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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Turismo de aventura e belas paisagens atraem turistas ao verão de Bariloche

Pixabay


As montanhas são os ecossistemas terrestres mais ricos do planeta, com grande biodiversidade de fauna e flora; ainda é preciso consciencializar a população para a importância da sua preservação 

 

Montanhas e morros abrigam 15% da população mundial e cerca de 915 milhões de pessoas dependem das montanhas para garantir o seu sustento. Embora o Brasil seja reconhecido internacionalmente por suas praias, quem quiser aproveitar as férias de verão de forma diferente tem a possibilidade explorar diversos destinos e altitudes. Passeios de montanha não são só para os alpinistas, há opções para vários perfis de viajantes.

 

Segundo a ONU, 22% da superfície terrestre é coberta por montanhas, que têm papel importante para o crescimento econômico sustentável. Estudos apontam que as regiões montanhosas hospedam mais de um quarto das plantas e animais terrestres e 30% das principais áreas de biodiversidade, sobretudo por serem ambientes resilientes. “O relevo acidentado e íngreme dificulta atividades humanas, que ficam restritas às áreas mais planas”, diz o pesquisador Roberto Fusco, membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN).

 

Mais da metade da população do planeta depende dessas áreas para sobreviver. As montanhas fornecem principalmente água doce, energia renovável e alimentos, recursos que estarão cada vez mais escassos nas próximas décadas. A destruição e degradação dessas paisagens têm aumentado consideravelmente, devido à pressão humana, de forma direta e indireta. A ONU destaca que uma entre três pessoas que moram em regiões montanhosas em países em desenvolvimento enfrenta isolamento e insegurança alimentar.

 

“Embora o terreno acidentado traga obstáculos para atividades humanas, as diferentes altitudes em uma região montanhosa possibilitam o desenvolvimento de flora e fauna diversificada, enriquecendo a biodiversidade. Além dos serviços ambientais prestados, os ecossistemas de montanha também têm potencial para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico. Em regiões montanhosas, a atividade turística pode impulsionar o crescimento local, considerando ainda que a sustentabilidade das montanhas depende de que seu entorno e paisagens sejam preservados”, diz Emerson Oliveira, gerente de Conservação da Biodiversidade da Fundação Grupo Boticário.

 


Dicas

 

Antes de visitar uma região serrana ou montanha, busque informações detalhadas sobre seu percurso, nível de dificuldade, necessidade de acompanhamento de guia e equipamentos exigidos e aconselhados. Preste atenção na vestimenta e nos calçados para evitar quedas e proteger o corpo de arranhões e picadas de insetos. Não esqueça da água e de alimentos para o caminho, lembrando sempre de descartar o lixo gerado de forma adequada. Há inúmeras opções de trajetos e durações, mas, se você é iniciante na atividade, comece por destinos próximos da sua cidade e de percurso fácil a moderado.

 

Veja algumas opções de picos e montanhas que podem ser visitados em diferentes partes do Brasil:


 

Serra do Mar

 

A Serra do Mar é uma região montanhosa que se estende por aproximadamente 1.500 quilômetros, ao longo do litoral do Sudeste e Sul do Brasil, de Santa Catarina ao Rio de Janeiro. No Rio de Janeiro, estão localizados alguns dos picos mais altos da serra, como o Pico Maior de Friburgo, com 2.366 metros. Ele fica no Parque dos Três Picos, o maior parque estadual do Estado.


 

Pico das Agulhas Negras e Prateleiras (Parque Nacional do Itatiaia)

 

O Parque Nacional do Itatiaia foi o primeiro parque nacional do Brasil. Lá estão o Pico das Agulhas Negras (o quinto ponto mais alto do país, com cerca de 2.790 metros de altitude) e o Maciço ou Pico das Prateleiras (com aproximadamente 2.540 metros de altitude). São dois dos melhores pontos do Brasil para praticar atividades de aventura como escaladas e trekking. A trilha do Pico das Prateleiras é considerada mais fácil, sendo dez quilômetros em percurso bem demarcado. Já a trilha do Pico das Agulhas Negras tem grau de dificuldade mais elevado, pois contém trechos expostos que exigem o uso de cordas.


 

 Travessia Marins–Itaguaré (Serra da Mantiqueira)

 

Trekking que liga duas das maiores montanhas da região da Serra da Mantiqueira, o Pico dos Marins (2.420 metros de altitude) e o Pico Itaguaré (2.300 metros de altitude). Tem nível de dificuldade de moderado a difícil. Apesar de ter 15 quilômetros de extensão, a variação de altitude e seu terreno rochoso tornam o percurso lento em alguns trechos.


 

Monte Roraima (Serra de Pacaraima)

 

Uma pedra gigante e quadrada em meio à paisagem e repleta de quedas de água. O Monte Roraima é um tepui, um monte em formato de mesa bastante característico da região das Guianas. A montanha ainda guarda no seu interior inúmeras cavernas, que se interligam e formam a maior caverna de quartzo do mundo. A altitude do cume é de 2.810 metros e está localizado na Serra de Pacaraima e na tríplice fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana.


 

Conjunto Marumbi (PR)

 

No coração da Grande Reserva Mata Atlântica, na cidade de Morretes, esta cadeia de montanhas é formada por picos entre 600 e 1.500 metros de altitude. Importante área de conservação ambiental, o Parque Estadual garante vistas para a linha férrea histórica e a baía de Paranaguá. O Morro do Rochedinho está entre os percursos para iniciantes.


