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terça-feira, 24 de maio de 2022

Gripe ou resfriado? Como saber se estou com uma coisa ou outra?

Infectologista explica a diferença entre gripes e resfriados e como identificar os principais sintomas das duas condições.

 

Com a queda das temperaturas e a chegada do inverno, só se fala em uma coisa: gripes e resfriados. Entre campanhas de vacinação e sintomas que surgem da noite para o dia, é fato que essa época do ano exige muito da nossa imunidade. 

No entanto, muitas vezes tratamos resfriados e gripes como se fossem a mesma coisa - apesar de a pandemia de coronavírus mostrar que não é bem assim! Vamos entender, então, a diferença entre os dois? 

"A principal e mais importante diferença é que o resfriado é causado por uma série de vírus respiratórios que causam apenas uma infecção leve e que não gera complicações graves para a saúde", explica a Dra. Aline Scarabelli, infectologista e consultora médica do Labi Exames. 

Por outro lado, a gripe é causada pelo vírus Influenza e constitui uma infecção respiratória que pode evoluir para um quadro grave que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é responsável por até 650 mil mortes por ano. É por isso que as gripes entram no ciclo vacinal e os resfriados não.

 

Quais os principais sintomas de gripes e resfriados? 

Falar sobre nomes de vírus pode ser interessante, mas não mostra na prática quais são as diferenças entre as duas doenças. Por isso, fique atento: a Dra. Aline apontou, abaixo, os principais sintomas de cada um. 

Sintomas da gripe: 

  • Febre alta e persistente
  • Fraqueza e cansaço
  • Tosse e dor de garganta
  • Dores no corpo e de cabeça
  • Coriza e congestão nasal

Normalmente, uma gripe dura até 8 dias e pode evoluir para uma pneumonia ou uma infecção respiratória grave. Além de medicamentos que tratam a sintomatologia, o principal tratamento de prevenção contra a gripe é a vacinação.

 

Sintomas do resfriado: 

  • Sem febre ou febre baixa
  • Leve indisposição
  • Tosse e dor de garganta
  • Coriza e congestão nasal

Por serem mais leves, os resfriados costumam durar um tempo menor: até 5 dias. Além disso, se não tratados corretamente podem evoluir para sinusites, bronquites ou otites - por isso, usa-se analgésicos, antitérmicos e lavagem nasal frequente no cuidado com a doença. 

Mesmo com essas diferenças, uma coisa é certa: ninguém gosta de ficar doente! Por isso, o melhor a fazer é vacinar-se anualmente contra a Influenza e manter bons hábitos de vida, como uma rotina de exercícios físicos e uma alimentação balanceada, para manter a imunidade alta e evitar pegar uma dessas doenças, seja gripe ou resfriado.

 

LABI EXAMES


Diagnóstico precoce é a chave para reduzir o risco de perder a visão devido ao glaucoma

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o glaucoma afeta cerca de 1 milhão de brasileiros e é a principal causa de cegueira irreversível do mundo

Dados da Academia Americana de Oftalmologia indicam que os casos de glaucoma irão saltar de 76 milhões em 2020 para 111.8 milhões até 2040

 

A pergunta mais frequente quando uma pessoa recebe o diagnóstico do glaucoma é se irá perder a visão. A preocupação com a cegueira, nesses casos, faz todo o sentido. Isso porque o glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível em todo o mundo.

A boa notícia é que o diagnóstico precoce e o tratamento adequado podem reduzir, drasticamente, a chance de a pessoa ficar cega. Em países desenvolvidos, por exemplo, apenas 5% dos pacientes evoluem para a perda total da visão.

Segundo Dra. Maria Beatriz Guerios, oftalmologista especialista em Glaucoma, o diagnóstico não significa, necessariamente, que a pessoa vai perder a visão por completo. “Por outro lado, a visão perdida não pode ser recuperada. Isso porque as lesões que levam ao glaucoma ocorrem no nervo óptico. Como as células nervosas não se regeneram, a perda visual é definitiva”.  



Risco estimado e risco real

Alguns estudos apontam que em países desenvolvidos, o risco de perder a visão nos pacientes que foram diagnosticados de forma precoce é de cerca de 5%.

“Naturalmente, mesmo em países desenvolvidos, a pessoa pode perder a visão quando o diagnóstico ocorre em uma fase avançada da doença. Além desse aspecto, a perda visual pode ser agravada por outras doenças oculares, como a degeneração macular relacionada à idade (DMRI) ou ainda pela retinopatia diabética, alerta Dra. Maria Beatriz.

Na verdade, o que precisa ser considerado quando se fala em cegueira, é o quanto avançado está o glaucoma. Ou seja, quando mais demorados são o diagnóstico e o tratamento, maior será a probabilidade de a pessoa apresentar a perda definitiva da visão.

“Outro fator de risco é o tipo de glaucoma que a pessoa tem. Um glaucoma de ângulo fechado agudo, sem tratamento, pode evoluir muito rápido para a cegueira. Os casos congênitos também têm um prognóstico menos otimista em relação à perda visual”, explica a oftalmologista.  



