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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Análise jurídica do caso Luana Piovani e Pedro Scooby

Advogado Paulo Akiyama avalia aspectos legais do conflito do casal pela guarda dos filhos

 

Nas últimas semanas, Luana Piovani e Pedro Scooby têm aparecido em todos os portais de notícias devido à briga pela guarda legal dos filhos. Houve, inclusive, uma postagem de um deles, Dom, na qual defendia o pai e acusava a mãe de afastar os patrocinadores do surfista. Nessa hora, preocupações em relação a uma possível alienação parental começaram a acontecer. O que entender desse caso?

Para Paulo Akiyama, economista e advogado, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados, o ponto principal da situação é que as crianças acabam sendo as mais prejudicadas em razão da grande exposição que vem de ambos os lados. “A pergunta deveria ser: Como esses filhos podem se defender? Eles são as vítimas da briga do casal? Eles estão sendo expostos de forma indevida? Tanto o pai quanto a mãe são figuras públicas. Esta discussão nas mídias sociais está depondo contra a boa imagem deles. Portanto, devem ambos saber como evitarem esta exposição desnecessária e defenderem seus filhos até de sofrerem bullying”, avalia.

O especialista considera que a postagem de Dom não é fruto de alienação parental, mas sim de defesa própria, pois tanto ele quanto os irmãos foram expostos em redes sociais sob alegação de falta de pagamento de pensão. “De forma pública, Luana disse que marcaria os patrocinadores de Pedro para desmascarar o rapaz. Ocorre que, ao perder um dos seus patrocinadores, que não desejava sua marca em uma disputa de ex-casais, retirou o patrocínio de Pedro e, por sua vez, atingiu Dom, o qual também perdeu a promessa de patrocínio no skate”, analisa.

Com relação ao pedido de guarda compartilhada que teria sido feito por Scooby, Akiyama explica que, segundo postagens nas redes sociais, Pedro declara que o acordo entre ele e Luana era de 15 dias com o pai e 15 dias com a mãe. “Este tipo de acordo entre eles não possui amparo legal. Caso este processo tivesse tramitado no Brasil, certamente não seria este regime de guarda, conhecido como guarda alternada e que não possui amparo no nosso ordenamento jurídico”, diz.

De acordo com o advogado, a guarda compartilhada tem os seus requisitos em lei e é oferecida de forma a regulamentar a visitação e o lar de referência da criança. O genitor que não é o guardião tem determinado, nesse caso, os dias da semana de convivência com os filhos, as datas magnas e de celebrações, período de férias, dias de ampliação de visitas para a semana, etc. “No caso de guarda unilateral, é ajustado o regime de visitação do genitor não guardião, nos mesmos moldes que a guarda compartilhada. O direito do genitor não guardião, em qualquer dos regimes de guarda, em participar das atividades dos filhos, ter informações médicas e escolares, e demais que sejam de interesse na educação, saúde e demais é mantido, não podendo o genitor guardião omitir ou sonegar”, completa Akiyama.

Sobre o pedido de guarda ter sido realizado em Portugal, Akiyama relata que, nesses casos, deve ser escolhido o foro de discussão onde residem os menores. “Acredito que isto tenha sido o que os advogados de Pedro devem ter lhe orientado. Ainda, deve ser levada em conta a exposição das crianças nas redes sociais, mesmo que de forma indireta. A jurisprudência dominante em Portugal é de não expor crianças, direta ou indiretamente em redes sociais. O entendimento de vários tribunais de Portugal é de punir quem faz este tipo de prática. Segundo colegas advogados portugueses, qualquer atitude que se refere a expor crianças é duramente punida pelos tribunais do país”, adverte.

Em relação ao valor da pensão, o especialista explica que, geralmente, se elabora uma planilha com todas as necessidades primordiais das crianças. Com base nestes valores, se estabelece qual a participação de cada genitor, utilizando-se um cálculo de participação na proporcionalidade da renda de cada um. “Demais despesas extras são divididas entre pai e mãe. Na vida atual, dificilmente teremos uma mãe que não tenha seu emprego e sua profissão, mas sim, há exceções e, nestes casos, não haverá como dividir na proporcionalidade, afinal, há mulheres que abdicaram de suas profissões para exercerem a função de mãe e dona de casa. Cada caso deve ser avaliado individualmente e de forma a ser o mais equilibrado possível”, conclui.

 

Paulo Eduardo Akiyama - formado em economia e em direito desde 1984. É palestrante, autor de artigos, sócio do escritório Akiyama Advogados Associados e atua com ênfase no direito empresarial e direito de família. Para mais informações acesse www.akiyama.adv.br 

 

Empresas são obrigadas a liberar colaboradores durante o carnaval?

Festividade não é considerada como feriado nacional e liberação de funcionários depende de negociação entre empregador e empregado

 

O ano de 2023 marca o retorno “oficial” das festividades de carnaval em muitos estados brasileiros, após anos de restrições e cuidados necessários para conter a pandemia da COVID-19. Apenas na cidade de São Paulo, a expectativa é de que 14 milhões de foliões tomem as ruas, segundo a prefeitura do município. Diante deste cenário, algumas dúvidas surgem sobre a liberação de trabalhadores durante o período. 

Segundo Elizabeth Lula, advogada do escritório Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, por não se tratar de um feriado nacional, as empresas não são obrigadas a dispensar os colaboradores durante os dias de carnaval: “Se a empresa optar pelo funcionamento normal durante estes dias, o pagamento pelo trabalho deve ser efetuado sem qualquer adicional, ou seja, deve corresponder ao de qualquer outro dia regular de trabalho”, explica.

Caso a empresa decida liberar os funcionários do trabalho nos dias do carnaval, ela pode exigir que haja uma compensação pela ausência de trabalho, mas não existe obrigatoriedade nesta questão, ficando a critério único e exclusivo do empregador.

A compensação pelos dias pode ser feita por meio de banco de horas, desde que tenha sido implantado na empresa ou compensação futura, dependendo de cada caso específico. Porém, para que isso se firme, segundo a legislação vigente, deve existir ao menos um acordo escrito entre empregado e empregador.

“Como regra geral, a liberação dos funcionários depende exclusivamente das empresas. A lei possibilita que os acordos coletivos firmados entre os empregadores e empregados estabeleçam o carnaval como feriado, prevalecendo o convencionado sobre o legislado, entretanto, esse acordo coletivo somente terá validade para a categoria profissional a qual ele se aplique", destaca a advogada.

O município também pode promover um decreto para oficializar os dias de carnaval como um feriado e, neste cenário, a empresa deve permitir que seus empregados aproveitem a folga durante esses dias. Contudo, sendo imprescindível a atuação profissional durante tais dias, devido às atividades serem de cunho essencial, a não liberação dos empregados está sujeita ao pagamento de horas extras.

 

Dra. Elizabeth Lula - Bacharela em Direito pelas Faculdades Metropolitanas Unidas, em 1991 e inscrita na Ordem dos Advogados do Brasil sob o nº 120.773

 

Devemos nos preocupar com a possibilidade de retrocesso no setor de saneamento?

