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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Especialista do Hospital São Luiz Jabaquara esclarece mitos e verdades da cirurgia plástica



Cada estação do ano tem características específicas na recuperação do paciente que passa por uma cirurgia plástica. A temperatura não é determinante para o sucesso do procedimento, mas pode colaborar em alguns aspectos no pós-operatório. Segundo o Dr. Marcos Sammartino, cirurgião plástico do Hospital São Luiz Jabaquara, há uma maior demanda dos pacientes entre junho e agosto, por uma decisão pessoal, já que é época de férias escolares, inverno e maior chance de programação. Este também é um período que traz vantagens na recuperação comparada ao verão, como menos inchaço, menor chance de edemas e, consequentemente, mais conforto na recuperação.

O especialista esclarece 5 mitos e verdades da cirurgia plástica relacionada às estações do ano. Veja:
1-      Na maioria das vezes, os pacientes optam pelo procedimento cirúrgico no inverno para estarem recuperadas no verão. 

VERDADE – O número de cirurgias plásticas e corretivas aumenta em até 60% com a chegada do outono e inverno. Dependendo da cidade, esse número é ainda maior, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP). Para o Dr. Marcos, esse aumento acontece devido a alguns fatores, entre eles estarem recuperadas no verão. São eles: período de férias escolares, época em que os pacientes conseguem se organizar melhor para sair de licença; clima mais ameno para a utilização dos acessórios pós-operatórios e época do ano em que as pessoas ficam mais em casa, o que ajuda na recuperação, por conta do repouso; e claro, estar pronto para a chegada do verão, pois terão tempo hábil para a recuperação e liberados para a exposição ao sol e contato com a água do mar, por exemplo.

2-      A cirurgia plástica no inverno é mais segura do que no verão
MITO – Com a evolução da medicina, há diversos recursos que possibilitam a realização de procedimentos com segurança e bem sucedidos em qualquer período do ano. A boa condição clínica dos pacientes é fator determinante para a cirurgia plástica, além de ser essencial é o cuidado com o pré e pós-operatório;

3-      A recuperação da cirurgia plástica no inverno é mais rápida, já que a temperatura é alterada
MITO Em termos gerais não há diferença no resultado, já que a temperatura corpórea se regula de acordo com a externa. Porém no inverno, a chance de ter um edema pós-operatório é menor comparado ao verão. Mas é importante reforçar que o fator determinante na recuperação são as condutas tomadas pelo paciente, que devem ser adequadas às orientações do especialista.

4-      O uso da cinta modeladora é mais confortável no inverno
  VERDADE – Para a recuperação de alguns tipos de intervenção é recomendado o uso cinta modeladora por mais de um mês, período pós-cirúrgico, e o uso é realmente mais confortável em climas mais amenos e/ou frio, pois a pressão da cinta incomoda mais no verão, quando o corpo tende a ficar mais inchado naturalmente.

5-      As pessoas escolhem fazer cirurgia plástica no inverno, pois podem aproveitar o período com menor exposição ao sol, para fazer mais de um procedimento.
MITO – Independente da exposição ao sol, é importante esclarecer para o paciente que não deve ser feito mais de dois procedimentos por vez, e nunca devem estar associados a uma mesma região. Caso contrário, a exposição do corpo é maior, a recuperação torna-se mais complicada e o risco de complicações aumenta consideravelmente.  Mas evitar a exposição ao sol, o que no inverno é mais fácil, é um fator positivo, pois diminui a chance de manchas no pós-operatório. 
“O importante é que o paciente esteja apto a submeter-se ao procedimento, tempo hábil para recuperação e principalmente, seja atendido por um cirurgião qualificado. Orientação importante que valem tanto para o verão quando para o inverno”, finaliza o Dr. Marcos Sammartino, cirurgião plástico do Hospital São Luiz Jabaquara.

Novo perfil do vestibulando exige adaptação dos cursos pré-vestibulares



Era digital é um dos fatores que proporcionaram a mudança no perfil dos vestibulandos

A evolução da tecnologia e as novas formas de acesso ao Ensino Superior provocaram mudanças importantes no perfil do vestibulando. A popularização do smartphone gerou uma conectividade intensa, mesmo em sala de aula, mudando o foco de atenção do estudante. “Trabalhar com alunos dessa geração implica uma percepção de que a atenção deles é mais dispersa. Alguns resolveram chamar isso de hiperatividade. É, na verdade, reflexo de uma cultura digital de alta frequência, fixando os padrões cognitivos em modelos voláteis, de pouca consistência. Um desafio para o trabalho de preparação para provas mais exigentes”, afirma o professor de História no Curso Positivo, de Curitiba, Daniel Medeiros.

