Pesquisar no Blog

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2023

Carnaval com saúde e segurança: como evitar riscos durante as festas

Especialista aponta as melhores formas de cuidar da saúde durante a época mais festiva do ano


Com o Carnaval se aproximando, é importante que as pessoas estejam cientes dos cuidados com a saúde durante os dias de folia. De blocos a desfiles, é fácil se deixar levar pelo clima de descontração, mas é crucial manter hábitos saudáveis para evitar doenças e problemas de saúde. 

O consumo excessivo de álcool é uma das principais preocupações durante essa época. Além de prejudicar a saúde, ele também pode colocar a sua segurança e dos demais em risco por conta de exageros. 

Segundo o Dr. Érico Oliveira, clínico geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a recomendação é que os festeiros não bebam, mas caso aconteça, que seja com moderação, mantendo-se hidratado, alternando com água e outras bebidas não alcoólicas, além de alimentar-se corretamente. 

“É fundamental cuidar da alimentação durante o Carnaval. As festividades envolvem frequentemente comidas gordurosas e pouco nutritivas, mas é preciso incluir frutas, verduras e proteínas na dieta para manter a saúde. Também é imprescindível beber muita água para manter o corpo hidratado e evitar desidratação, especialmente em ambientes quentes e agitados”, completa. 

A violência relacionada ao consumo de álcool é um problema recorrente nas folias. Muitas pessoas exageram na bebida e acabam se tornando violentas, causando transtornos e até mesmo ferimentos aos demais. 

“Busque ajuda das autoridades do local para evitar um cenário de risco. Não tente lidar com a situação sozinho, pois pode ser perigoso tanto para você quanto para outras pessoas. É fundamental lembrar que a segurança de todos deve ser prioridade e que é possível aproveitar o Carnaval sem prejudicar a si mesmo e aos outros.” 

Dr. Érico Oliveira enfatiza a importância de proteger-se contra infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). “Use preservativos em todas as relações sexuais. Converse com parceiros sobre o uso de proteção mais adequado para vocês, se é camisinha feminina ou masculina. Não compartilhe seringas e siga as recomendações de profissionais da saúde. Além disso, é importante fazer check-ups regulares para que possa detectar precocemente qualquer infecção e iniciar o tratamento imediatamente, caso necessário”, esclarece Dr. Oliveira. 

A aproximação física e o compartilhamento de bebidas entre os foliões podem, da mesma forma, aumentar o risco de contrair a doença do beijo, conhecida como mononucleose infecciosa. 

“Evite compartilhar objetos de uso bucal ou pessoal, como copos e talheres, pratique boa higiene oral e lave as mãos regularmente. Em caso de sintomas, como febre, mal-estar, dores de cabeça e de garganta e fadiga procure atendimento médico imediatamente para evitar a disseminação da doença", reforça o médico.


Sua pele também merece cuidados 

A exposição prolongada ao sol pode causar danos à pele, como queimaduras solares, envelhecimento precoce e até mesmo aumentar o risco de doenças de pele, por isso, o médico destaca a importância do uso do protetor solar de amplo espectro e a sua reaplicação ao longo do dia. 

Quando se trata de aplicar glitters e tintas na pele, Dr. Érico salienta ser indispensável escolher produtos de qualidade, verificar a sua validade e testá-los antes de aplicá-los no corpo, pois alguns podem conter substâncias alergênicas e irritantes. “Evite aplicar esses produtos na área dos olhos e da boca, e lave bem a pele após o uso. Busque sempre por produtos testados dermatologicamente e oftalmologicamente. Esses cuidados básicos garantirão maior tranquilidade durante as festas”, explica. 

Por fim, é importante, também, levar em consideração os calçados para garantir conforto e segurança durante a folia. “Escolher sapatos confortáveis, que não machuquem os pés, é essencial para evitar lesões e desconfortos. Também é recomendável levar calçados extras para alternar durante o dia”, afirma. 

Outro aspecto relevante é o cuidado ao utilizar banheiros químicos. Dr. Érico Oliveira recomenda sempre tomar medidas de higiene pessoal, como lavar as mãos com água e sabão antes e depois do uso, e evitar o contato com superfícies contaminadas, sempre lembrando de estar de tênis ou sandálias na cabine. 

Em resumo, seguir as recomendações de cuidado com a saúde durante o Carnaval é sempre a melhor opção para garantir uma folia saudável e segura para todos. 



Hospital Alemão Oswaldo Cruz
www.hospitaloswaldocruz.org.br/


Saúde reprodutiva e redes sociais: separando o joio do trigo

O Google e as mídias sociais são frequentemente utilizados como fonte de informação médica pela população e o número de pessoas que buscam se informar por esses canais vem aumentando significativamente. O Relatório Digital 2022 revelou que 58% da população mundial usa alguma mídia social, refletindo mudanças socioculturais que podem ter sido aceleradas pela pandemia. Na América do Sul, 67% da população usa alguma mídia social, sendo que no Brasil há cerca de 170 milhões de usuários, a maioria mulheres. A liberdade de postar sobre praticamente qualquer assunto é uma das principais vantagens das redes socias, mas também seu calcanhar de Aquiles.

A saúde é um dos principais temas buscados por 80% dos internautas e quase a metade procura informações sobre um determinado médico ou profissional de saúde. O papel das mídias sociais no cuidado à saúde também vem aumentado e as pessoas usam Instagram e Facebook, por exemplo, para buscar informações sobre como lidar com sua saúde ou de seus familiares e amigos, assim como postam sobre suas experiências de saúde/doença de pessoas próximas.