Passado o primeiro mês de 2023, é perceptível uma certa ansiedade no mercado nacional de saneamento, muito por conta do início da nova era política no país. O receio de alguns especialistas é, em especial, quanto ao possível retrocesso dentro do Marco Legal do Saneamento. Mas afinal, essa preocupação condiz com a realidade? A meu ver há coerência no receio visto as movimentações realizadas pelo governo, porém, acredito que não haverá retrocesso no Marco Legal do Saneamento.

O sinal de alerta foi ligado de fato quando o governo atual transferiu a Agência Nacional de Águas (ANA), para o Ministério do Meio Ambiente, criando a Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental dentro do Ministério das Cidades, fora mudanças na legislação que podem gerar uma dificuldade em concessões e minar o interesse de investimentos derivados da privatização. De um ponto de vista mercadológico, a preocupação é válida, porém, é preciso analisar esse cenário de uma maneira mais ampla.

As medidas provisórias elaboradas ainda precisam ser aprovadas pelo Congresso, que se mostra majoritariamente contra a possibilidade de um retrocesso nas evoluções que o Marco Legal do Saneamento já atingiu. Com a má recepção do setor e a possibilidade de desperdiçar um forte meio de captação de investimentos, medidas que vão na direção contrária ao progresso tendem a ser refeitas e readequadas.

Já comentei anteriormente do impacto e da importância que os avanços no Marco Legal do Saneamento desencadeiam na sociedade. Do ponto de vista econômico, podemos tratar o mercado do saneamento como uma mina de ouro que nunca foi aproveitada de maneira ampla no Brasil.

Mas não podemos tirar o foco do principal objetivo que os investimentos no setor almejam: fornecer serviços de qualidade ao cidadão brasileiro.  A ampliação do alcance de serviços de saneamento básico e acesso à água potável para a população devem ser sempre o foco quando abordamos o setor de saneamento.

Devemos voltar nossas preocupações em contemplar cerca de 50% da população brasileira que não possui acesso a saneamento básico de qualidade ao invés de temer com a possibilidade improvável de um retrocesso no que já foi conquistado. O único caminho que temos para trilhar é em direção ao progresso, e isso ocorre com a continuidade no fortalecimento do mercado por meio do Marco Legal do Saneamento.

 


Pedro Francisco - COO da Projesan Water & Co.

 

As perguntas sem repostas sobre o caso Americanas

O caso Americanas pode ser considerado um divisor de águas no mercado brasileiro. Já tivemos outros escândalos corporativos, mas não desta magnitude e com tantas perguntas ainda sem respostas. Estamos diante de uma caixa de pandora, onde tudo pode aparecer dependendo do resultado das investigações, principalmente da apuração da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Os principais credores, bancos, entraram com diversas ações tentando bloquear créditos ou, então, tentar a antecipação de provas. A Americanas criou um comitê independente, que do ponto de vista ético, pode ser questionável, afinal milhões de reais estão sendo gastos para pagar os honorários dos membros e escritórios contratados, enquanto a Americanas pede na Justiça para não ter a luz, energia e internet cortadas por falta de pagamento, além dos aluguéis, que não tem sido efetuado os pagamentos, e as demissões dos terceirizados, que também é uma realidade, e isto tudo aparenta ser apenas o começo.

Aparentemente, a Americanas está tentando de todas as formas jurídicas proteger seus acionistas de referência. Por qual motivo? As respostas podem ser diversas, entretanto, como a cultura do grupo do qual estes acionistas atuam diz: lucro em primeiro lugar. Então, podemos inferir, e não afirmar, que a resposta seria proteger o patrimônio bilionário destes três senhores, que eram considerados referência no mundo dos negócios, empreendedores brasileiros que ganharam o mundo.

Uma das empresas do grupo, já sofreu uma penalização por inconsistências contábeis nos EUA, a organização teve que pagar uma indenização considerável para a SEC. Agora, de repente, o mesmo acontece no Brasil. Como uma inconsistência contábil não foi verificada nos últimos 10 anos? Como uma empresa que fala tanto em ESG não focou em uma governança efetiva mantendo um presidente por 20 anos? A alternância na presidência ajuda, e muito, a evitar situações com a que está acontecendo agora.

A Americanas conseguiu a recuperação judicial, mas será que de fato querem manter a empresa ativa? Existem muitas dúvidas em relação a isso. Os altos executivos, que recebiam como bonificação ações da empresa, venderam suas ações antes do escândalo, o que gerou um processo de insider trading contra a Americanas, pois acionistas de referência receberam, ao longo de 10 anos, seus dividendos que eram irreais devido as inconsistências contábeis. E agora?

Agora, temos colaboradores desempregados, e outros que estão com medo de perder seus empregos; fornecedores que não estão sendo pagos; taxas e tributos em atraso; bancos que acreditaram nos semideuses do capitalismo e emprestaram dinheiro para a Americanas, agora e estão desesperados em recuperar os valores; o mercado de varejo em descredito; e ainda veremos a economia ser afetada, porque, aparentemente, a governança não funcionou na Americanas.

Muitos condenam a CVM por não ter fiscalizado a Americanas anteriormente, mas poucos sabem que esta autarquia sofreu um processo de esvaziamento e falta de orçamento no último governo, ou seja, se o Brasil quer um órgão regulatório forte, o mesmo tem que ter estrutura e investimentos para poder atuar.

Podemos apontar vários culpados individualmente, entretanto, a responsabilidade, pensando em um capitalismo de stakeholders, podemos considerar que seria dos acionistas de referência, que desde o início de sua atuação como empresários se esqueceram da máxima da Constituição Federal, toda a empresa tem uma função social. Não que o lucro seja algo errado ou condenável, mas, não basta dar lucro, é essencial perguntar como o lucro ou as metas foram atingidas. Por ação ou omissão, as responsabilidades e penalizações existem, e devem ser aplicadas.


Patricia Punder - advogada e compliance officer com experiência internacional. Professora de Compliance no pós-MBA da USFSCAR e LEC – Legal Ethics and Compliance (SP). Uma das autoras do “Manual de Compliance”, lançado pela LEC em 2019 e Compliance – além do Manual 2020. Com sólida experiência no Brasil e na América Latina, Patricia tem expertise na implementação de Programas de Governança e Compliance, LGPD, ESG, treinamentos; análise estratégica de avaliação e gestão de riscos, gestão na condução de crises de reputação corporativa e investigações envolvendo o DOJ (Department of Justice), SEC (Securities and Exchange Comission), AGU, CADE e TCU (Brasil). www.punder.adv.br

 

Volta às aulas: higiene e limpeza das escolas são essenciais

 Serviços de higienização e campanhas de conscientização garantem um ambiente mais seguro para os alunos no retorno das férias

 

Essencial para o desenvolvimento saudável e o bom desempenho de alunos, corpo docente e funcionários, a limpeza e higienização do ambiente escolar volta a ganhar evidência com o início das aulas. Devido ao retorno das atividades, as escolas voltam a ser uma área com grande circulação de pessoas, que passarão horas do dia no ambiente escolar e, para que o local esteja seguro, os cuidados com a limpeza e higienização precisam ser parte da rotina. Sempre prezando pela governança e cuidado, a Sodexo On-site, líder em serviços de alimentação e facilities, compartilha algumas dicas de limpeza e manutenção do ambiente escolar.

