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sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Discriminação e preconceito: Como identificar esses comportamentos no ambiente de trabalho?

O preconceito e as atitudes discriminatórias também são responsáveis por tornar o ambiente de trabalho tóxico e hostil, além de trazerem uma série de consequências negativas, tanto para quem se torna vítima quanto para quem presencia e convive com essa realidade nociva. 

Abaixo, você poderá compreender melhor: 

  • As diferenças entre discriminação e preconceito.
  • Como identificar condutas discriminatórias.  
  • O que fazer quando viver ou presenciar a ocorrência de alguma situação do tipo.

 

Diferenciando discriminação de preconceito

Quando pensamos em discriminação e preconceito, uma dúvida muito comum pode vir à cabeça: “mas essas palavras não significam a mesma coisa?” 

 

A resposta é não! 

Apesar de estarem correlacionadas, a discriminação é aquilo que “traduz” o preconceito em formas de agir… vamos explicar melhor!

 

O que é preconceito? 

Segundo o dicionário de Oxford, o preconceito é “qualquer opinião concebida sem exame crítico”. É uma espécie de “sentimento hostil”, assumido em consequência da generalização de um padrão, imposto por algum meio. 

É um juízo de valor baseado em suposições rasas e desprovidas de conexão com os fatos, ou seja, o preconceito é fruto da ignorância e do completo desconhecimento acerca da realidade dos grupos sociais e identidades as quais geralmente são alvos desses “pontos de vista” equivocados. 

Muitas vezes, quem emite essas opiniões preconceituosas não sabe nem mesmo explicar porque pensa assim, já que a natureza dos preconceitos é, quase sempre, enraizada e inconsciente 

Esse aspecto repercute nas crenças do sujeito, cujo pensamento se fecha em acreditar veementemente na sua visão como única forma aceitável e verdadeira de “enxergar o mundo”, em relação a uma série de temas.

O preconceito pode assumir vários formatos e ser direcionado a grupos diferentes de pessoas, como: 

  • O preconceito racial (racismo).
  • O preconceito contra mulheres (machismo ou sexismo).
  • O preconceito contra homossexuais e diferentes identidades de gênero (LGBTQIAP+ fobia).
  • O preconceito contra pessoas gordas (gordofobia).
  • O preconceito contra pessoas com deficiência (capacitismo).
  • O preconceito contra um grupo religioso/religião (intolerância religiosa).
  • O preconceito contra uma determinada nacionalidade (xenofobia).
  • Entre outros.

Quando o preconceito “fura a bolha” do “pensamento” e da “opinião”, e se transforma em atitudes de caráter mais “prático”, temos a “discriminação”.

 

O que é discriminação e como identificá-la? 

Em suma, a discriminação é o preconceito traduzido em ações práticas.

Este gênero de conduta abusiva pode ser manifestado no dia a dia de trabalho em diversas situações. 

Saiba como identificar algumas delas nos exemplos a seguir:

  • Quando são feitos comentários ou qualquer tipo de referência de teor pejorativo relativo ao sotaque e jeito de falar de alguma pessoa de outro estado ou região do país.
  • Quando são feitas piadas ou outras formas de bullying contra um colega por conta de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
  • Quando alguma demanda deixa de ser designada a um colaborador por conta de seu gênero. Nos casos de atitudes sexistas em equipes, temos como um possível exemplo, a exclusão de mulheres em projetos considerados mais “desafiadores e complexos”, colocando-as como incapazes de realizá-los e diminuindo a qualidade do seu trabalho em comparação a de um homem. 
  • Quando alguém é excluído, segregado ou ridicularizado em razão do seu peso, cor da pele, condição física, deficiência, lugar de origem, religião, opinião política, entre outros fatores particulares que não devem sobrepor jamais o respeito e a competência no desenvolvimento e participação em tarefas.


Quais são as formas mais comuns de discriminação nas empresas? 

São inúmeras as formas de discriminação e preconceito que podem ocorrer dentro das empresas. Entretanto, algumas delas podem ser mais comuns:

Segundo uma pesquisa realizada pela CEGOS para a CNN, o racismo é principal forma de discriminação em 75% das empresas no Brasil, seguido pelas opiniões políticas (42%) em segundo lugar e pela aparência física em terceiro (37%).

 

O que diz a lei sobre discriminação e preconceito?

A Constituição Federal, mais especificamente na Lei nº 7.716/89, inclui os atos de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional como crimes sujeitos a penas de reclusão e multas

Por isso, é preciso prezar pela integridade e não participar ou ser conivente com atitudes discriminatórias. 


O combate à discriminação e ao preconceito é uma missão de todos.

  • Por um lado, a empresa precisa estabelecer regras de conscientização sobre a importância da tolerância e do respeito às diferenças, além de promover a criação de um ambiente inclusivo. 
  • Por outro, os colaboradores necessitam se engajar e manter o respeito na condução de suas relações de trabalho e atividades do dia a dia. 

Mesmo quando esses dois compromissos são colocados em prática, ainda é possível a ocorrência de situações de discriminação e preconceito, como as listadas anteriormente nesse artigo. 

Por isso, ao viver ou se deparar com essas atitudes no ambiente de trabalho, é muito importante não naturalizá-las.

 

Vivi ou presenciei uma situação de discriminação: o que devo fazer? 

Se você identificar ou experienciar uma situação de discriminação no seu ambiente de trabalho, é fundamental não ignorá-la.  

Quando há disponível na empresa uma plataforma de comunicação segura para os colaboradores relatarem esses casos, como o Canal de Denúncias da Contato Seguro, a decisão correta a ser tomada é utilizar a ferramenta e fazer uma denúncia.

Nas empresas onde o nosso Canal está presente, os manifestantes têm a possibilidade de preservar a sua identidade no relato, além de contarem com a proteção total das informações.


