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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Renegociação cresce 18% e acelera o investimento em cobrança digital

Pandemia faz com que empresas de cobrança migrem atendimento para o digital. Empresas que já tinham 50% das negociações realizadas digitalmente saltaram para 67%

  • Especialista em cobrança digital, Negocie Online, viu renegociação crescer 18% durante os meses de pandemia;
  • Pandemia faz com que empresas de cobrança migrem atendimento para o digital. Empresas que já tinham 50% das negociações realizadas digitalmente saltaram para 67%.
  • Uso de inteligência artificial echatbotscresce durante a quarentena e taxa de inadimplência cresce desde agosto e deve chegar a 5,44% em outubro; 

 

Os índices inadimplência aumentaram durante a pandemia e a projeção para os próximos meses é de que a taxa cresça ainda mais. Na contra partida, os índices de renegociação também cresceram mostrando que há solução para a crise. Nesse cenário, as empresas de cobrança têm de se adaptar tanto ao momento quanto ao novo perfil de consumidor em dívida. Uma das grandes apostas é a automatização e uso de inteligência artificial. 

Conforme o Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo e Mercado de Consumo (IBEVAR) e o Provar-FIA (Fundação Instituto de Administração), a taxa e inadimplência de agosto está na casa dos 5,37%, (aproximadamente 3,2 milhões de brasileiros). Nos meses de junho a taxa registrada foi de 5,25%, em julho 5,31% e para setembro, a taxa esperada é 5,43%, seguida de 5,44% em outubro. 

Especialista em cobrança online, a Negocie Online (www.negocieonline.com.br) já sentiu esse impacto e viu as renegociações de acordos já realizados aumentarem 18% durante os meses da pandemia. Além do aumento do endividamento, a pandemia e a decorrente piora na economia e aumento do índice de desemprego, também mudaram o perfil do consumidor inadimplente brasileiro. 

"Temos vários tipos de dívidas e cada uma se comporta de maneira particular. Temos assinaturas de serviços não essenciais que podem ser canceladas com mais facilidade, assim como dívidas de crédito pessoal que o impacto para o devedor é menor. Mas temos contas de consumo, como água e luz, em que o consumidor até atrasa, mas é um serviço essencial. E, ainda, temos até dívidas de um financiamento de carro em que o devedor utiliza para seu lazer ou trabalho. E é diferente o processo de cobrança de dívidas recorrentes e dívidas pontuais. Ainda temos de levar em consideração todo o cenário atual em que as pessoas estão mais sensibilizadas", explica Luis Ferras, CEO da Negocie Online. 

Ao contrário de outros países do mundo, o Brasil manteve a possibilidade de se cobrar dívidas durante o período de pandemia e com isso, as empresas de cobrança tiveram de se adaptar tanto ao período de quarentena, que fez com que seus funcionários passassem a trabalhar em home office, quanto ao modo de se fazer cobrança uma vez que o próprio consumidor está mais sensível e assustado. 

"O momento é de uma flexibilização maior de todos os lados onde o credor tem um papel importante para a negociação, mas também por parte do devedor a predisposição de buscar um caminho resolutivo é muito importante. O aumento de renegociações de acordos já realizados aumentou 18% na nossa carteira", Luis Ferras 

Outro ponto importante que o cenário trouxe para empresas de cobrança foi a digitalização dos serviços. Empresas que estavam segurando a adoção de um modelo digital revisitaram a estratégia e partiram pra esta nova forma de se relacionar. Desde o início da quarentena, a Negocie Online viu clientes novos implementarem um processo digital com potencial de responder por 30% das novas negociações. 

De acordo com o executivo, a efetividade do canal digital aumentou em 32% mostrando que este canal passou a ser, para alguns clientes, o único canal de negociação. Principalmente na fase inicial da quarentena, onde o home office ainda estava se ajustando. Empresas que já haviam digitalizado o processo conseguiram responder mais rapidamente a este novo cenário. Empresas que já tinham 50% das negociações realizadas digitalmente saltaram para 67%. 

"Temos situações em que o atendimento humano é imprescindível e sempre terá um papel de protagonista, como por exemplo na cobrança B2B, que acena para um crescimento grande, e que o índice de automação e digitalização do processo é menor que o da cobrança B2C", comenta Luis Ferras. 

A adoção de tecnologias para automação e digitalização da cobrança neste cenário mais difícil de recuperação de crédito passa a ser um instrumento importante para baratear o processo como um todo mas não deve ser o grande motivador. A experiência do cliente em um atendimento digital é possível a partir do uso intensivo de inteligência artificial que nos permita entender o comportamento do devedor e com isto direcionar as ações nas plataformas digitais e de chatbot. 

Na Negocie Online houve um aumento dos atendimentos pelos chatbot de 62% de março para abril deste ano, reforçando a dependência do atendimento digital. Já a retenção das chamadas no chatbot saltaram de fevereiro para abril de 74% para 88%, ou seja, apenas 12% das chamadas são derivadas para o atendimento humano.  

 


Accesstage

https://site.accesstage.com.br/


RH: como é no novo perfil dos profissionais pós-pandemia?

A pandemia da Covid-19 trouxe mudanças significativas na estrutura das empresas, assim como na vida das pessoas. Muitas tiveram que alocar equipes inteiras em home office, outras tiveram que adequar o espaço e dividir o pessoal para comportar as medidas de segurança.

O total de desempregados atingiu 13,545 milhões no Brasil na segunda semana de setembro, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Nesse cenário, saber quais são as características buscadas por recrutadores pode ser uma excelente ferramenta para voltar ao mercado.


Mas, afinal, como devem ser os profissionais do pós-pandemia?

“Pessoas que entendam que as coisas mudaram e que o mundo é outro. Assim como as empresas precisaram se readequar, as pessoas também precisam. É preciso considerar que muitas vezes o trabalho será solitário, e que será necessário entregar mais com menos recursos”, sinaliza a professora de gestão de pessoas da IBE Conveniada FGV, Ligia Molina, especialista em Recursos Humanos.

Para ela, o mercado também procura pessoas que consigam fazer uma boa gestão de tempo, que se sintam engajadas com o os desafios da empresa, que deem ideias e que procurem novas formas de fazer atividades, buscando sempre inovação e redução de custos.

“As empresas estão buscando pessoas com um olhar de futuro e inovação, pois enfrentam um momento de dificuldade e renovação”, diz. Outro ponto forte ressaltado é a habilidade de relacionamento. “Estamos muito sensíveis, não dá para você falar com um líder, par ou subordinado de qualquer maneira. As empresas estão buscando profissionais que saibam se relacionar em meio à crise, que sejam protagonistas, e não espectadores.”, pontua.

“Visando se adequar ao novo momento, os profissionais devem, mais do que nunca, ter bom senso”, destaca a professora, explicando que é um momento que requer união, compreensão e, sobretudo, formas de ajudar uns aos outros.

