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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Férias: Cinco brincadeiras tradicionais


Confira as dicas do Sistema de Ensino Poliedro para os pequenos aproveitarem esse período brincando e aprendendo
 

Não basta incentivar a criança a brincar. É preciso ensiná-la a compreender a importância de tudo que um dia foi criado 
 Pixabay



Com o fácil acesso aos jogos eletrônicos e a outros tipos de entretenimento, muitas brincadeiras tradicionais ficaram de lado. O resgate delas, no entanto, é fundamental já que, por meio de jogos, a criança aprende a compreender como funciona o mundo no qual ela está inserida.

Para isso, não basta apenas incentivar a criança a brincar. É preciso ensiná-la a compreender a importância de tudo que um dia foi criado. O ato de brincar estimula a integração social, o senso de pertencer, a cooperação entre os grupos e o desenvolvimento da criatividade, da coordenação motora, da inteligência e da afetividade.

Com o passar dos anos, as regras de algumas das brincadeiras passaram por variações, de acordo com os costumes da população das diferentes regiões do País, porém, a essência de cada uma delas foi mantida.



Por meio de jogos, a criança aprende a compreender como funciona o mundo no qual ela está inserida
Pixabay

Confira as cinco brincadeiras tradicionais selecionadas pelo Sistema Poliedro e suas origens para ensinar e usufruir do período de férias com as crianças:


Amarelinha: Famosa brincadeira de origem francesa, chegou ao Brasil com a vinda dos portugueses. O nome "amarelinha" é proveniente da palavra marelle. Pela pronúncia parecida com a palavra "amarelo", foi adaptada pelos colonizadores e utilizada para compor o nome da brincadeira.

Para jogar é preciso apenas de um espaço plano grande, que pode ser um quintal, e giz de cera para desenhar quadrados numerados de 1 a 10. Ao topo, desenhe um espaço oval com a palavra "céu". As crianças devem tirar a sorte para verificar quem inicia a brincadeira. Posteriormente, jogam a pedra no número 1, dentro do limite do desenho. Os participantes precisam pular com uma perna só nas casas únicas e usar as duas pernas para as casas duplas, literalmente pulando até o "céu". Ao retornarem, precisam parar nos números 2 ou 3 para pegar a pedra de volta, sem perder o equilíbrio e, assim, sucessivamente.

Aquele que cair, pisar fora do limite ou colocar as mãos no chão, perde a vez. Outro participante inicia a brincadeira, Na Amarelinha, ganha a criança que passar por todos os números e alcançar primeiro o céu.


Cirandas: Com origem portuguesa, seu nome tem origem da palavra "zaranda", definida como instrumento de peneirar farinha. São muito conhecidas por crianças brasileiras, principalmente das regiões Norte e Nordeste. As músicas são adaptadas de acordo com os costumes locais. A melodia e as rimas as tornam fáceis de decorar. Geralmente, é feita uma roda para que as crianças possam brincar. Elas vão girando, cantando e fazendo gestos conforme a letra da música.


Jogo das Cinco Marias: De origem grega, era conhecido como o "jogo dos ossos", porque os romanos jogavam ossos de carneiro no chão para consultar os deuses e a interpretação era feita de acordo com a soma dos pontos de cada um. Eles tinham formatos e valores diferentes. Posteriormente, tornou-se uma brincadeira.

Para esse jogo, basta elaborar pequenos saquinhos de pano e colocar areia, arroz ou até mesmo pedrinhas. As crianças lançam um dos saquinhos para cima e, ao mesmo tempo, têm que apanhar outro que está no chão até não sobrar nenhum. Nas rodadas seguintes, o número de saquinhos a serem pegos aumenta, até o momento em que todos são apanhados de uma vez só.


Bolinhas de gude: Brinquedo que também chegou ao Brasil com os portugueses, possui diversas possibilidades de ser um passatempo. Entre elas, está a de desenhar um círculo no chão de terra, selecionar um número de bolinhas e espalhá-las dentro do círculo. As crianças devem usar o dedo polegar para tentar eliminar o máximo de bolinhas de dentro do círculo usando outra bolinha de gude. Ganha aquela que conseguir retirar o maior número.

