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quinta-feira, 18 de maio de 2023

Relatório aponta que Brasil tem potencial para capturar quase 200 milhões de toneladas de gás carbônico ao ano

Número representa cerca de 12% do total de emissões de CO2 anuais no Brasil; projetos de Captura e Armazenamento de Carbono estão ligados principalmente à indústria e ao setor de energia

 

Um estudo inédito da CCS Brasil, organização sem fins lucrativos que visa estimular as atividades ligadas à Captura e Armazenamento de Carbono no país, aponta que o Brasil possui um potencial de captura de CO2 que pode chegar a quase 200 milhões de toneladas por ano, o que representa um total cerca de 12% do total de emissões de carbono no Brasil anualmente. “Se o país conseguir de fato colocar esses projetos de descarbonização em prática, isso o colocaria entre os líderes mundiais na captura de carbono e no combate ao aquecimento global”, explica Nathalia Weber, engenheira e cofundadora da CCS Brasil. Os dados, que fazem parte do 1º Relatório Anual de CCS no Brasil, também apontam setores e regiões mais emissores e aqueles com maior potencial para a captura e armazenamento de carbono. O documento foi lançado nessa terça-feira (16), em uma live no canal EPBR. Confira a íntegra do relatório aqui.


Setores

O documento aponta que o potencial para a redução de emissões por projetos de CCS está relacionado especialmente às atividades nos setores de energia e indústria.  Apenas no Brasil esses setores emitem quase 500 milhões de toneladas de CO2 ao ano. Outro importante destaque para captura de carbono é a produção de bioenergia, cuja aplicação de CCS pode levar à remoção de carbono da atmosfera. O estudo mapeou a oportunidade de captura de quase 40 milhões de toneladas aplicadas a esses processos chamados de BECCS, que une a aplicação de CCS à bioenergia.

“Todas as indústrias que utilizam combustíveis fósseis em seu processo produtivo ou que precisam de combustível de alta densidade energética possuem mais dificuldades para diminuir as suas emissões. É o caso de siderúrgicas, cimenteiras, indústrias químicas e refinarias. Por isso, as tecnologias de CCS são reconhecidas como uma das principais ferramentas para descarbonização de processos industriais, principalmente quando se busca alternativas para o parque industrial existente”, explica Nathalia Weber, engenheira e cofundadora da CCS Brasil.


De acordo com dados do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), a indústria brasileira emite um total de 85 milhões de toneladas de CO2 em 2021 (5,2% das emissões totais), especialmente na Região Sudeste e com maior contribuição por parte do estado de Minas Gerais. Apenas o setor de produção de metais correspondeu a quase 70% das emissões dos processos industriais. Os processos de CCS são aplicáveis aos principais segmentos emissores, liderados pela produção de metais, segundo o relatório da CCS Brasil.

“Já as emissões do setor de energia estão relacionadas principalmente à geração de eletricidade em termelétricas, utilização de energia na indústria e produção de combustíveis fósseis, como petróleo e derivados, gás natural e carvão mineral. Apesar de ser conhecido por ter uma matriz energética limpa, os combustíveis fósseis representaram 53% da oferta de energia do país em 2021”, ressalta Nathalia.

Ao todo, o setor de energia emitiu mais de 400 milhões de toneladas de CO2 em 2021 (25% do total) no país, sendo quase metade (47%) apenas na região Sudeste, de acordo com o SEEG. O potencial para a captura de CO2 no setor chega a 130 milhões de toneladas por ano provenientes de combustíveis fósseis, ou seja, 32% do total de emissões nesse setor. O número ainda representa 8% do total de emissões considerando todos os segmentos. Os segmentos com maior adequação para implementação de projetos de CCS incluem a geração de energia, aplicações industriais e produção de combustíveis.

“Para além do potencial de descarbonização, o CCS também pode ser uma tecnologia de remoção de carbono quando atrelada à produção de bioenergia (BECCS), como para a produção de etanol, biometano e outros processos de geração de energia a partir de biomassa. O Brasil possui um dos maiores potenciais para BECCS do mundo, dada a sua tradição e participação no mercado de etanol, além do potencial ainda pouco explorado para biogás em seu território. Com isso, o Brasil também pode se tornar uma referência nas tecnologias de BECCS, além de atuar para a sua descarbonização”, ressalta Nathália. Para além de BECCS, outras possibilidades do CCS também estão representadas pela produção de hidrogênio e pela captura direta do ar com armazenamento em formações geológicas de grande profundidade.

 

Regiões

Segundo o documento da CCS Brasil, entre as regiões brasileiras, a Sudeste é aquela com maior potencial de captura, com mais de 48% das oportunidades de captura de CO2. Apenas o estado de São Paulo possui um volume próximo a 40 milhões de toneladas de gás carbônico com potencial para CCS (20%).

Ao se considerar apenas o potencial para captura para a produção de bioenergia (BECCS), as regiões Sudeste e Centro-Oeste concentram as principais fontes de bioenergia, com 87% do volume total. Nesse sentido, o estado de São Paulo também lidera o potencial de capturar mais de 15 milhões de toneladas de CO2 por meio de BECCS. 60% desse valor é oriundo de plantas de etanol.

 

Potencial para armazenamento de carbono

Nathália Weber explica que o armazenamento geológico é a principal tecnologia de destinação do CO2 capturado para a implementação de projetos de CCS em larga escala, que ocorre por meio de processos que consistem em injeção e estocagem de CO2 de forma segura e permanente em formações geológicas adequadas. “O CO2 fica aprisionado nos poros ou fraturas das rochas em altas pressões em grandes profundidades e pode reagir com fluidos e minerais por mecanismos químicos e físicos de modo a aumentar a estabilidade do armazenamento sem retornar à atmosfera”, destaca a especialista.

