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segunda-feira, 3 de outubro de 2016

Dia das Crianças: Idec alerta para cuidados com brinquedos



Com a aproximação da data, Instituto orienta sobre a compra dos presentes. Consumidor deve ter atenção à faixa etária e segurança dos itens

No próximo dia 12, é comemorado o Dia das Crianças. O Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) alerta sobre os cuidados na escolha de produtos e brinquedos. Verificar a segurança de cada item e a faixa etária indicada, por exemplo, podem evitar acidentes com materiais tóxicos ou perigosos. 

Para isso, no momento da compra, os consumidores devem observar o selo do Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia). A certificação é obrigatória em qualquer brinquedo comercializado no Brasil. Conforme explica o gerente técnico do Instituto, Carlos Thadeu de Oliveira, ainda assim, é recomendável que os pais estejam atentos no momento da utilização do produto.

“O mau uso também pode ocasionar acidentes. Por isso, o consumidor deve evitar a compra de itens que possuem peças pequenas, pontiagudas e cortantes”, explica Oliveira. Os mesmos cuidados devem ser observados nas embalagens. De preferência, o Idec recomenda que o adulto abra o presente junto com as crianças, pois plásticos rígidos, grampos e arames nas embalagens podem machucá-las.

Outra recomendação é sobre a compra de produtos no comércio informal. Embora sejam geralmente mais baratos, eles são quase sempre irregulares e podem conter substâncias tóxicas na sua composição. “Em caso de acidentes, é importante notificar o Inmetro e os órgãos de defesa do consumidor, para que esses registros possam auxiliar no aprimoramento da regulamentação dos produtos”, reforça o gerente do Instituto. 

Além disso, o Idec orienta que os adultos levem em consideração o estímulo educativo dos presentes. Pais e familiares devem sempre refletir sobre aquilo que compram e não ceder exclusivamente a pressões dos filhos ou aos apelos publicitários. Promover bazares de trocas também são bons exercícios de reaproveitamento e reutilização dos brinquedos.

Outubro Rosa: Previna-se contra o câncer de mama



Ginecologista e obstetra da Clínica Mãe, Vamberto Maia, fala sobre os números da doença e dá dicas de prevenção


Em outubro, realiza-se uma importante campanha de conscientização sobre o diagnostico precoce de câncer nas mulheres. O “Outubro Rosa” surgiu em 1990 na primeira Corrida pela Cura (Nova York) e se espalhou pelo mundo. O câncer deixou de ser a doença temida, mas muito se deve ao aumento de diagnósticos precoces e melhores terapias e tratamentos. Contudo calcula-se que em pouco mais de 15 anos a doença se tornará a principal causa de mortes no Brasil. A explicação para este crescimento está na maior exposição dos indivíduos a fatores de risco cancerígenos (alimentação, radiação, hormônios, industrialização, vírus, poluição...). O câncer constitui, assim, problema de saúde pública para o mundo cuja soma de casos novos diagnosticados a cresce a cada ano, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde -OPAS. 

No Brasil, a distribuição dos diferentes tipos de câncer sugere uma transição epidemiológica em andamento. Com o recente envelhecimento da população, que projeta o crescimento exponencial de idosos, é possível identificar um aumento expressivo na prevalência do câncer.

Nas mulheres, o de maior destaque é o de mama e o segundo mais frequente no mundo (perde só para o de pulmão). Para se ter uma ideia, foram registrados mais de 52 mil novos casos só no ano passado. Nódulos em estágios iniciais são de ótimos resultados e menos complicados de tratar.

O segundo tipo mais frequente entre as brasileiras é o do colo do útero, sendo o HPV (vírus transmitido principalmente por meio de relações sexuais) o maior causador. A detecção é feita pelo Papanicolau e pode estar com os dias de reinado contados pela introdução da vacina contra o HPV.

O câncer de pulmão é o terceiro com maior ocorrência entre os homens no Brasil e antigamente era raro nas mulheres. Talvez esta evolução (junto com o de cólon e reto em mulheres acima dos 50 anos) seja o mais claro exemplo de como a mulher “atual” mudou seu estilo de vida e aproximou-se do homem, para o bem ou para o mal. 

Não podemos esquecer da tiroide. O tumor nessa glândula, que controla inúmeras funções do metabolismo, é três vezes mais frequente no sexo feminino. 

Esta perspectiva deixa clara a necessidade de grande investimento na promoção de saúde, na busca da modificação dos padrões de exposição aos fatores de risco para o câncer. 

A prevenção e estilo de vida são a chave para uma mudança nesse panorama. Se você tomar esses cuidados, vai diminuir as chances de ter um tumor. 

Comece hoje mesmo!

Dicas de como prevenir o câncer

·         Não fume

·         Tenha uma alimentação saudável

·         Mantenha o peso corporal adequado. Pratique atividades físicas diariamente.

·         Amamente.

·         Faça o exame Papanicloau evacine contra o HPV as meninas de 9 a 13 anos.

·         Evite a ingestão de bebidas alcoólicas

·         Evite a exposição ao sol entre 10h e 16h, e use sempre proteção adequada, como chapéu, barraca e protetor solar, inclusive nos lábios.






Dr. Vamberto Maia Filho - Clínica Mãe
www.mae.med.br     
Possui graduação em medicina pela Universidade Federal de Pernambuco (2001). Realizou residência médica em Ginecologia e Obstetrícia (2004) e em Reprodução Humana (2005) pelo Instituto Materno Infantil de Pernambuco (IMIP). Possui título de especialista em Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO/TEGO - 2004) e em endoscopia ginecológica (FEBRASGO -2005). Atualmente é sócio do grupo MAE (Medicina e Atendimento Especializado). Médico do setor de Ginecologia-Endócrina da UNIFESP com ênfase no ensino com linha de pesquisa em implantação embrionária. Responsável pelo ambulatório de hirsutismo do setor de Ginecologia-Endócrina da UNIFESP. Doutor pela UNIFESP. Membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva - ASRM. Membro da Sociedade Européia de Reprodução Humana - ESHRE.


