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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Conheça os tipos de tendinites, tratamentos e cuidados

Lesão ou inflamação no tendão ocorre por causa de movimentos repetitivos


O surgimento da tendinite ocorre quando o indivíduo sobrecarrega os tendões por repetir movimentos, causando dores, inchaços, vermelhidão, formigamento, atrofia muscular e até limitando a mobilidade da região. Essa lesão atinge, na maioria das vezes, os pulsos, joelhos, ombros e tornozelos. 

“As lesões nos ombros e joelhos são mais vistas em pessoas que praticam esportes, como saltos, natação, futebol e tênis. A última também é comum em quem é sedentário ou obeso, pois o excesso de peso acaba pressionando o local. Já a Tendinite de Aquiles, ou do pé, é ocasionada pelo uso frequente de sapatos inadequados, duros e sem amortecimento, incomodando durante os atos de andar e levantar. Muita carga durante os treinos e Artrite Reumatoide também podem resultar em uma lesão”, afirma Priscila Sá, fisioterapeuta e coordenadora do curso de Fisioterapia da UNINASSAU Recife. 

Casos de dor e inchaço no pulso são bem comuns. O motivo são as atividades repetitivas e manuais, como digitar em teclado de computador durante grande parte do dia. Por isso, é conhecida como Lesão por Esforço Repetitivo. Ainda há as tendinites nos braços, polegares, cotovelos, nas mãos e no quadril. 

A fisioterapeuta explica que cada tipo pede um tratamento diferenciado. “Por meio de exames físicos, vamos avaliar a sensibilidade no local dolorido e a inflamação do tendão. Para confirmar que realmente se trata de uma tendinite, é comum também pedirmos exames de imagem”. 

“Dependendo da intensidade, é necessário o repouso. Em outros casos, será preciso tomar anti-inflamatórios, realizar fisioterapia ou acupuntura. Também pode ser necessário um procedimento cirúrgico em algumas situações”, conclui Priscila. 

Para evitar a tendinite, é importante se alongar antes dos exercícios físicos, corrigir a postura, não forçar regiões doloridas, melhorar a ergonomia no trabalho, caminhar um pouco durante o expediente para não passar o dia sentado e evitar movimentos repetitivos, sempre buscando um período de pausa.


Mês de julho alerta sobre conscientização do câncer de bexiga: confira 5 mitos e verdades

Apesar da doença ser mais comum em idosos, os sintomas não devem ser ignorados em qualquer faixa etária. Oncologista tira principais dúvidas sobre o tema


 Com uma maior prevalência em pacientes com idade superior a 55 anos, é estimado que a cada ano do triênio 2020-2022 ocorram 10.640 novos casos de câncer de bexiga no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Dos diagnósticos, 7.590 são encontrados em homens e 3.050 em mulheres, indicando 7,23 novos casos a cada 100 mil pacientes do sexo masculino e 2,80 a cada 100 mil do sexo feminino. 

No entanto, de acordo com a Dra. Pamela Carvalho Muniz, oncologista da Oncoclínicas São Paulo, existem outros fatores de risco, além da idade, que podem colaborar para o surgimento do câncer de bexiga. "O tabagismo é um desses fatores; cerca de 50% a 70% dos casos da doença podem ocorrer devido ao hábito. Além disso, a exposição a diversos compostos químicos, como HPA, agrotóxicos, benzeno, entre outros, também contribuem para o desenvolvimento da neoplasia", explica. 

A especialista aponta ainda sinais que trazem alerta para doenças no aparelho urinário, incluindo o câncer de bexiga. "Em estádio inicial, a neoplasia pode ser assintomática, mas sintomas como presença de sangue na urina, vontade frequente de urinar e também dor ao urinar devem ser investigados".

 

Tipos de câncer de bexiga
 

  • Carcinoma de células de transição: é o tipo mais comum da doença e tem início nas células do tecido mais interno da bexiga.
     
  • Carcinoma de células escamosas: bem menos frequente que o anterior, atinge as células planas e delgadas da bexiga depois de infecções ou irritações de longo prazo.
     
  • Adenocarcinoma: subtipo menos frequente, tem início nas células glandulares, podendo se formar na bexiga após longos períodos de inflamação ou irritação.
     

Diagnóstico e tratamento 

Como estratégia, a detecção do tumor em fase inicial pode possibilitar maiores chances de sucesso no tratamento. Com isso, a realização de exames clínicos, radiológicos e também laboratoriais são fundamentais para a investigação completa. Já nas pessoas sem sinais da doença, mas que fazem parte de grupos com uma maior possibilidade de desenvolver a neoplasia, os exames periódicos também podem ser recomendados pelo especialista. 