Entre as áreas com características geológicas favoráveis se destacam as bacias sedimentares além de reservatórios depletados de óleo e gás e porções de aquíferos impróprios para qualquer tipo de consumo ou aproveitamento humano ou animal, chamados de aquíferos salinos. Segundo a cofundadora da CCS Brasil, outros contextos como basaltos, camadas de carvão não mineráveis e camadas de sal também podem ser utilizados.

O relatório destaca que entre as principais as áreas de interesse no Brasil estão as Bacias Sedimentares de Santos,Campos, Potiguar, Recôncavo, Amazonas-Solimões e Paraná. A Bacia de Parecis foi incluída nas áreas de interesse devido ao anúncio de projeto de CCS em estudo na região. Nathália, porém, ainda explica que são necessárias mais pesquisas e campanhas para a identificação de novas áreas com potencial de armazenamento de CO2 no país.

Outro ponto de importância ressaltado no relatório diz respeito à logística e ao transporte do CO2. “É preciso haver compatibilidade entre a fonte de emissão de CO2 e o local de armazenamento, principalmente quanto às opções de transporte de CO2 e as distâncias. Ao garantir esse equilíbrio, é possível maximizar a eficiência do projeto e otimizar os recursos utilizados”, enaltece. A especialista explica que entre as possibilidades de modais disponíveis estão gasodutos, caminhões, trens e navios, e a decisão de qual deles empregar deve considerar as características físicas e econômicas da região e conceito de cada projeto.

 

 

Isabela Morbach e Nathalia Weber - cofundadoras da CCS Brasil


Hospital Geral de Itapevi alerta para as doenças de Outono

A Infectologista Tassiana Galvão explica quais são as doenças mais comuns nesta época do ano em crianças e adultos e orienta sobre prevenção

 

As oscilações de temperatura e baixa umidade relativa do ar são típicas do clima de Outono e aumentam os riscos de doenças respiratórias. As chamadas “Doenças de Outono” são, principalmente, resfriados, gripes, crises de asma, bronquites, sinusites e pneumonias, além de outras crises alérgicas e conjuntivites. 

De acordo com a médica infectologista, Dra. Tassiana Galvão, do Hospital Geral de Itapevi, gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisa Dr. João Amorim (CEJAM) em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, as crianças e os idosos acabam sendo mais afetados por infecções respiratórias. “Os vírus transmitidos por gotículas respiratórias, capazes de contaminar ambientes, principalmente os locais que ficam fechados por muito tempo, acometem mais a população imunossuprimida (com baixa imunidade), idosos e crianças, que costumam ter resposta imunológica menos potente a esses vírus”, explica a médica. 

Tassiana alerta para os sinais e sintomas das doenças de Outono em crianças: “Os sinais de alerta que necessitam de atenção são respiração acelerada ou difícil; coloração azulada da pele; recusa para ingerir líquidos; sonolência intensa; dificuldade de acordar; irritação fora do usual; piora da febre, ou retorno de febre após período sem febre”, explica. 

Já em adultos, os sinais de alerta mais comuns são “dificuldade em respirar ou falta de ar; dor ou pressão no peito; tontura repentina; confusão mental; vômitos intensos ou persistentes”, orienta a médica. 

Alguns hábitos podem ajudar a cuidar da saúde nesta época do ano, como beber bastante água, ter tempo de sono adequado, fazer alimentação balanceada e praticar atividade física. Confira abaixo as dicas da infectologista do HGI, para prevenir as doenças típicas desta época do ano:  

  • Abra as janelas para garantir uma boa circulação do ar, deixe-o circular! Mantenha o ambiente arejado para evitar a disseminação de bactérias e vírus;
  • Evite aglomerações;
  • Reforce a higiene das mãos sempre que tocar em uma superfície. A higiene é sempre essencial, e se torna ainda mais importante neste período;
  • Ande com agasalho extra, utilize roupas adequadas quando houver necessidade de se expor ao ar livre em dias frios e esteja preparado para variações de temperaturas, pois o frio tende a ressecar as mucosas do nariz e da garganta, comprometendo nossas defesas e facilitando a instalação de vírus;
  • Evite fumar e beba bastante água. Assim você mantém as mucosas da boca e do nariz em boas condições durante essa época do ano.

 

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”


ROBÔ x EMPREGO: entenda a importância da transformação digital humanizada nas empresas

Freepik
Especialista da Unentel, fornecedora de soluções tecnológicas, afirma que reconhecer as individualidades dos funcionários em meio à inovação é o que moderniza uma empresa

Se todas as empresas do Brasil substituíssem humanos por tecnologias disponíveis, cerca de 30 milhões de vagas no formato CLT acabariam até 2026, estima um estudo do Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da Universidade de Brasília (UnB). Isso totaliza mais da metade dos empregos formais no país (54%). Porém, a ideia crescente de conciliar inovação tecnológica e funcionários pode e deve mudar este cenário.

Maurício Araújo, diretor de Operações e Alianças da Unentel, empresa fornecedora de soluções tecnológicas com foco no business-to-business (B2B), ressalta que falar sobre inovação tecnológica corporativa abrange vertentes para além de soluções fáceis e robotizadas. A discussão não é só sobre eficiência prática das máquinas, é também sobre as pessoas.

