O sol é
uma das principais causas de câncer não melanoma, tumor maligno que mais atinge
os brasileiros; Saiba quais procedimentos podem evitar danos à saúde no recesso
de fim de ano
De acordo com meteorologistas, a previsão para
o verão de 2017 é de calor ainda mais intenso do que o ano de 2016. Por isso, é
preciso que os cuidados com a pele sejam dobrados para evitar os efeitos
nocivos dos raios solares, fator tido como uma das causas principais do aumento
nos índices de tumores de pele entre a população brasileira. Segundo o
Instituto Nacional do Câncer (Inca), o país registrará até o final de 2016
cerca de 180 mil novos casos de câncer de pele - valor que corresponde a 30% de
todos os casos de tumores malignos no Brasil.
De acordo com a Dra. Daniela Pezzutti,
oncologista do Centro Paulista de Oncologia – CPO (Grupo Oncoclínicas), em geral,
as pessoas tendem a relacionar o câncer de pele exclusivamente ao melanoma.
Contudo, 95% dos casos de tumores cutâneos identificados no Brasil são
classificados como não melanoma, um índice que está diretamente relacionado à
constante exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol. Por isso, é preciso
estar atento aos sinais de alerta.
“Geralmente, os principais sintomas de câncer
não melanoma são lesões cutâneas com crescimento rápido, com sangramento,
ulcerações que não cicatrizam, seguidas de coceira e algumas vezes dor
aparentes em áreas muito expostas ao sol como rosto, pescoço e braços”,
explica.
Fique atento às precauções que previnem o
câncer de pele
Para pessoas que costumam ficar expostas ao
sol, é preciso reforçar o uso do protetor solar diariamente, principalmente no
rosto. Se a exposição aos raios solares for maior, como na praia ou piscina,
por exemplo, é importante abusar do protetor no corpo todo, usar chapéus e
evitar horários em que a incidência solar esteja mais forte.
“Pessoas de pele clara, cabelos claros e sardas
são mais propensas a desenvolver o câncer de pele. A idade é um fator que
também deve ser considerado, pois quanto mais tempo de exposição da pele ao
sol, mais envelhecida ela fica, aumentando também a possibilidade de surgimento
do câncer não melanoma.”, destaca a Dra. Daniela.
É importante a avaliação frequente de um
especialista (dermatologistas) para acompanhamento das lesões cutâneas. A
análise da mudança nas características destas lesões é de extrema importância
para um diagnóstico precoce. O dermatologista tem o papel de orientar uma
proteção adequada para descobrir os possíveis riscos que os raios solares de
verão podem causar na pele.
Entenda os diferentes tipos de câncer de pele e
os possíveis tratamentos
O câncer de pele não melanoma pode ser
classificado em: carcinoma basocelular, que é o tipo mais frequente, em que o
crescimento normalmente é mais lento. O diagnóstico se dá usualmente por um
aparecimento de uma lesão nodular rosa com aspecto peroláceo na pele exposta do
rosto, pescoço e couro cabeludo e carcinoma espinocelular, mais comuns em
homens, formando um nódulo que cresce rapidamente e com ulceração (ferida) de
difícil cicatrização. “Tanto o carcinoma basocelular quanto o espinocelular ocorrem
pela alta exposição dos raios solares e devem ser prevenidos com protetor solar
e consultas frequentes com dermatologista”.
O câncer de pele melanoma é o mais agressivo.
São geralmente os casos que iniciam com o aparecimento de pintas escuras na
pele, que apresentam modificações ao longo do tempo. As alterações a serem
avaliadas como suspeitas são o “ABCD”- Assimetria, Bordas irregulares, Cor e
Diâmetro. “A doença é de fácil diagnóstico quando existe uma avaliação prévia
das pintas”, finaliza a Dra.
É recomendável
à ressecção cirúrgica destas lesões por especialista habilitado para adequada
abordagem das margens ao redor da mesma. Posteriormente, dependendo do estágio
da doença, pode ser necessária a realização de tratamento complementar.
Quimioterapia ou radioterapia são raramente necessárias visto que, se
diagnosticado precocemente, a cirurgia pode resolver na maioria dos casos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário