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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Queda em idosos: causas, riscos e prevenção



Incidências indicam que um em cada três idosos irá 
   sofrer ao menos uma queda ao ano

A população idosa vem crescendo significantemente no mundo inteiro. O envelhecimento da população se deve ao grande avanço da medicina, incluindo fatores relevantes que levaram a terceira idade ter uma qualidade de vida mais saudável, mas que inspira cuidados.

De acordo com dados do IBGE, a população idosa no Brasil é atualmente de 22,9 milhões (11,34% da população) e a estimativa é de que nos próximos 20 anos esse número mais que triplique. Porém os médicos alertam que esse envelhecimento vem acompanhado de um aumento de doenças crônico-degenerativas e de eventos incapacitantes, incluindo as quedas e suas consequências.

“As quedas são problemas comuns e frequentemente devastadores para os idosos”, explica o Ortopedista e Traumatologista do HCFMUSP, Gustavo Borgo. Segundo o especialista, a queda entre os idosos estão entre os problemas mais sérios no mundo e um tema estudado por muitos especialistas. “A queda e suas consequências nesta população é causa de um alto índice de mortalidade”, completa.

Geralmente o risco de cair aumenta significamente com o avançar da idade, principalmente para idosos que vivem institucionalizados, tornando-se um problema grave de saúde pública. Por este motivo, precisamos melhorar a nossa atenção e cuidado com essa população.

Riscos Presumíveis

Para o Dr. Gustavo Borgo as ameaças estão associadas a fragilidade dos idosos e potencializadas pelo ambiente, tais como: pisos escorregadios e molhados, ausência de corrimão, assentos sanitários baixos, mesas e cadeiras instáveis, calçados inapropriados, escadarias inseguras, calçadas em má conservação, degraus de ônibus altos, iluminação inadequada, tapetes e carpetes, prateleiras altas ou objetos no caminho do deslocamento.

Um estudo disponível no portal do Governo do Estado de São Paulo relata que, no Brasil, cerca de 29% dos idosos caem ao menos uma vez ao ano e 13% caem de forma recorrente, sendo que somente 52% dos dois idosos não relataram evento de quedas.

O Dr. Gustavo explica que muitas doenças estão relacionadas ao envelhecimento da população: envelhecimento do aparelho locomotor, osteoporose, artrose e o envelhecimento muscular. Dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios) apontam que um em cada três idosos irá sofrer ao menos uma queda por ano, sendo que muitos deles sofrerão fraturas graves como a do quadril, seguidos de ombro, punho, joelho e tornozelos. “A média de dias de internação por fraturas do quadril osteoporóticas é de 9 a 21 dias (quase 3 deles na UTI) e a mortalidade no primeiro ano chega a 23% entre as mulheres, e a mais de 60% entre os homens (em pacientes com mais de 80 anos)”, alerta o especialista.

Mas por que o idoso cai?

O Dr. Gustavo explica que os fatores de risco para queda podem ser divididos entre os intrínsecos e extrínsecos. Os fatores de risco intrínsecos são aqueles relacionados ao indivíduo, que aumentam sua fragilidade e limitações motoras. São elas:

•             Idade avançada (acima 80 anos)

•             Sexo feminino

•             Baixa aptidão física

•             Fraqueza muscular de membros inferiores e superiores (medida pela força do aperto de mãos)

•             Equilíbrio diminuído

•             Marcha lenta com passos curtos

•             Dano intelectual

•             Doença de Parkinson

•             Imobilidade

•             Ter tido episódios anteriores de quedas

•             Uso de sedativos, ansiolíticos e hipnóticos

•             Uso de muitos medicamentos (polifarmácia)

•             Infecção urinária

 

Fatores de risco extrínsecos - aqueles relacionados ao ambiente

•             Tapetes e carpetes

•             Móveis que impedem a livre circulação

•             Uso de calçados, sandálias e chinelos inadequados

•             Pisos encerados ou lisos

•             Falhas em corrimões

•             Falta de locais para apoio de membros superiores

 

Como prevenir as temidas quedas?