“O chamado Enterprise Resource Planning (ERP) é um sistema de gestão que se tornou a opção de muitas empresas brasileiras, já que a instalação de um software auxilia na automatização dos processos manuais. Porém, a conscientização dos colaboradores diante da solução e o trabalho em conjunto em torno dessa tecnologia é que impulsionam melhores resultados no final. As ferramentas não substituem a dedicação humana, tampouco a gestão do recurso humano”, afirma Araújo.

O Mapa do Ecossistema Brasileiro de Bots 2020, ano da pandemia que gerou um boom das inovações tecnológicas ao redor do mundo, já apontava um crescimento de 68% no número de robôs no país em um ano — foi de 60 mil para 101 mil. Os chamados chatbots, muito utilizados por empresas, conversam com 8 mil usuários únicos e trocam 92 mil mensagens por mês, segundo o estudo.

“Dados como este assustam os trabalhadores, que começam a ver suas funções sendo substituídas por tecnologias que desempenham o mesmo serviço. Mas essa é a brecha para que as empresas coloquem pessoas à frente do processo de transformação digital, enxergando a iniciativa como um investimento firme de longo prazo e potencializando o desenvolvimento de novas soluções”, afirma o executivo.

Entre as 5 profissões mais suscetíveis à automação, segundo a IDados e o ISE Business School (a pedido da BBC News Brasil), estão: operador de entrada de dados (digitador); profissionais de nível médio de direito e afins (assistente); agentes de seguros; operadores de máquinas para fabricar equipamentos fotográficos e vendedores por telefone.

Entretanto, o especialista reafirma que as suposições em torno de algumas áreas do mercado de trabalho não devem substituir completamente o papel humano nas atividades. “A modernização das empresas é inevitável, e seria preocupante se não fosse. Mas as companhias que entendem o fato de a transformação digital ser sobre pessoas, e não acontecer sem humanização, estão dez passos à frente daquelas que insistem em se privar das individualidades e expertises humanas nas rotinas corporativas”, conclui Araújo.


Pesquisa de Risco Cibernético aponta melhora do índice pela primeira vez

Apenas as Américas permanecem com risco elevado de ataques no estudo realizado pela Trend Micro em conjunto com o Instituto Ponemon

 

A Trend Micro, líder global em cibersegurança, anuncia, pela primeira vez, melhora dos níveis de risco cibernético de "elevado" para "moderado”, embora nas Américas a queda não tenha sido registrada da mesma maneira e as perspectivas das empresas sejam pessimistas para este ano.

"Pela primeira vez vimos o índice global de risco cibernético não apenas melhorar, mas passar para território positivo em +0,01. Isso significa que as organizações podem estar tomando medidas para melhorar sua situação cibernética. Ainda há muito a ser feito, pois os funcionários continuam sendo uma fonte de risco. O primeiro passo para gerenciar isso é obter visibilidade e controle completos e contínuos da superfície de ataque", ressalta Jon Clay, vice-presidente de Inteligência de Ameaças da Trend Micro.

Produzido em conjunto com o Instituto Ponemon, o relatório semestral do Índice de Risco Cibernético (CRI – Cyber Risk Index) ouviu, nessa sétima edição, 3.729 CISOs, profissionais de TI e gerentes nas regiões da América do Norte, Europa, América Latina/Sul e Ásia-Pacífico. O índice CRI é baseado em uma escala numérica de -10 a 10, com -10 representando o nível de risco mais alto.

Nesta última pesquisa, o CRI ficou em +0,01, alterando o nível de risco de elevado para moderado. Isso significa que, globalmente, a maioria das organizações sentiu-se mais preparada para enfrentar os riscos cibernéticos do que no primeiro semestre de 2022, quando o índice foi de -0,15. As regiões da Europa e da Ásia/Pacífico apresentaram nível de risco moderado, com +0,12 e +0,05, respectivamente. Já a América do Norte (-0,10) e a América Latina/Sul (-0,03) permaneceram com níveis de risco elevados, sendo que a América do Norte apresentou melhora do seu risco cibernético e a América Latina/Sul manteve-se estável.

O CRI revelou que 78% dos entrevistados acreditam que serão vítimas de ataques bem-sucedidos em 2023, sendo que a maioria acredita ser "um pouco a muito provável" sofrer uma violação de rede (69%) ou um vazamento de  dados de clientes (70%)."As quatro principais ameaças listadas pelos entrevistados no CRI do segundo semestre de 2022 permanecem as mesmas do relatório anterior:


•           Roubo de cliques
•           Comprometimento de e-mail comercial (BEC)
•           Ransomware
•           Ataques sem arquivos

Sendo que "botnets" substituiu "ataques de login" em quinto lugar.

Os entrevistados globais também apontaram os funcionários como três dos seus cinco principais riscos de infraestrutura:

•           Colaboradores negligentes
•           Infraestrutura e provedores de computação em nuvem
•           Funcionários móveis/remotos
•           Falta de pessoal qualificado
•           Ambientes de computação virtual (servidores, endpoints)

"À medida que a mudança para o trabalho híbrido ganha impulso, as organizações estão justamente preocupadas com o risco representado por funcionários negligentes e a infraestrutura utilizada para dar apoio ao trabalho remoto. É preciso se concentrar também em pessoas e processos e não apenas em soluções de tecnologia para ajudar a mitigar esses riscos", pontuou Larry Ponemon, presidente e fundador do Ponemon Institute.

