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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

Porque a obesidade precisa ser tratada

As pessoas estão cada dia mais com suas vidas agitadas e com suas agendas comprometidas. Seja com o trabalho, com os estudos, com a casa, com os filhos ou, até mesmo, com tudo junto. Com a falta de tempo para uso pessoal, as pessoas ficam condicionadas a realizar tarefas o dia inteiro, e sequer olhar para o espelho e notar a sua imagem, tanto do aspecto externo como interno.

A sobrecarga de tarefas gera uma cadeia de desorganização na vida pessoal do indivíduo. As principais consistem em dormir pouco, comer tranqueiras, ser estressado, e, possivelmente, sedentário. Essa vida acima descrita é a rotina atual de milhões de pessoas pelo planeta. O botão do automático está ativo praticamente 24 horas – o que já se tornou uma prática comum e inconsciente.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2025, a projeção é de que 2,3 bilhões de adultos ao redor do mundo estejam acima do peso, sendo 700 milhões de indivíduos com obesidade, ou seja, com um índice de massa corporal (IMC) acima de 30.

O resultado é que as pessoas estão sofrendo muito com a obesidade e com o sobrepeso e o mercado do emagrecimento e opiniões diversas vem confundindo as pessoas que ficam sem direcionamento, arriscando a vida tentando o fazer sozinhos, como: tomar medicação da moda sem prescrição (OZEMPIC) e/ou fazendo horas de jejum, e/ou cortando algum alimento das suas refeições. O corpo precisa ser nutrido de alimentos importantes e só profissionais especializados para orientar de forma personalizada e correta.

Pós pandemia, mais precisamente, pós confinamento, aumentou muito a busca das pessoas em melhorar seu bem estar tanto fisicamente quanto esteticamente. O motivo foi porque as empresas voltaram para o presencial e a aparência voltou de novo a ser importante para os relacionamentos interpessoais.

 Aumentou demais também a quantidade de pais trazendo os filhos adolescentes, que se tornaram obesos no período de confinamento, sem atividade física e à  livre demanda de fast food. Este período da vida que já é complexo, por conta das inúmeras mudanças acontecendo no corpo, e o agravante do excesso de peso mexe muito com a auto-estima dos jovens.

É de extrema importância a abordagem e acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para TRATAR a obesidade e o sobrepeso, que desde 2020, entrou na lista de risco de vida segundo a OMS devido a grande lista de comorbidades metabólicas.

Atuo há 5 anos coordenando uma equipe com: Nutricionista, Personal trainer e psicólogo e esteticistas, tratando o todo, in e out, afinando mente e corpo. Uma equipe alinhada e que aborda o paciente numa mesma linguagem e com propósito de ensinar, que é possível sim, reprogramar novos hábitos saudáveis, independente da idade e sexo, a conquistarem uma melhora de qualidade e estilo de vida. Só assim, é possível se sustentar magro, uma vez incorporado e treinado estes novos hábitos.

 

Adriana Mariano - fisioterapeuta dermato funcional e estrategista em emagrecimento


O que é inteligência neuromuscular e quais são os seus ganhos à saúde

 Inteligência Neuromuscular é o conhecimento que se adquire ao compreendermos as propriedades dos músculos, em especial os músculos esqueléticos. Por exemplo: como se contraem e geram força, como se relaxam, como ocorrem as hipertrofias, as atrofias, as hipertonias e hipotonias. Além disto, aprendemos a reconhecer a unicidade do ser humano, como determinada pessoa reage aos exercícios e, por fim, as principais definições fisiológicas que ocorrem nos músculos nessas situações. 

Utilizamos este conhecimento para o tratamento e a reabilitação de pacientes, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida. Aos atletas, mostramos o caminho seguro para competições de alto rendimento.

Estes conhecimentos são colocados em prática nos tratamentos de reabilitação de pacientes com doenças neuromusculares degenerativas, de pacientes que sofreram acidentes e perderam movimentos, ou até mesmo na prevenção de outras doenças ou da sarcopenia, alteração da musculatura esquelética pela redução da força e da massa muscular secundária. 

O tratamento integrado e de alta performance promove uma melhora expressiva na qualidade de vida, na autonomia dos pacientes (com o objetivo de eliminar a dependência para fazer atividades rotineiras, como vertir-se, banhar-se) e no aumento da longevidade das pessoas que possuem doenças neuromusculares degenerativas. Importante ressaltar que, muitos destes pacientes, haviam sido desacreditados anteriormente, em outros diagnósticos e condutas diversas. 

Para desenhar cada tratamento, são necessários estudos clínico e fenotípico de cada paciente. Sendo assim, é possível identificar a real condição clínica de cada um e sua vida atual psicossocial, que reflete significamente no resultado da reabilitação. 

Conheça alguns dos tratamentos que fazem parte da inteligência neuromuscular:
 

Atividade física

A atividade física provoca o estímulo através de um movimento voluntário. A partir disto, temos a ativação do neurônio motor superior, que ativa o neurônio motor inferior para o músculo contrair. Tudo começa e termina no sistema nervoso. Além dos diversos benefícios da atividade física, também podemos destacar a melhora grande na memória do aprendizado e na parte cognitiva. O que traz um benefício enorme no tratamento de doenças neuromusculares degenerativas.