“Como prevenção para as doenças e para contribuir com um ambiente que ofereça bem-estar, a correta higienização da escola deve estar sempre no radar durante o ano inteiro. A Sodexo busca combinar as melhores práticas globais de preservação da saúde e da segurança, viabilizando um ambiente escolar propício e enriquecedor para a troca e a aprendizagem, proporcionando mais qualidade de vida para todos”, aponta a coordenadora de desenvolvimento de operações de Educação da Sodexo, Lilian Gonzales. “Além da limpeza, incentivar a higienização constante das mãos também é fundamental para prevenir doenças respiratórias, diarreias, verminoses, hepatite A e outras doenças que são muito mais propícias de acontecer no verão, coincidindo assim com a volta às aulas.”, afirma Lilian.

O empenho dos profissionais de facilities da Sodexo que atuam dentro das escolas é o diferencial para manter os espaços de aprendizado limpos, contribuindo assim para o bom desempenho escolar dos alunos e professores. Para o mercado, normalmente, locais como salas de aula, banheiros, lanchonete e restaurante são priorizados em relação aos demais, contudo, a experiência da Sodexo mostra que as outras áreas também demandam atenção. “Nossos times também realizam a limpeza em locais que muitas vezes não são tão percebidos, como embaixo de um móvel por exemplo. Os clientes veem diferencial em cada detalhe ao mantermos todos os pontos de contato extremamente bem cuidados. Com isso, nossa atuação impacta positivamente a vida de quem atendemos”, relata Lilian.

Abaixo, a Sodexo reuniu algumas orientações universais que podem ajudar as escolas a adotarem protocolos para um retorno mais tranquilo e seguro das férias e oferecer bem-estar e cuidado ao longo de todo período escolar:

  • Aumentar a frequência da limpeza de superfícies com maior contato, tais como: corrimãos, maçanetas, interruptores, descargas, torneiras e outras superfícies compartilhadas;
  • Além da limpeza é preciso ter uma frequência de sanitização de ambientes, processo que visa diminuir a proliferação dos microrganismos como fungos, ácaros, bactérias e vírus;
  • Usar produtos adequados para limpeza, porque mais do que parecer limpo, o ambiente precisa estar livre de agentes que possam causar doenças. É necessário ainda escolher produtos químicos neutros e sem aroma para não causar alergias;
  • Diferenciar as ferramentas que são utilizadas para limpar diferentes ambientes. Por exemplo, o pano utilizado para limpeza do assento sanitário não pode ser usado para limpar outras superfícies como mesas e cadeiras;
  • Desenvolver campanhas internas, mensagens digitais e outros formatos para destacar a importância de se lavar as mãos. Orientar os alunos higienizar as mãos ao chegar na escola, antes e depois de refeições, atividades culinárias e brincadeiras (areia, massinha, tinta), antes e depois de usar o banheiro, secar as mãos com toalhas individuais, papéis descartáveis ou fluxo de ar quente;
  • Manter os ambientes arejados, abrindo janelas e portas pelo maior tempo possível; em salas com ar-condicionado fazer a inspeção e limpeza de filtros dos aparelhos periodicamente; e em ambientes com ventiladores fazer a limpeza dos aparelhos constantemente;
  • Gestão de qualidade da água por meio da limpeza, troca dos filtros e manutenção dos bebedouros e caixas d’água; orientar para que a comunidade escolar utilize seus recipientes pessoais, evitando encostá-los no local de saída de água;

Pensar em todos os detalhes é o papel das empresas especializadas em serviços de facilities. Dessa forma, torna-se possível proporcionar ambientes limpos, seguros, confortáveis e agradáveis para todos. Uma infraestrutura de qualidade, com manutenção adequada, demonstra o cuidado que a instituição de ensino tem com o bem-estar de toda a comunidade escolar. “Educar é cuidar, e de cuidado a Sodexo entende porque conhece na teoria e na prática como isso funciona há mais de 40 anos no Brasil”, conclui Lilian.

  

Sodexo On-site Brasil

 

De IA a Incentivos: conheça as armas para atrair mão-de-obra qualificada

Segundo dados do Fórum Econômico Mundial, empregadores demonstraram a intenção de oferecer requalificação e atualização para 70% de seus funcionários 



O desemprego atinge cerca de 9 milhões de brasileiros no início do ano e é considerado um problema crônico da economia do País. Por outro lado, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estima que o País irá gerar, até 2025, cerca de 797 mil vagas no setor. O problema é que anualmente são formados 53 mil trabalhadores nesta área e seriam necessários muitos mais para suprir as vagas que serão abertas no período. Essa diferença entre oferta e procura é chamada de apagão de mão-de-obra, que começa a ser enfrentado pelas startups com soluções de automação na requalificação dos times, mas precisa também contar com relevantes ajustes estratégicos na política educacional.

Na avaliação do professor Francisco Borges, mestre em Políticas Públicas do Ensino e consultor da Fundação de Apoio à Tecnologia (FAT), esse "apagão" é resultado de políticas educacionais que ignoraram as reais demandas do mercado. “Alinhar essas expectativas é crucial para reduzir o desemprego, e o primeiro desafio hoje é a busca pela excelência da capacitação, aquém do necessário na maior parte dos casos”, diz.

De acordo com ele, atualmente, existem mais de 19 milhões de vagas de cursos de graduação técnica presenciais e mais de 13 milhões de vagas para cursos EaD. Ou seja, não se trata de um problema de quantidade de vagas para qualificação profissional, e sim para quais setores elas são ofertadas. “Às vezes, as políticas educacionais priorizam cursos descolados da realidade do mercado”, afirma.

Ele destaca que existem, nas Instituições de Ensino Superior públicas, cursos que sequer conseguem ocupar suas vagas por serem de baixa capacidade de empregabilidade. Não é diferente nas instituições privadas, que também precisam conhecer mais o mercado, entender as demandas dos setores produtivos e se preparar para garantir aos alunos um acesso a posições de aproveitamento real do saber e do fazer.


O que fazem as startups?

Neste cenário, reter talentos e motivar pessoas são práticas que ocupam ainda mais o topo da lista de prioridades das empresas. Uma das respostas mais eficazes encontradas foi a modernização dos programas de incentivo para adaptar suas funcionalidades rapidamente às necessidades de cada organização. Rodolfo Carvalho, CEO da Incentivar, primeira plataforma especializada em incentivo inteligente do Brasil, apostou neste modelo e, no último ano aumentou a quantidade de usuários na plataforma em 40%.