Com base nos resultados da pesquisa global, as maiores áreas de preocupação para as empresas relacionadas à preparação cibernética são:

  • Pessoas: "A liderança sênior da minha organização não vê a segurança como uma vantagem competitiva."
  • Processos: "A área de segurança de TI da minha organização não tem a capacidade de desencadear contramedidas (como honeypots) para obter informações sobre o invasor."
  • Tecnologia: "A área de segurança de TI da minha organização não tem a capacidade de saber a localização física de ativos de dados e aplicativos críticos para os negócios."

Veja AQUI o resumo do relatório produzido pelo Instituto Ponemon.


Trend Micro
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quarta-feira, 17 de maio de 2023

Prevenção da hipertensão: nutrólogo e educador físico dão dicas


O dia 17 de maio é considerado o Dia Mundial da Hipertensão, que busca trazer informação e foco para essa doença que vem crescendo exponencialmente nos últimos anos. A alimentação e a prática de atividade física são pontos importantes na prevenção e cuidado. 

De acordo com Thomáz Baêsso, médico cirurgião, pós-graduado em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), com atuação em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual, a alimentação tem relação com o desenvolvimento da hipertensão a partir do momento que a rotina com alimentos açucarados, industrializados, ricos em gorduras trans importantes no ganho de peso e inflamação corporal se torna frequente - sendo esses últimos responsáveis diretos pela gênese da hipertensão arterial, a relação entre alimentação e a Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) fica fácil de entender. 

Os principais nutrientes que podem ajudar na prevenção, segundo Thomáz, são aqueles com fontes de ômega 3 como nozes, sardinha e atum que têm efeito positivo sobre o sistema cardiovascular. Além disso a correta ingestão de vegetais e fibras como as beta glicação presentes na aveia, sementes ricas em magnésio e antioxidantes são de grande valor na prevenção de lesão endotelial e outros problemas de coração, artérias e veias. 


Deve-se evitar:  

 

·         Ultraprocessados, como batatas de lata e salgadinhos;

·         Refinaria em excesso, como farinha de trigo, bolos, tortas e semelhantes;

·         Bebidas açucaradas, como refrigerantes, sucos de caixinha ou coados e refrescos;

·         Realçadores de sabor, como os sachês e cubos utilizados como tempero no Brasil;

·         Defumados e embutidos em excesso, como salsichas, mortadelas e afins.

·         Pensando em um indivíduo de 70-80 kgs o consumo de sal de mesa deve-se manter com o limite de 5 gramas / dia (algo em torno de 2000mg de sódio)

 

Optar por incluir:

 

·         Oleaginosas como castanhas-do-pará, nozes, amêndoas;

·         Fontes de boas gorduras como linhaça, chia e peixes;

·         Frutas e outras fontes de fibras como a aveia.

 

O que é a dieta DASH e como ela pode ajudar na prevenção da hipertensão?

 

O nutróloo aponta que a “Dietary Approaches to Stop Hypertension” (DASH), é uma abordagem dietética para se usar em longo prazo, para a vida e consiste no aumento do consumo de alimentos fontes de magnésio, potássio, fibras e oleaginosas, diminuição de carboidrato refinado e sódio. Tem efeitos tanto em prevenção como no indivíduo já portador de hipertensão arterial.

 

Sinais de alerta para prevenção e controle:

O médico finaliza ao comentar alguns pontos de atenção especial, que deve ser dada para níveis de vitaminas do complexo B, coenzima q10 deve ser avaliada sua suplementação em todos os pacientes que utilizam estatinas (sinvastatina, atorvastatina, rosuvastatina e similares) e também na população em risco para hipertensão.

 

Antioxidantes potentes como resveratrol, que é presente na uva, porém tem sua forma mais potente por meio da suplementação do transresveratrol.

Suplementação de curcumina e peperina, que são extraídas da curcuma (açafrão da terra) e da pimenta preta respectivamente, são potentes anti-inflamatórios e antioxidantes, além de terem o poder de melhorar o perfil de colesterol.

 

O papel da atividade física:

Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante), personal trainer fundador da Neuro Performance EMS e criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades, diz que a atividade física torna o sistema cardiovascular mais eficiente, fornecendo um volume maior de sangue, com menos batimentos cardíacos, e esse ganho reduz o risco de hipertensão arterial.

“Os exercícios considerados aeróbios, são os mais eficientes na saúde do coração. Exercícios como corrida, pular corda, boxe, natação, são exemplos de exercícios mais eficientes que o treinamento de força”, argumenta.

Uma das diretrizes amplamente adotadas em todo o mundo, do American College of Sports Medicine (ACSM), orienta que adultos realizem 30 minutos ou mais de atividade física com intensidade moderada pelo menos 5 dias por semana, ou 20 minutos de atividade física de intensidade vigorosa pelo menos 3 dias por semana.

 

A intensidade é bem individualizada, e com o tempo o corpo se adapta aos estímulos, podendo sempre aumentar a intensidade para que o exercício seja eficiente na prevenção da hipertensão. 

 

Lincoln observa que um dos principais cuidados a serem tomados é primeiramente saber se o praticante está medicado. Se não estiver medicado, aferir a pressão arterial do aluno a cada 15 minutos, e perceber sintomas como dor de cabeça, dor na nuca ou tontura. “Um hipertenso medicado tem as mesmas capacidades que uma pessoa sem hipertensão. A intensidade é que deve ser respeitada de acordo com o nível do aluno”.

 

Benefícios:

A atividade física contribui para redução do colesterol ruim, conhecido como LDL (lipoproteína de baixa intensidade). Essas lipoproteínas de baixa intensidade (LDL) causam pressão nos vasos sanguíneos. Um outro fator que a atividade física contribui na prevenção da hipertensão, é a produção natural do óxido nítrico (NO2) que faz a função do vasodilatador. 

