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segunda-feira, 19 de abril de 2021

Outono e doenças respiratórias, médica orienta os cuidados para o monitoramento dos sintomas

 Especialista explica quais são os sintomas de gripes, resfriados e alergias, comuns nessa época do ano, e de Covid-19. Atividade física, higiene e alimentação ajudam a fortalecer a imunidade.


Mudanças bruscas de temperatura e baixa umidade do ar são características do nosso outono/inverno. Nesta época é mais comum ambientes fechados, pouco arejados, o que contribui para proliferação de vírus e doenças respiratórias. Dra. Maura Neves Otorrinolaringologista do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo explica que devido o surgimento do COVID-19 devemos redobrar os cuidados para evitar contágio deste e outros vírus - além das doenças respiratórias comuns nesta época do ano como rinite, sinusite, dentre outras.

"É extremamente importante aderir à campanha de vacinação contra gripe que teve início em 12/04, dessa forma mesmo não imunizados contra o coronavírus existe menos riscos de contrair gripe, resfriados e pneumonias. Sendo assim o organismo fica mais resistente e o sistema imunológico mais forte, menos suscetível ao COVID-19 e consequentemente menos chances de superlotar o sistema de saúde." Explica a especialista.

Abaixo a médica explica os sintomas e causas das principais doenças de outono/inverno:


• Covid-19: o contagio se dá através de inalação de gotículas com o vírus. Estas gotículas podem ser originadas de espirros ou tosse de alguma pessoa já contaminada ou através das nossas mãos contaminadas (ao serem levadas a face, boca, olhos, nariz). Por este motivo as medidas de higiene adotadas com lavagem de mãos, álcool gel (que mata vírus de gripe e coronavírus) e evitar o contato direto com outras pessoas reduz o contágio.


• Asma: caracterizada por espasmo da musculatura dos brônquios, que causa dificuldade de respirar, chiado e aperto no peito, respiração curta e rápida. Os sintomas pioram de noite e nas primeiras horas da manhã ou em resposta à prática de exercícios físicos, à exposição a alérgenos, à poluição ambiental e às mudanças climáticas. Desta maneira, a asma é causada por fatores alérgicos ou irritativos na via respiratória.


• Bronquiolite: infecção viral dos bronquíolos, que tem início do quadro com leve resfriado, que progride após 2 a 3 dias com chiado no peito, tosse, fadiga respiratória, cianose e febre. A infecção apresenta graus variáveis de gravidade: de leve a severa, necessitando de internação em UTI. O principal causador é o vírus sincicial respiratório.


• Resfriado: coriza, espirros, obstrução nasal, dor de garganta, tosse e rouquidão são os sintomas da doença, que é causada por vírus. Duração de 3 a 7 dias.


• Gripe: os sintomas dos resfriados são acompanhados de febre e são causados por vírus. Duração de 3 a 7 dias.


• Pneumonia: infecção bacteriana ou viral no pulmão. Causa tosse, falta de ar, dor torácica e febre. Pode ocorrer tosse com expectoração.


• Sinusite: infecção viral ou bacteriana dos seios da face. Causa sempre obstrução nasal e secreção amarelada (critérios diagnósticos maiores). Alguns pacientes podem apresentar dor de cabeça, dor nos dentes superiores, tosse e febre.


• Rinite: causa alérgica ou irritativa. Os sintomas são obstrução nasal, coriza clara, espirros e coceira (nariz, céu da boca, olhos, ouvidos).


• Otite: infecção bacteriana da orelha média. Causa dor de ouvido, altercação auditiva e febre. Em alguns pacientes pode ocorrer ruptura timpânica com saída de secreção.


Dra. Maura reforça que é importante seguir algumas orientações para evitar essas doenças:

• Controle ambiental e dos ácaros;

• Manter o ambiente ventilado e realizar limpeza frequente com pano úmido;

• Encapar colchões e usar revestimento impermeáveis (corino, courvim, napa etc.) em estofados e almofadas, evitar tapetes grandes e carpetes, pelúcias, pilhas de jornais e revistas, madeiras e outros itens que retém poeira e mofo;

• Trocar e lavar a roupa de cama com água quente pelo menos a cada duas semanas;

• O travesseiro deve ser colocado no sol várias vezes por semana e trocado por um novo com frequência. Deve ser realizada a aspiração do pó de colchão, cortinas, tapetes e estofados semanalmente;

• Manter animais fora de casa ou, pelo menos, fora do quarto de dormir. Lavar as mãos após contatos com animais. Cães e gatos devem tomar banho semanal;

• As janelas devem ficar abertas e o ambiente bem ventilado nos casos relacionados a ácaros e mofo e devem ficar fechadas (ou bloqueadas com tecido grosso) nos casos relacionados a pólen de gramíneas e árvores na época de polinização.

Entre as medidas de suporte para os sintomas, estão:

- Aplicar solução fisiológica no nariz em forma de aerossol ou spray, ou com o auxílio de uma seringa, ajuda a aliviar os sintomas e a congestão nasal através da hidratação e fluidificação das vias aéreas;

- Para amenizar os desconfortos respiratórios, uma opção são os umidificadores de ar, especialmente em dias com umidade relativa do ar mais baixa. Mas, é preciso ficar atento para não deixá-lo ligado por períodos longos, uma vez que o excesso de umidade pode colaborar com a proliferação de fungos e bactérias. "O ideal é manter o aparelho ligado em uma intensidade baixa e uma porta ou janela aberta para escape e por períodos curtos." Completa Dra. Maura Neves.