Fisioterapia aquática

A fisioterapia aquática é indicada para pacientes que apresentam qualquer dificuldade na marcha, seja por sarcopenia muscular ou por desequilíbrios. Portanto, são executados exercícios proprioceptivos e outros para o fortalecimento muscular, proporcionando ganho de massa muscular magra, confiança e autonomia.
 

Fisioterapia motora

Consiste em exercícios no solo que proporcionam o ganho de massa muscular através da inteligência neuromuscular, auxiliando no tratamento de doenças osteomusculares e melhorando o equilíbrio e a propriocepção de quem sofreu algum trauma ou tem alguma doença neuromuscular degenerativa.
 

Musicoterapia

A musicoterapia utiliza a música e instrumentos musicais como ferramentas terapêuticas, possibilitando o desenvolvimento por meio do potencial criativo de cada ser humano. É como permitir que o fluxo sonoro modifique padrões físicos e psíquicos de comportamento, atuando diretamente nos sistemas neurossensorial, rítmico e metabólico.

Quando cantamos e tocamos algum instrumento, ativamos áreas cerebrais que controlam a fala, o movimento, a memória, dentre outros sentidos. Os sons e a música acessam 'mecanismos' orgânicos possíveis de 'reparos'. Portanto, conseguimos obter melhoras na fala, no movimento físico, na memória, na concentração, além do aumento dos sentidos que proporcionam bem-estar, amenizando aspectos de ansiedade e depressão.

Não podemos deixar de ressaltar a importância do olhar humanizado do médico patologista neuromuscular e neurologista, assim como de toda a equipe multidisciplinar que cuidará dos pacientes.

A valorização da dignidade humana, envolvendo uma relação de confiança, empatia, aliança e assistência, é de extrema importância para um tratamento eficaz. Podemos dizer, com tranquilidade, que é possível nascer, viver e envelhecer com saúde.

Dessa forma, resgatamos a esperança e o prazer pela vida.

 

Beny Schmidt - patologista neuromuscular da UNIFESP e do centro Almaā Healing Group


Especialistas em Saúde Mental alertam para comportamentos de risco no Carnaval

 Para que o excesso de álcool e outras drogas não estrague a festa, é preciso moderar o consumo e estar atento


O carnaval sempre foi sinônimo de extravasar, esquecer dos problemas e brincar nas avenidas, nos trios e blocos de rua. Esses momentos são muito importantes para a saúde mental, mas desde que haja responsabilidade na diversão. Para Livia Castelo Branco e Lara Cannone, psiquiatra e psicóloga da Holiste Psiquiatria, há, principalmente por parte dos foliões mais jovens, uma grande expectativa em relação às festas, mas também ao consumo de bebidas alcoólicas e outras substâncias, sem se atentar para os riscos deste comportamento.

"É comum que depois, muitos contem com orgulho o quanto beberam, quantos beijaram e o quão "loucos" ficaram. As vivências são importantes para a construção da personalidade, da história de vida e como passagem para novas fases de amadurecimento, mas muitas vezes os resultados geram intenso sofrimento. Por conta disso, para aproveitar tamanha liberdade, é preciso ter alguns limites, como moderar o consumo de substâncias, mas também dar suporte aos amigos que beberam demais e podem estar mais vulneráveis a golpes e outras situações de risco", esclarece Livia.


Folia coletiva, responsabilidade coletiva

O alto consumo de álcool, por exemplo, pode gerar euforia, desinibição, irritabilidade e redução da noção de perigo - um importante sintoma que não deve ser menosprezado, já que a pessoa pode se colocar em situações de perigo físico e emocional eminentes. Já o uso de outras drogas pode gerar paranoia e agressividade, além do risco de quedas e problemas físicos, como intoxicação, alertam. 

O carnaval é uma festa que acontece em uma multidão; é uma responsabilidade coletiva estar atento aos cuidados consigo mesmo e com os outros. “Isso vale para identificar se um amigo passou do ponto, se estamos sofrendo abuso ou, até mesmo, sendo abusivo com alguém. Daí a importância de campanhas como a "não é não". Se alguém nega uma investida, verbalmente ou não, é a hora de parar. Principalmente os sinais corporais devem ser levados em consideração para ajudar pessoas que possam estar passando por alguma situação de assédio ou outros crimes", alerta Lara.

Alguns sinais importantes que ajudam a identificar se uma pessoa está sendo constrangida, coagida ou mesmo desconfortável durante uma abordagem nos blocos de carnaval, são:

  • A pessoa está em condições para decidir ou o uso de alguma substância está prejudicando droga o seu senso de consciência?
  • A pessoa está se esquivando, demonstra constrangimento e desconforto?
  • Há algum tipo de imobilização (encurralar na parede, segurar pela cabeça/cabelo)?