Buscar apoio emocional e escolher os profissionais que vão cuidar da sua saúde são outros motivos para usar as mídias sociais, que constituem veículo importante para educar e promover a saúde em vista do seu alcance e aceitabilidade. Infelizmente, a qualidade da informação médica disponível on-line para o público leigo muitas vezes é sofrível e pouco confiável. 

A infertilidade conjugal afeta 10% dos casais do mundo e estudos recentes revelam que a internet e as mídias sociais são fonte frequente de pesquisas sobre o assunto. Há perfis leigos, de profissionais de saúde e organizações médicas sobre o diagnóstico e os diversos tratamentos oferecidos. Conhecer as necessidades daqueles que buscam orientação on-line pode ajudar no desenvolvimento de ferramentas educativas e a melhorar o cuidado destas pessoas.

Recentemente, fizemos um estudo para conhecer como as informações relacionadas à infertilidade eram compartilhadas no Instagram no Brasil por meio de hashtag; análise de conteúdo das postagens de acordo com o tipo de autor (profissional de saúde X leigos); e identificação dos temas que prevaleciam nessas interações. Os resultados revelaram que embora haja um relativo equilíbrio entre a quantidade de postagens dos profissionais de saúde (PS) e leigos (LG), o conteúdo é diferente: os PS concentram-se na educação e usam hashtags mais técnicas, ao passo que as conversas dos LG se concentram nos aspectos emocionais.  As emoções, aliás, parecem despertar o interesse e engajamento daqueles que se interessam por sua saúde reprodutiva.

Nos Estados Unidos, o interesse pelas mídias sociais e infertilidade também é grande. Um estudo americano recente avaliou o conteúdo postado no Instagram e TikTok relacionados à saúde masculina, incluindo infertilidade. Os autores concluíram que embora os temas tenham muito engajamento do público, a acurácia científica do conteúdo era ruim, e os profissionais de saúde e organizações médicas tinha pequena participação. Na realidade, muitas das informações médicas encontradas nas redes sociais carece de fundamentação científica, é incompleta  ou carrega algum conflito de interesse comercial. Dessa forma, a participação de profissionais de saúde com postagens educativas e que forneçam o apoio e informação que os pacientes procuram nestas mídias é de fundamental importância.

O Instagram, assim como outras mídias, e o próprio Google apresentam uma oportunidade única para educação e apoio ao paciente no campo da medicina reprodutiva. É preciso ressaltar, entretanto, que como as informações disponíveis nessas plataformas podem impactar a decisão de uma pessoa sobre como lidar com sua saúde reprodutiva, como por exemplo, adiar a maternidade ou utilizar uma determinada medicação, certificar-se de que esse material é confiável é de extrema importância. Portanto, as pessoas devem estar cientes de que devido à grande quantidade de informações postadas por praticamente qualquer pessoa, o conteúdo deve ser questionado já que a maioria das postagens não passa por verificação adequada nem qualquer tipo de validação científica.

Dessa forma, buscar referenciamento nos perfis de profissionais e organizações médicas, assim como a orientação de seu médico ou um especialista no assunto, ainda são medidas recomendáveis. Apesar de todos os avanços e disseminação de informações, ainda não é possível substituir uma avaliação médica especializada por uma live ou vídeo na rede social.



Márcia Mendonça Carneiro - Professora Titular do Departamento de Ginecologia da Faculdade de Medicina da UFMG e diretora Científica da clínica Origen BH.

 

Quatro mitos e verdades sobre a fertilidade masculina e feminina

Após 12 meses de tentativas de gravidez, sem sucesso, o casal é considerado infértil; para mulheres com mais de 35 anos, esse prazo é de 6 meses 

A fertilidade é um tema que desperta muitas dúvidas em homens e mulheres, principalmente naqueles que decidem esperar mais tempo antes de engravidar. Há muitas informações disponíveis sobre o tema, porém nem sempre elas são confiáveis - o que acaba preocupando ainda mais as famílias. 

A infertilidade ocorre em igual proporção entre homens e mulheres. Segundo estudos, em torno de 40% das causas estão do lado das mulheres; outros 40% estão ocorrem por origens masculinas e 10% são um fator misto. Os 10% restantes correspondem a fatores desconhecidos, sem causas aparentes. 

Dra. Anaísa Dantas, ginecologista, obstetra e membro da AMCR (Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil), explica que após 12 meses de tentativas de gravidez, sem sucesso, o casal é considerado infértil. Para mulheres com mais de 35 anos, esse prazo é de 6 meses. “Quando isso ocorre, é preciso investigar as causas. Porém, conhecer alguns mitos e verdades sobre o tema pode facilitar a vida do casal”, diz a especialista. 

A médica listou quatro mitos e verdades sobre a fertilidade, que seguem abaixo.

 

1 - A obesidade dificulta a fertilidade

Verdade 

Estudos mostram que mulheres obesas ovulam menos pois, no tecido gorduroso, produzimos hormônios que interferem no ambiente ovariano. Além disso, o corpo de uma pessoa obesa produz enzimas que levam à uma interferência negativa no processo de ovulação. “Sem falar que a obesidade também traz riscos à gestação em si, elevando as possibilidades de aborto”, diz Dra. Anaísa.

 

2 - Hábitos de vida podem influenciar negativamente a fertilidade

Verdade 

Entre os hábitos que podem trazer problemas à fertilidade, o primeiro deles é o álcool em excesso. “Ele contém muitas substâncias com ação oxidante, agindo nas células em nível ovariano. Além disso, atinge em excesso o fígado, órgão com importante participação na produção dos hormônios e na qualidade da ovulação”, salientou a médica. Ela menciona também o tabagismo (que aumenta em 60% chances de a mulher se tornar infértil e promove o envelhecimento precoce das células do ovário), a má alimentação e o sedentarismo.