 

Pico do Jaraguá (SP)

 

O maior da metrópole de São Paulo, o Jaraguá está a 1.132 metros de altitude. A formação rochosa conta com remanescentes da Mata Atlântica e fica numa área preservada da Serra da Cantareira, podendo ser acessada por trilhas que levam a uma vista panorâmica para a cidade paulistana.


 

Pico da Neblina (AM)

 

É o pico mais alto do Brasil, a 2.995 metros de altitude. Em Santa Isabel do Rio Negro, nas proximidades com a fronteira da Venezuela, está o pico de rochas cristalinas e sedimentares, localizado no Parque Nacional do Pico da Neblina, que tem acesso a partir da reserva dos índios ianomâmis, parceiros de operadoras de turismo para fazer o percurso guiado.


 

Pedra da Gávea (RJ)

 

A montanha dentro da Floresta da Tijuca, no Rio de Janeiro, também ganha um título importante: é o maior bloco de pedra à beira-mar do mundo. Acima de seus 842 metros de altura, é possível ver a orla carioca, as Zonas Sul e Norte, além de outras montanhas da Tijuca. Seu acesso é por uma trilha longa e difícil, exigindo bom condicionamento físico.


 

Pedra do Baú (São Bento do Sapucaí - SP)

 

Uma das mais icônicas do estado de São Paulo, a Pedra do Baú fica num trecho da Serra da Mantiqueira, entre São Bento do Sapucaí e Campos do Jordão. Formada por granitos e outros minerais, chega a 340 metros de altura, de onde se avistam até 20 cidades nos arredores. Tudo isso após uma jornada de 6 horas de trilha.


 

Serra do Rio do Rastro (SC)

 

Localizada no sul de Santa Catarina, a Serra do Rio do Rastro é percorrida por uma estrada cênica, com curvas acentuadas e subida íngreme. A paisagem é marcada por Florestas com Araucárias, cachoeiras, paredões rochosos e cânions. A natureza pode ser explorada em diferentes trilhas.

 

 

 

Fundação Grupo Boticário

 



 Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN)

www.fundacaogrupoboticario.org.br

 

 

Saúde do idoso: saiba o que não pode faltar numa viagem com a terceira idade


Janeiro é sinônimo de férias, calor e viagens, e assim como qualquer outra pessoa, os idosos também amam sair da rotina e aproveitar alguns momento de formas diferenciadas nessa época do ano. 

Contudo, devido ao processo de envelhecimento, o corpo necessita de alguns cuidados especiais e preventivos antes de sair de sua zona de conforto. Pensando nisso, Roberta França, médica geriatra da Said Rio, empresa de cuidadores de idosos, resolveu listar algumas dicas do que não pode faltar em uma viagem com a terceira idade:

 

1 - Ir ao médico 

Antes de sair em direção a qualquer lugar, o ideal é que o idoso passe por um médico e o comunique sobre para onde e quando ele irá viajar. Assim, o profissional irá analisar a situação, definir se não haverá nenhum risco a sua saúde e ainda o aconselhar sobre o que ele poderá ou não fazer nessa viagem. 

Essa ida ao hospital é ainda mais importante em casos onde o trajeto será feito de avião, pois a duração do tempo de voo e a pressão exercida nesse meio de transporte pode afetar alguns idosos.

 

2 - Tome as vacinas necessárias 

Se informe melhor sobre a localidade para onde será realizada a viagem, pois alguns destinos exigem determinadas vacinas, e com a pandemia do Covid-19, esse exigência se tornou ainda maior.

Lembre-se também de tomar as vacinas com antecedência, pois algumas delas podem causar algumas reações e afinal, você não vai querer que nada atrapalhe o seu passeio.

 

3- Leve os medicamentos diários 

Muitos idosos tomam alguma medicação diária, seja para diabetes, pressão alta ou para outra função, por isso, é importante se lembrar de levar todas, já que você não estará no seu local de conforto e esse pequeno detalhe pode ter consequências nada agradáveis.

 

4 - Sempre contrate o seguro viagens 

Mesmo que já tenha um plano de saúde particular, é recomendado que você só viaje junto de um idoso com um seguro de viagem contratado, de preferência o indicado para esse público.

Além dele ser obrigatório para viagens internacionais, viajando pelo Brasil pode ter localidades em que o seu plano não tenha cobertura e o seguro irá te salvar em casos de emergência e urgência, tendo toda a assistência que você precisar.
 

5 - Não exagere no sol e na alimentação 

Estar em um local diferente e se divertindo, faz com que a gente decida “chutar o balde”, principalmente nas comidas. Acontece que idosos precisam ter uma atenção redobrada para não perder o limite, caso tenha alergia ou doenças com restrições alimentares, siga a sua dieta normalmente, para que nada de ruim possa acontecer.

Além disso, ficar debaixo do sol, só com muito protetor solar, boné, óculos e debaixo do guarda-sol, é importante ressaltar que o melhor horário para tomar sua vitamina D é antes das 10h e depois das 16h.

“Seguindo essas dicas, pode ter certeza que sua viagem será um sucesso e com muita diversão garantida para toda a sua família”, finaliza a Dr. Roberta França.


 

SAID RJ -  empresa especializada no atendimento domiciliar de idosos.