Visão de túnel

A oftalmologista aponta que há diferentes tipos de cegueira, dependendo da causa. “O glaucoma afeta a visão periférica, aquela que nos permite enxergar as imagens laterais. Essa perda visual é chamada de “visão de túnel”. A pessoa consegue ver as imagens centrais e nas laterais a imagem escurece”, conta Dra. Maria Beatriz.

Caso a doença evolua devido à falta de tratamento, essa perda da visão periférica se agrava. Como resultado, ocorre o fechamento do campo visual progressivamente, como se a pessoa estivesse olhando para um túnel escuro.
 
A partir do diagnóstico do glaucoma, o acompanhamento do glaucoma é para o resto da vida, já que se trata de uma doença crônica e progressiva. O principal objetivo é impedir que a doença progrida para a cegueira.

“Felizmente, a maioria dos casos de glaucoma pode ser controlada por meio de medicamentos (colírios), bem como por cirurgias a laser e novas tecnologias, como o implante de stents. O tratamento do glaucoma é feito para controlar a pressão intraocular (PIO), principal causa das lesões no nervo óptico”, comenta a especialista.  



É possível prevenir o glaucoma?

A prevenção do glaucoma é realizada, principalmente, por meio de consultas periódicas com um oftalmologista, principalmente depois dos 40 anos. Isso porque a idade é um dos principais fatores de risco.

Algumas doenças podem aumentar o risco de desenvolver esse problema, como a apneia do sono, doenças cardiovasculares, diabetes etc. O álcool e o cigarro também devem ser evitados.  É importante lembrar que existe o glaucoma secundário, que pode ocorrer por traumas na região ocular, uso indevido de colírios e certas doenças oculares.


Personalidade Múltipla: ficção ou realidade?

 

Crédito: canva
Médico especialista em psicopatologias, Dr. Ariel Lipman explica o que na realidade é esse transtorno, representado no personagem “Cavaleiro da Lua”, da Marvel 


Desde o surgimento da arte, é possível classificá-la como uma representação de atividades e sentimentos cotidianos da vida dos seres humanos. Com o desenvolvimento da tecnologia, as possibilidades de meios de interpretação de diferentes vidas aumentaram. Desse modo, o cinema, um dos resultados de progressão tecnológica, nos proporciona experiências imersivas em nossas próprias mentes e, consequentemente, em nossos transtornos. 

Entre eles está o Transtorno Dissociativo de Identidade, que é representado no personagem “Сavaleiro da Lua”, a nova minissérie da Marvel. O papel do cavaleiro é interpretado pelo ator Oscar Isaac, que conquistou, desde a estreia do programa, vários fãs. Marc Spector, a identidade por trás do anti-herói, possui uma vida composta de incidentes traumáticos, fato que catalisou em si o desenvolvimento do Transtorno Dissociativo de Identidade (TDI), conhecido popularmente como dupla ou múltiplas personalidades.

Ao saírem do mundo da ficção em sentido ao mundo real, é comum os telespectadores da exibição questionarem-se sobre a possibilidade de um indivíduo realmente possuir dupla ou mais personalidades. A resposta é sim e, aliás, de acordo com a Associação Brasileira de Psiquiatria, essa condição engloba até 1,5% da população do nosso país. 

Ariel Lipman, psiquiatra e diretor da Sig Residência Terapêutica, explica que o TDI é exposto de maneira romantizada. “O transtorno acaba se misturando com os super poderes do anti-herói, fato que pode vir a confundir a quem assiste sobre o que de fato é pertinente à condição e ao que é uma fantasia”. 

Em outros dramas em que o TDI é representado, como o famoso filme “Fragmentado”, a questão é a mesma: o transtorno é exibido de forma ficcional. O protagonista do longa possui mais de cinco personalidades. Lipman comenta que, na realidade, a psicopatologia é nada mais nada menos que uma característica puramente humana, assim como todos os outros transtornos. “O TDI ainda exige muita pesquisa. Atualmente ainda há pela sociedade dúvidas sobre a sua existência, e, sendo assim, é necessário mais estudo sobre o tema”.

 

Despersonificação 

O psiquiatra esclarece que, no mundo real, existe um transtorno mais comum que pode se aproximar do TDI, conhecido como o transtorno de despersonificação ou desrealização, que tem como sintoma a ansiedade grave. “ Em momentos de tensão isso é muito comum, pois a confusão de personalidade de um indivíduo pode vir a ocorrer quando ele encontra-se exposto a traumas ou estresse intenso”. 

Nesses casos, essas pessoas perdem a noção de quem são e podem assumir novos papéis que não lhes cabe. A duração dessa condição depende do caso: pode vir a durar anos ou até mesmo ser crônica. Nessa situação de dissociação, o acompanhamento médico e psíquico é mais que necessário. 

Lipman defende um maior esclarecimento entre os dois transtornos, uma vez que o mais comum é o de despersonificação, e a dissociação da realidade é um recurso mental de proteção às experiências vulneráveis. Entretanto, quando acontece com frequência, em graus altíssimos, pode vir a ser um caso de despersonificação, ou seja, o TDI no mundo real. “A maneira como é representado não é pertinente e pode vir a gerar preconceitos sobre quem contrai a despersonificação”. finaliza.