 

3 - Uso de anticoncepcional prolongado prejudica a gravidez

Mito

Conforme Dra. Anaísa esclarece, é o contrário: em algumas situações, é necessário aderir ao anticoncepcional oral para equilibrar a função ovariana, como em casos de pacientes com ovários polimicrocísticos. A especialista diz que é como reiniciar o computador, fazendo com que o corpo ovule melhor depois do medicamento.

 

4 - Pílula do dia seguinte faz mal

Verdade

A pílula do dia seguinte é uma contracepção de emergência e não deve ser tomada com frequência, de acordo com Dra. Anaísa. “Essa pílula equivale à metade da cartela do anticoncepcional tradicional. Ela contém altas doses de hormônios, e por isso seu uso prolongado pode trazer repercussões como tromboses, acidentes vasculares cerebral, câncer de mama e de endométrio, entre outros problemas”.

 

AMCR -- Associação Mulher, Ciência e Reprodução Humana do Brasil

amcrbrasil.org/#!/quem

 

Dicas para você envelhecer com mais saúde e disposição

Sabemos que não se trata apenas de viver mais, mas de viver com saúde e felicidade por mais tempo. Para isso, é importante ter um estilo de vida saudável e fazer escolhas alimentares inteligentes. Também é crucial manter a mente ativa, buscando sempre aprender coisas novas e enfrentar os desafios da vida com otimismo. Por meio de hábitos saudáveis e uma perspectiva mais positiva, podemos garantir que nossa vida seja bem aproveitada e repleta de satisfações. 

Você está cada vez mais sem energia, fadiga persistente, dificuldade em emagrecer, preguiça, irritabilidade, depressão, cabelo caindo excessivamente, falta de autoestima e aborrecido com tudo? A simples mudança de hábitos e estilo de vida podem mudar esse quadro e proporcionar um cenário muito mais favorável para o futuro. 

O médico especialista em medicina laboratorial, pós graduado em Nutrologia, o Dr. Roberto Franco do Amaral cita dicas valiosas para viver e envelhecer com muito mais saúde e disposição, confira:
 

Cuidado com o que você come e bebe

Parece óbvio, mas é importante ressaltar que ter uma alimentação equilibrada é fundamental para uma boa saúde, energia e prevenção de doenças. 

Uma dieta ideal deve ser equilibrada em proteína, carboidratos e gorduras. Boa fontes de carboidratos são as frutas e vegetais, tubérculos e grãos integrais; já de proteínas e gorduras, temos os ovos, frango, carne de vaca, porco, peixes, laticínios de preferência naturais e a proteína do soro do leite ( whey proteín). 

Não esqueça de beber a quantidade suficiente de água para evitar desidratação, que pode fazer você se sentir cansado e confuso. 

Se você consome bebidas alcoólicas, mantenha pelo menos 2 ou mais dias por semana sem álcool para o fígado e todo o organismo se recuperar dos efeitos tóxicos do álcool e não exceda os limites recomendados para o consumo de álcool. Que é 30g por dia de acordo com indicação da Organização Mundial de Saúde.
 

Noites bem-dormidas são sinônimos de saúde e bem-estar

Roberto Franco do Amaral explica que é durante o sono que o organismo exerce as principais funções restauradoras do corpo, como o reparo dos tecidos, o crescimento muscular e a síntese de proteínas. Durante este momento, é possível repor energias e regular o metabolismo, fatores essenciais para manter corpo e mente saudáveis.
 

Hábitos para adotar que irão te ajudar a dormir melhor:

• Crie um ambiente propício ao sono. Mantenha o quarto escuro e silencioso e tenha uma cama o mais confortável possível.


• Tente finalizar o seu dia algumas horas antes de ir dormir, após encerrar as atividades procure relaxa 1 ou 2 horas antes de se deitar. Evite dormir com a mente agitada.


• Evite alimentos estimulantes ou pesados antes de dormir. Canela, café, pimenta, carboidratos e açúcares irão prejudicar o seu sono.


• Evite atividades estimulantes próximas à hora de dormir. Não realize exercícios muito intensos e nem fique muito tempo ao celular ou televisão.


• Mantenha um horário regular para ir dormir e para se levantar. Criar uma rotina auxilia uma boa noite de sono e garante a quantidade de horas necessária de descanso.


• Evite vícios, como o cigarro e o álcool. As substâncias podem prejudicar seu sono.


• Evite cochilos muito longos durante o dia, eles podem interferir em seu sono da noite.

Mantenha-se ativo

Não é novidade que o exercício físico diário ajuda você a se manter forte e saudável. Isso reduzirá o risco de obesidade, doenças cardíacas, derrame, diabetes e até câncer. Se isso não bastasse, manter-se ativo pode aumentar sua autoestima, melhorar seu sono e lhe dar mais energia. 

“Outra dica de ouro, é mesclar as atividades físicas aeróbicas com exercícios físicos que trabalham a força, como musculação, por exemplo. Isso irá aumentar a resistência física, a força dos ossos, previne doenças cardíacas, diabetes, artrite, pressão alta, derrames e obesidade.” indica o médico Dr. Roberto Franco do Amaral. 

Não praticar exercícios físicos regularmente pode trazer uma série de consequências negativas a longo prazo, para o organismo, corpo e qualidade de vida. Esses efeitos são acumulativos e podem gerar doenças crônicas e condições de intensidades variadas. 

