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quinta-feira, 6 de abril de 2023

Comer muito rápido faz mal à saúde da criança? Fonoaudióloga responde algumas perguntas e explica os riscos


 

Especialista explica os riscos da criança comer rápido demais
FreePik

Hábito deve ser observado pelos pais e acompanhado por especialistas de diferentes áreas

 

Você conhece alguma criança que come rápido demais ou não aceita muito bem os alimentos na hora de comer? Apesar de parecer serem problemas diferentes, eles podem ter a mesma causa: dificuldade de mastigação. Para falar sobre este tema tão importante e explicar direitinho as consequências desse hábito, a fonoaudióloga Carla Deliberato responde várias dúvidas que as famílias com crianças pequenas têm diante deste assunto.  

Consumir qualquer alimento sem a mastigação adequada pode fazer com que a criança desenvolva diversos problemas de saúde. É o que alerta a fonoaudióloga Carla Deliberato: "Comer rápido demais pode trazer algumas consequências no sentido da criança se engasgar e poder vir a óbito, porque dependendo com o que ela se engasga são minutos para conseguir desengasgar. Outra consequência é que ela pode desenvolver problemas digestivos, quando a gente se alimenta de maneira muito rápida o bolo alimentar não é preparado adequadamente, então ele chega no estômago de uma maneira que não é o ideal, tornando a criança suscetível a outras questões digestivas.“

Existem estudos que apontam que comer rápido faz mal e pode causar a síndrome metabólica. De acordo com dados divulgados pela Fiocruz em março de 2022, após um encontro com as especialistas do IFF/Fiocruz, a síndrome metabólica na infância e na adolescência teve aumento na sua prevalência devido ao aumento da obesidade nessa faixa etária, o que aumenta também, os riscos de Doenças Cardiovasculares e Diabetes na vida adulta.

É preciso lembrar que a Síndrome Metabólica não é uma doença e sim um conjunto de fatores de risco metabólicos individuais. E uma das principais causas é a dieta inadequada. Existem pesquisas que apontam que as chances de desenvolver a síndrome metabólica são de 11,6% para aqueles que comem em ritmo mais acelerado. Além disso, o fato de comer rápido também pode estar associado ao aumento de peso, causando a obesidade infantil.

Por isso, é importante ter atenção aos hábitos alimentares das nossas crianças, e se atentar ao ritmo em que elas comem suas refeições. Implementar uma rotina alimentar saudável na sua casa, e monitorar a velocidade da mastigação são imprescindíveis. Carla explica que o hábito de comer rápido pode estar relacionado às questões emocionais ou até o convívio com os pais “se partirmos do pressuposto que a alimentação faz parte de um ato aprendido, se eu aprendo que eu tenho que comer vendo televisão, e comer depressa, se eu não reservo um tempo adequado para fazer minha refeição, eu vou achar como criança, que aquilo é o normal e vou seguir um padrão que me foi apresentado. Então, tudo que se relaciona ao hábito alimentar de uma família diante das refeições vai interferir diretamente no envolvimento da criança com a comida.”

Outro problema de uma alimentação inadequada é quando a criança se alimenta rápido, ela não interage com o alimento e acaba não aproveitando as características que ele proporciona na boca. Segundo a especialista, ela praticamente não sente e apenas engole. Isso não estimula o paladar infantil. 

A criança que come rápido demais tende a não mastigar como deveria, ela amassa o alimento, não processado corretamente para conseguir engolir, o que pode levar a um engasgo. Os riscos são ainda maiores para uma aspiração, se ela estiver comendo rápido demais, muito afoita, brincando ou até mesmo distraída. Carla também aponta que uma das causas dessa “pressa para comer” é “às vezes a criança quer engolir rápido para não ter o desprazer com um sabor não agradável." Mas, atenção aos papais e tutores, o certo é desfrutar do sabor do alimento e do prazer que ele proporciona, além claro do valor nutricional. Esse processo não pode ser rápido demais para que seja possível abstrair essas informações.” 

A fonoaudióloga Carla revela que  uma queixa comum entre os pais é que a criança “põe na boca o alimento e ele desaparece, ela engole de uma vez. Isso acontece porque ela não processa nada e engole o alimento inteiro. Neste caso, a criança está demonstrando que pode não saber mastigar ou que está fazendo isso minimamente.”

“Outras famílias falam que a criança não consegue evoluir na textura, só come alimentos moles, como um purê e aí quando dá um alimento mais sólido não consegue comer. Mas porque? porquê não mastiga”.  

Mas, então o que deve se observar neste processo de alimentação? Carla dá algumas dicas importantes “no processo de mastigação a criança tem que pegar o alimento, morder com os dentes da frente , lateralizar o alimento com a língua, que deve ir para um lado e para outro na boca em movimentos mastigatórios chamados movimentos de rotação. Quando a criança faz o movimento parecendo com um “coelhinho”, são movimentos verticalizados e isso pode ser um indício de que ela não está mastigando de maneira efetiva, ou quando a criança faz um bico muito grande e até parece que está mastigando, mas na verdade está só amassando o alimento com as gengivas ou contra o céu da boca e ,como ela não mastiga , ela faz esse esforço compensatório com os lábios.”