Algumas atividades podem ser realizadas em casa, como pular corda, polichinelos, corrida, e até aulas oferecidas online, são ótimas opções.

A atividade física e a boa alimentação é fundamental para evitar a hipertensão arterial, porém existem casos genéticos que mesmo com bons hábitos, se pode obter a patologia. 



Thomáz Baêsso - médico cirurgião, pós-graduado em nutrologia do Instituto Nutrindo Ideais (@nutrindoideais), com atuação em emagrecimento, hipertrofia e saúde sexual. CRM-SP 235249 e CRM-RJ 1125958

Lincoln Cavalcante (@lincolncavalcante) - personal trainer fundador da Neuro Performance EMS e criador do método TOP10Rounds, conhecido por treinar celebridades - CREF: 18863 G RJ


ALLURE PRESSES
@allurepresses


Mês Mundial do Câncer de Ovário: sintomas pouco expressivos prejudicam o diagnóstico precoce

Especialistas da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, falam sobre os principais exames e tratamentos para o câncer de ovário

 

O câncer de ovário é um dos tumores malignos mais delicados e de difícil diagnóstico. Isso eleva consideravelmente a sua taxa de mortalidade, já que a possibilidade de a identificação ser em estágio avançado é grande. Dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca) mostram que o carcinoma de ovário ocupa o segundo lugar entre os tumores ginecológicos mais comuns e, apenas em 2022, estimou-se o surgimento de mais de 6,5 mil novos casos no Brasil.  A causa ainda é pouco conhecida, mas existem fatores de risco que podem influenciar, como idade (ele é mais frequente à medida que os anos passam); não ter tido filhos; histórico familiar de câncer de ovário e endometriose.

Para aumentar a conscientização sobre o tema, o Mês Mundial do Câncer de Ovário incentiva a troca de experiências e informações sobre os principais sintomas, tratamentos e formas de prevenção.


Principais sintomas e diagnóstico

De acordo com o dr. Luiz Henrique Araújo, diretor regional da Dasa Oncologia e oncologista do Hospital São Lucas Copacabana, que faz parte da Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, o câncer de ovário apresenta poucos sintomas expressivos em sua fase inicial. Já no estágio avançado, a paciente pode sentir desconforto, inchaço ou dor na região abdominal; sensação de barriga muito cheia mesmo depois de refeições leves; dor durante o ato sexual; sangramento vaginal anormal; vontade frequente de urinar; prisão de ventre; perda de apetite ou dificuldade para comer e perda ou ganho de peso sem motivo.

“Caso a paciente sinta um ou mais desses sintomas, é indicado que ela busque a orientação do seu ginecologista de confiança, que fará exames para avaliar sua saúde e, se necessário, a encaminhará para uma consulta com um oncologista”, explica o médico.

Raio X do tórax, tomografia computadorizada, ressonância magnética, exames hematológicos e avaliação da função renal e hepática podem ajudar no diagnóstico do tumor, além de exames mais específicos, como ultrassonografia pélvica.


Prevenção do câncer de ovário: cuidados no dia a dia e visitas ao ginecologista

Existem diversos tipos de tratamento para combater o câncer de ovário e a sua definição dependerá de fatores como o estágio do tumor e a saúde geral da paciente. Segundo o dr. Victor Araújo, oncologista do Complexo Hospitalar de Niterói (CHN), também pertencente a Dasa, a abordagem normalmente inclui a realização de sessões de quimioterapia associadas à cirurgia para a retirada do tumor.

“As terapias-alvo direcionadas para pacientes com mutações genéticas de predisposição ao câncer de ovário, como o BRCA1 e BRCA2, podem ser uma alternativa de tratamento, já que os medicamentos envolvidos são escolhidos especialmente para atuar nesses genes”, afirma o especialista.

Quando o assunto é prevenção, o médico aconselha que as visitas ao ginecologista devem ser realizadas desde a primeira menstruação e mantidas de forma periódica, principalmente quando qualquer alteração na saúde íntima for percebida – como mudanças no fluxo menstrual ou dores na região da pelve ou relacionadas com o ato sexual. O uso de pílulas anticoncepcionais também está associado à redução da chance de desenvolver câncer de ovário. A partir dos 40 anos, esse acompanhamento médico é ainda mais importante, já que mulheres com fatores de risco para o câncer de ovário podem começar a demonstrar sintomas nesse período.

“Manter bons hábitos ao longo da vida também é essencial para preservar o organismo e reduzir as chances de desenvolvimento de diversos tipos de câncer, incluindo de ovário. Por isso, opte por uma alimentação balanceada; mantenha-se ativa com exercícios, aulas de dança ou prática de esportes e controle o peso e o nível de gordura corporal”, orienta o dr. Victor.


Fertilidade e cirurgia preventiva no aparelho reprodutor

A possibilidade de ser mãe depois do diagnóstico de um câncer de ovário costuma ser uma das dúvidas das pacientes, e a resposta dependerá do tipo de tratamento escolhido para combater a doença. “Caso a paciente não tenha feito a retirada dos ovários e tratado o quadro com medicamentos e sessões de quimioterapia, é possível que exista a possibilidade de gravidez, mas cada caso dependerá da avaliação de um médico especialista. Porém, se os ovários tiverem sido removidos como parte do tratamento, a gravidez dificilmente vai ocorrer”, diz o dr. Luiz Henrique.