Algumas das possíveis consequências de não praticar exercícios físicos:


• Sedentarismo;

• Obesidade;

• Alterações posturais;

• Problemas circulatórios;

• Desequilíbrios hormonais;

• Problemas ósseos;

• Dores musculares;

• Intensificação do estresse.
 

Vantagens de praticar exercícios físicos regularmente:


• Melhora a circulação sanguínea;

• Otimiza a respiração;

• Diminui o estresse;

• Reduz o peso;

• Previne ou trata problemas endocrinológicos;

• Ajuda a deixar a pele e os cabelos mais bonitos;

• Proporciona mais energia e aumenta a produtividade;

• Melhora a qualidade e os padrões do sono;

• Reduz dores articulares e musculares;

• Ajuda na digestão e no bom funcionamento do intestino;

• Melhora a imunidade. 

“Investir em cuidados preventivos e em um estilo de vida saudável são as melhores maneiras de garantir uma vida melhor e uma velhice ativa e plena.” Finaliza o Dr. Roberto Franco do Amaral. 

 

Roberto Franco do Amaral - Diretor Médico da Clínica Franco do Amaral Médico clínico geral. Graduação em Medicina pela Universidade Severino Sombra. Residência Médica em Patologia Clínica -- Medicina Laboratorial na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) com 1 ano de clínica médica no Hospital do Servido Público Estadual de São Paulo (HSPE -- IAMSPE). Título de Especialista em Patologia Clínica.


Carnaval: especialista alerta para doenças transmissíveis pelo beijo

Gabriell Bonifacio Borgato, professor de Odontologia do Ceunsp, orienta cuidados e atenção com a higiene bucal durante o período de folia

 

Carnaval se aproximando e neste período é comum que os foliões troquem inúmeros beijos na boca, assim como não dão a devida atenção a higiene bucal.  

Mas o que muitos não imaginam é que todo cuidado é pouco, e que devem se atentar aos contatos bucais e ter cautela nesta época.  

Gabriell Bonifacio Borgato, professor de Odontologia do Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (Ceunsp), alerta para as pessoas ficarem atentas ao aparecimento de feridas na região dos lábios e dentro da boca, principalmente nessa época de diversos contatos simultâneos. “O beijo na boca pode ser uma via de transmissão de inúmeras doenças infecciosas, principalmente se o indivíduo estiver com algum machucado nessa região”.  

Borgato ressalta ainda que patógenos como vírus, bactérias e fungos podem ser transmitidos durante o beijo, mas os mais comuns são:  


1. Mononucleose (doença do beijo): um vírus transmitido pela saliva, que pode causar mal-estar, febre, dores de cabeça e garganta, e placas brancas na garganta. Não há prevenção para esta doença, e o tratamento se baseia no controle dos sintomas. 


2. Herpes labial: outro vírus que pode ser transmitido pelo contato durante o beijo. A manifestação mais comum é a de feridas nos lábios pós o aparecimento de pequenas bolhas, e que regridem e cicatrizam em alguns dias. Sua infecção inicial em quem nunca teve contato com o vírus pode causar alterações sistêmicas, como dor de cabeça, febre, mal-estar e feridas na cavidade oral. 


3. Sífilis: infecção bacteriana mais conhecida por ser uma IST (infecção sexualmente transmissível), porém também capaz de ser transmitida pelo beijo. A infecção ocorre através de pequenas feridas na boca, e o curso da doença causa manifestações sistêmicas que podem levar à morte! O tratamento consiste no uso de antibiótico. 

Dr. Gabriell explica também que no carnaval é comum que as pessoas percam muita água por conta do calor excessivo e maior movimentação do corpo nos blocos. Portanto, é importante estar atento à hidratação constante, além de maneirar no consumo de álcool, que também promove a desidratação do nosso corpo.  

“Ao perder água, nossa salivação é reduzida, o que contribui para doença, cárie e inflamações na gengiva. Além disso, devemos estar atentos à exposição do sol e sempre usar filtro solar, uma vez que a região dos lábios está mais exposta ao câncer de pele”, reforça. 

As dicas para ter sucesso bucal nessa época, de acordo com o Dentista, é em casos de viagens, se programar para não esquecer nenhum dos itens de higiene oral, como a escova de dente, creme e fio dental. E lembrar de escovar os dentes sempre após as refeições, e caso não seja possível, ao menos ao acordar e antes de dormir. 
 

Por fim, o professor de Odontologia do Ceunsp, reforça: “devemos então nos lembrar de manter a hidratação constante com água, e evitar o consumo exagerado de álcool e bebidas como refrigerantes, que além do excesso de açúcar também são ácidas, facilitando a manifestação da doença da cárie. Quanto as infecções transmitidas pelo beijo, a conscientização é a melhor prevenção”. 

 

Ceunsp
www.ceunsp.edu.br

 

Dia internacional da epilepsia: 4 novos tratamentos que prometem melhorar a vida do paciente

Neurocirurgião explica sobre as alternativas mais modernas para o controle da doença


ROCHESTER, Minnesota —  A epilepsia é um distúrbio neurológico no qual as atividades cerebrais se tornam anormais, causando convulsões ou períodos de comportamento e sensações incomuns e, ocasionalmente, perda de consciência. Qualquer pessoa pode desenvolver epilepsia e a doença afeta homens e mulheres de todas as raças, etnias e idades.  Estima-se que cerca de 3 milhões de brasileiros sofram com a doença, de acordo com a Liga Brasileira de Epilepsia. 

No Brasil  a maioria dos pacientes utiliza apenas a medicação como forma de tratamento, entretanto mesmo com uma evolução dos  medicamentos para epilepsia, o seu uso pode ocasionar efeitos colaterais significativos  e também podem se mostrar ineficazes a depender da área do cérebro afetada. 