"Temos a solução para uma das maiores dores das empresas, que é justamente manter seus times devidamente motivados e focados nas metas traçadas. Não é à toa que tivemos um crescimento de mais de 30% em faturamento de janeiro de 2021 até agora e aumentamos consideravelmente nossa carteira de clientes no mesmo período", afirma o gestor.

Há 3 anos no mercado, a Incentivar atualmente atende companhias de todos os portes. No total, são mais de 50 clientes incluindo marcas líderes de seus segmentos como Coca-Cola Femsa, iFood, Wizard, Remax, Hypera, Marilan, entre outras. Uma das vantagens do software é sua característica SaaS e White Label. Por meio de dashboards tanto os colaboradores quanto seus gestores podem acompanhar o desempenho e o quanto falta para a meta ser alcançada. Aliás, o aplicativo possibilita o uso inteligente com base nos dados coletados durante a campanha. É possível acompanhar os resultados segmentados de todos os participantes durante a campanha, saber quais produtos foram resgatados com pontos na plataforma, entre outras funcionalidades que facilitam a tomada de decisões e preparação das equipes.

Outras ferramentas que têm ganhado cada vez mais espaço para ajudar os colaboradores a melhorarem suas performances durante o treinamento estão relacionadas à Inteligência Artificial (IA). Um levantamento feito pelo Fórum Econômico Mundial (FEM), que compõe o relatório Future of Jobs, mostrou que apesar de empregadores demonstrarem a intenção de oferecer requalificação e atualização para 70% de seus funcionários, apenas 42% dos empregados estão dispostos a receber esta oportunidade de atualização profissional. Neste contexto, cresce a expectativa de que, neste ano, setores ainda pouco familiarizados com essas tecnologias emergentes, como a própria IA, apostem na recomendação automática de conteúdo e gamificação.

Utilizando como base os dados do trabalho produzido pelo FEM, o fundador da Beedoo, plataforma de comunicação e capacitação para equipes operacionais, Álvaro Manzione, acrescenta que, em média, as empresas estimam que cerca de 40% dos trabalhadores precisarão de uma nova requalificação a cada seis meses. Além disso, 94% dos líderes empresariais esperam que seus funcionários adquiram novas habilidades no trabalho o quanto antes. “Suprir uma demanda com este volume e nesta velocidade é uma tarefa praticamente impossível de ser executada pelos métodos tradicionais de treinamento. Por isso, as empresas estão buscando a cada dia novas tecnologias e metodologias de ensino profissional”, diz.


Dados da indústria: 2022 terminou com avanço das vendas e aumento de salários, e 2023 volta sua atenção para taxa de juros e controle da inflação

No fechamento do ano de 2022, as vendas reais avançaram 1,6% e os salários reais médios cresceram 2,4% na comparação com o ano de 2021


Segundo a pesquisa Levantamento de Conjuntura (FIESP/CIESP), no consolidado do 4º trimestre, o  ano de 2022 foi positivo para a economia nacional devido, principalmente, ao avanço da vacinação contra a Covid-19, que possibilitou a reabertura por completo da atividade econômica de todos os setores, com especial ênfase aos serviços. 

Com isso, a taxa de desemprego melhorou e, no último dado divulgado pelo IBGE, estava em 8,1% (novembro/2022). Outros fatores positivos como a liberação do FGTS, a prorrogação e aumento do Auxílio Brasil e as medidas fiscais adotadas pelo governo federal, colaboraram para resultados positivos, principalmente nos dois primeiros trimestres de 2022. 

No entanto, a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, a inflação acima do teto da meta, a incerteza fiscal, a economia mundial em desaceleração e as incertezas envolvidas no processo eleitoral foram contribuições negativas para a atividade econômica do país. 

No consolidado do 4º trimestre, as vendas reais cresceram na comparação com o trimestre anterior (+5,3%). As horas trabalhadas na produção se mantiveram estáveis (0,0%), enquanto os salários reais médios (-0,1%) e o NUCI (-0,5 p.p.) decaíram no dado trimestral. No fechamento do ano de 2022, as vendas reais avançaram 1,6% e os salários reais médios cresceram 2,4% na comparação com o ano de 2021. 

No acumulado de 2022, a balança comercial brasileira teve superávit de US$62,2 bilhões no agregado dos produtos, e déficit de US$62,0 bilhões quando são considerados apenas os produtos da indústria de transformação.

 

Desafios em 2023 

Para 2023, ressalta-se a atenção para o patamar da taxa de juros (SELIC), na condução da política econômica, no controle da inflação, destaque especial para a Reforma Tributária e a criação do novo arcabouço fiscal, a diminuição da política de covid zero da China, além do horizonte de desaceleração das principais economias mundiais que, inevitavelmente, afetam a atividade econômica do Brasil.

O Sensor do mês de janeiro encerrou em 50,9 pontos, resultado inferior ao mês anterior – de 52,3 pontos. As leituras, acima de 50,0 pontos, indicam elevação da atividade industrial paulista no mês.

Sobe e desce 

Segundo dados divulgados pelo SIDOCAL (Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias no Estado de São Paulo), entidade sindical representativa de mais de 3 mil empresas que industrializam produtos à base de atomatados, condimentos e temperos, molho de soja, doces e conservas alimentícias, as exportações dos produtos SIDOCAL caíram 8,1% em dezembro de 2022 em relação ao mesmo mês do ano anterior, enquanto as importações cresceram 16,0% nesta mesma comparação. Assim, o saldo da balança comercial foi déficit de US$46,0 milhões ante déficit de US$ 37,6 milhões em dezembro de 2021. 

No acumulado de 2022, as exportações dos produtos SIDOCAL cresceram 18,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, enquanto as importações cresceram 10,4% nesta mesma comparação. Assim, o saldo da balança comercial foi déficit de US$495,0 milhões ante déficit de US$ 455,3 milhões no acumulado de dezembro de 2021. 


Como uma entidade patronal, o Sidocal tem como finalidade defender todos os interesses das empresas do setor, como as negociações coletivas de trabalho, revisão dos tributos e questões relacionadas à sustentabilidade. Possui comitês especializados para atender as mais variadas demandas, a saber: Fiscal/Tributário; Qualidade/Tecnologia; RH; Agrícola; CEOs/Empresários.

De acordo com a secretária executiva do Sidocal, Vanessa Accunzo, a atuação dos comitês, principalmente nesse momento em que pensa muito em reconstrução, em fortalecer o cenário econômico, a produção, o emprego e a renda pelo trabalho, é fundamental. “Discutimos ações voltadas ao crescimento sustentável do setor e fomentamos meios de executá-las, de modo que as empresas tenham o Sidocal como uma entidade estratégica e eficiente na busca de soluções que ajudem o setor a prosperar cada dia mais”, explica.