 

Sig Residência Terapêutica


Doenças otorrinolaringológicas do outono. Conheça-as

São várias as doenças que atacam nariz, ouvido e garganta no outono. Em cidades poluídas como São Paulo, por exemplo, as vias aéreas superiores sofrem muito! Além do resfriado, gripe, amigdalites e sinusites são típicas dessa época do ano. Conheça os sintomas e procure um otorrinolaringologista. Ele indicará o melhor tratamento para cada um!

 

Em cidades poluídas como São Paulo, o outono traz uma série de doenças provocadas por vírus e as infecções por vias aéreas superiores e alergias estão entre elas.


“O resfriado e a gripe são duas que acometem muito a população nessa época do ano. E são diferentes. O resfriado é mais brando causado pelos vírus rinovírus e parainfluenza. O paciente se recupera mais rápido. Já a gripe é causada pelo vírus influenza, que possui três tipos conhecidos - A, B e C”, explica Prof. Dr. João Mello Junior, otorrinolaringologista da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Segundo ele, os dois primeiros tipos estão associados às pandemias sazonais e o tipo C a quadros leves. “A gripe tem sintomas mais fortes. Os pacientes, geralmente, apresentam tosse, febre, coriza, dor de cabeça e de garganta, cansaço e dores musculares. E duram de cinco a sete dias. Passado esse tempo, se os sintomas persistirem, o paciente deve procurar um médico”, diz ele.


A gripe é altamente transmissível e acontece através de gotículas liberadas durante a tosse ou espirros de pessoas contaminadas. “Para prevenir o contágio, os cuidados são os semelhantes aos da COVID 19 - evitar o contato com pessoas que estejam gripadas, utilizar máscaras cirúrgicas, higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel, deixar o ambiente sempre ventilado e evitar aglomerações”, continua o médico.

E não esquecer de se vacinar é fundamental.


 

Amigdalite e sinusite


Já a amigdalite, que pode ser viral ou bacteriana, também aparece nessa época, assim como todas as outras, por causa do tempo frio e seco. “As pessoas permanecem mais tempo em ambientes fechados e acabam por facilitar a disseminação de infecções de vias aéreas. E a condição climática junto à poluição tende a piorar os sintomas dos quadros de doenças respiratórias”, explica o otorrinolaringologista.


A sinusite, por sua vez, geralmente, surge após um quadro de resfriado. E os sintomas são conhecidos  - obstrução e secreção nasal que pioram o final do quadro viral. “Esses sintomas podem associar-se a dor de cabeça, tosse e alteração de olfato. Para o diagnóstico, o paciente deve buscar o médico que o examinará e lhe indicará o melhor tratamento”, diz Dr. João Mello.


Os pais e responsáveis devem ficar atentos às crianças nessa fase do ano. “As doenças infecciosas de vias aéreas - virais ou bacterianas - são mais frequentes em crianças que adultos. E elas, geralmente, se esquecem de se proteger do frio, além de não ficarem atentas à hidratação que ajuda bastante”, finaliza ele.



Prof. Dr. João Mello Júnior  livre docente da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e pertence ao grupo de médicos e profissionais da saúde da Fundação Otorrinolaringologia

 

Quando se preocupar com a constipação intestinal?


A constipação acomete milhões de brasileiros que pecam com uma deita de baixa quantidade de fibras, pouca ingestão de água e pouca atividade física. Ela é caracterizada quando o individuo passa três dias sem ir ao banheiro ou que sofre com dificuldade na saída das fezes, seja por ressecamento ou necessidade de esforço para evacuar.

“O ideal é que todos evacuassem todos os dias, o normal é ir ao banheiro uma vez cada três dias e, no máximo, três vezes ao dia”, alerta o especialista. Para Rodrigo, o mais importante é a consistência das fezes que devem ser bem formadas e saírem sem dificuldade. Para que tudo isso aconteça, o tripé da saúde é bem importante: alimentação rica em fibras, hidratação e exercício físico.

Para entender a importância da atividade física como aliada do intestino, o especialista conta que a cavidade intestinal é formada por músculos, por isso que os exercícios conseguem estimular a região e melhorar o processamento dos alimentos ingeridos. Rodrigo lembra ainda não adianta consumir isso tudo sem ingerir água e não está na conta os líquidos no geral, que é importantíssima, sem a, o intestino não consegue deixar as fezes pastosas, transformando-as em bolinhas duras e muito difíceis de serem eliminadas -- o que pode ainda piorar a situação.


Dr Rodrigo Barbosa - Médico graduado pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba com internato médico pelo Hospital Sírio-Libanês - SP. Cirurgião geral pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e cirurgião do aparelho digestivo pela Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. Especialista em coloproctologia pelo Hospital Sírio-Libanês-SP. 


Varizes pélvicas: uma importante causa de dor abdominal em mulheres

Doença afeta cerca de 15% do público feminino entre 18 e 50 anos, de acordo com especialista

 

As varizes pélvicas são veias aumentadas e tortuosas na região do útero e dos ovários, que dificultam o retorno venoso, podendo causar dores crônicas na pelve; ou seja, dores com duração maior que 6 meses.