-Outra medida mais econômica e efetiva é colocar uma toalha de rosto úmida no quarto de dormir, perto da cama. Já as bacias não são efetivas porque a superfície e evaporação são pequenas;

- Não se esquecer da recomendação universal que é a hidratação, ou seja, ingerir bastante água.

 



Dra. Maura Neves • Otorrinolaringologista • Formação: Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo • Graduado em medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Residência médica em Otorrinolaringologia no Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Fellowship em Cirurgia Endoscópica Nasal no Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP • Título de especialista pela Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial - ABORL-CCF • Doutorado pelo Departamento de Otorrinolaringologia do Hospital das Clinicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo - USP


Clínica MEDPRIMUS


Alergia afeta cerca de 35% dos brasileiros

Especialista do Hospital São Camilo SP destaca sintomas, tipos mais comuns e formas de prevenção e tratamento

 

Coceira, tosse, irritação nos olhos e dificuldade de respirar. Esses são alguns dos sintomas da alergia, doença que afeta cerca de 35% da população brasileira, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).


De acordo com a Dra. Cristina Abud, alergologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, há inúmeros agentes que ajudam a provocar uma reação alérgica. “Desde poeira até proteínas presentes nos alimentos podem desencadear um processo alérgico”, explica.
 

A especialista destaca ainda que as alergias mais comuns são as respiratórias, oculares, cutâneas e alimentares. “Algumas delas podem ser superadas com o tempo. Porém, isso não significa que os alérgicos não possam desenvolver novas reações ao longo da vida.”

 

Alergias respiratórias 

Conforme dados da Organização Mundial da Alergia (WAO), cerca de 40% da população mundial têm algum tipo de alergia respiratória, sendo a rinite alérgica a mais frequente, seguida da asma, que, somente no Brasil, atinge cerca de 20% das crianças e adolescentes. 

“As alergias respiratórias são, em sua maioria, sazonais, ou seja, acontecem em determinados períodos do ano. Por terem sintomas muito semelhantes ao resfriado e à gripe, elas confundem as pessoas, mas sua principal característica é a afetação das vias aéreas e pulmões”, detalha a alergologista. 

Os sintomas respiratórios mais comuns para esse tipo de alergia, segundo a especialista, são: congestão e coceira nasal, coriza, tosse e respiração pela boca, de forma ofegante e superficial. 

Para aliviar os sintomas, a médica recomenda:

  • Beber, pelo menos, 1 litro de água por dia;
  • Evitar fumar ou frequentar locais com fumaça ou poluição;
  • Manter os ambientes limpos e ventilados, evitando o acúmulo de poeira;
  • Evitar odores fortes, como perfumes e loções. 

Caso o paciente sinta apertos no peito, sem causa aparente, a especialista recomenda procurar ajuda de um profissional. “Apertos no peito não são comuns e podem indicar agravamento no quadro alérgico ou outros problemas respiratórios.”

 

Alergias oculares 

Por estarem expostos ao ambiente, os olhos e as regiões próximas a eles são alvos fáceis para substâncias alergênicas como ácaros, pólen e pelos de animais. 

Segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), as alergias oculares atingem cerca de 15% a 20% da população, tendo maior incidência em pessoas que já sofrem algum outro tipo de alergia, como as respiratórias e as cutâneas.  “Os olhos possuem uma membrana semelhante à parte interna do nariz e, ao ter contato com alérgenos, podem provocar sintomas como coceira, lacrimejamento, ardência, inchaço e vermelhidão ocular”, esclarece a Dra. Cristina. 

De acordo com a alergologista, entre os tipos de alergias oculares a rinoconjuntivite é a mais comum, por juntar duas doenças alérgicas, a rinite e a conjuntivite, e provocar reações fortes como inflamação nas mucosas do nariz e olhos.

 

Alguns dos cuidados que podem ajudar a evitar as alergias oculares são:

 

  • Evitar excesso de tecidos que acumulem poeira, como cortinas, carpetes e bichos de pelúcia;
  • Forrar travesseiros e colchão com capas impermeáveis;
  • Evitar animais domésticos dentro de casa, especialmente se soltarem muito pelo.

 

Alergias cutâneas 

Causadas por condições crônicas ou contínuas, as alergias cutâneas, ou de pele, são causadas por reações inflamatórias a alérgenos em áreas sensíveis como juntas, rosto, axilas, mãos e pés. 

Segundo a especialista, os agentes alérgicos mais comuns são as picadas de inseto, suor, bijuterias, produtos de limpeza e cosméticos, além de roupas ou tecidos de lã e jeans. “Cada pessoa reage de forma diferente a cada tipo de alérgeno, por isso é importante identificar e interromper o contato com a substância que causou a alergia. Porém, caso a barreira cutânea esteja desprotegida, os quadros alérgicos podem ocorrer a todo momento.” 

O principal tipo de alergia cutânea é a dermatite atópica, uma condição crônica que surge em áreas de dobras, como a parte de trás dos joelhos, pescoço e rosto, muito comum em crianças. Seus principais sintomas são coceira, surgimento de feridas e pele áspera com aspecto grosseiro.

 

Alergias alimentares 

As alergias alimentares acontecem quando uma pessoa tem uma reação adversa (resposta exagerada) a proteínas presentes em determinados alimentos. “As alergias alimentares têm um quadro clínico bem variável, pois podem desencadear sintomas que variam de leves a graves”, destaca a especialista. 