 


Sindicato da Indústria de Doces e Conservas Alimentícias no Estado de São Paulo – Sidocal
https://www.sidocal.com.br/


As decisões que tomamos moldam a realidade à nossa volta

Quanto mais nossas escolhas são inteligentes e alinhadas com nossos valores, mais propensos estamos a ter uma vida satisfatória e bem sucedida

 

A pesquisadora Sheena Iyengar, da Universidade Columbia, nos Estados Unidos, revelou através de um estudo que, em média, tomamos 70 decisões relevantes por dia - desde as mais simples, como o que vamos comer no almoço, às mais complexas, como mudar de emprego ou de país. Há outras centenas, talvez até milhares, de decisões irrelevantes, como qual pé colocaremos primeiro para fora da cama ou se vamos tomar banho antes ou depois de tomar café. De qualquer forma, as decisões estão presentes no nosso dia a dia em níveis quase imperceptíveis. Tanto que, muitas vezes, por levarmos a vida no modo automático, a importância das escolhas conscientes acaba sendo negligenciada.

Nos primeiros anos de vida, nós não temos plena capacidade para decidir. Porém, mesmo na mais tenra idade, não aceitamos tão bem qualquer coisa que colocam à nossa frente. Observe que até as menores crianças já sabem distinguir do que gostam ou não de comer, de fazer, de brincar, de ver na televisão… Sabem o que pode causar dor, o que pode diverti-las ou entediá-las, satisfazê-las ou deixá-las com fome. 

Conforme crescemos, nossas escolhas vão dizendo muito sobre quem somos. Quais valores temos, o que almejamos, o que ou quem priorizamos, que práticas adotamos. Sendo assim, para que vivamos com mais felicidade e bem-estar, as nossas escolhas não devem ser terceirizadas. Claro que nem sempre temos um poder claro de escolha. Mas o importante é que quando este poder estiver em nossas mãos, usemos ele da melhor maneira possível.  Temos que reconhecer o impacto que as escolhas têm na construção da vida que queremos e assumir as rédeas.

Por meio de nossas escolhas, sejam elas simples ou complexas, conseguimos moldar o mundo em nosso entorno. Se comemos fast food mais barato ou uma refeição saudável mais cara; se preferimos um emprego que nos faz infelizes e paga bem ou outro que nos faz felizes mas é mal remunerado; se nos casamos com quem sempre desejamos mas mantemos um relacionamento frustrado ou continuamos solteiros, solitários, e talvez sem decepções. Cada decisão reconfigura a nossa vida, nos apresenta novas realidades e contextos, traz diferentes consequências e possibilidades, e nos ensina sobre as próximas decisões que precisaremos tomar.

Por isso é arriscado não tomarmos decisões de forma consciente, deixando o barco correr nas mãos dos outros, quando poderíamos estar investindo em uma vida mais apropriada para aquilo que realmente queremos ser. Quanto mais descobrimos quem somos - nossos gostos, valores, preferências, sonhos -, mais capazes nos tornamos de decidir por aquilo que nos trará satisfação e felicidade. Por meio de pequenas decisões, conseguimos desfrutar melhor da vida, extraindo de cada uma delas aquilo que nos faz pessoas mais realizadas. Assim, é fundamental que protejamos o nosso direito de decidir por nós mesmos, e usufruir desse direito o máximo que pudermos. Cada escolha tem seu valor, e não podemos desperdiçá-las, pois são elas que nos proporcionam viver a vida de forma plena e com significado.



Uranio Bonoldi - palestrante e especialista em negócios e tomada de decisão, é professor do Executive MBA da Fundação Dom Cabral, onde leciona sobre "Poder e Tomada de Decisão". Educado pelo método Waldorf, sua graduação e em seguida a pós-graduação em administração de empresas foi feita na FGV-SP. Atuou em grandes empresas como diretor e CEO. É autor dos thrillers da saga “A Contrapartida” e de “Decisões de alto impacto: como decidir com mais consciência e segurança na carreira e nos negócios”.


Com a nota do ENEM, candidatos podem conquistar bolsas de até 100% na Braz Cubas

Com apenas 300 pontos os candidatos passam a ter desconto garantido até o final do curso e acima de 800 pontos, os vestibulandos ganham bolsa integral

 

O resultado do Enem será divulgado na próxima segunda-feira (13) e o Centro Universitário Braz Cubas, instituição pertencente ao grupo Cruzeiro do Sul Educacional, está com as inscrições abertas para a Bolsa Mérito Enem.

Os descontos, que vão de 20% a 100% até o final da graduação, são proporcionais ao desempenho do aluno no exame e são destinados para cursos de graduação, exceto medicina. As pontuações entre 300 e 599, 99 garantem bolsa de 20%; entre 600 a 699,99, o desconto é de 30%; de 700 a 799,99 pontos, os interessados têm 50% de desconto; e, por fim, descontos de 100% para notas acima de 800.

As inscrições para o processo seletivo via Enem 2023 da Braz Cubas estão abertas e são gratuitas. Para saber mais, os interessados devem acessar o regulamento completo sobre o Ingresso Via Enem no site da Braz Cubas, antes de realizar a inscrição. Acesse: Processo Seletivo Enem – Braz Cubas.


SERVIÇO:

Bolsa Mérito Enem Braz Cubas 1º semestre 2023                                                                     

                                                                             

Centro Universitário Braz Cubas

Av. Francisco Rodrigues Filho, 1233 – Mogilar, Mogi das Cruzes – SP

Cep: 08773-380

Telefone: 3003-1189 para capitais e regiões metropolitanas e 0800 721 5844 para demais localidades.

Centro Universitário Braz Cubas

www.brazcubas.br

 

IPT e USP lançam e-book para reaproveitamento de resíduos de poda

Equipes do IPT e da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo desenvolveram guia para utilização de galhos e troncos de árvores de maneira sustentável

 

Para expandir o conhecimento sobre o reaproveitamento de galhos e troncos, o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) se uniram para pensar em formas de agregar valor a estes resíduos e um dos resultados desta parceria é a publicação do e-book ‘Resíduo de poda urbana: como reaproveitar?’.


O e-book foi concebido como um passo a passo para possibilitar o reaproveitamento dos resíduos de poda e mostra que é preciso primeiramente conhecer minimamente as árvores da área de interesse, que pode ser a arborização de um município, de um bairro, de um parque, de um condomínio ou de outro território definido.


Em seguida, é necessário fazer a quantificação da composição física e gravimétrica média dos resíduos de poda: esta determinação possibilita a realização de estudos de aplicação de tecnologias de tratamento, reaproveitamento e reciclagem dos materiais, reduzindo assim o desperdício de um material nobre e a sua disposição em aterros. 


O terceiro passo é a caracterização tecnológica das espécies de árvores analisadas, por meio de ensaios físicos e mecânicos realizados em amostras de resíduos de poda. A caracterização é importante na indicação do potencial de uso da madeira destes resíduos para finalidade estrutural e na fabricação de móveis e pequenos objetos de madeira. 


Este passo a passo foi colocado em prática pelas equipes durante o projeto-piloto realizado na cidade litorânea de Bertioga (SP) e o e-book traz uma série de exemplos do reaproveitamento de resíduos levantados durante a sua execução, com informações das espécies em fichas técnicas contendo um resumo de suas características e usos potenciais.