Ligia também defende que a educação continuada é imprescindível no mercado pós-pandemia. Em sua visão, é importante que os profissionais busquem sempre novas informações e como podem melhorar, analisando o que o mercado está pedindo. “Saber implementar e, sobretudo, como trazer essas informações para dentro da empresa é fundamental”.

Recursos Humanos durante e pós-pandemia

“A tecnologia foi a grande aliada dos recursos humanos”, conta Ligia, que também é coach de carreira. Segundo ela, os profissionais do RH tiveram que adequar toda a realidade da empresa para um ambiente totalmente digital. “Desde o início da quarentena, os profissionais de RH fizeram todo esforço possível para ajudar as pessoas a se manterem engajadas com a empresa e apoiaram os líderes. Vejo que em todas as empresas, todas as pessoas, estão se esforçando muito para se manterem presentes na vida dos profissionais que estão trabalhando em home office”.

A professora ainda enfatiza que as pessoas que ficaram trabalhando na empresa, por diversos motivos, foram preocupações ativas do RH. “Com aqueles que ficaram na empresa foi necessário um trabalho importante de conscientização e, acima disso, acompanhamento muito próximo, pois de repente viram os escritórios, fábricas etc. vazios”, avalia a professora.

“De todo modo, o home office realmente veio para ficar - no segmento de TI já era normal, em outras áreas foi preciso começar a se adequar”, define ela. Ligia ainda pontua que esse novo modo de trabalhar pode ser benéfico tanto para a empresa quanto para os colaboradores. “A empresa consegue em uma boa parte dos casos reduzir custos com aluguel, mobiliário e desta forma podem reverter em benefícios para os funcionários”.

 



Professora Ligia Molina - especialista em Recursos Humanos da IBE Conveniada FGV, aponta gestão do tempo, engajamento, criatividade e resiliência como pontos fortes


Créditos da Nota Fiscal Paulista podem ser doados para o Centro Infantil Boldrini e o prazo para renovação foi estendido

Um gesto que pode salvar vidas!

 

Muitos não sabem, mas é possível ajudar o Centro Infantil Boldrini, referência no tratamento de câncer pediátrico e doenças do sangue, através da doação automática dos créditos recebidos pelo Programa Nota Fiscal Paulista. O programa, que devolve parte do ICMS recolhido pelos estabelecimentos para os consumidores, já é amplamente conhecido, mas agora tem uma novidade que facilita tanto para quem doa, quanto para o hospital: ao renovar ou fazer o seu cadastro de doação, é possível escolher doar os créditos até 2079. Antes, era necessário renovar periodicamente a doação e muitos se esqueciam e o hospital deixava de ser beneficiado.

Fazer a doação é fácil. Basta acessar o site do programa (https://portal.fazenda.sp.gov.br/servicos/nfp/) ou baixar o App da Nota Fiscal Paulista no tablet ou smartphone, fazer login no sistema com o CPF do consumidor e selecionar a opção “Doação automática com CPF”. Depois, escolha o Boldrini como instituição beneficiada e escolha o período de doação até 2079. No caso da renovação, basta acessar o site ou aplicativo e escolher o novo período.

Após o cadastro, os cupons fiscais de todas as compras em que o consumidor informar o CPF, serão destinados automaticamente ao hospital.Vale lembrar que, mesmo doando os créditos, o consumidor continua concorrendo aos sorteios de R$ 1 milhão por mês, assim como a entidade.

 

Por que ajudar o Boldrini?

Ao ajudar o Centro Infantil Boldrini, o consumidor que doa seus créditos da Nota Fiscal Paulista contribui para a manutenção das atividades assistenciais do hospital, que é referência na América Latina no tratamento de crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue.

O Boldrini é um dos centros mais avançados do país, reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento clínico especializado, comparáveis aos oferecidos em países de Primeiro Mundo, oferecendo 80 leitos e atendimento humanitário às crianças portadoras dessas doenças.

 

Sobre o Centro Infantil Boldrini

Centro Infantil Boldrini − maior hospital especializado na América Latina, localizado em Campinas, que há 42 anos atua no cuidado a crianças e adolescentes com câncer e doenças do sangue. Atualmente, o Boldrini acompanha cerca de 10 mil pacientes de diversas cidades brasileiras e alguns de outros países da América Latina, sendo a maioria (80%) pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Um dos centros mais avançados do país, o Boldrini reúne alta tecnologia em diagnóstico e tratamento especializado, com resultados comparáveis ao Primeiro Mundo. www.boldrini.org.br

 

Seis tendências do mercado de trabalho para 2021

Saiba quais foram as profissões que ganharam destaque com a pandemia

 

Em 2018, a chefe da Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal), da Organização das Nações Unidas (ONU), Alicia Bárcena, alertou para as rápidas transformações do mercado de trabalho em todo o mundo. De acordo com a dirigente, 65% das crianças que entram na escola primária hoje terão, no futuro, profissões que ainda não existem.

Ao contrário do que acontecia em um passado não muito distante, quando ser médico ou advogado era o objetivo de quem buscava uma carreira promissora, as possibilidades de sucesso em novas ocupações ligadas à ciência e à tecnologia já são - e serão, cada vez mais - significativas. De acordo com David Forli Inocente, diretor geral de Pós-Graduação e Educação Continuada da Universidade Positivo, o que está havendo atualmente é uma digitalização geral das profissões. "Todas serão impactadas por mais tecnologia, desde o advogado até o geneticista”, afirma.

E, com a pandemia do novo coronavírus, não só aceleraram-se os processos de construção de novas profissões e atualização daquelas que já existem, como a importância de algumas ocupações ganhou destaque, aumentando o interesse dos jovens que se preparam para o Ensino Superior. "Carreiras evidenciadas pelos problemas causados pelo isolamento social, propagação de fake news e corrida pela vacina tiveram aumento na procura não apenas em cursos de graduação, mas também em especializações e cursos de curta duração. A educação formal como instrumento para interpretação e transformação da sociedade nunca esteve tão em alta", afirma Inocente. Ele aponta seis tendências do mercado de trabalho para 2021. 

 

Fact checking

Se, há 20 anos, alguém se apresentasse como especialista em checagem de fatos (ou fact checking, para aqueles mais acostumados ao termo em inglês), provavelmente a curiosidade seria geral. Afinal, com uma internet que ainda engatinhava no início dos anos 2000, pensar em um profissional inteiramente dedicado a essa função era inimaginável. Mas os anos passaram e as fake news se tornaram um terreno fértil e perigoso. Durante a pandemia, elas influenciam inclusive o debate sobre saúde, espalham desinformação e prejudicam os esforços de enfrentamento do problema. Por isso, esse tipo de especialista está se tornando indispensável.

Para ser um profissional dessa área, um bom começo é investir em uma graduação em Jornalismo ou cursos que envolvam Tecnologia da Informação. Depois, organizações como a Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) oferecem cursos e oficinas totalmente voltados a essa função.