De acordo com o médico especialista em cirurgia vascular do Hospital Nove de Julho em São Paulo, Carlos André Vieira, essa doença pode atingir até 15% das mulheres entre 18 e 50 anos. 

Além de ser um fator a ser considerado no diagnóstico diferencial para doenças como endometriose, doenças inflamatórias pélvicas e cistite intersticial, pois alguns dos sintomas dessas doenças são semelhantes aos de varizes pélvicas. “Infelizmente, apesar de sua alta prevalência, é subdiagnosticada por muitos médicos”, afirma Vieira.

O aparecimento das varizes pélvicas não é perfeitamente explicado. Acredita-se que níveis elevados de estradiol - hormônio que atua no crescimento dos órgãos reprodutivos femininos - poderiam ser responsáveis pelo surgimento das dores. Isso poderia explicar a maior prevalência em gestantes e em mulheres que possuem ovários policísticos. 

Apesar de que, na maioria das vezes, a origem primária da doença seja desconhecida, podem existir fatores secundários bem definidos. As síndromes compressivas, em muitos casos, podem ser identificadas e perfeitamente tratadas. 

“As síndromes compressivas, que acometem as veias na região pélvica, geram dificuldade no retorno venoso do sangue ao coração, levando à dilatação das veias e a formação de varizes”, exemplifica Carlos André. 

Dois dos principais exemplos dessas síndromes são a Síndrome de Cockett, em que a veia ilíaca comum esquerda é comprimida pela artéria ilíaca comum direita e a Síndrome de Quebra-nozes (Nutcracker), em que a veia renal esquerda é comprimida também por uma artéria. Ambos, são passíveis de correção endovascular. 

A maioria dos casos diagnosticados são assintomáticos. As varizes pélvicas só são relevantes e só devem ser tratadas quando geram algum sintoma; nesse caso, denomina-se Síndrome Congestiva Pélvica. Os principais sintomas são: 

  • Dores crônicas na região da pelve (com mais 6 meses de duração); 
  • Alterações no ciclo menstrual; 
  • Dores durante a relação sexual (dispareunia); 
  • Presença de veias varicosas no períneo ou na vulva. 


Como funciona o tratamento?

O diagnóstico acidental é comum quando se está realizando algum exame por qualquer outra causa. Nessa situação, o médico explica que a maioria dos casos não demandam intervenção, pois não se deve tratar exames, mas, sim, o indivíduo. “As repercussões de uma cirurgia desnecessária podem ser piores e, por exemplo, trazer dor a uma pessoa que vivia sem dor”.

Quando há a necessidade de tratamentos, o especialista ressalta que existem opções tanto clínicas quanto cirúrgicas. De acordo com ele, o tratamento clínico consiste em supressão ovariana ou medicamentos que induzem a vasoconstrição venosa.

“Se não houver melhora após tratamento clínico, pode ser necessário algum tipo de intervenção. Uma das técnicas seria uma punção para que, com cateteres, acessem a veia ovariana. Através dela, é feito um procedimento de fechamento dos vasos dilatados, conhecido como embolização”, comenta Vieira. O tratamento também é de baixo risco e, normalmente, é possível receber alta ainda no mesmo dia.

Contudo, é preciso enfatizar que apenas um especialista é responsável por esclarecer se há a necessidade de tratamento ou não. Embora não haja evidência de que seja uma doença com risco de morte aumentado, as varizes pélvicas podem levar a questões físicas e psicológicas que, muitas vezes, são incapacitantes.

“Muitas mulheres apresentam dores crônicas na região abdominal baixa, na região da pelve, e apresentam graves problemas como alterações menstruais e dores na relação sexual. Isso pode ser importante causa de ansiedade e, em muitos casos, depressão, além de trazer graves consequências nos relacionamentos afetivos”, finaliza.

 

Dr. Carlos André Pereira Vieira - médico com 15 anos de experiência (2007). Graduação em medicina pela Universidade Federal do Espírito Santo (2002-2007), fez residência médica em Cirurgia Geral pela Irmandade Santa Casa de São Paulo (2008-2010) e residência em Cirurgia Vascular no Hospital do Servidor Público Estadual (IAMSPE) 2010-2012. Possui Título de Especialista em Cirurgia Vascular, Endovascular e Ecodoppler pela SBACV e CBR desde 2013. Médico titular em cirurgia vascular no Hospital Paulistano de 2012 a 2019. Atualmente, é médico titular no principal hospital do Grupo DASA em São Paulo (Hospital Nove de Julho). Atua em consultório próprio na realização de exames e consultas na Av. Paulista, 91, conj. 307.


DIA MUNDIAL DA TIREOIDE -25 DE MAIO

 

A tireoide é uma glândula de 12 a 20g , localizada no pescoço, anterior à traqueia. É responsável pela produção de hormônios que regulam vários sistemas do nosso corpo, desde o humor, o peso, a frequência cardíaca, a memória, o trânsito intestinal, além de participar da regulação dos ciclos menstruais e na fertilidade.

Quando a tireoide está alterada, ela pode tanto liberar uma quantidade insuficiente de hormônios (Hipotireoidismo) quanto produzi-los em excesso (Hipertireoidismo). Uma terceira condição que também é comum é o nódulo tireoideano.