Pedro Miranda - diretor comercial da Contato Seguro


3 dicas para melhorar a intimidade a dois

Divulgação | Freepik
Experiência sexual pode ser transformadora com esses conselhos da terapeuta e escritora Diana Richardson


Por que as pessoas estão frustradas com suas vidas sexuais? A sociedade ocidental, ao mesmo tempo que pratica uma hipervalorização da sexualidade, não sabe como lidar com os conflitos cada vez maiores dos relacionamentos contemporâneos. Para a terapeuta Diana Richardson, a inclusão de técnicas tântricas nas relações tem o poder de transformar a experiência sexual nos arranjos conjugais.  

Capaz de ampliar a intimidade e o amor, as técnicas apresentadas no livro O coração do sexo tântrico, publicado pela Editora Mantra, passam pelo olhar, toque, respiração e comunicação. Abaixo, a terapeuta corporal e discípula de Osho recomenda três práticas que visam aprimorar a conexão entre casais:

  1. Olhar: os olhos são a janela da alma e um poderoso canal de energia sexual. É com o contato visual que a consciência do momento presente é intensificada. Ter uma visão suave os tornam receptivos, abertos e traz intimidade. Reveze entre fechar os olhos e manter o foco para o interior e para baixo.
  2. Respiração: tem muita influência na energia sexual e a melhor forma de viver o momento presente é ter uma respiração lenta e profunda. Ela é definida como uma ponte entre mente e corpo. É uma grande contribuição no ato amoroso, mas também muito importante nas preliminares. Conduza a respiração para baixo, através do diafragma, na direção dos genitais.  
  3. Toque: deixe que as mãos relaxadas e delicadas, conscientes e vagarosas se moldem às curvas do corpo do parceiro ou parceira. Canalize a energia através das mãos para ter acesso à energia sexual feminina. Receba o calor, aceite e absorva-o em seu corpo.

Divulgação | Editora Mantra
Ficha técnica:
Título
: O coração do sexo tântrico
Subtítulo: Um guia para o amor e a satisfação sexual
Autora: Diana Richardson
Tradutora: Martha Argel
Editora: Mantra
ISBN: 978-65-87173-27-6
Tamanho: 14x21
Páginas: 272
Onde encontrar: Amazon

Sobre a autora: Diana Richardson é professora de terapias holísticas corporais, além de autora de diversos livros sobre o tema. Nascida na África do Sul, tornou-se uma discípula do tantra e do mestre Osho na Índia, em 1979. Desde 1993, ela ensina as técnicas do tantra para casais. Atualmente reside na Europa e, juntamente com seu parceiro, promove retiros educativos para casais que buscam aprender sobre o sexo tântrico.

 

Carnaval terminou: Como lidar com o choro do meu filho no primeiro dia de aula?

Pedagoga e coordenadora do curso de Pedagogia da FSG, aponta os cuidados que os pais devem ter com a primeira vez das crianças na escola

 

O ano já começou, as férias estão indo embora e o retorno das aulas se aproxima, até esse ponto não há nenhuma novidade, mas no caso dos pais de primeira viagem, chega a hora de levar o filho para o primeiro dia de aula. O problema é que por não estar acostumado, os pequenos acabam chorando e demonstram receio em frequentar a escola. Mas afinal, por que isso acontece? 

De acordo com a pedagoga e coordenadora do curso de Pedagogia do Centro Universitário da Serra Gaúcha – FSG, Simone Martiningui Onzi, toda vez que a criança for inserida em um novo ambiente – seja escolar ou não – ela estará apresentando reações adversas pois aquele novo lugar é desconhecido para ela. Além disso, a primeira ida a escola, por exemplo, significa passar menos tempo em casa e/ou com a família, que era uma situação conhecida e confortável para a criança, ou seja, ela pode estranhar e sentir a “perda” disso de forma negativa. 

Para aqueles pequenos que já frequentam a escola, é preciso considerar que a retomada para a mesma, normalmente vem depois de um período de férias, em que a família esteve presente, com momentos de descontração, entre outras atividades, e nesse cenário, a escola representa a perda desses momentos e por isso acontece o choro. 

“Os pais possuem papel fundamental na adaptação de seus filhos na escola, podendo auxiliar inserindo-o no contexto da vida da família, como parte integrante e um momento prazeroso de aprendizagem e evolução. Quando a criança retorna para casa, é importante sempre perguntar e ouvir atentamente sobre o dia da mesma na escola, interagindo com a importância do momento e valorizando a experiência para a criança”, afirma.  

Do mesmo modo, os responsáveis precisam evitar a mensagem de que a criança deve ir à escola por “obrigação” e não falar de forma depreciativa do local e/ou dos professores na frente da criança, assim como não conectar a escola como recompensa positiva ou negativa de alguma atitude que a criança teve em casa.  


Meu filho não para de chorar, o que fazer? 

Para Onzi, primeiramente os pais devem acolher e validar o sentimento da criança e cuidar para dizer: não precisa chorar, a escola é legal, ou algo similar a isso. “A criança não tem a nossa maturidade e por isso é importante demonstrar que tudo bem chorar, pois é uma situação nova, já que todos vão aprender junto a lidar com esse sentimento, e que é normal se sentir apreensivo, que você, enquanto criança também teve seus momentos de chorar por conta do desconhecido, mas que conseguiu superar. Desta forma, você conseguirá incentivar a criança a superar esse momento junto também”, aconselha. 

A parceria família, escola e pedagogo/professor é fundamental para a adaptação da criança no ambiente escolar, pois é nesse alinhamento de responsabilidades e olhares de acolhimento que o sucesso desse processo será efetivado.  

