Pesquisar no Blog

quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

Férias com saúde! Especialista indica como manter hábitos de higiene bucal em dia durante o período

Adobe Stoc
Consultora da GUM traz dicas de cuidados com a região durante os dias de descanso


Dezembro chegou e com ele o clima de férias já está no ar. Nessa época do ano, muitos aproveitam o recesso para descansar e fugir um pouco da correria da rotina - o que pode acabar levando ao descuido com alguns hábitos importantes, como a higiene com a cavidade oral.

Porém, o fato de aproveitar o momento não precisa estar associado ao relaxamento com a saúde bucal. Abaixo, Queren Azevedo, consultora da GUM , marca americana de cuidados bucais, separou algumas dicas para manter o sorriso longe dos males que prejudicam a região durante o período. Confira:


• Adapte-se à nova rotina

Durante as férias é bem comum que se tenha uma mudança nos horários de alimentação e, consequentemente, na limpeza dos dentes. Apesar disso, os cuidados com a cavidade precisam continuar como de costume.

Queren destaca que a higiene do sorriso precisa ocorrer por no mínimo 3 vezes ao dia, após cada refeição. "Escova de dentes e creme e fio dental são itens básicos que precisam ser levados aos momentos de passeios, para que não haja o descuido com a região", informa.


• Atenção ao consumo das bebidas alcoólicas

Durante o final de ano e o período de recesso, usualmente ocorre o aumento da ingestão de bebidas alcoólicas, devido ao clima de comemoração de Natal e Ano Novo. Mas a especialista reforça: é preciso tomar cuidado. O álcool reduz a quantidade de saliva na boca, o que pode causar halitose e a proliferação de bactérias causadoras de doenças como a cárie. "O mais indicado é sempre intercalar os drinks com um copo d’água para manter a boca e o corpo hidratados. E, claro, caprichar na limpeza depois", aponta.


• Maneire na alimentação

Também não é incomum que as pessoas flexibilizem a dieta e acabem aumentando o consumo de alimentos açucarados e industrializados. Segundo a consultora, a acidez e açúcares presentes neles desgastam o esmalte dos dentes, os deixando mais sensíveis, facilitando assim o acúmulo de bactérias causadoras de cáries e inflamações na gengiva. "Sendo assim, é necessário prestar atenção quanto à quantidade ingerida e sempre escovar os dentes e passar o fio dental após as refeições", destaca.


• Cuidado redobrado em casos de tratamentos ortodônticos

A flexibilização na rotina não deve ser aplicada nos hábitos diários com os dentes - principalmente para àqueles que usam aparelhos fixos ou móveis. A expert informa que com o uso desses alinhadores do sorriso, o processo de higienização já é naturalmente mais complicado, e a placa é acumulada mais facilmente, e se negligenciado, pode acarretar em complicações indesejadas, como cárie e gengivite.

Além disso, mau uso e descuido com aparelhos móveis pode acarretar na quebra ou deformação do item, o que pode comprometer o tratamento. "Nesses casos, o recomendado é guardar o aparelho quebrado, para que o ortodontista possa avaliar a possibilidade de recuperá-lo", comenta.

 

DEZEMBRO LARANJA: COMBATE E PREVENÇÃO DO CÂNCER DE PELE

Dr. Amilton Macedo, dermatologista explica o que é e como prevenir o câncer de pele


 

Quando a estação mais quente do ano chega os cuidados com a pele devem ser redobrados, já que os raios solares podem deixar a pele mais sensível e ressecada, além de causar doenças mais graves na pele. Mas isso tem um motivo, é nesta época do ano que os raios UVA são mais intensos, o que faz com que os casos de doenças de pele como o câncer possam aumentar. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil, representa 27% de todos os cânceres e um terço de todos os tumores malignos registrados no país, segundo dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

 

Para estimular a população na prevenção e no diagnóstico do câncer de pele, o movimento de conscientização da doença, o “Dezembro Laranja”, que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção à doença, visa conscientizar a população sobre  a importância de proteger a pele no verão.  “A Campanha Dezembro Laranja visa alertar sobre os riscos da doença,   que representa  177 mil novos casos da doença por ano, segundo pesquisa realizada pelo Instituto do Câncer (INCA)”, explica o Dr. Amilton Macedo, médico dermatologista que atua na área de medicina preventiva há mais de 28 anos e é responsável pela saúde da pele de nomes como Ana Hickmann, Izabel Goulart, Fiuk, Julia Konrad, entre outros. 

 

“A doença que é causada pelo excesso de exposição aos raios ultravioletas do sol e falta de cuidados com a proteção da pele, são frequentes em pessoas de pele clara, com baixa imunidade, acima dos 40 anos ou com histórico da doença na família. As pintas, manchas, eczemas e descamações da pele que são sinais recorrentes da doença podem aparecer em áreas do corpo que ficam mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas”, alerta o especialista.