O hipotireoidismo é a doença mais prevalente da tireoide, sendo que 18 milhões de brasileiros , ou 8,5% da população sofre com ele. O indivíduo pode apresentar diminuição da memória, cansaço excessivo, aumento de peso, ressecamento da pele , queda de cabelos, dores musculares e articulares , sonolência, constipação , aumento dos níveis de colesterol no sangue, depressão, entre outros sintomas.

Pode ocorrer em qualquer idade. Algumas crianças podem nascer com hipotireoidismo, que pode ser detectado no teste do pezinho que deve ser feito entre o terceiro e quinto dia de vida do bebê. Já o hipertireoidismo pode causar emagrecimento, palpitação , intestino solto, agitação, insônia, etc. Uma terceira doença também comum seria o nódulo da tireoide. Estima-se que 60% da população brasileira tenha nódulos na tireoide em algum momento da vida, porém apenas 5% são malignos.

Os problemas da tireoide não dependem de idade ou de sexo, podem acometer qualquer perfil de indivíduo, porém alguns grupos apresentam mais suscetibilidade como os idosos, indivíduos com histórico familiar e em mulheres.

O especialista mais indicado para avaliação dessas doenças é o endocrinologista . Na maioria dos casos, há vários sintomas simultâneos. Há a necessidade de ficar atento à presença de caroços, nódulos ou aumento do volume cervical.

O diagnóstico é feito através da dosagem no sangue dos hormônios tireoideanos, e quando o médico percebe alguma anormalidade na palpação da glândula tireoide, é necessário solicitar a ultrassonografia da tireoide, e dependendo do resultado , a punção do nódulo tireoideano, que é um exame de baixo custo e risco para o paciente.

O tratamento do hipotireoidismo é feito pela reposição do hormônio tiroxina que a glândula deixou de fabricar. Deve ser tomado durante toda a vida, e os resultados são muito bons. No hipertireoidismo, o tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia, dependendo da causa e características da doença. E os nódulos , em caso de malignidade, , o tratamento é cirúrgico, e dependendo do caso, há a necessidade de complementação com iodo radioativo.

É importante citar que a demora no diagnóstico e tratamento pode ocasionar complicações , como aumento da pressão arterial, arritmias cardíacas , insuficiência cardíaca, anemia, aumento do colesterol e raramente o coma .

 

Fonte: Jaqueline Pais - endocrinologista e Coordenadora da Clínica do Hospital Icaraí


07 exames que todas as mulheres devem fazer, desde jovem, para prevenir doenças

Divulgação/Sabrina Cavalcante
No próximo sábado(28), o Brasil e o mundo celebram o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher

 

 

No próximo sábado, o Brasil e o mundo celebram o Dia Internacional de Luta pela Saúde da Mulher. A data foi criada em 1984, na Holanda, durante o Tribunal Internacional de Denúncia e Violação dos Direitos Reprodutivos, é motivo de conscientização e de cobranças por políticas públicas que possam evitar mortes maternas. Não por acaso, aqui comemoramos o Dia Nacional de Redução pela Mortalidade Materna. 

 

E este ano haverá o que comemorar. O governo federal liberou recentemente realização de exames contra o câncer de mama, colo de útero e colorretal. Tudo isso por meio dos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), o que antes não acontecia. A informação é do jornal Brasil em Dia, da TV Brasil. O decreto foi assinado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e tem um prazo de 180 dias para entrar em vigor. 

 

Segundo uma pesquisa da Universidade de Minas Gerais, entre 1983 e 2005, os óbitos que ocorreram por causas evitáveis por diagnóstico e por tratamento precoce correspondem a 56% do total de mortes de mulheres. No entanto, a população vem aprendendo cada vez mais sobre a importância de realizar os exames de rotina e de ter mais consciência em manter a saúde em dia.

 

A seguir, veja também outros 07 estritamente necessários, recomendados por especialistas: 

 

1.   Ultrassonografia pélvica

A ultrassonografia pélvica é um exame de imagem responsável por avaliar os ovários e o útero, possibilitando o diagnóstico de determinadas doenças, como: endometriose, útero aumentado, sangramento vaginal, infertilidade, ovários policísticos, mioma, entre outros. 

 

2.          Papanicolau

O exame Papanicolau é um dos mais importantes para a avaliação da saúde da mulher e é feito por meio de uma raspagem do colo do útero, onde uma amostra é coletada, possibilitando identificar possíveis infecções, como o HPV, além de mostrar alterações que indicam um quadro de câncer.  

3.          Colposcopia

Esse exame permite investigar os tecidos presentes no colo do útero, na vulva e na vagina, para identificar possíveis alterações benignas, tumores ou infecções. Além disso, também é possível detectar processos inflamatórios, sangramentos, lesões ocorridas devido ao HPV, entre outros.  

4.          Toque vaginal

O toque vaginal também costuma ser chamado de exame de toque feminino e é responsável por investigar possíveis alterações na vagina ou no colo do útero. Esse exame é feito durante uma consulta ginecológica e pode identificar doenças, como endometriose ou inflamações pélvicas.  

