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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Quando a transgressão pode virar um Transtorno de Conduta



Desafiar os pais e figuras de autoridade, matar aula, mentir e ter comportamentos que vão contra as normas e regras sociais são comuns entre crianças e adolescentes. Contudo, até que ponto isso é normal e quando os pais devem pensar que tais comportamentos estão relacionados a um Transtorno de Conduta (TC)?

Segundo Dr. Caio Magno, psiquiatra e cofundador da Estar Saúde Mental, a diferença entre a normalidade e a psicopatologia está na frequência destes comportamentos e na disfuncionalidade. “Antes de pensar que o filho tem algum transtorno, é preciso que os pais avaliem a recorrência e consequências destes problemas. O Transtorno de Conduta é caracterizado por um padrão de comportamento em que há violação dos direitos básicos dos outros, normas e regras sociais. Além da recorrência, há prejuízos importantes no funcionamento social, acadêmico e familiar”, explica Dr. Caio.


Rebeldia sem limites
 
Em geral, adolescentes com TC costumam ser agressivos. “São aqueles que costumam se envolver em brigas, mentem, manipulam, infringem regras, destroem objetos, furtam e se opõem a uma figura de autoridade. Enfim,apresentam diversos comportamentos que buscam burlar o que aceitável socialmente para aquela idade, sem respeito à individualidade do próximo", comenta o médico. 


De onde vem tanta agressividade?
 
O Transtorno de Conduta costuma surgir em crianças e adolescentes que vivem em ambientes familiares problemáticos ou disfuncionais, ou que sofreram ou sofrem privação afetiva. “Quando há negligência, violência doméstica, uso de drogas ou alcoolismo, pais com problemas psiquiátricos, divórcio e pais que não conseguem impor limites e educar apropriadamente, o risco do desenvolvimento de comportamentos antissociais é maior”, explica Dr. Caio.

O TC é um dos transtornos comportamentais mais comuns na infância e adolescência. Sua prevalência é de 6 a 16% para meninos e de 2 a 9% para meninas. Em adolescentes, essa diferença de gêneros diminui. Vale lembrar que o TC é um diagnóstico que se aplica apenas a crianças e adolescentes. No caso dos indivíduos com 18 anos ou mais, o fenômeno é tratado como transtorno de personalidade antissocial (TPAS).

Entretanto, segundo o psiquiatra, a presença do TC na infância ou na adolescência aumenta o risco de desenvolver dependência química e o TPAS na idade adulta. Outro ponto importante é que quando os problemas de conduta se iniciam na primeira infância, geralmente há consequências mais sérias do que os transtornos iniciados na pré-adolescência ou na adolescência.


Procurar ajuda é fundamental
 
“O Transtorno de Conduta (TC) deve ser identificado e tratado, portanto os pais devem procurar um psiquiatra para uma avaliação. O tratamento normalmente é feito em conjunto com um psicólogo e a terapia é direcionada tanto para o paciente quanto para os pais.


Prevenção começa em casa
 
É importante entender que os pais têm papel fundamental na educação dos filhos, assim como podem moldar seus comportamentos. Veja algumas dicas para melhorar o manejo parental:
 
  • Reforço Positivo: Elogie quando a criança ou o adolescente se comporta conforme o esperado/combinado.
  • Cumpra suas promessas: Isso ajuda a manter seu discurso coerente. Faça o que disse que ia fazer.
  • Cuide dos seus comportamentos: Nunca minta na frente da criança/adolescente, afinal eles aprendem os comportamentos por imitação. Isso serve para outros comportamentos inadequados, como xingar pessoas no trânsito, jogar lixo no chão, gritar, etc.
  • Monitore: Veja quem são os amigos, o que a criança/adolescente faz na internet, como está o desempenho escolar. Estudos mostram que o monitoramento parental pode diminuir os comportamentos inadequados.
  • Dê atenção e afeto: Crianças e adolescentes que são amados, se tornam adultos que sabem amar. Amor nunca é demais, a presença é mais importante que qualquer presente.