 

Segundo o especialista, os tipos mais comuns de câncer de pele são o Carcinoma basocelular que corresponde a cerca de 70% dos casos ,  se manifestando por lesões peroladas, brilhantes ou escurecidas que crescem lentamente e sangram com facilidade, o Carcinoma espinocelular que representa mais ou menos 20% da doença,  apresentando lesões verrucosas ou feridas que não cicatrizam, gerando dores e sangramentos, e o câncer de pele melanoma que equivale a menos de 5% dos casos, no entanto é o mais grave, pois  pode provocar metástase rapidamente. O melanoma se inicia com pintas ou manchas escuras que crescem e mudam de cor e formato rapidamente

 

"Em cada caso de câncer de pele é necessário um tipo de tratamento, desde procedimentos cirúrgicos até a terapia fotodinâmica que se utiliza cremes fotossensíveis posteriores à aplicação de uma fonte de luz. Existem as opções criocirúrgicas que são o congelamento dos tumores menores por nitrogênio e a imunoterapia, no qual o próprio organismo elimina as células cancerígenas”, explica Amilton Macedo.

 

Segundo o dermatologista,  a prevenção é a melhor opção para evitar e detectar o câncer de pele cedo. “Utilize sempre protetor solar mesmo em dias nublados, o uso de bonés, chapéus, óculos de  sol  são essenciais, assim como evitar exposição solar entre 10h e 16h. Quem possui tatuagens  deve ter cuidados redobrados, pois as tintas escuras usadas  podem encobrir possíveis lesões precursoras do câncer de pele. Fique atento a sua pele e qualquer mancha ou sinal diferente,  procure seu dermatologista”, orienta Amilton  Macedo. 

 

Verão x Saúde Vascular

 Dor nas pernas, sensação de peso e inchaço: o que fazer para evitar esses sintomas desconfortáveis causados pelas altas temperaturas?

Especialista dá dicas para manter a saúde do sistema circulatório durante os dias quentes do Verão 


            Amada por muitos, mas odiada por outros tantos, fato é que a estação mais quente do ano está aí. E, como sabemos, o Verão em países tropicais como o Brasil não é mole, na maioria das regiões os termômetros disparam, e temperaturas acima dos 25 ou 30 graus são bastante comuns por aqui e em alguns locais chegam até a ultrapassar os 40 graus!

            Já está com calor só de pensar? Pois se o verão trás alegria, sol, praia, piscina e muita curtição, para muitas pessoas é um período de sofrimento e constantes mal-estares. Isso por conta dos sintomas como cansaço excessivo e inchaço no corpo, em especial nas pernas e nas mãos. Quem nunca percebeu que durante os dias mais quentes os anéis ficam apertados ou aquele sapato incomoda mais? 

            De acordo com o médico vascular, doutor Gustavo Marcatto o excesso de calor é um inimigo bastante perigoso para a circulação sanguínea. Estudos da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular, realizados em anos anteriores, mostraram que as doenças vasculares aumentam, em média, 30% durante o Verão.  

“Nesta época do ano há um aumento considerável nos problemas vasculares. Os pacientes chegam ao consultório se queixando de cansaço, inchaço e peso nas pernas. Isso acontece porque há uma dilatação maior das veias e vasos sanguíneos, para regular a temperatura do organismo, e há uma sobrecarga no sistema circulatório. O sangue acumula, principalmente nas extremidades do corpo, e a circulação torna-se mais lenta, levando, consequentemente, ao inchaço de pernas, pés e das mãos”, explica Gustavo. 


Cuidados para um Verão saudável

            Mas o que fazer para que esses sintomas não aconteçam ou tornem-se mais suaves para poder curtir o verão numa boa e sem incômodos? 

            De acordo com o especialista em saúde vascular, o mais importante é a hidratação, que nos dias mais quentes torna-se ainda mais essencial. “É importantíssimo que as pessoas tenham em mente que a ingestão de líquidos deve ser redobrada com as altas temperaturas. A falta de hidratação é um dos fatores que mais prejudica o sistema circulatório”, pontua o médico. 

            Outra dica é se movimentar mais para estimular a circulação e evitar permanecer longos períodos na mesma posição. “É importante fazer, pelo menos, uma caminhada leve, em horários em que as temperaturas estejam mais baixas. Exercícios de força, como musculação, de forma regular e com a orientação de profissionais, também ajudam a diminuir o inchaço das pernas”, aconselha doutor. Gustavo.

            Ele ainda acrescenta que elevar um pouco as pernas, principalmente no final do dia, também é indicado para aliviar o cansaço e o inchaço.

            Outro ponto a se levar em consideração é: sal em excesso nunca é uma boa pedida para a saúde, e no Verão é ainda pior, pois causa mais retenção de líquidos e, consequentemente, o inchaço. 

            E se mesmo com esses cuidados o inchaço e o cansaço, típicos do Verão, não cederem, o ideal é procurar a ajuda de um médico vascular que vai orientar sobre o melhor tratamento. “É bom lembrar que a dilatação das veias e vasos pode levar a quadros graves de varizes e até tromboses. Por isso é importante buscar uma ajuda médica, caso o inchaço e a sensação de peso nas pernas persistam”, pontua o profissional. 

 

Anormalidades cerebrovasculares na doença de Alzheimer: uma abordagem adrenérgica

 A Aging-US publicou um artigo intitulado Envolvimento de anomalias cerebrovasculares na patogênese e progressão da doença de Alzheimer: uma abordagem adrenérgica, que relatou que a doença de Alzheimer, como a doença neurodegenerativa mais comum na população idosa, é patologicamente caracterizada por placas β-amilóides, emaranhados neurofibrilares composto de proteína tau altamente fosforilada e, conseqüentemente, neurodegeneração progressiva.

