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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

PROTESTE lança campanha para cobrar atendimento de qualidade na saúde



A PROTESTE Associação de Consumidores lança nesta sexta-feira (2) a campanha PROTESTE pela Saúde, para cobrar mais qualidade do atendimento e um modelo de saúde eficiente no sistema público e privado. A petição online está disponível no link www.proteste.org.br/protestepelasaude.

O anúncio da campanha foi feito no final do Seminário Internacional PROTESTE de Defesa do Consumidor, na última terça-feira (30), que debateu os impactos da crise econômica para o consumidor e o setor de saúde. O consenso entre os especialistas do Brasil e do exterior que participaram do seminário foi a necessidade de melhorar, com urgência, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o mercado de saúde suplementar.

"Saúde de qualidade é fundamental para os consumidores brasileiros. Temos que nos mobilizar para resolver esta situação", alerta Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da PROTESTE.

No seminário, Lígia Bahia, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), defendeu o SUS: "Se não tivéssemos o SUS, teríamos o mesmo índice de AIDS da África do Sul", afirmou.

A PROTESTE defende mais recursos para o SUS para que possa cumprir os seus objetivos. A crise econômica, que já ceifou quase 12 milhões de empregos, diminuiu pela primeira vez o número de clientes de planos de saúde e empurra o SUS contra a parede, pois o dinheiro ficou muito mais escasso.

Com a campanha, a PROTESTE quer chamar a atenção dos consumidores para os seus direitos de melhor prestação do serviço público. E assim, cobrar maior eficiência da saúde pública, melhor gestão e mais transparência no sistema.

Na saúde privada, a PROTESTE é contra a redução de coberturas, luta pelo direito da manutenção do plano de saúde após demissão ou aposentadoria e para exigir que os corretores passem informações claras aos consumidores sobre as diferenças entre planos individuais e coletivos no momento da contratação.

Pesquisa comprova que consumidores não sabem diferenças entre modalidades

No seminário da PROTESTE, foram divulgados os resultados de pesquisas realizadas pela associação com usuários de planos privados, que mostraram como o consumidor dribla a falta do plano de saúde quando é demitido, ou por não conseguir arcar com os custos.

Foram realizadas duas pesquisas quantitativas, uma com 199 pessoas que alegaram ter plano de saúde e outra com 331 pessoas que disseram não ter plano, em julho. A conclusão foi a de que mais de 70% dos consumidores com plano de saúde não sabem as diferenças entre plano coletivo e individual, o que acaba distorcendo a visão do momento atual de redução na oferta de planos individuais. Eles confundem o plano coletivo com o familiar.

Já a pesquisa qualitativa foi feita com dois grupos de 9 pessoas cada, no Rio de Janeiro, com pessoas sem planos de saúde. Um grupo de demitidos e outro de aposentados.

Há uma tendência de os consumidores contratarem planos coletivos sem conhecimento prévio dessa modalidade. As operadoras estão desrespeitando a legislação que obriga a comprovar a legitimidade do interessado num plano coletivo antes de firmar o contrato.

Apesar de os testes comparativos da PROTESTE demonstrarem que reduziu em mais de 40% a oferta de planos individuais para os consumidores, impactando diretamente na abrangência dos planos ofertados com a saída de grandes operadoras do ramo, essa realidade não é percebida pelo consumidor.

Os resultados da pesquisa apontam que 64% dos corretores não explicaram as diferenças entre os contratos, e o consumidor pode acabar contratando o plano coletivo sem saber do risco de ter um reajuste elevado, já que não são regulados pela Agência Nacional de Saúde (ANS) e poder  ser rescindido pela empresa de forma unilateral.

  




COMO ENSINAR OS FILHOS A VALORIZAR A SAÚDE?



Em muitos lares, a hora da refeição é um momento de brigas e acordos. Enquanto as crianças costumam recusar tudo aquilo que é saudável e colorido, os pais tentam negociar oferecendo a sobremesa em troca da salada no prato, por exemplo. Mas a sala de jantar não precisa ser necessariamente um palco de discussão e choradeira.

Adultos e crianças têm suas preferências culinárias. Porém, é possível educar os pequenos desde cedo para que consumam os nutrientes necessários para se manterem saudáveis. Nossos hábitos alimentares são fortemente moldados pelo ambiente em que estamos inseridos. Isso quer dizer que as crianças não comem aquilo que gostam, mas sim gostam daquilo que comem. Ou seja, a tentação por alimentos não saudáveis é adquirida pela influência da família, da escola, de colegas, e vários outros fatores.

Se você deseja que seu filho coma melhor, é preciso, em primeiro lugar, ser um exemplo dentro de casa. As crianças são curiosas e se interessam pelos hábitos de seus pais. Não adianta esperar que elas comam verduras e legumes se você insiste nas gorduras e frituras. Aliás, essa pode ser uma grande oportunidade não só para melhorar a saúde das crianças, mas também dos pais.

Que tal envolver os filhos também no preparo da comida? Ao colocar a mão na massa e se divertir durante o processo, eles certamente ficarão com mais vontade de experimentar o alimento que ajudaram a criar.

Há alguns fatores que são mais difíceis de se controlar. Por exemplo, a mídia está a todo tempo mostrando guloseimas com grande apelo às crianças. Nessa hora, é importante não se deixar levar pela propaganda. Mesmo que você não resista ao que foi anunciado, não abra mão dos alimentos saudáveis.

Lembre-se também que a saúde não é só alimentação. A prática de atividades físicas está diretamente relacionada com nosso bem-estar. Aproveite que as crianças já são naturalmente “elétricas” e não deixe de incentivá-las ao esporte e às brincadeiras ao ar livre.

O número de crianças sedentárias e obesas tem aumentado no país, e a Organização Mundial da Saúde aponta a obesidade como um dos maiores problemas de saúde pública do mundo. É importante mostrar para as crianças essa realidade e os riscos que estão envolvidos. Por fim, tenha uma atenção especial desde cedo, pois certamente seus filhos crescerão com outra consciência.




Fabiany Lima - é mãe de Gêmeas, escritora de livros infantis e criou o aplicativo Timokids, que oferece livros e jogos socioeducativos com ilustrações em 3D narrados e legendados em 4 idiomas e que estimula a interação da família.


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