 

Saúde mental e bem-estar

Passar a maior parte do tempo em casa, longe de amigos e familiares, com um vírus potencialmente letal circulando entre as pessoas é um enredo próximo aos de filmes pós-apocalípticos. Não à toa, um levantamento realizado pela SEMrush apontou que as buscas por termos como “terapia” e “psicólogo online” dispararam depois da chegada da quarentena. Entre fevereiro e março, o aumento de procuras por esses termos foi de 50% e 83%, respectivamente, em relação ao mesmo período de 2019.

Nesse cenário, profissões voltadas à promoção do bem-estar devem ser cada vez mais necessárias. Para trabalhar nessa área, é necessário cursar uma graduação em Psicologia, por exemplo. Também valem opções que promovem o bem-estar físico, social e mental, como uma pós-graduação em Terapias Integrativas e Complementares, prática reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Para Inocente, esses profissionais precisam ser “alguém que encontra a confluência entre psicologia, saúde mental e nutrição, por exemplo”. Outro aspecto que a pandemia trouxe ao debate, segundo ele, foi a questão da sexualidade. "Os terapeutas perceberam a evolução da demanda em seus consultórios, o que culmina em mais procura por educação continuada nesta área". 

 

Vacinas

A falta de tratamentos comprovadamente eficazes para a Covid-19 tornou a busca por uma forma de imunização contra a doença uma urgência. Por isso, laboratórios de todo o mundo começaram uma corrida para desenvolver, testar e produzir uma vacina o mais rápido possível. Especialistas de todo o mundo alertam que pandemias como a do novo coronavírus podem se tornar cada vez mais comuns, o que significa que profissões que lidam com o desenvolvimento de vacinas estarão em alta por um bom tempo. Uma boa opção de curso superior para quem quiser se dedicar a essa tarefa é a Biomedicina - que pesquisa a interação entre microrganismos e o sistema biológico humano. 

 

Meio Ambiente

O crescimento da população global, a urbanização e a industrialização da agricultura provocam uma crescente demanda e exploração de recursos naturais, trazendo consequências como a alteração dos ecossistemas, levando as pessoas a cada vez mais se aproximarem de animais selvagens que podem ser vetores de doenças. O uso excessivo de pesticidas, medicamentos e outros contaminantes que são lançados no ambiente, por exemplo, acarretam em mudanças genéticas em microrganismos e aumentam a probabilidade de doenças zoonóticas, como a própria Covid-19, alcançarem os humanos. "Os motores centrais da destruição e invasão dos ecossistemas são econômicos e sociais e requerem soluções complexas que, por conseguinte, dependem de profissionais com visão interdisciplinar", afirma o professor do Programa de Pós-Graduação em Gestão Ambiental e da Business School da Universidade Positivo, John James Loomis. Segundo ele, embora profissionais ligados ao meio ambiente não possam evitar a próxima pandemia, eles podem tomar medidas para recuperar e fortalecer os ecossistemas que, em última instância, servem como barreiras para o surgimento de doenças.

 

Responsabilidade Social

Uma pesquisa realizada pela Central Press com executivos de empresas de diversos tamanhos revelou que, mesmo 49% deles relatando queda de 50% a 100% no faturamento da empresa, 35% das organizações ampliaram as doações e projetos sociais por conta da pandemia. O momento fez as empresas se atentarem à responsabilidade social - e essa atitude veio para ficar.

O relatório especial do Edelman Trust Barometer 2020: Confiança nas Marcas, que ouviu mais de 22 mil pessoas, em 11 países, entre o fim de maio e o início de junho, revelou que, para 69% dos brasileiros, tão importante quanto o produto ou o serviço é a forma das marcas contarem o que estão fazendo para ajudar o próximo e a empatia dos porta-vozes. Ou seja, os consumidores, mais do que nunca, estão atentos às marcas e isso tem incentivado ainda mais as empresas a assumirem e a divulgarem claramente seus compromissos sociais. Os profissionais da área de responsabilidade social geralmente vêm de cursos da área de Humanas. Já existem inúmeras especializações na área disponíveis no mercado.

 

Legal Tech ou Direito Digital

O encontro de todas as atuações profissionais com a tecnologia é inadiável, mas, segundo Inocente, no Direito esse impacto será sentido de forma mais rápida e intensa, com as atenções voltadas à cibersegurança e à Lei Geral de Proteção de Dados. "O uso da inteligência artificial para a revisão de documentos, busca de jurisprudência, envio de cartas e memorandos padrão, traz um componente de machine learning muito forte à atividade do advogado. O contencioso se amplia em oportunidades de atuação no que diz respeito, por exemplo, à proteção de direitos autorais, que se amplia em necessidades quando a facilidade de propagação de informações ganha a escala de multiplataforma", analisa. Ele também destaca oportunidades para o consultivo: "a proliferação de startups e suas necessidades específicas exigem atualização em contratos, aspectos tributários e societários. O mercado se move rápido, os profissionais do direito devem ser capazes de acompanhar", alerta. 

 

 

Universidade Positivo

www.up.edu.br

5 dicas para produzir conteúdo que geram engajamento nas redes sociais

Atualmente, existem influenciadores digitais de vários nichos e, às vezes, pode parecer quase impossível ser único e diferenciado. Mas, para manter seus seguidores sempre engajados e ativos, é necessário entregar conteúdos que acrescentem valor e geram impacto na vida das pessoas. Pensando nisso, a Non Stop, maior agência de influenciadores digitais da América Latina, lista cinco dicas para quem quer produzir postagens diferenciadas. 


Fale de assuntos que geram identificação com os seus seguidores


A verdade é que todas as pessoas procuram a mesma coisa: se sentirem parte de algo e, para isso, é necessário que exista uma identificação. Algo que pode parecer simples ou banal da rotina, quando compartilhado, faz diferença na vida das pessoas. É importante entender que todos estão procurando soluções para facilitar o dia a dia, ou um momento de relaxamento e humor. 


Toque nos sentimentos, emoções e questões comuns da vida 


Compartilhe os seus pensamentos, medos, alegrias e momentos especiais. As pessoas, além de se sentirem parte do que está acontecendo, se sentem emocionadas. Gerar bons sentimentos, a partir da identificação, é outro item essencial para quem quer crescer nas redes sociais e conquistar seguidores engajados. 


Use o humor


O humor cativa a maioria das pessoas justamente porque proporciona um momento leve e de relaxamento em meio ao estresse da rotina. Por isso costuma engajar e conquistar o público muito rápido. Utilize o humor na sua rotina e gere conteúdo para seus seguidores.


Não faça igual


Por mais que existam temas que geram engajamento, é  necessário que você encontre o seu diferencial. Entregue algo diferente, com personalidade. Para isso, é necessário estar sempre se atualizando, estudando e entendendo quem é o seu público-alvo. 


Conheça seu público 


O ponto mais importante é conhecer com quem você está falando. Qual a idade, sexo e objetivos da maior parte do seu público? O que você pode produzir para gerar impacto na vida dessas pessoas? Quanto mais você entender o seu público, mais fácil será produzir conteúdos que façam diferença na vida delas e, assim, o engajamento será automático. 


