A neoplasia é o tipo mais comum e de maior
incidência no Brasil, correspondendo a 30% de todos os tumores malignos
registrados no país
Durante o verão, países tropicais, como o Brasil,
recebem maior incidência solar e sofrem mais com os efeitos do calor. Segundo o
INCA (Instituto Nacional de Câncer), no período dos anos de 2018/2019 a
estimativa é de 165.580 novos casos de câncer não melanoma. Em 2016/2017 o
número foi de 175.760 casos – isso representa uma queda de 5,7% (mais de 10 mil
casos no ano). Apesar da redução, os cuidados diários com a exposição ainda são
necessários.
Segundo a oncologista do InORP/Grupo Oncoclínicas
Cristiane Mendes, é preciso ficar atento aos primeiros sinais. "Há algumas
alterações na pele que podem ser percebidas em casa: pequenas lesões em formas
diferentes com bordas, tamanho e cores irregulares ou que mudem de tamanho
rapidamente, pequenas feridas que não cicatrizem em 4 semanas, além de outras
alterações que podem ser perceptíveis a olho nu, mas é necessário um exame
completo com um profissional para dar o diagnóstico preciso".
Existem dois tipos de câncer de pele, o melanoma,
que se origina das células que produzem o pigmento que dá cor à pele, e o
não-melanoma - tipo mais comum e de maior incidência no Brasil.
Prevenção
Como todos os tipos de câncer, se descoberto no
início, as chances de cura são maiores. A oncologista alerta para algumas
medidas preventivas como evitar a exposição solar, principalmente entre os
horários das 10h às 16h quando os raios são mais intensos e o uso de protetor
solar com fator de proteção 15 ou superior com sua reaplicação a cada 3 horas.
"Pessoas mais claras possuem menos melanina e
por isso são mais sensíveis à exposição solar. É importante usar chapéus ou
bonés, óculos de sol com proteção solar e roupas que protegem o corpo como
blusas de mangas e calças. Crianças e adolescentes também devem evitar a
exposição para reduzir o risco de aparecimento de melanoma na fase
adulta".
Cristiane Mendes ainda ressalta que, em caso de
aparecimento de qualquer sinal, o importante é procurar um especialista para
tirar a dúvida e, caso seja detectado, realizar o tratamento.