque muitos alimentos parecem ser integrais, mas na verdade não são. Para
fazer parte do time dos integrais, a farinha integral, tem que ser o primeiro
item a aparecer na lista de ingredientes. Só que várias embalagens levam as
pessoas ao erro, pois na frente, normalmente está escrito integral, porém
quando vamos verificar a lista de ingredientes, o primeiro item é a farinha
enriquecida com ferro e ácido fólico, que nada mais é do que a farinha branca”,
conta Gazarra.
Como incluir nas refeições?
Na
percepção da especialista, as pessoas não sabem ao certo como incluir os
alimentos integrais nas próprias refeições e para conseguir realizar essa
tarefa é importante contar com um nutricionista, pois ele indicará os itens que
devem ser consumidos e a quantidade ideal. “Um processo de reeducação alimentar
envolve algumas substituições e ajustes no plano alimentar. E os alimentos na
versão integral de maneira geral são muito indicados, mas é preciso também
adequar isso ao paladar individual, pois, nem todo mundo é receptivo com estas
mudanças. O nutricionista sempre oferece dicas e estratégias nutricionais que
podem auxiliar nesse processo, além de especificar a quantidade das porções,
lembrando que os alimentos integrais também possuem conteúdo calórico, por isso
a consul ta com o nutricionista é tão importante, porque é preciso acertar
esses detalhes”, afirma.
Quais são os benefícios?
Engana-se
quem acredita que alimentos integrais são bons apenas para quem busca
emagrecer. A nutricionista consultora da Banca do Ramon detalha alguns pontos
que são muito benéficos a saúde.
Maior saciedade
Um
dos grandes benefícios dos alimentos integrais é a sensação de saciedade. Como
possuem fibras, eles absorvem água e ficam por mais tempo no estômago. “Essa é
uma grande vantagem para quem precisa perder peso, com a maior sensação de
saciedade, a fome demora um pouco mais para aparecer até a próxima refeição.
Lembrando que é importante sempre procurar um nutricionista para orientar
melhor sobre as refeições e suas quantidades”, conta a especialista.
Faz bem ao coração
Quem
é cardíaco precisa fazer algumas substituições para cuidar do coração. Para o
café da manhã, por exemplo, o pão integral ou a aveia integral pode assumir o
lugar do tradicional pão francês. “A aveia, principalmente a aveia em farelo,
possui na sua composição a beta-glucana, que é um tipo de fibra solúvel que
pode reduzir o colesterol ruim, tem proteção celular, ação antioxidante,
estimula o sistema imune e regula o apetite. São excelentes para o coração,
como as vitaminas do complexo B, niacina, magnésio e fibras, prevenindo algumas
doenças como colesterol e diabetes”, detalha Gazarra.
Ajuda a prevenir câncer
Por
fornecer vitaminas, sais minerais e antioxidantes, os alimentos integrais
combatem os radicais livres, que são substâncias toxicas que favorecem o corpo
a desenvolver algumas doenças como o câncer, especialmente, o que afeta o estômago,
intestino, reto e boca.
Ótimo para o intestino
De
acordo com a especialista, os integrais beneficiam o intestino por causa da
grande concentração de fibras encontrada neste tipo de alimento. “As fibras não
são digeridas pelo organismo, então elas se formam como se fossem um gel no
estômago, o que causa a saciedade. Retardam o esvaziamento gástrico e o tempo
de trânsito intestinal, além de diminur a absorção de glicose e colesterol”,
finaliza.