De acordo com artigo publicado pela WAO, mundialmente, 250 milhões de pessoas sofrem com alergias alimentares. Entre os 170 alimentos identificados como alérgenos pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), leite de vaca, ovo, soja, trigo e frutos do mar são classificados como os principais. 

Os sintomas causados pelas alergias alimentares são urticária (lesões avermelhadas), inchaços nos lábios, olhos e rosto, chiado no peito, erupções cutâneas, dores no estômago e diarreia. Em casos mais graves, a reação alérgica pode causar anafilaxia. 

A médica alerta que esse tipo de alergia é constantemente confundido com a intolerância alimentar e recomenda procurar um especialista para maiores esclarecimentos.

                                                                              

Anafilaxia 

Conhecida como choque anafilático, a anafilaxia é uma reação alérgica rara e aguda. Ela traz vários riscos à vida da pessoa alérgica, pois afeta diversos órgãos do corpo. 

“O choque anafilático pode ocorrer imediatamente ou em alguns minutos, caso a pessoa alérgica tenha contato com o alérgeno causador da reação”, explica a alergologista.

Ferroadas de insetos, como abelhas, vespas e formigas, medicamentos e alimentos também causam anafilaxia. Caso a pessoa entre em contato com um desses agentes, é recomendado procurar auxílio médico. 

Por fim, para evitar e prevenir reações alérgicas futuras, a médica recomenda realizar o controle do ambiente, adotando cuidados para evitar a exposição aos agentes causadores, e a imunoterapia (vacinação com alérgenos) para pacientes que apresentam reações graves ou são sensíveis a alérgenos ambientais.




Hospital São Camilo

@hospitalsaocamilosp

Congresso mantém veto à obrigatoriedade da certificação digital

Pequenos negócios seriam fortemente impactados caso parlamentares derrubassem decisão do governo federal


O Congresso Nacional manteve, nesta segunda-feira (19), o Veto nº 50/2020 da Lei 14.063, que extinguiu a obrigatoriedade da certificação digital para pessoas físicas e jurídicas, mantendo a exigência somente em situações muito específicas. A manutenção da decisão do presidente da República, Jair Bolsonaro, favorece os donos de micro e pequenos negócios, pois reduz custos e a burocracia no empreendedorismo.

O veto à obrigatoriedade da certificação digital e a sua manutenção foi uma das ações que o Sebrae defendeu para aumentar a competitividade e permitir que as micro e pequenas empresas continuem gerando trabalho e renda e sendo o motor da economia. “O Congresso Nacional acertou ao manter esse veto presidencial. Voltar com essa obrigatoriedade seria um retrocesso no processo de desburocratização que o Brasil vem adotando”, comemora o presidente do Sebrae, Carlos Melles.

De acordo com Melles, a decisão acertada dos parlamentares permitirá que os pequenos negócios continuem tendo fôlego para enfrentar os desafios impostos pela pandemia e gerando empregos. “Se o veto tivesse sido derrubado, diversos serviços digitais lançados pelo governo federal e pelos governos estaduais nos últimos anos exigiriam que cidadãos e empresas tivessem que adquirir certificados digitais, o que acarretaria aumento de custos e da burocracia”, pontua o presidente do Sebrae.

Desde que a obrigatoriedade da certificação digital foi eliminada, o desempenho nas formalizações de empresas nas juntas comerciais melhorou. Segundo levantamento produzido pelo Sebrae, cresceu o número de assinaturas avançadas nos atos perante as juntas comerciais. Só no ano de 2021, as assinaturas avançadas por meio dos selos de verificação do GOV.BR foram utilizadas mais de 100 mil vezes para os atos de registro empresarial nas Juntas Comerciais dos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Ceará, Distrito Federal, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e Rio Grande do Sul, todas apoiadas pelo SEBRAE no Projeto Empreendedor Digital.


Desburocratização

A desburocratização de processos e a redução de custos das empresas têm sido foco de várias ações do governo federal e do Sebrae em busca do aumento da competitividade brasileira e da maior atração de investidores para o país. No fim de março, o governo editou a MP 1.040, que visa melhorar o ambiente de negócios no Brasil e elevar em 20 posições a colocação do país no ranking Doing Business, do Banco Mundial. O Sebrae tem apoiado e se mostrado parceiro em ações do governo federal que têm melhorado o acesso aos serviços pela internet e que deixam de exigir o certificado digital.


5 motivos para trabalhar a temática indígena nas escolas para além do “Dia do Índio”

A cultura dos povos indígenas traz muitos benefícios para a aprendizagem e ajuda os estudantes a desenvolverem uma consciência maior sobre a sociedade brasileira


A celebração do "Dia do Índio” em 19 de abril surgiu como um marco para preservar a memória e valorizar as culturas formadoras de nosso país. Embora a data possa trazer contribuições significativas sobre o assunto, quando discutida de forma superficial nas escolas pode reforçar estereótipos e reduzir os povos indígenas a imagens caricatas e exóticas, sem que haja uma proposta para reflexões mais críticas e aprofundadas.