É preciso prestar atenção em alguns sinais, como no processo de mastigação a criança tem que conseguir quebrar uma torrada, ou uma bolacha com o uso dos dentes da frente e levar o alimento para a lateral da boca. “Crianças que não conseguem comer alimentos inteiros, só aceitam se estiverem cortadinhos pequeninos, isso pode estar ligado a uma questão de mastigação e isso precisa ser trabalhado. Quando não conseguem comer carnes muito fibrosas, que sejam grelhadas ao invés de cozidas, não conseguem comer essa textura mais difícil, isso é um ponto de atenção” informa a fono Carla Deliberato, que conclui falando sobre a importância de procurar ajuda profissional especializada “é muito importante o fonoaudiólogo considerar que a criança não é uma boca isolada, ela come alimentos e eles tem que estar relacionados com prazer, com desejo de querer comer e não alimentos que são oferecidos de maneira forçada. Então isso tem que relacionar a situação do ambiente, a situação do desejo em querer comer, o prazer, com a habilidade motora oral relacionada especificamente com a mastigação.” 

   

Carla Deliberato - fonoaudióloga formada pela PUC-SP desde 2003, com vasta experiência em atendimento clínico, hospitalar e domiciliar de pacientes com dificuldades alimentares (disfagia, recusa alimentar e seletividade alimentar), sequelas neurológicas e oncológicas do câncer de cabeça e pescoço, síndromes, além de atuação em comunicação alternativa e voz. Tem passagem pelo Instituto do Desenvolvimento Infantil, Clínica Sainte Marie, Hospital Israelita Albert Einstein, Associação de Valorização e Promoção do Excepcional (AVAPE), Associação para Deficientes da Áudio-Visão (ADefAV), Unidade de Vivência e Terapia (UVT), entre outras instituições. Passou a entender e atuar com recusa e seletividade alimentar por conta da maternidade, quando descobriu que a segunda filha, a Isabela, tinha resistência aos alimentos, além de sofrer com náuseas recorrentes durante o processo de introdução alimentar.


Dia Mundial da Saúde (7 de abril): como cuidar da saúde das pernas?

Exercícios físicos, meias de compressão graduada e hábitos saudáveis auxiliam na prevenção de problemas circulatórios

 

Celebrado em 7 de abril, o Dia Mundial da Saúde foi criado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) com o objetivo conscientizar a população sobre diversas doenças, além de incentivar políticas públicas voltadas para a saúde e bem-estar das pessoas. Nesta data, também são realizadas diversas ações para orientar a população sobre o tema. 

Um aspecto importante que nem sempre recebe a atenção devida é a saúde das pernas. Porém, com cuidados simples na nossa rotina, podemos prevenir diversos problemas circulatórios que, em muitos casos, podem ter consequências mais graves, causando dores, varizes e até tromboses. 

Confira algumas dicas para você manter a saúde das pernas:

 

·         Pratique exercícios físicos: a atividade física auxilia na circulação sanguínea, reduz o inchaço e fortalece a panturrilha, membro responsável por levar o sangue até o pulmão e coração. Caminhadas pelo quarteirão ou exercícios com o peso do corpo, em casa, já são ótimos para evitar as varizes e outras enfermidades, além de ajudar na disposição.  

 

·         Use meias de compressão: diferente do que se pensa, as meias de compressão não servem apenas para serem usadas após as cirurgias ou em tratamentos específicos. O acessório pode ser usado para ajudar na prevenção e contribuir para manter a saúde das pernas, promovendo conforto e bem-estar. A SIGVARIS GROUP, empresa global com soluções inovadoras e de alta qualidade em terapia de compressão médicapossui um amplo portfólio de meias e canelitos de compressão graduada que auxiliam no direcionamento correto do fluxo venoso e linfático, proporcionando a melhora na circulação, além de promover conforto e bem-estar.

 

·         Hidrate-se: beber água ajuda a diminuir a retenção líquida no organismo, pois auxilia os rins a eliminar o sódio em excesso, facilita a circulação e é fundamental para manter o bom funcionamento do corpo.

 

·         Movimente-se: quando ficamos muito tempo com o corpo parado, seja sentado ou em pé, a circulação sanguínea fica prejudicada. Por isso, ao longo do dia, levante e mexa seu corpo, mesmo que em um pequeno espaço. 

 

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Abril Marrom: 80% das causas de deficiência visual podem ser prevenidas ou tratadas, segundo a OMS

Especialista alerta para os cuidados com a saúde ocular 

 

O "Abril Marrom" é uma campanha de conscientização sobre a prevenção e tratamento de doenças relacionadas à visão, como a cegueira e outras condições oftalmológicas. Essa iniciativa ocorre todos os anos durante o mês de abril e tem o objetivo de alertar as pessoas sobre a importância dos cuidados com a saúde ocular. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o número de brasileiros com deficiência visual é de cerca de 6,5 milhões. 

A campanha busca conscientizar a população sobre os riscos de diversas doenças que podem afetar a visão, como glaucoma, catarata, retinopatia diabética, degeneração macular relacionada à idade, entre outras. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 80% das causas de deficiência visual podem ser prevenidas ou tratadas.  

Segundo o oftalmologista Fernando Cresta, do CBV-Hospital de Olhos, o “Abril Marrom” também busca incentivar a realização de exames oftalmológicos regulares, especialmente entre os grupos de risco, como idosos, diabéticos e pessoas com histórico familiar de doenças oculares. “A iniciativa promove a conscientização sobre a importância de hábitos saudáveis, como evitar o tabagismo, ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos regularmente, para a prevenção de doenças relacionadas à visão”, explica o especialista.  

O oftalmologista ressalta que a iniciativa é importante para conscientização sobre a prevenção e tratamento de doenças oculares. “É fundamental que as pessoas estejam atentas aos cuidados com a saúde dos olhos e realizem exames oftalmológicos regulares, a fim de preservar a qualidade de vida e prevenir a perda da visão”, afirma o médico.  