Se, por um lado, as redes sociais deram voz aos jovens e os levou a buscar análises mais confiáveis para as questões que os impactam quase em tempo real, por outro, tornou o argumento dos estudantes pouco consistentes, exigindo dos cursos preparatórios a expansão da área de Humanas, com a inclusão da disciplina de Filosofia e Mundo Contemporâneo na grade curricular. A forma de comunicação também mudou e o contato com os professores se estende agora para fora da sala de aula, com a utilização das redes sociais. “Esse trabalho na interface torna-se, cada vez mais, uma outra parte do trabalho do professor e do curso”, confirma Medeiros. “O cuidado e o limite desse uso exige uma responsabilidade e uma maturidade enorme, pois todos ficam mais expostos”, alerta.

Outros fatores que afetaram bastante o perfil do vestibulando foram a expansão do Enem como ingresso ao Ensino Superior e a política de cotas, que tornou o ingresso do não-cotista muito mais complicado. Para o diretor do Curso Positivo, professor Renato Ribas Vaz, o perfil do vestibulando se dividiu em dois, depois da implantação do sistema de cotas pelo Governo Federal: o vestibulando de escola particular e o vestibulando de escola pública. “Se, por um lado, o estudante de escola pública está cada vez mais perto da universidade federal, o de escola particular viu suas chances reduzirem a 66% das vagas – ou seja, a concorrência, que já era acirrada, aumentou mais que 100%”, ressalta.

Diante disso, outro fator chamou a atenção dos cursos pré-vestibulares: os alunos de escola particular estão começando a se preparar para o vestibular com antecedência. “Antigamente, os alunos de cursinho eram aqueles que já tinham tentado um vestibular e não tiveram sucesso. Assim, faziam o preparatório na segunda tentativa. Há algum tempo, os cursinhos absorveram os estudantes do terceirão, que buscavam uma melhor preparação para passar na primeira tentativa. Hoje, estamos recebendo muitos alunos da segunda série do Ensino Médio e, inclusive, alguns da primeira”, conta Vaz, um dos professores que fundou o Curso Positivo há mais de quarenta anos.

Em um mundo onde a palavra de ordem é disrupção, ver o perfil do aluno mudar requer adaptações para se manter na liderança de mercado. Por isso, o Curso Positivo anunciou uma série de mudanças, que começam a ser aplicadas ainda em 2016. Entre elas, um novo modelo de revisões e simulado, com maior ênfase nas provas discursivas e redação, de forma a avaliar constantemente os resultados – e não apenas ao final do ano letivo.

Para 2017, mais mudanças são anunciadas. A começar pela data de início das aulas, que passou para 29 de janeiro – mais de um mês de antecedência, comparado aos anos anteriores. “O Enem é realizado no meio do segundo semestre e, em seguida, já começam todos os vestibulares. Assim, o tempo de estudo reduziu bastante. Por isso, a necessidade de adiantar o início das aulas”, justifica Vaz. O ano que vem marca também o lançamento de um novo material didático, desenvolvido pelo Curso Positivo nos últimos quatro anos, para preparar o novo vestibulando.

8 Fatores que proporcionaram a mudança no perfil dos vestibulandos:
- Sisu
- Cotas
- Enem
- Google
- Vestibulares cada vez mais cedo
- Smartphones
- Era digital
- Redes Sociais

Perfil do novo vestibulando:
Estudante de escola pública:
Muito conectado, encontra na internet um aliado nos estudos. Mas se entedia em sala de aula, se o professor não tiver uma dinâmica capaz de conquistar a sua atenção durante a explicação. A maior dificuldade na redação é a construção de argumentos consistentes e o uso de gírias da internet. Com o Enem, Sisu e a política de cotas, viu suas chances de ingresso no Ensino Superior se multiplicarem e, por isso, busca o seu espaço. Para isso, os que miram os cursos mais concorridos, como Medicina, Direito e Engenharia, acabam recorrendo aos cursinhos para garantir a vaga.