Quanto ao tratamento, é necessário uma avaliação individual de cada paciente, levando em consideração o grau da doença. No caso da cirurgia, pode ocorrer a remoção parcial (retirada do tumor ou parte do órgão) ou ainda total da bexiga. "Vale lembrar que quando a última alternativa é realizada, um novo órgão é reconstituído com o objetivo de armazenar a urina", explica a Dra. Pamela Muniz. 

A quimioterapia também pode ser realizada antes ou após o procedimento cirúrgico, justamente com o objetivo de eliminar as células cancerígenas que possam existir no local ou na corrente sanguínea.

 

Prevenção 

Como forma de prevenir o surgimento do câncer, a oncologista reforça a importância de hábitos saudáveis na rotina. "Realizar atividades físicas regulares, moderar a ingestão de bebidas alcoólicas, não fumar, beber bastante água e ter uma dieta balanceada e rica em frutas e fibras são essenciais para a manutenção da saúde e prevenção de diversas doenças, inclusive o câncer de bexiga". 

Abaixo, a Dra Pamela Carvalho Muniz comenta 5 mitos e verdades sobre o câncer de bexiga para ficar de olho 

O câncer de bexiga pode comprometer a virilidade masculina 

Mito. A doença em si não interfere na virilidade do homem. Contudo, a especialista explica que o tratamento pode causar impactos: "Quando são realizadas cirurgias extensas da retirada concomitante da próstata, das vesículas seminais ou o uso da radioterapia em algumas regiões, pode resultar em disfunções sexuais. Por isso, é muito importante conversar com o médico e falar a respeito da preocupação", comenta.

 

Câncer de bexiga não tem cura 

Mito. Até 80% dos pacientes com câncer de bexiga apresentam tumores superficiais, ou seja, de melhor prognóstico. "As chances de cura são maiores quando a doença é descoberta em estádio inicial e quando não há comprometimento de camadas mais profundas".

 

O câncer de bexiga pode voltar 

Infelizmente, sim. Por isso, é muito importante que o paciente tenha acompanhamento regular com seu urologista e com o seu oncologista. "Mesmo que a recidiva da doença possa ocorrer, ela é tratável na maioria dos casos sem comprometer a qualidade de vida do paciente".

 

A presença de sangue na urina ocorre com 80% dos pacientes com câncer de bexiga 

Verdade. O sintoma, também chamado de hematúria, é o resultado do rompimento de vasos sanguíneos que ficam no interior da mucosa da bexiga ou massa tumoral. "É importante ressaltar que esse não é um sintoma definitivo para o diagnóstico do câncer de bexiga, uma vez que pode ser confundido com outras doenças do trato urinário, como as infecções urinárias, prostatites benignas e cálculos renais".

 

Idosos possuem risco aumentado de desenvolver câncer de bexiga 

Verdade. A doença é mais comum em pacientes acima dos 55 anos. "Além disso, ser homem e branco também está entre os fatores de risco da neoplasia. Contudo, apesar da doença ser mais incidente nesta faixa etária, os sintomas não devem ser ignorados em qualquer idade. Por isso, procure sempre por atendimento caso algo fora do normal seja observado", finaliza.
 


Oncoclínicas

https://www.grupooncoclinicas.com

Proteína que detecta a luz pode ter papel na origem e na progressão do melanoma, sugere estudo

 
Pesquisadores da USP mostraram, por meio de experimentos com animais e com células geneticamente modificadas, que esse tipo de câncer avança mais lentamente quando a molécula fotossensora conhecida como melanopsina é desativada. Descoberta pode indicar novas estratégias terapêuticas (imagem: Wikimedia Commons) 

 

Encontrada em células da pele e da retina, a melanopsina (OPN4) é uma proteína que atua como um sensor de luz. Um novo estudo conduzido na Universidade de São Paulo (USP) sugere que a molécula também pode ter participação no desenvolvimento e na progressão do melanoma, o tipo mais agressivo de câncer de pele.

Por meio de experimentos com animais e com células geneticamente modificadas, pesquisadores do Laboratório de Fisiologia Comparativa da Pigmentação do Departamento de Fisiologia do Instituto de Biociências (IB-USP) mostraram que a doença avança mais lentamente quando essa proteína não é funcional. Os resultados foram publicados na revista científica Communications Biology, ligada à Nature.

Apesar de outros grupos já terem demonstrado que opsinas podem atuar em cânceres, esta é a primeira constatação do tipo para o melanoma, que responde por 5% dos tumores malignos de pele e 80% das mortes por câncer em geral.

