Pesquisar no Blog

segunda-feira, 1 de outubro de 2018

Estrabismo pode ser operado em adultos?


Essa é uma pergunta muito frequente nos consultórios dos oftalmologistas especialistas em Estrabismo. E a resposta é sim! O estrabismo também pode ser corrigido por meio de cirurgia em adultos e a boa notícia é que o procedimento em adultos não é meramente estético.

Segundo um estudo, a cirurgia para corrigir o estrabismo em adultos alcança um alinhamento dos olhos satisfatório em 80% dos casos. Outra revelação da pesquisa é que a maioria dos adultos que passa pela correção do desvio dos olhos, experimenta melhora na função binocular, responsável por ver os objetos em 3D pela visão de profundidade, por exemplo.


Opinião da especialista
 
De acordo com Dra. Marcela Barreira, oftalmopediatra, especialista em Estrabismo e Chefe do Serviço do Neuroftalmologia do Banco de Olhos de Sorocaba, estudos mais recentes mostram que além dos benefícios psicossociais da cirurgia de estrabismo em adultos, há também melhora na expansão do campo visual binocular ou ainda a recuperação da visão binocular (estereopsia).

“A visão binocular é aquela responsável pela sensação espacial das imagens e pela profundidade. É a visão que usamos para ver em 3D. Ela se forma a partir da captação da imagem de forma individual pelos olhos, que depois é fundida em uma só pelo cérebro. O estrabismo, quando não tratado, pode resultar na perda dessa capacidade”, explica Dra. Marcela.

“Por isso, a recomendação é fazer a cirurgia ainda na infância, período de maturação do sistema visual. Entretanto, os estudos ao longo dos anos mostraram que mesmo quando a correção do estrabismo é feita na vida adulta, resulta em melhora no campo visual binocular e, em alguns casos, ocorre a recuperação da binocularidade, conhecida pelo termo médico estereopsia”, comenta a especialista.
 

Impactos da perda da visão binocular
 
A perda da visão binocular pode ser um impedimento para exercer algumas profissões. Uma pessoa com estrabismo não corrigido não poderá exercer funções, como pilotar um avião, um trem ou ainda ser um médico cirurgião. Ler livros em 3D ou ver um filme em 3D também não será possível, por exemplo.

Visão dupla e estrabismo
 
Uma outra condição que também apresenta melhora com a cirurgia de estrabismo é a diplopia, mais conhecida como visão dupla. “O que ocorre é que quando o estrabismo se desenvolve depois da maturidade visual, a pessoa irá apresentar visão dupla, porque não tem mais a capacidade de suprimir uma das imagens captadas pelos olhos. Na infância, como a visão está em desenvolvimento, o cérebro inibe a imagem do olho saudável, levando à ambliopia, conhecida como olho preguiçoso”, diz Dra. Marcela. 


Estrabismo: quando operar?
 
De acordo com Dra. Marcela, a indicação da cirurgia é feita de forma individualizada e não são todos os tipos de estrabismo que podem ser corrigidos por meio da cirurgia. “O estrabismo causado pela hipermetropia, por exemplo, não tem indicação cirúrgica. Mas, nos estrabismos com indicação, teremos casos em que será preciso operar precocemente, ainda no primeiro ano de vida. Quanto antes for feita a cirurgia, menor o risco de ocorrer danos no desenvolvimento visual”.

Já em adultos, o estrabismo pode ser corrigido a qualquer momento, desde que não haja contraindicações nos exames pré-operatórios ou outras condições de saúde que impeçam a cirurgia.


CNJ Serviço: Como ocorreu a aprovação da Constituição Federal de 1988


“Quanto à Constituição, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca. Traidor da Constituição é traidor da Pátria. Conhecemos o caminho maldito: rasgar a Constituição, trancar as portas do Parlamento, garrotear a liberdade, mandar os patriotas para a cadeia, o exílio, o cemitério. A persistência da Constituição é a sobrevivência da democracia – “disse o presidente da Assembleia Constituinte, deputado Ulysses Guimarães na ocasião da promulgação da Constituição Federal, em sessão do dia 5 de outubro de 1988. Há trinta anos, a partir das 15h50 os brasileiros tinham uma nova Carta Magna.

A chamada, pelo próprio Ulysses, “Constituição Cidadã” foi promulgada pela Assembleia Nacional Constituinte – composta por deputados e senadores eleitos democraticamente em 1986, após 21 anos de regime militar, iniciado com o golpe de 1964. A constituição restabeleceu o voto direto e secreto, o habeas corpus  e a proibição a qualquer censura de natureza política, ideológica ou artística.

A elaboração da Constituição, sétima da história do Brasil, propiciou uma oportunidade inédita de participação popular. Antes mesmo da instalação da Assembleia Constituinte, o Senado Federal criou, em 1986, o projeto Constituição, colocando disponíveis nas agências dos Correios de todos os municípios brasileiros formulários de sugestões aos constituintes. Foram recebidas mais de 70 mil cartas.