Para Cristine Takuá, autora do material da BEI Educação e especialista em cultura indígena, é importante que a temática permeie o currículo escolar ao longo de todo o ano letivo, e não apenas no mês de abril. A autora relembra que, apesar de já existir uma lei determinando o ensino obrigatório de história e cultura indígena em todas as escolas brasileiras, na prática o assunto ainda é invisibilizado dentro das instituições. Pensando nisso, a especialista destaca 5 motivos para trabalhar a temática indígena em sala de aula. Confira:


  1. É uma forma de combater o preconceito e o racismo contra indígenas

De acordo com Takuá, uma das formas de combater o racismo contra povos indígenas é por meio da visibilidade. Ela reforça que, atualmente, os povos indígenas representam mais de trezentas etnias diferentes em todo o país, povos que resistem há mais de 500 anos no território brasileiro e, ainda sim, são grupos marginalizados nos espaços sociais. “Para que não haja mais preconceito é preciso ter conhecimento. O contato com a cultura indígena no ambiente escolar sensibiliza os estudantes, e é da sensibilização que surge a conscientização”, explica a autora.


  1. Permite uma abordagem interdisciplinar e plural

Na escola, é possível explorar a temática indígena em diversas áreas do conhecimento, seja por meio da arte, da história, das ciências ou das linguagens. Takuá explica que a abordagem interdisciplinar, além de trazer benefícios para a aprendizagem ao articular diversos saberes, também possibilita visões mais plurais e diversas sobre a história do Brasil. “Abordar cultura indígena em sala de aula ajuda os estudantes a ampliarem seu conhecimento sobre a sociedade brasileira para além do foco eurocêntrico. Ela abre possibilidades para adentrar novas formas de ver e pensar o mundo”, explica.


  1. Ajuda a entender não apenas nosso passado, mas também nosso presente

Estudar o passado de dominação e violência que construiu a história do Brasil é um passo importante para refletir criticamente sobre o assunto. As influências indígenas, no entanto, não se limitam ao período colonial. A cultura indígena não está distante de nós, ao contrário, ela se faz presente todos os dias. Muitos dos costumes e crenças que temos hoje são herança direta dos povos tupi guarani, como o hábito de andar descalço e a alimentação baseada em mandioca e farinha. Além disso, muitas palavras que nomeiam rios, viadutos e ruas ao nosso redor têm origem indígena, como “ibirapuera”, “anhanguera” e “tietê”.


  1. Proporciona dinâmicas mais interativas em sala de aula

Cristine Takuá afirma que a internet e as tecnologias digitais são grandes aliados nesse processo, já que permitem o acesso a formatos diversificados para introduzir o tema. A autora também defende que o contato com a arte indígena é uma boa forma de tornar as aulas mais interativas e dinâmicas, já que o educador pode criar projetos e atividades utilizando elementos, como a música, a pintura, a cerâmica, a tecelagem, a literatura e o cinema.


  1. Traz reflexões sobre sustentabilidade e meio ambiente

A natureza tem um significado muito forte para os povos indígenas. O cuidado com a terra, com os animais e com as florestas transmitidos de geração para geração, hoje, tentam resistir à ameaça de destruição do meio ambiente e dos recursos naturais. A cultura indígena tem muito a ensinar sobre sustentabilidade e, muitas vezes, esses aprendizados são deixados de lado ou até inferiorizados dentro do ambiente escolar. Por isso, é importante que os educadores busquem sempre ampliar as fontes trabalhadas em sala de aula, prezando pela diversidade e pelo respeito a todas as formas de cultura.


As sequelas da Covid-19 também afetam hospitais

Enquanto muitos esperam a vacinação em massa para começar a respirar com um pouco mais de tranquilidade em meio ao caos provocado pela Covid-19, outros ainda têm um longo caminho para se recuperar das sequelas deixadas pela doença. Pacientes com tempo quatro vezes maior de internação, cepas cada vez mais contagiosas e agressivas castigam a população, equipes de saúde e hospitais que ficam superlotados. Impactos cada vez mais severos e difíceis de serem superados. 

Assim como outros setores da economia, os hospitais ainda vão ter um longo período para se recuperar das sequelas da pandemia. Foram milhões em investimentos não previstos, aumento dos preços dos insumos e um rombo gigantesco no caixa das instituições de saúde.

O primeiro baque foi na reorganização das equipes, com afastamento dos profissionais do grupo de risco e novas contratações, seguido pela adequação da estrutura física dos hospitais, com alas e fluxos separados para pacientes suspeitos, investimentos em ambiente de pressão negativa, barreiras físicas e outras medidas, como treinamentos, para garantir a segurança da equipe. 

Aliado a isso, houve a diminuição natural no número das consultas e exames que o medo da doença causou em muitas pessoas que deixaram de realizar o acompanhamento de doenças crônicas. Cirurgias eletivas suspensas. Muitas vezes, esses mesmos pacientes procuraram o atendimento mais tarde, com a saúde bem agravada e precisando de intervenções que antes não seriam necessárias, aumentando ainda mais a conta final. 

Quando tudo parecia ter acalmado e acreditávamos que iríamos conseguir respirar e começar a nos reerguer, vieram novas cepas, leitos clínicos e de unidade de terapia intensiva com 100% de ocupação, prontos atendimento atendendo com restrições ou fechados. Os hospitais, já tão castigados economicamente pela suspensão das cirurgias eletivas, precisaram dar conta da superlotação de leitos para Covid-19 que são remunerados com valor médio abaixo do adequado para a sustentabilidade das instituições. 

A indústria de insumos também não conseguiu suprir a alta na demanda, parou de garantir a entrega e a alternativa para dar continuidade à assistência da população acabou sendo a importação de medicamentos. Tudo isso fez com que os insumos chegassem a triplicar de valor em alguns casos, seja pela alta do dólar ou pela lei da oferta e procura. Talvez tenha faltado empatia entre todos da saúde para avaliar os efeitos da pandemia no setor. 