Peteca: Nome de origem tupi, peteca significa bater com as mãos. A peteca tradicional é feita artesanalmente e constituída de penas de galinha, palha de milho, barbante e areia. Para brincar são necessários grupos ou duplas, que arremessam o brinquedo aos participantes, até que caia no chão.


 
 O ato de brincar estimula a integração social, o senso de pertencer, a cooperação entre os grupos e o desenvolvimento da criatividade
Pixabay




O brincar ao ar livre


Papais, mamães, avós, professores… lembram da sua infância, quando ainda não havia tecnologia tão avançada e brincávamos muito ao ar livre? Era tão bom, saudável, libertador! E nos traz lembranças agradáveis, não é mesmo?

Pois bem, vou trazer aqui uma questão que pode até parecer meio chocante, mas é verdadeira: você sabia que há pesquisas que apontam que presidiários passam mais tempo ao ar livre do que mais da metade das crianças? Diante dessa desconcertante afirmação, é provável que elenquemos a falta de segurança e a preferência dos pequenos pela tecnologia como possíveis fatores que afetariam a realidade da atual infância.


Em contrapartida, ao invés de buscar uma justificativa, sejamos honestos: a cada dia nos deparamos mais frequentemente com transtornos que comprometem a atenção, que acarretam na hiperatividade, dificuldades de aprendizagem, incapacidade de concentração. Além disso, a obesidade infantil atinge níveis alarmantes, decorrentes também, é claro, de uma alimentação ruim, mas especialmente de um sedentarismo recorde.

Não almejo abordar os problemas referentes a esse tema, mas sim pensar de forma otimista e em maneiras reais de amenizá-los. As pessoas que moram em casas já têm um ponto a seu favor. Para quem vive em apartamento, uma dica: em algum lugar da sua cidade deve haver um parque, uma área de recreação, uma praça, um gramado… Encontrar o local é o ponto de partida. Criar o hábito de estar neste espaço, considerando a rotina da família, também. Mas fazer isso diariamente é possível? Provavelmente não! Então sejamos realistas, será que uma vez por semana daria?

A criança é um ser do presente, ela vive no aqui e agora, mediante as interações que faz com o espaço em que está e com as pessoas que estão ao seu redor. Portanto, não se aflija caso não tenha um extenso repertório brincante. Lembre-se das suas brincadeiras de infância… quem nunca brincou de elefante colorido, siga o mestre, estátua, passa anel? Corra, vire cambalhotas, salte com a criança! Pule corda, elástico, obstáculos, amarelinha, solte bolhas de sabão, pipa, ou o que for. Conecte-se com a textura da terra, da areia, da água. Interaja com os elementos da natureza que os rodeiam!


Pensemos na prática…

Uma brincadeira simples e adaptável a várias idades é a caça ao tesouro. Já para crianças menores de 3 anos, que tal propor que procurem cores diferenciadas nas plantas e outros elementos naturais? Seja o amarelo de um girassol, o verde das folhas, o marrom das pedras, o preto da formiguinha… deixe que a criança explore o espaço, observe-o também, interagindo. Faça parte dessa caçada também. Quando ela te chamar, não hesite: corra, desfrute do tesouro que ela está te proporcionando.

Para crianças maiores, é possível criar uma lista de palavras com itens a serem encontrados. Pedras pequenas, flores vermelhas, gravetos com mais de 30 cm, enfim, liste objetos conforme o espaço e sua imaginação puderem criar. Caso seja possível, tente colocar em prática esse tipo de brincadeira também à noite, com lanternas. Cuidado por onde andam e tenham uma boa jornada!