O estudo, que contou com o apoio da FAPESP (projetos 17/24615-517/26651-918/14728-0 e 19/19005-9), teve origem em uma pesquisa do mesmo grupo feita com modelos de melanócitos (células da pele que produzem melanina). À época, os pesquisadores mostraram que a melanopsina não apenas estava expressa nessas células como também participava de processos como pigmentação, ajuste do relógio biológico e até mesmo morte celular causada por radiação ultravioleta A (leia mais em: agencia.fapesp.br/24130/).

No trabalho mais recente, foi usada a técnica de edição de DNA conhecida como CRISPR para alterar a sequência do gene Opn4 e criar um modelo estável de célula de melanoma com uma versão não funcional da proteína.

“Quando criamos as células knockouts [sem OPN4 funcional], percebemos que elas tinham um fenótipo muito diferente: cresciam menos e apresentavam capacidade proliferativa reduzida”, conta Leonardo Vinícius Monteiro de Assis, autor do estudo em parceria com José Thalles Lacerda e atualmente pesquisador na Universidade de Lübeck, na Alemanha. “Começamos, então, a nos perguntar e a investigar se a melanopsina tinha papel na progressão do melanoma ou na carcinogênese.”

A teoria foi confirmada primeiro em estudos in vitro e depois em animais. As células tumorais que continham a versão não funcional da OPN4 cresciam menos e de forma mais lenta do que as células selvagens (sem a modificação na OPN4). A descoberta foi posteriormente confirmada por uma técnica de análise de proteínas chamada proteômica e por meio da análise de bancos de dados públicos.

“Em resumo, demonstramos que, no câncer melanoma, quando você remove a OPN4, ocorre uma redução do crescimento celular”, diz Assis. “Isso é causado basicamente por duas vias que não necessariamente são correlacionadas, mas podem ser: o aumento da ativação do sistema imunológico por um motivo ainda não caracterizado e uma redução bem significativa na sinalização de proteínas chamadas GTPases, que são como pequenos motores que atuam na progressão do ciclo celular e estão muito reduzidas nesses tumores.”

O estudo revelou ainda que um fator de transcrição muito importante no melanoma, o MITF (sigla em inglês para fator de transcrição associado à microftalmia), também está muito menos expresso nas células com a versão não funcional da melanopsina.

De acordo com Assis, a somatória de todas as informações sugere, pela primeira vez, que a melanopsina atua como um oncogene no melanoma, ou seja, está associada ao aparecimento e crescimento desse tipo de câncer. Até então, a molécula nunca havia sido associada ao desenvolvimento de tumores. Porém, mais experimentos com linhagens celulares de melanoma e outras abordagens ainda são necessários para confirmar definitivamente esse papel.


Perspectivas para o futuro

O Laboratório de Fisiologia Comparativa da Pigmentação, liderado pela cientista Ana Maria de Lauro Castrucci, foi um dos poucos do mundo a demonstrar que a melanopsina também detecta temperatura, atuando como termossensor e fotossensor de maneira independente, em 2018. Agora, com as novas informações, adiciona mais um aspecto importante ao tema, mostrando que essas moléculas podem se tornar ferramentas terapêuticas promissoras no futuro.

“Possivelmente, a melanopsina pode ser explorada no tratamento do melanoma e isso abre uma nova ramificação para averiguar seu papel em outras doenças, como, por exemplo, as do fígado, onde opsinas também estão presentes”, diz Assis.

O atual foco do Laboratório de Fisiologia Comparativa da Pigmentação é justamente investigar a função da melanopsina de forma sistêmica, em outros órgãos que não são classicamente conhecidos, como tecido adiposo, fígado e coração, entre outros.

O artigo Melanopsin (Opn4) is an oncogene in cutaneous melanoma pode ser lido em: www.nature.com/articles/s42003-022-03425-6.

 

 

Julia Moióli

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/proteina-que-detecta-a-luz-pode-ter-papel-na-origem-e-na-progressao-do-melanoma-sugere-estudo/39105/


COC mostra o valor da doação de sangue para salvar a vida de alguém próximo

Campanha busca estimular parentes e amigos de pacientes com câncer, que não podem doar, a realizar o gesto solidário


A pessoa com câncer, em algum momento do curso da doença, talvez precise receber sangue ou um componente dele. Como os pacientes oncológicos não podem ser doadoras, o Centro de Oncologia vai em busca da solidariedade de parentes e amigos. Neste mês de julho, o COC realiza uma campanha de conscientização com aqueles que já testemunharam o valor da doação para salvar a vida de alguém próximo.