Outubro Rosa: a importância da prevenção



A luta contra o câncer ganha força quando a doença é detectada logo no início

O Outubro Rosa chega colorindo os monumentos do Brasil com o objetivo de chamar a atenção para questões ligadas ao câncer de mama. Até o final de 2016, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), terão surgido 57.960 mil novos casos e 14.388 mortes – dessas, 181 homens e 14.206 mulheres. Trata-se do segundo local do corpo mais atingido pela patologia, no país e, apesar das frequentes campanhas alertando para a prevenção, a taxa de mortalidade ainda é alta, justamente, pela grande frequência de diagnósticos tardios.

“A maior parte das mulheres só identifica a doença quando ela já está em desenvolvimento, devido ao aparecimento de irregularidades na pele, sejam marcas, caroços nos seios e até mesmo franzidos,“ pontua Miguel Torres, chefe do programa de tratamento da doença na Radiocare. O radio-oncologista alerta que, muitas vezes, a enfermidade chega de forma silenciosa. 

Tabagismo, sedentarismo e obesidade são fatores de risco que contribuem para um aumento da incidência da enfermidade. “Boa alimentação e prática de exercícios físicos, diariamente, são bons parceiros na prevenção de doenças, entre elas, o câncer de mama”, afirma o radio-oncologista. Torres ressalta que homens também podem ser afetados pela doença e, apesar de a incidência ser bem menor, não devem se esquecer da prevenção.

Prevenção
Márcia tinha 34 anos quando percebeu um nódulo no seu seio direito ao fazer o autoexame. À época, vivia um momento de realização profissional e pessoal. Tinha acabado de assumir um novo cargo na empresa, curtia o casamento recente e sua filha de apenas dois anos. “Não podia ser nada”, era o que imaginava. Então, ao consultar um mastologista, se deparou com o diagnóstico: há um carcinoma ductal invasor na mama direita, em linguagem simples, câncer de mama.

Mesmo sem precedentes da doença na família e com perfil fora do grupo de risco, Márcia sempre fazia o autoexame, o que foi fundamental em seu caso. Selmo Geber, professor titular do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ressalta a importância da detecção precoce do câncer de mama. "É essencial que as mulheres façam exames preventivos periodicamente, tanto para detectar o câncer de mama como outros tipos da doença, como o câncer de cólo de útero”, lembra o médico.  

Contudo, segundo pesquisa divulgada pelo IBGE, em Minas Gerais, apenas 62% das mulheres entre 50 e 69 anos fizeram o exame preventivo nos últimos dois anos. 

Tratamento
O tratamento varia de acordo com a gravidade da doença e das condições biológicas do paciente. O primeiro passo é fazer o diagnóstico completo com análises clínicas e biopsia para descobrir se o tumor é benigno ou maligno. Então, o médico faz a indicação de cirurgia, quimioterapia e radioterapia ou das práticas combinadas, de acordo com cada caso. 

Os tratamentos são divididos em dois tipos de terapias: local e sistêmica. “A local inclui a cirurgia e a radioterapia, que são formas de tratar o tumor sem afetar o restante do corpo. Já a sistêmica trabalha com medicações orais ou pela corrente sanguínea, como é o caso da quimioterapia, capaz de atingir as células cancerosas em qualquer parte do corpo”, afirma o radio-oncologista Miguel Torres. 

O tratamento, muitas vezes, pode implicar na perda de cabelos e na realização da mastectomia – retirada da mama e isso afeta o emocional feminino. “Fui cortando meu cabelo por etapas para que minha filha não percebesse, contei uma historinha para que ela entendesse que a mamãe estava doente e que quando melhorasse, o cabelo cresceria novamente”, lembra Márcia. Ela ainda comenta que o carinho da filha, o companheirismo do marido e todo apoio dos amigos e famílias foram essenciais para que tivesse esperança e se recuperasse rápido. 


Manutenção da fertilidade
Após vencer a doença, muitos pacientes acabam se deparando com um novo problema: a infertilidade. “Se ter filhos é um objetivo de vida, é essencial pensar nisso e se resguardar para concretizá-lo posteriormente. Tratamentos com quimioterapia e radioterapia, além de destruírem as células tumorais, também podem atingir as germinativas, que produzem óvulos e espermatozoides. Além disso, também interferem nas funções hormonais, responsáveis pela produção de gametas”, explica Selmo Geber, PhD em Fertilidade e Embriologia.

Segundo o médico, a urgência da doença e a necessidade imediata de se dar início aos tratamentos contra o câncer exigem decisões rápidas do oncologista. No entanto, devido à pressa, muitas vezes o fator reprodutivo não é abordado. “Aspectos do tratamento e de efeitos colaterais diretos são amplamente discutidos. Porém, a preservação da fertilidade para o futuro, através de criopreservação, por exemplo, acaba sendo deixada de lado”, avalia. 

O objetivo com a criopreservação dos óvulos – seja por vitrificação, ou por congelamento –, é conservar o material para que ele possa ser utilizado no futuro, por meio de técnicas de reprodução assistida. “O óvulo, ou o espermatozoide, é submetido a uma variação de temperatura de 37ºC a -196ºC em menos de um segundo. O material congelado é, então, armazenado em nitrogênio líquido, podendo ser mantido assim por tempo indefinido”, explica o médico. Segundo ele, as taxas de gravidez utilizando óvulos congelados tem sido semelhante à obtida com exemplares frescos, de 50%.




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