E, além das consultas frequentes com especialistas, o  médico do CBV-Hospital de Olhos ainda destaca alguns cuidados que devemos ter com nossa visão: 

  • Evite coçar os olhos 
  • Não use colírios sem indicação médica 
  • Evite a exposição prolongada e sem pausa à aparelhos eletrônicos
  • Use sempre óculos de sol com proteção UV


Diagnóstico de Câncer garante isenção do IRPF a aposentados e pensionistas

 Benefício legal é assegurado a contribuintes de acordo com a Lei nº 7.713/1988

 

A Lei nº 7.713/1988 vem garantindo a aposentados, pensionistas e militares da reserva diagnosticados com Neoplasia Maligna, ou seja, Câncer, como a doença é popularmente conhecida, a isenção de pagamento do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). O beneficio legal, criado para facilitar a manutenção da vida de quem enfrenta esta grave moléstia, é válido também para contribuintes que já não apresentam os sintomas manifestos da enfermidade.

No entanto, muitas vezes os órgãos e entidades públicas responsáveis pela análise e deferimento deste tipo de pedido, atrelam a concessão ou não deste direito, a presença de indícios evidentes da neoplasia maligna. Não aprovando pedidos de quem esteja em remissão dos sintomas, ou seja, um paciente assintomático.  

A decisão, no entanto, causa desencontro com o entendimento já consolidado pelo Superior Tribunal de Justiça, através da Súmula 627, onde o STJ disserta sobre a não necessidade de que o contribuinte, para fazer jus à isenção de Imposto de Renda, precise apresentar sintomas contemporâneos da doença da qual é portador.

Em resumo, a Lei é clara quando afirma que aposentados, pensionistas ou militares da reserva, que possuem imposto retido diretamente na fonte, que são ou foram portadores de Neoplasia Maligna, ainda que em remissão ou já curados, possuem direito sim, à nulidade de pagamento do tributo, sem que exista a necessidade de comprovar a existência dos sintomas no momento em que o pedido for encaminhado.

Como comprovar a existência da patologia?

Segundo entendimento do Superior Tribunal de Justiça, para obter essa comprovação, o paciente deve procurar o clínico ou especialista que o acompanha no tratamento da enfermidade em questão, e solicitar o documento que comprove a existência da doença grave. Caso, o profissional da saúde que faz o acompanhamento do doente não possa emitir os documentos necessários, uma vez que, de acordo com exigência do Conselho Federal de Medicina, os mesmos só podem ser assinados por especialista na área, é possível buscar atendimento em outras unidades de saúde ou médicos específicos do campo de tratamento da patologia.

Direito Tributarista

Fabrício Klein é advogado e dirige o escritório Fabrício Klein Sociedade de Advocacia, que tem atuação em nível nacional. Mestre em Economia, pós-graduado em Direito Civil e em Direito e Economia, todos pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é também pós-graduado na modalidade Master in Busisness Administration pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e professor de cursos de graduação e pós-graduação em Brasília e Porto Alegre. 

Links com informações adicionais

https://www.fabriciokleinadvocacia.com.br/artigos/aposentados-pensionistas-e-militares-inativos-diagnosticados-com-neoplasia-maligna-cancer-tem-direito-a-isencao-do-irpf-mesmo-quando-curados/

https://www.fabriciokleinadvocacia.com.br/artigos/irpf/aposentados-e-pensionistas-diagnosticados-com-cancer-neoplasia-maligna-tem-direito-a-isencao-de-imposto-de-renda-irrf/

Pesquisa do CEUB analisa efeitos do Lúpus na autoimagem e autoestima

Medidas para o bem-estar psicológico e qualidade de vida de mulheres devem fazer parte do combate à doença

 

O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença crônica que exige cuidados contínuos e prolongados, mas ainda é pouco discutida na sociedade. Como os sinais e sintomas (manchas e feridas na pele) estão relacionados à aparência, o Lúpus, que afeta principalmente mulheres, tem reflexo direto nos aspectos emocionais e nas relações sociais. A dificuldade em lidar com as mudanças no corpo e os efeitos colaterais dos medicamentos podem levar a isolamento e depressão – alerta pesquisa de estudantes de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB).

Para entender o cenário do LES, os pesquisadores João Victor Machado e Marina Fiúza analisaram 31 artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais no período 2015 a 2022 que utilizassem a temática da autoimagem e da autoestima às pessoas com lúpus. "Em muitos artigos, pacientes relataram sentir-se envergonhados, ansiosos e com baixa autoestima devido às lesões na pele e mucosas, aumento de peso e queda de cabelo, associados aos distúrbios da imagem corporal”, apontam os pesquisadores.

O estudo também revelou que as pacientes sentem dificuldade em aceitar as mudanças em sua aparência, o que pode levar a sentimentos de isolamento e depressão. O tratamento, por sua vez, pode afetar ainda mais a autoestima das pacientes, devido aos efeitos colaterais dos medicamentos, como ganho de peso e queda de cabelo. Outros fatores apontados são os que pioram a qualidade de vida de quem convive com a enfermidade: idade avançada, pobreza, menor nível educacional, questões comportamentais, manifestações clínicas e comorbidades.

“Com esse estudo, contribuímos para uma compreensão mais ampla e profunda sobre o impacto do LES na vida das mulheres afetadas pela doença”, destaca o estudante João Victor Machado. Segundo Marina Fiúza, também autora do estudo, apesar de o Lúpus ser mais comum do que se imagina, pouco se sabe sobre a doença no Brasil. "Tendo em vista uma melhor qualidade de vida dessas pessoas, é de extrema necessidade agir para minimizar os malefícios da doença e o desconhecimento da população em geral", frisa.

