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quarta-feira, 18 de maio de 2022

Brasil aumenta diagnóstico do glaucoma

Doença é a maior causa no mundo de perda irreparável da visão.

 

O Dia Nacional de Combate à cegueira pelo Glaucoma (26) traz uma boa nova para o brasileiro. De janeiro a março o SUS (Sistema Único de Saúde) realizou 93.235 consultas de diagnóstico e acompanhamento do glaucoma com exames de tonometria, fundoscopia e campimetria ante 88.775 no mesmo período de 2021. Para o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto, presidente do Instituto Penido Burnier de Campinas a recuperação ainda é tímida, mas todo acréscimo no acompanhamento médico do glaucoma é bem-vindo. Isso porque, a doença é a maior causa no mundo de perda irreparável da visão. 

Um levantamento exclusivo da equipe do oftalmologista no Sistema de Informações Ambulatoriais do SUS que agrega todas as secretarias de saúde do País mostra que no período pré pandemia entre março de 2018 e dezembro de 2019 o SUS realizou 715,5 mil consultas de diagnóstico e acompanhamento do glaucoma. De março de 2020 a dezembro de 2021 foram 581 mil, uma redução de 23% ou 134,5 mil atendimentos diante do acelerado envelhecimento da população que aumenta o número de casos. 

O oftalmologista explica que o glaucoma é decorrente de enfermidades que dificultam o escoamento do humor aquoso, líquido que preenche o globo ocular. Isso leva ao aumento da pressão intraocular, comprime o nervo óptico, causando a degeneração e morte de suas células.

Geralmente surge a partir dos 40 anos, mas pode surgir em bebês quando ocorre d má formação do ducto de escoamento do humor aquoso. No Brasil atinge 2,5 milhões de pessoas ou 3% dos que já passaram dos 40, podendo ter prevalência de 7,5% aos 80. Queiroz Neto conta que metade chega à primeira consulta quando já perdeu a visão de um olho ou mais de 40% dos prolongamentos do nervo óptico que conduz as imagens captadas pelo olho ao cérebro.  “O problema é que o custo do tratamento é três vezes maior quando já chegou a este estágio e a visão periférica perdida não é recuperada” comenta.

 

Grupos de risco

Quanto mais avançada a idade, maior o risco de desenvolver a doença. O oftalmologista ressalta que  o glaucoma é  também mais frequente em asiáticos por terem a câmara do olho estreita, afrodescendentes e pessoas com miopia superior a 6 dioptrias. “Na maioria das pessoas a causa é desconhecida, mas para quem tem casos na família o risco é seis vezes maior.  “São causas bem conhecidas o diabetes e hipertensão arterial mal controlados. Podem causar o glaucoma neovascular que praticamente dobra a chance de cegar”, salienta. Também devem prestar atenção quem faz tratamento contínuo com corticoide, antidepressivo e medicamentos para inibir o apetite que podem aumentar a pressão intraocular.

 

Tratamento

O tratamento é feito com colírios que  controlam a pressão interna do olho, mas deve ser contínuo e o acompanhamento médico periódico é bastante importante. Para quem tem o glaucoma de ângulo fechado Queiroz Neto afirma que a aplicação de laser tem melhor resulta. “Neste mesmo grupo, há casos em que a cirurgia de catarata libera do uso de colírio, embora não aconteça com todos. O especialista ressalta que o essencial é usar o colírio de forma correta para evitar a perda da visão.

As dicas do médico para garantir o tratamento são:

·         Lave as mãos antes de aplicar o colírio.

·         Verifique no frasco se é recomendado agitar o produto antes de usar.

·         Incline a cabeça para trás.

·         Flexione a pálpebra inferior com o indicador. 

·         Com a outra mão segure o dosador.

·         Coloque o medicamento sem relar no bico dosado, evitando a contaminação.

·         Pressione com o polegar o canto interno do olho para reduzir efeitos colaterais.

·         Feche os olhos por 3 minutos para garantir o efeito.

·         Se usar lentes de contato retire-as antes da aplicação.

·         Recoloque as lentes de contato depois de 10 minutos da aplicação.

·         Em caso de prescrição de mais de um colírio aguarde 15 minutos entre um e outro.


Dia Nacional do Medicamento Genérico: um importante marco na popularização da saúde no país

 

Dia Nacional do Medicamento Genérico: um importante marco na popularização da saúde no país

 

Há 23 anos, os medicamentos genéricos chegavam ao Brasil com o objetivo de ampliar o acesso a tratamentos eficazes, seguros e mais baratos. Uma grande conquista para nós! Se por aqui, a Lei dos Medicamentos Genéricos (nº 9.787) só entrou em vigor em 1999, a indústria de medicamentos genéricos teve origem muito antes: na década de 60. Foi uma iniciativa do governo dos Estados Unidos - primeiro país a adotar essa política - e posteriormente, muitos países da Europa também passaram a ter a sua Política dos Genéricos. 

E o que torna essa lei tão especial? Ela possibilita a comercialização de medicamentos com patentes expiradas para empresas que têm interesse nessa produção. Por definição, os genéricos possuem o mesmo princípio ativo, a mesma dosagem, a mesma fórmula farmacêutica e o mesmo método de administração que medicamentos de referência, que foram lançados primeiro no mercado. Antes de receberem a autorização para serem comercializados, os genéricos passam por rigorosos testes de controle de qualidade, como o de bioequivalência, que garante que eles serão absorvidos na mesma concentração e velocidade que os medicamentos de referência.