Uma outra  opção comumente utilizada  é uma cirurgia que consiste em remover a parte do cérebro que causa as convulsões,  essa alternativa é escolhida sobretudo em casos quando a epilepsia é desenvolvida mais tarde na vida adulta em um local do cérebro no qual os remédios não fazem efeito . Nesses casos a cirurgia apresenta resultados bastante satisfatórios podendo melhorar 80 % dos casos , entretanto alguns efeitos como fortes dores de cabeça podem acontecer além de ser uma alternativa mais invasiva . 

Entretanto nos últimos anos as pesquisas em relação à doença evoluíram muito e já em muitos países utilizam-se novos tratamentos mais modernos e menos invasivos que podem ajudar um paciente a controlar a doença.

O neurocirurgião  Dr. Jamie Van Gompel, da Mayo Clinic, descreve as opções mais recentes de tratamento para além do uso da medicação e da cirurgia . “Os medicamentos para epilepsia melhoraram e continuam sendo a forma mais comum de tratá-la. O tratamento com medicamentos ou, ocasionalmente, a cirurgia pode controlar as convulsões para a maioria das pessoas com epilepsia porem a variedade de possibilidades de tratamento é muito maior agora”, diz o Dr. Van Gompel. 

Confira abaixo 4 tratamentos que já estão sendo utilizados nos Estados Unidos que prometem diminuir os efeitos da doença e melhorar a qualidade de vida do paciente. 


  1. Estimulação cerebral profunda. É um tratamento feito por meio do uso de um dispositivo colocado permanentemente dentro do cérebro. Esse dispositivo libera sinais elétricos programados regularmente que interrompem a atividade indutora das convulsões. Esse procedimento é orientado por ressonância magnética. O gerador que envia o sinal elétrico é implantado no tórax.

 

  1. Neuroestimulação responsiva. Esses dispositivos implantáveis parecidos com marcapassos podem ajudar a reduzir significativamente a frequência da ocorrência das convulsões. Os dispositivos de estimulação responsiva analisam padrões de atividade cerebral para detectar convulsões logo no início e liberam uma carga elétrica ou um medicamento que interrompe a convulsão antes que ela provoque algum comprometimento. Pesquisas mostram que essa terapia tem menos efeitos colaterais e pode aliviar as convulsões a longo prazo. O dispositivo é colocado no crânio. 

 

  1. Terapia térmica intersticial a laser (LITT). Essa opção é menos invasiva do que a cirurgia ressectiva. A terapia usa um laser para identificar e destruir uma pequena porção de tecido cerebral. Uma ressonância magnética é usada para orientar o laser.

 

  1. Cirurgia minimamente invasiva. Novas técnicas cirúrgicas minimamente invasivas, como o ultrassom focalizado guiado por ressonância magnética, se mostram promissoras para tratar convulsões com menos riscos do que a tradicional cirurgia cerebral aberta para a epilepsia.

“Conviver com a epilepsia pode gerar prejuízos na qualidade de vida de um paciente , prejuízos estes que podem afetar tanto sua vida pessoal quanto profissional. As convulsões geralmente produzem uma sensação de eterna insegurança. Estes tratamentos têm um efeito muito positivo, visto que antes que cheguem a etapa de descontrole da doença eles  entregam uma nova sensação de esperança. Vemos pacientes que utilizaram estes tratamentos e tiveram mudanças importantes em seu cotidiano,” completa  Dr. Van Gompel

O neurocirurgião alerta que a epilepsia é uma doença muito diversa. Cada paciente tem uma relação muito distinta com as convulsões, alguns pacientes podem durante as convulsões chegar ao risco de óbito pela falta de atividade respiratória, por isso ele ressalta que as pessoas com epilepsia devem consultar seu médico ou neurologista para encontrar o tratamento adequado e não hesitar em procurar uma segunda opinião em um centro de epilepsia, especialmente se tiverem efeitos colaterais relacionados à medicação ou continuarem a ter convulsões. “Os tratamentos para epilepsia estão mudando tão rapidamente que pode haver algo novo que possa ajudar.” 

As pesquisas na área continuam a se concentrar na prevenção ou predição (também conhecida como previsão de convulsões) e no tratamento das convulsões.“Acredito que nas próximas décadas, teremos entendimento suficiente da estimulação cerebral para talvez nunca mais removermos o tecido cerebral. Talvez possamos tratar o cérebro com comportamento indevido com eletricidade ou algum outro tratamento. Talvez possamos usar a aplicação de medicamento diretamente na área que a reabilite para torná-la funcional novamente. É isso que esperamos.”

 

Mayo Clinic 



A saúde do seu coração depende do intestino. Entenda a relação

O intestino é conhecido como o "segundo cérebro", pois produz muitos dos mesmos neurotransmissores, substâncias responsáveis pelo contato entre nervos e tecidos. Esta interligação entre intestino e cérebro é denominada eixo intestino-cérebro, que liga sinais bioquímicos de e para o trato gastrointestinal e o sistema nervoso central.

 

Quando se trata do intestino e do coração, será que existe uma relação entre os dois?

Estudos sugerem haver uma conexão, fluindo de uma direção específica: do intestino para o coração. Por isso, cuidar da saúde do intestino pode ser uma excelente maneira de prevenir doenças cardíacas.
 

A conexão intestino-coração

O médico nutrólogo e endocrinologista Dr. Ronan Araujo comenta que o intestino é o principal lar de trilhões de micróbios, conhecidos coletivamente como a microbiota humana. Esses micróbios ajudam na digestão, fabricam certos nutrientes e liberam substâncias, com amplos efeitos na saúde.
 