A campanha “Doação de Sangue, um ato de amor ao próximo” é realizada pelo Centro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular de Campinas, em parceria com o COC. Nos próximos dias 18 e 25 de julho, profissionais estarão na sede do Centro de Oncologia Campinas para esclarecer pacientes, familiares e acompanhantes sobre o ato e os benefícios de doar sangue – cada litro pode salvar até quatro vidas.

Palestras também serão ministradas aos colaboradores do COC, para ampliar os conhecimentos e a rede solidária. O objetivo é captar, por meio de informações e conscientização, novos voluntários para realizar a doação entre os dias 1 e 31 de agosto, no Centro de Hematologia.

A corrente do bem no Centro de Oncologia Campinas é uma iniciativa direcionada a ajudar a reestabelecer os estoques dos bancos de sangue do Brasil, bastante comprometidos pela pandemia do novo coronavírus. “Na oncologia, trabalhamos com um grupo amplo de pacientes, desde recém-nascidos até idosos. Por vezes se faz necessária uma transfusão, principalmente de hemácias e plaquetas. A baixa nas doações coloca em risco muitas vidas”, reforça a médica Mary da Silva Thereza, do Centro de Oncologia Campinas.

A solidariedade já presente nas pessoas que acompanham a rotina dos pacientes de câncer pode ser estendida a todos os que dependem da doação para sobreviver. São laços de apoio que o Centro de Oncologia busca fortalecer e sensibilizar com a campanha. “Como temos uma grande dificuldade nas doações, é importante que todos que estejam envolvidos na realidade de um paciente oncológico passem a fazer doações, independentemente de o sangue ser ou não utilizado por um conhecido. Temos de ter em mente que em algum momento alguém vai precisar”, reafirma a médica do COC.

Dados do Ministério da Saúde indicam que apenas 1,7% da população brasileira colaboram regularmente com os bancos de sangue. No Brasil, tanto a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quanto o Ministério da Saúde determinaram que neoplasias malignas são impeditivos para a doação.

O uso de quimioterápicos, a radioterapia, os medicamentos para combater o câncer e a própria condição de saúde do paciente oncológico são fatores que excluem as pessoas com câncer da lista de potenciais doadores, ainda que a doença tenha sido superada há tempos. “Mesmo curado, a pessoa com câncer não é doadora pelos critérios das agências de saúde do Brasil. Por isso é importante que quem ela conheça possa fazer essa doação por ela” reforça Mary Thereza.

Ter a possibilidade de compartilhar um gesto de amor, acrescenta a médica, é uma atitude da qual dependem muitas vidas. “Mais importante é a gente pensar sempre que o outro pode precisar da nossa ajuda, e assim podemos ajudar com algo que é bem tranquilo e seguro.”


A campanha

Sensibilizar amigos e familiares de pacientes em tratamento oncológico, bem como os colaboradores do Centro de Oncologia de Campinas, para conquistar novos doadores de sangue está entre os objetivos da campanha “Doar sangue, um ato de amor ao próximo”. Um dos desafios da captação de doadores é fazer com que a doação de sangue seja convertida em uma experiência que acrescente valor positivo ao doador.

Os hemocomponentes obtidos através de uma doação de sangue – hemácias, o plasma fresco congelado, os concentrados de plaquetas e o crioprecipitado – podem salvar até quatro vidas por litro doado.

Na oncologia, pacientes em terapia antineoplásica possuem um consumo elevado de hemocomponentes, principalmente concentrados de hemácias para correção de anemia sintomática e concentrados de plaquetas para correção de sangramentos devido aos efeitos secundários da quimioterapia.

Durante os dias da campanha, estandes divulgarão o Serviço de Hemoterapia (Centro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular). Haverá panfletagem e sensibilização de candidatos à doação, com informações básicas sobre a iniciativa. Também serão esclarecidos os critérios de aptidão/inaptidão para candidatos e realizado o pré-agendamento de candidatos à doação, que poderá ser feita entre os dias 1º e 31 de agosto, na sede do Centro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular de Campinas.

 

Centro de Oncologia Campinas

Rua Alberto de Salvo, 311, Barão Geraldo, Campinas.

Telefone: (19) 3787-3400.

www.oncologia.com.br

instagram.com/coc_oncologia

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Seconci-SP alerta que doenças erradicadas podem voltar devido à queda das taxas de vacinação

 Baixa adesão às vacinas preocupa as autoridades sanitárias

 

Nos últimos dez anos, a cobertura vacinal do Brasil vem despencando. O índice de vacinação ideal preconizado pelas autoridades sanitárias deve ficar acima de 90%, porém as taxas gerais de imunização têm ficado abaixo desse patamar. Segundo o Ministério da Saúde, 2016 foi o ano mais crítico, chegando a 50,4%. Em 2021, o índice ficou em 60,7%, ainda assim muito abaixo do preconizado. “Muitas doenças foram erradicadas devido a vacinação em massa, porém diante desse cenário, há o risco de elas voltarem”, afirma a coordenadora do setor de Enfermagem do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), a enfermeira Camila Prearo dos Santos. 