Nutricionista lista alimentos e bebidas que ajudam a refrescar no calor

Juliana Vieira também aconselha investir em águas saborizadas 

 

Estamos no verão e para aliviar o calor nos dias mais quentes é preciso investir em bebidas e alimentos que refrescam o corpo. 

 

Segundo a nutricionista Juliana Vieira, além da água, temos diversos alimentos e bebidas refrescantes que podem ajudar a aliviar o calor. A profissional listou alguns deles:

 

Águas aromatizadas ou saborizadas

 

Elas chegaram com tudo. Estão na moda e marcam presença em restaurantes e bares, sendo apreciadas principalmente por quem acha a água sem graça. 

 

Uma sugestão é colocar 1 litro de água filtrada, 2 limões bem lavados cortados em rodela e folhas de hortelã e deixar na geladeira até a hora de servir

 

Chá gelado 

 

A melhor opção será sempre a natural, sem açúcar e à base de ervas, flores e especiarias, como erva-mate, hibisco, camomila e gengibre. 

 

Água de coco 

 

O líquido é naturalmente rico em água e minerais que auxiliam na hidratação.

 

 Iogurte

 

Iogurte é um delicioso alimento para se comer geladinho no verão. Fonte de proteína e de probióticos, que ajudam a manter a saúde do seu sistema digestivo.

 

Melancia

 

Ajuda a hidratar por ter um teor de água de 92%, o que também explica ser pouco calórica. 

 

Alimentos sólidos como frutas e legumes são importantes aliados da nossa saúde durante os dias de calor, por exemplo: 

 

* Aipo

 

* Chicória

 

* Coco

 

* Coentro

 

* Couve

 

* Couve-flor

 

* Erva doce

 

* Figo

 

* Maçã

 

* Pera

 

* Romã

 

* Semente de girassol 

* Uva


Hora do Detox: o poder antioxidante e anti-inflamatório dos alimentos

Frutas e Grãos
Jasmine Alimentos
Como retomar a rotina alimentar depois das festas? A regra é clara: descasque mais e desembale com responsabilidade

 

Um cardápio carregado de bebidas alcoólicas e alimentos processados, com alto teor de aditivos químicos, conservantes e açúcares. É raro encontrar alguém que não se rendeu a esses alimentos pobres em nutrientes ou acabou cometendo excessos durante as festas de fim de ano. Esse comportamento, no entanto, tende a sobrecarregar o sistema digestivo e o fígado, prejudicando o bem-estar e a saúde de forma geral. Com a chegada de janeiro, quem agiu por impulso e extrapolou na alimentação já deve estar pensando: é hora de entrar na linha novamente. 

Antes de tudo, é importante ter em mente que episódios pontuais de exagero tendem a não afetar de forma agressiva o organismo e que não será um alimento específico que trará de volta o equilíbrio nutricional do corpo. “Tudo o que é muito agressivo e restritivo, ou que cause uma mudança grande na rotina alimentar, pode ser prejudicial. Mas, sim, uma dieta desintoxicante, feita por um curto período de transição e com acompanhamento médico, pode trazer benefícios quando a questão é se recuperar do período de festas”, explica o coordenador médico

 do Hospital Universitário Cajuru, de Curitiba, e especialista em nutrologia esportiva, José Rodriguez. 


A dieta não “vinga”? Repense sua rotina alimentar 

É muito comum as pessoas sentirem sintomas como cansaço excessivo, sono desregulado, ansiedade e estresse, inchaço causado pela retenção de líquido e sensação de fome constante. Todos esses sinais são indicativos que o organismo precisa eliminar impurezas e neutralizar toxinas. Tentar compensar ou restringir demais certos grupos alimentares não é a solução. 

“É importante que qualquer prática detox seja realizada com acompanhamento nutricional individualizado. Com a exclusão de certos alimentos, o organismo pode levar um choque devido às carências nutricionais, além de reduzir o desempenho esportivo e até ocasionar alguma compulsão alimentar”, explica a nutricionista dos hospitais Universitário Cajuru e Marcelino Champagnat, Laleska Vignoli.

O consumo de alimentos com potencial anti-inflamatório e antioxidante pode ajudar bastante neste período pós festas. “Mas a recuperação do organismo deve passar pela retomada da rotina completa e pela prática diária de hábitos mais saudáveis, de forma consciente e contínua“, acrescenta Rodriguez. A orientação é simples: descasque mais e desembale com consciência.

“Desintoxicar o organismo significa fazer uma limpeza natural que começa estrategicamente pelo fígado e intestino. O fígado é o órgão que filtra o sangue do corpo humano, ou seja, ele retém grande quantidade de impurezas. Um corpo sobrecarregado de impurezas ou toxinas perde vitalidade”, complementa Laleska. 

Para retomar a rotina alimentar, o ideal é se hidratar muito, procurar ingerir alimentos naturais, como frutas, vegetais, legumes, carnes frescas e cereais verdadeiramente integrais, que preservam as propriedades dos grãos inteiros e não possuem porções refinadas em sua composição. Cabe destacar ainda a importância de priorizar alimentos que tenham procedência e garantia de um processo produtivo cuidadoso, seguro e de qualidade, que realmente ofereça os benefícios que promete.