Segundo o médico, a queda ocorre principalmente em ambiente doméstico e pode ser prevenida com simples medidas, facilitando a execução de atividades diárias domésticas. As principais medidas são:

•          Iluminação de ambientes: usar lâmpadas noturnas de baixa voltagem nos banheiros

•             Materiais antiderrapantes e barras de apoio nos banheiros (banheiras, boxes, ao lado dos vasos sanitários etc.)

•             Tapetes: retirar ou fixar no piso

•             Evite deixar rugas ou dobras em tapetes ou carpete

•             Não encerar pisos descobertos

•             Manter o piso livre de obstáculos como sapatos, brinquedos ou mesmo animais domésticos

•             Assegurar que maçanetas, corrimões e passadeiras estejam firmes

•             Controle da temperatura do ambiente (o clima pode causar tonturas nos idosos, seja muito fria ou quente)

•             Corrimões em passagens e corredores

•             Os idosos devem realizar treinamentos de força e equilíbrio

•             Antes de levantar, o idoso deve sentar-se a beirada da cama por alguns minutos

•             Usar sapatos de sola fina e emborrachado e preso aos pés

•             Acompanhamento com geriatra para adequação das medicações em uso.

 


Dr. Gustavo Borgo - Médico formado pela Universidade de São Paulo e especialista em Ortopedia e Traumatologia pelo o Instituto de Ortopedia e Traumatologia HCFMUSP. Construiu sua carreira passando por diversos hospitais exercendo a medicina de emergência. Com especialização em Cirurgia de Ombro e Cotovelo já atuou colaborando na formação dos residentes em Ortopedia no IOT. Integra a equipe médica do Hospital Samaritano de São Paulo e do Hospital Israelita Albert Einstein. Fundou este ano o Grupo de Ombro e Cotovelo do Hospital Geral de Itapecerica da Serra (Grande SP), onde desenvolve pesquisa científica, ensino da especialidade aos médicos residentes de ortopedia, atendimentos especializados e realização de procedimentos cirúrgicos de variadas complexidades, trazendo inúmeros benefícios aos usuários do SUS.

PESQUISA APONTA: 30% DOS INTERNAUTAS BRASILEIROS AVALIAM QUE SUA PRIVACIDADE NA INTERNET NÃO É RESPEITADA



 
Levantamento feito pelo Opinion Box teve como meta entender qual a percepção das pessoas quanto à segurança e privacidade no meio digital

“Privacidade e Segurança na Internet” são temas de relevância na sociedade da informação, que vivemos atualmente, onde há excesso de informações, compartilhamento de notícias – públicas ou particulares – seja nos principais canais de comunicação ou em redes sociais. Por isso, tornou-se tema de uma pesquisa feita pelo Opinion Box (www.opinionbox.com), empresa pioneira de soluções digitais para pesquisas de mercado e de opinião.

Para a pesquisa, realizada no mês de julho, o Opinion Box entrevistou 1.884 internautas de ambos os sexos, todas as classes sociais e regiões do país. Um dos primeiros resultados do levantamento já gerou surpresa: 30% dos entrevistados avaliaram que não têm sua privacidade nem um pouco respeitada na internet.

Também é interessante perceber que apesar do Brasil ser o país com maior número de adeptos às redes sociais e das plataformas fazerem parte do cotidiano das pessoas há um bom tempo, apenas 28% dos entrevistados disseram se sentir confortáveis em ceder informações pessoais, como nome completo, data de nascimento, etc, ao realizar cadastro em uma nova rede. Além disso, 87% dos respondentes mencionaram se preocupar com o uso indevido do próprio conteúdo, compartilhado por outros usuários da mesma rede social, sendo que 45% desses se preocupam muito. Os dados continuam altos quando a preocupação se refere ao uso do conteúdo publicado pela própria administração da rede social. Neste caso, 83% disseram ficar preocupados, sendo que 40% se preocupam muito que a rede social use seu conteúdo compartilhado.

É inegável que a popularização das compras pela internet, seja via computador ou por dispositivos móveis, trouxe facilidades para a vida do consumidor. Tanto, que 86% dos entrevistados afirmaram ter o hábito de comprar no meio digital e 50% disseram que a prática do consumo acontece via aplicativos para smartphones. Porém, fazer o cadastro nas lojas online é uma etapa que divide os usuários e preocupa parte deles. 55% dos internautas se sentem confortáveis em fornecer seus próprios dados às lojas virtuais. Mas, 40% discordam ao entregar os dados pessoais a uma loja na internet.