Caso sinta-se desconfortável, especialmente pelos possíveis olhares alheios no espaço público, tente primeiramente permanecer sentado próximo à criança, conversando e olhando em volta, observando o céu, as nuvens e inventando histórias para os mais variados desenhos que nelas surgem. Quem sabe observar as montanhas ou folhas e gravetos ao chão também seja uma boa dica... será que se parecem a algum animal ou objeto? Essa brincadeira chama-se “olhos de águia”, muito comum em tribos indígenas norte-americanas, para as quais observar a natureza e aprender a respeitá-la têm muita importância. E se estes momentos fossem registrados com fotos? A tecnologia não é uma vilã se houver equilíbrio e controle de seu uso.

Outra sugestão pra lá de antiga porém tão memorável é empinar pipa. Melhor seria se a criança fosse envolvida no processo de criação dela. Caso não, tudo bem, quem sabe não seria bacana pensar nisso? Não será este o impedimento deste milenar passamento. Até uma simples sacola plástica amarrada a um longo barbante serve para brincar. Claro que, para essa brincadeira em especial, o ideal é encontrar uma área grande, desocupada, sem muitas árvores ou postes elétricos, com bastante vento. Se conseguir encontrar um local dessa forma ou semelhante, que maravilha. Aproveite! Dos pequenos aos mais velhos, com certeza será um sucesso.

E os bebês? Eles não ficam de fora! Deixe que engatinhem pelo gramado, permitindo o contato com a natureza e fazendo suas descobertas neste meio. 

Podemos nomear o que está ao seu redor, explorar o ambiente com ele.

Enfim, brincar não tem mistério, pois até mesmo um momento, um toque, uma palavra, podem desencadear novas e interessantes brincadeiras, criando vínculos inquebráveis. Brincar é como respirar e pode ser a atitude precursora e desencadeadora das maiores aprendizagens de uma criança e a natureza. O espaço ao ar livre potencializa as habilidades infantis, especialmente motoras e imaginativas.

A infância atual necessita desse contato com o meio natural e cabe a nós ajudar no resgate desse costume. Por incentivo, convite, hábito, enfim. De algum modo, tiremos as crianças da frente de suas telas, do meio das paredes e deixemos que aprendam a desfrutar da natureza, valorizando-a e aprendendo a zelar por ela.






Samanta Sivers - professora de Educação Infantil do Colégio Marista São Luís


Cinco dicas para aproveitar as férias escolares


É possível aprender durante uma viagem e um encontro com amigos


As férias escolares são um período de descanso e diversão. Mesmo assim é possível aprender durante uma viagem, em um encontro com amigos ou enquanto se realiza outras atividades.

Para você aproveitar ainda mais essas semanas de descanso, a coordenadora pedagógica do Colégio Marista Champagnat, de Ribeirão Preto (SP), Juliana Christina Rezende de Souza, separou cinco dicas de atividades que relaxam e acrescentam conhecimento:


1.      Leia

Além de estimular a criatividade, a leitura expande o vocabulário e o conhecimento aguçando a imaginação, para que o leitor enxergue o mundo de uma maneira diferente.


2.     Pratique esportes

A prática de esportes faz bem para o corpo e a mente. Contribui com a oxigenação do cérebro, estimula as atividades cognitivas, aumenta o “colesterol bom” e diminui o “colesterol ruim”, fortalece os ossos, melhora o sono, fortifica os músculos e aumenta a capacidade cardiorrespiratória.


3.     Vá ao cinema

Ir ao cinema é um gancho para que as pessoas se unam e relaxem, além de atividade importante para ajudar no aprendizado e nas relações sociais, bem como no conhecimento de outras culturas.


4.    Faça um projeto voluntário

O voluntariado ajuda a obter experiência e conhecimento, amplia a visão de mundo, desenvolve senso de comprometimento e confiança, cria relacionamentos e ajuda a ter maior entendimento do propósito de vida.


5.     Cultive amizades

Cultivar amizades faz bem para a saúde, cria cumplicidade, elimina a solidão, dá ânimo e aumenta a longevidade. Quando amigos estão felizes e otimistas tendem a contagiar de forma positiva os que estão a sua volta e todos ficam mais felizes.





Rede Marista de Colégios



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