Linhas crescentes de evidência de estudos clínicos e pré-clínicos indicaram que disfunções cerebrovasculares relacionadas à idade, incluindo as mudanças na microestrutura cerebrovascular, integridade da barreira hematoencefálica, reatividade cerebrovascular e fluxo sanguíneo cerebral, acompanham ou mesmo precedem o desenvolvimento de patologias semelhantes à doença.

Nesta revisão, os autores fornecem uma avaliação das alterações cerebrovasculares no Alzheimer e a relação com o comprometimento cognitivo e as patologias da doença. Além disso, os mecanismos adrenérgicos que levam a doenças cerebrovasculares e ao alzheimer foram discutidos mais detalhadamente.

O Dr. Song Li e o Dr. Jun Tan, de Chinare, relatam que "a doença é a forma mais comum de doença neurodegenerativa na população idosa em todo o mundo."

Estima-se que, em 2060, o número de pacientes americanos com 65 anos ou mais, pode aumentar de 6,2 milhões para 13,8 milhões. O Alzheimer é clinicamente caracterizado como declínio cognitivo e manifestações psiquiátricas. É uma doença neurodegenerativa progressiva que pode começar décadas antes do aparecimento dos sintomas clínicos. Embora vários mecanismos patológicos tenham sido identificados, os autores acreditam que nenhuma terapêutica satisfatoriamente eficaz foi desenvolvida. Recentemente, as disfunções cerebrovasculares, como uma possível causa no desenvolvimento e progressão da enfermidade esporádica, têm ganhado cada vez mais atenção.

Descobertas recentes destacaram ainda mais a prevalência de distúrbios cerebrovasculares em pacientes com síndrome de Down e adicionadas a um crescente corpo de evidências que implicam anormalidades cerebrovasculares como uma característica central da doença em vez de uma simples comorbidade.

Além disso, o sistema adrenérgico, incluindo os receptores / β adrenérgicos e seu processo de sinalização molecular a jusante, pode servir como a abordagem chave para modular essas anormalidades cerebrovasculares e neuro degeneração progressiva.

A Equipe de Pesquisa Li / Tan concluiu que o aumento das linhas de evidência de estudos pré-clínicos ou clínicos revelaram que as alterações vasculares cerebrais durante os estágios iniciais podem contribuir para a patogênese e progressão da doença. A avaliação vascular cerebral pode fornecer ferramentas promissoras para o diagnóstico precoce e a remodelação vascular cerebral pode trazer benefícios para a terapia contra a doença.

 


Rubens de Fraga Júnior - professor titular da disciplina de gerontologia da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná. Médico especialista em geriatria e gerontologia pela SBGG.

 

Fonte: Song Li et al, Involvement of cerebrovascular abnormalities in the pathogenesis and progression of Alzheimer's disease: an adrenergic approach, Aging (2021). DOI: 10.18632/aging.203482


Informação e Violência Obstétrica

Conhecer seus direitos e todas as etapas do parto ajudam a gestante a lutar contra os abusos cometidos durante o pré-Natal, o parto, aborto ou pós-parto


O Brasil vem lutando há anos contra a misoginia, mas de um tempo pra cá, um tema que antes era considerado rotina, veio à tona como denúncia para ser debatido e combatido: a violência obstétrica. "Violência obstétrica é quando o processo fisiológico do parto se torna excessivamente medicalizado, quando a mulher não é respeitada física, psicológica e verbalmente. Quando se ultrapassam as recomendações científicas tanto em relação à assistência ao pré-natal quanto ao parto, através de uso exagerado de tecnologia em desrespeito ao processo fisiológico", explica a enfermeira obstetra Cinthia Calsinski.

São muitas as formas de manifestação do problema, que pode ocorrer no pré-natal, no parto ou no aborto:

- Física: a gestante é agredida fisicamente, é amarrada à maca, lhe aplicam ocitocina para estimular as contrações uterinas, aumentando o sofrimento materno, realizam episiotomia de rotina, usam fórceps de forma desnecessária, realização de toques indesejados ou feitos por múltiplos profissionais sem que eles se apresentem, entre outros.

-Psicológica: ameaças, chacotas, tortura psicológica, ofensas, piadas e todo tipo de humilhação à gestante. Também é violência obstétrica psicológica coagir a gestante a agendar a cesárea e negar informações sobre sua saúde e a do bebê.

- Institucional: quando o hospital recusa atendimento, impede a mulher de ter seus direitos realizados - seja no ambiente público ou privado, como negar acesso a um acompanhante.

- Sexual: insinuações, cantadas, "ponto do marido", comentários e chacotas quanto ao ato que engravidou a mulher, laqueadura sem consentimento.

"Todas essas situações são muito graves e passíveis de punição. Mas, para que isso ocorra, a mulher precisa saber reconhecer seus direitos e as situações de violência obstétrica", orienta Cinthia.

As denúncias podem ser feitas por meio do telefone 180 (Secretaria de Políticas para Mulheres), 136 (para denunciar hospitais públicos ou conveniados ao SUS para o Ministério da Saúde), para a ouvidoria da instituição, caso seja privada, ou para o 0800-701-9656 (ANS).

"O que não pode ocorrer é a mulher sofrer a violência obstétrica e se calar. Somente com a denúncia, a educação e a informação é que poderemos dar fim a este problema", conclui a enfermeira obstetra.

 

Cinthia Calsinski - Enfermeira Obstetra • Enfermeira Graduada pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Mestre em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Doutora em Enfermagem pela Universidade Federal de São Paulo-Unifesp • Enfermeira Obstetra pelo Centro Universitário São Camilo • Consultora do Sono Materno-Infantil formada pelo International Maternity e Parenting Institute (IMPI)

 

A Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV) registra 60 casos de trombose ao ano - a cada 100.000 habitantes.