Outro teste obrigatório antes da exposição à venda é o de equivalência farmacêutica, que atesta que a composição do produto é idêntica ao do medicamento inovador que lhe deu origem. Só então, os genéricos são liberados para a venda pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, que atesta a qualidade do produto. Dessa forma, temos a garantia que os genéricos possuem o mesmo princípio ativo e efeitos no organismo que os medicamentos de marca.

A prescrição deve ser feita pela denominação genérica do medicamento, que é o nome oficial do princípio ativo. Nos serviços de saúde do SUS (Sistema Único de Saúde) é obrigatória a prescrição pela denominação genérica e, nos demais serviços de saúde, cabe ao profissional responsável a decisão pelo nome genérico ou pelo nome de marca. 

Atualmente, existem genéricos para mais de 95% das doenças conhecidas, desde as mais simples às mais complexas, como doenças do sistema cardiocirculatório, anti-inflamatórios, dermatológicos, doenças respiratórias, oftalmológicos, oncológicos, contraceptivos entre outros. Com isso, o consumo de medicamentos essenciais à manutenção da saúde foi ampliado significativamente nos últimos anos.

Como, então, identificar um medicamento genérico? Ele não tem nome comercial. O genérico apresenta na embalagem apenas a descrição do princípio ativo, além de trazer a frase "Medicamento Genérico - Lei nº 9.787, de 1999" para identificação do consumidor. A caixa também possui particularidades como uma faixa amarela com a letra “G” maiúscula. É o que estabelece a Resolução RDC n° 333, de 19 de novembro de 2003.

Apesar de equivalentes quanto aos efeitos aos medicamentos de marca, os genéricos apresentam uma diferença significativa no bolso. A lei estabelece que o medicamento genérico custe 35% menos que o de referência e essa margem pode ser mais expressiva. Essa diferença se dá porque os fabricantes não precisam investir em pesquisa para o seu desenvolvimento já que as formulações estão definidas pelo medicamento de referência. Como também não há marca a ser divulgada, não se faz necessário investimento em propaganda. Graças ao seu custo menor, eles cumprem o papel de ampliar o acesso da população aos medicamentos garantindo a continuidade ao tratamento médico. 

Os genéricos foram e continuam sendo um grande aliado para os pacientes, especialmente para aqueles que necessitam de tratamento para doenças crônicas, como hipertensão e diabetes. Desde 2000, a economia gerada por essa classe de fármacos chega a 132 bilhões de reais, segundo a PróGenéricos, Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos e Biossimilares, que congrega os principais laboratórios que atuam na produção e comercialização desses produtos no país.

Importante ressaltar que, qualquer medicamento -- com exceção dos de venda livre -- seja de marca ou genérico, deve ser vendido mediante apresentação da prescrição médica. A automedicação é uma prática perigosa que pode causar problemas à saúde.

 

Cleber Martins - Farmacêutico da Drogarias Pacheco


Qual a diferença entre Lubrificante e Hidratante íntimo?

A Ginecologista Denise Gomes explica sobre a diferença dos produtos e qual o momento ideal para usar cada um deles

 

Um tema que ainda gera muitas dúvidas quando se fala em saúde feminina é a diferença entre lubrificante e hidratante vaginal. Antes de tudo, é importante esclarecer que os dois produtos são indicados quando a mulher identifica algum tipo de ressecamento íntimo, mas cada composição é indicada para situações diferentes. 

Quando se fala em ressecamento vaginal, o incômodo pode provocar pequenos cortes e fissuras na região, além de impactar no desempenho sexual e deixar a área exposta para infecções vaginais e urinárias. 

Em geral, esse tipo de sintoma é mais comum em períodos específicos da vida da mulher, em que ocorre alguma mudança no padrão hormonal, geralmente durante e após a menopausa, nas fases de amamentação e puerpério. Nessas fases, a mulher sente esse ressecamento na vagina que pode trazer desconfortos múltiplos. A doutora Denise Gomes, Ginecologista Obstetra e youtuber do Canal Mamãe Plena, explicou sobre o assunto, pontuando as principais diferenças.

 

Qual a diferença entre lubrificante e hidratante vaginal?

A principal diferença entre lubrificante e hidratante vaginal se resume ao momento de uso, entendam mais sobre:

 

Lubrificante: Quando o ressecamento acontece exclusivamente durante o ato sexual, porque a mulher não está hidratada para penetração sem desconforto ou a região precisa de uma maior hidratação, o produto indicado é o lubrificante, que facilita o contato durante a relação. 

Vale destacar que o emoliente deve ser usado somente no ato sexual, à base de água ou óleo, de acordo com a escolha do casal. Ainda que possa ser utilizado com frequência, não é um medicamento que atua no tratamento do problema, apenas como uma solução momentânea. 

A lubrificação padrão feminina depende de uma série de fatores, como: bom funcionamento hormonal, alimentação e hábitos saudáveis, questões emocionais e até das preliminares. Assim, é fundamental entender o que pode impactar no ressecamento para obter indicação do medicamento correto.
 

Hidratante vaginal: Quando o ressecamento acontece em diferentes situações, independente do ato sexual, a recomendação é que a mulher faça um tratamento com hidratante vaginal. Nesses casos, a composição do produto normalmente não utiliza nenhum hormônio. 