Em meio a esse caos, com hospitais se adaptando à nova realidade em tempo recorde, um ano depois, as fontes pagadoras ainda procuram entendimento para pagamento de novas práticas fundamentais para pacientes, como a importância de consultas intensivas de fisioterapeutas e fonoaudiólogos e o aumento da necessidade e dos preços dos  insumos.

Os hospitais se veem cada vez mais pressionados por todos os lados. Pela população que precisa do atendimento de qualidade e que muitas vezes não consegue acessar o serviço, pelos profissionais que estão esgotados após mais de 12 meses de trabalho intenso, atendendo casos cada vez mais graves, e pelo poder público para aumentar o número de leitos onde não se tem espaço e, muito menos, mão de obra com a capacitação necessária para realizar o atendimento em uma unidade intensiva. 

Infelizmente, não podemos simplesmente apertar o espaço e colocar cinco pacientes onde deveriam ser três, porque isso implica em muito mais do que uma cama. Implica no aumento de profissionais, equipamentos, medicamentos, tudo o que não encontramos mais no mercado.

Quando e como recuperar essas perdas financeiras, ainda não sabemos. Mas o serviço não pode parar de expandir e oferecer aos seus usuários a excelência no atendimento e na busca pela inovação constante. Os investimentos em equipamentos de ponta, melhoria da estrutura e ampliação precisaram continuar, mesmo em meio à escassez de recursos. São novos hospitais construídos dentro deles próprios e em tempo real enquanto os atendimentos seguem. A pandemia da Covid-19 vai passar, ainda vamos sofrer com suas sequelas por um bom tempo, mas vamos sobreviver. Não tenho dúvidas disso!

 


José Octávio Leme - administrador e diretor do Hospital Marcelino Champagnat


Onde e como encontrar as melhores oportunidades de leilão de imóveis

 

Em meados dos anos 2000 iniciaram-se os leilões eletrônicos judicias, amparado legalmente pelo artigo 689-A, do Código de Processo Civil, não mais vigente. Atualmente, os leilões são divulgados nos sites dos leiloeiros, em que estará discriminado o imóvel, o devedor, o credor, as datas dos leilões, os ônus que recaem sobre o imóvel, como débitos de condomínio Instituto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e, o mais importante: o valor da avaliação do imóvel.

Antes, os leilões eram realizados no setor de Hastas Públicas do Fórum, de forma presencial, e somente tinham conhecimento de sua realização as partes do processo, seus advogados e aqueles que circulavam pelo saguão do fórum onde era afixado o Edital, além daqueles que se dedicavam aos leilões de forma profissional, pesquisando as oportunidades nos jornais de maior circulação na cidade.

Hoje, com a divulgação dos leilões na rede mundial de computadores, as possibilidades das arrematações aumentaram demasiadamente, considerando sua maior visibilidade.

Por outro lado, os valores da arrematação também aumentaram, pois, com a divulgação, cresceu também a procura de pessoas interessadas em arrematar imóveis por até 50% abaixo do valor da avaliação do imóvel, aumentando com isso a concorrência.

Além do mais, existe ainda a possibilidade de localizar as melhores oportunidades nos jornais de maior circulação local e ainda nas dependências do Fórum onde será afixado o Edital.

Oportuno salientar que as melhores oportunidades de se encontrar um bom imóvel e de se obter uma rentabilidade maior no seu investimento podem estar nos sites com menor visibilidade, pois haverá uma redução na concorrência.

Uma simples pesquisa no Google pode ser uma boa ferramenta para conhecer quais são os sites mais visitados, pois os primeiros que aparecerem na página são aqueles mais pesquisados. Entretanto, os demais sites não são menos importantes, apesar de possuírem menos ofertas de imóveis são muito atrativos, já que há uma possibilidade maior de arrematação, considerando que haverá uma diminuição na concorrência.

Mas há de se atentar aos sites falsos de leilão, para evitar eventuais prejuízos e aborrecimentos. Sugiro a consulta ao Edital para ver quem é o leiloeiro e se este é o responsável pelos leilões daquele site. E, para saber se este leiloeiro é credenciado, basta consultar o site do Tribunal de Justiça competente daquele leilão, em que será possível localizar os leiloeiros habilitados.

Sem a pretensão de, com essas dicas, esgotar todos os meios que possibilitam encontrar as melhores oportunidades de arrematação de imóveis com segurança e de forma rentável, reforço que esta é uma ótima opção de investimento.

Além disso, se faz necessário lembrar que a assessoria de um advogado especializado é garantia de uma arrematação segura e rentável.

 


Paulo Mariano - advogado especializado em leilão judicial de imóveis, com experiência de mais de 500 processos nessa modalidade de investimento. Já assessorou investidores, familiares e amigos e vem se utilizando do leilão de imóveis para seu próprio investimento.  Mais informações: www.paulomariano.adv.br


Autismo, ensino remoto e inclusão na pandemia

A educação de crianças com necessidades especiais, transtornos do desenvolvimento ou dificuldades de aprendizagem sempre foi um enorme desafio, tanto para escola e os educadores, quanto para os pais e os próprios alunos em questão. Essa dificuldade talvez tenha a ver com o fato de que nossa sociedade valoriza a cultura da padronização e seletividade, restringindo o espaço para as singularidades e necessidades individuais. 