No caso de mulheres com mutações genéticas que podem aumentar as chances de ter câncer de ovário, uma opção de medida preventiva que pode ser conversada com o médico de confiança é a retirada dos ovários e das trompas de falópio – estrutura que conecta os ovários e o útero. Porém, essa decisão deve ser muito bem pensada pela paciente, principalmente quando ainda há o desejo pela maternidade.

 

25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide: alguns mitos e verdades sobre a glândula


Os médicos da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo - SBEM-SP esclarecem abaixo mitos e verdades sobre a tireoide:

 

O hipotireoidismo é muito comum. VERDADEIRO: o hipotireoidismo é uma doença comum que afeta 8% a 12% dos brasileiros, principalmente mulheres e indivíduos mais idosos.

 

Crianças não têm doença da tireoide. FALSO: crianças podem ter uma doença da tireoide, que pode levá-las a parar de crescer e a ter baixo rendimento escolar. A forma mais grave de hipotireoidismo é a congênita, que ocorre no recém-nascido. Se não diagnosticado e não tratado, pode causar retardo mental irreversível.

 

Doenças da tireoide afetam a gravidez. VERDADEIRO: tanto o hipertireoidismo quanto o hipotireoidismo podem afetar a fertilidade e, se não tratados adequadamente, podem se associar a complicações da gestação e a problemas para o feto.

 

A obesidade pode ser causada pelo hipotireoidismo. FALSO: o hipotireoidismo não tratado associa-se apenas a um ganho leve de peso, em geral, por retenção de líquidos.

 

Tomar hormônio da tireoide ajuda a emagrecer. FALSO: o hipertireoidismo realmente emagrece, mas à custa de massa magra, com diminuição de força muscular. Usar T4 ou, pior ainda, T3 pode causar arritmias, hipertensão, diarreia e outras manifestações muito graves, ou até fatais.

 

Posso saber se tenho problema na tireoide fazendo um exame de sangue. VERDADEIRO: os exames para diagnóstico de alteração da função tireoidiana são as dosagens do TSH e da T4 livre. O médico pode ainda solicitar outros exames, se necessário.

 

O ultrassom de tireoide é importante para a detecção do nódulo e para que o médico possa operar logo. FALSO: nódulos de tireoide são muito frequentes no ultrassom, por isso ele só deve ser solicitado quando o médico suspeita de algo. A maior parte dos nódulos é benigna, não se caracteriza como câncer e não necessita de cirurgia.

 

O iodo faz bem para a tireoide. FALSO: o iodo da alimentação, geralmente, é suficiente para produção dos hormônios tireoidianos em qualquer faixa etária. Em excesso, o iodo pode produzir sérios danos, inclusive piorar ou causar hipo ou hipertireoidismo.

 

O cansaço pode ser causado por hipotireoidismo. VERDADEIRO: os principais sintomas do hipotireoidismo são sonolência excessiva, cansaço e falta de disposição, lentidão e dificuldade para exercer as tarefas e funções habituais, esquecimento fácil, tristeza, intestino preso, ressecamento da pele e dos cabelos, unhas fracas e ganho de peso inexplicável. Mas esses sintomas podem aparecer em muitas outras doenças.

 

A T3 (tri-iodotironina) é útil no tratamento de estresse, cansaço ou desânimo. FALSO: não há indicação de uso de T3 nessas situações. Ela pode causar riscos à sua saúde.

 

A T3 (tri-iodotironina) pode ser formulada com segurança. FALSO: a maioria das farmácias de manipulação não atinge alta precisão ao formular o hormônio em microgramas. Os hormônios formulados não estão sujeitos aos mesmos controles de qualidade dos medicamentos industrializados nem ao monitoramento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Deve-se tomar iodo durante a gestação. FALSO: a indicação de suplementação deve ser individualmente avaliada, levando em conta alimentação e outros fatores. Alguns dos suplementos vitamínicos oferecidos às gestantes contêm pequenas quantidades de iodo.

 


SBEM-SP - Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo
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Considerada doença crônica, lipedema acomete mais de 10% das mulheres


Doença crônica do tecido adiposo, pode estar associada a comprometimento vascular; em mais de 60% dos casos pode estar relacionada a mutações genéticas. O lipedema atinge mais de 10% das mulheres e tem como principais características o acúmulo de gordura nos braços, coxas e pernas. Além da gordura, é comum surgir equimose (roxinhos) nas áreas afetadas, sensibilidade e dor ao toque, sensação de peso e cansaço nas pernas, fadiga e pode até comprometer a mobilidade.

 

O lipedema não tem cura, mas é possível tratar e ter qualidade de vida, porém é uma doença frequentemente confundida com obesidade, que pode ocorrer simultaneamente, e até agravar o quadro, porém nem sempre estão associadas.

 

Quando não diagnosticada e tratado, o lipedema pode afetar a saúde mental e até levar à depressão. “Como muitas vezes essas mulheres recebem inicialmente apenas o diagnóstico de obesidade, embora cheguem a perder peso, continuam com a desproporção no corpo e sofrem física e emocionalmente. Por isso, essas pacientes precisam de acolhimento”, comenta Dr. Fernando Amato, cirurgião plástico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e que atua com uma equipe multidisciplinar no tratamento do lipedema.

 

Diagnóstico - O diagnóstico de lipedema é clínico, e depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e exame físico. Exames complementares como ultrassom e ressonância magnética podem complementar o exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.