O público principal do e-book são municípios brasileiros que podem se inspirar na metodologia construída com Bertioga e concluir que utilizar resíduos das podas urbanas de uma forma mais inteligente e sustentável não é uma meta impossível de ser atingida.


Profissionais que utilizam madeira para desenvolverem produtos, como artesãos e designers, também podem se interessar pela publicação. Concessionárias de energia elétrica também já se interessaram pelo estudo, visando um melhor destino para as podas realizadas por eles e por suas terceirizadas.


O e-book está disponível para download em https://conteudo.ipt.br/como-reaproveitar-residuo-de-poda


Alguém viu um concorrente por aí?

Após muita expectativa e alguma comoção por termos Anitta entre as concorrentes do Grammy, a brasileira perdeu o prêmio para Samara Joy.

Samara o quê? Disseram muitos.

Confesso que também não a conhecia e fui ouvir essa tal “alegria”.

Quer saber? Fiquei encantado com a voz densa e cristalina.

Não que Anitta não tenha seus méritos capazes de gerar uma legião de fãs revoltados com a injustiça da premiação, mas por algum motivo, o jazz sobrepôs o funk.

Não entendo muito os critérios de premiação do Grammy e, por mais subjetivos que possam ser, sempre cabe a pergunta: “Tem sentido comparar dois ritmos musicais tão distintos?”

A questão surge quando pergunto aos meus clientes sobre “quem são seus concorrentes”.

Tem sentido comparar a sua marca com aquela sua vizinha na gôndola do supermercado?

Tem sentido comparar o seu filho com o colega dele na escola?

Quem é o melhor?

Existem várias formas de considerarmos a concorrência.

A maneira mais óbvia é aquela que compara aspectos materiais, dois shampoos, duas camisetas, dois cabeleireiros.

Neste caso, a concorrência é facilmente percebida e, por isso, analisada e controlada.

Certo?

Errado.

E quem lava os cabelos com sabonete? E quem veste camisa? E quem prefere cortar o cabelo em casa? Ou seja, quem resolve uma necessidade de um jeito diferente da solução que a sua marca propõe.

Estamos falando então sobre uma análise de relevâncias e, assim, você já percebeu que a concorrência se ampliou em quantidade e perfis.

Certo?

Sim.

Suficiente?

Não.

Como não? Se fabrico shampoos e conheço todos os demais fabricantes do segmento, além de sabonetes e afins, onde mais há concorrentes?

Na carteira do seu cliente.

Seu verdadeiro desafio na luta contra os concorrentes está na sua participação no orçamento do seu cliente, o que chamamos de “share of wallet”,

De cada R$100,00 que seu cliente gasta, que fração ele gasta com você?

Nesta visão mais ampla e realista, qualquer compra pode atrapalhar o desempenho de sua marca.

Por isso, não parece tão absurdo que a Samara Joy concorra diretamente com a Anitta. Ambas disputam a atenção do público e da crítica.

E se após a leitura desse texto, você ficou mais perturbado com suas análises de mercado, proponho que você desista de ser o melhor a todos, a todo o tempo.

Seja o melhor hoje, aos seus clientes, àqueles que estão com você, conhecem seus pontos forte e fracos e permanecem comprando.

Aplauda quem está no palco da sua marca e deixe que os seus aplausos sejam ouvidos pelos que ainda estão lá fora na fila da concorrência.

Aos poucos, eles virão espiar a sua performance.

 

Fernando Adas - fundador e diretor de planejamento e atendimento da Fine Marketing e autor do livro “O Safado, a Biscate e Eu: causos, cases e casos de um publicitário indiscreto”.

 

Oito em cada dez empregos foram gerados nos pequenos negócios em 2022

No ano passado, os setores de Serviços e Comércio foram os que mais contrataram nas micro e pequenas empresas


Em 2022, a cada 10 postos de trabalho gerados no Brasil, aproximadamente 8 foram criados pelas micro e pequenas empresas (MPE), segundo levantamento do Sebrae feito com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Com o resultado positivo, o acumulado do ano ultrapassou 2 milhões de novas vagas, das quais quase 1,6 milhão teve lugar nos pequenos negócios.

Mesmo quando comparado com 2021 – quando as MPE tiveram um desempenho que superou os 2,17 milhões de empregos gerados, equivalente a 77% do total de vagas do período –, verifica-se que a participação dos pequenos negócios no saldo total aumentou no ano passado, chegando a 78,4%.

“Mais uma vez, os pequenos negócios não decepcionaram o Brasil e mantiveram a tradição de grandes geradores de empregos no país. Assim como em 2022, tenho certeza de, neste ano, as MPE, principalmente na figura do Microempreendedor Individual (MEI), continuarão a impulsionar a nossa economia, com destaque para os setores de Serviços e Comércio”, assegura o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

Na soma dos 12 meses do ano passado, os setores dos pequenos negócios que mais contrataram foram Serviços (828.463), Comércio (332.626) e Construção Civil (229.755). No ranking dos saldos de empregos por unidade federativa, o primeiro lugar ficou com Roraima, seguido de Amapá e Amazonas. Em valor absoluto de vagas nas MPE, São Paulo ficou na liderança.

A pesquisa também faz um recorte de dezembro de 2022 que, similar aos anos anteriores, apresenta mais desligamentos do que admissões, resultando em saldos negativos em todos os portes. No último mês do ano passado, o Brasil encerrou pouco mais de 431 mil postos de trabalho – desse volume, as MPE foram responsáveis por 205 mil (47,5%). Como todos os portes apresentaram saldos negativos de contratação, o mesmo pôde ser observado na estratificação por setor de atividade. O único setor que gerou emprego foi o setor do Comércio das MPE.


Micro e pequenas empresas do país serão capacitadas em inovação

 O Programa Varejo Inteligente Conecta Brasil vai promover a aceleração e a cultura inovadora em 900 negócios do setor de comércio e serviços espalhados por todo o Brasil  

 

De tendência a prioridade. Essa foi a escalada da inovação no mercado varejista mundial. No Brasil, não é diferente. De acordo com uma pesquisa da consultoria de inovação, ACE Cortex, para 85% das empresas nacionais, a inovação é uma prioridade. Apesar do expressivo desejo de mudança, o levantamento mostra que somente 36% dos negócios possuem estrutura para promover e colocar em prática novas ideias.

Um estudo do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas Rio Grande do Sul (Sebrae-RS), juntamente com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFGRS), em 2022, revelou que os principais retornos obtidos pelos pequenos negócios que inovaram foram a conquista de novos clientes (85%), a melhoria de processos (55,4%), o aumento das vendas (53,8%) e a fidelização dos clientes (41,3%). Em outra perspectiva, a pesquisa revelou que o processo de inovação é composto por dores como falta de recursos financeiros (64,8%), falta de tempo (38,8%), escassez de recursos humanos (38%) e o não conhecimento técnico (34,4%). Os setores que mais inovaram ao longo dos últimos anos, segundo o levantamento, foram Serviços (52,5%) e Comércio (31,4%).