Dentre as estratégias de enfrentamento aos impactos causados na autoimagem das pacientes, a bibliografia propôs uma série de cuidados multidisciplinares que incluem recomendações de uso do protetor solar, preferência para gravidez nos períodos de remissão da doença, contraindicação de álcool e drogas, prática de atividade física regular - sempre respeitando o período de crise. Alternativas também foram citadas, como o uso de maquiagem especial para as pacientes e grupos de apoio para promover a autoestima das atendidas.

A orientadora da pesquisa, Dra. Phaedra Castro, professora de Medicina do CEUB, destaca que, mais do que o acompanhamento de parâmetros clínicos e laboratoriais, o cuidado de condições crônicas deve considerar as diferentes perspectivas da vida do sujeito. "Dessa forma, a individualização das orientações por meio do desenvolvimento de planos terapêuticos específicos para cada pessoa se mostra mais efetiva, promovendo tanto resolutividade como qualidade de vida", completa a docente. 

 

Sobre o Lúpus


De origem autoimune, o Lúpus age no sistema imunológico e começa a atacar tecidos saudáveis em vez de combater infecções e doenças. De acordo com relatório divulgado pelo Ministério da Saúde, o LES é uma doença rara e sua incidência no Brasil é de aproximadamente 3,4 casos para cada 100.000 habitantes. A doença é mais comum em mulheres do que em homens, com uma proporção de cerca de 9:1. A doença geralmente afeta jovens adultos, com a maioria dos casos diagnosticados entre 15 e 45 anos de idade.


Abril é o mês dedicado à conscientização sobre Doença de Parkinson

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia alerta a população sobre esta patologia que afeta milhares de brasileiros

 

No dia 11 de abril, é celebrado o Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson, data criada em 1998 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo aumentar a conscientização sobre a doença e as dificuldades enfrentadas por pessoas que vivem com a doença de Parkinson, suas famílias e cuidadores. A data também serve como uma oportunidade para promover a pesquisa sobre a doença e as novas terapias disponíveis para tratar seus sintomas. 

Os principais sintomas da doença de Parkinson incluem tremores, rigidez muscular, lentidão nos movimentos e problemas de equilíbrio e coordenação. Esses sintomas são causados pela perda de células nervosas no cérebro que produzem um neurotransmissor chamado dopamina. Sabe-se que o Parkinson é uma das doenças neurodegenerativas mais comuns em todo o mundo, afetando cerca de 1% da população com mais de 60 anos de idade.

De acordo com a Fundação Internacional de Parkinson, estima-se que mais de 10 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com a doença, e cerca de 60.000 novos casos são diagnosticados a cada ano. Os números podem variar entre os países, mas a doença de Parkinson é considerada uma condição crescente devido ao envelhecimento da população. Com o aumento da expectativa de vida, espera-se que o número de pessoas com Parkinson aumente nas próximas décadas. No Brasil, estima-se que cerca de 200 mil pessoas vivem com a doença de Parkinson.

De acordo com a neurocirurgiã, especializada em Parkinson e Diretora de Comunicação da Sociedade Brasileira de Nerurocirurgia, Vanessa Milanese, a doença ainda é pouco conhecido pela população em geral, e muitas vezes, os sintomas são confundidos com o processo natural de envelhecimento.

"A doença de Parkinson é uma condição médica que afeta o sistema nervoso e, embora a idade seja um fator de risco para a doença, nem todas as pessoas idosas desenvolvem a condição. O envelhecimento pode levar a uma diminuição gradual na capacidade física e mental, mas isso geralmente ocorre de forma lenta e gradual, enquanto a doença de Parkinson pode causar sintomas mais dramáticos que se desenvolvem mais rapidamente".

Os tratamentos para a doença incluem medicamentos que aumentam os níveis de dopamina no cérebro, terapia ocupacional e fisioterapia para ajudar a melhorar a mobilidade e a coordenação, e, em alguns casos, cirurgia cerebral.

Pesquisas recentes sobre a doença de Parkinson estão focadas em descobrir as causas subjacentes da doença e desenvolver novos tratamentos que possam prevenir ou retardar sua progressão. Alguns estudos estão investigando o papel da inflamação e do estresse oxidativo na doença de Parkinson, enquanto outros estão explorando o uso de terapias genéticas e celulares para tratar a doença.

"Os neurocientistas, e aí se incluem vários colegas neurologistas e neurocirurgiões, estão trabalhando para ajudar essas pessoas, criando modos de melhorar o seu caminhar e evitar quedas, ajudando para que esses pacientes continuem a produzir e mantenham as suas atividades familiares e sociais", destaca a porta-voz da Sociedade Brasileira de Neurocirurgia.

Vanessa Milanese completa destacando a importância de um tratamento adequado e personalizado para cada paciente. "Cada pessoa com Parkinson é única, e por isso, o tratamento deve ser individualizado, considerando as necessidades e características de cada paciente. Além disso, o acompanhamento multidisciplinar é essencial para garantir a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes".

 

 

Sociedade Brasileira de Neurocirurgia –SBN

 portalsbn.org

Instagram sbn.neurocirurgia

Como a cannabis medicinal pode auxiliar pessoas com Transtorno do espectro autista (TEA)

Estudos apontam que uso de Canabidiol Full Spectrum pode melhorar sintomas do TEA como agressividade e auto-agressividade, agitação e sono 

 

Celebrado em 2 de abril, o Dia Mundial do Autismo tem objetivo de levar informação para reduzir o preconceito contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Com cada vez mais métodos inovadores de tratamento de pessoas diagnosticadas com o transtorno, diversos estudos comprovam que o uso da cannabis medicinal traz diversos benefícios que proporcionam qualidade de vida a esses pacientes. 