As longas horas viajando de carro, ônibus ou avião pode colaborar com o surgimento de trombose venosa profunda, uma vez que a pressão venosa aumenta quando estamos parados pela diminuição da drenagem venosa da panturrilha. As meias elásticas podem ser a solução para evitar as varizes e melhorar a circulação no período.


Durante o período de férias a circulação pode ficar comprometida por conta do tempo em que os viajantes passam na mesma posição. Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular de SP, explica que passar longas horas viajando de carro, ônibus ou avião pode colaborar com o surgimento de trombose venosa profunda, uma vez que a pressão venosa aumenta quando estamos parados pela diminuição da drenagem venosa da panturrilha.

"Quando estamos nessa posição, as pernas ficam paradas para baixo, favorecendo o edema por redução do fluxo venoso, podendo levar a um quadro de oclusão venosa (trombose venosa) que levará a insuficiência venosa crônica e surgimento de varizes a médio prazo", diz o médico.

Mais comum em mulheres (acometem elas na proporção de 4 para cada homem), os problemas vasculares costumam ser predispostos pela hereditariedade, idade, raça, obesidade, gestação, uso de anticoncepcionais e, claro, pela postura. A doença, todavia tem tratamento e pode ser prevenido. No caso das viagens, além de fazer uso de medicamentos - se necessário - também é possível usar meias elásticas para ajudar no retorno venoso dos membros inferiores e, preferencialmente, fazer algumas pausas durante o percurso para se movimentar (no caso do transporte aéreo, vale dar uma voltinha pela aeronave) e, assim, ajudar a manter a saúde e a beleza das pernas.

 

Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten - Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.


Dezembro Vermelho: diagnóstico precoce ajuda no controle do HIV

Infectologista fala sobre a importância da prevenção ao vírus da Aids


As inúmeras infecções oportunistas causadas por vírus, bactérias, protozoários e fungos, são os principais perigos para pacientes com a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida - Aids, doença causada pelo vírus HIV. Para os cerca de 38 milhões de brasileiros que, de acordo com o UNAIDS - programa das Nações Unidas em combate ao HIV/AIDS), convivem com o vírus, são extremamente necessários os tratamentos e os cuidados constantes com a saúde.

Segundo a infectologista Dra. Flávia Maciel Porto,membro da plataforma Doctoralia, o diagnóstico precoce é muito importante para o tratamento da doença. "A Aids, a doença causada pelo vírus do HIV, demora de 5 a 10 anos para se manifestar e, em sua maioria, HIV positivos são assintomáticos", afirma.

Além disso, a vergonha de procurar ajuda médica o mais rápido possível pode comprometer a vida de muitas pessoas que, sem amparo profissional, convivem com a doença e podem não saber. Por isso, se o paciente passou por uma situação de risco, como ter feito sexo desprotegido ou compartilhado seringas, é vital que se faça o teste anti-HIV. No Brasil, os exames laboratoriais e os testes rápidos, que detectam os anticorpos contra o HIV levam cerca de 30 minutos e são realizados gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), nas unidades da rede pública e nos Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA).

A especialista ainda alerta que, "o HIV e outras infecções de transmissão sexual podem acontecer em qualquer indivíduo que faz sexo sem preservativo. Não tem relação com cor, raça ou gênero. Se a pessoa inicia o tratamento rapidamente, ela não desenvolve a doença e, consequentemente, controla a replicação do vírus no organismo e sua transmissão."

 

Doctoralia

 

Dezembro Laranja: campanha faz alerta para o câncer de maior incidência no Brasil


No último mês do ano, a área da saúde volta sua atenção para o tumor de maior incidência no Brasil, o câncer de pele. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), até o final de 2020, estima-se em média 181 mil novos casos, sendo que, deste total, 5.670 mil correspondem a novos casos de melanoma. A exposição solar excessiva, sem proteção, pode provocar alterações celulares, levando ao desenvolvimento de câncer de pele. "Pessoas de pele clara, com pintas e manchas, idosos, quem se expôs muito ao sol e quem tem histórico de câncer de pele na família estão mais propensos a desenvolver a doença", explica o oncologista do Instituto do Câncer de Brasília, Caio Neves

Caio destaca que o diagnóstico precoce é fundamental a cura da doença. "Em relação ao melanoma, conseguimos curar mais de 90% dos casos, desde que ele seja diagnosticado e tratado no início. Depois que ele aprofunda na pele, fica mais difícil. E o câncer não melanoma é uma ferida que vai crescendo, estendendo-se cada dia mais, e se você tira ela no início, ela não cresce mais e acabou, está curado", afirma.

Como se prevenir

Procurar evitar a exposição excessiva à radiação solar, composta pelos raios UVB (responsável pela queimadura avermelhada da pele) e UVA (ultravioleta), principalmente entre 10h e 16h, é uma das recomendações. "A radiação UVA penetra profundamente na pele e é a principal responsável pelo câncer da pele. Sua intensidade varia pouco ao longo do dia, sendo intensa não somente em dias de sol, mas também com o céu nublado, por isso é fundamental utilizar protetor solar diariamente. Quem tem tatuagem deve redobrar os cuidados, pois as tintas escuras usadas nas imagens podem encobrir possíveis lesões precursoras do câncer de pele. O melanoma, por exemplo, possui uma alteração celular com muito pigmento, assim como as tatuagens, dificultando a análise da estrutura celular durante os exames patológicos", conta.