Não importa se é um casal com relacionamento anterior ao carnaval ou se acabaram de se conhecer, o não é válido da mesma forma. "Estar atento a essa questão é uma forma de se divertir de verdade, preservar a integridade alheia e se proteger de situações danosas. A diversão só é saudável se de fato todos estiverem se divertindo", finaliza Livia. 



Holiste - clínica de excelência em saúde mental, c sediada em Salvador, Bahia, com atendimento nacional.
www.holiste.com.br


Apenas 22,8% dos brasileiros usam preservativo durante as relações sexuais

Urologista acende alerta para doenças sexualmente transmissíveis no Carnaval

 

Vídeo release disponível em: https://drive.google.com/file/d/1H22OCtBild_zE3VobEpcpNOUI7nvkYKW/view?usp=sharing 

Entra ano, sai ano, a preocupação com doenças e infecções sexualmente transmissíveis (DSTs e ISTs) se intensificam durante o Carnaval e começam as campanhas de prevenção. Em sua última pesquisa sobre o tema, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que apenas 22,8% de brasileiros acima de 18 anos usam preservativo durante as relações sexuais. Ou seja, aproximadamente 26,6 milhões de pessoas.

Outro dado importante vem do Ministério da Saúde: entre jovens de 15 a 24 anos, apenas 56,6% usam camisinha. Por isso é cada vez mais importante conhecer quais são essas doenças e infecções, assim como os cuidados que é preciso ter para se prevenir e não precisar deixar de lado os momentos de diversão. 

“As doenças mais comuns são as verrugas genitais, a sífilis e a gonorréia, que causa uma inflamação na uretra com corrimento bem característico. Em segunda ordem, mas não menos importante, temos a herpes genital, a pediculose, a escabiose e a tricomoníase. Outras menos comuns são a infecção pelo HIV, o linfogranuloma venéreo, conhecido como bulbão, a donovanose, e as hepatites B e C”, explica o médico urologista Heleno Diegues Paes. 

Ele afirma que a melhor maneira de prevenção das DSTs ainda é usar camisinha em todas as relações sexuais, seja vaginal, anal ou oral, e faz um alerta: “Mesmo com o uso de preservativo, é possível contrair algumas doenças como as verrugas genital e a herpes genital, desde que haja lesões em áreas não cobertas”. 

Outras maneiras de se proteger consistem em evitar a promiscuidade, ou seja, a troca frequente de parceiros sexuais. Até porque, elas podem ser transmitidas por qualquer pessoa, mesmo as que aparentam ser saudáveis. 

O Dr. Heleno destaca ainda que o contágio de algumas ISTs não acontece exclusivamente pelo sexo. Por exemplo, é possível contrair HIV, sífilis e hepatites por transfusão sanguínea, ou pediculose e escabiose por meio do contato com roupas contaminadas. 

Mas e quem teve uma relação desprotegida, deve se preocupar? O urologista é direto: “se foi uma relação de risco, por exemplo, com profissionais do sexo, ou com pessoas sabidamente promíscuas, ou ainda, com lesões genitais visíveis, o melhor a fazer é procurar um médico. O profissional irá solicitar sorologias daquelas doenças que podem não manifestar sintomas em estágios iniciais. Basicamente testamos o HIV, a sífilis e as hepatites B e C. Também é possível fazer tratamento profilático com anti-retrovirais quando há risco de exposição ao HIV”.

 

Assim, não há segredo! O especialista diz que, para curtir o Carnaval com segurança, a dica é fazer sexo sempre com camisinha, manter a boa hidratação e cuidado com uso de álcool e drogas, e claro, qualquer sinal estranho procurar um médico de confiança.

 

 

Heleno Paes - começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.


Osteogênese imperfeita: Doença rara pode ser detectada ainda no útero

28 de fevereiro é o Dia Mundial das Doenças Raras

 

Osteogênese imperfeita é uma doença congênita, uma falha que acontece no osso, deixando-o muito frágil a ponto de fraturar muitas vezes sem nenhuma queda ou qualquer tipo de trauma. A doença, na sua forma mais leve e frequente, é causada pela mutação do gene do colágeno tipo 1, que é a principal proteína que forma o osso. 


A osteogênese imperfeita mais leve é hereditária, também chamada de autossômica dominante. Nestes casos, metade da família tem a doença, ou seja, há 50% de risco de um filho ter a doença.

 

Mas ela também pode não ser hereditária e, quando isso ocorre, dificilmente esse paciente poderá ter filhos, já que carrega a forma mais grave da doença.

 

Quando a osteogênese é detectada no bebê ainda dentro do útero da mãe já é possível ver fraturas e, durante o parto, elas também podem acontecer. Nas formas mais graves é incompatível à vida, já que pode resultar em óbito no momento do parto devido à quantidade de fraturas.

 

Tratamento - Sendo uma doença genética, não tem cura, porém há tratamento que reduz o número de fraturas e melhora a qualidade de vida do paciente, devendo ser feito na fase do crescimento rápido, ou seja, na infância e adolescência. Com base no uso de bisfosfonatos, podem ser indicadas para as crianças terapias com o pamidronato, o primeiro medicamento a ser utilizado por meio de infusões na veia em 2 a 4 horas, a cada quatro meses.