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), uma a cada 160 crianças está inserida no espectro do autismo no Brasil. Sintomas como comprometimento na comunicação e interação social, associado a padrões de comportamento restritivos e repetitivos são comuns. Além disso, costumam ter dificuldade em manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, assim como expressar as próprias emoções e fazer amigos. 

Segundo um estudo do Real life Experience of Medical Cannabis Treatment in Autism: Analysis of Safety and Efficacy, realizado em parceria entre o Centro Médico da Universidade Soroka, a Universidade Hebraica de Jerusalém e o Tikun Olam Ltd, os testes com cannabis medicinal feitos em 188 pessoas dentro do espectro autista, trouxeram resultados satisfatórios.

Após seis meses do início do estudo, 155 pacientes ainda se encontravam em tratamento ativo. Destes, 93 passaram por uma avaliação global e os resultados foram: 28 pacientes (30,1%) relataram melhora significativa nos sintomas; 50 pacientes (53,7%) relataram melhora moderada nos sintomas; 6 pacientes (6,64%) relataram melhora leve nos sintomas; 8 pacientes (8,6%) relataram não ter percebido qualquer alteração nos sintomas. Este apontamento, demonstra que mais de 90% dos pacientes tiveram algum tipo de melhora com o uso da cannabis.

O médico Pediatra e Neuropediatra, Flavio Geraldes, explica que as opções terapêuticas de primeira escolha passam pelas medicações antipsicóticas, que pode gerar efeitos colaterais importantes, como importante ganho de peso e síndrome metabólica, pouco toleradas pelos pacientes, e muitas vezes levando a interrupção do tratamento.

“Por se tratarem de moléculas que realizarão um processo de retro regulação do sistema endocanabinóide, a utilização de medicamentos à base dos ativos da cannabis deve ocorrer de maneira lenta e gradativa, já que busca controlar os sintomas alvo, principalmente as comorbidades”, explica.

Segundo Fabrízio Postiglione, CEO da Remederi, farmacêutica brasileira, com o propósito de promover qualidade de vida por meio do acesso a produtos, serviços e educação sobre a cannabis medicinal, o objetivo desse tipo de tratamento é oferecer um método inovador que proporcione bem-estar ao paciente.

O executivo ressalta que a quantidade de médicos prescritores que vem se capacitando para atender a demanda de pacientes que podem ser tratados por meio desses métodos vem crescendo, hoje são mais de 12 mil profissionais. “É fundamental encontrar um profissional qualificado que possa indicar a melhor forma de tratamento, bem como que ambas as partes conheçam sobre o tema para que seja estabelecida uma relação de confiança, que garante um tratamento eficaz e seguro”, diz.

No site da Remederi é possível encontrar o whitepaper “Autismo e Cannabis Medicinal”, feito pelo Dr. Flavio Geraldes, que apresenta as principais informações sobre o tema e pode ser baixado gratuitamente. 

 

Remederi
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Seu estilo de vida pode estar contribuindo para o desenvolvimento de câncer, saiba como evitar

 

O câncer é uma das principais causas de morte no mundo e representa uma grande preocupação para a saúde pública global. Existem muitos tipos de câncer, cada um com suas próprias causas e fatores de risco. Alguns dos tipos de câncer mais comuns incluem câncer de pulmão, câncer de mama, câncer de próstata e câncer de cólon.  

O dia 8 de abril representa o Dia Mundial do Combate ao Câncer, visando aumentar a conscientização sobre essa doença e incentivar a prevenção e o diagnóstico precoce. 

O médico especialista em medicina laboratorial com pós-graduação em nutrologia Dr. Roberto Franco do Amaral explica que as causas do câncer são complexas e variam conforme o tipo de câncer. No entanto, algumas das principais causas incluem tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição à radiação, dieta inadequada, falta de atividade física, poluição do ar e exposição a substâncias químicas nocivas. Além disso, existem fatores genéticos que podem aumentar o risco de desenvolver certos tipos de câncer.

 

Você sabe como o câncer se desenvolve?

Essa é uma doença complexa que pode se desenvolver de várias maneiras, mas, geralmente, é causada por mutações genéticas que afetam o crescimento e a divisão celular normais. 

O processo de divisão celular é cuidadosamente regulado por um conjunto de genes que controlam a multiplicação e a morte celular, mantendo assim um equilíbrio entre a produção e a destruição de células. 

No entanto, quando ocorrem mutações em alguns desses genes, as células podem começar a se dividir e crescer de forma descontrolada, formando uma massa de células anormais conhecida como tumor. Essas mutações genéticas podem ser causadas por fatores externos, como substâncias químicas tóxicas e radiação, ou por fatores internos, como erros na replicação do DNA durante a divisão celular. 

Além disso, alguns tumores podem se espalhar para outras partes do corpo, um processo conhecido como metástase. Isso ocorre quando as células cancerosas se separam do tumor original e entram na corrente sanguínea ou linfática, viajando para outras partes do corpo e formando novos tumores. 

Embora alguns fatores de risco não possam ser evitados, como a predisposição genética, muitos outros podem ser reduzidos ou eliminados por meio de escolhas de estilo de vida saudáveis. Aqui estão algumas maneiras de prevenir o câncer e promover a saúde geral:

  

 1. Tabagismo: O tabagismo é a principal causa de câncer evitável em todo o mundo. Fumar aumenta o risco de câncer de pulmão, boca, garganta, bexiga, pâncreas, fígado, rim e muitos outros tipos de câncer. Não fume e se você fuma, considere parar. Também evite a exposição ao tabagismo passivo.