“O pedagogo, junto a escola e família, irá também acolher o sentimento da criança, e além disso, auxiliando em diferentes formas de mostrar que o ambiente da escola é lúdico e prazeroso, por meio de atividades de integração entre professor e estudantes, bem como apresentando a instituição e diferentes possibilidades de interação entre todos”.  

Por fim, a coordenadora do curso de Pedagogia da FSG, deixa uma mensagem para os pais que vão levar os filhos para a escola pela primeira vez: “queridos pais, preparem seus filhos para inserção na escola. Expliquem, mais de uma vez, o que vai acontecer quando a criança ingressar nesse meio, fale de suas experiências positivas na escola e insira a criança nas atividades pré-escola dentro do possível, tais como: levar o estudante junto para experimentar o uniforme, para comprar alguns materiais, entre outros”, finaliza.  

 


FSG
https://www.fsg.edu.br/

 

A valorização da riqueza do feminino

Por que falar da riqueza do feminino? Porque ainda existe um apagamento da condição feminina. Se o reino de Deus já está entre nós, por que a igreja ainda não manifesta essa condição de igualdade entre homens e mulheres? Jesus disse que seríamos conhecidos pelo amor entre nós. É assim que a sociedade vê a igreja? São esses valores e práticas que testemunhamos? Será que a violência doméstica e tantas outras expressões do desrespeito e da opressão não existem em nosso meio?

Por incrível que pareça ainda há igrejas que, no terceiro milênio, realizam concílios para discutir se a mulher pode ou não subir ao púlpito. Ao longo dos séculos, tanto em culturas cristãs quanto não cristãs, mulheres de todas as classes sociais tiveram menos poder e independência que os homens da mesma classe. Pessoas sem poder, nem proteção, ficam vulneráveis e acabam sempre por sofrer abusos dos detentores do poder.

No Brasil a taxa de violência continua aumentando, inclusive nos lares evangélicos. O índice crescente de feminicídio pode ser atribuído a diferentes fatores, como o preconceito, o machismo estrutural e o patriarcado, que têm relegado mulheres à condição de marginalizadas e oprimidas.  Em agosto de 2006, a Lei n° 11.340, mais conhecida como Lei Maria da Penha, foi sancionada. Ela se configura como a primeira lei voltada exclusivamente à violência de gênero, tratando a questão como de interesse social e público. A violência contra a mulher “resulta ou pode resultar em dano, ou sofrimento de natureza física, sexual ou psicológica”.

A Lei Maria da Penha foi um dos maiores avanços para a afirmação dos direitos das mulheres no Brasil. Contudo, o que se vê diariamente em noticiários é o aumento substancial das estatísticas desse tipo de comportamento, agravado no período da pandemia da covid-19. As motivações por trás desses episódios violentos são as mais variadas, como tentativa de controlar a autonomia e o corpo da mulher movido por um sentimento de posse; de limitar sua emancipação econômica, profissional, social ou intelectual; visão da mulher como objeto sexual; e ações de desprezo e ódio pela mulher e por sua condição feminina.

A pesquisadora Valéria Vilhena aponta para o trágico fato de que 40% das mulheres em situação de violência (psicológica, moral, patrimonial ou física) atendidas pela pelo Núcleo de Defesa e Convivência da Mulher Casa Sofia se declaravam evangélicas. Quando a cultura religiosa se omite sobre a opressão que caracteriza o patriarcado, está favorecendo o crescimento da violência doméstica. Quando pastores e outros membros de igreja silenciam – e também silenciam as mulheres  mesmo cientes de abusos domésticos, contribuem para a escalada dessa violência, que pode chegar ao ato extremo.

O discurso teológico predominante é o da submissão da mulher ao marido, sem considerar que Efésios 5-6 e outros textos admoestam que deve haver sujeição de “uns para com os outros”. O chamado para servir é para todos. E isso não significa subalternidade, como é pregado e exigido para a mulher, mas igualdade de valor diante de Deus.

 

Soraya R. Cavalcanti - professora e psicóloga, e mestre em Serviço Social pela PUC-Rio. Servidora pública, atua como coordenadora do Programa de Capacitação Continuada Capacit Mulher. É colaboradora do livro "Espiritualidade no chão da vida", pela Editora Mundo Cristão.


Recebeu o diagnóstico de fadiga adrenal? Desconfie, pois isso não existe

Endocrinologista alerta para falsos diagnósticos

28 de fevereiro é o Dia Mundial das Doenças Raras 



Cansaço, desânimo, fadiga, dificuldade para manter o nível de energia e concentração ao longo dia têm sido queixas comuns nos consultórios médicos. Em geral, são pessoas com um estilo de vida muito intenso e estressante: pouco tempo para dormir, jornada de trabalho longa e extenuante, cheia de demandas, pouco ou nenhum tempo para atividade física e diversos problemas da esfera emocional que quase sempre causam sensação de depressão e ansiedade.

“Frente a essas queixas e sintomas, maus médicos rotulam os pacientes como portadores de ‘Fadiga Adrenal’ e prescrevem reposição de corticoide – o cortisol ‘bioidêntico’ - com o argumento que as glândulas suprarrenais estão ‘fadigadas’ e não conseguem produzir a quantidade de cortisol necessária. Mas aqui fica um alerta: não existe fadiga adrenal”, explica Dr. Felipe Henning Gaia Duarte, endocrinologista presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo – SBEM-SP

As glândulas adrenais (ou suprarrenais) são duas e se localizam no abdômen, acima dos rins. Elas produzem alguns hormônios como: adrenalina, noradrenalina aldosterona, hormônios masculinizantes (s-DHEA) e o cortisol.

O cortisol é um hormônio que tem vários papéis no organismo, um deles é ajudar a mobilizar energia para que o organismo possa dar conta de executar as suas tarefas durante o dia. Em situações de urgência do organismo, como por exemplo infecções, traumas, acidentes ou mesmo situações de alerta como a necessidade de “fugir de um ladrão”, as glândulas adrenais liberam uma quantidade maior de cortisol para que o corpo tenha mais energia para poder lidar com estas questões.