5.          Ressonância magnética

A ressonância magnética é um dos principais exames para analisar as estruturas genitais, permitindo identificar possíveis alterações benignas e malignas, como: miomas, endometriose, cisto no ovário e câncer de útero e de vagina. 

6.          Ultrassonografia da mama

A ultrassonografia da mama serve para analisar lesões e investigar possíveis nódulos encontrados anteriormente em um autoexame, por exemplo. Lembre-se de  que esse exame não substitui a mamografia. 

 

É importante lembrar que, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), só em 2020, a doença atingiu 66.280 mulheres, registrando quase 30% (29,7%) de todos os tumores registrados naquele ano, sendo também o que mais provocou óbitos nesse período.  

7.          Rastreamento infeccioso

O rastreamento infeccioso é responsável por identificar algumas doenças e infecções, como: HIV, herpes, sífilis, gonorreia, entre outras. Esse exame pode ser feito por um exame de sangue, exame de urina ou pela secreção vaginal. 


 

E não para por aí…

 

Fora esses exames, é necessário também que se façam regularmente exames de sangue para avaliar a taxa de colesterol, a glicemia, vitaminas e várias outras no organismo. 

 

É importante se consultar sempre com um médico de sua confiança, principalmente caso haja alguma suspeita de doença, além de investigar como anda sua saúde. Os exames preventivos são importantes em todas as fases e podem ajudar a identificar e diagnosticar mais cedo um possível quadro de alguma doença, auxiliando no tratamento precoce e adequado da enfermidade. Fique de olho que alguns destes exames podem ser feitos em casa com toda comodidade. 

 

Mesmo com toda correria, é importante que você, mulher, busque a sua saúde em primeiro lugar. Com saúde, você poderá realizar seus sonhos, projetos, entre outros. Você é capaz de ir além, mas com saúde atingir esse objetivo pode ser mais fácil. 

 

Você sabia que Confúcio usava óculos como enfeite?

Origem do acessório antiga e sua evolução contribui para a solução dos problemas de visão até os dias de hoje 

 

Eles corrigem erros de refração, acabam com a dificuldade para enxergar, ajudam na inclusão de pessoas que anteriormente não eram capazes de realizar certas atividades,  valorizam o visual e ainda protegem os olhos contra os raios UV e a luz azul. Estamos falando dos óculos, invenção importante para a história da humanidade.  

Os primórdios dos óculos que conhecemos hoje estão registrados em textos do filósofo chinês Confúcio de 500 a.C. Nessa época, o acessório não tinha grau e era usado como adorno. 

Foi apenas na Idade Média, com o aperfeiçoamento das leis fundamentais da óptica, feita pelo árabe Al-Hazen, que as lentes começaram a ser fabricadas, em 1267, a partir de uma pedra chamada berilo. O monge franciscano Roger Bacon foi o primeiro a demonstrar a utilidade da pedra, em 1267. 

A partir dessa descoberta, os óculos se tornaram mais próximos aos modelos atuais.  

Em 1270, surge o primeiro par de óculos na Alemanha. Eram duas lentes unidas por aros de ferro e rebites, usados sobre o nariz.  

Em pouco tempo, o acessório chegou à Itália, país que se destacou na produção de óculos graças ao médico Savino degli Armati e ao frade dominicano Alessandro della Spina, pioneiros no assunto.  

Os primeiros óculos eram destinados apenas à correção da presbiopia e hipermetropia, melhorando a capacidade de leitura. Não à toa, eles eram associados a pessoas cultas e eruditas.  

As duas condições exigem lentes do tipo convergentes. Ou seja, elas vão aproximar os raios de luz para o cristalino, onde eles vão convergir e fazer com que a imagem seja projetada exatamente na retina. 

Foi apenas em 1441 que surgiram as primeiras lentes para os míopes e, em 1827, a solução para pessoas com astigmatismo. 

Para estes problemas de visão, as lentes corretivas são as divergentes. Elas empurram o foco da imagem para a retina dos olhos, o que facilita o reconhecimento de objetos que estão distantes e aliviar a visão distorcida ou embaçada. 

 

A evolução dos modelos

Os óculos com hastes perpendiculares posicionadas sobre as orelhas, chamado de modelo Numont, é uma invenção relativamente nova se comparada à história do acessório. Elas só são incorporadas no século XVII e começam a ser o modelo mais usado apenas no século XX.  

Antes disso, os óculos pince-nez - ajustados sobre o nariz - e mais tarde os lorgnons - com uma haste lateral que precisava ser segurada à frente do rosto durante o uso - eram os únicos disponíveis. 

A popularização dos óculos numont deram novas possibilidades ao design das armações. A partir de 1940, os plásticos e seus derivados passaram a ser usados na fabricação dos aros, o que tornou as peças mais leves e confortáveis.  

As lentes também sofreram modificações ao longo do tempo para melhorar a visão e o conforto no uso de óculos. O que começou com o berilo evoluiu para lentes de precisão, personalizadas, com camadas de revestimentos, feitas em plástico leve com tecnologia de ponta.


Quem inventou os óculos de sol?