 

  2. Consumo excessivo de álcool: O consumo excessivo de álcool aumenta o risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de boca, garganta, esôfago, fígado e mama. Beba com moderação.

 

  3. Alimentação pobre e inadequada: O Dr. Roberto Franco do Amaral comenta que uma dieta rica açucares a farináceos refinados, gordura trans, alimentos e carnes processadas, pobre em frutas, verduras e fibras pode aumentar o risco de diversos tipos de câncer. Enquanto comer uma dieta rica em frutas, legumes e grãos integrais pode ajudar a prevenir o câncer, bem como outras doenças crônicas, como doenças cardíacas e diabetes. Tente limitar o consumo de carnes processadas, bem como alimentos ricos em gordura trans e açúcar.

 

  4. Exposição a substâncias químicas: A exposição a substâncias químicas tóxicas, como pesticidas, produtos químicos industriais e solventes, pode aumentar o risco de câncer de pulmão, fígado, bexiga e outros tipos de câncer. Se você trabalha em um ambiente que expõe você a essas substâncias químicas tóxicas, certifique-se de seguir as orientações de segurança para minimizar a exposição ao máximo.

 

  5. Genética: Algumas pessoas têm uma predisposição genética para o câncer, o que pode aumentar o risco de desenvolver certos tipos de câncer.

 

  6. Fazer exercícios físicos regularmente: O exercício físico regular pode ajudar a reduzir o risco de câncer, especialmente o câncer de cólon, mama e útero. Tente fazer pelo menos 30 minutos de exercício moderado por dia, como caminhar, andar de bicicleta, nadar, dançar, luta, ioga ou qualquer outro esporte que agrade você.

 

  7. Mantenha um peso saudável: Estar acima do peso ou obeso pode aumentar o risco de câncer de mama, cólon, endométrio, rim e outros tipos de câncer. Tente manter um peso saudável por meio de uma dieta saudável em conjunto com a atividade física regular.

 

“Embora essas dicas possam ajudar a reduzir o risco de câncer, é importante lembrar que a prevenção do câncer é um processo contínuo. O câncer pode afetar qualquer pessoa, independentemente de seu estilo de vida ou histórico médico. Portanto, é importante ficar atento aos sinais de alerta do câncer, como caroços, sangramento anormal, mudanças na pele ou outros sintomas incomuns. Se você tiver alguma preocupação, converse com seu médico imediatamente.” Finaliza o Dr. Roberto Franco do Amaral.

  

Roberto Franco do Amaral - Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral. Médico clínico geral. Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra. Residência Médica em Patologia Clínica – Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com 1 ano de clínica médica no Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo (HSPE – IAMSPE). Título de Especialista em Patologia Clínica – Medicina Laboratorial pela Associação Médica Brasileira . Pós graduado em Nutrologia pela Associação Brasileira de Nutrologia. Palestrante e idealizador do curso para médicos Performance Física e Envelhecimento Saudável. Coescritor do livro: Você Precisa Saber – Tudo sobre a medicina do futuro.


Páscoa e chocolates - Higiene bucal em dia garante a saúde dos dentes

 

A Páscoa é uma data especial para muitas pessoas. Entre os diversos símbolos dessa celebração, destacam-se os ovos de chocolate. O estímulo para o aumento do consumo do doce nesta ocasião, principalmente entre as crianças, ocasiona uma preocupação maior com a saúde, inclusive bucal.

Afinal, é possível conciliar o prazer das guloseimas sem descuidar dos dentes? De acordo com a Cirurgiã-Dentista e membro da Câmara Técnica de Periodontia do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), Dra. Luciana Scaff Vianna, observando-se alguns cuidados e dicas, é possível sim conciliar o consumo de doces, especialmente chocolate, com a saúde da boca. “Do ponto de vista da saúde bucal não há inconveniente algum, desde que se mantenha uma rotina de higiene oral criteriosa”.


Cuidado redobrado

A correta higiene bucal é imprescindível para a manutenção da saúde da boca. A orientação é que ela seja realizada após 15 a 20 minutos da ingestão dos alimentos açucarados ou ácidos, para que seja feita a desorganização da placa bacteriana.

Uma boa dica é consumir o chocolate e outras guloseimas junto às refeições, e não nos intervalos, pois, assim, os dentes não ficam sem escovação e suscetíveis aos mecanismos que favorecem problemas como a cárie. Mas caso isso não seja possível, o ideal é que se faça a higiene bucal após o consumo de alimentos entre as refeições.    

Vale lembrar que alguns chocolates aderem com maior facilidade nos dentes, principalmente aqueles com crocantes, como amendoim e castanhas. Nesse caso, Dra. Luciana diz que é preciso um cuidado maior na hora de realizar a higiene.       


Aparelho ortodôntico requer maior atenção

A especialista lembra, ainda, que o uso de aparelho ortodôntico por si só já dificulta um pouco a higiene oral. Por isso, ela recomenda atenção e o uso de acessórios como escovas interdentais e passa fio que, de acordo com ela, resolvem facilmente a questão da escovação.

A rotina de higiene bucal adequada, portanto, é imprescindível em qualquer situação. Dra. Luciana aconselha também uma alimentação rica em consumo de frutas, legumes e verduras e hidratação intensiva. “O consumo de água contribui no restabelecimento do pH e manutenção da mucosa oral hidratada. Já o uso de pastas dentais fluoretadas colaboram na manutenção da saúde bucal”. 