De fato, existes situações na qual estas glândulas adrenais não conseguem produzir cortisol adequadamente, como no caso de doenças de danifiquem as adrenais como tumores, infecções por fungos, lesões da glândula hipófise, doenças congênitas, dentre várias outras. Esta situação de produção insuficiente e cortisol é chamada de Insuficiência Adrenal, uma doença rara, e é diagnosticada com testes específicos pelo endocrinologista.

“Não existem sintomas clínicos isolados que possam dar esse diagnóstico, no mínimo é necessário dosar o cortisol no sangue, e essa dosagem deverá vir baixa para que se possa pensar neste diagnóstico. Quando o isso ocorre, aí sim, é necessário repor o cortisol usando medicamentos da família dos glicocorticoides - existem vários e o endocrinologista analisará aquele que melhor se encaixa no perfil do paciente”, explica o endocrinologista.

Ele completa dizendo que, por outro lado, quando este critério de falta de cortisol não existe e a “reposição” de cortisol é iniciada, já está claramente comprovado que isto aumenta a ocorrência de problemas metabólicos como diabetes, hipertensão, alteração de gorduras no sangue (triglicérides), perda de massa óssea e muscular etc e isso leva ao aumento da mortalidade e redução da longevidade das pessoas.”

Não se pode negar que no início de uma reposição inadequada deste hormônio o paciente não sinta uma melhora do bem-estar nos primeiros dias, pois este hormônio tem uma ação euforizante inicial, porém, com passar das semanas, esse efeito se perde e o efeitos ruins virão.

“Tenham muito cuidado quando alguém disser que você tem o diagnóstico de “Fadiga Adrenal” e que, especialmente, somente melhora com o tratamento com uso de um hormônio manipulado especial (bioidêntico). Você poderá estar sendo enganado”, alerta o presidente da SBEM-SP.
 

 

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)
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Coringa 2 - Folie à Deux: Entenda a síndrome que dá nome ao novo filme de Joaquin Phoenix e Lady Gaga

 Novo filme do Coringa irá abordar distúrbio psiquiátrico que afeta Coringa e Arlequina 

 

Já confirmada, a sequência do sucesso “Coringa” promete abordar ainda mais os transtornos psiquiátricos do personagem principal, dessa vez em sua relação com a Arlequina, o título da sequência "Folie à Deux” faz referência a uma síndrome psiquiátrica onde alucinações e delírios são compartilhados entre dois ou mais indivíduos.

 

Segundo o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, a síndrome é rara, mas pode afetar principalmente mulheres.

 

Folie à Deux, ou transtorno psicótico induzido, é uma síndrome bastante rara, por isso, também é bem pouco conhecida, ela ocorre quando um sujeito psicótico, chamado de indutor primário, afeta terceiros, considerados sujeitos secundários, com seus delírios e alucinações”.

 

Normalmente, o transtorno afeta mulheres e entre mães e filhos, mas também pode ocorrer com quaisquer indivíduos que tenham uma relação próxima, muitas vezes, mas não exclusivamente, causada por um confinamento, ou ambientes com pouca influência do exterior”.

 

O diagnóstico é feito por um psiquiatra através da observação dos sintomas apresentados pelos dois indivíduos e da análise da sua convivência, já o tratamento consiste basicamente em separar as duas pessoas e realizar tratamentos relativos ao transtorno, geralmente mais intensamente no indutor primário” Explica.

 




Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA - American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE - Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva. Membro Mensa, Intertel e TNS. Currículo BR: http://lattes.cnpq.br/1428461891222558 Currículo PT: https://www.cienciavitae.pt/portal/en/8316-38CC-0664 Currículo INT: https://orcid.org/0000-0002-5487-5852



Especialista dá dicas para voltar a alimentação saudável após as férias

 Senivpetro/Freepik
Nutricionista do Emagrecentro propõe algumas mudanças de hábito para desinchar e desintoxicar o corpo

 

Com o fim das férias, o desafio agora é retomar o ritmo e voltar para a rotina com uma alimentação equilibrada. Após o período sem dieta pode haver uma sensação de inchaço e isso ocorre por conta da retenção de líquidos e talvez um ganho de peso em decorrência do alto consumo de alimentos com carboidratos simples e exageros de bebidas açucaradas e bebidas alcoólicas e açucaradas. Pensando nisso, a Dra. Fernanda Lopes, nutricionista clínica do Emagrecentro, sugere alguns passos para eliminar o inchaço e voltar ao ritmo com uma dieta saudável.

  • Nada de compensar! Aquele pensamento de ficar muito tempo sem comer ou comer em uma quantidade muito baixa é um grande erro! “A restrição gera picos de fome, levando à alta ingestão de alimentos de uma só vez. Isso, mais para frente, ainda pode gerar um transtorno alimentar e se tornar um ciclo vicioso”, explica Lopes; 
  • Beba muita água. Diariamente é recomendado em média 2 litros de agua/dia  para a eliminação de toxinas, recuperar a hidratação e identificar com mais facilidade quando se está com fome;
  • Não poupe na salada! Esses alimentos apresentam boa quantidade de fibras e minerais, garantido um bom funcionamento intestinal, já que as vitaminas e minerais presentes na salada estão diretamente relacionados com o reequilíbrio da flora intestinal. Por isso, quanto maior for a variedade e cores, melhor;
  • Alimentos anti-inflamatórios são grandes aliados. “Para potencializar o processo, pode incluir gengibre, cúrcuma, semente de chia ou linhaça e vegetais verde-escuros na dieta, pois eles são imprescindíveis para auxiliar no detox do organismo”, comenta a especialista Fernanda.