Foram os esquimós que construíram os primeiros modelos de óculos de sol. O intuito era de atenuar os efeitos da incidência da luminosidade solar sobre a neve.  

Esses modelos eram feitos de madeira, marfim ou partes de baleia. Eles eram praticamente inteiros fechados, com pequenas fendas para que fosse possível enxergar.  

Historiadores acreditam que Nero, imperador romano que viveu entre 37 e 63 d. Ccostumava usar acessórios como óculos de sol nas arenas locais. Eles eram compostos de lentes de vidro coloridas e também tinham o objetivo de proteger a visão.  

Na Alemanha do século XIII, os óculos solares com armação aparecem pela primeira vez e, no século seguinte, os franceses modificam o item para que fique mais confortável, adicionando o encaixe para o nariz. A partir do século XVII, os óculos de sol também começaram a ser fabricados na versão Numont. 

Até o século XX, os óculos de sol tinham as lentes verdes, devido ao material em que era produzido. A substituição por opções como acrílico e policarbonato permitiu ampliar a gama de cores e, nos anos 70, as lentes pretas e coloridas viraram moda. Atualmente, as verdes, marrons, pretas e cinzas são as mais indicadas, pois absorvem a maior parte da luz solar.  

Assim como os tradicionais, o uso de óculos escuros também faz bem para a saúde. Estima-se que,  dos 120 mil novos casos de catarata registrados no Brasil, 6 mil seriam evitados com o uso do acessório. No entanto, é preciso cuidado, porque se não houver a presença de filtro solar na lente, ela pode aumentar em até 60% as chances de desenvolvimento da catarata, uma das doenças que mais cegam as pessoas no Brasil e no mundo. Isso acontece por conta da fotoceratite.  

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no mínimo 5% do número de casos da doença podem ser causados por fotoceratite, doença que inicialmente só provoca uma inflamação nos olhos, deixando-os um pouco avermelhados e com uma ligeira sensação de incômodo nas vistas. Depois é que a vista começa a ficar opaca. Caso conheça alguém cuja visão se encontra nessa condição, procure um profissional que poderá explicar melhor o que é catarata e, caso a doença seja confirmada, indicar o melhor tratamento.   

Seja por necessidade ou estilo, o fato é que todo mundo hoje em dia tem ou já teve um óculos na vida. Como dito acima, este é um acessório essencial para a saúde humana por combater doenças como miopia e a hipermetropia, só no brasil, atinge 65 milhões de pessoas, segundo dados do Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). E com o avanço da tecnologia, é possível escolher um modelo que agrade tanto o seu estilo quanto a sua visão, fugindo dos estereótipos de antigamente. É momento de ver e ser livre do seu próprio jeito, seja ele qual for.  


Mulheres são as mais afetadas com problemas na tireoide


A tireoide é uma glândula em formato de borboleta situada em frente aos anéis da traqueia, entre o pomo de adão e a base do pescoço. Ela é responsável pela produção de dois importantes hormônios para o corpo, o T3 e T4.

Quando o nível de produção de hormônios está abaixo do ideal, a pessoa sofre com hipotireoidismo e, normalmente, relata sintomas como depressão, desaceleração dos batimentos cardíacos, intestino preso, menstruação irregular, falhas de memória, cansaço excessivo, dores musculares, pele seca, queda de cabelo, ganho de peso e aumento de colesterol no sangue.

Há também o hipertireoidismo, em que existe a produção de hormônios acima do esperado. Nesse caso, o paciente sofre com alguns sintomas como fotofobia, dor na movimentação dos olhos, olhos saltados, ansiedade, irritação, perda de apetite, intestino solto, fraqueza nos músculos, queda de cabelo, perda de cálcio nos ossos, insônia e perda de peso.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 1,6 bilhão de pessoas sofram algum distúrbio da tireoide no mundo, sendo oito vezes mais frequente em mulheres. Já no Brasil, conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 15% da população acima dos 45 anos apresenta o problema. Enquanto a incidência do hipotireoidismo na população adulta masculina é de cerca de dos 3%, nas mulheres o dado aumenta para 15%.


Rede de Hospitais São Camilo SP


Médica alerta sobre nódulos pulmonares como uma das sequelas no pós-recuperação de COVID-19

Orientação médica é de acompanhamento clínico e, se necessário, repetição do exame após alguns meses, para comparação

 

 Cerca de 80% dos pacientes recuperados de COVID-19 sentem ao menos um sintoma persistente - aquele que aparece ou continua depois da infecção - por até quatro meses, depois de se recuperarem da doença. Entre estes sintomas mais comuns, estão fadiga, tosse crônica, dificuldade para respirar, perda de paladar ou olfato, dores de cabeça, depressão, ansiedade e até o agravamento de doenças preexistentes. 