 

“Agora também contamos para o tratamento da doença com o ácido zoledrônico, que é também administrado na veia, mas em um tempo menor (30 minutos), e com um prazo maior entre uma aplicação e outra, a cada seis meses. Já há outros medicamentos em fase de testes, aguardando aprovação para serem indicados como tratamentos”, explica a Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

A resposta com o uso desses medicamentos disponíveis para as formas leves e intermediárias da osteogênese imperfeita costuma ser positiva, com a diminuição das fraturas e das deformidades que a doença pode ocasionar.

 

Dra. Marise explica ainda que, após a puberdade, há uma melhora significativa na qualidade dos ossos, diminuindo a quantidade de fraturas. Porém, é preciso fazer o acompanhamento com o especialista ao longo da vida. “Uma paciente com osteogênese imperfeita precisa ter um cuidado muito especial durante a gestação. Ao longo da vida, também podem surgir outros problemas relacionados, como os cardiovasculares, auditivos e visuais. Por isso, a importância do acompanhamento permanente de um especialista”, alerta Dra. Marise.

 



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Hábito de roer unhas pode causar riscos para a saúde bucal

Mãos contaminadas na boca, além de causar prejuízo aos dentes, podem levar bactérias para a mucosa

 

 De acordo com um estudo publicado em 2018 pela revista PubMed.com cerca de 30% da população mundial rói ou mordisca as unhas, independentemente da idade do indivíduo. A chamada onicofagia, termo técnico utilizado para o hábito de roer ou morder unhas e cantos de dedos, está atrelada à fatores múltiplos que vão desde a ansiedade até vício ou tédio. Entretanto, dentistas alertam para os perigos de quebra, trinca e perda de dentes, geralmente, de forma prematura, ou até mesmo infecções bucais já que as mãos contaminadas podem levar bactérias para a mucosa.  

A mesma pesquisa também aponta que 45% dos adolescentes têm o hábito de roer as unhas. Para a coordenadora do curso de Odontologia da Faculdade UNINASSAU Redenção, em Teresina, Carolina Tavares, a deformação nos dentes, desgaste e alteração de posição são os principais transtornos de quem tem o hábito. "Os dentes da frente e os caninos são os que primeiro recebem o contato com a unha. São os mais afetados e podem até ser fraturados. No público infantil e adolescente a situação pode ser pior, pois nessa fase os dentes estão se alinhando e se tornando permanentes. Além disso, o hábito de roer vai desgastando as peças dentárias ao ponto de mudar a mordida, comprometendo a mastigação, o falar e até o respirar”, explicou Tavares.  

Ainda segundo a cirurgiã-dentista essa prática pode não ser simples de tratar e uma equipe multidisciplinar com dentistas e psicólogos devem acompanhar o processo.  O negligenciamento da situação é outra questão negativa porque é essencial o estudo do problema para saná-lo pois do contrário, os tratamentos não surtirão efeito e podem piorar o caso.  “É imprescindível que as pessoas procurem tratamento com mais de um profissional. Em casos de onicofagia, precisamos descartar as variáveis e estudar causas para traçar estratégias de tratamento. Caso seja ansiedade, um psicólogo deve ser consultado em sintonia com um dentista. Em casos de crianças, um pediatra deve ser consultado também. Já em casos mais severos, com feridas nos cantos de unha e dedos, um dermatologista é indicado”, finaliza. 

Várias doenças ou traumas podem acometer o paciente quando o hábito de roer unhas está presente. Retração gengival, mau hálito, cárie, infecções e inflamações bucais são frequentes neste público.

 

Quadro de doenças respiratórias aumenta 128% em crianças de 1 a 4 anos no período de flexibilização da pandemia

Divulgação banco de imagem
Estudo do IESS traça cenário epidemiológico em crianças de 0 a 14 anos beneficiárias de planos de saúde entre 2019 e 2021


Entre 2020 e 2021, período de flexibilização da pandemia, as crianças na faixa etária entre 1 a 4 anos foram as mais afetadas por quadros relacionados a doenças respiratórias no País. Na oportunidade, os casos cresceram de forma substancial, de 1.308 para 2.994 (alta de 128,9%). As informações são do Texto para Discussão nº 93 – Covid-19 e Doenças Respiratórias em Crianças: 2019 e 2021, desenvolvido pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS).

A faixa etária pediátrica de 1 a 4 anos também foi a que teve mais registros de infecções por Covid-19. Em 2020 foram 492 casos, número que saltou para 1.260 ano seguinte (+156,1%).

A análise foi desenvolvida a partir de 19.789 observações extraídas do banco de dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O estudo tem como objetivo traçar um cenário epidemiológico em crianças de zero a 14 anos beneficiárias de planos de saúde no Brasil entre 2019 e 2021.

“Nota-se que com a flexibilização e retomada das atividades, o número de casos de infecções respiratórias em crianças cresceu de forma representativa entre 2020 e 2021, com maior intensidade nas regiões Sudeste e Sul. No entanto, ao observamos o cenário geral, houve queda, entre 2019 a 2021, na maioria das regiões, reflexo de medidas restritivas adotadas como a do isolamento social”, aponta o superintendente executivo do IESS, José Cechin.