A Jasmine foi uma das primeiras empresas brasileiras a acreditar na agricultura orgânica. "Somos pioneiros no desenvolvimento de uma linha de orgânicos integrais e nossos produtos são livres de adubos químicos, agrotóxicos e sementes transgênicas”, destaca a gerente de P&D da Jasmine Alimentos, Melissa Gomide Carpi. Os produtos que compõem o portfólio da empresa, dentre eles, cereais, grãos e frutas desidratadas, são amplamente indicados pelos profissionais da área de nutrição para a retomada dos hábitos saudáveis e de um 2022 com vitalidade e bem-estar. 

 

É mesmo possível desintoxicar o corpo?

Os consumidores estão fazendo escolhas cada vez mais conscientes e menos impulsivas nos últimos anos, indica a gerente de P&D da Jasmine Alimentos, Melissa Gomide Carpi. “Esse comportamento é fundamental para manter uma relação saudável e equilibrada com o alimento. Nosso propósito é mostrar que nossos snacks saudáveis, com verdadeiros benefícios nutricionais, são gostosos e de fácil inclusão no dia a dia”.

Para reequilibrar o fígado e a flora intestinal, e auxiliar no armazenamento e metabolização dos nutrientes, é importante incluir certos hábitos na rotina alimentar que impactam diretamente na redução da inflamação e na oxidação do corpo. Confira abaixo algumas dicas:

1) Beba água, pelo menos 35ml por quilo de peso diariamente. 

2) Evite o consumo de carne vermelha em grande quantidade, pois é um alimento de difícil digestão. 

3) Prefira proteína animal magra, como peixe, frango e porco e ovos. 

4) Aumente o consumo de verduras, legumes e frutas, principalmente as vermelhas. 

5) Alimente-se com cereais integrais e leguminosas (como aveia, linhaça), pois as fibras têm papel essencial no funcionamento do intestino. 

6) Evite açúcar em excesso, principalmente as opções refinadas. 

7) Reduza o consumo de frituras, dando preferência a preparos crus, assados, cozidos ou grelhados. 

8) Para cozinhar, utilize azeite, manteiga ou óleo de coco, sempre na menor quantidade possível.

9) Substitua o sal por temperos naturais como alho, cebola, cúrcuma, coentro, manjericão, entre outros.

10) Na hora de montar o prato, dê mais espaço aos legumes e verduras. 

11) Coma devagar e mastigue bem os alimentos.  

12) Faça uso de probióticos, as conhecidas bactérias do bem, que reequilibram a flora intestinal.


5 hábitos saudáveis para equilibrar a alimentação após o exagero das festas

Retomar a rotina pode gerar grandes resultados ao longo do ano

Retomar a rotina de alimentação saudável após as festas de fim de ano muitas vezes emendadas com férias nem sempre é tarefa fácil. Com tantos excessos que incluem comidas típicas, sobremesas diversas e bebidas alcoólicas, muitas pessoas têm a impressão de que chutaram o balde longe demais e por isso vão protelando o compromisso que fizeram a si mesmas de se cuidarem melhor no novo ano.

Mas, se engana quem pensa que é preciso muito sacrifício para conquistar grandes resultados. Na verdade, as pequenas mudanças de hábitos são as principais aliadas para quem não quer esperar passar o Carnaval para voltar aos trilhos e se alimentar de forma mais saudável.

Pensando nisso, a enfermeira esteta e diretora da Clínica Chiquetá, Mariane De Chiara, separou algumas dicas que ajudam nessa retomada:

  • Priorizar a ingestão de água realizando o seguinte cálculo diário: 35 x peso = quantidade ideal de água para o dia.
  • Introduzir alimentos ricos em fibras e fontes de proteína nas refeições, são eles que promovem saciedade
  • Reduzir o intervalo entre as refeições e se alimentar a cada 3 horas
  • Comer devagar e mastigar bem os alimentos 
  • Praticar exercícios físicos

“É preciso focar em mudar hábitos, pois dieta oferece resultados temporários e conquistar novos hábitos promove mudanças para toda a vida”, acrescenta a especialista.

Além disso, Mariane indica duas receitas de bebidas geladas e refrescantes que aumentam a energia e ajudam na desintoxicação do organismo, selecionadas pela nutricionista Geovanna Tita, da Clínica Chiquetá.

 

 

Ice Tea Refrescante

Divulgação

Ingredientes:

 

3 sachês de chá mate natural

4 fatias de gengibre

1 limão fatiado

1 laranja fatiada

Cravo e canela a gosto

 

Modo de Preparo:

Faça o chá em infusão fria (basta colocar os sachês em meio litro de água em uma jarra e levar a geladeira por 12 horas). Depois junte o chá pronto com os demais ingredientes e sirva.

 


Drink vermelho Frisante


Divulgação

Ingredientes: 

400g de melancia picada

Suco de 2 limões

1 maçã vermelha ou verde sem casca

200 ml de água com gás

Folhas de hortelã

 

Modo de Preparo:

Bata no liquidificador a melancia, com o suco do limão, a maçã e alguns cubos de gelo a gosto. Depois de batido acrescente a água com gás e sirva.

 


Mariane De Chiara - formada em enfermagem, com experiência no setor público de saúde. Com especialidade voltada a Estética fundou a Clínica Chiquetá em 2012, no ABC Paulista.