A pesquisa mostrou ainda que 67% das micro e pequenas empresas almejam buscar apoio externo para inovar e 63,4% já foram em busca de ideias fora do ambiente do negócio. Com esse grande potencial de inovação a ser explorado nas quase 20 milhões de Micro e Pequenas Empresas (MPE), em todo o país, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas  (Sebrae Nacional), com o apoio da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL),  lançam o projeto Varejo Inteligente Conecta Brasil, uma iniciativa que tem como objetivo promover a mudança de mentalidade dos empresários participantes, desmistificando a inovação e tornando sua prática possível em seu dia a dia em médio e longo prazo. A metodologia se dá por meio de capacitações, workshops, consultorias individuais, oficinas práticas e eventos de conexão com startups.


Mais de 900 empresas de todo o país serão impactadas

O Varejo Inteligente Conecta Brasil almeja impactar, inicialmente, 900 empresas em todas as regiões do país, por meio de 30 CDLs, incluindo as entidades de capitais como São Paulo, Florianópolis, Vitória, Salvador, Porto Velho, Manaus, Recife, Goiânia e Palmas.

“Somente em 2022, as micro e pequenas empresas foram responsáveis por 72% dos quase dois milhões de postos de trabalho gerados no país. O setor de comércio e serviços corresponde a 50% desse montante de empresas, sendo que somente o segmento de serviços equivale a 30% e o comércio a 20%. Ofertar a esses micro e pequenos empresários a oportunidade de elevar a qualidade do seu negócio por meio da inovação, é crucial para o desenvolvimento econômico do país”, afirma o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.

Ainda segundo o dirigente, o projeto tem como proposta ajudar as MPE a lidar com os desafios do negócio e atuar diretamente na transformação das pessoas que estão à frente da gestão, tornando-as capazes de praticar inovação de forma simples, promovendo resultados reais e, consequentemente, habilitando-as como embaixadoras de inovação no setor de comércio e serviços.

O presidente do Sebrae, Carlos Melles, considera estratégica a capacitação dos donos de pequenos negócios para a disseminação da inovação no país. “Muitos empreendedores ainda têm uma compreensão equivocada de que inovar é algo necessariamente caro e restrito ao universo das grandes empresas. A prática do Sebrae tem sido de – permanentemente – desfazer esse mito e mostrar que a inovação está ao alcance de todos”, comenta.

Ainda de acordo com Melles, as análises do Sebrae mostram que o setor de serviços deve continuar liderando a geração de empregos formais. “O saldo de contratações das MPE – com 60,2 mil empregos – já é mais que duas vezes maior que o volume de vagas geradas pelas médias e grandes (29,1 mil novos contratos). Enquanto isso, as contratações dos pequenos negócios do comércio (39,1 mil) já são cinco vezes maiores que as geradas por médias e grandes (8,3 mil)”, acrescenta o presidente do Sebrae.


De Minas para o Brasil

O Varejo Inteligente Conecta Brasil é a nacionalização do projeto Varejo Inteligente, criado em 2016 pela CDL/BH e pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), que tem como proposta apoiar as empresas da capital mineira e Região Metropolitana no caminho rumo à inovação. A edição mineira do programa já realizou sete edições e impactou 126 empresas, 125 startups e, por meio do transbordo, impactou mais de 2.200 pessoas.

“As sete edições do Varejo Inteligente nos mostraram que a inovação é essencial para as micro e pequenas empresas que almejam vida longa no mercado. Em Belo Horizonte, segundo dados da Receita Federal, são mais de 550 mil negócios deste porte em atividade. Para elas, é fundamental uma movimentação em prol da inovação”, explica o presidente da CDL/BH. “A capital mineira tem no setor de comércio e serviços, principal ramo de atuação dessas empresas, 72% de seu PIB e maior gerador de empregos. Para elas, a inovação precisa ser fomentada e praticada, pois a sustentabilidade desses negócios impacta diretamente na economia da cidade”, completa Marcelo de Souza e Silva.


Como funcionará o Varejo Inteligente Conecta Brasil

Seguindo os moldes da edição mineira, o programa nacional será executado em quatro etapas, sendo a primeira, chamada Foco 1, voltada para a capacitação das CDLs. Neste processo, as entidades fizeram uma imersão,  com carga horária total de 12 horas, cujo objetivo foi promover um alinhamento conceitual e discutir algumas práticas de inovação, com foco no trabalho da mentalidade para inovar e uso de métodos ágeis, especialmente o Design Thinking, que será a principal ferramenta do Projeto.

Na segunda etapa, denominada Foco 2, a atenção estará voltada para as trilhas de conteúdo, que são eventos on-line pensados para iniciar uma jornada de transformação das empresas, compartilhamento de conteúdos práticos e alinhados ao momento atual dos negócios. Os temas são escolhidos de  acordo com as dores e desafios mais latentes, especialmente das pequenas empresas.

A terceira etapa, chamada Foco 3, promove a aceleração das empresas participantes. São promovidos workshops, oficinas, consultorias individuais para as micro e pequenas empresas e conexão com startups. 

A quarta e última etapa, Foco 4, será um evento aberto ao público no modelo híbrido (presencial com transmissão on-line), onde são entregues os resultados do projeto, reconhecimento das CDLs,  das micro e pequenas empresas e das startups mais engajadas.

No momento, o Varejo Inteligente Conecta Brasil está iniciando o Foco 2. A expectativa é que até o fim de março deste ano, tenha início o Foco 3, etapa de aceleração das empresas selecionadas.


Conexão Startup-Empresa

Nos focos 3 e 4, as startups iniciam a participação no projeto e farão conexões com as empresas participantes. “Após elencar os desafios destas empresas, as startups irão se inscrever para propor soluções de inovação de acordo com a  dor/desafio que possuírem aderência. Concluído o processo, haverá um workshop preparatório e um evento de conexão promovendo a interação direta entre empresas e startups”, detalha o presidente da CDL/BH.

“Nacionalizar o projeto Varejo Inteligente Conecta, depois de muito aprendizado e validação, é uma forma de oportunizar para as MPEs e MEIs de todo o Brasil, a possibilidade de desmistificar a inovação, entender que não se trata só de tecnologia e que é possível aprender metodologias e ferramentas passíveis de aplicação em seus negócios de maneira recorrente. Assim, é possível melhorar resultados, mudar a mentalidade, e, de fato, implementar uma cultura de inovação independentemente do tamanho de sua empresa. Os empresários que passam por este processo aprendem como inovar e se tornam habilitados a enfrentar os desafios de forma diferente, criativa e inovadora”, afirma o gerente de inovação e tecnologia da CDL/BH, Marcelo Costa.