Coloque limites: Pais são pais, não são melhores amigos. É preciso estabelecer os limites desde da infância e isso deve permanecer na adolescência. Os pais devem ser figuras de autoridade e com respeito e amor, fazer os filhos compreenderem que existe uma hierarquia em casa e que as regras devem ser cumpridas.





O que você pode aprender numa palestra de vendas



  “Só conquistaremos a excelência com treinamento." (Bill Marriot)


Num mundo cada vez mais globalizado e competitivo, é fundamental o aprimoramento constante, afinal, numa visão simplista, é possível afirmar que um profissional de vendas começa a piorar quando ele para de melhorar.

Há várias formas que um vendedor pode buscar sua evolução contínua, como ler bons livros, participar de conversas em grupo, fazer cursos online e fazer parte de treinamentos de vendas e palestras motivacionais. Não adianta possuir tantas técnicas, pois se não houver atitude e motivação, o desempenho nunca será pleno.

A seguir, enumero três atitudes adotadas pelos campeões de vendas, soluções que detalho nas minhas palestras de vendas e que podem potencializar seus resultados:


1- Atue como um médico

Perguntar é um ato sábio de humildade.

Pare para pensar a última vez que você precisou de uma consulta com seu médico de confiança. Por acaso, ao adentrar o consultório, o médico começou a lhe sugerir algumas promoções de remédios ou indicar novos medicamentos que ele havia recebido? Evidentemente que não, pois seria algo incorreto e anormal. Mas acredite: tem vendedor que age assim e considera correto e normal!

Parece óbvio, mas inúmeros profissionais de vendas se esquecem de perguntar e, equivocadamente, ao ver o cliente se aproximar, já acionam a metralhadora de argumentos para convencê-lo a levar um produto que, muitas vezes, não tem absolutamente nada a ver com seu desejo ou necessidade.


2- Pratique a Escutatória

Além de fazer as perguntas adequadas, pratique a escutatória, ou seja, ouça atentamente. Grande parte dos vendedores se concentram apenas no que vão dizer ao cliente e esquecem que a dica de qual argumento irá convencê-lo normalmente é dito pelo próprio cliente.

Saber e não fazer é como não saber, portanto, lembre-se: é preciso entender para depois atender. Só assim ocorrerá uma venda verdadeiramente consultiva.

O verdadeiro campeão de vendas é aquele que escuta as palavras que o cliente não diz.


3- Seja otimista

Diversas pesquisas apontam que o bom humor e o otimismo são fatores determinantes no alto desempenho. Mas será que o otimista vende realmente mais que um pessimista? A resposta é SIM.

Vi um estudo da Universidade de Harvard, um caso muito interessante de uma grande seguradora. Na contratação dos vendedores fizeram um teste e, assim, puderam dividir o grupo. Após um ano acompanhando o resultado deles, foi comprovado que os otimistas venderam 37% a mais. 

Mas como manter o otimismo quando as vendas estão fracas? Pare para pensar qual tipo de profissional você quer ser e reflita a frase do Walt Disney: “Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor”.

O que é fácil qualquer pessoa faz. Já para o que é difícil, chame os campeões. 






Erik Penna - palestrante de vendas e motivação, especialista em vendas com qualificação internacional, consultor e autor dos livros “A Divertida Arte de Vender”, “Motivação Nota 10”, “21 soluções para potencializar seu negócio”, “Atendimento Mágico - Como Encantar e Surpreender Clientes” e “O Dom de Motivar na Arte de Educar”. Saiba mais sobre motivação e vendas em: www.erikpenna.com.br




4 PASSOS PARA RETOMAR O RUMO DA CARREIRA



Todo mundo conhece um colaborador que, basta parar para beber água, já está resmungando. Um gole para dentro e três palavras negativas para fora. É aquela pessoa que, como mantra, adora perpetuar os discursos: “ninguém reconhece o meu valor”, “isso não vai dar certo” e “nem tenta, já fui por este caminho e não consegui”. Desagradável, não?