Sudeste e Sul

As regiões Sudeste e Sul foram as que apresentaram maiores variações em relação ao aumento de incidência de doenças respiratórias em crianças no País, entre 2019 e 2021. Considerando todas as faixas etárias pediátricas analisadas, o número total de casos no Sudeste foi de 5.160 (2019), 2.689 (2020) e 5.226 (2021). No Sul foram registrados 774 (2019), 292 (2020) e 757 (2021).   


Cenário pré-pandemia

Levando-se em conta o cenário pré-pandemia, em 2019, o número de casos de doenças respiratórias em crianças de 1 a 4 anos foi de 4.639. Porém, devido as medidas de combate à Covid, no ano seguinte houve redução de 71,8%, caindo para 1.308. Já os casos positivos para o coronavírus tiveram aumento representativo, de 3 para 492, no mesmo período.

Além de detalhar os casos de doenças respiratórias, bem como de Covid por faixa etária (menor que 1 ano, de 1 a 4 anos, de 5 a 9 anos e 10 a 14 anos), o estudo do IESS também traz os dados por região e apresenta as variáveis de dias de internação das crianças durante o período de três anos apurado.

Clique aqui para acessar o TD 93 na íntegra.

 

IESS - Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS)

 

Dia Mundial do Alcoolismo busca conscientizar a sociedade sobre números alarmantes da doença

Entidades alertam sobre excesso do consumo de álcool e outras drogas, principalmente durante uma data festiva, como o Carnaval



No próximo dia 18 de fevereiro, sábado de carnaval, é celebrado o Dia do Combate ao Alcoolismo. Portanto, importante alerta faz a ABTox aos foliões ou àqueles que vão aproveitar o feriadão para pegar a estrada: o uso de álcool ou qualquer outra substância psicoativa altera seus sentidos e reações têm se tornado um problema muito sério de saúde pública.

De acordo com Fernando Pedrosa, co-fundador da ONG TRANSITOAMIGO, Associação de Parentes, Amigos e Vítimas de Trânsito, a situação é alarmante. “Bebidas alcoólicas sempre estão presentes nas celebrações, sendo consideradas uma importante forma de socialização, indo muito além de festas, como o Carnaval, onde o exagero já é conhecido e exaltado. Mas, atualmente, vemos um aumento rotineiro do consumo exagerado do álcool, aliado ao uso de drogas indiscriminadamente, com grandes chances de se desenvolver a dependência química. E, por isso mesmo, durante o Carnaval, devemos estar atentos para os prejuízos causados pelo uso irresponsável do álcool e de outras substâncias psicoativas”, afirma.

Os números comprovam que o alcoolismo tem se tornado uma preocupação em todo o mundo. Segundo um estudo realizado pela Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), cerca de 85 mil mortes a cada ano são 100% atribuídas ao consumo de álcool nas Américas. O levantamento realizado no período de 2013 a 2015, e divulgado em abril de 2021, apontou também que o consumo per capita é 25% superior à média global.

No Brasil, dirigir sob os efeitos de substâncias que afetam o Sistema Nervoso Central, aí incluídas as bebidas alcoólicas, é proibido por lei referendada pelo STF. A tolerância para o consumo de álcool por quem dirige nas ruas e estradas do país é zero. Além disso, caso o condutor se recuse ao teste do bafômetro será penalizado da mesma forma, com multa e terá a carteira de habilitação suspensa.

Portanto, é urgente e necessário que a sociedade se conscientize sobre a importância do comportamento responsável no carnaval e no trânsito. Principalmente os motoristas das categorias profissionais dos quais se exige o exame toxicológico de larga janela de detecção para a sua própria segurança e dos que estão em seu trajeto.

“O exame toxicológico é um dos principais meios de redução de ocorrências trágicas nas vias de circulação e preservação da vida. Sem contar que a periodicidade do exame contribui para não confundir o usuário eventual com o consumidor regular. O condutor que faz uso frequente de substâncias psicoativas está inabilitado para dirigir porque os índices de drogas presentes no seu organismo afetam a sua capacidade de tomar decisões seguras ao volante. O mesmo ocorre em caso de abstinência”, observa Renato Borges Dias, presidente da Associação Brasileira de Toxicologia (ABTox), completando: “ a droga é a maior inimiga de uma sociedade saudável”.



Sobre o exame toxicológico de larga janela de detecção

O exame toxicológico de larga janela de detecção identifica a presença de substâncias psicoativas que se depositam nos fios de cabelo ou pelos por um período mínimo de 90 dias até seis meses, permitindo a avaliação de hábitos de consumo dessas substâncias pelo doador.



Associação Brasileira de Toxicologia - ABTox



Saúde e folia devem andar de mãos dadas

Confira dicas de como aproveitar o carnaval sem descuidar do corpo


Muito sol, música alta, ânimos aflorados e pessoas para lá e pra cá, nas ruas, dançando e aproveitando dias e dias de folia como se não houvesse o fim. Chegou o carnaval, a época mais animada do ano. Depois de dois anos ausentes da festa mais popular do mundo, os foliões estão de volta com tudo e fervorosos para dar a largada ao carnaval.