Adotar medidas simples de proteção como o uso de filtro solar, boné, chapéu, além do cuidado com o excesso de exposição solar, não excluí a importância do acompanhamento anual e periódico com um dermatologista. "A consulta com um dermatologista é essencial para o monitoramento de manchas, pintas e sinais que podem identificar o câncer de pele. Existem regiões do corpo em que a pessoa sozinha não consegue visualizar", alerta o especialista.

 

ICB - Instituto de Câncer de Brasília

 

Descoberta mutação genética que contribui para o surgimento da leucemia aguda grave em crianças

Pesquisa realizada por brasileiros e portugueses demonstrou que alteração no gene que produz a proteína IL-7R contribui para o desencadeamento desse tipo de leucemia. Achado abre caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos para a doença 

 

Pesquisadores brasileiros portugueses descobriram que um tipo agressivo de leucemia linfoide aguda (LLA), câncer mais comum em crianças, é provocada, em parte, por uma mutação no gene que produz uma proteína envolvida com a imunidade (IL-7R). Um achado importante, pois, a partir da identificação dessas alterações, poderão ter início estudos específicos para melhorar o tratamento da LLA a partir daí.


O estudo publicado na revista Nature Communications foi liderado pelo pesquisador Andrés Yunes, do Centro Infantil Boldrini, o CPB, (Brasil), e pelo pesquisador João T. Barata, do Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes (iMM), de Portugal. A descoberta é resultado de uma chamada da FAPESP em parceria a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), de Portugal.

 

O caminho da Descoberta:

 

“A partir de modelo animal desenvolvido no Brasil, observamos que a ativação contínua da função da proteína IL-7R, mesmo que em níveis fisiológicos de sua expressão, desencadeia a proliferação exagerada de leucócitos (glóbulos brancos) da família dos linfócitos, tornando mais propício o aparecimento da leucemia aguda grave. O achado é importante pois, tendo um maior entendimento no nível molecular da doença é possível propor novos tratamentos, principalmente para os casos de recidiva ou que o tratamento não funciona”, afirma José Andrés Yunes, pesquisador do Centro Infantil Boldrini e autor do estudo.


De acordo com a pesquisa, a mutação no gene produtor da IL-7R, além de contribuir para o surgimento da leucemia, também estimula novas mutações em outros genes – como o PAX5 e KRAS – que fazem com que a doença progrida.


“A mutação do IL-7R não é suficiente para originar a leucemia. Existem outros genes que também estão envolvidos na doença. Para que a leucemia ocorra são necessárias outras mutações, que colaborem com o IL-7R para interromper o programa de diferenciação celular e para fazer com que as células continuem proliferando de maneira exagerada e sobrevivendo”, explica Yunes.


A leucemia linfoide aguda (LLA) consiste na proliferação exagerada de células progenitoras dos linfócitos B. Atualmente as terapias convencionais, como a quimioterapia, são eficazes em até 90% dos casos. Mas são tratamentos difíceis de serem realizados e a média de cura no Brasil está entre 40% e 50%. “A leucemia desenvolvida nos camundongos assemelha-se a um subtipo da doença denominado Ph-like, que é um tipo mais agressivo de LLA, e acomete tanto crianças quanto adultos, mas é mais frequente nos adolescentes e adultos jovens”, explica Dra. Silvia Brandalise, médica presidente do Centro Infantil Boldrini.


O nome é Ph-like porque esse tipo de LLA apresenta um padrão de expressão gênica típico da LLA ph+, que é uma leucemia caracterizada pela presença do cromossomo Philadelphia (ph) resultante da translocação t(9;22). Assim como a LLA ph+, as LLA ph-like apresentam hiperativação de circuitos intracelulares comandados por proteínas tirosina quinase, que é o que o IL-7R acaba ativando também.


“Trabalhamos em colaboração já há alguns anos com os pesquisadores de Portugal. No estudo, produzimos dois modelos de camundongo, mas o nosso se mostrou mais eficiente para a pesquisa e o entendimento da oncogênese. Esse modelo experimental poderá agora ser utilizado em novos estudos sobre a doença”, afirma Yunes. As células costumam controlar a produção da IL-7R, de modo a evitar a ativação descontrolada do mesmo. Isso se dá principalmente pelo controle ao nível da transcrição, que é quando o gene é transcrito em um RNA mensageiro. Os pesquisadores do Boldrini desenvolveram modelo de camundongo transgênico que simulava a mutação no gene IL-7R sem, contudo, alterar o controle transcricional do mesmo. Ou seja, a proteína IL-7R mutante continuou sendo produzida nos mesmos estágios da maturação do linfócito e com a mesma intensidade. Assim, o efeito da mutação pode ser avaliado em níveis fisiológicos normais. ”Era um modelo que envolvia maior risco de não funcionar, porém é o que espelha melhor aquilo que ocorre em humanos”.


Depois de analisar como a doença era ativada nos animais, as duas equipes realizaram estudos do sequenciamento genômico nas células leucêmicas para identificar quais outros genes estavam alterados. Em Portugal, os pesquisadores também realizaram o sequenciamento das células pré-leucêmicas também. Foram realizadas análises no exoma – parte do genoma onde ficam os genes codificadores de proteína e, portanto, onde há mais chance de ocorrerem mutações causadoras de doenças. Por último todos os dados foram analisados conjuntamente.