 

Emagrecentro


Marido machista? Veja 5 dicas para impor limites

Misoginia existe até nas relações amorosas e deve ser combatido (Crédito Unsplash)

Pesquisa revela que apenas 11% dos brasileiros se consideram machistas

  

Segundo dados da pesquisa PoderData, divisão de estudos estatísticos do site Poder360, 83% dos brasileiros reconhecem que há machismo no Brasil, mas apenas 11% se consideram machistas. Além disso, a mesma pesquisa revela que outros 7% acreditam que a desigualdade de gênero não existe no país. É fácil de entender que as mulheres também são vítimas em muitas relações amorosas, com maridos que, com violência psicológica e/ou física, alimentam uma ideia de inferioridade às mulheres, e suas esposas não são isentas.

“É fundamental saber quais atitudes e/ou falas são machistas e corroboram com o discurso misógino. Em uma relação amorosa, as cenas são mais previsíveis, e é igualmente importante que sejam combatidas, ainda mais porque muitas pessoas erram em achar que o machismo está apenas na agressão física. No casamento, além das falas machistas, ainda existe a ideia de que é papel da mulher, sozinha, cuidar da casa, dos filhos e do próprio marido, e isso deve acabar”, disse Henri Fesa, especialista em relacionamentos e representante da Casa das Magias. 

Em qualquer relação, é importante entender que a responsabilidade afetiva deve estar presente, seja para entender atitudes misóginas ou para simplesmente conversar sobre um problema menor. “O amor não é a única base de um relacionamento. É preciso respeito, empatia, cuidado, companheirismo e outros pontos para que uma relação saudável aconteça. Se tratando de machismo no casamento, é importante não ‘abrir mão’ desses cuidados, pois o índice de feminicídios ainda é grande na sociedade”, continua o especialista. 

Em 2022, considerando apenas o primeiro semestre, 699 mulheres foram mortas em razão da sua condição de ser sexo feminino, conforme dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Ou seja, em apenas seis meses, aproximadamente quatro mulheres foram mortas todos os dias no Brasil, e unicamente por serem mulheres. O crime de feminicídio surge com a Lei nº 13.104/2015, que modifica o artigo 121 do Código Penal que tipifica o crime de homicídio para incluir a qualificadora do feminicídio entre os crimes contra a vida. 

Apesar do triste índice, é importante entender que tudo começa na discussão, no tratamento, nas palavras e que devem, sem dúvidas, ser combatidas no início. Para uma relação respeitosa, amorosa e saudável, a Casa da Magia, com espiritualistas com mais de 30 anos de experiência, tem ajudado casais a restabelecerem a harmonia e garantir o amor e a cumplicidade da relação através do Casamento Espiritual. Seja através da espiritualidade ou de qualquer outro método, é importante se guiar pelo respeito e buscar equilíbrio na relação. 

Pensando nisso, Henri Fesa, especialista em relacionamentos da Casa das Magias, dá 5 dicas para impor limites com um marido machista:

 

1. Identifique as falas e ações machistas 

Antes de tudo, é preciso reconhecer tudo que representa o machismo dentro da sua relação. Entenda que não é só a violência física, mas a psicológica, ou ações que colocam a mulher como responsável pelos cuidados da casa, dos filhos e situações afins;



2. Exponha a situação ao parceiro
 

É fundamental expor como a desigualdade de gênero afeta a relação, como explicar injustiças com os cuidados da casa, quando não são divididas, ou falas que corroboram com a misoginia. Se ainda houver disposição, busque mudança no parceiro de imediato;



3. Mantenha-se firme
 

Entenda que não há argumentos no mundo que justifiquem o machismo. Ele deve ser controlado e ponto final.


 

4. Exija respeito sempre 

Na relação, mesmo que a mudança aconteça de maneira mais lenta, é importante exigir respeito. Respeito é o mínimo;


 

5. Modele os acordos da relação 

É comum casais fazerem seus acordos, como a frequência de determinadas atividades, os afazeres domésticos, modo como fazem determinadas coisas. Na conversa, busque mudar os acordos que não fazem mais sentido ou os que colocam a mulher em desvantagem.


 

Casa das Magias

casadasmagias.com.br/ 


Especialista destaca acesso à informação e aos métodos preventivos para reduzir gravidez na adolescência

Taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos no Brasil é 50% maior do que a média mundial

 

Estudos nacionais e internacionais têm mostrado os impactos negativos significativos da gravidez precoce na adolescência, com consequências no futuro profissional das jovens mães, no aumento da pobreza e de desigualdades sociais. No mundo, a gravidez em adolescentes é considerada de risco e como um problema  de saúde pública, principalmente em relação à mortalidade materna.

No Brasil, segundo informações do Sistema de Informações de Nascidos Vivos, do governo federal, a taxa de nascimentos de crianças de mães entre 15 e 19 anos é 50% maior do que a média mundial — a taxa global é estimada em 46 nascimentos por cada uma mil meninas, enquanto no Brasil estão estimadas 68,4 gestações.

A situação ainda é mais preocupante quando é analisado o recorte de crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos. Em 2020, foram registradas 17,5 mil mães nesta idade. Na última década, a Região Nordeste foi a que mais teve casos de gravidez com este perfil: foram 61,2 mil, seguido pelo Sudeste, com 42,8 mil.

Para a Organização Mundial da Saúde (OMS), filhos de mães adolescentes têm maior probabilidade de apresentar baixo peso ao nascer e maior probabilidade de morte do que os filhos de mães com 20 anos ou mais. Durante o primeiro ano de vida, filhos nascidos de mães adolescentes apresentam uma taxa de mortalidade infantil duas a três vezes maior que a de mães adultas e um aumento de seis vezes na incidência de síndrome de morte súbita.