Ainda que a saudade do carnaval intensifique a vontade de aproveitar a farra, um cuidado não deve ser esquecido em momento algum: a saúde. Cortejos, festas e desfiles não precisam ser sinônimo de descuido, afinal, o carnaval uma hora passa e o corpo fica.

Para evitar que essa passagem deixe o corpo pedindo socorro, existe uma série de recomendações que especialistas costumam deixar para foliões. Rodrigo Felipe, presidente do Grupo First, responsável pela You Saúde, operadora de planos de saúde, pontua algumas dicas para manter a saúde em dia ao longo do período carnavalesco.

“A primeira dica e uma das mais importantes é não esquecer de cuidar da alimentação e da hidratação. Não consuma bebida alcoólica de estômago vazio para evitar a hipoglicemia. Nada de pular as refeições durante o dia; também evite alimentos gordurosos e frituras”, aconselha.

Outro ponto que, muitas vezes, passa despercebido é o cuidado com a pele. “Estamos no verão e independente se vai passar o feriado prolongado na praia ou nos blocos de rua, o protetor solar é indispensável. Para aumentar a proteção e evitar queimaduras e insolação, use acessórios como chapéu ou boné e óculos de sol, bem como roupas leves”, acrescenta o gestor especializado em saúde.

Já para os intensos foliões de plantão que querem aproveitar os quatro dias com festas, animação e pular bastante com as marchinhas e blocos, o lembrete é para descansar. “O sono é fundamental para repor as energias. O ideal é dormir de seis a oito horas por dia. No dia seguinte, estará com força e ânimo para curtir. Não esqueça de dar atenção ao seu corpo quando ele demonstrar sinais de cansaço”, indica Rodrigo.

Por último, e não menos importante, a recomendação para o cuidado com o uso do preservativo em relações sexuais. “Sei que parece clichê, mas como gestor em saúde preciso lembrar que o preservativo não apenas previne uma gravidez, mas também evita o contágio de doenças sexualmente transmissíveis”, finaliza.

 

Quais são os cânceres mais comuns na infância?

Crédito: Marieli Prestes
O Hospital Pequeno Príncipe recebe cerca de cem casos novos por ano, sendo a leucemia o tipo mais frequente da doença


O câncer na infância geralmente é mais agressivo do que em outras faixas etárias. Entretanto, apesar de avançar de forma mais rápida, quando é diagnosticado precocemente, as chances de cura passam de 80%. O Hospital Pequeno Príncipe, referência há mais de meio século no atendimento oncológico de crianças e adolescentes, recebe cerca de cem casos novos por ano. Entre os diagnósticos mais frequentes, destacam-se as leucemias, os tumores no sistema nervoso central e os neuroblastomas.

O câncer é a primeira causa de morte por doença entre crianças e adolescentes de 1 até 19 anos, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Ainda de acordo com o órgão, são estimados mais de oito mil novos casos por ano entre esse público. Por isso, neste Dia Internacional de Luta Contra o Câncer na Infância, lembrado em 15 de fevereiro, a instituição reforça a importância de estar atento aos sintomas para que o diagnóstico seja feito precocemente, possibilitando um tratamento assertivo.

A oncologista pediátrica Gabriela Caus Fernandes Luiz Canali, do Hospital Pequeno Príncipe, informa que o câncer é mais comum nos adultos devido à exposição aos fatores ambientais (envelhecimento, tabagismo e etilismo, por exemplo) ser maior nessa faixa etária. Já na infância, os fatores não são bem estabelecidos. Por isso, as alterações genéticas (hereditárias ou não) são as principais causas do desenvolvimento da doença em crianças e adolescentes.


Sintomas frequentes

Os sintomas dos tumores na infância são muito parecidos entre si e também com outras doenças comuns, como gripes e viroses. Portanto é importante que os pais e responsáveis, principalmente quando não há causa aparente, fiquem alerta à duração de sintomas como: febre persistente, sem causa infecciosa aparente; perda de peso; palidez inexplicada; manchas roxas e caroços pelo corpo; dor e aumento de volume abdominal; alteração do equilíbrio e dor nas pernas que impede a criança de brincar; dor de cabeça persistente, com despertar noturno associado a vômitos. O olhar atento da família e o encaminhamento a um pediatra vão ser determinantes para identificar quando algo está diferente do normal.


Cânceres mais comuns na infância

Assim como os dados do Brasil, o câncer mais comum entre as crianças e adolescentes atendidos no Hospital Pequeno Príncipe é a leucemia, que afeta os glóbulos brancos do sangue e compromete o sistema de defesa do organismo. De 2017 a 2022, a instituição atendeu a 144 casos desse conjunto de cânceres, que representa 30% de todos os tumores que ocorrem antes dos 15 anos.