“Em Portugal foram testadas algumas drogas que inibem as atividades moleculares do IL-7R. Foram realizados estudos com painéis de fármacos que poderão, no futuro, serem testados em animais e depois em humanos até que se comprove a sua efetividade. De qualquer forma, são achados importantes pois permitem também identificar o tratamento mais indicado para cada paciente a partir da identificação dessas alterações”, afirma Mayara Euzebio, doutoranda na UNICAMP que atua no CPB..


Foram encontradas drogas que inibem os efeitos moleculares do IL-7R.  "Esses achados são importantes para melhorar e personalizar os tratamentos atuais disponíveis para leucemia linfoblástica aguda, de acordo com a presença de alterações nessas moléculas em pacientes", acrescenta Juliana Corrêa, doutoranda da UNICAMP e que também atua no CPB.

Vale lembrar que atualmente a quimioterapia é eficiente em mais de 80% dos casos em crianças. "É importante encontrar novas estratégias terapêuticas para melhorar a eficácia dos tratamentos atuais e reduzir a probabilidade de efeitos secundários”, finaliza Yunes.

 

O estudo foi realizado no Centro Infantil Boldrini (Brazil) e iMM (Portugal) em colaboração com Institut Curie (France), Saint-Louis Hospital and Research Institute (France), St. Jude Children's Research Hospital (US), Trinity College Dublin (Ireland), Strathclyde Institute of Pharmacy and Biomedical Sciences (UK), CEDOC and UCIBIO (Portugal). This work was funded by a joint initiative by the Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT, Portugal). European Research Council (ERC) e American Lebanese Syrian Associated Charities of St Jude Children’s Research Hospital.

  

 

PUBLICADO PELA NATURE

 

*Afonso R. M. Almeida, João L. Neto, Ana Cachucho, Mayara Euzébio, Xiangyu Meng, Rathana Kim, Marta B. Fernandes, Beatriz Raposo, Mariana L. Oliveira, Daniel Ribeiro, Rita Fragoso, Priscila P. Zenatti, Tiago Soares, Mafalda R. de Matos, Juliana Ronchi Corrêa, Mafalda Duque, Kathryn G. Roberts, Zhaohui Gu, Chunxu Qu, Clara Pereira, Susan Pyne, Nigel J. Pyne, Vasco M. Barreto, Isabelle Bernard-Pierrot, Emannuelle Clappier, Charles G. Mullighan, Ana R. Grosso, J. Andrés Yunes and João T. Barata. (2021) Interleukin-7 receptor α mutational activation can initiate precursor B-cell acute lymphoblastic leukemia. Nature Communications.

 

A IMPORTÂNCIA DO PARTO CONFORTÁVEL PARA A GESTANTE

Dicas que toda grávida precisa saber para receber atendimento ideal na hora de dar à luz

 

A gravidez é um momento único na vida da gestante. Um momento carregado de emoção, mas também de muitas angústias e medos. Para tornar esse momento ainda mais confiável e, principalmente, confortável, carregado de afeto e boas lembranças são necessários alguns cuidados.

Diante de tanta violência obstétrica, a ginecologista e obstetra, Dra. Elis Nogueira, separou algumas dicas valiosas para diminuir as sequelas físicas e psicológicas deixadas por alguns profissionais, que não respeitam esse momento tão mágico que é o nascimento de um bebê.

Em primeiro lugar, a grávida, junto com seus médicos de confiança, deve ser ouvida, entender tipos de parto, todas as suas possibilidades e as consequências de cada escolha. O mais importante, é ter um pré-natal que traga as considerações da saúde da gestante e do bebê, para, assim, ter segurança na hora de decisão, tanto a grávida quanto os médicos.

Para um parto confortável, a mulher precisa sentir segurança em todos os procedimentos e ter ao lado uma equipe que saiba das suas escolhas para que todas as decisões não sejam vistas, nem sentidas, como uma violação de seu corpo.

Abaixo, detalhes importantes que devem ser levados em consideração em todos os tipos de partos:

 

•             Acompanhante durante o trabalho de parto e o nascimento. É importante que se a grávida quiser, ela tenha o direito de escolher pelo menos um acompanhante durante o parto.

 

•             Respeito à mãe. Durante o parto, devem ser respeitadas: escolhas, dignidade, confidencialidade e privacidade da gestante.

 

•             Afeto. Toda a equipe médica ou os envolvidos em um parto devem informar de forma clara à parturiente todos os procedimentos que serão feitos, bem como ouvir e considerar suas escolhas.

 

•             Contato. Assim que o bebê nascer, a indicação é que ele deve ser entregue à mãe para que tenham contato pele a pele. O bebê e a mãe saudáveis não devem ser separados durante os primeiros dias de vida

 

•             Amamentação. Logo após o nascimento, deve ser estimulado que o bebê seja amamentado pela mãe, o quanto antes.

 

•             Técnicas de relaxamento. Se a grávida quiser, ela deve ter contato com elementos que tragam relaxamento para ela como massagens, música e incentivar técnicas de respiração para que a dor seja menor.

 

•             Respeitar a melhor posição para mulher. Se o parto for natural, ela deve escolher a posição em que se sente mais confortável para dar à luz.