Mudanças no crédito durante a pandemia

Baseado em números do Bacen, Victor Loyola faz análise da atual situação que o brasileiro enfrenta hoje

 

Novas concessões de crédito foram amplamente impactadas pela pandemia, tanto para pessoa física, quanto para pessoa jurídica. Seus efeitos foram assimilados de maneira diferente nos dois segmentos. Para pessoa jurídica, o crédito rotativo (de curto prazo) caiu 53% em relação à expectativa do 2⁰ trimestre, que girava ao redor de R$ 40 bilhões e registrou R$ 26 bilhões, segundo dados do Banco Central (Bacen). Essas são geralmente linhas de curto prazo que financiam o capital de giro das empresas ou alguma necessidade de caixa emergencial.

Nas linhas de longo prazo, não rotativas, a queda relativa foi mais branda (-18%), mas representou um valor bem mais alto, de R$ 67 bilhões. Essa redução, mensurada em todo sistema financeiro sob o guarda-chuva do Bacen, já é líquida das ações do governo efetuada para mitigar os efeitos da pandemia. Em outras palavras, houve um fluxo médio mensal de R$ 22 bilhões a menos do que o usual esperado para esse trimestre (sem o efeito do vírus). Por outro lado, observou-se também a redução na taxa de juros média, que caiu de 1,10% ao mês no 1⁰ TRI para 0.94% ao mês no 2⁰ TRI, certamente influenciada pelas linhas subsidiadas pelo governo e pela maior aversão a risco das Instituições Financeiras (IFs).

“No consolidado, entre crédito de curto e longo prazo, o universo das empresas foi impactado em R$ 80 bilhões a menos em desembolso de crédito no trimestre de Abril a Junho. Trata-se de uma demanda que não desaparece e permanece reprimida, à esperada da recuperação econômica e da flexibilização do apetite de risco por parte da IFs”, explica Victor Loyola, CoCEO da ConsigaMais+.

Para pessoa física, explica Loyola, o quadro é parecido, mas carrega algumas particularidades. “O crédito rotativo é muito mais relevante no segmento pessoa física devido ao peso das compras à vista no cartão de crédito, que representa usualmente entre 40% e 50% do total de novos desembolsos em um único mês. Abrimos aqui um parêntese para explicar que a compra à vista do cartão equivale à utilização de uma linha de crédito (limite) onde o consumidor recebe um pequeno prazo de carência para efetuar o pagamento. Não estamos fazendo referência ao ‘rotativo’ do cartão, cujo volume representa em média 20% do que temos no cartão à vista, a taxas reconhecidamente exorbitantes”.

Feito esse esclarecimento, cabe destacar que o crédito rotativo na pessoa física caiu 34% em relação ao esperado no trimestre, equivalente a uma média de R$ 31 bilhões/mês, girando em R$ 92 bilhões contra uma expectativa de R$ 123 bilhões, contemplando as linhas utilizadas do cheque especial e do cartão de crédito. “Como ambas já estão aprovadas e geralmente operam com grande ociosidade em relação à ocupação do limite, essa redução está diretamente relacionada à queda no nível de gasto, e como veremos mais adiante, a um volume maior de refinanciamentos”, conclui.

Loyola avalia, com base nos números, que o consumidor, muito mais cauteloso por causa das incertezas trazidas pela pandemia, geralmente confinado e com menor mobilidade, passou a gastar menos e quando possível, procurou resolver suas pendências financeiras. “Há de se considerar também que o auxílio emergencial despejado na economia nesse período possivelmente colaborou com a menor incidência de gastos no cartão, alívio na ocupação do cheque especial e com a aceleração de operações de refinanciamento”.

 

Refinanciamentos

O volume de refinanciamentos ou acordos no 2⁰ trimestre desse ano foi o único produto que registrou crescimento relevante , com +41% sobre o usual, atingindo um desembolso de R$ 25B contra uma expectativa de R$ 15B, a uma taxa de juros também menor, de 2.82% a.m contra 3.31% a.m no trimestre anterior.

“Nota-se que o movimento do consumidor para equacionar seus problemas financeiros. Se excluirmos o produto ‘refinanciamento’, o impacto no desembolso de novas concessões nos demais produtos não rotativos foi de -26%, uma queda de R$ 39B contra as expectativas do trimestre sem pandemia”, explica.

Dos produtos de longo prazo, aqueles que experimentaram maior queda foram os de financiamento de Auto (-59% ou R$ 11.6B) e

Consignado privado (-56% ou R$ 2B), sendo que esse último experimentou também uma redução na taxa média (de 2.43% para 2.17% de um trimestre a outro), possivelmente decorrente da segmentação menos arriscada dos novos empréstimos. O Consignado público (-23$ ou R$ 5.8B) e o Crédito pessoal sem consignação (-8% ou R$ 2.7B), também caíram, o último com redução substancial na taxa média (6.1% a.m para 5.0% a.m). O Crédito imobiliário (-3%), Crédito rural (0%) transitaram ao redor das expectativas e não foram impactados pela pandemia, assim como o Consignado INSS, que inclusive chegou a crescer 7% (R$ 1.7B).

De forma geral, acredita Loyola, a tendência de queda nas taxas de juros, tanto para PJ quanto para PF, que tem ocorrido de maneira gradual desde 2015, intensificou-se durante a pandemia. É possível que parte dessa redução adicional seja atribuída ao maior rigor na seleção dos tomadores por parte das IFs, pois quanto menor o risco, menor a taxa. “Nesse caso, não seria uma queda genuína, mas sim ocasionada por uma mudança de ‘mix’. Trata-se de um fenômeno a ser monitorado no período pós pandemia, à medida que os volumes se reestabeleçam. Como o custo de captação está em seu menor nível histórica, é realmente esperada uma redução mais intensa das taxas aos clientes finais no mercado, como um todo”.

Em resumo, houve grande redução nos desembolsos de curto prazo para as empresas. Muitas delas devem ter experimentado dificuldades em renovar suas linhas. Nos produtos de longo prazo, a despeito do esforço do governo, o efeito líquido em todo sistema também foi o de redução no volume de concessão, na ordem de 20%, bastante significativo.

No caso de pessoa física, percebe-se um movimento de cautela do consumidor, com redução significativa nos gastos de cartão e utilização do limite de cheque especial e aumento relevante no saldo de refinanciamento. No crédito de longo prazo, houve uma redução mais acentuada em alguns produtos como Auto, consignado privado e público e um menor impacto no crédito pessoal sem consignação, crédito imobiliário, rural e consignado INSS. Outras modalidades, menos relevantes, também despencaram em novas concessões (microcrédito, arrendamento mercantil, etc).

“À medida que a normalidade seja retomada, é esperado que o nível de consumo volte a subir, assim como a oferta de crédito nas modalidades mais impactadas”, acredita o especialista.