7 alimentos que aumentam a energia e disposição

Água, açaí e gengibre estão entre as dicas da nutricionista do Hospital São Camilo para combater o cansaço típico de fim do ano


Em ritmo acelerado o ano inteiro, é comum as pessoas se sentirem mais cansadas nesta época do ano. Segundo a nutricionista Fernanda Carvalho, da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, a sensação de esgotamento físico e mental no período, em alguns casos, pode ser agravada por uma rotina alimentar irregular ao longo do ano, gerando irritabilidade, alterações na qualidade do sono e queda no bem-estar geral.

“Para ter um bom funcionamento, nosso corpo necessita de um equilíbrio nutricional, somado a bons hábitos como dormir bem, manter a hidratação adequada e praticar exercícios regularmente”, explica.

Ela alerta que, ao identificar esses sintomas, é fundamental procurar um especialista para investigar sua origem e eliminar os riscos de possíveis doenças.

De qualquer forma, a especialista listou alguns dos principais alimentos que podem ajudar a aumentar a energia e a disposição no dia a dia. Confira!

 

  1. Água

Fundamental para regular as funções do corpo, a água não está no topo da lista por acaso. “A água é o principal componente do sangue. Em quantidades certas, ela aumenta o transporte de nutrientes por todo o corpo, inclusive para o cérebro, ampliando a disposição no dia a dia”, destaca Fernanda.

A quantidade necessária pode variar de pessoa para pessoa, mas a média indicada é de aproximadamente 8 copos por dia. “A água de coco também é uma opção para quem tem dificuldade de ingerir apenas água.”

 

  1. Castanha do Pará

As oleaginosas, em geral, são ótimas fontes de magnésio, um importante nutriente na conversão do açúcar em energia. Entre elas, a especialista destaca a castanha do Pará, que é rica em gorduras saudáveis, principalmente poli-insaturadas e monoinsaturadas, que fornecem energia para o corpo.

“Outra vantagem deste alimento é que ele é uma boa fonte de proteínas e potássio, isso favorece o ganho e recuperação dos músculos, reduzindo a sensação de cansaço físico”, completa.

 

  1. Gengibre

Muito utilizado em chás, sucos e temperos, essa raiz originária da Ásia tem propriedades que melhoram a digestão e dão energia, sendo um importante ingrediente no combate à fadiga.

“O gengibre promove o aumento do transporte de oxigênio no organismo, atuando como um acelerador natural do metabolismo e, consequentemente, melhorando a disposição”, reforça a especialista. No entanto, deve ser consumido com moderação.

 

  1. Açaí

Além de ser uma ótima opção para o verão, o açaí é rico em carboidratos, sendo considerado uma boa fonte de energia. A nutricionista do São Camilo reforça que o açaí também contém baixo índice glicêmico e é rico em vitaminas C, B1 e B2, bem como gorduras boas e minerais, ajudando na aceleração do metabolismo.

“Muito benéfica também para os atletas, a fruta repõe a energia gasta, ampliando a disposição para a prática de exercícios físicos”, frisa. A especialista ainda recomenda atenção ao escolher o produto no supermercado.

“O açaí, como comumente encontramos para comprar, conta com outros ingredientes na formulação e alguns possuem grande quantidade de açúcar. Deve-se atentar sempre para os três primeiros ingredientes da lista”, salienta.

 

  1. Banana

Uma das frutas mais populares no Brasil, a banana é uma fonte de triptofano, aminoácido precursor da serotonina. “Entre seus principais benefícios, a serotonina ajuda a regular o sono e melhora o humor, trazendo mais disposição”, explica a especialista.

Além disso, por ser rica em potássio, o consumo regular da fruta contribui para reduzir sintomas como fraqueza muscular, fadiga, apatia mental e cãibras.

 

  1. Café

Amplamente conhecido como a bebida que nos mantém acordados, a cafeína estimula o sistema nervoso central e inibe a adenosina, neurotransmissor responsável pelo sono.

Consumido com moderação, o café estimula a adrenalina, o que aumenta o foco e a concentração. “Conforme o Ministério da Saúde, o consumo de café não deve ultrapassar, preferencialmente, três xícaras ao dia, sempre evitando a bebida após as 16h”, alerta Fernanda.

 

  1. Chocolate

Ideal na versão amarga, o chocolate representa uma fonte de antioxidantes, além da cafeína, que ajuda a nos manter mais alertas e dispostos.

Segundo a nutricionista, o alimento contém teobromina, um estimulante natural que contribui para a melhora do humor e dá mais energia. “O chocolate também faz bem para o coração, melhorando suas funções e, consequentemente, reduzindo os sinais de cansaço.” No entanto, também deve ser consumido de forma moderada.

Por fim, a nutricionista reforça a importância de aumentar o consumo de alimentos ricos em vitaminas e fibras, além de baixo teor de gordura e sódio. “Alimentos ricos em carboidratos (especialmente os produzidos com uso de farinha branca), manteiga, açúcar cristal, chocolates ao leite, como doces e panetones, se ingeridos em excesso, aumentam o nível glicêmico e dificultam a digestão provocando desconforto e indisposição.”

 



Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp


Quais as melhores frutas para consumir no verão? Confira

Melancia, abacaxi e uva estão entre as opções recomentadas pela nutricionista parceira da Bio Mundo para ajudar na hidratação na estação mais quente do ano

 

O verão chegou e, com a estação, recomenda-se a ingestão de alimentos mais leves, e as frutas são ótimas opções para manter o corpo saudável e hidratado, além de beber muita água. As frutas também são fonte importante de minerais, fibras e nutrientes.
 