Quando chegam à hora de fornecer dados de pagamento aos e-commerces, 48% apontaram que não se sentem seguros. Em contrapartida, 8% afirmaram se sentir muito seguros. Quando a compra acontece via apps, apenas 36% se sentem seguros em informar dados como número do cartão de crédito e código de segurança, e 7% dizem se sentir muito seguros.

Por fim e em tempos de discussão frente ao Marco Civil da Internet, o Opinion Box questionou os entrevistados sobre a quem cabe monitorar informações que circulam na rede. Para 73% das pessoas, o governo não deve ter o poder de acessar, armazenar e analisar dados de utilização dos usuários de internet no Brasil. “Com base nesses dados, avaliamos que o desafio continua sendo estabelecer diretrizes que ofereçam aos usuários segurança e privacidade, sem perder o caráter de liberdade que a internet tem”, avalia Felipe Schepers, co-fundador e COO do Opinion Box.

A margem de erro é de 2,3 pontos percentuais e o grau de confiança é de 95%.



Opinion Box – www.opinionbox.com


Com um pé no mercado de trabalho



O que sabemos sobre as Novas Gerações? O que sabemos sobre a Geração Z, crianças e jovens entre 5 e 17 anos? O fato é que mal entendemos a Y, e a Z já chega estressando os Ipisilons, poderes políticos, econômicos e culturais desta era.
O interesse pelo estudo das gerações aumentou exponencialmente na última década. Aliás, tão exponencial como todas as mudanças ocorridas desde o início do século. Ou, como gosto de promover, da Nova Era.
Na Velha Era, as mudanças eram lineares – aquelas que a gente tem um tempão para ir se acostumando. Mudanças que não doem tanto. Hoje, elas são exponenciais, epidêmicas.
As mudanças exponenciais surgem, irrompem, se materializam em nossa frente e invadem as nossas vidas. Não pedem licença. Não têm paciência, nem ouvidos abertos para nossos lengalengas, nem mimimis. Mudanças exponenciaissão como os aplicativos de táxi, que transportaram os taxistas do século XX para o século XXI, da noite para o dia. Assim, como um passe de mágica.
Os aplicativos de táxi e o Waze forçaram taxistas de todas as idades a trocar seus dinossáuricos celulares por smartphones de qualidade, porque eles só funcionam em aparelhos sofisticados e potentes. Também, de um minuto para outro, “ensinaram” esses profissionais – tidos pela sociedade brasileira como um grupo extremamente conservador – a utilizar, manusear e acessar esses gadgets tecnológicos, mesmo em movimento! Quando a gente adentra uma Nova Era, um novo mundo se descortina. E nunca os taxistas trocaram tantas ideias com seus filhos, sobrinhos ou netos para serem “iniciados” nesta realidade digital.
As mudanças exponenciais são dilacerantes, nos torturam, nos indignam, nos contundem e nos fazem sofrer. Elas nos dão uma rasteira no meio do dia, um caldo bem prolongado que faz faltar ar. São como um tsunami que nos corta a energia para vir à tona e lutar. Seu impacto é um tumulto em nossa existência como seres humanos, como pais e educadores. Enfim, como seres produtivos diante dos desmoronamentos de tantos conceitos e fórmulas que sempre funcionaram. Quer um exemplo? Que poder tem o Sindicato dos Taxistas diante dos aplicativos hoje responsáveis por aumentos de até 5 vezes nos ganhos mensais da categoria?
Nunca um taxista viu, conversou ou soube o nome desses “mágicos”, que aumentaram suas rendas exponencialmente. Sem mexer na linearidade do aumento da bandeira ou 1 ou 2.
São também essas inovações disruptivas que nos fazem crer que tudo é possível, porque dia após dia presenciamos o quase impossível. Bem ali, na frente de nossos olhos. Ninguém nos contou. A gente mesmo é a prova viva de que o WAZE existe!
Novas gerações surgem para decifrar novos mundos. E para ser um adulto minimamente são, numa sociedade que evolui por saltos, surgiu a geração Z. Por que a gente não daria conta disso tudo, não é? Pelo menos não sem essas novas e ágeis mãozinhas, que parecem ter muito mais que 10 dedos.