O hidratante irá atuar justamente para repor a água e aumentar a hidratação do órgão, que provavelmente foi perdida por questões hormonais. Quanto ao uso, é indicado adotar uma regularidade contínua, que será prescrita pelo ginecologista na indicação do tratamento, para que a textura da vagina seja revigorada, além de equilibrar o PH e a flora vaginal, o que contribui para diminuir os incômodos. 

Além disso, a mulher também pode usar o hidratante vaginal periodicamente e adotar o lubrificante durante o ato sexual. O uso conjunto não traz nenhum impacto e também não prejudica o resultado do tratamento.

 

Quando começar a usar hidratante vaginal?

Caso você identifique algum dos sintomas de ressecamento vaginal, é fundamental agendar uma consulta com seu ginecologista, que irá recomendar o melhor tratamento para o seu caso. No geral, o processo é fácil, rápido e bastante eficaz na melhora das queixas de quem sofre com esse problema. 

 

Doutora Denise Gomes - formada pela PUC Campinas, com residência em Ginecologia e Obstetrícia pela mesma instituição, é especialista em Genitoscopia e Histeroscopia e Coordenadora de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Municipal do Campo Limpo (SP). Em paralelo à rotina médica, é mãe de dois filhos e mantém um canal no Youtube chamado Mamãe Plena, que foi criado para compartilhar sua experiência com a maternidade e saúde feminina, atualmente possui quase 100 mil inscritos e produz conteúdo semanalmente. Em 2021 lançou o curso Gestação Plena para gestantes e tentantes a baixo custo em uma plataforma online com o objetivo de impactar ainda mais mulheres nesse processo.


Detran.SP faz mutirão no Poupatempo e alerta que 153 mil condutores precisam renovar CNH

Motorista que não regularizou o documento vencido em janeiro e fevereiro de 2021 tem no próximo sábado (21) mais uma oportunidade para ficar em dia

 

Atenção! Condutores que tiveram a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) vencida nos meses de janeiro e fevereiro de 2021 e não renovaram o documento terão mais uma chance no sábado, dia 21 de maio. O Detran.SP, em parceria com o Poupatempo, realiza novo mutirão para a renovação da habilitação. 

Foram abertas 9,4 mil vagas em todas as unidades de atendimento do Poupatempo. No Estado de São Paulo, 153.341 mil pessoas precisam regularizar o documento até o final deste mês. 

Com base na retomada dos prazos para renovação das CNHs, determinada pela legislação federal, o mutirão tem como objetivo garantir que cidadãos com documentos vencidos entre janeiro e fevereiro de 2021 regularizem suas situações antes do novo prazo de vencimento. 

O atendimento será disponibilizado no horário habitual de cada unidade, mediante agendamento prévio pelo portal do Poupatempo (www.poupatempo.sp.gov.br) ou aplicativo Poupatempo Digital.

Para quem desejar regularizar a CNH pelos canais digitais do Detran.SP, o cidadão pode solicitar de forma online a renovação simplificada, sem a necessidade de comparecer a uma unidade de atendimento. O único deslocamento obrigatório é para o exame médico na clínica credenciada ao órgão estadual de trânsito. 

A punição em caso de fiscalização de trânsito para quem não regularizar o documento no prazo correto é de sete pontos na carteira, além de multa no valor de R$ 293,47. 

"De forma segura e sem burocracia, o motorista pode regularizar a sua habilitação tanto digitalmente quanto presencialmente. O Detran.SP reforça que é fundamental que todos os condutores renovem a CNH no prazo correto. Respeitar a legislação de trânsito é uma questão de cidadania", alerta Neto Mascellani, diretor-presidente do Detran.SP.

 

Passo a passo

A renovação da CNH pode ser feita de forma online pelo portal do Detran (www.detran.sp.gov.br), pelo portal do poupatempo.sp.gov.br ou pelo app ou do Poupatempo digital. 

Para realizar o serviço, a pessoa não pode ter nenhum bloqueio no prontuário como suspensão ou cassação do documento. Se a pessoa optar por fazer o processo de forma presencial, deve ser feito agendamento da data no portal do Poupatempo – www.poupatempo.sp.gov.br no posto que deseja ser atendido.

Renovação das categorias C, D ou E: o primeiro passo é marcar exame toxicológico em uma das clínicas credenciadas. 

Para o condutor que vai renovar as carteiras de habilitação categorias A e B, selecione a data e hora para exame médico com um profissional credenciado pelo Detran. No caso de profissionais que exercem atividade remunerada é necessário que se faça também o exame psicológico.

Pague a taxa de emissão do documento no valor de R$ 116,50 (que inclui o envio pelos Correios (Banco do Brasil, Bradesco, Santander e casas lotéricas). 

A CNH no formato digital, que é válido em todo o país, é disponibilizada por meio do aplicativo da CDT (Carteira Digital de Trânsito), da Serpro (Empresa de Tecnologia da Informação do Governo Federal) disponível nos sistemas operacionais Android e iOS.

 


Serviço:

Mutirão para renovação de CNH: acontecerá nas unidades do Poupatempo, com 9,4 mil vagas.  

 

Data: sábado, 21 de maio. 

 

Horários de atendimento: habitual, de acordo com unidade escolhida e mediante agendamento prévio. Os locais e endereços podem ser consultados no portal www.poupatempo.sp.gov.br


O que estou fazendo de errado na minha entrevista de emprego?