Segundo a nutricionista Fernanda Larralde, parceira da Bio Mundo, franquia de alimentos naturais e saudáveis, é essencial a ingestão de frutas diariamente no verão. “O ideal é optar por frutas que tenham alta composição de água, como abacaxi, melão ou melancia. Coma de três a cinco porções por dia, principalmente, no café da manhã e lanches intermediários, entre uma refeição e outra”, indica a profissional.
 

Confira os benefícios das frutas mais recomendadas pela nutricionista, parceira da Bio Mundo:
 

Melancia

A fruta conta com 92% da composição de água, sendo uma excelente fonte de hidratação. É rica em vitamina A, C, importante para o sistema imunológico, e vitaminas do complexo B, além de ser anticancerígena e contribuir para a limpeza dos rins.
 

Abacaxi

O abacaxi faz parte das frutas cítricas, juntamente com a laranja e o limão. A fruta conta com 86% de composição de água, um ótimo complemento para a hidratação do organismo. Além disso, é rica em vitaminas A e C e contribui para a digestão.
 

Uva

Tanto a uva verde, quanto a uva roxa, contam com excelentes nutrientes para consumir durante a estação mais quente do ano. Fonte de energia, também previne problemas cardíacos e ajuda a controlar a pressão arterial.
 

Pera

A pera é uma fruta rica em fibras, como o potássio, magnésio e cálcio, que auxiliam no funcionamento do intestino. Além disso, possui também vitaminas A e C, e alguma do complexo B, como a niacina, conhecida como B³.
 

Pêssego

Rico em fibras, carboidratos e sais minerais, o pêssego possui vitaminas A, C e do complexo B. Por ser uma fruta pouco calórica, é uma excelente opção para consumo nos lanches intermediários entre as refeições.
 

Estudo comprova que dormir pouco ou tarde causa envelhecimento precoce e morte prematura

Crédito: Jennifer de Paula
Estudo do neurocientista, Dr. Fabiano de Abreu, discorre sobre a possibilidade de desenvolver doenças, envelhecimento precoce e ter morte prematura por má qualidade de sono

 

Ter uma boa noite de sono é um desafio para grande parte das pessoas. Porém, quando há noites mal dormidas é facilmente percebido o impacto que ocorre na qualidade de vida. Não dormir bem pode acarretar em diversas doenças e condições que envolvem não só a saúde física, mas também a mental. “O sono é crucial para o nosso desenvolvimento e evolução”, afirma o neurocientista, PhD e biólogo Dr. Fabiano de Abreu.

 

De acordo com ele, o sono está relacionado à longevidade e o organismo precisa de um momento de descanso, que é estimulado pela produção da melatonina. “Se burlamos o ofício da melatonina, estamos desequilibrando todo um sistema bioquímico que pode levar a doenças, envelhecimento precoce e culminar em uma morte prematura”, explica o especialista.

 

O estudo do neurocientista revela que uma pessoa dorme, em média, um terço da sua vida e esta é uma das atividades mais essenciais para a nossa sobrevivência. “Diferentes regiões do SNC regulam os diferentes estágios do sono e da vigília. É importante lembrar que diversos neurotransmissores participam do sistema de alerta, incluindo a histamina, acetilcolina,dopamina, serotonina, noradrenalina e a hipocretina”, detalha.

 

Quando não obtemos uma boa noite de sono, o corpo não consegue energia para realizar atividades do cotidiano e com o tempo, ele também perde a capacidade de concentração e sente efeitos na memória e no humor. “Excessos de noites mal dormidas podem ocasionar alucinações devido aos danos celulares. Quando dormimos a quantidade de dano genético em nossos neurônios reduz e o mau funcionamento celular também”, pontua o especialista.

 

Por isso, o acúmulo de danos genéticos pode levar ao surgimento de doenças neurodegenerativas e desordens neurológicas. “Dormir é mais importante do que se alimentar, é um reset no cérebro, um momento de aprimoração. Quando se dorme o cérebro ainda está ativo, processando as memórias ao longo do dia.  O déficit de sono tem sido associado ao surgimento de diabetes do tipo 2, obesidade, doenças cardiovasculares e depressão”, afirma. “São necessárias de 7 a 8 horas de sono. Há quem pense que compensar o sono resolve, mas não é verdade já que a noite foi feita para dormir e não o dia. Temos a melatonina para o escuro e a serotonina para a luz”, aconselha.

 

Link do estudo: 

https://www.brazilianjournals.com/index.php/BRJD/article/view/26137/20731

 


Prof. Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues - PhD em Neurociências, Mestre em Psicanálise, Doutor e Mestre em Ciências da Saúde nas áreas de Psicologia e Neurociências com formações também em neuropsicologia, licenciatura em biologia e em história, tecnólogo em antropologia, pós graduado em Programação Neurolinguística, Neuroplasticidade, Inteligência Artificial, Neurociência aplicada à Aprendizagem, Psicologia Existencial Humanista e Fenomenológica, MBA, autorrealização, propósito e sentido, Filosofia, Jornalismo, Programação em Python e formação profissional em Nutrição Clínica. Atualmente, é diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito; Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, diretor da MF Press Global, membro da Sociedade Brasileira de Neurociências e da Society for Neuroscience, maior sociedade de neurociências do mundo, nos Estados Unidos. Membro da Mensa International, Intertel e Triple Nine Society (TNS), associações e sociedade de pessoas de alto QI, esta última TNS, a mais restrita do mundo; especialista em estudos sobre comportamento humano e inteligência com mais de 100 estudos publicados.