 

Cientista de dados: o Sherlock Holmes do século XXI

Entenda por que, ao seguir carreira na área de ciência de dados, você desenvolverá habilidades comparáveis às que fizeram de Holmes o mais conhecido detetive do mundo

 

Curiosidade e capacidade de observação e de dedução apuradas, desenvolvidas ao longo de anos de estudo em múltiplas áreas do conhecimento e colocadas à prova diante dos mistérios do mundo real. Atenção aos detalhes, analisando todos os dados coletados e separando as informações importantes das que são irrelevantes para construir novos conhecimentos. Essas são as habilidades que um (ou uma) cientista de dados utiliza na vida profissional.

Qualquer semelhança com as habilidades do famoso Sherlock Holmes, não é mera coincidência, garante o professor André de Carvalho, vice-diretor do Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos: “Para ser um cientista de dados, você não precisa ser o melhor aluno de matemática, precisa só ser curioso e gostar de olhar os dados para descobrir coisas novas a partir deles. Então, é mais ou menos como ser um Sherlock Holmes, porque você vai trabalhar com os dados usando ferramentas da ciência e tentará extrair informações importantes como, por exemplo: pistas sobre quem matou quem; sobre o que está por trás de uma doença; sobre como obter mais rendimento em uma aplicação financeira, entre tantas outras possibilidades.”

É como se um cientista de dados trabalhasse sempre carregando uma lupa nas mãos, debruçando-se nos detalhes dos dados, buscando encontrar padrões em meio ao caos, explica André. Assim, ao descobrir padrões, esse profissional descobrirá também informações valiosas e poderá produzir novos conhecimentos.

Para ajudar a visualizar esse trabalho, seguem alguns exemplos concretos: imagine um cientista de dados analisando os pedidos que você fez nos últimos anos em um aplicativo de entrega de comida. O que ele poderia descobrir? Com certeza, identificaria facilmente o tipo de culinária que mais agrada seu paladar. Poderia também encontrar um padrão em relação aos dias da semana e horários em que você costuma fazer suas solicitações e, a partir dessa análise, criar e enviar promoções para estimular seu estômago e agradar seu bolso.

Por outro lado, imagine esse mesmo cientista observando o histórico do consumo de energia, água e luz da sua residência. Com certeza, seria fácil prever quanto você irá consumir futuramente e quanto isso lhe custará. Analisando esses dados, poderia também oferecer percentuais de desconto, que aumentariam proporcionalmente conforme você alcançasse metas de redução do uso desses recursos, contribuindo com a sustentabilidade do planeta.

Outro exemplo: investigando uma série de dados que os médicos utilizam para tomar suas decisões, os cientistas podem localizar pistas relevantes que permitem chegar à conclusão sobre o tipo de enfermidade que acomete um paciente. Então, ao unir o conhecimento médico, desenvolvido ao longo de anos de experiência, com os dados disponíveis, é possível desenvolver sistemas para apoiar o diagnóstico médico, usando técnicas e ferramentas de inteligência artificial (clique aqui para ler mais sobre isso).

Enfim, pensando na infinidade de dados que temos disponíveis no mundo de hoje – estamos produzindo e fornecendo dados o tempo todo a partir do momento em que nos conectamos à web –, faltam profissionais capacitados para extrair informações úteis e valiosas desse incrível material bruto. A demanda por cientistas de dados é crescente em todos os países. Segundo André, em 2018, a estimativa do mercado era de que, apenas nos Estados Unidos, faltassem de 140 a 190 mil profissionais para atuar nessa área.

De acordo com quatro especialistas da empresa Bain & Company, a oferta global de talentos em ciência de dados está prestes a explodir, atingindo cerca de 1 milhão de pessoas este ano, contra meio milhão em 2018. Ainda assim, segundo eles, esse aumento na oferta não resolverá inteiramente a demanda: “A maioria desses talentos se formou recentemente, mas ainda há escassez de pessoas com mais experiência, necessárias para liderar e gerenciar equipes. Os Estados Unidos sofrerão com a escassez de engenheiros e arquitetos de dados, enquanto enfrentarão um possível excesso de oferta de cientistas de dados” (leia o texto original em inglês).

Em artigo publicado pela empresa de recrutamento remoto TECLA, especializada na área de tecnologia, afirma-se que as vagas para cientistas de dados aumentaram “incríveis 650%” desde 2012, ano em que esse trabalho foi considerado “o mais sexy do século 21”. Um gráfico apresentado no artigo mostra o crescimento acelerado no número de vagas em aberto para cientistas de dados nas maiores companhias do mundo (veja a imagem).

“Em termos de oportunidade de trabalho, de acordo com o site Infomoney, a área de ciência de dados no Brasil está entre as cinco mais procuradas pelo mercado desde 2019. Então, a quantidade de oportunidades e de emprego para cientistas de dados é imensa”, diz o professor Luis Gustavo Nonato, do ICMC. Ele é o coordenador do Bacharelado em Ciência de Dados da USP, que é o primeiro a ser ofertado por uma universidade pública brasileira nessa área, cujas aulas da primeira turma terão início no ano que vem.


Arqueólogos do futuro – O professor Francisco Rodrigues, do ICMC, destaca, assim como André, que um cientista de dados precisa desenvolver diversas habilidades adicionais, especialmente de comunicação, tendo em vista que sempre atuará apoiando especialistas em diferentes campos do conhecimento. “O profissional tem que ser um bom gerenciador de projetos e também um data storytelling, já que precisará construir narrativas toda vez que for explicar aos profissionais de outras áreas como, depois de analisar os dados, conseguiu chegar aos resultados”, explica Francisco. “O diferencial da área é o uso do método científico para estudar os dados disponíveis e, só então, formular hipóteses, fazer testes e tirar conclusões”, completa o professor.

André faz referência a outra metáfora para explicar como é o trabalho desse profissional: “O mundo todo se tornou um grande sítio arqueológico, repleto de tesouros para serem encontrados. Nós, os cientistas de dados, somos os arqueólogos em busca dos artefatos preciosos que nos ajudarão a resolver os problemas misteriosos do mundo.”

Tal como nas histórias de Sherlock Holmes, os mistérios só serão desvendados quando as evidências coletadas – nesse caso, os dados – permitirem formular teorias e compreender o fenômeno investigado. “É um erro grave formular teorias antes de se conhecerem os fatos. Sem querer, começamos a distorcer os fatos para se adaptarem às teorias, em vez de formular teorias que se ajustem aos fatos”, ensina Holmes durante um diálogo com seu melhor amigo, John Watson, no conto Escândalo na Boêmia, no livro As aventuras de Sherlock Holmes, de Arthur Conan Doyle.


Novos cursos, mas a área nem tanto – André conta que a primeira vez que o termo “ciência de dados” apareceu na história da computação foi no livro Concise Survey of Computer Methods, publicado por Peter Naur em 1974. No prefácio, o autor menciona um curso que ministrou em 1968 intitulado Datalogy, the science of data and of data processes and its place in education, em tradução livre para o português, algo como Datalogia, a ciência dos dados e do processamento de dados e seu espaço na educação.