Quando nos vemos diante de uma pandemia que trouxe ainda mais desafios e dificuldades para a Educação, falar em inclusão se torna ainda mais complexo. A integração em diferentes níveis e setores de uma sociedade, incluindo aí um dos mais essenciais - a Educação -, é o que vai determinar o futuro e a vida do indivíduo com alguma necessidade especial. O Abril Azul, campanha realizada todo mês de abril para promover a conscientização sobre o autismo,  traz visibilidade para o tema neste período e precisamos então aproveitar o momento para gerar reflexão e ação no sentido de uma sociedade cada vez mais inclusiva, mesmo diante de desafios como a pandemia.

Manter a concentração durante as aulas remotas é um desafio para a maior parte dos estudantes, de qualquer idade e em qualquer nível escolar. Mas, para alunos com necessidades especiais, a experiência de só ter contato com professores e colegas por meio de uma tela de computador é ainda mais difícil. No caso de alunos com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), surgem inúmeras questões quando são colocados para aprender por meio do ensino remoto: o autista consegue permanecer em frente a uma tela e se concentrar para absorver o conteúdo? Por quanto tempo isso é possível? Há que se considerar também as dificuldades na comunicação virtual, não apenas no que diz respeito ao aluno entender o que é dito, mas também no sentido de se fazer entendido. 

Por maior que seja a preocupação de escolas e educadores em adaptar a realidade atual para que o ensino remoto também seja inclusivo aos autistas, é preciso levar em conta que o isolamento e a suspensão das aulas presenciais afetam uma das principais premissas da inclusão desse público, que é a socialização. Quando um aluno autista entra na escola, a socialização é um dos principais objetivos desse processo. A interação e a comunicação com o outro podem se tornar grandes desafios. O ensino remoto para esse estudante vai exigir estratégias personalizadas, um olhar diferente para a aula que está sendo oferecida. O professor precisa aplicar uma metodologia, expressão facial e corporal específicas para se conectar a esse aluno. A integração entre família e escola é igualmente importante no processo de aprendizagem, que também tem como finalidade a interação com os demais colegas da turma em atividades cotidianas, que lhe permitirão a socialização tão fundamental para seu processo de inclusão social. 

Abraçar a causa da educação inclusiva - com ou sem pandemia - é trabalhar diariamente para quebrar as barreiras que sempre se apresentam pelo caminho. Escola e educadores precisam buscar alternativas que garantam àqueles com necessidades especiais as adaptações necessárias para viabilizar o aprendizado, mas sem deixar de lado uma questão importante: o aluno precisa estar inserido no mesmo contexto dos demais, sem que tais adaptações acabem por excluí-lo do meio ao qual deve pertencer. Sem essa condição, a inclusão não acontece de fato. Não podemos apartar um aluno de seu grupo apenas porque para ele a aula virtual é mais difícil. Quem sabe criar momentos, mesmo que curtos, de interação com pequenos grupos? Os professores podem sugerir que uma vez por semana um grupo se reúna, virtualmente, para conversar e trocar ideias sobre algum tema das aulas ou sobre assuntos que possam chamar a atenção dos estudantes. Dessa forma, o aluno com TEA, ou outra necessidade, tem a oportunidade de interagir, ouvindo e participando.

Outra estratégia pedagógica é agendar um momento individual do aluno com o professor, para que possa haver uma comunicação mais dirigida para essa criança ou jovem, visando às expressões faciais, à fala personalizada e até à comunicação não verbal, estratégias tão importantes quando se trata de estabelecer o vínculo com o aluno autista e a adequação do conteúdo para a realidade individual. É certo que o nível de autismo e as formas de manifestação do transtorno em cada aluno também determinam o grau de complexidade do processo de inclusão, sendo, por isso mesmo, necessário lançar um olhar individualizado sobre cada caso. O que não se pode é incorrer no erro da padronização ou da acomodação.

 



Wania Emerich Burmester - consultora pedagógica do Sistema Positivo de Ensino.

 

Cai número de mortes no trânsito no Estado de São Paulo no primeiro trimestre de 2021

Novos dados do Infosiga SP apontam redução acumulada de 29% nas fatalidades no período desde 2015 

 

De acordo com o mais recente levantamento realizado pelo Infosiga SP, sistema do Governo do Estado gerenciado pelo programa Respeito à Vida e Detran.SP, o Estado de São Paulo registrou queda de -5,8% no número de óbitos no trânsito nos três primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 1111 fatalidades, enquanto no mesmo período de 2020 foram 1180 registros. Analisando os dados nos meses de janeiro, fevereiro e março, desde 2015, a redução acumulada é de 29,1%.

  

Na Capital, a queda na série histórica desde 2015 é de 25,9% nas fatalidades de trânsito. Já na comparação entre 2020 e 2021 houve alta: foram 203 registros no primeiro trimestre de 2021 contra 191 em 2020 (+6,3%). 

 


Vias


A análise dos primeiros trimestres desde o ano 2015 mostra que, nas vias municipais, a queda no número de fatalidades foi de 43,2% e nas rodovias de 18,4%. Entre 2020 e 2021 também houve redução. No primeiro trimestre de 2020 foram registrados 502 óbitos em rodovias e 608 em vias municipais, enquanto no mesmo período de 2021 foram 497 registros em rodovias (-1%) e 539 registros em vias municipais (-11,3%).

 

Com relação à Capital, o índice de fatalidades causadas por acidentes nas rodovias caiu 50% desde 2015. Nas vias municipais, a redução foi de 29,4% nos últimos seis anos. 