Entretanto, a cirurgiã torácica Dra. Mariana Canevari, mestranda pela UNICAMP, alerta também para o alto número de achados incidentais de nódulos pulmonares em tomografias de pacientes que sofreram de COVID-19. “Com o COVID-19, tornou-se muito popular a solicitação de tomografias de tórax e, hoje, sabemos que até 7% dos pacientes, acometidos pela doença, apresentam nódulos de pulmão no exame. Na maioria das vezes, a orientação médica é de acompanhamento clínico e repetição do exame após alguns meses, para comparação. Caso não haja mudança de tamanho oue forma, geralmente não são indicados outros exames complementares adicionais. Temos visto que a maioria dos nódulos acaba desaparecendo com o tempo, mas não podemos deixar de acompanhar”, afirma a especialista. Entretanto, a presença de nódulos maiores que um centímetro já pede uma atenção maior. 

“Esses nódulos têm maior chance de representarem uma doença, inclusive câncer. Portanto, devem ser avaliados por médico especialista, que indicará a melhor forma de investigar a situação, seja por meio da complementação com outros exames de imagem, broncoscopia - que é um tipo de endoscopia dos pulmões - ou até mesmo através de biópsia”, explica Dra. Mariana.  

Segundo ela, muitos casos de câncer de pulmão são identificados sem que o paciente apresente sintomas. “Eles são mapeados, sem querer, em exames de rotina. Quando isso acontece, e as opções de tratamentos e as chances de cura são maiores do que quando comparadas aos casos identificados por meio de sintomas. 

Conforme revela a médica, por ser um vírus respiratório, o Sars-Cov-2, agente causador da COVID-19, impacta principalmente os pulmões -- em especial as células dos alvéolos, onde ocorre a troca de gases entre o pulmão e a corrente sanguínea. “Por ser uma doença nova, a Medicina ainda está descobrindo quais são as consequências causadas pelo coronavírus. mas sabe-se que se trata de uma doença com diversas apresentações e, por isso, todo cuidado é pouco no acompanhamento destas sequelas”, diz ela.

Dra. Mariana recomenda que os pacientes que superaram a COVID-19 visitem o médico especialista, pelo menos, uma vez após a infecção, para que tanto o achado de nódulos pulmonares quanto outras complicações recebam atenção adequada e previnam consequências ainda mais sérias.


Hipotireoidismo no idoso traz desafios no diagnóstico e no tratamento

25 de maio é o Dia Internacional da Tireoide

Interpretação cuidadosa dos exames é crucial

 

Conforme envelhecemos, vamos passando por inúmeras alterações metabólicas. Após os 60 anos, vários eixos hormonais sofrem modificações e o da tireoide é um desses eixos. “Nos últimos anos, temos constatado que, com o passar da idade, o TSH - hormônio da hipófise que comanda a tiroide e é usado como base para diagnosticar hipotireoidismo - vai aumentando. Então a concentração de TSH apresentado por um indivíduo de 20 anos, que pode sugerir um hipotiroidismo subclínico, para alguém acima de 60 anos pode ser perfeitamente normal para essa idade. Por isso, é preciso cuidado com os idosos na hora de pensar em tratá-los do hipotireoidismo tendo como base apenas um exame de TSH isolado”, ressalta Dra. Maria Izabel Chiamolera, endocrinologista da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia Regional São Paulo (SBEM-SP).

 

A endocrinologista pontua que fazer o diagnóstico do hipotireoidismo apenas por queixas clínicas é difícil em qualquer idade, isso porque os sinais de cansaço, intestino preso e pele mais seca, sintomas clássicos do hipotireoidismo, também são muito comuns em qualquer pessoa nos dias de hoje e isso faz parte do envelhecimento. Assim, os exames laboratoriais são essenciais para o correto diagnóstico de uma disfunção da tireoide como o hipotireoidismo.

 

Porém interpretar corretamente os exames pode ser o grande desafio, pois os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças ou até como sinais da senescência.

“Fazer limite de referência para exames de TSH no idoso é um desafio muito grande; hoje em dia usamos estratégias de big data usando os dados da população geral para determinar esse limite. O olhar cuidadoso deste exame evita ter de medicar um idoso sem necessidade”, explica Dra. Maria Izabel. Já existem alguns estudos brasileiros que comprovam que esse valor de referência de TSH para idosos precisa ser aumentado, mas isso ainda não está refletido na interpretação de testes de todos os laboratórios, portanto, entender este limite é sempre desafiador.

 

Tratamento - a levotiroxina é o medicamento usado no tratamento do hipotiroidismo, mas no caso dos idosos há outro desafio relacionado à absorção deste remédio, uma vez que outros medicamentos comumente usados nessa faixa etária podem alterar a absorção e o metabolismo da levotiroxina, dificultando o ajuste na dose. Entre esses remédios estão substâncias como sulfato ferroso, carbonato de cálcio e até os inibidores de bomba de próton, que fazem parte dos medicamentos usados para refluxo de estômago ou gastrite (entre eles o conhecido omeprazol).

O excesso de hormônio tireoidiano é muito prejudicial particularmente para o idoso, pois pode causar perda de massa muscular, perda de massa óssea, arritmias cardíacas - que nessa fase da vida já são mais frequentes. “Em Medicina existe o princípio básico primum non nocere, que significa antes de tudo não fazer o mal: então é preciso observar bem esse idoso e ver se as doses de levotiroxina não estão exageradas para realizar uma boa prática médica”, finaliza a médica

 

SBEM-SP (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia do Estado de São Paulo)

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