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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

O suicídio não resolve ...


Ensinava Alziro Zarur (1914-1979): “O suicídio não resolve as angústias de ninguém”. Estava com a razão o autor de Poemas da Era Atômica.

Matar-se abala, por largo tempo, a existência do Espírito, pois ofende a Lei Divina, que é Amor, mas também Justiça.

Quando a dor apertar, por favor, lembre-se desta página de André Luiz, na psicografia do venerando Francisco Cândido Xavier (1910-2002):

Mais um pouco*

“Quando estiveres à beira da explosão na cólera, cala-te mais um pouco e o silêncio te poupará enormes desgostos.

“Quando fores tentado a colaborar na maledicência, guarda os princípios do respeito e da fraternidade mais um pouco e a benevolência te livrará de muitas complicações.

“Quando o desânimo impuser a paralisação de tuas forças na tarefa a que foste chamado, prossegue agindo no dever que te cabe, exercitando a resistência mais um pouco e a obra realizada ser-te-á gloriosa bênção de luz.

“Quando a revolta espicaçar-te o coração, usa a humildade e o bom entendimento mais um pouco e não sofrerás o remorso de haver ferido corações que devemos proteger e considerar.

“Quando a lição oferecer dificuldade à tua mente, compelindo-te à desistência do progresso individual, aplica-te ao problema ou ao ensinamento mais um pouco e a solução será divina resposta à tua expectativa.

“Quando a ideia de repouso sugerir o adiamento da obra que te cabe fazer, persiste com a disciplina mais um pouco e o dever bem cumprido ser-te-á coroa santificante.

“Quando o trabalho te parecer monótono e inexpressivo, guarda fidelidade aos compromissos assumidos mais um pouco e o estímulo voltará ao teu campo de ação.

“Quando a enfermidade do corpo trouxer pensamentos de inatividade, procurando imobilizar-te os braços e o coração, persevera com Jesus mais um pouco e prossegue ajudando a todos, agindo e servindo como puderes, porque o Divino Médico jamais nos recebe as rogativas em vão.

“Em qualquer dificuldade ou impedimento, não te esqueças de usar um pouco de paciência, amor, renunciação e Boa Vontade, a favor de teu próprio bem-estar.
“O segredo da vitória, em todos os setores da vida, permanece na arte de aprender, imaginar, esperar e fazer mais um pouco”.


Respeitar a própria vida

O Salmo 31:24 da Bíblia Sagrada adverte fraternalmente: “Tende coragem, e Ele fortalecerá o coração de todos vós que esperais no Senhor”.

O Rabino Henry Sobel pondera: “Não somos donos da Vida, mas apenas os guardiões dela”.

Honremos, pois, o extraordinário dom que Deus nos concedeu, que é a Vida, e Ele sempre virá em nosso socorro pelos mais inimagináveis e eficientes processos.

Substancial é que saibamos humildemente entender os Seus recados e os apliquemos com a Boa Vontade e a eficácia que Ele espera de nós.

A permanente sintonia com o Poder Divino só nos pode adestrar o Espírito, para que tenha condições de sobreviver à dor, mesmo que em plena conflagração dos destemperos humanos.

Do livro Billy Graham responde, emerge esta elucidação do respeitado pastor norte-americano: “A vida nos foi concedida por Deus e só Ele tem o direito de tirá-la. Além disso, até mesmo no meio das circunstâncias mais difíceis, Deus está conosco. (...) Devo enfatizar o fato de o suicídio ser um erro, não fazendo parte do plano de Deus”.

Na Quarta Surata do Alcorão Sagrado, encontramos este conforto numa admoestação do Profeta Muhammad — Que a Paz e as bênçãos de Deus estejam sobre ele: “29. Ó crentes, não defraudeis reciprocamente os vossos bens por vaidade, realizai comércio de mútuo consentimento e não pratiqueis suicídio, porque Deus é misericordioso para convosco”.

Santa Teresa d’Ávila (1515-1582), a grande mística da Espanha, incentiva-nos à perseverança:

“Que nada te perturbe, nada te amedronte.

“Tudo passa. Só Deus nunca muda.

“A paciência tudo alcança. A quem tem Deus, nada falta.

“Só Deus basta”.

A continuação da existência após a morte jamais poderá ser justificativa para o suicídio. Todos continuamos vivos.

Acertadamente escreveu Napoleão Bonaparte (1769-1821), quando lamentou essa inditosa escolha, que infelicita o Espírito de quem se deixa seduzir por ela, porque a chegada ao Outro Mundo daquele que destrói o seu próprio corpo é um grande tormento, porquanto não há morte após a morte: “Tão corajoso é aquele que sofre valentemente as dores da Alma como o que se mantém firme diante da metralha de uma bateria. Entregar-se à dor sem resistir, matar-se e eximir-se à mesma dor é abandonar o campo de batalha antes de ter vencido”.

(Apesar de Napoleão I ter pensado em suicídio durante sua atribulada carreira militar e política, não o praticou. Daí a importância do seu pensamento.)

Confiantes, sigamos o caminho apontado pelo Senhor no livro Deuteronômio, 30:19: 

“Como podes ver, coloquei hoje diante de ti a Vida e o Bem, a morte e o mal... portanto, escolhe a Vida, para que vivas tu e a tua semente”.