Há uma interação complexa entre os micróbios em nossos intestinos e a maioria dos sistemas em nossos corpos, incluindo os sistemas vascular, nervoso, endócrino e imunológico, todos ligados à saúde cardiovascular.
 

Como manter o intestino saudável e o coração seguro?

A alimentação desempenha um papel essencial na composição da microbiota intestinal, o que significa que o que você consome pode influenciar positiva ou negativamente a saúde do seu coração. “Alimentos ricos em fibras, por exemplo, são ótimos para aumentar a quantidade de bactérias benéficas no trato gastrointestinal, enquanto gorduras saturadas e açúcares refinados podem causar inflamação e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Portanto, escolher os alimentos certos pode ser uma forma de prevenir doenças cardíacas e manter o coração saudável.” indica o Dr. Ronan Araujo.

 

A fibra também ajuda a sustentar o intestino e portanto, o coração. De acordo com algumas estimativas, dietas ricas em fibras podem reduzir o risco de doenças cardíacas e derrames em até 30%. A fibra no intestino delgado liga a gordura e o colesterol, diminuindo a absorção e diminuindo os níveis de colesterol no sangue.

A microbiota intestinal desempenha um papel importante na regulação da pressão sanguínea, glicemia e peso corporal, bem como na redução da inflamação. Isso é possível devido às bactérias que quebram a fibra para formar ácidos graxos de cadeia curta, que interagem com receptores específicos nas células, melhorando assim a saúde do coração.
 

Alimentos fonte de fibras

• Leguminosas (feijão, ervilha, lentilha, grão-de-bico, soja em grão).
• Grãos, farelos e farinhas integrais (arroz, linhaça, aveia, cevada, milho, trigo).
• Pães e biscoitos integrais (centeio, farinha integral, milho).
• Cereais instantâneos e matinais.
• Vegetais: agrião, alface, abóbora, abobrinha, aipo, aspargos, beterraba, brócolis, couve, acelga, batata-doce, rúcula, escarola, erva-doce, espinafre, repolho, salsa, cebolinha, cebola, cenoura crua, couve-flor, milho-verde, nabo, pepino, pimentão, quiabo, rabanete, tomate cru, vagem.
• Frutas: abacate, abacaxi, ameixa fresca, ameixa seca, amora, banana, caju, cereja fresca, coco fresco e/ou seco, damasco seco, figo fresco e/ou seco, goiaba, kiwi, laranja (com o bagaço), maçã com casca, manga, maracujá, mamão, melancia, melão, tangerina, morango, nectarina, pera com casca, pêssego com casca, tâmara, uva fresca e passa.
 

Não está claro se comer outros alimentos que melhoram a microbiota intestinal, por exemplo, probióticos, também pode apoiar a saúde do coração.
 

O melhor conselho para ajudar seu intestino a ajudar seu coração é seguir uma dieta baseada em vegetais, como a dieta mediterrânea ou padrões alimentares semelhantes. Isso envolve limitar a carne vermelha e comer muitas frutas, vegetais e grãos integrais ricos em fibras, todos os quais podem ter efeitos favoráveis no intestino. “Além disso, essas dietas também tendem a ser baixas em gorduras saturadas e trans, que podem causar doenças cardíacas. Consulte seu médico de confiança para saber mais sobre como seguir uma dieta adequada para a sua saúde.” finaliza o Dr. Ronan Araujo.
 


Dr. Ronan Araujo - Formado em medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, médico especializado em nutrologia pela ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia). Com foco em causar impacto e mudar a vida das pessoas através de sua profissão, ele também se tornou membro da ABESO (Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica), que o leva a ser atualmente um dos médicos que mais conhece e entrega resultados quando falamos sobre emagrecimento e reposição hormonal.

 

Quatro informações importantes que você precisa saber antes de colocar o DIU

Ginecologista Evelyn Prete é quem esclarece as principais dúvidas sobre o método contraceptivo mais buscado do momento e aborda as recomendações para cada mulher 

 

Da clássica tabelinha ao inadequado coito interrompido, foi-se o tempo em que evitar uma gravidez causava tanta dor de cabeça nas mulheres. Com o passar dos anos, novos métodos contraceptivos despontam no mercado, com o objetivo de trazer mais praticidade, segurança e conforto para o público feminino. Mais modernas e acessíveis, as alternativas variam desde opções via oral, como a tradicional pílula, até métodos cutâneos, implantes, dispositivos intrauterinos (DIU), entre outras possibilidades. “Ainda que a variedade de métodos contraceptivos seja ampla, é preciso ter em mente que tais alternativas são recomendáveis para impedir a gestação e, em alguns casos, auxiliar na regulação do ciclo menstrual. O preservativo segue sendo o único método contraceptivo que atua, também, na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis (ISTs)”, alerta a Dra. Evelyn Prete, ginecologista e obstetra. 

De uns tempos para cá, os dispositivos intrauterinos, popularmente conhecidos como DIU, vêm sendo tema recorrente nos consultórios ginecológicos, pela sua eficácia, durabilidade e facilidade de inserção e remoção. “Em formato de “T”, o aparelho, pequeno e flexível, é inserido e posicionado dentro do útero que, por meio da liberação de hormônios ou outras substâncias, evita o contato dos espermatozóides com os óvulos, impedindo, assim, a fecundação”, explica Prete. Classificados como hormonais, como é o caso dos DIUs Mirena e Kyleena, e não hormonais, sendo o de prata ou cobre, a especialista afirma que, em ambos os casos, a eficácia é de 99% na prevenção da gravidez. 