Por fim, o CROSP recomenda as consultas regulares ao Cirurgião-Dentista e lembra que a prevenção é sempre a melhor opção.

 

Conselho Regional de Odontologia de São Paulo - CROSP
www.crosp.org.br

Atividade física contribui para prevenção de câncer de endométrio e outros doze tumores

Para tratar a doença que, segundo dados da OMS, causa uma em cada seis mortes no mundo, movimentar-se é fundamental. No Dia Mundial da Atividade física (06/04), o Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA), elenca como os exercícios físicos podem contribuir para a prevenção, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) de ao menos treze tipos de câncer


Praticar atividade física regularmente ajuda a prevenir ao menos treze tipos de câncer, dentre eles um dos tumores ginecológicos mais comuns, que é o que acomete o corpo do útero (endométrio). Uma pesquisa realizada pelo National Cancer Institute, nos Estados Unidos, apontou que o exercício regular está associado à diminuição de ao menos treze tipos de câncer incidentes e com altas taxas de mortalidade: esôfago, fígado, pulmão, rim, estômago, endométrio, leucemia, cólon, mama, cabeça, pescoço, reto e bexiga (1).

Conforme apontou o relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), “Status Global sobre Atividade Física 2022”, até 2030, meio bilhão de pessoas poderão desenvolver obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e outras enfermidades devido ao sedentarismo (2). Mas qual é a exata relação da atividade física na prevenção e tratamento do câncer? Pesquisas demonstraram que uma vida ativa contribui tanto para a prevenção de tumores quanto para o bem-estar de quem já foi diagnosticado com a doença, além de aumentar o sistema imunológico, a circulação sanguínea e o fluxo de oxigênio, o que ajuda a combater as células cancerígenas.

Nesse sentido, numerosos esforços já vêm sendo feitos, para quebrar um paradigma: de que ‘pessoas com câncer deveriam descansar e evitar esforços físicos’. Henrique Novais Mansur, educador físico e doutor em Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora, reforça: “ainda é pouco orientado pelos profissionais da saúde a prática do exercício físico nos pacientes com câncer”.  Contudo, antes de começar, é sempre bom perguntar ao seu oncologista como e quando se movimentar, para assim escolher a intensidade do treino e o tipo de movimento mais adequado à sua condição e seguir orientações específicas ou treinos com profissionais qualificados.


Atividade física como aliada na prevenção do câncer – O exercício físico é um importante aliado quando falamos em prevenção do câncer. Mas, seus benefícios também se estendem para quem está em tratamento ou foi diagnosticado com a doença. Além de produzir bem-estar e regular a produção hormonal, ocorre a redução do estado pró inflamatório e a diminuição de citocinas que podem facilitar o surgimento de mutações e de câncer.

A redução da gordura corporal diminui o risco de câncer, pois o acúmulo de gordura pode colocar em circulação "substâncias" nocivas (fatores pró-inflamatórios e que favorecem o surgimento de tumores). Mas, deve-se lembrar, entretanto, que a realização de atividade física deve ser sempre orientada com base nas próprias necessidades e condições ósseas, musculares e cardiorrespiratórias e recomendação médica. Este é um fator protetor contra o desenvolvimento de tumores.

"É muito importante que a população tenha consciência da importância da vida em movimento, ou seja, que a atividade física - dentro de um contexto de estilo de vida saudável - favorece a prevenção de mais de uma dezena de tipos de câncer", ressalta o cirurgião oncológico, Glauco Baiocchi Neto, presidente do Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA).

A Organização Mundial da Saúde (OMS), juntamente com o Guidelines da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO), aponta que é seguro praticar exercícios durante o tratamento oncológico, desde que autorizado pelo oncologista.


Benefícios da atividade física – A prática de esportes regularmente:

  • melhora a tolerância à glicose e reduz o risco de desenvolver diabetes tipo 2;
  • previne a hipercolesterolemia e a hipertensão, reduzindo a pressão arterial e os níveis de colesterol;
  • diminui o risco de morte prematura que pode ser causada por um ataque cardíaco ou outra doença cardíaca;
  • previne e reduz o risco de a osteoporose e fraturas, mas também várias doenças músculo-esqueléticas;
  • reduz os sintomas de ansiedade, estresse e depressão;
  • produz gasto energético e diminui o risco de obesidade.


Quais exercícios fazer?

Cada uma dessas atividades traz benefícios diferentes para o corpo. Alguns fortalecem os músculos das pernas, braços, abdome, outros desenvolvem a mobilidade e ainda implementam resistência cardiorrespiratória.  Algumas das opções são: caminhada; corrida; natação ou hidroginástica; ioga; dança; pilates; bicicleta; musculação; aeróbica e tênis.

Ainda, exercícios aeróbicos (como caminhada, corrida, ciclismo) quanto os voltados para o desenvolvimento e manutenção da força muscular (como flexão de joelhos, exercícios com resistência adequada e sobrecargas) são necessários e são uma forma de combate ao sedentarismo.


Redução de efeitos colaterais do tratamento - Movimentar o corpo também ajuda a reduzir os efeitos colaterais associados aos tratamentos e à doença, além do risco de o paciente sofrer um retorno do câncer (recidiva). A tal ponto que hoje o impacto da atividade física nas doenças oncológicas é um tema de grande interesse e com farta literatura. Muitas hipóteses foram levantadas sobre essa correlação, mas os mecanismos exatos pelos quais a prática esportiva tem impacto em várias formas tumorais ainda são desconhecidos.