 




Meios de transporte


A análise do programa Respeito à Vida indica ainda queda nas fatalidades entre pedestres (-44,2%), ocupantes de automóveis (-28,6%) e motociclistas (-7%) desde 2015.  Análise que se repete na Capital, onde o número de acidentes fatais caiu 46% entre pedestres, 9% entre motociclistas e 3% entre ocupantes de automóveis nos últimos seis anos. 


 

MARÇO DE 2021

 

De acordo com o levantamento mensal, que traz dados do Estado de São Paulo ao longo do último mês de março, houve queda no número de acidentes com vítimas, que incluem ocorrências não fatais. Foram 13.154 registros, enquanto em março de 2020 foram 14.056 (-6,4%).  Com relação ao número de fatalidades, a redução é ainda mais significativa: 381 óbitos em março deste ano contra 439 em 2020 (- 13,2%). 

 

Meios de transporte

A análise do programa Respeito à Vida indica ainda queda nas fatalidades entre motociclistas e pedestres em março de 2021. A maior redução ocorreu entre os pedestres: foram registradas 88 fatalidades, contra 122 em março do ano passado (-27,9%). A queda também foi significativa entre os motociclistas, com 127 ocorrências fatais em março, contra 168 no mesmo período de 2020 (-24,4%).

 

Entre ocupantes de automóveis e ciclistas houve alta de 3,4% e 11,8%, respectivamente.

 

 

Sobre o programa Respeito à Vida


Programa do Governo do Estado de São Paulo, atua como articulador de ações com foco na redução de acidentes de trânsito. Gerido pela Secretaria de Governo por meio do Detran.SP, envolve ainda as secretarias de Comunicação, Educação, Segurança Pública, Saúde, Logística e Transportes, Transportes Metropolitanos, Desenvolvimento Regional, Desenvolvimento Econômico e Direitos da Pessoa com Deficiência.

 

O Respeito à Vida também é responsável pela gestão do Infosiga SP, sistema pioneiro no Brasil, que publica mensalmente estatísticas sobre acidentes com vítimas de trânsito nos 645 municípios do Estado. O programa mobiliza a sociedade civil por meio de parcerias com empresas e associações do setor privado, além de entidades do terceiro setor. Em outra frente, promove convênios com municípios para a realização de intervenções de engenharia e ações de educação e fiscalização.


Por que não haverá um golpe de Estado no Brasil?


Não me lembro de quantas vezes diversas pessoas, analistas e jornalistas falaram sobre os riscos de um golpe de Estado no Brasil da nova República, seja durante os governos de esquerda, seja durante os de direita. Sempre achei algo muito fantasioso quando muitas vezes lia reportagens recheadas de ilações sobre políticos, forças armadas, entidades transnacionais, grandes corporações da mídia e outros agentes que estariam conspirando contra a nossa ainda jovem democracia.

 

Neste texto exporei o porquê de tal aventura ser inviável, seja para aqueles saudosos da ditadura militar da década de 60, seja para aqueles que têm um ‘fetiche’ pelos governos ditatoriais de Cuba e da Venezuela. 

 

Hipoteticamente, se o Governo Federal realizasse um golpe tomando o controle dos Estados e das capitais federais, ou não respeitando o resultado eleitoral e mantendo um candidato derrotado no poder, o primeiro fato que ocorreria seria o não reconhecimento do Governo daquele momento em diante, principalmente por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, o que sob o ponto de vista internacional seria uma deslegitimação de toda e qualquer decisão nacional.

 

Sob o ponto de vista econômico, estaríamos excluídos do Mercosul devido à cláusula democrática, o que afetaria fortemente nossa indústria nacional. As operações de Swap com bancos centrais como BCE e o FED seriam cortadas, deixando-nos vulneráveis em situações de crise como vimos em 2008 e em 2020. Por mais “heroico” que possa ser para alguns tresloucados, um golpe de Estado elevaria o dólar para 10 reais em sua cotação, forçando o Banco Central a vender quantidades absurdas de reservas ou a limitar a conversão de divisa estrangeira. Seja como for, seria o fim dos investimentos no Brasil, sejam eles na bolsa ou na economia real. Ato contínuo, o BC elevaria os juros para patamares de dois dígitos a fim de conter a saída de investidores sem muito sucesso, mas colocando a economia nacional de joelhos sob o ponto de vista de investimentos internos e tomada de crédito. A bolsa derreteria e nossas empresas perderiam bilhões de reais em valor de mercado.

 

Que situação mais perfeita haveria para uma corrida aos bancos para retiradas de dinheiro do que um golpe de Estado? Obviamente começaríamos a assistir à quebra de bancos, limitações de saques e um estresse no sistema financeiro nacional, o que cortaria a linha de crédito das empresas, colocando o setor varejista e o comércio em uma situação de penúria. 

 

Neste contexto, a instabilidade de contratos, dado que a Constituição de 1988 não teria mais validade, seria mais um dos fatores de desestabilização nacional; em pouco tempo operações comerciais, aluguéis e contratos entre empresas e pessoas teriam pouca validade e dificilmente seriam cumpridos, pois não existiria regra superior em vigência que os colocasse em prática.

 

Em poucas semanas a inflação chegaria a galope e o Governo Federal seria forçado a adotar o ‘antigo remédio’ da indexação e da correção monetária, jogando-nos em um abismo de difícil volta e enterrando de vez o plano real e o tripé macroeconômico. Voltaríamos à década de 1970, tudo por causa de pessoas que não têm o mínimo apreço pela democracia e bajulam os autocratas, à esquerda ou à direita. 