 

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Estrategista de comunicação explica porque o improviso pode ser desastroso


Quando chega aquele tão esperado momento da entrevista de emprego, muitas vezes depois de muito tempo entregando currículos e correndo atrás de uma oportunidade, pode parecer que tudo já está certo. O perfil da empresa se encaixa com o seu, você sabe que tem as qualidades que o empregador procura, então o que poderia dar errado?

“Muitas pessoas se esquecem do motivo pelo qual existe esta entrevista”, comenta Fabiana Teixeira, estrategista em comunicação e jornalista com experiência nas maiores emissoras do país. “O recrutador quer também saber como você se expressa pessoalmente, se além de suas habilidades técnicas, você também é colaborativo, comunicativo e criativo”.

Fabiana é defensora de que a arte de se comunicar bem, vai muito além da propensão para falar muito, ou fazer amizades rapidamente, como muita gente pode achar. Corroborada pela sua longa experiência como repórter, ela explica, “Assim como qualquer outra habilidade, comunicação requer treino e dedicação”.

Nesta linha tênue entre falar e comunicar, é que se encontra um erro muito comum nas entrevistas de emprego, principalmente para quem tem pouca experiência: o improviso.

Pode ser que por ter facilidade na troca de ideias no seu dia a dia, você se sinta muito confortável em não ensaiar o que vai dizer, mas improvisar é muito arriscado neste contexto. É muito comum quando não se há preparação, em conjunto com o nervosismo natural da situação, acontecer o famoso ‘branco’. Especialmente quando se apresentam temidas frases, como ‘Me fale sobre você’.

“Se você está improvisando e é enfrentado com essa pergunta superampla, existem chances de que você irá gaguejar, se esquecer de mencionar coisas importantes, ou até simplesmente travar”, enfatiza. Fabiana explica que que é normal termos reações como essas quando não estamos preparados, “mas numa entrevista devemos nos apresentar como solução e não um novo problema”.

A recomendação da estrategista é que se tenha na ponta da língua um pitch, ou apresentação rápida, sobre sua trajetória profissional. Para isso, é necessário fazer sua lição de casa e se preparar, escrevendo esse resumo e ensaiando quantas vezes for necessário, até que fique natural. 

A especialista ensina ainda que, mesmo assim, pode ser que o entrevistado se esqueça na hora. Nesse caso faça uma pausa, coloque seus pensamentos em ordem e, se necessário, peça desculpas e recomece. Essa atitude irá causar um impacto muito mais positivo do que tentar prosseguir sem saber por onde continuar mostrando então que você consegue lidar com a pressão sem perder o foco. 

“O mundo mudou e o mercado de trabalho também. Por isso, o desenvolvimento da comunicação é fundamental e requer muita dedicação. Mas é com essa habilidade unicamente humana que você poderá chegar na frente”, finaliza. 


Fabiana Teixeira - jornalista formada pela PUC-SP e tem experiência como repórter em emissoras como Record TV, TV Bandeirantes, Rede TV e TV Cultura. Também é especialista em Comunicação Empresarial, Branding e posicionamento de marcas pela ESPM, e Marketing Digital pela Universidade de Columbia, em Nova York.


Autistas têm direito à aposentadoria por deficiência?



Pessoas com transtorno do espectro autista têm direito a diversos benefícios, confirma o advogado Eliseu Silveira

 

Segundo dados publicados pelo CDC (Center of Deseases Control and Prevention), uma em cada 110 pessoas apresenta algum grau de autismo. Dessa forma, é estimado que no Brasil, com 200 milhões de habitantes, existam aproximadamente 2 milhões de autistas. Desses 2 milhões, estima-se que 13 mil residem no Distrito Federal. É importante ressaltar que o autismo não é uma doença, mas um modo diferente de se expressar e reagir

Mas se o autismo não é considerado uma doença, a pessoa que tem essa condição teria direito a aposentadoria por deficiência? O advogado Eliseu Silveira explica que sim. Segundo ele, elas têm direito não apenas a este benefício, mas a outros também. Confira quais são eles.


Lei Berenice Piana

Em 2012, instituiu-se a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) por meio da Lei nº 12.764.

Para maior clareza, é preciso se atentar ao artigo primeiro desta lei. Aqui, especificamente o parágrafo primeiro e o inciso I:

      1º Para os efeitos desta Lei, é considerada pessoa com transtorno do espectro autista aquela portadora de síndrome clínica caracterizada na forma dos seguintes incisos I ou II:

           I - deficiência persistente e clinicamente significativa da comunicação e da interação sociais, manifestada por deficiência marcada de comunicação verbal e não verbal usada para interação social; ausência de reciprocidade social; falência em desenvolver e manter relações apropriadas ao seu nível de desenvolvimento (...)

Vale ressaltar que para o Estado brasileiro, o autista é, por lei, uma pessoa com deficiência. Isto significa que pessoas autistas possuem direito a toda legislação que contemple pessoas com deficiência, inclusive benefícios previdenciários, listados abaixo.

 

      Auxílio por incapacidade temporária

É preciso ter contribuído por, no mínimo, 12 meses para a Previdência Social para receber este auxílio. Também é necessário que a perícia médica do INSS ateste ao segurado incapacidade temporária para trabalhar.


      Auxílio por incapacidade permanente

Possui as mesmas condições do auxílio acima. A diferença é que a perícia médica atestaria uma incapacidade permanente.