“A prevenção da gravidez na adolescência é fundamental para reduzir o problema e garantir a saúde e o bem-estar das jovens e de seus filhos. É uma oportunidade de conscientizar sobre a importância de planejar o futuro e de se proteger contra doenças”, comenta o médico ginecologista, Anderson Nascimento, da Rede de Hospitais São Camilo.

A Rede São Camilo reúne profissionais e recursos tecnológicos para o atendimento à saúde da mulher com uma visão integral de suas necessidades. A saúde feminina é trabalhada na prevenção e tratamento de doenças com o foco da atenção nas vulnerabilidades e características clínicas e comportamentais em diferentes fases da vida, como na adolescência, na maternidade e na menopausa.

No Centro de Atendimento à Saúde da Mulher são realizados os principais exames diagnósticos para rotina e acompanhamento, como Papanicolaou, Colposcopia, Ultrassonografia, Mamografia e Densitometria Óssea.

  

Rede de Hospitais São Camilo


Não era bem isso que eu queria..

“A aula acabou e meu aluno querido veio me contar todo satisfeito: - Professora, consegui o trabalho na empresa que tanto queria. Compartilhando sua alegria, respondi: - Puxa, que legal, parabéns!

 Três meses depois, a aula acabou e lá veio o mesmo aluno contar a novidade com ar desanimado: - Professora, não era nada daquilo! Cheguei à conclusão que não era bem isso que eu queria, vou sair! Minha resposta: - “Senta aí”, vamos conversar melhor!


Ouço com certa frequência essa frase no Centro de Carreiras da Strong Business School ! Ela vem carregada com uma dose de desapontamento e outra de angústia. Muitas vezes, a pessoa se esforçou para conseguir uma recolocação, ou ainda, o estágio naquela sonhada empresa, ou o emprego que vai pagar os boletos acumulados. As justificativas e motivações para esse movimento podem ser diferentes, mas o fato é que quando nos deparamos com esse pensamento povoando nossas mentes, parece que uma parte da satisfação de ter conseguido, desmorona.

O que fazer?

O percurso a ser seguido “enquanto não consigo outra colocação”, carrega um desafio que pode se tornar um celeiro de oportunidades.

A primeira orientação que podemos dar e nisso, os pesquisadores de carreira sabem que o que mantém portas abertas, é a qualificação. Oportunizando diferentes experiências em diferentes áreas, qualificação constante, aprendizagem constante, o preparo constante, nos mantém empregáveis. Nunca deixe de estudar, ainda que seja fora da sua área de atuação. Como cursos de artes, de música, de línguas, de literatura, de língua portuguesa, enfim. Mantenha sempre sua mente ocupada com aprender algo. Isso mostrará, numa entrevista de emprego, o quanto você é uma pessoa preocupada em aprender, se atualizar, se expandir e com mais riqueza no repertório.

Segunda coisa, é com relação às experimentações. Estar aberto a fazer novos trabalhos, novas experimentações é rico para abrir possibilidades, novas perspectivas e novos cenários. Fazer muito tempo a mesma coisa, na mesma área, muitas vezes faz com que nossos olhos não se levantam para outras possibilidades. Então, muitas vezes o jovem universitário, recém-formado, que está fazendo estágio ou que está em início de carreira, tem possibilidade de fazer experimentações em áreas diferentes e, frequentemente, nessas experimentações, são realizadas descobertas preciosas no que diz respeito à carreira. Claro que as experimentações são mais para o indivíduo que está com menos compromissos financeiros e  familiares. Se você não é arrimo de família, se não tem ninguém que dependa de você e do seu trabalho, experimente. Você pode descobrir um universo de possibilidades e de prazer em um novo trabalho! Quando eu falo de experimentar é estar aberto pra fazer coisas diferentes, trabalhos diferentes em áreas diferentes, até mesmo um sem o compromisso profissional, um trabalho voluntário, um projeto, uma coisa diferente, aquilo que queria tanto fazer e não teve possibilidade. Não é incomum que, na medida em que experimente, novos gostos e inclinações venham à tona e, muitas vezes, fazendo uma atividade que não precisa, necessariamente, ser laboral. A própria atividade, diferente daquilo que se está acostumado a fazer, pode despertar e abrir um leque de possibilidades, onde jamais imaginou que haveria. Nessas experimentações pode-se vivenciar uma transição de carreira efetiva ( para quem já está há algum tempo trilhando uma trajetória profissional) ou um reconhecimento da carreira que ser percorrer ( para quem está iniciando).  


Mas se você apenas quer mudar de empresa, é importante ter uma boa compreensão de seus interesses, habilidades e objetivos antes de mudar de emprego. É importante pesquisar para comparar benefícios e desvantagens. Você também deve preparar um currículo atualizado que destaque suas melhores competências. Faça um currículo personalizado para cada vaga, mas com bom senso. Depois pesquise os sites relacionados a empregos e carreiras para encontrar vagas que se encaixem nos seus critérios desejados. Você pode também fazer contato com as empresas para obter informações adicionais. Se você quiser aprofundar seu networking, você também pode aproveitar sites de redes sociais para procurar contatos profissionais em empresas de interesse.

No começo do texto falei também em desafios. Mudanças sempre são um grande desafio  porque nos tira da zona de conforto. Mas por outro lado, os desafios fazem nosso coração bater mais forte, a adrenalina tomar conta de nós em novos relacionamentos. A sensação de chegar na empresa nova, na mesa nova, conhecer novos colegas nos renova como seres humanos e isso sempre reflete no profissional em nós que vamos nos moldando.

E existe trabalho perfeito? Bom, “senta aí...”