Mas, de fato, o termo só ascende à posição “sexy” que possui hoje no início do século XXI, em especial a partir de 2013, quando surgem os três primeiros cursos de graduação na área: na Northern Kentucky University, na University of San Francisco e no College of Charleston, todos nos Estados Unidos. Atualmente, já existem 300 curso de graduação em ciência de dados espalhados pelo mundo.

“Em 2016, eu recebi um convite para ser professor visitante na Universidade de Nova York. E cheguei lá no momento em que estava sendo criado o Centro de Ciência de Dados, então, vivenciei a montagem dos currículos dos cursos de graduação e de pós-graduação na área”, conta o professor Nonato, em vídeo disponível no canal do ICMC no Youtube. Ele acompanhou também a contratação do time de professores do novo Centro, que abarcava além de cientistas de computação e matemáticos, também profissionais de outras áreas do conhecimento como psicologia e biologia: “Eu me encantei com a multidisciplinaridade daquela área que estava surgindo e, desde então, o foco das minhas pesquisas se direcionou totalmente para a ciência de dados.”

Nonato foi um dos professores responsáveis por elaborar o projeto político-pedagógico e a grade curricular do curso de Ciências de Dados do ICMC. “Eu vejo a área como resultado de uma intersecção entre a matemática e a computação”, diz o professor. Por isso, as disciplinas oferecidas no curso refletem essa intersecção, contemplando conhecimentos básicos em computação, matemática (em especial da estatística), além de disciplinas específicas sobre técnicas e ferramentas de inteligência artificial que estão sendo amplamente utilizadas pelos cientistas de dados como redes neurais artificiais e aprendizado profundo. Para conferir a grade curricular e o projeto político-pedagógico, basta acessar o site do Bacharelado em Ciência de Dados: www.icmc.usp.br/graduacao/ciencia-de-dados-bacharelado.

“Se você pretende seguir na área de ciência de dados ou inteligência artificial, eu super recomendo que dê uma atenção especial para esse curso. Porque, além de ser oferecido pela USP, pelo ICMC, que é um Instituto muito forte nessa área em específico, você vai pegar um momento muito bom para aprender isso. Eu garanto que, com esse conhecimento, você não vai ficar obsoleto em, sei lá, questão de décadas. Porque essas tecnologias têm cada vez mais aplicações e a tendência é que o mercado e a academia as utilizem exaustivamente”, recomenda o divulgador científico Caio Dellaqua, em vídeo que fez sobre o novo curso do ICMC.

Estudante do Instituto de Física da USP (IFUSP), Caio identificou entre os seguidores de seu canal no Youtube, uma demanda por informações sobre a área de ciência de dados e resolveu, então, ler o projeto político-pedagógico do curso para explicar quais disciplinas serão oferecidas e o que o estudante aprenderá, de modo geral, em cada uma (clique aqui para assistir).

Além do Bacharelado em Ciência de Dados, o ICMC fez alterações em outro curso de graduação, que passou a abarcar conhecimentos de ciência de dados. Foi assim que o Bacharelado em Estatística passou a se chamar, a partir deste ano, Bacharelado em Estatística e Ciência de Dados. Basicamente, quem opta pelo curso de Ciência de Dados, tem à disposição mais disciplinas da área de computação, mas aprenderá também métodos estatísticos fundamentais para poder analisar dados. Já quem escolhe o caminho da Estatística e Ciência de Dados cursará mais disciplinas da área de estatística, sendo oficialmente reconhecido como estatístico ao final do curso, mas terá também conhecimentos de computação, suficientes para usar o computador como ferramenta para analisar dados. Para entender melhor as diferenças entre esses dois cursos, acesse este vídeo que o ICMC disponibilizou no Youtube: https://youtu.be/qMbSb7hHFMg.

 



Denise Casatti – Assessoria de Comunicação do ICMC-USP


As contas chegaram: o que empreendedores podem fazer para se reinventar?


Especialista em consultoria tributária do Marcelo Tostes Advogados esclarece as medidas econômicas adotadas pelo Governo durante a pandemia e como PMEs podem se reerguer diante das possibilidades ainda vigentes

 

Após sete meses do início da pandemia no Brasil, as contas estão voltando e os impactos da crise econômica já chegaram para os empreendedores.  A alta do dólar, a crescente taxa do desemprego e a difícil gestão dos caixas públicos têm sido os fatores mais agravantes diante do atual cenário econômicoSegundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), o total de desempregados é de 13,044 milhões no país. 

Para diminuir os agravantes da crise econômica, o Governo implantou algumas medidas com o objetivo de auxiliar principalmente micro, pequenas e médias empresas. O pagamento do Auxílio Emergencial, a inserção do PIX e o acesso a créditos, foram algumas implementações que visam diminuir os impactos da pandemia com a chegada das contas. 

De acordo com dados do Portal do Empreendedor do Governo Federal, há, no país, cerca de 10,775 milhões de registros de MEIs (microempreendedores individuais) desde o começo de setembro. Para esclarecer as medidas econômicas adotadas pelo Governo nos últimos meses, Marcelo Carvalho, Sócio Gestor de Consultoria Tributária do escritório Marcelo Tostes Advogados, pontuou o que pode ser usado pelos empreendedores e reinventado pelas pequenas e médias empresas nesse período. 

Confira abaixo os esclarecimentos do especialista: 


O que pode ser feito em relação as medidas do Governo?  

R: No prisma tributário, medidas foram adotadas, mas faltou um olhar com novo aspecto, verificar a necessidade de prorrogar algumas ou todas elas. Todos que sofreram o impacto da pandemia, no ponto de vista de caixa, sejam as famílias, a perda de emprego ou ressarcimento da atividade econômica, mesmo com a prorrogação da possibilidade de redução de salário e da jornada trabalho, aguardam uma sinalização do próprio Governo sobre outras medidas para os próximos meses. A questão do Auxílio Emergencial gira em torno da dificuldade de uma família em conseguir pagar contas e despesas. É um recurso que impacta diretamente os cofres da União, além dos auxílios dados por Estados e Municípios pela própria representante do Governo. 


Das medidas que tivemos, ainda existem recursos disponíveis para as empresas que precisam de fôlego? Alguma medida provisória ainda está vigente? 

R: Sim. Na verdade, temos MPs vigentes que passaram por revisões, foram prorrogadas até o final de 2020, ou que ainda estão em fase de definições para o futuro. No âmbito Federal, ainda está em vigor a norma do recolhimento de tributos a partir de abril, tributos vencidos durante a pandemia e que podem vir a ser recolhidos até dezembro sem acréscimo de juros ou multas. Por outro lado, tributos vencidos anteriormente já teriam que ser recolhidos em função dessa mesma norma. Entre as medidas implementadas pela União, tinha o adiamento por seis meses da parte Federal do Simples Nacional, os pagamentos referentes a abril, maio e junho passaram a ter vencimento em outubro, novembro e dezembro. A necessidade de recolhimento está chegando. No que diz respeito aos entes públicos, aos fiscos municipais e estaduais, em relação ao Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) e ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),  também houve postergação de três meses em que os recolhimentos relativos a abril, maio e junho passaram para julho, agosto e setembro. Houve a necessidade de recolhimento por parte dos contribuintes. 