Cirurgia é a última opção – Segundo Dr. Amato, o tratamento cirúrgico deve ser a última opção, mas, muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. “Somente depois de tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora, mesmo que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do lipedema”, comenta Dr. Fernando Amato que alerta ainda para a questão da segurança: “É preciso respeitar os limites de gordura a serem retirados durante a cirurgia, que devem ser entre 5% a 7% do peso corporal do paciente”, detalha o especialista. 


Para os casos de lipedema, Dr. Fernando trabalha com uma equipe formada por médico vascular e endocrinologista. O tratamento endócrino envolve investigação com exames hormonais, mudança e melhora do estilo de vida, principalmente com o equilíbrio da alimentação e prática de atividade física, sendo nesses casos mais indicados exercícios aquáticos, como natação e hidroginástica.

 

 

Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
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Médico ortopedista fala sobre riscos e benefícios dos esportes de fim de semana

Do beach tênis ao futebol com os amigos, os riscos de lesões são maiores quando a prática esportiva é realizada esporadicamente 



Com a correria do dia a dia e a rotina cada vez mais apertada, o esporte muitas vezes acaba reduzido a uma partida de beach tênis no sábado, ou um futebol com os amigos no domingo. O beach tênis, aliás, já há alguns anos foi eleito o preferido entre as práticas de fim de semana, reunindo públicos de todas as idades. Especialistas alertam, no entanto, que toda prática de atividade física deve ser realizada com atenção, especialmente quando de maneira esporádica e sem acompanhamento profissional.

No caso do beach tênis, por exemplo, que é uma mistura do tênis tradicional, vôlei de praia e badminton, em quadra de areia, embora possa parecer uma atividade inofensiva, a prática pode ter consequências sérias para a saúde, causando lesões especialmente nos tornozelos e joelhos.

De acordo com o médico ortopedista Dr. Antonio Masseo de Castro, no caso do beach tênis, a superfície irregular da areia aumenta o risco de lesões articulares. "A prática do esporte exige movimentos muito bruscos e intensos, e muitas vezes o pé fica preso na areia, o que pode causar sobrecarga e desgaste nas articulações e aumentar o risco de entorses e lesões musculares", explica.

Para evitar esses riscos, é recomendada uma avaliação prévia para a prática do esporte, além do trabalho de fortalecimento por meio da musculação. Imediatamente antes da prática do beach tênis, deve-se investir em exercícios de aquecimento.

Para os praticantes de beach tênis, a prevenção de lesões e a manutenção da saúde dos ossos devem ser prioridades. Para qualquer desconforto ou dor durante a prática, é indicado interromper a atividade e procurar um médico imediatamente.

O beach tênis pode ser uma opção divertida e saudável para quem busca uma atividade física, mas é importante estar ciente dos riscos e dos cuidados necessários para evitar problemas.

O mesmo acontece com as demais modalidades. Seja o futebol, a corrida, escalada, vôlei ou qualquer outra atividade que se queira realizar aos finais de semana, incluir na rotina exercícios de fortalecimento da musculatura que será utilizada é uma excelente maneira de prevenir lesões, além de melhorar a performance.

“O exercício funcional é desenvolvido de acordo com a necessidade individual. O ideal é que o exercício esteja associado à prática que vem sendo realizada e isso serve, inclusive, para alguém que queira apenas realizar as suas atividades cotidianas, como ir à feira no domingo, agachar para pegar algo no forno, enfim, as simples tarefas do dia a dia”, explica o Dr. Antonio.

Com as medidas de segurança adequadas, é possível desfrutar dos benefícios do esporte sem comprometer a saúde. A prevenção é a melhor forma de evitar problemas de saúde. Manter a saúde dos ossos é essencial para a qualidade de vida, longevidade e manutenção do movimento do corpo.




Dr. Antonio Masseo de Castro - Médico ortopedista e traumatologista, especialista em cirurgia do joelho pela Escola Paulista de Medicina, é coordenador da Casa Muoversi. Membro Sócio Efetivo Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho, SBCJ, da ISAKOS International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Sports Medicine, da SLARD Sociedade Latinoamericana de Artroscopia, Rodilla y Deporto e da AAOS American Academy of Orthopaedic Surgeons, foi médico do esporte no Esporte Clube Pinheiros (1985 a 1988), das equipes de voleibol feminino Transbrasil, Sadia e Seleção Brasileira (1986 a 1990), plantonista de pronto-socorro no Hospital Albert Einstein (1992 e 2004), coordenador do pronto-socorro de Ortopedia e membro do Comitê Gestor do Pronto-Socorro Geral no Hospital Albert Einstein (1998 e 2004), médico ortopedista do time profissional do São Paulo Futebol Clube (1995 a 2000), médico do esporte e coordenador do Módulo de Ortopedia do Curso de Medicina Esportiva no Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte da Escola Paulista de Medicina (1995 a 2011).


Dia Mundial da Neurofibromatose: diagnóstico dessa doença rara pode demorar em média 8 anos

Paciente passou por mais de 40 médicos até detecção correta

 

Entre as estimadas 6 a 8 mil tipos de doenças raras, a neurofibromatose é uma condição genética sem cura que, normalmente, afeta a pele e o sistema neurológico[1]. Dentre os três tipos dessa doença, a NF1 é a mais comum e acomete 1 em cada 3 a 4 mil pessoas no mundo[2]. O Dia Mundial da Neurofibromatose, que acontece em 17 de maio, busca conscientizar a população sobre a doença e dar visibilidade para a jornada desses pacientes, que é desafiadora desde a detecção da condição e demora em média 8 anos até ser diagnosticada corretamente[3],2,[4]. 

