Pesquisar no Blog

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Especialista orienta sobre cuidados com a pele no verão



O sol é uma das principais causas de câncer não melanoma, tumor maligno que mais atinge os brasileiros; Saiba quais procedimentos podem evitar danos à saúde no recesso de fim de ano

De acordo com meteorologistas, a previsão para o verão de 2017 é de calor ainda mais intenso do que o ano de 2016. Por isso, é preciso que os cuidados com a pele sejam dobrados para evitar os efeitos nocivos dos raios solares, fator tido como uma das causas principais do aumento nos índices de tumores de pele entre a população brasileira. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país registrará até o final de 2016 cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele - valor que corresponde a 30% de todos os casos de tumores malignos no Brasil. 

De acordo com a Dra. Daniela Pezzutti, oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas), em geral, as pessoas tendem a relacionar o câncer de pele exclusivamente ao melanoma. Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são classificados como não melanoma, um índice que está diretamente relacionado à constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. Por isso, é preciso estar atento aos sinais de alerta.

“Geralmente, os principais sintomas de câncer não melanoma são lesões cutâneas com crescimento rápido, com sangramento, ulcerações que não cicatrizam, seguidas de coceira e algumas vezes dor aparentes em áreas muito expostas ao sol como rosto, pescoço e braços”, explica.


Fique atento às precauções que previnem o câncer de pele

Para pessoas que costumam ficar expostas ao sol, é preciso reforçar o uso do protetor solar diariamente, principalmente no rosto. Se a exposição aos raios solares for maior, como na praia ou piscina, por exemplo, é importante abusar do protetor no corpo todo, usar chapéus e evitar horários em que a incidência solar esteja mais forte.

“Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao sol, mais envelhecida ela fica, aumentando também a possibilidade de surgimento do câncer não melanoma.”, destaca a Dra. Daniela.

É importante a avaliação frequente de um especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma proteção adequada para descobrir os possíveis riscos que os raios solares de verão podem causar na pele.


Entenda os diferentes tipos de câncer de pele e os possíveis tratamentos

O câncer de pele não melanoma pode ser classificado em: carcinoma basocelular, que é o tipo mais frequente, em que o crescimento normalmente é mais lento. O diagnóstico se dá usualmente por um aparecimento de uma lesão nodular rosa com aspecto peroláceo na pele exposta do rosto, pescoço e couro cabeludo e carcinoma espinocelular, mais comuns em homens, formando um nódulo que cresce rapidamente e com ulceração (ferida) de difícil cicatrização. “Tanto o carcinoma basocelular quanto o espinocelular ocorrem pela alta exposição dos raios solares e devem ser prevenidos com protetor solar e consultas frequentes com dermatologista”.

O câncer de pele melanoma é o mais agressivo. São geralmente os casos que iniciam com o aparecimento de pintas escuras na pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. As alterações a serem avaliadas como suspeitas são o “ABCD”- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e Diâmetro. “A doença é de fácil diagnóstico quando existe uma avaliação prévia das pintas”, finaliza a Dra.

É recomendável à ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado para adequada abordagem das margens ao redor da mesma. Posteriormente, dependendo do estágio da doença, pode ser necessária a realização de tratamento complementar. Quimioterapia ou radioterapia são raramente necessárias visto que, se diagnosticado precocemente, a cirurgia pode resolver na maioria dos casos.




domingo, 8 de janeiro de 2017

Como lidar com o envelhecimento de forma saudável



Psicóloga ensina como enfrentar o passar dos anos com positividade


Muitas vezes o passar dos anos vem acompanhado de uma sensação de angústia por nos darmos conta do passar do tempo e percebermos que estamos envelhecendo. Lidar com essa questão é um dos principais dilemas da sociedade, basta observarmos tantos poetas, de Camões a Drummond, que expuseram seus anseios sobre as transformações das etapas da vida. Para orientar as pessoas a lidar com o envelhecimento de forma saudável a psicóloga do São Cristóvão Saúde, Aline Melo aborda o tema.

“A aceitação do envelhecer é algo único, relacionado às experiências de vida, laços afetivos e realizações que alcançou”, explica a psicóloga. A cultura em qual este indivíduo está inserido também contribui para uma melhor ou pior aceitação do envelhecimento. “No Oriente, por exemplo, os idosos são reconhecidos como sábios e que devem ser respeitados. Porém, no Ocidente, é comum a conotação desrespeitosa, considerando-os antigos e ultrapassados”, comenta.

Aline também enfatiza outro ponto quanto à percepção do passar dos anos, que é o acúmulo de frustrações. Enxergar que os planos que haviam sido feitos não foram cumpridos e acreditar que não há mais tempo hábil para realizá-los geram angústia. “O fim de ano é só um gatilho para dar acesso a insatisfações já presentes e que muitas vezes não damos atenção no decorrer dos dias e, às vezes, acabam sendo evidenciadas neste momento”, reflete a especialista. 

Também a dificuldade em se adaptar com mudanças e perdas pode atrapalhar a forma de lidar com o tempo. “É preciso observar como foi a transição da adolescência para a vida adulta, se apresentou algum contratempo em lidar com novas experiências e situações de perda, como a de um emprego ou até mesmo de um ente querido”. Ela ensina que a primeira coisa que devemos fazer nesses casos é vivenciar esse sentimento. “Sentir saudade do passado significa que deixou um rastro de amor e que foi importante para a pessoa. Porém, é necessário se permitir novas alegrias no presente, sem se esquecer das boas lembranças”.   
 