Além disso, a sociedade pôde participar por meio da proposição de emendas populares, que deveriam ser propostas por três entidades e reunir assinaturas de 30 mil eleitores – foram apresentadas 122 emendas populares, diversas delas aprovadas no texto final da Constituição. Duas propostas feitas por entidades, por exemplo, deram origem a dois incisos que pertencem ao Art. 5º da Constituição: o inciso I, pelo qual homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, e o XLII, que determina que “a prática do racismo constitui crime inafiançável e imprescritível”.




Marco na garantia de direitos ao cidadão, o artigo 5º assegura que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. O artigo determina, entre dezenas de incisos, que ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante, que não haverá pena de morte e que  ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos e a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu.

Pelo artigo 5º, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, e é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Além disso, é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional.

Cartas entregues ao Congresso Nacional a partir do projeto Constituição, para participação popular na elaboração
da Constituição Federal. FOTO: Arquivo / Senado Federal
 
O trabalho da Constituinte durou um ano e oito meses, e sua tramitação obedeceu a sete etapas no Congresso Nacional, culminando com a sua promulgação em 5 de outubro de 1988.

Entre os avanços estão a educação como dever do Estado, inclusive para quem não teve acesso ao ensino na idade correta, a proteção ao meio-ambiente e o pleno acesso à cultura – com a obrigação do Estado de proteger todos os tipos de manifestação tipicamente nacionais, como a indígena, a popular e a afro-brasileira.

A Constituição Cidadã determinou a defesa do consumidor – e a elaboração do Código de Defesa do Consumidor -, implementou o Sistema Único de Saúde (SUS), colocando a saúde como direito de todos e dever do Estado, assegurou a posse permanente das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios, o direito à licença-paternidade, entre muitos outros direitos.

Para Ulysses Guimarães, a Constituição é caracteristicamente o estatuto do homem. “É sua marca de fábrica. O inimigo mortal do homem é a miséria. O estado de direito, consectário da igualdade, não pode conviver com estado de miséria. Mais miserável do que os miseráveis é a sociedade que não acaba com a miséria. (...) Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o estatuto do homem, da liberdade e da democracia, bradamos por imposição de sua honra: temos ódio à ditadura. Ódio e nojo”, disse o presidente da Assembleia Nacional Constituinte





Agência CNJ de Notícias



Benefícios da compostagem



Produção de fertilizante orgânico, redução na emissão de gases poluentes e destinação adequada de resíduos, são algumas das vantagens da utilização de lixo doméstico como adubo


A quantidade de lixo produzida e descartada em locais inapropriados, é um dos mais graves problemas ambientais brasileiros.

A Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) estima que em 2016, cada brasileiro produziu 377 kg de lixo, resultando em cerca de 80 milhões de toneladas de resíduos sólido.

O estado de São Paulo é o campeão nacional em descarte de lixo. São geradas mais de 56 mil toneladas por dia. Desse total, cerca de 42 mil tem destinação adequada. O restante pode ser encontrado nas esquinas, nas calçadas, nos terrenos baldios, nos rios, em espaços públicos.

O descarte em locais impróprios, contamina os lençóis freáticos, causa mau cheiro, atraindo moscas, ratos, baratas e outros insetos e animais, causadores de inúmeras enfermidades.

De acordo com o Ministério do Meio Ambiente, em 2015 foram geradas cerca de 32 milhões de toneladas de resíduos orgânicos no Brasil, o que equivale a 88 mil toneladas de lixo diário. Todo este material quando entra em decomposição, seja nos lixões ou aterros sanitários, gera o gás metano, um dos principais causadores do efeito estufa.

Parte desse lixo produzido poderia ter destino mais produtivo: a compostagem, que é a reciclagem de resíduos orgânicos para produção natural de fertilizante ecológico, econômico e sustentável.

“O processo da compostagem, realizado através de micro-organismos, como fungos e bactérias, degrada a matéria orgânica, resultando em um fertilizante de origem animal ou vegetal, com dois componentes principais: os minerais, contendo os nutrientes essenciais para as plantas; e o húmus, como condicionador e melhorador das propriedades físicas, químicas e biológicas do solo", explica o engenheiro agrônomo Valter Casarin, coordenador científico da Nutrientes para a Vida (NPV).

Do total de resíduos domésticos produzidos, 30% poderiam ser usados na compostagem. Ou seja, menos lixo nos aterros, menos poluição ambiental e menos emissão de gases poluentes.

“A compostagem recicla nutrientes, como: nitrogênio, fósforo, potássio, cálcio, magnésio e enxofre. Todos  eles são assimilidados em maior quantidade (macronutrientes) pelas raízes, além de ferro, zinco, cobre, manganês, boro e outros, absorvidos em quantidades menores (micronutrientes). A composição do composto depende do material de origem. Assim, nem sempre os compostos conseguem fornecer todos os nutrientes que as plantas requerem e, muitas vezes precisam ser combinados com adubos minerais."

Atuando com informações embasadas cientificamente, a NPV informa claramente os diversos tipos de fertilizantes, seja mineral ou orgânico, com o objetivo de nutrir de forma adequada e balanceada as plantas, de forma a proporcionar segurança alimentar e nutricional para os seres humanos.


Posts mais acessados