Por determinação do Ministério da Saúde, o Programa Nacional de Imunizações foi instituído em 1975. Hoje ele dispõe de vacinas para mais de 30 doenças e oferece mais de 14 imunizantes dentro do esquema vacinal proposto pelo Sistema Único de Saúde. O Programa disponibiliza 300 milhões de doses anualmente, conta com cerca de 38 mil salas de vacinação distribuídas por todo o território nacional e mais de 114 mil profissionais de saúde atuando nessas salas. 

“O Brasil, reconhecidamente, tem um dos melhores e mais completos calendários vacinais do mundo, porém isso de nada adianta se a população não se conscientizar e tomar as doses necessárias estabelecidas para cada faixa etária. O caso do sarampo é emblemático. A doença foi erradicada no Brasil, em 2016, quando foram completados 12 meses sem registrar casos do vírus. No entanto, diante do retorno da doença, o país perdeu o certificado de erradicação, em 2019”, destaca Camila. 

Ela explica que as vacinas são seguras e eficazes. De maneira geral, conferem alta taxa de proteção. “Não o tão almejado 100% de garantia de não adquirir a doença, porém o de proteger das formas graves”. 

Eventuais reações, como febre, dor, vermelhidão e calor local podem ocorrer após a aplicação. Mas os benefícios da imunização são muito maiores do que os riscos dessas reações temporárias. “Importante ressaltar que cada vacina apresenta particularidades para sua administração, portanto a pessoa deve relatar qualquer alergia pré-existente, reações às doses anteriores e/ou uso de medicamentos. Diante de qualquer dúvida, os profissionais de saúde das salas de vacinação estão preparados para saná-las e aplicar a dose ou não, dependendo do caso”, orienta a enfermeira.

 

Covid e Influenza 

“Nos últimos dois anos, em meio ao enfrentamento da pandemia da Covid-19, ficou evidente quão importantes e essenciais são as vacinas. E também como é vital combater as fake news, levando orientação e informação com embasamento científico à população”. 

Camila recomenda que as pessoas devem tomar não apenas as doses da vacina contra a Covid-19 disponíveis para a sua faixa etária, mas também a destinada para o combate da Influenza. A época do frio, com ambientes fechados e aglomeração, possibilita a maior transmissão dos agentes infecciosos. Os sintomas da gripe e da Covid são parecidos, por isso estar com a vacinação em dia se torna um diferencial no diagnóstico. 

“Vacinar-se é um ato responsável e mais que isso, um ato de amor pela própria vida, pela vida de seus amigos e familiares. Além de ser um bem para a saúde coletiva. Não fique de fora, vacine-se!”, finaliza Camila.

 

Senado aprova linha de créditos para pequenos negócios com SIM Digital

MP propõe empréstimos de R$ 1,5 mil para pessoas físicas e R$ 4,5 mil para MEI. O texto agora segue para sanção presidencial 

 

O Senado Federal nesta quarta-feira (13) a Medida Provisória 1107/22, que cria o Programa de Simplificação do Microcrédito Digital para Empreendedores (SIM Digital) e estabelece medidas de estímulo à formalização dos pequenos negócios. O texto, que segue para sanção do presidente Jair Bolsonaro, autoriza uma linha de crédito de R$ 1.500 para pessoa física e R$ 4.500 para Microempreendedores Individuais (MEI) - o valor é 50% maior do que o sugerido pelo governo federal.

No parecer, a relatora Margareth Buzetti ressalta que a pandemia elevou os níveis de desemprego e induziu o aumento do empreendedorismo. Segundo ela, cabe ao Congresso Nacional facilitar esta forma de inserção econômica. “Lembramos que, no Brasil, a maioria dos negócios é de microempreendedores. De acordo com o levantamento Mapa de Empresas, do Ministério da Economia, em 2021, houve recorde histórico nos níveis de empreendedorismo, com abertura de aproximadamente 4 milhões de empresas”, afirmou a relatora. 

A expectativa do governo é que o SIM Digital, cujos empréstimos serão garantidos pelo Fundo Garantidor de Microfinanças (FGM), beneficiando até 4,5 milhões de empreendedores. Até abril deste ano, a Caixa Econômica tinha concedido o crédito a mais de 1 milhão de pessoas com essa garantia. Segundo a MP, metade dos recursos deve ser destinada às mulheres.