Como as empresas podem participar

O Varejo Inteligente Conecta Brasil é gratuito e será realizado em 12 meses. Podem participar MPE do setor de comércio e serviços, que estejam ativas na Receita Federal e Estadual, tenham sua sede e Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica registrado nos estados participantes. As empresas selecionadas também devem ter faturamento anual máximo de até R$ 4,8 milhões (Micro e Pequenas Empresas). As inscrições e participação no projeto são gratuitas, sendo custeado pela CDL/BH e Sebrae Nacional. As inscrições estarão disponíveis no início do Foco 02, previsto para a segunda semana de fevereiro, e deverão ser realizadas pelo site: cdlbh.com.br (Aqui deve ser inserida a LP do projeto, prevista para ser entregue na sexta, 20.)

“Não é preciso ser associado às CDLs participantes para se inscrever no projeto. Queremos auxiliar o maior número possível de MPEs do setor de comércio e serviços do país. Haverá um critério de seleção de acordo com os pré-requisitos. Contudo, mesmo as empresas que não forem selecionadas poderão participar das trilhas de conteúdo e eventos de conexão”, destaca o presidente da CDL de Belo Horizonte.

“Temos a convicção de que a parceria do Sebrae e as lideranças lojistas brasileiras tem a chance de mudar o cenário do setor no país. Nossa experiência mostra que, quando devidamente apoiadas com iniciativas e políticas públicas consistentes, as pequenas empresas cumprem com o seu papel de liderar a geração de empregos e contribuir com o crescimento da economia. Não é exagero afirmar que as MPE são a locomotiva do Brasil”, conclui Carlos Melles.


Preenchendo as brechas de segurança no home office e em configurações híbridas de trabalho

Com a pandemia quase sob controle, organizações em todo o mundo já voltaram ao escritório e muitas adotaram, de forma permanente, o trabalho híbrido, que inclui vários dias de home office. Embora cada arranjo carregue seu conjunto de prós e contras, do ponto de vista da segurança cibernética existem alguns desafios que precisam ser enfrentados para cobrir todas as lacunas de segurança.

Esse arranjo híbrido do trabalho obscurece a divisão entre as redes corporativas e domésticas, ao mesmo tempo em que expande a superfície de ataque em ambos os ambientes. Desta maneira, como dar conta dessas brechas de segurança?
Primeiro, devemos examinar os dados para ver quais ameaças prosperaram durante o período de transição. Em 2021, a maioria das organizações se estabeleceu em configurações remotas. Em nosso resumo anual daquele ano, notamos que houve um aumento de 382% em arquivos maliciosos bloqueados. Os cibercriminosos também parecem ter dobrado os esquemas de phishing durante o período.

Com base em dados do Trend Micro™ Cloud App Security, o phishing teve um crescimento absurdo de 596%. Na época em que o local de trabalho passou amplamente dos escritórios para as residências, os agentes mal-intencionados tiraram todo o proveito que podiam do e-mail para disseminar malwares, por ser um vetor de ataque de baixo esforço, mas de alto impacto.

E a rede doméstica? Os dados da  solução “Smart Home Network” mostraram um aumento de atividade maliciosa potencial em redes domésticas de 2019 para 2020. O número de ameaças bloqueadas indica que os dispositivos domésticos, principalmente os roteadores, foram alvos frequentes durante o período. Ainda que isso fosse esperado, já que a maioria dos funcionários que ficaram em casa contavam com dispositivos para se manterem conectados e continuarem suas atividades, o crescimento de ataques foi mais do que o dobro, causando imensa preocupação para o setor de segurança da informação.

Para o trabalho híbrido funcionar, os funcionários precisam acessar os arquivos da empresa de seus locais remotos. No entanto, mover arquivos pode aumentar a probabilidade de violação de dados ou a introdução de arquivos maliciosos na rede de uma empresa. De acordo a pesquisa realizada pela OpenText - empresa canadense que desenvolve e vende software de gerenciamento de informações empresariais -, 56% dos colaboradores dos EUA usam ferramentas de compartilhamento de arquivos pessoais no dia a dia de trabalho.

Entre os entrevistados, 76% admitiram que se sentem estressados ​​com a enxurrada de informações de contexto de Home Office, enquanto 26% afirmaram que usam 11 ou mais contas, recursos, ferramentas e aplicativos, todos os dias – uma estimativa esmagadora, para dizer o mínimo.

As organizações devem fornecer aos seus funcionários maneiras seguras de transferir arquivos grandes e acessar serviços de hospedagem de dados. Eles também devem educar os colaboradores sobre quais tipos de arquivos são seguros para serem compartilhados e a permissão correta a ser aplicada na hora de compartilhar arquivos.

As redes privadas virtuais (VPNs) permitiram que os usuários se conectassem a redes seguras enquanto trabalhavam em casa. Infelizmente, vulnerabilidades não seguras em VPNs também foram exploradas em ataques. Uma das vulnerabilidades mais usadas foi a CVE-2018-13379. Até hoje, é a vulnerabilidade mais explorada em produtos VPN, embora um patch para ela esteja disponível desde maio de 2019. Outras vulnerabilidades que sofreram muitas explorações foram as CVE-2019-11510 e CVE-2019-19781.

Empresas e usuários devem estar a par dessas ameaças, pois configurações híbridas aumentam a facilidade de atravessarem as redes domésticas e de escritório. Considerando que o Home Office e o trabalho híbrido testam a ideia de segurança cibernética como uma responsabilidade compartilhada, funcionários e organizações devem fazer tudo que estiver ao alcance para evitar ameaças e preencher a lacuna de segurança entre as redes domésticas e de escritório.
Abaixo, algumas dicas para os colaboradores:

  • Isole seus dispositivos de trabalho em sua rede doméstica;
  • Use VPNs para tornar mais segura a conexão entre sua casa e a rede do escritório;
  • Configure a segurança dos roteadores para limitar as possibilidades de invasão por cibercriminosos; se possível, use uma ferramenta de segurança de rede para obter uma camada adicional de proteção para todo o ambiente doméstico e dispositivos conectados;
  • Siga as regras de boas práticas de segurança da sua companhia;
  • Esteja atendo às táticas de phishing e outros golpes, especialmente quando estiver trabalhando em um ambiente com nível menor de segurança;
  • Utilize somente ferramentas, aplicativos, serviços e contas disponibilizadas pela empresa, evitando o uso e o download de alternativas não aprovadas;
  • Opte sempre pelo duplo fator de autenticação (2FA) em vez de utilizar apenas senhas simples.

Já as empresas devem:

  • Controlar o acesso dos colaboradores à VPN e exigir que eles renovem o login diariamente;
  • Estabelecer rede para convidados visando o uso por visitantes e em dispositivos pessoais;
  • Promover o treinamento do pessoal sobre melhores práticas de segurança digital, além de criar uma linha de comunicação para reportar incidentes suspeitos, particularmente os com sinais de phishing;

·       Definir ferramentas e estabelecer serviços de nuvem para a comunicação entre os colaboradores e o acesso e compartilhamento de arquivos.


Cesar Candido - diretor geral da Trend Micro no Brasil, empresa especializada em cibersegurança.


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