      Aposentadoria por idade da pessoa com deficiência

Enquanto homens autistas podem se aposentar com no mínimo 60 anos de idade, homens sem o TEA devem aguardar geralmente os 65 anos para dar entrada nos papéis da aposentadoria. Mulheres autistas podem se aposentar com no mínimo 55 anos de idade (mulheres que não têm autismo devem ter mais de 61,5 anos).

Tanto mulheres quanto homens, além da idade certa nesta modalidade de aposentadoria, também devem comprovar no mínimo 15 anos de contribuição ao INSS, além do TEA atestado pela perícia médica, com no mínimo 15 anos de comprovação.


      Aposentadoria por tempo de contribuição

Neste caso vai depender do grau de autismo da pessoa e até do gênero. Seria necessário buscar a orientação jurídica de um advogado para um cálculo mais exato.

 

E quem nunca contribuiu para a Previdência?

Neste caso, é indicado que a pessoa busque o BPC/LOAS.

A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) regulamenta o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a Constituição Federal, em seu artigo 203, garante assistência social a todo brasileiro e a toda brasileira que dela precisar. O BPC (também conhecido como Benefício Assistencial) é garantido a:

      Idosos acima de 65 anos e

      Pessoas com deficiência

Para receber o BPC, a pessoa deve estar em situação de pobreza ou necessidade, ou seja, é necessário comprovar a incapacidade de se sustentar ou a impossibilidade de ser sustentado pela família. A lei considera incapaz de prover o sustento a família cuja renda mensal por pessoa seja inferior a ¼ (um quarto) do salário-mínimo.

Outra questão: não é possível acumular o BPC com outro auxílio. A vantagem do BPC é que quem solicita não precisa necessariamente ter contribuído para o INSS, basta encaixar-se nos requisitos acima. Além disso, o decreto nº 8.805/2016 determina que o beneficiário do BPC deve estar inscrito no Cadastro Único de Programas Sociais do Governo Federal, o CadÚnico. Portanto, é importante se cadastrar antes de solicitar o BPC em uma unidade do INSS.

O BPC tem o valor de um salário-mínimo e não tem 13º salário. A cada dois anos, o BPC é revisado para verificar se o beneficiário ainda se encontra nos critérios de recebimento. Caso o autismo não impeça mais a pessoa de trabalhar, o benefício é cortado. O mesmo acontecerá se o beneficiário falecer.

O BPC também pode ser concedido a crianças com autismo. Nestes casos, o responsável legal da criança precisa comprovar que não pode trabalhar, dedicando todo seu tempo aos cuidados dela.

É importante buscar orientação jurídica de profissionais especializados em Direito Previdenciário para buscar os direitos garantidos às pessoas com transtorno do espectro autista.

Primeiro automóvel deixa de ser prioridade para jovens brasileiros, diz pesquisa

Crédito: Envato
Mudanças no mercado, aumento de preços e busca por flexibilidade alteram perfil de consumidores jovens


Nada de ansiedade pela maioridade legal para correr com a busca pela primeira habilitação. De acordo com uma pesquisa realizada pela Tecnobank, a maior parte do público brasileiro na faixa etária entre 18 e 25 anos não comprou carro nos últimos dois anos e tampouco pretende comprar nos próximos dois.

De fato, já faz alguns anos que a relação das gerações mais novas com bens duráveis vem se modificando. Enquanto os boomers tendiam a buscar estabilidade - o que envolvia, entre outras coisas, adquirir imóveis e automóveis próprios -, millennials e as gerações Y e Z questionam os benefícios de se apegar a esse tipo de aquisição. Para muitos, comprar uma casa ou um carro significa prender-se a um estilo de vida mais engessado, que impede grandes mudanças - exatamente o oposto do que eles querem para a própria trajetória pessoal e profissional.

Registros de contratos de financiamento de veículos são a especialidade da Tecnobank, responsável pelo levantamento. Segundo o estudo, quanto menor a idade, menor é a intenção de comprar um carro nos próximos 24 meses. Para o diretor de Comunicação e Marketing da empresa, Cristiano Caporici, há outros motivos para essa mudança no comportamento dos jovens. “Além do perfil desses consumidores, que querem mais flexibilidade para suas vidas, há fatores econômicos envolvidos. Atualmente, eles preferem aplicar esse dinheiro em itens como viagens e até mesmo investimentos financeiros”, explica.

 

Tecnobank


Maio Amarelo: saiba como escolher a cadeirinha ideal para bebês e crianças

Em parceria com a Multikids Baby, a Fisher-Price aborda as principais dúvidas sobre o uso correto das cadeirinhas e outras informações importantes para prevenir acidentes de trânsito

 

Os acidentes de trânsito são a principal causa de morte de crianças entre 1 e 14 anos no Brasil. O dado pode ser chocante, mas 90% dos casos poderiam ter sido evitados caso alguns cuidados tivessem sido tomados, de acordo com a ONG Criança Segura. O mau uso do equipamento, assim como a falta do assento indicado para a criança são uns dos motivos para essa taxa alarmante. Sabendo da importância da segurança no trânsito das crianças, a Fisher-Price, em parceria com a Multikids Baby acaba de lançar a Cadeirinha Arya Fisher-Price 0-25kgs que possui 4 posições de recline e três ajustes no cinto que acompanham o crescimento do bebê. Vale destacar também um item importante e obrigatório para as crianças a partir dos 4 anos - faixa etária que não necessita do uso da cadeirinha auto - é o assento de elevação Booster Strada Fisher-Price Isofix 22-36kgs Grupo III, que possui um sistema de instalação seguro, simples e rápido.