Erediana Bianca Alves Duarte, mãe do Leonardo Alves Duarte, de 8 anos, conta que no início da primeira infância de seu filho, chegou a passar por mais de 40 médicos e três diagnósticos diferentes até a descoberta da NF1: “Nunca tinha ouvido falar e não tinha ninguém na minha família com a patologia. O Leo nasceu com dificuldade respiratória e uma deformidade no braço – um dos sinais característicos da neurofibromatose – a displasia óssea. Outro sinal clássico da doença eram muitas manchas café com leite. Se há 8 anos eu abrisse a internet e encontrasse informações, a nossa jornada teria sido muito diferente. Hoje, conheço mais de 1000 pessoas com neurofibromatose e cada uma tem sintomas diferentes, que traz a necessidade de uma assistência individualizada: conheço casos de pessoas que têm tumores maiores do que o Leo e nunca passaram por nenhuma cirurgia. O Leo já passou por 28 cirurgias.”. A condição é frequentemente herdada de um dos pais, mas em 30 a 50% dos casos, há uma mutação espontânea do gene NF13,[5], que é o caso do Leonardo. 

Os primeiros sintomas da doença geralmente aparecem na infância, como as manchas café com leite. A médica Viviane Sonáglio, oncopediatra que diagnosticou Leonardo com NF1, conta que “a detecção da neurofibromatose tipo 1 é feita por meio de avaliação clínica e teste genético. A identificação da presença de alguns sinais contribui para o diagnóstico correto, como: as manchas café com leite, as sardas inguinais e axilares, as pequenas manchas na íris dos olhos, chamadas de nódulos de Lisch e os neurofibromas plexiformes, que podem dar origem a tumores de grandes proporções responsáveis por dor e comprometimento funcional. Quanto mais cedo a realização do diagnóstico, mais precoce a abordagem, melhor a compreensão da síndrome e do controle dos sintomas secundários, como a presença dos neurofibromas, que podem gerar complicações para o paciente.” 

Esses tumores benignos, chamados neurofibromas plexiformes (NPs), crescem desordenadamente em qualquer parte do sistema nervoso, como cérebro, medula espinhal e nervos2,[6],[7] e podem trazer complicações e sintomas como dor, dificuldade respiratória, dificuldade de locomoção, na digestão e no sistema urinário6,[8],[9], por provocarem pressão sobre diferentes órgãos. O tratamento para a condição deve ser avaliado pelo médico que pode envolver manejo dos sintomas e da dor, cirurgia, radioterapia e/ou medicamento que inibam o crescimento dos neurofibromas. 

“Datas como o Dia Mundial da Neurofibromatose promovem conscientização para a população sobre as doenças raras. Transformar a vida das pessoas afetadas por condições como a NF1 é um de nossos propósitos na AstraZeneca. Ao compreender as necessidades únicas desses pacientes, que devem ser tratados de maneira multidisciplinar, é possível pesquisar e desenvolver novas soluções para, consequentemente, melhorar a qualidade de vida dessas pessoas e famílias”, declara dra. Marina Belhaus, diretora médica da AstraZeneca Brasil. 

A depender dos sintomas, outras especialidades além da pediatria podem realizar o diagnóstico da neurofibromatose, como a dermatologia ou neurologia. O Dia Mundial da Neurofibromatose proporciona visibilidade para a importância da antecipação diagnóstica da condição, da visibilidade dos desafios da jornada do paciente e de novas possibilidades de tratamento.

 

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[1] Sociedade Brasileira de Dermatologia. Neurofibromatose. Disponível em: https://www.sbd.org.br/doencas/neurofibromatose/. Acesso em: Maio de 2023.
[2] Boston Children’s Hospital. Neurofibromatosis Symptoms & Causes. Disponível em: https://www.childrenshospital.org/conditions/neurofibromatosis Acesso em: Maio de 2023.
[3] NIH National Institute of Neurological Disorders and Stroke. Neurofi bromatosis Fact Sheet. Disponível em: https://www.ninds.nih.gov/Disorders/Patient-Caregiver-Education/
Fact-Sheets/Neurofibromatosis-Fact-Sheet. Acesso em: Maio de 2023.
[4] Johnson KJ, et al. Development of an international internet-based neurofi bromatosis Type 1 patient registry. Contemp Clin Trials. 2013;34(2):305-11.
[5] NHS Choices. Neurofibromatosis Type 1. Disponível em: https://www.nhs.uk/conditions/neurofibromatosis-type-1/.Acesso em: Maio de 2023.
[6] Mayo Clinic. Neurofibromatosis. Disponível em: https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/neurofibromatosis/symptoms-causes/syc-20350490. Acesso em: Maio de 2023.
[7] Jett K. et al. Clinical and genetic aspects of neurofibromatosis 1. Genet Med. 2010;12(1):1-11.
[8] Wolters P. Prospective Patient-Reported Outcomes (PROs) Document Clinical Benefi t in Children with Neurofi bromatosis Type 1 (NF1) and Inoperable Plexiform Neurofibromas (PNs) on SPRINT: a Phase II Trial of the MEK 1/2 Inhibitor Selumetinib (AZD6244, ARRY-142866). Presented at the 2018 Joint Global Neurofi bromatosis Conference, Paris. Presented Saturday 3 November 2018.
[9] Wolf D, et al. Frequency of Gastrointestinal Problems in Neurofi bromatosis Type 1: The Johns Hopkins Experience (P07.105). Neurology. 2012;78(1):7-105.


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