O texto aprovado pela Câmara e mantido integralmente pelo Senado, define que as linhas de créditos subsequentes somente poderão ser concedidas para MEI individuais que tenham recebido qualificação técnico-profissional pelo Sebrae. As pessoas físicas devem exercer alguma atividade produtiva ou de prestação de serviços, sejam urbanas ou rurais, de forma individual ou coletiva. Já os MEIs devem participar do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO).

O gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae, Silas Santiago, destaca a importância da MP para a inserção dos pequenos negócios no mercado de crédito: “Os MEI enfrentam dificuldades reais com a oferta de garantias, a documentação geralmente exigida pelos bancos, o acesso desses pequenos ao crédito e o prazo reduzido para pagamento. Uma linha de crédito direcionada ao segmento é muito bem-vinda, pois vai gerar uma inversão desses microempresários no mercado de crédito”.

A MP também autoriza o uso de R$ 3 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para garantir operações de microcrédito e muda normas sobre infrações por falta de recolhimento de valores ao fundo pelas empresas.

 

* Com informações da Agência Senado


Top Malware - Junho de 2022

 Novo malware bancário para Android representa alto risco aos usuários de mobile banking


 

A Check Point Research relata um novo malware bancário para Android, o MaliBot; além disso, aponta uma nova variante do Emotet e que segue como malware mais prevalente globalmente (14,12%) e na lista do Brasil com o elevado índice de 42,19%


 

A Check Point Research (CPR), divisão de Inteligência em Ameaças da Check Point® Software Technologies Ltd. (NASDAQ: CHKP), uma fornecedora líder de soluções de cibersegurança global, publicou o Índice Global de Ameaças referente ao mês de junho de 2022. Os pesquisadores relataram o surgimento de um novo malware móvel bancário para Android, chamado MaliBot, após a remoção do FluBot no final de maio.

 

Embora recém-descoberto, o MaliBot, um malware bancário, já alcançou o terceiro lugar na lista de malwares móveis mais prevalentes. Ele se disfarça como aplicativos de mineração de criptomoedas com nomes diferentes e tem como alvo usuários de mobile banking para roubar informações financeiras. Semelhante ao FluBot, o MaliBot usa mensagens SMS de phishing (smishing) para atrair as vítimas, a fim de que cliquem em um link malicioso que as redirecionarão para efetuar o download de um aplicativo falso contendo o malware.

 

Também em junho, o malware Emotet continuou aparecendo na posição de mais prevalente no mundo. Os pesquisadores relataram ainda sobre uma nova variante do Emotet, que surgiu no mês passado, cujos recursos visam o roubo de cartão de crédito e tem como alvo os usuários do navegador Chrome.

 

O Snake Keylogger vem em terceiro lugar após um aumento em sua atividade desde que apareceu em oitavo lugar em maio. A principal funcionalidade do Snake é registrar as teclas digitadas pelos usuários e transmitir os dados coletados para os atacantes. Enquanto em maio a CPR testemunhou o Snake Keylogger sendo entregue via arquivos PDF, recentemente este malware foi distribuído por e-mails contendo anexos do Word marcados como solicitações de cotações.

 

“Embora seja sempre bom ver ações bem-sucedidas de aplicação da lei para derrubar grupos de crimes cibernéticos ou malwares, como o FluBot, infelizmente não demorou muito para que um novo malware móvel tomasse seu lugar”, afirma Maya Horowitz, vice-presidente de Pesquisa da Check Point Software Technologies.

 

“Os cibercriminosos estão bem cientes do papel central que os dispositivos móveis desempenham na vida de muitas pessoas e estão sempre adaptando e melhorando suas táticas para corresponder a isso. O cenário de ameaças evolui rapidamente e o malware móvel é um perigo significativo para a segurança pessoal e corporativa. Nunca foi tão importante ter uma solução robusta de prevenção de ameaças móveis”, alerta Maya.


 

Principais famílias de malware


* As setas referem-se à mudança na classificação em comparação com o mês anterior.

 

Em junho, o Emotet prosseguiu como o malware mais popular, afetando 14,12% das organizações em todo o mundo, seguido pelo Formbook e pelo Snake Keylogger, cada um impactando 4,4% das organizações globalmente.

 

Emotet - É um trojan avançado, auto propagável e modular. O Emotet era anteriormente um trojan bancário e recentemente foi usado como distribuidor de outros malwares ou campanhas maliciosas. Ele usa vários métodos para manter técnicas de persistência e evasão para evitar a detecção. Além disso, ele pode se espalhar por e-mails de spam de phishing contendo anexos ou links maliciosos.