Outra previsão da norma foi a não exclusão do regime do Simples Nacional em 2020, para as empresas com tributos em aberto, que ainda vale até o fim deste ano. Há uma tendência de que em 2020 a fiscalização em campo, por parte dos fiscos, seja feita de maneira pouco ostensiva quanto seria em relação a outros anos. 

Foi estendido o Programa Regularize, que permitia o parcelamento e regularização com benefícios para os contribuintes. Na pandemia, ele recebeu um novo fôlego e um novo viés para socorrer quem tinha débitos inscritos em dívida ativa administradas pela procuradoria geral do Ministério da Fazenda. Caso o contribuinte identifique que não haverá a possibilidade de fazer o pagamento, ainda existe a possibilidade de parcelamento, porém haverá necessidade de desembolso. A Portaria PGFN nº 9924/2020 permitiu a transação extraordinária na cobrança da dívida ativa da União. É uma espécie de extensão do Regularize com possibilidade de parcelamento flexibilizado para pagamentos, em especial para microempresas e pequenos empreendedores, os segmentos mais afetados pela pandemia. 

O governo federal também criou Benefício Emergencial de Preservação do Emprego e da Renda, que está em vigor desde abril e fica valendo, incialmente, até o dia 31 de dezembro de 2020. Também com foco em auxiliar a população e dar um fôlego para quem tem financiamentos de imóveis, logo no início de março a Caixa Econômica Federal liberou algumas medidas para o crédito imobiliário, que permitiu que as pessoas pudessem ficar sem pagar as parcelas por 180 dias. A partir de novembro, o financiamento da Caixa passa ter novas regras e os clientes poderão pagar 50% da mensalidade por três meses ou de 50% a 75% do valor mensal por até seis meses. Mas esses benefícios não significam descontos, os valores não pagos serão diluídos nas parcelas seguintes.  


Quais medidas recentes do Governo podem ajudar ou prejudicar pequenas empresas? 

R: O PIX. Lançado em fevereiro e com vigência prevista para novembro de 2020, uma forma de pagamento de transferência e circulação de riqueza mais rápida, menos burocrática e com tendência a redução de encargos. Um facilitador com custo de operação menor que TED e DOC, que flexibiliza o pagamento. Assim como a LGPD, ele também requer preparação, as empresas precisam entender como se adequar. Todas as instituições financeiras com mais de 500 mil contas ativas devem oferecê-lo aos seus clientes. 


Como isso funciona no âmbito jurídico? 

R: O empresário que já está pensando na possibilidade de fazer caixa precisa ter sua ideia devidamente avaliada. O foco é na recuperação de tributos, buscando mais fôlego para a sua empresa. Por exemplo, o Seguro Garantia, em que o empresário contrata e é liberado recurso em dinheiro para o caixa, com menos impacto nos processos e melhor liquidez no fluxo. Há também as empresas executadas por dívidas tributárias, em que é obrigatória a garantia por parte do contribuinte na fase de execução. Ao invés de disponibilizar determinada quantia do caixa da empresa, é oferecido o Seguro Garantia com um conjunto de medidas que ajudam de acordo com a particularidade de cada contribuinte. Isso irá permitir que o empresário tenha uma boa assistência para resolver o caso ou minimizar o impacto da crise para que a empresa sobreviva com mais saúde financeira. Quem consegue se ajustar melhor a essa situação e sobreviver à crise, sairá à frente de seu concorrente após a pandemia. 


E quais são as principais dicas de recursos da iniciativa privada para pequenas e médias empresas? 

R: As instituições precisam ser procuradas para negociação ou renegociação de dívidas e concessão de empréstimos, normalmente aquela em que o empresário já possui uma operação ativa. Com as medidas do Conselho Monetário Nacional foi disponibilizado um montante de 135 bilhões para tentar permitir que pessoas físicas e jurídicas consigam honrar suas contratações de empréstimos ou recontratação de dívidas com as instituições financeiras. Além disso, as medidas relacionadas aos sistemas financeiros de habitação, em que houve suspensão do pagamento e financiamentos imobiliários. O Governo Federal desde o começo da pandemia trouxe para os empresários a MP 944/2020, que permite a redução de jornada se trabalho e redução salarial. Essa medida está valendo até o dia 31 de dezembro de 2020.  Já a MP 975/2020, que instituiu o Programa Emergencial de Acesso a Crédito (PEAC). São medidas com viés econômico, com foco na preservação de emprego e acesso ao crédito. Há também as medidas econômicas para reduzir a tarifa de importação do arroz, com objetivo de controlar a economia e estabilizar a inflação. 

Pacientes diagnosticados com câncer contam com direitos e benefícios médicos e tributários

Especialistas comentam quais são os benefícios, importantes para assegurar o custeio dos tratamentos médicos necessários


Realizada mundialmente, a Campanha Outubro Rosa reforça a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama e dissemina informações preventivas e os direitos do paciente, para garantir um tratamento de qualidade. Mas ainda não é de conhecimento geral o fato de que pessoas diagnosticadas com câncer possuem importantes benefícios médicos e tributários, garantidos pela legislação. Entre os direitos estão medicamentos gratuitos, cirurgia de reconstrução mamária, isenções tributárias para compra de veículos adaptados, auxílio doença, entre outros.

Segundo a advogada especialista em Direito Médico Mérces da Silva Nunes, as dificuldades de acesso a esses benefícios estão relacionadas a tempo de espera ou falta de profissionais ou equipamentos para realização de algum exame ou ausência de medicamentos na rede pública de saúde. “Se houver demora e o caso não puder ser resolvido administrativamente, ou se houver urgência que impeça o paciente de aguardar a normalização do serviço, ele poderá recorrer à Justiça para pleitear o seu acesso”, orienta a advogada.

Quantos aos planos de saúde, a especialista aponta que eles são obrigados a atender as disposições contratuais e a cobrir os procedimentos obrigatórios determinados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). “No caso de paciente diagnosticado com câncer, a legislação estabelece que os planos são obrigados a cobrir todas as despesas com o tratamento, inclusive as despesas com quimioterapia, radioterapia e cirurgias, observadas as condições especificadas no contrato”, relata.

Na área tributária, alguns benefícios e isenções também são concedidos aos pacientes, para que eles possam utilizar seus bens e direitos sem restrições, para custear os tratamentos médicos necessários. O advogado André Felix, especialista em Direito Tributário e professor do IBET e do Mackenzie, ressalta que o trabalhador diagnosticado com câncer que é cadastrado no FGTS ou no PIS/PASESP pode sacar os valores depositados. Mas, quando o assunto é a isenção de Imposto de Renda, o professor não acredita que a ajuda seja suficiente. “Na minha opinião, são benefícios tributários tímidos. O ideal seria que todos os pacientes diagnosticados fossem isentos do imposto sobre a renda e proventos de qualquer natureza e não somente os rendimentos referentes a aposentadoria”, explica.