O tumor do sistema nervoso central é o segundo tipo mais comum na infância e é causado por alterações do DNA no interior das células. De 2017 a 2022, a instituição atendeu a 97 casos desse tumor, que atinge o cérebro e a medula espinhal. Além desses dois cânceres, os neuroblastomas e os linfomas também são frequentes no ambulatório do Pequeno Príncipe.


Tratamento do câncer pediátrico

O tratamento varia de acordo com o tipo de tumor, podendo ser cirúrgico ou envolver quimioterapia e/ou radioterapia. “Quanto mais precocemente diagnosticado o câncer, menor o tempo e menos intenso é o tratamento, reduzindo a toxicidade e efeitos colaterais”, completa a oncologista pediátrica.

O Serviço de Hematologia e Oncologia do Hospital Pequeno Príncipe é um dos mais importantes centros para tratamento de câncer pediátrico do Paraná e um dos principais do Brasil. Os estudos do Instituto de Pesquisa Pelé Pequeno Príncipe, aliados às modernas e complexas análises genéticas do Centro de Diagnóstico Avançado Pequeno Príncipe, têm contribuído para a precisão diagnóstica e adoção de um tratamento ainda mais assertivo.

Outro diferencial está na estrutura de suporte. Como o Hospital Pequeno Príncipe dispõe de atendimento em 35 especialidades médicas, a equipe de oncopediatras conta com apoio multidisciplinar. Entre eles, profissionais de enfermagem, nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, farmacêuticos, psicólogos e assistentes sociais.

“Infelizmente, no Brasil, ainda existem poucos centros especializados no tratamento do câncer infantil. O Hospital Pequeno Príncipe é um desses centros e oferece tratamento completo, desde o diagnóstico até o transplante de medula óssea, nos casos em que há indicação. Também oferecemos uma estrutura completa de exames, incluindo os genéticos, que auxiliam imensamente na decisão de qual tratamento oferecer para cada criança”, explica a médica-chefe do Serviço de Hematologia e Oncologia, Flora Mitie Watanabe.

 

FEVEREIRO ROXO: Campanha busca conscientizar a população sobre Alzheimer, fibromialgia e lúpus


A campanha Fevereiro Roxo foi criada em 2014 como forma de conscientizar a população sobre a importância do diagnóstico precoce de 3 doenças: lúpus, fibromialgia e Alzheimer – doenças diferentes, mas que apresentam dois pontos em comum: são crônicas e incuráveis.


“Campanhas como esta, de conscientização de saúde, são extremamente importantes para educar a população, promover debate e visibilidade sobre as doenças muitas vezes pouco conhecidas. A doença de Alzheimer, a fibromialgia e o lúpus podem prejudicar muito o bem-estar físico e emocional das pessoas acometidas e, por isso, precisamos falar sobre elas.” – comenta Dr. Artur Coutinho, médico especialista em Medicina Nuclear e Imagem Molecular do InRad.



Atenção aos sinais


É fundamental conhecer melhor as doenças e seus sintomas para saber o momento de procurar um especialista. O especialista explica: “O diagnóstico precoce é essencial para iniciarmos um tratamento rapidamente, aumentando as chances de sucesso na terapia e proporcionando bem-estar e qualidade de vida ao paciente”.


O lúpus é uma doença inflamatória autoimune, desencadeada por um desequilíbrio no sistema imunológico, que pode se manifestar sob a forma cutânea (atinge apenas a pele) ou ser generalizado. Os sintomas dependem basicamente do órgão afetado, porém os mais frequentes são: febre, manchas na pele, vermelhidão no nariz e nas faces em forma de asa de borboleta, fotossensibilidade, feridas recorrentes na boca e no nariz, dores articulares, fadiga, falta de ar, taquicardia, tosse seca, dor de cabeça, convulsões, anemia e problemas hematológicos, renais, cardíacos e pulmonares.


A fibromialgia caracteriza-se por dor crônica em vários pontos do corpo, especialmente nos tendões e nas articulações, e sua causa é desconhecida. Porém, os níveis de serotonina são mais baixos nos portadores e desequilíbrios hormonais, tensão e estresse podem estar envolvidos em seu aparecimento. Seus principais sintomas são: dor generalizada e repetitiva; fadiga; falta de disposição e energia; alterações do sono, que é pouco reparador; síndrome do cólon irritável; sensibilidade durante a micção; cefaleia e distúrbios emocionais e psicológicos.


Já o Alzheimer, doença que atinge 1,2 milhão de brasileiros, de acordo com o Ministério da Saúde, provoca deterioração das funções cerebrais (cognitivas). Seus sintomas variam de alterações na memória, linguagem, personalidade e habilidades espaciais e visuais – estágio I da doença – até resistência à execução de tarefas diárias, incontinência urinária e fecal, dificuldade para comer e deficiência motora progressiva; quando a doença se apresenta nos seus estágios finais.

 

 

Pioneirismo na detecção do Alzheimer


Pioneiro no Brasil, o InRad oferece desde 2014 o exame PET-CT para detecção de deposição de proteína beta-amiloide cerebral, uma proteína comumente relacionada às fases iniciais da doença de Alzheimer, sem a necessidade de uma biópsia.