 

Formbook -- É um InfoStealer direcionado ao sistema operacional Windows e foi detectado pela primeira vez em 2016. É comercializado como Malware-as-a-Service (MaaS) em fóruns de hackers ilegais por suas fortes técnicas de evasão e preço relativamente baixo. O FormBook coleta credenciais de vários navegadores da Web, captura telas, monitora e registra digitações de teclas e pode baixar e executar arquivos de acordo com as ordens de seu C&C (Comando & Controle).

 

Snake Keylogger - É um keylogger .NET modular e que rouba credenciais, descoberto pela primeira vez no final de novembro de 2020. Sua função principal é registrar as teclas digitadas pelos usuários e transmitir os dados coletados para os atacantes. As infecções por Snake representam uma grande ameaça à privacidade e segurança online dos usuários, pois o malware pode roubar praticamente todos os tipos de informações confidenciais e é um keylogger particularmente evasivo e persistente.

 

A lista completa das dez principais famílias de malware em junho pode ser encontrada no blog da Check Point Software.


 

Principais setores atacados globalmente e no Brasil

 

Quanto aos setores, em junho, Educação e Pesquisa prossegue sendo o setor mais atacado globalmente, seguido por Governo/Militar e Saúde.

 

1.Educação/Pesquisa

2.Governo/Militar

3.Saúde

 


No Brasil, os três setores no ranking nacional mais visados em junho foram:

 

1.Governo/Militar

2.Varejo/Atacado

3.Comunicações

 

O setor de Educação/Pesquisa ficou em sexto lugar no ranking nacional pelo segundo mês consecutivo.

 


Principais vulnerabilidades exploradas

 

Em junho, a equipe da CPR também revelou que a “Apache Log4j Remote Code Execution” foi a vulnerabilidade mais explorada, impactando 43% das organizações no mundo, seguida de perto pela “Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure”, cujo impacto global foi de 42,3%. A “Web Servers Malicious URL Directory Traversal” ficou em terceiro lugar na lista de vulnerabilidades mais exploradas, com um impacto global de 42,1%. 


 Apache Log4j Remote Code Execution (CVE-2021-44228) - Existe uma vulnerabilidade de execução remota de código no Apache Log4j. A exploração bem-sucedida dessa vulnerabilidade pode permitir que um atacante remoto execute código arbitrário no sistema afetado.

 

Web Server Exposed Git Repository Information Disclosure - a vulnerabilidade de divulgação de informações foi relatada no Repositório Git. A exploração bem-sucedida desta vulnerabilidade pode permitir a divulgação não intencional de informações da conta.

 

Web Servers Malicious URL Directory Traversal (CVE-2010-4598, CVE-2011-2474, CVE-2014-0130, CVE-2014-0780, CVE-2015-0666, CVE-2015-4068, CVE-2015-7254, CVE-2016-4523, CVE-2016-8530, CVE-2017-11512, CVE-2018-3948, CVE-2018-3949, CVE-2019-18952, CVE-2020-5410, CVE-2020-8260) - Existe uma vulnerabilidade de passagem de diretório em diferentes servidores da web. A vulnerabilidade ocorre devido a um erro de validação de entrada em um servidor Web que não limpa adequadamente a URI (Uniform Resource Identifier) para os padrões de passagem de diretório. A exploração bem-sucedida permite que atacantes remotos não autenticados divulguem ou acessem arquivos arbitrários no servidor vulnerável.

 


Principais malwares móveis

 

Em junho, o AlienBot é o malware móvel mais prevalente, seguido por Anubis e o novo malware bancário MaliBot.

 

1. AlienBot - A família de malware AlienBot é um Malware-as-a-Service (MaaS) para dispositivos Android que permite a um atacante remoto, como primeira etapa, injetar código malicioso em aplicativos financeiros legítimos. O atacante obtém acesso às contas das vítimas e, eventualmente, controla completamente o dispositivo.

 

2. Anubis é um cavalo de Troia bancário projetado para smartphones Android. Desde que foi detectado inicialmente, ele ganhou funções adicionais, incluindo a funcionalidade Remote Access Trojan (RAT), keylogger, recursos de gravação de áudio e vários recursos de ransomware. Foi detectado em centenas de aplicativos diferentes disponíveis na Google Store.

 

3. MaliBot é um malware bancário do Android que foi detectado visando usuários na Espanha e na Itália. Este malware se disfarça como aplicativos de mineração de criptomoedas com nomes diferentes e se concentra no roubo de informações financeiras, carteiras de criptomoedas e mais dados pessoais.