 

Dione Fagundes - professora da Strong Business School


Projeto de inserção de pessoas com autismo e com deficiência intelectual no mercado de trabalho está com inscrições abertas

300 vagas estão sendo disponibilizadas para pessoas residentes em Curitiba (PR) e Região Metropolitana


Com inscrições abertas até o dia 28 de fevereiro, o Ensina Itinerante PRONAS/PcD 2023, projeto executado pela ASID Brasil, em parceria com o Ministério da Saúde, está com inscrições para formação profissional de pessoas com autismo e deficiência intelectual. O projeto tem por objetivo o aprimoramento de habilidades técnicas e comportamentais para ingresso no mercado de trabalho e apoiar essas pessoas em processos seletivos para vagas de emprego.  

Totalmente on-line e com carga horária de 320 horas, com 80 encontros ao longo de três meses, o projeto tem conteúdo gravado duas vezes por semana, seguido do envio de exercícios e uma aula síncrona. O Ensina Itinerante também disponibiliza mentoria e orientações profissionais para pessoas com deficiência, focando no desenvolvimento de talentos e virtudes dessas pessoas para o processo de inserção e reinserção no mercado de trabalho. 

No total, serão disponibilizadas 300 vagas nos cursos profissionalizantes, nas áreas de Logística, Administrativa, Produção, Varejo, Informática, Elaboração de currículo e Entrevista e Trabalho em Equipe. As pessoas participantes terão simulações de ambiente de trabalho para o aprimoramento de habilidades técnicas (hard skills), assim como de habilidades comportamentais e socioemocionais (soft skills). Após serem orientadas sobre a importância da qualidade de vida, quem participa do projeto, irá elaborar um planejamento de vida. 

De acordo com Michely Ribeiro, líder do projeto, o Ensina Itinerante faz parte do Programa Nacional de Apoio à Atenção da Saúde da Pessoa com Deficiência e é financiado pelo Ministério da Saúde. “O projeto garante que pessoas com autismo e deficiência intelectual tenham oportunidades de qualificação profissional e desenvolvam habilidades importantes para atuação no mercado de trabalho. Ao mesmo tempo dá para as empresas e organizações oportunidade de inclusão, ampliando seu quadro de profissionais diversos”, afirma. 

Paralelamente à realização do curso, a ASID também busca parcerias com empresas e organizações que podem ser futuras contratantes das pessoas que realizam os cursos, facilitando a participação em processos seletivos e, consequentemente, o ingresso no mercado de trabalho.

As inscrições podem ser realizadas até o dia 28 de fevereiro, pelo link https://bit.ly/3XgaP1K, e são direcionadas a pessoas com autismo e deficiência intelectual residentes em Curitiba (PR) e Região Metropolitana. O início das aulas está previsto para o mês de março. Mais informações, acesse www.asidbrasil.org.br.  

 

Imigrantes se decepcionam ao irem aos Estados Unidos esperando o auxílio de políticas de public charge

De acordo com Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, esse tipo de situação acontece, geralmente, com quem foi enganado por consultores ou agências


A política de public charge nos Estados Unidos tem sido alvo de muita controvérsia e debate nos últimos anos, especialmente após a atualização das regras em 2019, pelo governo de Donald Trump. Essa solução foi criada para que imigrantes, em busca de um visto ou residência permanente no país, sejam auxiliados financeiramente em determinadas situações, como por exemplo gastos relacionados à saúde.

A avaliação leva em consideração fatores como renda, emprego, educação, idade e habilidades linguísticas. No entanto, essa política tem sido criticada por muitos como discriminatória e prejudicial aos imigrantes mais pobres e vulneráveis, limitando seu acesso aos serviços públicos essenciais e contribuindo para o aumento da desigualdade social.

Neste contexto, é fundamental compreender como o uso da política de public charge afeta a vida dos imigrantes nos Estados Unidos e suas perspectivas de crescimento dentro da sociedade americana.

Entretanto, de acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLL, muitas pessoas estão sendo convencidas a irem ao país norte americano com a certeza de que o Governo Federal pagará por suas despesas. “Não é bem assim que as coisas funcionam. Essas pessoas estão sendo enganadas e chegam nos EUA realmente acreditando que serão bancadas pelo estado, tornando a viagem em um banho de água fria”, relata. 

Para o advogado, esse tipo de situação se trata de um golpe praticado por agências no Brasil. “Há pessoas que  fazem de tudo para lucrar, e esse é apenas mais um cenário em que isso acontece. Eles convencem viajantes a irem aos Estados Unidos, passarem por todos os trâmites de solicitação de visto para que, na chegada, esses turistas ou potenciais trabalhadores percebam que nada do que foi prometido é real”, declara.

Na opinião de Toledo, as verbas públicas não deveriam ser usadas nesse sentido. “Acredito que quando as pessoas passam pelo processo de imigração para os Estados Unidos, devem ter plenas condições de se sustentar durante sua estadia no país. É inviável que o estado banque as despesas de milhares de imigrantes que foram orientados a solicitar a política de public charge durante a permanência nos EUA”, finaliza.

Algumas organizações de defesa dos direitos dos imigrantes estão lutando contra a política atual de public charge, pressionando o governo a mudá-la.

Vale lembrar que os imigrantes são uma parte importante da sociedade americana, e as políticas de imigração visam garantir que todos os imigrantes possam ter uma chance justa de viver e trabalhar nos Estados Unidos. 



Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 174 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos


Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br



Quatro tendências de privacidade de dados para 2023

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Evolução legal e desenvolvimento de novas tecnologias devem influenciar ações de empresas e consumidores


Vazamentos gigantescos, golpes pelas redes sociais, mensagens de texto disparadas para celulares cobrando dívidas com grandes marcas. O tratamento dispensado aos dados pessoais no Brasil segue sendo um grande desafio para as empresas - e o pouco cuidado com essas informações ainda é fonte de uma série de problemas para os consumidores. De acordo com um relatório elaborado pela consultoria Statista Research Department, cerca de 52 milhões de violações de dados pessoais foram registradas apenas nos últimos três meses de 2022.