E levando em consideração que maio foi eleito o mês de conscientização dos altos índices de morte no trânsito, a Fisher-Price trouxe algumas informações importantes e dúvidas sobre o assunto. Confira as dicas de Tatiana Casoy, Product Development da Multilaser.

A necessidade do uso da cadeirinha deve ser considerada pela idade, pela altura ou pelo peso? Até que idade é necessário o uso da mesma? Qual posição a cadeirinha é mais adequada para o bebê?

Atualmente existem duas normas válidas no Brasil:

a-) ECE-R44 - usa o PESO da criança como referência para a evolução de fases e necessidade do uso da cadeira

b-) R-129 - usa a ALTURA da criança como referência para a evolução de fases e necessidade do uso da cadeira.

É importante entender em qual regulação a sua cadeira se encaixa para seguir corretamente (as informações estarão sempre no manual de instruções e nos adesivos/etiquetas dispostos no próprio produto).



Por que é importante o uso da cadeirinha?

Falando de modo geral, crianças até os 12 anos na média não alcançam a altura suficiente para que o cinto de segurança do veículo fique devidamente posicionado. Quando um adulto passa o cinto, a tira diagonal passa pelo seu tórax. Se uma criança passa a tira diagonal, ou passará pelo seu pescoço oferecendo risco de sufocamento, ou nem alcançará a criança. Mais especificamente, crianças recém nascidas até cerca de um ano, usando a cadeirinha, viajam viradas contra o movimento, ou seja, a criança, em caso de um impacto, será impulsionada para o interior da cadeira, fazendo com que seu corpo receba menos pressão e sua cabeça fique mais bem protegida. Depois de algum tempo (depende da norma), a cadeira já pode ser utilizada voltada para frente, mas ainda assim, a estrutura da cadeira é uma proteção contra impactos, preservando o corpo e cabeça da criança cuja estrutura óssea ainda está em formação.


Qual a diferença entre cadeirinha e bebê conforto? E entre cadeirinha e assento de elevação?

Basicamente a diferença são os grupos (faixas de peso ou altura dependendo da norma que seguem) que eles vão atender. O bebê conforto atende somente os recém nascidos e normalmente pode ser usado durante o primeiro ano de vida. As cadeiras vêm em diversas versões podendo ser usadas por toda a infância ou somente em alguns grupos.O assento de elevação atende crianças maiores que precisam apenas de um “empurrãozinho” para chegar na altura ideal para usar o cinto do veículo com segurança.


Recentemente houveram mudanças na lei da cadeirinha. O que tem de novidade?

Anteriormente, não havia obrigatoriedade do assento de elevação para crianças com mais de 7 anos e meio. Agora, crianças com idades entre 7 e 10 anos -- ou que tenham menos de 1,45m -- devem, obrigatoriamente, ser transportadas no banco traseiro em assento de elevação utilizando o cinto de segurança. Além disso, o projeto da Lei da Cadeirinha também citava a isenção da multa por descumprimento da regra, que agora, prevê uma multa gravíssima, no valor de R$ 293,47 e 7 pontos na CNH.


Caso a criança seja muito alta (maior do que 1,45m), mas seja menor de 10 anos, o uso de cadeirinha ainda se faz necessário?

A idade é apenas para referência. O que vale é ou o peso ou a altura da criança, dependendo em qual norma a cadeira foi certificada. De acordo com a resolução número 819 do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) não se faz obrigatório o uso de dispositivos de retenção a partir dos 1,45 m de altura.


Quais são os erros mais comuns na hora de instalar? Como garantir que a cadeirinha está bem presa ao assento?

Os erros mais comuns estão relacionados à passagem do cinto - tanto para fixar a cadeira, quanto para proteger a criança. É muito importante que a instalação seja feita direito e que a cadeira seja utilizada na posição correta (voltada para frente ou para trás) e com o recline do encosto na posição correta. O uso do manual é indispensável para que a cadeira seja instalada corretamente.


Há pena e/ou multa para quem não faz uso dos dispositivos de segurança nos pequenos?

Sim. O transporte de crianças sem o dispositivo de retenção é considerado infração gravíssima, com direito a 7 pontos na carteira


Existe um melhor lado (motorista ou carona) para posicionar a cadeirinha?

O banco de trás é sempre o mais aconselhado. Fora isso, não há melhor lado entre esquerdo e direito. Contanto que o lado escolhido não tenha saída de airbag ele pode ser utilizado. Se tiver airbag, este deve ser desativado para o uso seguro da cadeirinha


Fisher-Price

70% dos brasileiros não voltam a comprar de uma marca depois de uma experiência ruim, aponta Relatório Varejo 2022

Estudo realizado pela plataforma de tecnologia financeira, Adyen, mostra que o brasileiro está aberto a novos canais de compra, mas não abre mão da loja física


A Adyen, plataforma de tecnologia financeira preferida de empresas líderes, acaba de lançar o Relatório Varejo 2022. O estudo entrevistou 2 mil consumidores brasileiros de diferentes regiões do país e entrevistou varejistas para identificar as tendências que estão transformando compras online e físicas, métodos de pagamento e o futuro do setor.  

O relatório deixa claro que as expectativas dos consumidores estão mais altas do que nunca - assim como a intolerância a experiências ruins de compra. Para se ter uma noção, 70% dos entrevistados afirmaram que não voltam a comprar de uma marca depois de frustrações com o serviço, seja no ecommerce ou na loja. Em outras palavras, empresas só têm uma chance e não podem decepcionar. 