Com o objetivo de esclarecer todas as dúvidas sobre o tema, a Dra. Evelyn Prete elencou as informações mais importantes que toda mulher deve saber antes de colocar o DIU. Confira, a seguir:

 

1.Como escolher o melhor tipo? 

Ainda que o propósito principal do DIU seja evitar uma gravidez indesejada, cada variação dos dispositivos intrauterinos possuem certas características individuais, como material, valores e funcionalidades, que ajudam na tomada de decisão. De acordo com a ginecologista, os DIUs Mirena e Kyleena, classificados como hormonais, são indicados, também, para o controle da menstruação e reposição hormonal. Já os de cobre ou prata, que não possuem hormônios, não exercem influência no ciclo menstrual e no período de ovulação. “É importante frisar que essa decisão deve ser tomada em conjunto com um médico de confiança, visto que existem fatores individuais e contraindicações específicas para cada mulher, cabendo ao profissional averiguar”, ressalta Evelyn.

 

2. Exames necessários

“Além de um hemograma completo, onde o ginecologista pode detectar alguma disfunção hormonal, deve ser solicitado para a paciente o ultrassom transvaginal, para detectar alguma possível anomalia no útero, além de medir as dimensões do órgão para avaliar qual é o DIU mais indicado para a mulher”, explica. Segundo Evelyn, o Papanicolau também deve ser exigido, com o objetivo de analisar as células do colo do útero e descartar possíveis lesões na região.

 

3. O procedimento

De acordo com a ginecologista, graduada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, o procedimento de inserção é relativamente rápido, podendo variar de 15 a 30 minutos. “A colocação do DIU pode ser realizada no consultório ginecológico, onde o profissional utiliza anestesia local para a inserção. No caso de mulheres que são mais sensíveis à dores e/ou possuem alguma particularidade fisiológica, o procedimento pode e deve ser realizado no centro cirúrgico de um hospital de confiança, com a aplicação de anestesia geral”, esclarece.


4. Acompanhamento e durabilidade

“A durabilidade varia conforme o modelo do DIU. Para os hormonais e o de prata, o período pode chegar até cinco anos. Já o de cobre tem uma duração maior, de até 10 anos”, conta. Segundo Prete, no caso dos mini DIUs, que possuem tamanho reduzido, o tempo é de três anos. Após a inserção, a médica recomenda realizar um acompanhamento com o ginecologista durante as consultas de rotina, de seis meses a um ano, para observar a adaptação da paciente, bem como analisar a posição e acomodação do DIU no útero. “Caso tenha alguma anormalidade, o profissional pode exigir um acompanhamento em menor tempo”, finaliza a médica.

 

Evelyn Prete - (@draevelynprete) - Evelyn é formada em Medicina pela Universidade Cidade de São Paulo, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela Maternidade Jesus, José e Maria de Guarulhos, uma das maiores em volume de partos do estado de São Paulo. Passou por estágios nos hospitais Pérola Byngton e Unifesp e, atualmente, é especialista em Medicina Fetal pela Conceptus, além de sócia-proprietária da clínica Alve Medicina, em Guarulhos e realiza atendimento de ginecologia, obstetrícia e medicina fetal na Unimef Conceptus -- Unidade de Medicina Fetal, no bairro do Paraíso, em São Paulo.

 

 

Menopausa: médico explica detalhes sobre período e sintomas nas mulheres

Muito se fala sobre a menopausa e sobre o que ela causa no corpo da mulher. No entanto, muitas dúvidas sobre o assunto ainda existem. De acordo com o médico Tasso Carvalho, a menopausa é caracterizada por uma insuficiência ovariana e corresponde à data da última menstruação seguida de um ano sem menstruar.


“No processo natural do envelhecimento, é comum ocorrer uma redução gradativa na produção hormonal, e após a menopausa essa deficiência hormonal ovariana já é muito evidente e, além de piorar muito a qualidade de vida da mulher, aumenta o risco de doenças e de morte”, explicou.

O médico também explicou que a deficiência hormonal comumente causa inúmeros sintomas que pioram a qualidade de vida da mulher, como insônia, fadiga, déficit da memória, ondas de calor (fogachos), déficit da libido, sintomas de depressão, dores ósseas e musculares. Além disso, conforme Tasso, existe o risco de morte por doenças cardiovasculares aumenta em 4 vezes.

O médico também respondeu se é possível repor os hormônios. “Sim, hoje não só é possível repor todos esses hormônios, como deve ser considerado mandatório, já que o risco de doenças e morte ao permanecer com deficiência hormonal é muito grande”, explicou.

Segundo Carvalho, as terapias de reequilíbrio hormonal com hormônios bioidênticos (isomoleculares) são muito seguras e necessárias para saúde de forma geral, uma vez que o melhor funcionamento do organismo só acontece na presença de níveis ideais desses mensageiros que são os hormônios.

“Em todos os casos, um médico com experiência em terapias hormonais deve avaliar o melhor momento, melhor dose e tempo de terapia para cada paciente”, finalizou.