Uma geração não surge do nada, não acontece sem propósito. E não vem para atrapalhar a vida de ninguém e de nenhuma empresa, como tanta gente culta e estudada adora bradar, a torto e a direito. Uma nova geração é a renovação de nossos genes, é a transmissão de conhecimentos, percepções, intuições de toda a raça humana.
Se você tem mais de 35 anos, foi testemunha desta perturbadora renovação, primeiramente com o surgimento da Geração Y, antecessora da Z. Os Ipisilons têm hoje entre 18 e 34 anos e são responsáveis por quase 50% da mão de obra economicamente ativa no Brasil. Contra eles foram despertados e revelados os mais secretos e absurdos preconceitos contra uma geração!
Comecei a pesquisar os Ipisilons em 2009, quando os mais velhos dessa leva tinham 29 anos. Tarde demais para desfazer os enraizados, irracionais, bizarros e, muitas vezes, risíveis prejulgamentos contra toda uma geração. Discriminação essa que só trouxe e continua trazendo prejuízos e baixa produtividade às empresas, bancos escolares e lares da nossa sociedade.
Tento reparar o lapso, começando a cavar dados sobre a Z, a tempo de abrir os meus e os nossos horizontes. Antes que o desperdício de energias se repita contra os Zês.
Essa é a geração que mais conviveu com fatos e imagens terroristas; com dados, consequências e insolubilidades de infindáveis crises econômicas; e com a banalidade da violência. Nasceram e cresceram num mundo envolto em recessão, terrorismo, volatilidade e complexidade.
Por isso, apesar de receberem generosas mesadas semanais, como seus irmãos mais velhos da geração Y, são econômicos, verdadeiros “homens de negócios”, a tal ponto de emprestarem dinheiro a seus pais e aos perdulários Ipisilons. Numa pesquisinha que fiz recentemente, por meio das redes sociais, pude comprovar que a classe média brasileira rivaliza a americana no que concerne ao valor das mesadas à geração Z. Os dados americanos da Mintel 2013 Activities of kids and teens apontam uma mesada média de R$ 40 por semana. Meus resultados chegam a R$ 45.
Essa semanada se traduz em generosos 44 bilhões de dólares por ano para a economia americana. O que significa que esta será, com certeza, uma geração muito mais estudada e pesquisada que a anterior.
Também estarei antenada aos novos estudos destas crianças e jovens que já são responsáveis por 84% da escolha de brinquedos, 73% dos cardápios do jantar, 65% das férias familiares e 70% das opções de entretenimento.
Muito das marcas que as novas gerações vão deixar no mundo têm a ver como a interação com as gerações mais velhas. Extremismo não parece ser o caminho. As novas gerações não são nem o centro do universo, como seus pais as criaram – trocando o bifinho por um danoninho –, nem a escrotidão da humanidade. São uma geração não linear, nativa digital e globalizada. E temos que nos esforçar e entender o que isso significa: como alavanca a humanidade e nos ajuda a ser melhores num mundo que parou de andar para saltar.
A Geração Z diz que vai inventar uma coisa que vai mudar o mundo. Vamos ajudá-los? Queremos uma geração bombando suas incríveis potencialidades ou entediada com avalanches de reprovação?
Se você faz parte das gerações tradicionalistas, baby-boomer ou da X, há grandes chances de que esteja lendo esse artigo em uma tela. Lembra quando você achou que isso não ia pegar ou que era coisa de moleque?
Nota: Geração tradicionalista (acima de 68 anos), baby-boomer (50 a 68 anos), X (35 a 49), Y (18 a 34), Z (5 a 17) e A (até 5 anos).


 Beia Carvalho -  consultora do CEOlab, laboratório de mentoria multidisciplinar para executivos, e palestrante futurista da Years From Now®, um espaço para a reflexão sobre o futuro dos negócios. Suas palestras são provocativas e transformadoras, tratadas com simplicidade e humor. Beia pesquisa o futuro, os rumos da inovação e as gerações atuando nestes processos. Já trabalhou com empresas como Itau, Danone, Bradesco, Microsoft, Vivo, Johnson & Johnson, entre outras.

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