 

Dra Elis Nogueira - Ginecologista e Obstetra. É membro da SOGESP (Sociedade de Obstetrícia e Ginecologia do Estado de São Paulo), APM (Associação Paulista de Medicina) e FEBRASGO (Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia). Faz parte do corpo clínico dos hospitais Albert Einstein, São Luís Itaim, Sírio Libanês , Santa Catarina, São Luís Morumbi, Oswaldo Cruz, ProMatre, Santa Joana entre outros.

 

Variante gama provocou mais mortes de mulheres e jovens no Amazonas, conclui estudo


Um estudo de pesquisadores brasileiros publicado na revista The Lancet Regional Health identificou que, após a introdução da variante gama do vírus SARS-CoV-2 no Amazonas, a participação de jovens e mulheres entre casos graves e mortes por Covid-19 aumentou. De acordo com os cientistas, houve uma maior incidência e aumento na proporção de casos entre jovens; aumento na proporção de mulheres entre os casos graves; e crescimento na taxa de mortalidade em pessoas de 20 a 59 anos hospitalizadas de ambos os sexos.

 

A pesquisa foi feita por epidemiologistas do Instituto Butantan, da Faculdade de Medicina São Leopoldo Mandic de Campinas, da Universidade Federal do Ceará, do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, da Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas e da Faculdade de Medicina do Centro Universitário Christus, e analisou o perfil de mortalidade e letalidade em pacientes hospitalizados por Covid-19 antes e depois da intensificação da circulação da P.1 no Amazonas.

 

A variante gama surgiu em novembro de 2020 em Manaus e se tornou a principal variante no território brasileiro dois meses depois. Os pesquisadores analisaram dados do Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe, plataforma que também registra casos e óbitos relacionados à Covid-19, e compararam dois períodos de pico de casos no Amazonas: entre abril e maio de 2020 (46.342 casos e 3.094 mortes), e janeiro de 2021 (61.273 casos e 3.664 mortes), quando predominou a variante gama.


As análises mostraram que a proporção de mortes em mulheres aumentou de 34% (1.051) na primeira onda para 47% (1.724) na segunda onda. Também houve aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave em mulheres – de 40% (2.709 de 6.816 casos) para 47% (2.898 de 6.142), respectivamente. 


Além disso, o índice de mortalidade em pessoas hospitalizadas entre 20 e 39 anos na segunda onda foi 2,7 vezes o observado na primeira onda. A média de idade entre os óbitos por Covid-19 era de 69 anos entre abril e maio de 2020 e, em janeiro de 2021, de 65 anos. 

 

Outro fator observado foi o aumento de casos graves e mortes em pacientes sem comorbidades: de 43% e 31% na primeira onda, respectivamente, para 56% e 50% na segunda.


Segundo uma das colaboradoras da pesquisa, Eliana Nogueira Castro de Barros, gerente de epidemiologia do Centro de Farmacovigilância, Segurança Clínica e Gestão de Risco do Butantan, as mudanças observadas no padrão epidemiológico indicam que a variante gama apresenta uma diferença significativa no perfil de virulência e patogenicidade em relação à cepa original de Wuhan.

 

Para compreender as razões dessas diferenças, Eliana afirma que são necessários mais estudos específicos feitos diretamente com esses grupos em comparação com outros. “Assim seria possível entender se esses fatores podem ter sido atribuídos a aspectos individuais, biológicos ou comportamentais”, explica.

 

O artigo também cita um estudo anterior feito pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) que mostrou que a variante gama seria 1,4 a 2,2 vezes mais transmissível do que as demais cepas, o que explicaria a rápida piora da situação epidemiológica no Amazonas na segunda onda.

 


Monitoramento da variante ômicron


Eliana Barros reforça que sua equipe está monitorando os indicadores epidemiológicos a fim de observar alguma mudança de padrão com a introdução da nova variante ômicron. “Para esta cepa, existe uma preocupação adicional devido ao maior número de mutações. Da mesma forma que aconteceu para as demais variantes, os perfis clínico e epidemiológico dos casos devem ser sempre monitorados com atenção para que os serviços possam se organizar para potenciais alterações com impacto nos diferentes setores da saúde”, aponta a gerente de epidemiologia.

Estudos atestam eficácia da CoronaVac contra as variantes delta, alfa e gama.

 

Uma série de evidências científicas já demonstraram que a CoronaVac, vacina do Butantan e da Sinovac, é capaz de combater as variantes do SARS-CoV-2. Um estudo chileno publicado na revista Frontiers of Immunology indicou que os indicadores de anticorpos neutralizantes gerados pelo imunizante foram acima de 97% contra a cepa original do vírus, acima de 80% contra as variantes alfa e gama e acima de 75% contra a variante delta. Para chegar a esse resultado, os cientistas coletaram amostras de participantes do ensaio clínico de fase 3 que foram imunizados com a CoronaVac no Chile.

 

Outro estudo publicado na plataforma de preprints MedRxiv conduzido no Brasil mostrou que a CoronaVac foi capaz de prevenir infecções pela variante gama em idosos com mais de 70 anos. A eficácia da vacina contra hospitalizações foi de 59%, e contra mortes, de 71,4%. O indicador variou com o aumento de idade: entre os indivíduos com idade de 70 a 74 anos, a eficácia foi de 61,8% contra a doença sintomática, de 80,1% contra hospitalizações e de 86% contra mortes. 