 

Janeiro Branco: Saúde mental implica em poder existir para além do enlatado que se vende como felicidade

Os dados são alarmantes: Segundo o IBGE, a depressão aumentou em quase 35% nos últimos seis anos. Por esse motivo, campanhas como Janeiro Branco e Setembro Amarelo ganham tanta força.

 

O professor de psicanálise Ronaldo Coelho, da capital paulista, chama a atenção para o caráter individualizante que comumente essas campanhas ganham e o perigo dessa característica. “O sofrimento, muitas vezes, está relacionado a uma tentativa forçosa de se enquadrar em padrões que necessitam sufocar a existência espontânea para caber no enlatado socialmente exposto na prateleira como o ideal. Neste sentido, a nossa história de racismo, machismo, heterogeneidade compulsória e capitalismo definem o que é a existência admirável e que por todos deve ser buscada: qual sua cor de pele, seu peso, quanto ganha, onde mora, como se comporta e como goza.” 

Ronaldo ainda nos alerta que não tem a ver com todos terem o desejo de ser branco, por exemplo, mas sim com uma regra de conduta da existência que diz algo semelhante a: Se você é negro, que tipo de cabelo deve usar, que roupas deve vestir, como deve se portar, que tipo de trabalho deve ter, com quem deve se relacionar e quais desejos deve ter. O que se choca, muitas das vezes com o que a pessoa realmente pode. Nem todos podem ser milionários, terem milhões de seguidores nas redes sociais e uma “vida épica”. 

O discurso que vemos muitos coaches fazerem de que ‘só é necessário querer que você consegue’ leva as pessoas a uma obsessão por se adequarem a um ideal forjado para elas e vendido como se fosse a conquista da real felicidade. “Enquanto não falarmos desses discursos e seus efeitos nas pessoas, bem como das políticas públicas que cada vez mais dificulta a vida das pessoas menos privilegiadas, estaremos contribuindo para esse cenário de aumento vertiginoso de problemas de saúde mental e sentimento de infelicidade nas pessoas. É uma tarefa fácil para a nossa sociedade? Sem sombra de dúvidas, não é! Mas não podemos nos furtar ao trabalho só porque ele é difícil”, completa.

 


Ronaldo Coelho - idealizador e professor do curso Análise do Discurso na Clínica Psicanalítica, que tem por objetivo formar psicólogos e psicanalistas para realizarem uma análise consistente de seus pacientes desde a primeira sessão. Atua como psicanalista em seu consultório particular e mantém o canal Conversa Psi no YouTube.  Graduado em Psicologia (USP) e Mestre em Psicologia Institucional (USP). Foi professor de Psicologia Médica do curso de graduação de Medicina (UNIFESP) e preceptor da Residência Multiprofissional em Saúde (UNIFESP). Trabalhou em hospitais como Hospital São Paulo e Hospital Universitário da USP, onde, além da assistência aos pacientes e familiares, realizava supervisão clínica de atendimentos psicológicos desenvolvidos por estudantes e psicólogos, orientação de pesquisas e aulas em Psicologia Hospitalar.

@ronaldocoelhopsi


Em tempos de Burnout, momentos ociosos podem ser produtivos aos profissionais

 

 

O termo “ócio” é usado para se referir ao “não fazer nada”, não ter atividade nenhuma em alguma circunstância, especialmente do ponto de vista motor. A rigor, não se aplica propriamente aos processos cerebrais, uma vez que o cérebro, tal como outros órgãos do organismo, nunca para de funcionar.

Se estamos pensando em algo especifico, raciocinando ou desenvolvendo alguma ideia ou atividade que demanda concentração, o cérebro está sempre ativo.

 

Quando deixamos de prestar atenção em algo e nos deixamos divagar (mind wandering, divagação ou devaneio da mente), algumas áreas cerebrais específicas são ativadas, constituindo a chamada rede de modo padrão (default mode network). Grosseiramente falando, seria algo como o ponto morto no câmbio do carro: o motor está ligado, mas o carro está parado. Ou seja, não ficamos sem pensar em nada, mas os pensamentos fluem sem foco, sem uma direção especifica.


 

A mente precisa de fôlego ao longo do expediente


O cérebro é programado para funcionar um certo período de tempo, durante o qual estamos acordados. O descanso principal do cérebro ocorre quando dormimos. É quando ele se refaz, organiza e consolida memórias e se prepara para absorver novas informações.

 

No trabalho, estamos constantemente fazendo atividades que exigem muita atenção e concentração, o que resulta em um grande cansaço físico e mental. Daí a importância de fazer pausas. Saia um pouco da frente do computador, dê uma volta, tome um café. Por definição, não é possível forçar o cérebro a entrar em devaneio, uma vez que este é algo espontâneo.

 

Mas, é fundamental distrair a mente no decorrer do expediente. Esses minutos ociosos darão fôlego ao seu cérebro, permitindo que você retome o trabalho com maior disposição. E mais: é possível que alguma ideia criativa surja nestes instantes em que você esteja mais ocioso, já que sua atenção se voltou para outras coisas. 

 

A possibilidade de deixar o cérebro divagar durante o expediente depende muito do tipo de trabalho que o funcionário desempenha. Nem toda atividade demanda criatividade. Pode ser uma tarefa relativamente padronizada, em que não há campo para sair de uma certa direção (como numa linha de montagem, por exemplo).