Mais uma questão sobre o envelhecimento que preocupa principalmente a sociedade dos dias de hoje é a transformação do corpo. “Homens e mulheres realizam cada vez mais cirurgias plásticas, utilizam cosméticos e tratamentos de beleza para retardar esse processo”, afirma a psicóloga. Aline aconselha que para lidar melhor com o passar dos anos é preciso trabalhar o sentimento de gratidão. “Se há a possibilidade de vivenciar esta fase, mesmo de angústias, é porque conseguimos estar vivos até o momento e assim ter a oportunidade de construir mais boas memórias. Sempre há tempo de criar novos objetivos condizentes com nossas condições físicas e mentais”, finaliza. 





Sacar o FGTS é a melhor saída para o trabalhador endividado?




O presidente Michel Temer anunciou na última semana que os trabalhadores poderão sacar todo o saldo de suas contas inativas do FGTS, visando a injeção de R$ 30 bilhões na economia. Neste momento, o trabalhador precisa ser orientado para não colocar em risco a sua reserva financeira.

O objetivo é que os valores sejam usados para quitar dívidas, mas não haverá vinculação, portanto é imprescindível discutir a importância de preservar as garantias para o futuro. Considerando que a grande maioria dos brasileiros não poupa dinheiro, o FGTS força o trabalhador a ter uma reserva e estar minimamente precavido para imprevistos. A previsão do governo é que cerca de 10,2 milhões de pessoas possam fazer saques em suas contas do FGTS inativas até 31 de dezembro de 2015.

Essa liberação pode comprometer ainda mais a situação dos brasileiros no longo prazo, gerando maior endividamento e inadimplência, problemas seríssimos em nosso país, agravados com o desemprego e a crítica situação econômica atual, que precisam ser resolvidos com educação financeira na base. Os brasileiros precisam aprender a lidar com o dinheiro de forma sustentável desde a infância, para que consigam alcançar seus objetivos ao longo da vida com segurança financeira.

O que vejo, entretanto, é que o investimento em educação vem sendo deixado de lado, enquanto o FGTS vem sendo posto como a “salvação” dos brasileiros, já que neste ano foi disponibilizado também para ser usado como garantia em empréstimos consignados. Ações como essas colocam a população em sério risco de perder uma importante garantia financeira – que, para muitos, é a única.

Para quem está inadimplente, a principal orientação é: conheça verdadeiramente a sua condição financeira e trace um planejamento para sair dessa situação. Não é com pressa, trocando uma dívida por outra, que o problema irá se resolver, pelo contrário. A mudança precisa ser comportamental, a fim de eliminar costumes e hábitos que levam ao consumismo não planejado e descontrolado.

Conheça orientações para sair das dívidas:
Caminhos alternativos para fugir do endividamento são possíveis. Pensando nisso, veja algumas orientações que indicam como resolver o problema definitivamente:
  1. Se você possui diversas dívidas, mas ainda não está inadimplente, cuidado! A situação é bastante preocupante. Levante todos os valores e estabeleça uma estratégia para que continue adimplente. E lembre-se, estar endividado nem sempre é um problema; o problema é quando não se consegue pagar esse compromisso;
  2. Se já estiver inadimplente, antes de sair negociando, tenha total conhecimento de sua situação. Faça um diagnóstico financeiro, registrando o que ganha e o que gasta, e conheça o seu verdadeiro “eu financeiro”;
  3. Faça um apontamento de despesas diárias, separado por tipo de despesas, durante os próximos 30 dias. Esse é o caminho para que fique tudo mais claro. Somente assim poderá cortar gastos e reduzir excessos;
  4. Muitas vezes, é importante dizer “devo, não nego, pago, como e quando puder”. Nunca se deve procurar o credor (pessoa ou instituição para quem se deve) antes de ter domínio completo da sua situação financeira;
  5. A portabilidade é uma das ferramentas para reduzir o endividamento, portanto procure por linhas de créditos mais baixas. Porém, é importante frisar, isso não resolve a causa do problema;
  6. No planejamento para pagar as dívidas, priorize as que têm os juros mais altos. Geralmente são as de cartão de crédito e cheque especial;
  7. Na hora de negociar, se for parcelar as dívidas, tenha certeza de que cabem em seu orçamento;
  8. Antes de pagar as dívidas, é preciso reunir a família (inclusive as crianças), apresentar o problema e discutir as alternativas. Saiba que, para pagar as dívidas atrasadas, terá que repensar o seu padrão de vida, pois a sua força de pagamento será reduzida nos próximos meses, com o incío do pagamento das parcelas;
  9. Não existe uma porcentagem exata do quanto terá que direcionar para pagar suas dívidas, isso dependerá do diagnóstico financeiro feito previamente;
  10. Além de pagar as dívidas, procure guardar dinheiro para fazer suas próximas compras à vista e obter descontos. Mesmo endividado, inicie o projeto de vida de ser independente e sustentável financeiramente. E não se esqueça: é preciso respeitar o dinheiro e entender que ele é um meio e não um fim.
Seguindo essas orientações você verá que, independente da situação, sempre haverá uma solução.




Reinaldo Domingos - doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira e autor do best-seller Terapia Financeira, do lançamento Mesada não é só dinheiro, e da primeira Coleção Didática de Educação Financeira do Brasil.



Posts mais acessados