Meus Amigos e Irmãos em Humanidade, a grande fortuna é sabermos que Viver é melhor!

 


 “Mais um pouco” – Extraído da Antologia da Boa Vontade, 1955.

José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com




O ideal olímpico e a educação



                                                     

A Olimpíada do Rio de Janeiro, como ocorre a cada quatro anos em todas as edições dos jogos, demonstrou a forte relação de causa-efeito entre a qualidade do ensino e o desempenho das nações no quadro de medalhas. Embora esse recorte de análise não tenha sido enfatizado na imprensa e opinião pública, é algo muito importante para a reflexão dos brasileiros.

         Para entender melhor a questão, tomemos o exemplo dos Estados Unidos, grande potência olímpica e campeões dos pódios no Rio de Janeiro. Parte expressiva das medalhas conquistadas por seus atletas, nas modalidades do atletismo, natação e esportes coletivos, tem origem nas escolas, de seu ensino básico e do superior. Lá, as bolsas de estudo para atletas são uma espécie de PronUni, democratizando de modo amplo as oportunidades. 

Porém, não basta alto rendimento nas quadras, piscinas e pistas. Também é preciso estabelecer boas marcas e recordes em matemática, história, ciências, inglês e, na universidade, nas múltiplas disciplinas inerentes a cada ramo da formação acadêmica. Essa performance não é cobrada apenas aos atletas, mas a todos os alunos. As instituições de ensino oferecem contrapartida de qualidade dos conteúdos, instalações e boas condições de escolaridade. O resultado de tudo isso não se vê apenas no desempenho norte-americano nas olimpíadas, mas também – e sobretudo! – no registro de patentes, na solidez da economia, no mercado de trabalho, na alta competitividade e no grau de desenvolvimento do país.

O ideal olímpico de que “o importante não é vencer, mas competir”, tem uma concepção bastante diferente na economia mundial e na luta de todos os povos para conquistar a prosperidade socioeconômica: é preciso alta competitividade em todas as cadeias de valores para vencer na corrida do desenvolvimento. Tal capacidade, sem dúvida, começa nas salas de aula, pois somente o ensino de qualidade e o acesso amplo das crianças e jovens, da Educação Infantil, passando pela fundamental e média, até as universidades, são capazes de preparar de modo adequado um país para ser vencedor no contexto global.

Nesse aspecto, lamentavelmente, o Brasil está atrasado. Nossa classificação no quadro de medalhas a cada olimpíada tem sido um retrato da qualidade de nosso ensino, que não provê de modo adequado, esportes, matemática, português, ciências e as disciplinas essenciais na Educação Básica e ainda não consegue oferecer acesso amplo dos jovens à universidade. Nosso grau de desenvolvimento é, portanto, proporcional ao descaso com que temos tratado essa prioridade ao longo de décadas. Que os novos rumos da política nacional reparem tal lacuna da história!




Rubens F. Passos - economista pela FAAP e MBA pela Duke University, é presidente da Associação Brasileira dos Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE) e diretor titular do CIESP Bauru.



Maneiras de identificar a dislexia, fono explica



Basicamente definida como uma dificuldade normalmente percebida durante o processo de aprendizagem das crianças, a dislexia abrange alterações na leitura, escrita e soletração ou uma combinação de todas essas etapas, em pessoas com inteligência normal ou ainda acima da média.“É como se uma região cerebral responsável pela análise de palavras representadas graficamente não fosse ativada nos indivíduos disléxicos“, diz a fonoaudióloga Ana Lucia Duran, da capital paulista, que ainda conta que o distúrbio pode ser hereditário, mas existem algumas maneiras simples de detectar. 

“A criança que é muito esquecida, demora muito para começar a falar, tem a pronúncia errada e ainda apresenta dificuldade em aprender cores, números, identificar as letras do próprio nome, tem dificuldades com noções espaciais e temporais, já deve começar o tratamento para minimizar os sintomas“, comenta a especialista.

É importante estar atento a cada fase da criança e assim conseguir identificar  os sintomas que podem sinalizar o problema. O diagnóstico deve ser realizado em equipe multidisciplinar.

Ana Lúcia lista os primeiros sinais  que podem indicar algo errado:


No processo da alfabetização

Após os 7 anos
Dos 8 aos 12 anos
Dificuldades:

Na fala;
Para aprender o alfabeto;
Escrever letras e números;
Segurar no lápis;
Rimar;
Orientação temporal (ontem, hoje e amanhã).

Dificuldades:

Memória prejudicada,
Lentidão ao fazer os deveres escolares;
Omissão de letras;
Nível de leitura abaixo do esperado para série e idade;
Não soletra palavras;
Orientação de direções como direita e esquerda.
Dificuldades:

Confusão na sonoridade de palavras;
Falta de memorização de datas, nomes ou números de telefone;
Omite sílabas;
Substituição de palavras difíceis;
Erros de ortografia;
Medo de ler em voz alta.



Ana Lúcia Duran - Fonoaudióloga clínica (graduada pela EPM/UNIFESP) e educacional (responsável pelo projeto oficina de linguagem do colégio Cermac/ vencedor do PNGE - Prêmio Nacional de Gestão Educacional/2015), pós graduada em psicomotricidade.



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