Apesar da regulamentação gerada pela Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), de 2018, esse tipo de ocorrência continua acontecendo país afora. Para a diretora de Tecnologia e DPO da Tecnobank, Adriana Saluceste, o mercado ainda está se adequando. “A regulamentação existe e deveria ser o bastante para que as pessoas estivessem protegidas, mas infelizmente isso ainda não acontece em todos os casos. Vemos que golpes que utilizam informações que deveriam ser privadas seguem sendo muito comuns. Esse cenário deve começar a mudar conforme as empresas passem a adotar novas formas de proteger os dados de seus clientes e usuários”, pontua. Responsável justamente por esse setor em uma empresa especializada em tecnologia para registro de contratos de financiamento de veículos, ela faz uma lista das tendências de privacidade de dados que devem dominar o mercado em 2023.


  1. Privacidade por design

Em um passado recente, a preocupação com a privacidade dos dados vinha depois de todas as outras etapas de desenvolvimento de um projeto. Agora, as empresas começam a incluir a proteção de dados no início do processo de desenvolvimento. No caso da privacidade por design (privacy by design), algumas práticas aparecem como ferramentas para aumentar o nível de proteção. Entre elas, estão a já conhecida criptografia e a anonimização de dados.


  1. Aumento da regulamentação

Ao contrário do que acontece no Brasil, muitos países pelo mundo ainda não têm leis especificamente desenhadas para garantir a responsabilização das empresas pelos dados que coletam, utilizam e armazenam. E, mesmo nos países que possuem esse tipo de legislação, a rigidez das regras e da fiscalização são duas tendências aguardadas para este ano.


  1. Mais liberdade de escolha

“Utilizamos cookies para melhorar sua experiência”: esse tipo de frase tem presença garantida na maior parte dos sites. Em muitos casos, o usuário consegue acessar configurações e determinar quais dados quer compartilhar, mas, em outros, isso ainda não é possível. “Uma das tendências em privacidade de dados é, justamente, uma maior liberdade para fazer essa escolha. Em breve deve ser possível, por exemplo, retirar as próprias informações de sites, aplicativos e serviços que você não utiliza mais”, explica Adriana.


  1. Transparência

Seguindo a mesma onda, a forma como empresas coletam os dados de seus usuários e consumidores também deve sofrer mudanças, principalmente quanto à transparência. Explicar às pessoas quais informações estão sendo coletadas, porque elas são necessárias e de que forma serão utilizadas deve se tornar uma prática cada vez mais frequente, opina a especialista.

 

Tecnobank

 

O consumidor que tiver prejuízo pode processar uma empresa em recuperação judicial? Advogado responde

 Dr. Henrique Rocha Armando, especialista em Direito Empresarial, também opina por que tantas empresas no Brasil estão entrando nesse processo

 

Dados do Indicador de Falências e Recuperações Judiciais da Serasa Experian mostram que em janeiro foram registrados 92 pedidos de recuperação judicial no Brasil, um crescimento de 37,3% em comparação com o mesmo mês de 2022. A Americanas, gigante do varejo, é o caso mais emblemático deles. E como fica o consumidor que ainda usa os serviços dessas companhias? Ele pode processar essas empresas caso tenha prejuízos?

 

“As ações de conhecimento, ou seja, ações que irão comprovar a existência de um dano, continuam tramitando normalmente, contudo, se no julgamento da ação seja reconhecido direito de indenização ao consumidor e a empresa em recuperação judicial ainda estiver sob a proteção do stay period não será feita nenhuma penhora ou constrição de bens e valores”, explica Dr Henrique Rocha Armando, especialista em Direito Empresarial.

 

O advogado afirma que a dificuldade das empresas se deve a atual conjuntura do país. “Estamos como um todo passando por um momento de correção de mercado em diversos níveis após o desalinhamento dos preços que ocorreu na pandemia. Além disso, acabaram-se os programas governamentais e as empresas que precisam de uma renegociação de dívida com os bancos acabam se esbarrando em uma Selic alta de 13,75% e uma forte inflação que acaba enfraquecendo o mercado consumidor”, comenta.

 

Ele esclarece como funciona o processo de recuperação judicial. “Após formalizado o pedido ao judiciário, com o deferimento do processamento da Recuperação Judicial é concedido o “stay period”, um prazo de 180 dias onde nenhuma cobrança ou constrição pode ser realizada contra a empresa, garantindo um respiro para a sociedade poder organizar sua casa e apresentar o seu plano de recuperação judicial aos seus credores. Todos os atos são acompanhados por um Administrador Judicial que é o profissional auxiliar do juiz, garantidor de que tudo irá ocorrer dentro da regularidade”, destaca.

 

Henrique pontua os direitos e deveres de uma empresa que tem o respaldo da Justiça para se recuperar. “Com a Recuperação Judicial em andamento a empresa obtém um ambiente negocial favorável com respaldo do judiciário para reerguer sua atividade e manter sua função social gerando empregos e movimentando a economia. Além disso, possui obrigação de ser transparente com as informações e cumprir estritamente o Plano de Recuperação Judicial caso seja aprovado, sob pena de convolação em falência”, esclarece. 

O especialista também analisou o caso das Americanas. Ela acredita que a empresa vai conseguir voltar a ser a gigante que foi. “Tem tudo para se reerguer. É uma empresa que possui tradição no mercado brasileiro e o processo de Recuperação Judicial ajuda muito a dar um respiro nos negócios e se reestabelecer economicamente, entretanto não será tarefa fácil, pois diante do cenário econômico atual o setor varejista acaba sendo um dos que mais sofre impactos negativos nas vendas e ocasiona problemas operacionais como um todo”, finaliza.


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