Outro destaque do documento foi o crescimento do consumo por aplicativo. No Brasil, 83% dos entrevistados disseram ter passado a usar mais apps de compras durante a pandemia, 9% a mais que em 2021. Em comparação à média global, a taxa brasileira foi 30% maior. A transição para o online também ajudou varejistas a sobreviver aos períodos incertos de quarentena: o levantamento mostra que 51% das empresas compensaram as perdas de lojas físicas com online durante a pandemia. Segundo Davi Strazza, presidente da Adyen para América Latina,  os eventos dos dois últimos anos fizeram com que compras antes feitas no ambiente físico passassem a ser realizadas por apps. "O aumento das compras por aplicativo é reflexo da confiança no serviço e dos novos hábitos de consumo", diz o executivo.  

O estudo também ressalta que o consumidor brasileiro ainda gosta de ir até a loja, seja para provar os produtos ou apenas olhar as vitrines. Porém, o estabelecimento físico ganhou um novo papel: ser um lugar de experiência. Entre os respondentes, 77% querem lojas atraentes, e esperam que os lugares sejam espaço de boas vivências e experimentação. No ano passado, 68% dos consumidores tinham essa exigência. Outros 72% dizem que as lojas físicas ainda são um ponto de contato importante com a marca, mesmo que concluam a compra de forma online, e 39% preferem adquirir os produtos na loja física.   

Segundo a pesquisa, a diversidade nas formas de pagamento oferecidas pelos varejistas influencia na decisão final dos clientes brasileiros. 52% declararam que já desistiram de uma compra por não poderem pagar como queriam. “Estamos no tempo dos pagamentos invisíveis, quando não precisamos pegar em carteira, cartão ou dinheiro para fazer uma transação. O ideal é que tudo aconteça automaticamente de forma quase imperceptível”, comenta Strazza.  

A transformação digital é outro ponto trazido pelo estudo. Conseguir aprimorar o atendimento ao consumidor e a experiência do cliente, se valendo de dados comportamentais, é o principal elemento dessa evolução. Segundo o relatório, 43% das empresas usam os dados de pagamento para entender o comportamento dos usuários a fim de promover uma experiência qualificada e personalizada. Isso vai de encontro a outro dado que mostra que 72% dos consumidores dizem gostar quando os varejistas enviam anúncios ou sugestões feitas e pensadas para ele. 

Para realizar este estudo, a Adyen e a KPMG ouviram mais de 40 mil consumidores em 26 países e 11 mil varejistas de 23 países. Também foram pesquisadas empresas nos segmentos de hospitalidade e alimentos e bebidas. 


O que os consulados americanos sabem sobre cada imigrante

Daniel Toledo, advogado especialista em Direito Internacional, revela que o FOIA - Freedom of Information Act contém informações relevantes para o processo de imigração


Muitas pessoas têm suas solicitações de visto para os Estados Unidos negadas e ficam sem entender o motivo ou até mesmo quais informações fizeram com que o consulado optasse pela negativa. No entanto, a Lei da Liberdade de Informação (FOIA – Freedom of Information Act) garante a possibilidade de verificar todos os dados que o governo americano coletou e armazena sobre cada indivíduo.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, o FOIA conta com todas as informações que foram reunidas ao longo dos processos consulares. “Vai aparecer tudo ali, desde o momento da entrada em um pedido de qualquer visto, o que foi dito no consulado durante a entrevista de solicitação, as informações fornecidas ao entrar e sair dos Estados Unidos. Enfim, conta com todo o histórico daquele solicitante de imigração”, relata.

Para o especialista em Direito Internacional, é importante ter acesso ao documento pois, ter um pedido de visto negado, seja para estudos ou turismo, pode impactar em novos pedidos de imigração no futuro. “Ter um visto negado pode gerar repercussões, atrapalhando processos futuros ou imediatos de imigração. Na maioria dos casos, depende de quais são a intenção e o propósito do imigrante e, quando ocorre uma negativa, é preciso entender exatamente o que foi dito pelo solicitante e o que foi anotado pelo agente de imigração. Afinal, nem sempre o que você diz é o que eles entenderam e anotaram, impactando diretamente o planejamento para um próximo visto”, lamenta.

Além disso, esse documento é fundamental para solicitantes que querem fazer uma alteração em sua categoria de visto, visando a imigração permanente para os Estados Unidos. “Em casos nos quais o imigrante parou de renovar sua permissão de trabalho há anos, por exemplo, pode ser que seu arquivo esteja sob uma ordem de deportação e seu caso nunca tenha ido a um tribunal. Então, definitivamente, é preciso saber o que aconteceu com sua aplicação antes de solicitar um Green Card e o FOIA é essencial nesse cenário”, revela Toledo.

Embora a maioria dos documentos e dados estejam incluídos no Freedom of Information Act - FOIA, algumas informações podem ser censuradas de acordo com as leis americanas. “É preciso cobrir todos os registros da agência, o que, na maioria dos casos, inclui e-mails, alguns documentos impressos, registros, mapas, vídeos e fotografias obtidos pela agência em questão. Portanto, é necessário estar atento a esse detalhe quando solicitar o documento”, finaliza.

 


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais de  150 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos.

 

Toledo e Advogados Associados

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Você líder, aceita feedback de seus colaboradores?