“O exame PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons, na sigla em inglês) detecta traçadores moleculares em diferentes regiões examinadas do nosso corpo. O paciente recebe uma aplicação por via intravenosa do composto B de Pittsburgh (um fármaco utilizado nesse tipo de procedimento), marcado com carbono-11 (um material radioativo), e com isso é possível verificar a presença no cérebro de placas da proteína beta-amiloide, o que permite confirmar a presença da doença quando o paciente apresenta sintomas e quadro clínico sugestivo – mas mais importante: se não for detectada a proteína, a possibilidade da doença de Alzheimer é excluída.” – explica Dr. Artur Coutinho. Ressalta-se que alguns idosos podem apresentar a proteína e não apresentar sintomas, o que apenas eleva o risco de desenvolver a doença em décadas seguintes, o que contraindica o exame para pacientes assintomáticos.


O Instituto de Radiologia do Hospital das Clínicas é atualmente um dos únicos serviços do Brasil a disponibilizar o exame de PET-CT com este marcador amiloide para pacientes do SUS e de protocolos de pesquisa. “Este exame não faz parte do rol do SUS, portanto, além de ser um grande avanço da ciência, o impacto social do projeto é algo importantíssimo e que merece destaque.” – finaliza.


 

Mais sobre o exame PET-CT 

 

O exame PET-CT combina, em um mesmo aparelho, as tomografias por emissão de pósitrons (PET) e computadorizada (CT) para análise neurológica, oncológica e cardiológica. Em resumo, serve para localizar focos de vários tipos de câncer em atividade no corpo inteiro, anormalidades funcionais do cérebro, como na demência de Alzheimer, e alterações funcionais promovidas pela obstrução das artérias coronárias em cardiologia. Foi criado no início dos anos 70, nos EUA, mas só chegou ao Brasil no início dos anos 2000. Sofisticado e de alto custo, pode ser empregado não apenas para o diagnóstico, como também para planejamento do tratamento e avaliação da eficácia das diferentes formas de tratar o câncer, por exemplo

 

 

Instituto de Radiologia (InRad) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) é um centro de excelência em pesquisa, diagnóstico e terapias por imagem.

 


O diabetes pode ser emocional?


 

“Sim, diabetes emocional existe. Há vários estudos que mostram a influência do estado emocional no controle do diabetes. Inclusive, algumas evidências remetem o início da doença após um forte abalo emocional, ou seja, o fator emocional pode desencadear o início da doença”, explica a endocrinologista Dra. Lorena Lima Amato.

 

Os dados (leia aqui) da Federação Internacional do Diabetes (IDF) apontam que o Brasil ocupa o 6º lugar entre os 10 principais países com adultos (20 a 79 anos) com diabetes em 2021 (e nas projeções para 2045); Somos o 3º país com maior prevalência de diabetes tipo 1 (92.300 pessoas), em pessoas abaixo dos 20 anos de idade, atrás apenas da Índia e Estados Unidos.

 

Segundo a especialista, é muito comum os médicos notarem que pacientes que já apresentavam fatores de risco para o diabetes tipo 2, após um abalo emocional, acabam desenvolvendo a doença. “Isso pode acontecer também com diabetes tipo 1, aquele que é autoimune, e que surge ainda na infância. Um balo psíquico grande, pode abrir o quadro o diabetes tipo 1”, detalha Dra. Lorena.

 

Após um impacto emocional importante, o paciente tende a piorar os hábitos do dia a dia, podendo se tornar sedentário, mesmo que por um curto período, começar a se alimentar de forma desequilibrada, o que contribui para o ganho de peso. Todos esses fatores contribuem para o surgimento do diabetes.

 

“Fatores hormonais também podem estar envolvidos nesse desenvolvimento da doença, já que pode ocorrer o aumento de alguns hormônios, como o cortisol por exemplo, que dificulta a ação da insulina e eleva a glicose no sangue”, conta a médica.

 

Ela comenta ainda que pacientes que já têm diabetes sabem que quando estão estressados, quando passam por um evento emocional intenso, eles pioram o controle da doença devido a esses mesmos fatores que fazem com que desencadeia o início do diabetes em pessoas que não tinham esse diagnóstico ainda.

 

“Por isso, é muito importante controlar a questão psíquica para um bom controle do diabetes. “Eu sempre falo para os meus pacientes que o controle da doença não é só a glicemia, fazer exame de sangue. Trata-se também do bem-estar psíquico do paciente e da qualidade de vida com um todo, com alimentação saudável e a prática frequente de atividade física, uma das ferramentas imporatntes para o alívio do estresse”, indica Dra. Lorena.

 

Insuficiência renal, problemas cardiovasculares, amputação de membros, cegueira e acidente vascular cerebral (AVC) são algumas das complicações causadas pelo diabetes mal controlado.

 



Dra. Lorena Lima Amato - A especialista é endocrinologista pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), com título da Sociedade Brasileira de Endocrinologia (SBEM), endocrinopediatra pela Sociedade Brasileira de Pediatria e doutora pela USP.
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