Além disso, uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade da República, de Montevidéu, apontou que as populações dos países do sul da América do Sul estão mais protegidas contra as variantes regionais gama e lambda do vírus SARS-CoV-2, devido à imunização com a vacina de vírus inativado CoronaVac. Os resultados mostram que o uso generalizado do imunizante nessas regiões preveniu as formas graves da Covid-19 e conteve a disseminação das variantes regionais altamente transmissíveis. No Chile, 70% das vacinas aplicadas correspondem à CoronaVac; no Uruguai, 60%; no Brasil, 35%..

 

Fim de ano: como celebrar datas em segurança e diminuir riscos de contágio da covid-19

Cuidados como uso constante de máscaras devem ser mantidos no Natal e Ano Novo
Créditos: envato

Uso de máscaras, limitar número de pessoas e espaços abertos são algumas dicas de especialistas

 

Após quase dois anos do início da pandemia, já é de conhecimento de todos como utilizar corretamente a máscara, o álcool em gel, assim como lavar as mãos e que é preciso evitar aglomerações. Com o avanço da vacinação e a diminuição dos casos ativos, o retorno de eventos com maior número de pessoas foi liberado em todo o país. Mesmo assim, o período de férias e fim de ano preocupam especialistas em relação ao possível aumento no número de casos. 

“O ideal é que as pessoas procurem fazer as comemorações ao ar livre, continuem higienizando as mãos, não compartilhem objetos, só tirem a máscara no momento da alimentação e, se possível, só se sentem próximas ao seu núcleo domiciliar”, explica a médica infectologista do Hospital Marcelino Champagnat, Camila Ahrens. “E em caso de qualquer suspeita, ficar em casa”, acrescenta.


Orientações

Para reforçar, confira algumas dicas para celebrar em segurança e diminuir os riscos de contágio:

1) Dê preferência a locais abertos ou bem ventilados. Evite o uso do ar-condicionado.

2) Organize espaços separados para pessoas que moram juntas. 

3) Disponibilize álcool em gel nos ambientes.

4) Lave as mãos com frequência durante o evento.

5) Ofereça as bebidas em embalagens individuais.


Dezembro Vermelho alerta para os riscos do vírus HIV


No mundo, 36,7 milhões de pessoas vivem com o vírus HIV e 53% estão em tratamento. Desde 2005, ações relacionadas ao diagnóstico, tratamento e controle da carga viral têm contribuído para reduzir pela metade o número de mortes, de acordo com dados da Unaids - Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Aids. Enquanto no mundo o número de casos caiu 11%, no Brasil houve aumento de 3%. 

No último dia 1º de dezembro teve início a campanha Dezembro Vermelho, criada pela OMS – Organização Mundial de Saúde como forma de marcar as mobilizações para ações preventivas, diagnósticos e tratamento das pessoas que vivem com HIV/Aids e outras IST - infecções sexualmente transmissíveis. 

A Aids ocorre em estágios avançados da infecção pelo vírus HIV, que ataca as células de defesa do organismo. Atualmente, é possível ser soropositivo e ter qualidade de vida, mas é preciso seguir recomendações médicas e tomar corretamente os medicamentos indicados. Milhares de pessoas têm o vírus HIV e não sabem. Por essa razão, um exame para diagnóstico é sempre importante, principalmente após situações de risco. Quanto antes o paciente descobrir ser portador do HIV, mais chances de sucesso terá o tratamento. 

De acordo com Valdir Russo, clínico geral da Santa Casa de Mauá, a forma mais comum de adquirir a infecção é por meio das relações sexuais. Por isso, o uso de preservativos é muito recomendado. “O vírus está presente no sangue e em secreções do corpo, esperma, secreção vaginal, no líquido que banha o bebê na gestação e que banha o cérebro. A contaminação pode ocorrer por meio do contato com uma dessas secreções ou sangue”, explica o médico.

O contágio também pode ocorrer pelo uso de seringas usadas por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; mãe que infecta o filho durante a gravidez, parto e amamentação, além de instrumentos perfurantes não esterilizados.

Em razão do grande preconceito que existe, é importante ressaltar que a infecção não ocorre pelo beijo no rosto ou na boca; suor e lágrima; picada de inseto; aperto de mão ou abraço; pelo sabonete, toalha, lençóis, talheres e copos; assento de ônibus; piscina; banheiro ou pelo ar.

Em suas diversas fases, a infecção provoca sintomas como infecção viral - febre, dor muscular, dor de cabeça e erupções cutâneas; latência clínica - anemia, baixo nível de plaquetas e de leucócitos; fase sintomática - redução na contagem dos linfócitos T-CD4+, infecções bacterianas, dor de cabeça e sudorese noturna, lesões brancas na borda da língua, diarreia crônica, comprometimento do sistema imunológico, infecções oportunistas e neoplasias.

O diagnóstico da infecção por HIV é feito por meio de exames laboratoriais, porém no período entre a infecção pelo vírus e os primeiros anticorpos anti-HIV, os exames podem gerar falsos negativos. O ideal é repeti-los após um mês.

O tratamento para o HIV é feito com medicamentos antirretrovirais, que impedem o HIV de se multiplicar de maneira exagerada. Porém, eles não destroem o vírus, mas evitam que o sistema imunológico fique comprometido. O tratamento oferece uma vida praticamente normal.




Hospital Santa Casa de Mauá

Avenida Dom José Gaspar, 1374 - Vila Assis - Mauá - fone (11) 2198-8300.  

https://santacasamaua.org.br/

Posts mais acessados