 


Tasso Carvalho - Mestre em Ciências da Saúde pelo Programa de Pós-graduação Strictus Sensus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e é médico pela pela Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública (EBMSP). Tasso também é nutrólogo pela Associação Brasileira de Nutrologia (Abran e AMB). Foi Coordenador do Curso de Medicina na Universidade Estadual Sudoeste da Bahia (UESB) durante dois anos. O médico criou a Integrative Academy, uma plataforma onde já ministrou 13 cursos que abordam o reequilíbrio fisiológico através das terapias de homeostase hormonal, da base da fisiologia à terapêutica.
Registros: CRM 18983 e RQE 12749

 

Carnaval: prevenção é o melhor caminho contra as doenças sexualmente transmissíveis

Laboratório LANAC sinaliza todos os dias resultados positivos para sífilis, HIV e Hepatite C, entre outras doenças


Segundo o Boletim Epidemiológico de HIV/Aids 2022, divulgado pelo Ministério da Saúde, o número de casos de infecções por HIV teve queda no Brasil entre 2019 e 2021 após vários anos de alta. Os meses de verão e o Carnaval acendem um alerta importante para o controle das doenças sexualmente transmissíveis: a prevenção é o melhor caminho.

O especialista em bacteriologia do LANAC – Laboratório de Análises Clínicas, Marcos Kozlowski, afirma que o uso da camisinha é essencial para proteção e controle dessas doenças. “No LANAC, são mais de 300 resultados positivos por mês de doenças como HIV, sífilis, HPV, entre outras”, alerta. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), todos os dias ocorrem 1 milhão de novas infecções.

O Brasil acumulou mais de 360 mil casos de sífilis entre janeiro de 2018 e junho de 2020, porém, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, em decorrência do isolamento social imposto pela pandemia de COVID-19, pacientes infectados com a doença deixaram de procurar os serviços de saúde ao manifestarem sintomas, o que pode ter causado subnotificações.

Segundo o especialista, os principais meios de transmissão são o contato sexual, transmissão vertical - quando a gestante tem a doença e passa para o feto - e transfusão sanguínea. “Todo ano, em março, percebemos um aumento dos casos de positividade de doenças sexualmente transmissíveis. É preciso focar na prevenção, não só nos meses de festa e verão, mas sempre”, aconselha. “Para manter relação sem camisinha, é importante fazer uma bateria de exames, seis meses após a última relação sexual, para garantir a saúde em dia”, completa.

 

Beijar pode fazer mal? Em alguns casos, sim

Boca é a porta de entrada de infecções como a mononucleose, conhecida como Doença do Beijo. Veja recomendações de um infectologista e saiba como agir.

 

Em São Paulo, o Carnaval já começou! Ensaios, festas, bloquinhos e outras atrações preparam o folião para a maior festa de todas. Não faltam oportunidades para os beijoqueiros de plantão, mas para não transformar a alegria em pesadelo, é preciso ter atenção: beijar diferentes pessoas contribui para a circulação silenciosa de vírus responsáveis por doenças infecciosas, como a mononucleose e o herpes, que trazem complicações à saúde.


Doença do beijo

A infecção mais comum contraída por esse contato é a mononucleose, também conhecida como Doença do Beijo. “Mais de 90% da população adulta possui anticorpos contra o agente que provoca esta infecção. Isso significa que em algum momento da vida o indivíduo entrou em contato com esse vírus, mesmo que não tenha desenvolvido nenhum quadro clínico característico”, afirma Celso Granato, infectologista e diretor Clínico do Fleury Medicina e Saúde.

O infectologista explica que as pessoas que tiveram a infecção nunca mais se livram completamente do vírus, que continua “morando” na garganta ou nas amígdalas do indivíduo e, periodicamente, é eliminado na saliva. Caso alguém entre em contato com uma pessoa que o está eliminando, ainda que não esteja doente naquele momento, poderá adquirir a infecção se ainda não a teve.


Herpes

É preciso ter atenção também com o herpes, causado por um vírus da mesma família do agente da mononucleose. O vírus Herpes simplex tipo 1 também persiste por toda a vida. Porém, apenas uma, a cada cinco dessas pessoas, apresentará lesões típicas de herpes de forma recorrente. Embora a infecção não seja grave, as lesões são dolorosas e podem voltar a se manifestar inúmeras vezes e acometer outras regiões do corpo.

Feridas, sangue na boca, doenças gengivais, respiratórias ou mesmo o descaso com a saúde e a higiene bucal aumentam os riscos. “Caso possuam feridas ou qualquer tipo de sangramento na boca, é melhor não beijar ninguém, ou, pelo menos, evitar beijar muitas pessoas”, alerta o especialista.

Entre as infecções, além da mononucleose e do herpes, existem também as verrugas, chamadas popularmente de ‘crista de galo’, que ocorrem no ânus e nos genitais, mas, também, na boca. São causadas por diferentes tipos de papilomavírus humano, o HPV.


Peguei a Doença do Beijo?

Adolescentes e adultos jovens, na faixa de 15 a 25 anos, costumam apresentar sintomas como febre, dor de garganta e aumento de linfonodos – popularmente conhecidos como gânglios ou ínguas – na região do pescoço.

Podem aparecer também manchas vermelhas pelo corpo, além de aumento do fígado e do baço. Esses sintomas podem durar de duas a três semanas. É uma doença prolongada: nos mais jovens as manifestações são mais leves e mais intensa nos mais velhos.

A recomendação é procurar ajuda médica para diagnóstico e orientação. Não existe um remédio específico para a mononucleose. É indicado repouso, porque o indivíduo sente fadiga e indisposição.

Descansar é fundamental também quando ocorre grande aumento do baço, pois em situações extremas, como uma batida, ele pode se romper. É raro, mas quando acontece é muito grave.


Evite compartilhar copos e talheres

A propagação do vírus ocorre a partir da saliva. Ou seja, também podemos contrair a doença por meio do compartilhamento de objetos pessoais, como talheres e copos. Também é possível ser infectado a partir da tosse de alguém que esteja bem próximo. De toda forma, a recomendação é a mesma: sentiu algum sintoma diferente, procure um médico.

 

Posts mais acessados