 

Muitas das nossas exportações seriam boicotadas por causa do golpe de Estado ou mesmo por haver apenas um pretexto protecionista. Não importa a causa, isso derrubaria nossa balança comercial e nos jogaria ao longo de meses em uma nova crise cambial, forçando a desvalorização da moeda para fechar a balança comercial, o que resultaria em mais inflação.


Em poucos meses o índice de pobreza extrema chegaria aos dois dígitos, e a massa de desempregados estaria marchando nas ruas. Estudantes e a classe média se juntariam por meio das redes sociais, e o Governo assistiria incrédulo às capitais sendo tomadas por pessoas que viram sua vida ser destruída em prol de algo que fatalmente seria um desastre. 

 

Em poucas semanas, as revoltas internas tomariam corpo, ganhariam visibilidade internacional e seriam apoiadas pelas maiores democracias do planeta, causando não apenas a queda dos líderes do Governo, mas também a prisão de seus principais artífices. 

 

Não, amigos! Em um Brasil interconectado globalmente, membro do G20 e maior economia de mercado da América Latina, não há espaço para a manutenção de golpes de Estado ou governos ilegítimos. Essa seria uma aventura com pouco prazo de validade e dificilmente iríamos nos recompor na mesma década. Escrevo este texto com o intuito de mostrar como a dominância econômica se impõe sobre a política, seja ela democrática ou não, e como o nosso Brasil não aguentaria um novo golpe de Estado. 

 

Em minha opinião, aqueles que idolatram o regime militar ou o governo de Cuba, e pensam em adotar ideias semelhantes para o Brasil do século XXI, não têm espaço no pensamento democrático de hoje e só contribuem para o caos e a desinformação. 



 

Igor Macedo de Lucena - economista e empresário, Doutorando em Relações Internacionais na Universidade de Lisboa, membro da Chatham House – The Royal Institute of International Affairs e da Associação Portuguesa de Ciência Política.


 

Grupo educacional canadense oferece bolsas de estudo nas três maiores cidades do Canadá

As opções de programas são oferecidas em Montreal, Toronto e Vancouver


Conquistar uma oportunidade de estudo ou trabalho em algumas das maiores cidades do Canadá não é mais um sonho distante. Grandes instituições canadenses estão ofertando bolsas de estudos para brasileiros em programas técnicos, de bacharelado e até MBA.

Com exigência mínima de nível intermediário da língua inglesa, os interessados ainda contam com planos de pagamento flexíveis, conforme regras de cada instituição. “O grande diferencial desses programas é a possibilidade de os candidatos poderem pagar boa parte do valor quando já estiverem no Canadá, estudando e trabalhando no país”, afirma Helicon Alvares, CEO da SEDA Intercâmbios, agência responsável pelo programa no país. Os interessados devem se inscrever no link: https://bit.ly/estudos-canada.

Os programas ofertados são:


Montreal:

Essa é a maior cidade da província de Quebec e o segundo município mais populoso do Canadá. O francês é a língua oficial, sendo a segunda maior cidade de língua francesa do mundo, depois de Paris, na França. O fato costuma ser um atrativo ainda maior para os estudantes, que podem praticar dois idiomas simultaneamente.

Quem deseja viver na cidade, pode optar por programas na renomada Trebas Institute Montreal, que está oferecendo bolsas de CAD 10 mil nos cursos de E-commerce & Online Business Management, além de Audio e Video Post-Production. Os programas partem de CAD 9 mil/ ano e são elegíveis ao PGWP (Post-graduation Work Permit), que é o visto de trabalho por até três anos após a conclusão do curso.


Toronto:

Toronto é a maior cidade do Canadá e fica na província de Ontário. É um verdadeiro centro internacional de negócios, finanças, arte e cultura, com muita qualidade de vida e segurança, sendo considerada uma das melhores cidades do mundo para se viver.

Lá, a opção é a TSOM - Toronto School of Management, que oferece programas nas áreas de Business, Turismo e Hospitalidade, Big Data e Tecnologia. A escola está com bolsas de até 55% nos cursos para início em 2021 ou 2022. Os cursos de 31 semanas partem de CAD 4.745.


Vancouver:

Vancouver fica na costa oeste do Canadá, na província de Colúmbia Britânica. É uma das cidades mais diversas do país, tanto étnica quanto linguisticamente, sendo possível conviver com comunidades chinesas, filipinas e até indianas. Lá, os estudantes têm duas opções de escola, a Canadian College of Technology and Business - CCTB e a University Canada West – UCW.

A primeira oferece programas nas áreas de Business e Tecnologia com bolsa de estudos de até 50%. Os cursos de 42 semanas partem de CAD 6.500. Já a segunda, oferece programas de bacharelado, MBA e Associate of Arts. “O grande destaque da UCW é o Associate of Arts, que está por CAD 13.920 para os dois anos”, destaca Jéssica Carvalho, gerente de produtos da SEDA Intercâmbios. Os três programas são elegíveis ao PGWP. Os cursos têm início previsto para 2021 ou 2022.

 


Serviço:

Bolsas de estudo em Montreal, Toronto e Vancouver

Mais informações em: https://bit.ly/estudos-canada

 

SEDA Intercâmbios:

https://www.sedaintercambios.com.br/

 

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