Por mais enfadonho que possa parecer, esta realidade existe. De acordo com estudos da "Gallup", maior empresa de pesquisa e opinião dos Estados Unidos, 63% dos profissionais atuantes no mercado de trabalho encontram-se nesta mesma posição. Estão infelizes, desorientados e à procura da felicidade laboral que nunca vem.

O que ocorre? A resposta pode ser encontrada no livro “Personal Branding – Construindo sua marca pessoal”, de Arthur Bendec. Para ele, assim como um barco à deriva, os indivíduos da hipermodernidade navegam sem saber para onde vão, justamente, porque estão em busca de figuras parentais para suprir as suas insatisfações.

Estão perdidos? O papai mostra o caminho. O navio naufragou? Melhor ainda, pois a mamãe estará lá para recolher os destroços. Assim como órfãos, comportam-se como se o mundo corporativo tivesse a obrigação de personificar estas figuras importantes da primeira infância e, como não poderia ser diferente, frustram-se, caindo no abismo da melancolia.

Na visão de Bendec, o colaborador, por se sentir desamparado afetivamente, subverte o papel do outro, depositando nele suas questões internas mal-resolvidas. Se mamou por tempo insuficiente, o salário nunca será bom o bastante. Ou, se perdeu o lugar de centro das atenções para o irmão recém-nascido, passará a odiar os novos contratados.

Deste modo, os traumas passam a compor um conluio atemporal. Não importa se um episódio aconteceu há vinte anos ou se habita o tempo presente. Para a mente humana, os aspectos emocionais que não encontraram uma resolução satisfatória sempre retornarão, transformando a vida do indivíduo em uma repetição contínua.

Na expectativa de preencher o vazio que ficou lá trás, estes bebês crescidos continuam tentando encontrar um lugar ideal e mágico, com chefes atenciosos e sem estresse, em que os colegas são amigos de verdade e há muitas oportunidades de crescimento profissional. Afinal, o mundo precisa reconhecer os seus talentos e sanar as suas dores.

Felizmente, nem tudo precisa ser um “remake” do destino. De acordo com Arthur Bendec, existem ferramentas capazes de romper com esta dramaturgia infantil e catastrófica, transformando-a em um longa-metragem premiado, digno de Hollywood.  E, para estrelá-lo, algumas medidas de empoderamento pessoal podem ser tomadas.

A primeira delas, consiste em tampar buracos. Em vez de balburdiar o ambiente corporativo, infectando-o com reclamações, identificar os pontos organizacionais que precisam de melhorias e solucioná-los é fundamental. Quanto mais se investe energia em reparar o mundo externo, mais preenchido internamente o indivíduo se torna, auxiliando-o a cicatrizar as suas mágoas de outrora.

Dar as costas para a responsabilidade? Nunca mais. À medida que o colaborador chama para si a autoria pelo próprio sucesso, mais realizado fica. Este movimento ajuda a evocar o adulto que existe em seu psiquismo, deixando a criança chorona cada vez menos em destaque para fazer estripulias geradoras de ressentimento, improdutividade e decepção.

Paralizar-se diante do novo? Até quando? Profissionais empenhados em colocar a mão na massa e assumir riscos são aqueles que encontram sentido em suas carreiras. A criatividade, por estar atrelada à gratidão, constrói caminhos neurais novos na estrutura cerebral, construindo ligações celulares satisfatórias em direção à felicidade que tanto se procura.

Desligar-se da paranoia que advém do olhar do outro, por fim, também dá adeus ao derrotismo empresarial. Quanto menos preocupado com o que os outros vão dizer, mais energia se faz disponível para que o colaborador possa construir o papel de ator principal neste filme denominado vida.  Então, luz, câmera e ação!






Lucas Diegues - diretor executivo da WA Marketing & Consultoria Comercial




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