Empatia, Escuta e Atenção Plena. Essas são as três principais habilidades que devemos utilizar em um processo de feedback humanizado e respeitoso. A cultura fundamentada no feedback é uma das melhores formas de construir parcerias e se conectar com a equipe. E a melhor forma de criar um ambiente que conecte os participantes do processo às suas habilidades é liderar dando o exemplo e gerar segurança para que cada membro se sinta acolhido e não tenha medo de falar o que quer. Gosto muito de oferecer o feedback e no final perguntar: o que você aprendeu com isso? Esta é uma forma adequada para criarmos um canal de comunicação aberto e a prática leva ao aperfeiçoamento.

O feedback ajuda o líder a ter condições de avaliar o seu desempenho e buscar soluções para aprimorá-lo. Mas nem todas as empresas adotaram essa prática: 23% das companhias pesquisadas no Brasil não utilizam feedback. Globalmente, o índice fica em 19% e há países, como o Japão, onde 39% não adotam a prática. Mais de 70% dos brasileiros sentem que podem ter uma conversa aberta com seus gestores durante a avaliação de desempenho, contra 68% da média global (dados da Randstad/2019).

Empresas que implantaram e seguem os métodos ágeis na prática criam uma cultura baseada no feedback. Por seguirem os rituais ágeis, como fazer reuniões de planejamento, reuniões diárias, reuniões de revisão e de retrospectiva, incentivam a descoberta cedo dos erros, gastando menos e demandando menos esforços.

Nas empresas que focam na inovação, observamos uma mudança no processo de feedback, que deixa de ser oferecido com uma periodicidade definida, formalmente e somente na direção do líder para a equipe, migrando para um modelo informal, oferecido frente a um evento e entre os participantes de uma SQUAD (equipe formada por especialistas) e seus pares. Empresas como Amazon, Google, Nubank, NTT Data e Sinquia já praticam o modelo.

 

Estou preparado para receber feedback? 

A pressão crescente por resultado - agora não mais o resultado a qualquer custo e sim o resultado sustentável por meio da motivação, do engajamento e do comprometimento - desafia o líder a olhar para a sua equipe e, em conjunto, cocriar, inovar e influenciar positivamente. 

A pergunta é: será que estou preparado para receber feedback? Mesmo antes de iniciar a carreira e durante toda a minha trajetória, não fui preparada para receber feedback. Lembro dos meus pais dizendo que no dia que eu me tornasse "chefe" poderia fazer as coisas do meu jeito. Receber feedback é um desafio. Nunca fui treinada para tal e, até bem pouco tempo, ele gerava uma dor profunda, motivada pelo pensamento: "Nossa, fiz tanto para chegar até aqui e agora tenho que ouvir isso?”. 

Seja para reforçar que estou no caminho certo ou para corrigir uma rota, o feedback definitivamente serve para melhorar a minha performance e gerar oportunidades de inovação. E então, resolvi refletir sobre os meus próprios erros e experimentar novas alternativas para encontrar outros resultados. Decidi lidar com o meu desconforto e identificar porque ouvir o que o outro diz era tão doloroso. Descobri que o principal motivo era a "pessoalidade" e com esta descoberta fui explorar soluções e colocar em prática o meu aprendizado, com o objetivo de escutar, me afastar, observar, processar e corrigir o rumo daquilo que fizesse sentido para mim.

Como, então, preparar-se para receber um feedback corretivo? 

1) Quando receber o feedback, busque exemplos concretos. Pergunte: o que você me viu fazendo ou falando que o levou a esta conclusão? 

2) Valide outros pontos de vista. Exemplo: em sua opinião, como foi o meu desempenho durante a interação com o cliente? 

3) Certifique-se de que as pessoas que o cercam estão confortáveis em oferecer-lhe um feedback genuíno. Não é porque não lhe oferecem feedback que você não tenha o que melhorar. Pode ser que tenham medo de compartilhar o que veem e ouvem. 

4) Crie um ambiente seguro, onde sem ofensas ou "pessoalidade", os membros de uma equipe possam dar e receber feedback naturalmente.

5) Se faça perguntas:

. De qual forma me planejo para oferecer um feedback?

. Qual o tipo de feedback que me deixa mais desconfortável?
Com qual feedback eu mais me conectei e gerou uma mudança em mim? Qual era a característica que ele tinha?

. O que fizemos bem-feito? O que podemos melhorar?

Criamos um ambiente seguro por meio do exemplo e praticando aquilo que falamos, então seja o primeiro a incentivar o feedback. Por último, lide com os seus medos e inseguranças de forma sincera. Valide o pensamento e o sentimento que o levam a lutar contra o que ouviu e de que forma pode ser mais confortável receber o próximo feedback. Compartilhe a sua descoberta. Exemplo: comunique a equipe que feedbacks corretivos devem ser oferecidos de forma privada. Que todos os feedbacks devem ser acompanhados por exemplos tangíveis e que, após um tempo de reflexão ou pesquisa, você se comprometerá com um plano de ação. E siga em frente.

 

Ferramentas para controle e acompanhamento de projetos que permitem o cadastro do feedback em tempo real: Qulturerocks, Runrunit, Trello e Slack.

 

Regina Campilongo - Sócia fundadora da Moving Forward – Heads, professora, designer e facilitadora de programas de treinamentos comportamentais organizacionais, mentora estratégica ágil, conselheira Trends Innovation, Master IE.

 

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