Também o especialista em Direito Tributário, o advogado e professor da USP e da Escola Paulista de Direito (EPD), Caio Bartine destaca que, em regra, os benefícios têm correlação com a isenção de tributos. “Dependendo do estado ou do município, existe a possibilidade de isenção de tributos estaduais e municipais, como IPVA e IPTU”. Mas o professor também reforça que os pacientes têm direito ao tratamento no SUS fora de seu domicílio, aposentadoria por invalidez e quitação de contratos de financiamentos imobiliários. “Os pedidos podem ser feitos de forma administrativa ou de forma judicial”, finaliza.

 

Conheça os direitos e benefícios do paciente com câncer

- Direito ao diagnóstico e ao tratamento

- Medicamentos gratuitos

- Cirurgia de reconstrução mamária

- Atendimento domiciliar

- Auxílio doença e aposentadoria por invalidez

- Saque do PIS/PASEP e do FGTS

- Isenção do Imposto de Renda (sobre os valores recebidos a título de aposentadoria, pensão ou reforma)

- Isenção de IPI, ICMS, IOF e IPVA (na compra de veículos adaptados)

- Andamento prioritário de processos judiciais

- Atendimento preferencial pela Defensoria Pública em relação aos serviços de assistência judiciária gratuita

 



Mérces da Silva Nunes - possui graduação em direito - Instituição Toledo de Ensino - Faculdade de Direito de Araçatuba, mestrado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2006) e Doutorado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2014). Advogada - sócia titular da Silva Nunes Advogados Associados. Autora de obras e artigos sobre Direito Médico.

 

André Felix Ricotta de Oliveiraformado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Doutor e Mestre em Direto Tributário pela PUC/SP, Pós-graduado “lato sensu” em Direito Tributário pela PUC/S, Pós-graduado em MBA em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas. Ex-Juiz Contribuinte do Tribunal de Impostos e Taxas da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo. Presidente da 10ª Câmara Julgadora. Coordenador do IBET de São José dos Campos. Professor da Pós-graduação em Direito Tributário do IBET e Mackenzie. Professor do Curso de Direito da Estácio. Professor de Cursos de Direito da APET. Presidente da Comissão de Direito Tributário e Constitucional da OAB-Pinheiros (SP).



Caio Bartine – Advogado na área de Direito e Processo Tributário. Doutor em Direito, com MBA em Direito Empresarial (FGV), sócio do escritório HG Alves. Professor de planejamento tributário do MBA em Marketing da FIA/USP. Professor de pós-graduação da Escola Paulista de Direto – EPD. Coordenador de Direito Tributário do Curso Damásio Educacional. Coordenador dos cursos de pós-graduação de Direito Tributário e Processo tributário. Procurador-Chefe da Procuradoria Nacional de Justiça do Conselho Federal Parlamentar. Vice-Presidente do Instituto Parlamentar Municipal – INSPAR.


VIVER PERIGOSAMENTE

 

Minha geração viveu a inteira experiência da Guerra Fria. Conflito Leste-Oeste, Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) versus Pacto de Varsóvia, armamento nuclear abarrotando arsenais em quantidade suficiente para destruir o planeta várias vezes, corrida espacial. Minha geração viveu décadas com medo da “bomba”. Por fim, a estrepitosa queda do Muro de Berlim e a extinção da URSS. Ao mesmo tempo em que isso acontecia no lado visível do palco, no bastidor os derrotados se infiltravam tomando o controle dos meios culturais do Ocidente e agindo no sentido de destruir a cultura e os valores que se haviam revelado vencedores. Deu muito certo.

No Brasil não foi diferente. O processo constituinte de 1987/88 abriu o caminho para os derrotados pelo regime militar chegarem ao poder. Os meios culturais já estavam dominados de tal forma que, enquanto a caneta aparelhava as instituições, os recursos da União financiavam os meios de influência. Como resultado, passou-se a viver perigosamente no Brasil, com um nível de insegurança de nações em guerra. Mas isso não importa aos poderes da República. Só condutas que possam ser identificadas como politicamente incorretas suscitam a fúria das Cortes. Para tudo mais vige o estímulo da impunidade.
                                                        
Quem tem um STF e um Congresso Nacional com a atual configuração de forças não precisa do Partido Comunista da China para difundir insegurança à população. Conseguimos perfeitamente bem protagonizar nossos próprios medos e custear o conforto de quem lhes dá causa. Não contentes com a carnificina, os assaltos, sequestros, estupros e furtos do quotidiano, nossos ministros do Supremo libertam as forças do mal soltando bandidos perigosos. Para fazer isso com a consciência tranquila e dormirem bem à noite, no dizer vaidoso de Marco Aurélio Mello, concedem-lhes habeas corpus às centenas “sem olhar a capa dos processos”. Perfeito! Adotam o princípio rotariano de fazer o bem sem olhar a quem. Sei, sei. “Impunidade”, este é o nome do jogo, que também se poderia chamar  “Como produzir mais vítimas com o mesmo contingente de bandidos”.

Nosso Senado Federal é formado por 81 senadores com a prerrogativa constitucional de pôr fim a esse escárnio, contanto que o queira. No entanto, não se consegue mais de vinte e poucas assinaturas para qualquer ação efetiva de legislar em favor da sociedade e contra o crime.  Setenta e cinco por cento dos senadores querem tudo exatamente como está, com todas as garantias e chicanas para criminosos que, não raro, são eles mesmos. Aliás, quando o Congresso Nacional legisla para abrandar o Código Penal e embutir, contra o interesse da população, mais alguma treta no Código de Processo Penal, ele comete o ato moralmente reprovável de legislar em benefício próprio. Não há como não pensar nisso. Aliás,  nenhum parlamento de país democrático considera tal prática compatível com a dignidade do poder.

É nesse perigoso contexto que a República Popular da China vem se aproximando do Brasil, cheia de amor para dar. Fora do Partido Comunista da China (PCC), ninguém no mundo confia no Partido Comunista da China. O Brasil, no entanto, esteve a um passo de disponibilizar a vacina chinesa contra o vírus que, oriundo de lá, fez enorme estrago nos sistemas de saúde pública e na economia mundial. Felizmente, o presidente transferiu para a Anvisa a responsabilidade de aprová-la ou não.

Por outro lado, a tecnologia 5G está determinando uma disputa entre EUA e China que está sendo comparada pela diplomacia brasileira com episódios comuns ao tempo da Guerra Fria. Multiforme, ela volta, repaginada, em versão sino-americana, com acirrada disputa pela supremacia econômica e tecnológica. Há sempre um lado totalitário assombrando o planeta. Comunismo, globalismo, terrorismo são  enfermidades
morais que só a democracia consegue sanar.



Percival Puggina - membro da Academia Rio-Grandense de Letras e Cidadão de Porto Alegre, é arquiteto, empresário, escritor e titular do site Conservadores e Liberais (Puggina.org); colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil pelos maus brasileiros. Membro da ADCE. Integrante do grupo Pensar+.


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