De fato, os tratamentos oncológicos estão associados a efeitos colaterais. Estes incluem cansaço/fadiga, mais frequentemente relatados pelos pacientes em tratamento, a nível físico, bem como efeitos psicoemocionais, incluindo depressão com empobrecimento geral da aptidão física e qualidade de vida.

A atividade física contribui para diminuir os efeitos em cadeia, que podem resultar em menor adesão à terapia e, portanto, eficácia mais reduzida do tratamento e resultados menos favoráveis. O que também é compartilhado pelo educador físico: “O exercício físico é a melhor forma de tratamento da fadiga comum ao paciente em tratamento de câncer. Ela reduz a duração da internação e o tempo em terapia intensiva, auxiliando o paciente a retornar mais rapidamente às suas atividades cotidianas. Aumenta também a probabilidade de remissão da doença”, explica.


Benefícios da atividade física no tratamento de pacientes com câncer - O exercício físico, portanto, é uma parte importante do tratamento e prevenção desta doença. Como apontado, é conveniente reiterar sua capacidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas e seu potencial para diminuir o risco de recorrência de alguns tipos de câncer. Entre os benefícios aos pacientes oncológicos estão:

  • Ajuda a recuperar processos inflamatórios, sistema imunológico comprometido e deterioração metabólica;
  • Reduz a fadiga causada pelos tratamentos;
  • Reduz a estimulação hormonal;
  • Melhora a função cognitiva;
  • Melhora a toxicidade muscular, óssea e cardíaca;

Mexa-se, mas com devidos cuidados – O educador físico Henrique Novais Mansur reforça que, antes de mais nada, é fundamental o paciente perguntar ao oncologista se há alguma contraindicação para a prática de atividade física. “O que deve ou não ser realizado, depende de uma série de fatores como o nível de atividade física no diagnóstico, o estágio e local da doença, a presença ou não de metástase”, pontua.

Portanto, antes de iniciar qualquer programa de exercícios, é importante conversar com sua equipe de saúde para garantir segurança. Também é crucial começar com intensidade leve e aumentar aos poucos a duração da atividade física. 

Dia Mundial da Atividade física – Desde 2002, comemora-se o Dia Mundial da Atividade Física em 6 de abril. O objetivo é promover a necessidade de se exercitar e praticar esportes como hábitos saudáveis.  A atividade física tem sido considerada um pilar fundamental na promoção da saúde, além de contribuir para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis e para fortalecer o bem-estar psicofísico e a qualidade de vida em qualquer faixa etária.

 

 Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos - EVA 

 

Referências bibliográficas

1 - Moore SC, Lee IM, Weiderpass E, Campbell PT, Sampson JN, Kitahara CM, Keadle SK, Arem H, Berrington de Gonzalez A, Hartge P, Adami HO, Blair CK, Borch KB, Boyd E, Check DP, Fournier A, Freedman ND, Gunter M, Johannson M, Khaw KT, Linet MS, Orsini N, Park Y, Riboli E, Robien K, Schairer C, Sesso H, Spriggs M, Van Dusen R, Wolk A, Matthews CE, Patel AV. Association of Leisure-Time Physical Activity With Risk of 26 Types of Cancer in 1.44 Million Adults. JAMA Intern Med. 2016 Jun 1;176(6):816-25.

2 - World Health Organização (WHO). Global status report on physical activity 2022. p 112. Disponível em 31 de Março de 2023 - www.who.int/publications/i/item/9789240059153

 

Tributos representam quase 39% do valor final do ovo de Páscoa, diz ACSP

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Levantamento, com base em dados do Impostômetro, traz o peso dos impostos em outros itens comumente consumidos na Páscoa


Um levantamento da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), com base em dados do Impostômetro, mostra que o total de tributos embutidos no preço dos ovos de Páscoa corresponde a 38,5% do valor final do produto.

Por esse raciocínio, se um ovo de chocolate é vendido no mercado por R$ 40, desse montante, R$ 15,42 são relativos a impostos, taxas e contribuições embutidos.  

Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, afirma que fugir dos ovos industrializados não significa escapar dos altos impostos. Segundo ele, para a produção de um ovo caseiro simples, que utiliza na sua elaboração chocolate, papel celofane e fitas para a embalagem do produto, são pagos, respectivamente, 39,65%, 34,5% e 34% em tributos.

“Os consumidores que procuram por ovos caseiros pensam em algo diferente do que encontram nas prateleiras dos mercados. Isso reflete numa tendência de ‘gourmetização’ dos ovos que, aliada à alta tributação dos insumos, aumenta o preço final do produto”, afirma o economista.

Além dos ovos de chocolate, o levantamento da ACSP abrange outros produtos de largo consumo na Páscoa, como o bacalhau, que tem 43,78% de tributos embutidos no seu valor final, e o vinho, que se for nacional tem 44,7% de impostos e se for importando, 59,7%.

Veja abaixo a lista de produtos típicos de Páscoa selecionados pela ACSP e suas respectivas cargas tributárias:

Vinho importado ----------- 59,7%                                 

Vinho nacional ------------- 49,7%

Bacalhau ------------------- 48,8%

Chocolate ------------------ 39,6%

Colomba Pascal ------------ 38,7%

Ovo de Páscoa ------------- 38,5%

Bombons ------------------- 37,6%

Cartão de Páscoa ---------- 37,5%

Papel celofane ------------- 34,5%

Fita ------------------------- 34%

Almoço em restaurante --- 32,3%

Coelho de pelúcia ----------29,9%

Passagem aérea ----------- 22,3%

 

 Redação DC

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