 


Os principais malwares de junho no Brasil

 

O principal malware no Brasil em junho continuou sendo o Emotet, com um índice de impacto elevado de 42,19% (este malware liderou a lista nacional de maio com índice de 23,55%). A novidade do Emotet, como mencionado no início deste texto, está por conta de uma nova variante identificada em junho que tem recursos de roubo de cartão de crédito e seu alvo são os usuários do navegador Chrome.

 

Já o Chaes manteve-se em segundo lugar (com o mesmo índice de impacto de maio de 6,88%) no ranking nacional; este malware ataca plataformas de e-commerce principalmente na América Latina e foi o responsável pela campanha que visava o roubo de informações de consumidores do Mercado Livre e Mercado Pago, entre outros. 

 

O Índice de impacto de ameaças globais da Check Point Software e seu mapa ThreatCloud são alimentados pela inteligência ThreatCloud da Check Point, a maior rede colaborativa que fornece inteligência de ameaças em tempo real derivada de centenas de milhões de sensores em todo o mundo, em redes, endpoints e dispositivos móveis. A inteligência é enriquecida com mecanismos baseados em IA e dados de pesquisa exclusivos da divisão Check Point Research (CPR).


Imagem ilustrativa - Divulgação Check Point Software

 

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Milhares de pessoas estão cercadas por confrontos armados em Cité Soleil, no Haiti

MSF apela para que civis sejam poupados em meio aos confrontos; água potável e outros serviços essenciais são urgentemente necessários 

 

Milhares de pessoas estão presas em uma área isolada do bairro Cité Soleil de Porto Príncipe, sem água potável, comida ou assistência médica, enquanto grupos armados lutam pelo controle da área, alertou Médicos Sem Fronteiras (MSF), apelando aos grupos armados para poupar civis e às organizações humanitárias para que respondam às necessidades urgentes da população.

Brooklyn, um território isolado de Cité Soleil, com uma população estimada de milhares de pessoas, fica em uma área costeira pantanosa ao norte de um terminal de petróleo. Desde o dia 8 de julho, quando os combates eclodiram em Cité Soleil, os moradores não conseguiram sair em meio aos confrontos, e os caminhões de água potável - dos quais os moradores dependem - não conseguiram entrar.

"Estamos pedindo a todos os lados do confronto que permitam que a assistência entre no Brooklyn e poupe os civis", disse Mumuza Muhindo, coordenador-geral de MSF no país. "Também pedimos à comunidade humanitária que responda às necessidades urgentes da população do Brooklyn e outras regiões afetadas pelos combates, incluindo água, alimentos e assistência médica."

Três profissionais de saúde de MSF que vivem no Brooklyn têm tratado os feridos em uma clínica privada, que é a única unidade de saúde ainda em funcionamento na área. No dia 10 de julho, MSF conseguiu evacuar 12 pacientes com necessidades de emergência da clínica, incluindo pessoas com ferimentos à bala, mulheres grávidas e uma criança com uma condição de saúde urgente.

"Ao longo da única estrada para o Brooklyn, encontramos cadáveres em decomposição ou queimados", disse Mumuza Muhindo, coordenador-geral de MSF no Haiti. "Elas podem ser pessoas mortas durante os confrontos ou pessoas que foram baleadas ao tentar fugir. É um verdadeiro campo de batalha, não é possível estimar quantas pessoas foram mortas."

A situação no Brooklyn está se deteriorando à medida que os confrontos continuam

"Infelizmente, esta é uma região onde grande parte do lixo da cidade é despejado devido a presença de um rio", disse Muhindo. "A população não tem acesso à água, à eletricidade e há uma grande necessidade de cuidados de saúde e latrinas. Por causa do confronto atual, a situação piorou."

MSF continua tentando evacuar pessoas com necessidades médicas críticas do Brooklyn, enquanto muitos outros residentes também solicitam ajuda para deixar a área, mas não conseguem.

A organização continua tratando vítimas da violência em outras áreas de Cité Soleil. Os funcionários do centro de emergência de MSF na área de Drouillard têm estabilizado pacientes feridos e encaminhado para hospitais quando possível. Nossa equipe abriu uma sala de cirurgia na instalação para começar a prestar atendimento cirúrgico de emergência no local. Esse trabalho tem sido desafiador devido a confrontos armados nas imediações da instalação, que exigiram que a equipe se abrigasse em uma sala segura por horas.

O hospital de MSF em Tabarre, para onde muitos dos feridos são encaminhados, está aumentando sua capacidade de tratar vítimas de traumas físicos. Desde o dia 8 de julho, as equipes cirúrgicas de Tabarre realizam cerca de 15 procedimentos cirúrgicos por dia para pacientes com traumas.

"Nosso foco principal aqui é salvar o maior número de vidas possível", disse Jean-Gilbert Ndong, coordenador médico de MSF.

 

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