 

Em geral, quando o foco do profissional consiste justamente na criação, o ideal é que a empresa flexibilize seu sistema de trabalho, dando liberdade ao funcionário para, por exemplo, trabalhar como quiser, desde que entregue o resultado esperado.

 

De qualquer modo, experimente mudar seus hábitos. Só a hora do almoço e os poucos instantes em que você se lembra de ir ao banheiro não contam como momentos vitais de ócio no trabalho.

 

Faça o teste. Tenha pequenas pausas ao longo do dia. Seja para respirar na varanda, esticar o corpo ou tomar uma água. O importante é levantar da cadeira e levar seus pensamentos para longe. Permita que seu cérebro tenha minutos de ociosidade. Você perceberá a diferença ao final do expediente, sem ter a sensação de que carregou uma tonelada nas costas o dia inteiro!

 



 

Monica Machado -  psicóloga pela USP, fundadora da Clínica Ame.C, pós-graduada em Psicanálise e Saúde Mental pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein

 

A pandemia nos fez mais solidários?

Crises costumam ser impulsionadoras da solidariedade. Ao longo dos últimos meses, muitas pessoas se mostraram abertas a olhar para o próximo e, principalmente, despertaram para as necessidades das engrenagens que fazem um sistema de saúde público funcionar. Em meio a tantas dificuldades, se descobriram caminhos possíveis para captar recursos financeiros, e as ações de filantropia tomaram corpo para ajudar a fortalecer a saúde do Brasil. 

Desde a chegada do coronavírus, empresas, ONGs e a sociedade civil doaram cerca de R$ 7 bilhões para causas ligadas à covid-19, de acordo com dados do Monitor de Doações da Associação Brasileira de Captadores de Recursos. Mas o volume de doações não acompanhou o avanço da doença no Brasil. O aprofundamento da crise econômica no país atingiu com força o repasse de recursos pelas empresas, que recuaram com a incerteza que tomou conta dos mercados. Nesse cenário, os movimentos sociais lutam para colocar mais elos na corrente solidária formada em 2020.

Adaptações e aprendizados diários são o caminho para estabelecer novas estratégias. Dentro de um hospital com atendimento 100% do Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo, a busca por recursos é um trabalho extremamente desafiador. Os hospitais filantrópicos padecem com a gestão de seus orçamentos devido à tabela deficitária de pagamentos do SUS. A captação se torna uma necessidade urgente, que começa no relacionamento com parlamentares em busca da destinação de emendas, passa pelo contato com empresas para conseguir patrocínio e chega até as pessoas físicas, que podem destinar uma parte do seu imposto de renda ou simplesmente doar notas fiscais.

A principal ferramenta é sempre a sinceridade. Expor a realidade é importante para o início de qualquer conversa. Contar como funcionam os bastidores do atendimento universal de uma instituição filantrópica e como existem pessoas que se dedicam para a construção desse ideal é uma forma de gerar um despertar altruísta. Mas, apesar das diversas metodologias disponíveis, nem sempre é fácil sensibilizar os decisores da importância que as doações têm para a manutenção de um hospital. Porém, estamos sentindo que a cada dia, sobretudo o setor empresarial, que ainda é o maior desafio, está olhando para a filantropia e entendendo que, quando uma sociedade cresce de forma igualitária, quem ganha somos todos nós.

Não é possível prever o futuro, mas, mesmo assim, é possível traçar táticas para se reinventar e se adequar ao que o novo normal reserva e, dessa forma, garantir sobrevivência no momento atual e também depois. O ano de 2021 foi difícil, mas, ainda assim, foi possível somar várias conquistas. Agora, para 2022, a palavra é esperança de uma recuperação na economia que possibilite um aumento nas doações, melhora na saúde geral da população para desafogar as operações e retomada das atividades presenciais. A quarentena tirou das entidades recursos geralmente obtidos em eventos presenciais, como bazares e brechós. Coube então aos gestores recorrer às vendas por lojas on-line próprias ou de parceiros, para repor parte dessas perdas.

Enfrentar os desafios e expandir o alcance do investimento filantrópico também significa ampliar a disponibilidade de recursos para ações de desenvolvimento de diferentes setores. Essa expansão não é só urgente, como fundamental. A filantropia vai muito além do assistencialismo ou da caridade. Ela realiza mudanças estratégicas e efetivas, servindo como pontapé para alavancar projetos de impacto para a sociedade. Da gripe espanhola à covid-19, as ações filantrópicas tiveram papel importante na promoção da saúde e continuarão a ter. Independentemente das novas doenças que virão, o sistema de saúde precisa ser, acima de tudo, humano. 

O ato de doar faz tão bem para quem doa quanto para quem recebe. O sentimento de pertencimento ao grupo que efetivamente está fazendo algo para construir uma sociedade melhor nos torna pessoas mais empáticas, com uma visão de mundo mais abrangente. O resultado disso é vivermos em um mundo mais aberto ao novo e pacífico, porque, quanto melhor estiver o nosso entorno, melhor todos estaremos. Juntos, podemos cobrar e agir para que nenhum brasileiro perca a vida e deixe seus sonhos e familiares por falta de leito, equipamentos ou empatia.

 


Carolina Piva - gerente de Marketing e Mobilização de Recursos da Saúde do Grupo Marista

 

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