Estudante de escola particular:
Conectado 24 horas, chega a ser confundido com estudantes hiperativos. Possui grande dificuldade de concentração e memorização, já que as ferramentas de busca e calculadoras estão a um clique de distância. Acostumado com os teclados, tem grandes dificuldades com a caligrafia – e precisa de mais tempo para estudar as questões discursivas e redação. Com o Enem, Sisu e a política de cotas, viu a concorrência aumentar mais de 100% no vestibular. Por isso, sente a necessidade de se preparar desde o início do Ensino Médio.

Antibióticos: uma em cada três prescrições é desnecessária




Em 2013, em uma matéria da Folha de São Paulo (Bactérias resistentes abrem a possibilidade de uma era pós-antibióticos), Margareth Chan, diretora geral da OMS, chama atenção: “O mundo está prestes a perder essas curas milagrosas”


Antibióticos são medicamentos que devem ser utilizados apenas contra infecções bacterianas e, mesmo assim, se elas forem gastrintestinais, há aplicação em bem poucas delas.

Um estudo recente, publicado no JAMA (Journal of American Medical Association), avaliou a prescrição de antibióticos orais, no cadastro nacional de cuidados ambulatoriais entre 2010 e 2011, separados por idade, região e diagnósticos nos Estados Unidos.

Entre as 184.032 consultas ambulatórias da amostra, 12,6% resultaram em prescrição de antibióticos, sendo que a sinusite foi o mais frequente diagnóstico isolado dessa população (56/1.000), seguida de otite média supurada (47/1.000) e faringite (43/1.000). Coletivamente, as infecções respiratórias responderam por 221/1.000 das prescrições, sendo que, entre essas, apenas 111/1.000 foram consideradas apropriadas.


Nessa estatística, estimou-se 505 prescrições de antibióticos sendo apenas 353 consideradas corretas, mostrando que cerca de 1/3 das prescrições foram inadequadas aos quadros que foram tratados (resfriados, bronquites, dores de garganta, infecções de ouvidos e seios da face, segundo os autores) e mesmo que essa pesquisa já tenha 5 anos, não há uma expectativa de dados diferentes nos dias de hoje.

Esse abuso de prescrição estimulou o aumento de bactérias resistentes, que infectam cerca de 2 milhões de americanos ao ano, levando a 23.000 mortes anuais, segundo fontes do CDC (Centers for Disease Control and Prevention).

“Em nossa prática diária, no Brasil, não temos essa estatística recente, mas pela percepção e pelos resultados de aumento de resistência bacteriana, ela não deve ser muito diferente. Vale lembrar que antibióticos não ‘matam bactérias ruins’ e sim ‘bactérias sensíveis’. Nesse caso, quando se utiliza um antibiótico, quer seja da forma adequada ou não, ocorre uma seleção de nossa flora bacteriana oral, intestinal e vaginal, que forma grande parte de nosso sistema de proteção”, afirma o pediatra e homeopata Moises Chencinski (CRM-SP 36.349).

Assim, segundo o pediatra, “além de nos deixar mais suscetíveis a uma infecção por diminuição das defesas, de interferir de forma prejudicial no sistema digestivo, essa é uma forma de transmissão de resistência a agentes infecciosos bacterianos que dificultam a ação dos antibióticos existentes, gerando maiores riscos de morte”, alerta.

Por isso, e pela dificuldade e importância do diagnóstico adequado de uma infecção bacteriana, podem ser necessários exames que identifiquem o agente causal com certeza e rapidez e uma técnica de coleta adequada. “Os testes rápidos feitos de material da boca e garganta de crianças costumam ser decisivos. As coletas de exames de urina precisam ser realizadas de forma correta, sem riscos de contaminação, e com análise adequada. As radiografias devem ser executadas em boas condições. Não se recomenda fazer radiografias de seios da face de crianças abaixo de 4 anos de idade em busca de sinusite se até essa idade elas não têm seios da face formados. Manchinhas no pulmão não representam, em grande parte das vezes, broncopneumonia bacteriana. Um vírus não vai se transformar em bactéria”, explica o médico, membro do Departamento de Pediatria Ambulatorial da Sociedade de Pediatria de São Paulo.


Antibióticos são excelentes medicamentos, com indicação precisa, mas que requerem critérios em sua prescrição para que possam ser ainda utilizados na plenitude de sua capacidade e de seus benefícios. “O uso além da conta, além de não ser necessário, pode causar prejuízos ao paciente e à população de forma geral, através de um aumento da resistência bacteriana”, defende o pediatra.



Moises Chencinski  - Site: http://www.drmoises.com.br

Email: fale_comigo@doutormoises.com.br

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